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Princípios da Economia Aplicados à Comunicação

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(1)

Princípios da Economia Aplicados à Comunicação

2017

Aula 2 – Teoria do Consumidor

São Paulo, Março de 2017

(2)

2ª Aula

1. Preferências do consumidor, teoria da utilidade;

2. Teoria da escolha;

3. Restrição orçamentária.

4. Diferentes tipos de bens (normais, inferiores, Giffen);

5. 2ª parte da aula 2 será sobre Bens Públicos.

(3)

1. Preferências do consumidor, teoria da utilidade;

(4)

Objetivos

1. Descrever o processo racional de escolha dos consumidores;

2. Introduzir conceitos fundamentais para a formação da demanda do consumidor;

3. Apresentar os diferentes tipos de bens que podem ser encontrados na economia.

(5)

Conceito de Utilidade

A teoria econômica chama de UTILIDADE o bem-estar (satisfação do consumidor) derivado do consumo de algum produto;

Um indivíduo ao receber um copo de água no deserto terá uma satisfação muito grande. Logo a sua UTILIDADE será muito grande;

E qual será a utilidade do segundo copo que este indivíduo receber, maior ou menor?

E a utilidade de cada copo adicional ?

(6)

Conceito de Marginalidade

Em economia um conceito muito importante e necessário de ser definido é o de consumo ou produção ADICIONAL.

Chamamos cada unidade consumida (produzida) a mais de consumo (produto) marginal.

Logo a utilidade gerada pelo consumo ou pose de um bem adicional é chamada de UTILIDADE MARGINAL.

(7)

Utilidade Total e Utilidade Marginal

Para os bens normais da economia teremos sempre uma utilidade total positiva que irá aumentar em taxas decrescentes a cada nova unidade consumida.

Os bens que não são considerados normais, por exemplo, tapas na cara, podem não gerar satisfação (utilidade) e por sua vez não possuem

demanda !!!

(8)

Utilidade Marginal Decrescente

A utilidade gerada pelo consumo adicional de uma unidade é sempre pelo menos um pouco menor do que a utilidade do consumo da unidade

consumida imediatamente anterior.

(9)

O Preço Marginal de Reserva

Para poder medir a utilidade gerada por um bem e comparar essa utilidade entre os diversos bens que existem é necessário apresentar a definição de preço marginal de reserva;

O preço marginal de reserva é o quanto um consumidor está disposto a pagar pelo consumo de uma unidade adicional de uma mercadoria;

Desta forma admite-se que o preço marginal de reserva obedece o mesmo comportamento da utilidade marginal e nada mais é do que uma representação mais palpável do conceito de utilidade.

(10)

O Preço Marginal de Reserva e a Quantidade Consumida

O consumidor irá demandar um bem sempre que o seu preço de mercado for inferior ao seu preço marginal de reserva, ou seja, sempre que a utilidade marginal do bem superar o valor exigido por ele no mercado.

(11)

A Curva de Demanda do Consumidor

Quanto o consumidor comprará de um bem dado o seu preço.

(12)

O Excedente do Consumidor

O consumidor que não possui nenhuma unidade do bem em questão estará disposto a pagar R$ 4,00 pela sua primeira unidade, mas pagando apenas R$ 1,50 pela primeira unidade ele terá um excedente de utilidade equivalente a R$ 2,50.

(13)

O Excedente do Consumidor

Quanto mais o consumidor possuir do bem em questão menos ele estará disposto a pagar pela unidade adicional de consumo e menor será o

excedente de utilidade conquistado a preço de mercado.

(14)

O Excedente do Consumidor

Veja o exemplo:

No consumo das primeiras unidades o consumidor estaria disposto a pagar mais do que ele paga !!!!!!

Unidades Consumidas

Preço Marginal de Reserva

Preço de Mercado

Excedente do Consumidor

1 R$ 4,00 R$ 1,50 R$ 2,50

2 R$ 3,50 R$ 1,50 R$ 2,00

3 R$ 3,00 R$ 1,50 R$ 1,50

4 R$ 2,00 R$ 1,50 R$ 0,50

R$ 6,50 Excedente do consumidor - Total

(15)

2. Teoria da Escolha

(16)

Teoria da Escolha

Uma das fortes hipóteses simplificadoras não discutidas na teoria da utilidade é como o consumo de outros bens afeta a utilidade de determinado bem;

Se você tem utilidade pelo consumo de chocolate ela pode ser afetada dado o seu consumo de outros doces;

Se você tem utilidade por um copo de água no deserto ela pode ser afetada pelo consumo de um Gatorade;

A teoria da utilidade pressupõe ceteris paribus em termos do consumo de outros bens que não sejam da análise em questão;

A teoria da escolha por sua vez trata essa discussão e implementa um modelo de demanda levando em consideração o consumo de diversos bens.

