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Lição 1 25 a 31 de dezembro
A carta aos hebreus e a nós
Sábado à tarde Ano Bíblico: Ap 10, 11
VERSO PARA MEMORIZAR: “Vocês precisam perseverar, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcancem a promessa” (Hb 10:36).
L E I T U R AS D A S E M AN A:
Hb 2:3, 4; 1Pe 4:14, 16; Hb 13:1-9, 13; 1Rs 19:1-18; Hb 3:12-14; Nm 13 Já imaginou como seria ouvir Jesus, ou um dos apóstolos, pregar? Temos trechos escritos e resumos de alguns de seus sermões, mas esses textos apresentam apenas uma ideia limitada do que foi dito. No entanto, Deus preservou nas Escrituras pelo menos um sermão completo: a carta de Paulo aos hebreus.Paulo, autor de Hebreus, referiu-se à própria obra como “palavra de exortação” (Hb 13:22). Essa expressão era usada para identificar o sermão, tanto na sinagoga (At 13:15) quanto no culto cristão (1Tm 4:13). Assim, argumenta-se que a carta aos hebreus é o primeiro “sermão cristão completo” que temos. Essa carta foi dirigida aos crentes que aceitaram Jesus, mas depois passaram por dificuldades. Alguns foram insultados e perseguidos publicamente (Hb 10:32-34), e outros enfrentaram problemas financeiros (Hb 13:5, 6). Por isso, muitos estavam cansados e começaram a questionar sua fé (Hb 3:12, 13). Alguém no presente se identifica com eles?
Em um sermão comovente, o apóstolo os desafiou (e, por extensão, nos desafia) a perseverar na fé em Jesus e fixar os olhos Naquele que está agora no santuário celestial.
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Domingo, 26 de dezembro Ano Bíblico: Ap 12-14
Um começo glorioso
Para compreender o sermão e aplicar sua mensagem a nós mesmos, precisamos entender a história da congregação e sua situação quando recebeu a carta do apóstolo Paulo.
1. Leia Hebreus 2:3, 4. Qual foi a experiência dos primeiros leitores de Hebreus quando se converteram?
Essa passagem indica que a audiência de Hebreus não tinha ouvido o próprio Jesus pregar. Eles receberam o evangelho por meio de outros evangelistas que lhes anunciaram as boas-novas da salvação.
Paulo também disse que os evangelistas confirmaram a mensagem a eles e que o próprio Deus havia testemunhado “por meio de sinais, prodígios” e “vários milagres”. Isso significa que Deus providenciou a confirmação do evangelho por sinais e obras poderosas – entre elas a distribuição dos dons do Espírito Santo.
O Novo Testamento (NT) relata que sinais, como curas milagrosas, exorcismos e o derramamento de dons espirituais com frequência acompanhavam a pregação do evangelho.
No início da igreja, Deus derramou Seu Espírito sobre os apóstolos em Jerusalém para que anunciassem o evangelho em idiomas desconhecidos e fizessem milagres (At 2; 3). Felipe realizou maravilhas em Samaria (At 8), Pedro em Jope e Cesareia (At 9; 10), e Paulo em seu ministério na Ásia Menor e na Europa (At 13–28).
Essas ações confirmaram a mensagem de salvação – o estabelecimento do reino de Deus, a salvação da condenação e a libertação do poder do mal (Hb 12:25-29).
O Espírito deu aos primeiros crentes a convicção de que seus pecados haviam sido perdoados; assim, não temiam o juízo e, como resultado, suas orações eram ousadas e confiantes, e sua experiência religiosa, alegre (At 2:37-47). O Espírito também libertou os escravizados pelo mal, o que era evidência convincente da superioridade do poder divino sobre as forças malignas e revelava que o reino de Deus havia sido estabelecido na vida deles.
Qual é a história de sua conversão? De que maneira você foi confirmado na fé e na crença em Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor? Faz bem lembrar como Deus trabalhou em sua vida para trazê-lo a Ele?
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Segunda-feira, 27 de dezembro Ano Bíblico: Ap 15-17
A luta
Quando os crentes confessaram sua fé em Cristo e se uniram à igreja, estabeleceram uma marca divisória que os distinguia do restante da sociedade. Infelizmente, isso se tornou uma fonte de conflito, porque implicitamente emitia um julgamento negativo sobre sua comunidade e seus valores.