(17)

Preferências:O Que o Consumidor Deseja

As preferências do consumidor perante uma cesta de consumo podem ser ilustradas com curvas de indiferença;

As curvas de indiferença mostram o conjunto de bens que deixam o consumidor igualmente satisfeito.

(18)

Curvas de Indiferença

Quantidade

0

C

B

A

Quantidade de Pepsi

Curva de

Indiferença, I1

O consumidor é indiferente, ou igualmente

satisfeito, com as combinações mostradas nos pontos A, B, e C, porque todas estão na mesma curva.

(19)

A Taxa Marginal de Substituição

A inclinação em qualquer ponto de uma curva de indiferença é a taxa marginal de substituição:

Taxa pela qual um consumidor estaria disposto a trocar um bem pelo outro;

Montante de um bem que o consumidor necessita como compensação para abrir mão do outro.

(20)

Curvas de Indiferença

Quantidade de Pizza 0

Inclinação Quantidade

de Pepsi

Curva de

Indiferença, I1

(21)

Propriedades das Curvas de Indiferença

Curvas de indiferença mais elevadas são as preferidas;

Curva de indiferença são negativamente inclinadas;

As curvas de indiferença não se cruzam;

As curvas de indiferença são convexas em relação à origem.

(22)

Curvas de Indiferença Mais Elevadas São as Preferidas

Os consumidores geralmente preferem mais de alguma coisa do que menos;

Curvas de indiferença mais elevadas representam maiores quantidades de bens do que curvas de indiferença inferiores.

(23)

I

2

preferida a I

1

Quantidade de Pizza 0

I2 Quantidade

de Pepsi

Curva de

Indiferença, I1

Qualquer combinação em I2 é preferida a qualquer combinação de I1

(24)

Curvas de Indiferença São Negativamente Inclinadas

Um consumidor está disposto a abrir mão de um bem somente se conseguir mais do outro bem;

Se a quantidade de um bem é reduzida, a quantidade do outro bem necessariamente deve aumentar;

Por estas razões, a maioria das curvas de indiferença são negativamente inclinadas.

(25)

As Curvas de Indiferença não se Cruzam

De forma a haver uma ordenação consistente das preferências, as curvas de indiferença não se cruzam;

Se as curvas de indiferença se cruzassem a hipótese de que “mais é preferível a menos” seria violada.

(26)

As Curvas de Indiferença não se Cruzam

Quantidade de Pizza 0

C A

B Quantidade

de Pepsi 1. Os pontos A e B proporcionam a mesma satisfação ao consumidor.

2. Os pontos B e C proporcionam ao consumidor a mesma satisfação.

3. Isto implica que A e C devem proporcionar ao consumidor também a mesma satisfação.

4. Porém, o ponto C possui mais de ambos os bens comparado ao ponto A.

(27)

As Curvas de Indiferença são Convexas em Relação à Origem

As pessoas estão mais dispostas a trocar bens que possuem em abundância e menos dispostas com relação a bens para os quais possuam pouca quantidade;

As diferenças na taxa marginal de substituição fazem com que a curva de indiferença seja convexa em relação à origem.

(28)

As Curvas de Indiferença São Convexas com Relação à Origem

Quantidade de Pizza 14

8

0 2 3

1

A TMgS=-6

Quantidade de Pepsi

Curva de

Indiferença, I1

(29)

As Curvas de Indiferença São Convexas com Relação à Origem

Quantidade de Pizza 14

8

4 3

0 2 3 6 7

1

1 A

B TMgS=-6

TMgS=-1 Quantidade

de Pepsi

Curva de

Indiferença, I1

(30)

Curvas de Indiferença Extremas e Tipos de Bens

Substitutos Perfeitos: Para algumas pessoas Guaraná Antartica e Kuat são substitutos perfeito. Outro exemplos seria o sal da marca Cisne ou da

marca Lebre.

Complementos Perfeitos: Sapato para o pé esquerdo e sapato para o pé direito.

(31)

Substitutos Perfeitos

Dois bens com linhas retas nas curvas de indiferença são substitutos perfeitos.

Sal Lebre

2 4 6

0 Sal Cisne 6

4

2

I1 I2 I3

A taxa marginal de

substituição é constante.

(32)

Complementos Perfeitos

Dois bens cujas curvas de indiferença formam ângulos retos.

7

5 Sapato direito

0 Sapato esquerdo

7

5 I1

I2

(33)

Cesta de Consumo

Para implementar o modelo de escolha é necessário definir uma cesta de consumo;

Admite-se que um consumidor poderá escolher entre diversos bens que irá consumir dada a sua restrição orçamentária. Apenas para simplificar a representação gráfica e a discussão teórica e sem perda de generalidade trataremos aqui a cesta de consumo contendo apenas dois bens.

Cesta de Mercadorias

Unidades de Alimentos

Unidades de Vestuário

A 1 12

B 2 6

C 3 4

D 4 3

E 5 2,4

(34)

Curvas de Indiferença

Os consumidores sempre irão preferir as cestas que mais utilidade lhe

proporcionam, ou seja, supondo bens normais, serão preferidas sempre as cestas que contenham o maior número de bens.

São preferidas as cestas que estão nas curvas mais acima e a direita.

Existem cestas que embora possuam quantidades diferentes de diferentes bens, proporcionam a mesma utilidade.

Uma cesta com muito alimento e pouco vestuário pode proporcionar a mesma satisfação do que uma cesta com muito vestuário e pouco alimento.

Ou seja, o consumidor prefere igualmente ambas as cestas. Ele é “INDIFERENTE”.

(35)

Taxa Marginal de Substituição

Quanto mais o consumidor possuir de um bem em sua cesta mais disposto ele estará em abrir mão deste bem em troca do outro bem mais escasso em sua cesta para manter o seu bem estar constante.

Cesta de

Mercadorias

Unidades de

Alimentos

Unidades de

Vestuário

Taxa Marginal de Substituição - Vestuário por

Alimento

A 1 12 -

B 2 6 6

C 3 4 2

D 4 3 1

E 5 2,4 0,6

(36)

3. Restrição Orçamentária

(37)

A Restrição Orçamentária

A restrição orçamentária mostra a cesta de bens que o consumidor pode comprar;

As pessoas consomem menos do que desejam porque os seus gastos são limitados pela sua renda;

Então a restrição orçamentária mostra as várias combinações de bens que o consumidor pode comprar dada a sua renda e os preços dos bens.

(38)

A Restrição Orçamentária

Litros de

Pepsi Número de

Pizzas Despesa

com Pepsi Despesa

com Pizza Despesa Total

0 100 $ 0 $1,000 $1,000

50 90 100 900 1,000

100 80 200 800 1,000

150 70 300 700 1,000

200 60 400 600 1,000

250 50 500 500 1,000

300 40 600 400 1,000

350 30 700 300 1,000

400 20 800 200 1,000

450 10 900 100 1,000

500 0 1,000 0 1,000

Suponha que a renda do indivíduo seja de $1.000. O preço da Pepsi $2 e o da Pizza 10:

(39)

A Linha da Restrição Orçamentária

Qualquer ponto na linha da restrição orçamentária indica a combinação de bens do consumidor ou a relação de troca entre eles;

Por exemplo, se o consumidor não comprar nenhuma pizza, pode

comprar 500 Pepsi. Se não comprar nenhuma Pepsi, pode comprar 100 pizzas.

(40)

A Linha da Restrição Orçamentária

Quantidade de Pizza 0

250

50 100

500 B

A Quantidade

de Pepsi

(41)

A Linha da Restrição Orçamentária

Quantidade de Pizza 0

250

50 100

500 B

A

Restrição Orçamentária do consumidor

Quantidade de Pepsi

(42)

A Linha da Restrição Orçamentária

A inclinação da restrição orçamentária é igual ao preço relativo dos dois bens, isto é, o preço de um bem comparado com o preço do outro;

Ele mede a taxa pela qual o consumidor trocaria um bem pelo outro.

Quiz valendo ponto: Qual a inclinação da reta do nosso exemplo com Pepsi e Pizza? Ou seja, qual a taxa de substituição do mercado entre Pepsi e Pizza?

(43)

A Linha da Restrição Orçamentária

Quantidade de Pizza 0

250

50 100

500 B

C

A

Restrição Orçamentária do consumidor

Quantidade de Pepsi

Alternativamente, o consumidor pode comprar 50 pizzas e 250 Pepsi.

(44)

A Linha de Restrição Orçamentária

Para encontrar a curva de indiferença efetiva de consumo realizado por cada indivíduo é necessário conhecer a sua restrição orçamentária.

Se não existisse limites todos os consumidores iriam escolher ter infinitos bens normais em suas cestas.

Cesta de Consumo

Unidades de Alimentação

Unidades de Vestuário

A 0 50

B 20 40

C 40 30

D 60 20

E 80 10

F 100 0

Supondo um salário de R$ 500,00 e o preço do vestiário de R$ 10,00 e o de Alimentação de R$ 5,00

(45)

Alterações nos Preços Afetam as Escolhas do Consumidor

Uma queda no preço de qualquer bem altera a inclinação da restrição orçamentária.

(46)

Deslocadores da Linha de Restrição Orçamentária

Quando o preço da alimentação diminui (a) e quando o preço da alimentação aumenta (b).

(47)

Deslocadores da Linha de Restrição Orçamentária

Quando o preço do vestuário diminui (c) e quando o preço da alimentação aumenta (d).

(48)

Deslocadores da Linha de Restrição Orçamentária

Quando a renda aumenta (e) e quando a renda diminui (f).

(49)

Pontos de Equilíbrios

O equilíbrio é o ponto onde a linha de restrição orçamentária encontra a curva de indiferença de maior satisfação (mais a direita).

Para um nível de renda maior uma curva de indiferença de mais alta é atingida:

(50)

Otimização: O que o Consumidor Escolhe

Os consumidores querem obter a combinação de bens na curva de indiferença mais alta possível;

Contudo, a restrição orçamentária pode restringir ou limitar o consumidor a curva de indiferença mais baixa;

A combinação da curva de indiferença com a restrição orçamentária determina a escolha ótima do consumidor;

A escolha ótima do consumidor acontece no ponto em que a mais alta curva de indiferença e a restrição orçamentária são tangentes;

O consumidor escolhe o consumo de dois bens de modo que a taxa marginal de substituição seja igual ao preço relativo.

(51)

A Escolha Ótima do Consumidor

Quantidade de Pizza 0

I1 I2

I3 Quantidade

de Pepsi

(52)

A Escolha Ótima do Consumidor

Quantidade de Pizza 0

Restrição orçamentária I1

I2

I3 Quantidade

de Pepsi

(53)

A Escolha Ótima do Consumidor

Quantidade de Pizza 0

Ótimo

I1 I2

I3

Restrição orçamentária Quantidade

de Pepsi

(54)

Alterações na Renda Afetam as Escolhas do Consumidor

Um aumento da renda desloca a restrição orçamentária para a direita;

Com o aumento da renda o consumidor é capaz de escolher uma combinação de bens em uma curva de indiferença mais alta.

(55)

Alterações na Renda Afetam as Escolhas do Consumidor

Quantidade de Pizza 0

I1 Quantidade

de Pepsi

(56)

Alterações na Renda Afetam as Escolhas do Consumidor

Quantidade de Pizza 0

Restrição orçamentária com renda superior

I1 Quantidade

de Pepsi

(57)

Alterações na Renda Afetam as Escolhas do Consumidor

Quantidade de Pizza 0

Novo ótimo

Nova restrição orçamentária

I1

I2 Quantidade

de Pepsi

(58)

Alterações na Renda Afetam as Escolhas do Consumidor

Quantidade de Pizza 0

Novo ótimo

Nova restrição orçamentária

I1

I2

Um aumento da renda desloca para fora a restrição orçamentária…

…aumentando o consumo de pizza…

Quantidade de Pepsi

(59)

Alterações na Renda Afetam as Escolhas do Consumidor

Quantidade de Pizza 0

Novo ótimo

Nova restrição orçamentária

I1

I2

Um aumento da renda desloca para fora a restrição orçamentária…

… e o consumo de Pepsi.

…aumentando o consumo de pizza…

Quantidade de Pepsi

(60)

Bens Normais versus Inferiores

Se um consumidor compra maior quantidade de um bem quando a sua renda aumenta, o bem é chamado de bem normal;

Se um consumidor compra menos de um bem quando a sua renda aumenta, o bem é chamado de bem inferior.

Ex: Carne de Primeira Suco de uva integral

Ex: Carne de Terceira Dolly

(61)

Um Bem Inferior

Quantidade Carne 1a 0

Ótimo Inicial

I1

Restrição orçamentária inicial

Quantidade de Carne 3a

(62)

Um Bem Inferior

Quantidade Carne 1a 0

Nova restrição orçamentária

I1

Restrição orçamentária inicial

Ótimo Inicial Quantidade

Carne 3a

(63)

Um Bem Inferior

Quantidade Carne 1a 0

Ótimo Inicial

Novo ótimo

Nova restrição orçamentária

I1 I2

Restrição orçamentária inicial

Quantidade Carne 3a

Consumo de carne 1a aumenta Caracterizando um bem normal Consumo de Carne 3a

diminui, caracterizando um bem inferior

(64)

Efeito Renda e Efeito Substituição

Um mudança de preço tem dois efeitos sobre o consumo:

Efeito renda

Efeito substituição

(65)

Alterações nos Preços Afetam as Escolhas do Consumidor

Quantidade de Pizza 100

500

0

I1 Quantidade

de Pepsi

Retomando a renda do indivíduo em $1.000. O preço da Pepsi $2 e o da Pizza 10

(66)

Alterações nos Preços Afetam as Escolhas do Consumidor

Quantidade de Pizza 100

500

0

I1

Ótimo inicial Quantidade

de Pepsi

(67)

Alterações nos Preços Afetam as Escolhas do Consumidor

Quantidade de Pizza 100

1,000

500

0

I1

Nova restrição orçamentária

Uma queda no preço da Pepsi

provoca uma rotação, para fora, da restrição orçamentária, no eixo da Pepsi...

Quantidade de Pepsi

(68)

Alterações nos Preços Afetam as Escolhas do Consumidor

Quantidade de Pizza 100

1,000

500

0

Novo ótimo

I1 I2

Nova restrição orçamentária

Uma queda no preço da Pepsi

provoca uma rotação, para fora, da restrição orçamentária, no eixo da Pepsi...

Restrição orçamentária inicial

Quantidade de Pepsi

(69)

Alterações nos Preços Afetam as Escolhas do Consumidor

Quantidade de Pizza 100

1,000

500

0

Novo ótimo

I1 I2

Nova restrição orçamentária

1. Uma queda no preço da Pepsi provoca uma rotação, para fora, da restrição orçamentária...

2. …reduzindo o consumo de pizza…

3. …e

aumentando o consumo de Pepsi.

Restrição orçamentária inicial

Quantidade de Pepsi

(70)

O Efeito Renda

O efeito renda é a mudança no consumo que resulta de uma alteração no preço que desloca o consumidor para uma curva de indiferença maior ou menor.

O consumidor está . . .

. . . pior quando o preço aumenta.

. . . melhor quando o preço diminui.

O efeito renda é positivo (negativo) para o consumo de todos os bens, não apenas para o consumo do bem que teve seu preço reduzido (aumentado).

Isso significa que com uma queda do preço da Pepsi, poderia ser possível

aumentar o consumo de Pizza, uma vez que sobra mais renda pra gastar com Pizza quando o refrigerante fica mais barato.

(71)

O Efeito Substituição

O efeito substituição é a mudança no consumo que resulta de uma alteração no preço que desloca o consumidor ao longo de uma dada curva de indiferença até um ponto com uma nova taxa marginal de substituição;

O nome substituição indica que o indivíduo irá consumir mais do bem que teve seu preço reduzido. Substituindo o consumo de outros bens pelo consumo do que teve seu preço reduzido;

(72)

Componentes do efeito de variação no Preço: Efeito Substituição

Uma mudança no preço primeiro faz com que o consumidor se desloque de um ponto na curva de indiferença para outro na mesma curva;

Ilustrado pelo movimento do ponto A para o ponto B no gráfico a seguir;

A nova reta de restrição é paralela a reta que considera a nova relação de preços, mas tem o efeito renda descontado, ou seja, o consumidor é mantido na sua mesma curva de indiferença;

Neste novo preço as relações de troca (taxa marginal de substituição) do bem se altera. No caso de uma redução do preço, como no exemplo, a TMS de Pepsi por pizza aumenta.

(73)

Efeito Substituição

Quantidade de Pizza 0

Efeito substituição

B

A

I1

Ótimo inicial

Nova restrição orçamentária

Restrição

orçamentária inicial

Efeito substituição Quantidade

de Pepsi

(74)

Efeito Substituição

Quantidade de Pizza 0

Efeito

substituição A

I1

Ótimo inicial

Restrição

orçamentária inicial

Efeito substituição B

Quantidade de Pepsi

(75)

Componentes do efeito de variação no Preço: Efeito Renda

Depois de se deslocar de um ponto para outro na mesma curva, o consumidor se desloca para outra curva de indiferença. Este movimento é chamado de efeito renda;

Ilustrado pelo movimento do ponto B para o ponto C no gráfico seguinte;

Note que o efeito renda estimula o aumento de consumo de Pepsi e também de pizza.

(76)

Efeito Substituição + Efeito Renda

Quantidade de Pizza 0

Efeito renda

Efeito substituição

B

A

C Novo ótimo

I1

I2 Ótimo inicial

Nova restrição orçamentária

Restrição

orçamentária inicial

Efeito substituição Quantidade

de Pepsi

(77)

O Efeito Substituição

O efeito substituição é a mudança no

consumo resultante da variação de preço que

move o consumidor ao longo da curva de

indiferença para um ponto cuja taxa marginal

de substituição é diferente.

(78)

O Efeito Renda

O efeito renda é a variação do

consumo resultante da variação de

preço que move o consumidor para

uma curva de indiferença mais alta ou

baixa.

(79)

Efeitos Renda e Substituição quando o Preço da Pepsi diminui

Bem Efeito renda Efeito substituição Efeito total Pepsi O consumidor está

Mais rico, então ele compra mais Pepsi.

.

A Pepsi é relativamente

mais barata, então ele compra mais Pepsi.

Os efeitos renda e substituição agem na mesma direção, portanto o

consumidor

compra mais Pepsi.

Pizza O consumidor está Mais rico, então ele compra mais pizza.

A pizza é relativamente mais cara, então ele compra menos pizza.

, Os efeitos renda e

substituição agem em direções opostas, o efeito total

é ambíguo.

(80)

Derivação da Curva de Demanda

A curva de demanda do consumidor pode ser

vista como um resumo de decisões ótimas que

surgem de sua restrição orçamentária e curvas

de indiferença, considerando variações nos

preços e quantidades demandadas de cada

bem.

(81)

Formação da Curva de Demanda pela Teoria da Escolha

Quanto menor o preço dos alimentos maior a demanda por alimentos e também pode ser maior a demanda por vestuário.

(82)

Derivando a Curva de Demanda

A curva de demanda do consumidor pode ser vista como um resumo das decisões ótimas que surgem da sua restrição orçamentária e das curvas de indiferença;

As curvas de demanda podem às vezes ser positivamente inclinadas, isto acontece quando o consumidor compra mais de um bem quando o seu preço aumenta.

(83)

Derivando a Curva de Demanda

Ótimo do consumidor

Quantidade de Pizza 0

50 Quantidade de Pepsi

150 B

A

I1 I2

Nova restrição orçamentária

Restrição orçamentária inicial

Curva de demanda por Pepsi

50 150

Demanda

Quantidade de Pepsi 0

Preço de Pepsi

$2

1

A

B

(84)

Demanda

Determinantes da Demanda Individual: Preço, Renda, Preço de Produtos Relacionados, Gostos (Preferências), expectativas

Quantidade demandada: é o total do bem ou serviço que o consumidor (comprador) deseja, planeja e pode comprar, durante um determinado período e a um determinado preço praticado pelo mercado.

Lei da demanda: ceteris paribus, a quantidade demandada de um bem aumenta quando o preço do bem diminui, e cai quando o preço do bem sobe (Isto vale também para um serviço)

(85)

Curva de Demanda

A curva de demanda é geralmente definida por uma linha negativamente inclinada para baixo, que relaciona preço e quantidade demandada.

Segue a lógica da Lei da Demanda.

(86)

Curva de Demanda

$3.00 2.50 2.00 1.50 1.00 0.50

2

1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Preço do sorvete

Qtde. consumida de sorvete

0

Preço Qte

0.00 12

0.50 10

1.00 8

1.50 6

2.00 4

2.50 2

3.00 0

(87)

Ceteris Paribus

A curva de demanda se inclina para baixo porque,

ceteris paribus, preços mais baixos implicam em maior

quantidade demandada, e vice-versa.

(88)

Demanda

Mas,

por que a quantidade demandada cai quando o preço sobe e vice-versa?

Efeito-substituição: existe uma prática plenamente confirmada de que quando o preço sobe corremos para um bem similar (substituto).

Cachorro-quente vs hambúrguer; viagem de ônibus vs viagem de trem; sorvete vs doces; cinema vs vídeo.

Efeito-renda: quando o preço cai, e tudo mais fica constante,

‘ganhamos’ renda extra, e assim consumimos mais do bem. Se subir, ocorre o inverso.

(89)

Demanda de Mercado

Demanda de Mercado é a soma das demandas individuais de um dado bem ou serviço.

Graficamente, as curvas de demanda individuais são somadas

horizontalmente para obter a curva de demanda do mercado.

(90)

Mudança na Quantidade Demandada versus Mudança na Demanda

Mudança na Quantidade Demandada:

Movimento ao longo da curva de demanda.

Originada por uma mudança no preço do bem (ceteris paribus).

Mudança da Demanda ocorre quando:

Há um deslocamento da curva de demanda, para a esquerda ou para a direita.

Causado por uma mudança em um dos demais determinantes da demanda (que seja diferente do preço do próprio bem – Ex. Renda, sensibilidade a substituição, moda, gostos, etc.)

(91)

Mudanças na Quantidade Demandada

0

D

1

Preço do sorvete

Quantidade de Sorvete/mês

A C

20

2.00

$4.00

12

(92)

Mudanças na Curvatura da Demanda

0

D

1

Preço do maço de cigarros

Número de maços/mês

20

2.00

$4.00

12

D

2

19

Fórmula 1, menos viciante Fórmula 2, mais viciante

(93)

Determinantes da Demanda

Por que uma curva de demanda se desloca?

Se o preço de um bem permanece constante, mas alguma outra variável que influi no plano dos consumidores se altera, ocorre uma mudança da demanda desse bem.

Renda do consumidor

Preços dos bens relacionados

Gostos ou Preferências

Expectativas (preços e renda futuros)

População (número de compradores)

(94)

Mudanças da Demanda

0

D

1

Preço do sorvete

Qte. de sorvete

D

3

D

2

Aumento da demanda

Redução da demanda

(95)

Renda do Consumidor: Bem Normal

$3.00 2.50 2.00 1.50 1.00 0.50

2

1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Preço do sorvete

Qte. de sorvete

0

Aumento da demanda

Um aumento da renda...

D

1

D

2

(96)

Renda do Consumidor: Bem Inferior

$3.00 2.50 2.00 1.50 1.00 0.50

2

1 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Preço da

carne terceira

Qte.de carne de 3a

0

Decréscimo na demanda

Um aumento da renda...

D

1

D

2

(97)

Preços dos Bens: Substitutos e Complementares

Quando a queda no preço de um bem reduz a demanda por outro bem, os dois bens são chamados substitutos.

Cinema vs teatro; margarina e manteiga; cachorro-quente e hamburger.

Quando a queda no preço de um bem aumenta a demanda por outro bem, os dois bens são chamados complementares.

Salsicha e pão de cachorro quente; computadores e software; hamburger e batata frita.

(98)

Gostos ou Preferências

Gostos: modificações na demanda devido à moda, hábitos, crenças, mudanças culturais etc.

Uma preferência maior pelo bem significa que a demanda irá se deslocar para a direita, ocorrendo o movimento oposto caso o consumidor passe a desejar menos o bem.

A principal característica das mudanças de preferências é que os economistas pouco tem a dizer sobre elas, considerando como um dado.

(99)

Expectativas

Deslocam a curva de demanda:

Expectativas de uma queda nos preços futuros do bem vão deslocar a curva de demanda para a esquerda (redução da demanda).

Expectativa de que a renda vá aumentar no futuro pode fazer com que o consumidor gaste antecipadamente deslocando a demanda para a direita.

(100)

Mudança na Quantidade Demandada versus Mudança na Demanda

Variáveis que afetam

a Demanda Uma Mudança Nesta Variável Provoca. . .

Preço Movimento ao longo da

curva

Renda Deslocamento da curva

Preço de bens

relacionados Deslocamento da curva Gostos Deslocamento da curva Expectativas Deslocamento da curva Número de

compradores Deslocamento da curva

(101)

O Modelo de Escolha é Mais Completo

São determinantes da demanda por um bem:

i. O preço do próprio bem;

ii. O preço de outros bens;

iii. A renda do consumidor;

iv. Gostos e preferências do consumidor.

A demanda de mercado será a soma das demandas dos consumidores.

Demanda da Maria Demanda do João Demanda Agregada de Mercado

(102)

Demanda de Mercado

Soma da demanda de cada consumidor.

Outro exemplo:

Preço Consumidor A

Consumidor B

Consumidor C

Mercado

R$ 2.500,00 4 5 12 21

R$ 2.000,00 14 10 22 46

R$ 1.500,00 24 15 32 71

R$ 1.000,00 34 20 42 96

R$ 500,00 44 25 52 121

Demanda

(103)

Curva de Oferta

São determinantes da oferta por um bem:

i. O preço do próprio bem;

ii. O preço de outros bens;

iii. O preço dos fatores de produção;

iv. Tecnologia.

(104)

Equilíbrio de Mercado

Demanda e oferta realizadas em um ponto de equilíbrio onde a quantidade produzida é equivalente a quantidade consumida a um determinado preço.

(105)

Quiz valendo nota

Dê um exemplo de estratégia que as empresas utilizam para se

apossarem do excedente do consumidor. Como elas conseguem retirar esse excedente do consumidor aumentado o seu lucro ?

(Dica) Analisem o gráfico da utilidade marginal decrescente !!!!!

(106)

Bens de Giffen

Um aumento no preço de um bem de Giffen aumenta a sua quantidade demandada;

Bens de Giffen são bens inferiores para os quais o efeito renda é mais forte do que o efeito substituição;

Eles possuem curvas de demanda positivamente inclinadas.

Suponha uma família muito pobre que só consome arroz. Se o preço do arroz cair sobrará dinheiro para, por exemplo, comprar feijão que é mais caro e preferido pois estão enjoados só de arroz. Neste caso o arroz pode ser considerado um bem de giffen se quando o preço cair o consumo diminuir, e se o preço voltar a subir o consumo voltar a aumentar.

(107)

Quantidade A

Quantidade de batata

0

E

C

I2 I1

Restrição orçamentária inicial

Nova restrição orçamentária D

B

Ótimo com baixo preço da batata Ótimo com alto preço da batata

1. Um aumento do preço da

batata provoca uma rotação, para dentro, na restrição

orçamentária...

2...o que aumenta o consumo de batata se as batatas forem um bem de Giffen.

Um Bem de Giffen...

(108)

Conclusão

A restrição orçamentária do consumidor mostra as possíveis combinações de diferentes bens que ele pode comprar de acordo com sua renda e os preços dos bens;

A inclinação da restrição orçamentária é igual ao preço relativo dos bens;

Curvas de indiferença representam a combinação de preferências do consumidor entre dois bens;

Consumidores preferem curvas de indiferença mais altas;

O consumidor otimiza escolhendo o ponto na restrição orçamentária que fica na curva de indiferença mais alta.

(109)

Conclusão

Quando o preço de um bem cai, o impacto sobre as escolhas do consumidor pode ser dividido em um efeito renda e um efeito substituição;

O efeito renda é a alteração do consumo que decorre da melhoria da situação do consumidor em função do preço menor;

O efeito substituição é a mudança no consumo decorrente do fato de que a alteração no preço incentiva o aumento do consumo do bem cujo preço caiu;

O efeito renda se reflete no deslocamento de uma curva de indiferença inferior para uma superior;

O efeito substituição se reflete em um movimento ao longo da curva de indiferença até um ponto com uma inclinação diferente.

(110)

Leituras da Aula

Krugman e Wells. Introdução à Economia. 3ª ed. Capítulos 7, 10 e 11;

Mankiw. Introdução à Economia. 6ª ed. Capítulo 21.

Referências

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