2. Leia Hebreus 10:32-34 e 13:3. Qual foi a experiência dos leitores da carta de Hebreus após sua experiência de conversão?
É muito provável que os leitores de Hebreus tenham sofrido ataques verbais e físicos nas mãos de turbas incitadas por oponentes (At 16:19-22; 17:1-9). Foram presos e é possível que também tenham sido espancados, pois os oficiais tinham poder de autorizar punições e encarceramento, muitas vezes sem seguir as normas judiciais adequadas, enquanto reuniam evidências (At 16:22, 23).
3. Leia Hebreus 11:24-26 e 1 Pedro 4:14, 16. Como as experiências de Moisés e dos leitores de 1 Pedro ajudam a entender por que os cristãos eram perseguidos?
“Ser desprezado por causa de Cristo” significava identificar-se com Cristo e suportar a vergonha e o abuso que essa associação implicava. A animosidade pública contra os cristãos era resultado de seus compromissos religiosos distintos. Pessoas podem ficar ofendidas por práticas religiosas que não entendem ou por aqueles cujo estilo de vida e moral podem fazer outros se sentirem culpados ou envergonhados. Em meados do primeiro século d.C., Tácito considerou os cristãos culpados de “ódio contra a humanidade” (Alfred J. Church e William J. Brodribb, trad., The Complete Works of Tacitus [Nova York: The Modern Library, 1942], Annals 15.44.1). Não importa qual tenha sido a razão para essa falsa acusação, muitos dos primeiros cristãos, como aqueles a quem Paulo escreveu a carta aos hebreus, sofriam por sua fé.
Todos sofrem. No entanto, o que significa sofrer por causa de Cristo? Quanto do nosso sofrimento é por causa de Cristo e quanto é causado pelas nossas próprias escolhas?
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Terça-feira, 28 de dezembro Ano Bíblico: Ap 18, 19
Mal-estar
Os leitores de Hebreus tiveram êxito em manter sua fé e compromisso com Cristo, apesar da rejeição e perseguição. O conflito, no entanto, cobrou seu preço. Eles lutaram e saíram vitoriosos, mas também cansados.
4. Leia Hebreus 2:18; 3:12, 13; 4:15; 10:25; 12:3, 12, 13; 13:1-9, 13. Quais foram alguns dos desafios que os crentes enfrentaram?
Os cristãos continuaram a ter dificuldades. Ataques verbais e provavelmente outros tipos de ataques contra sua honra continuaram a ocorrer (Hb 13:13). Alguns estavam na prisão (Hb 13:3) – algo que pode ter esgotado a igreja financeira e psicologicamente. Estavam cansados (Hb 12:12, 13) e podiam facilmente desanimar (Hb 12:3).
Passado o ânimo da vitória, é comum entre as pessoas e comunidades que as defesas psicológicas e de outros tipos sejam afrouxadas e se tornem mais vulneráveis ao contra-ataque de inimigos. Fica mais difícil reunir uma segunda vez a força que uma pessoa ou comunidade mobilizou para enfrentar uma ameaça iminente.
5. Leia 1 Reis 19:1-4. O que aconteceu com Elias?
“No entanto, a reação que frequentemente se segue aos momentos de muita fé e glorioso sucesso estava pressionando Elias. Ele temeu que a reforma iniciada no Carmelo não fosse duradoura, e a depressão tomou conta dele. Havia sido exaltado ao topo do Pisga; agora estava no vale. Enquanto esteve sob a inspiração do Onipotente, ele havia resistido à mais severa prova de fé; mas, naquele momento de desânimo, com a ameaça de Jezabel ecoando em seus ouvidos e Satanás ainda aparentemente prevalecendo mediante a trama dessa ímpia mulher, ele perdeu sua firmeza em Deus. Havia sido grandemente exaltado, e a reação foi terrível.
Esquecendo- se de Deus, Elias fugia cada vez mais, até que se encontrou num árido deserto, sozinho” (Ellen G.
White, Profetas e Reis, p. 161, 162).
Pense nas suas falhas na vida cristã e tente entender as circunstâncias e os fatores que contribuíram para o colapso. O que você poderia ter feito de diferente?
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Quarta-feira, 29 de dezembro Ano Bíblico: Ap 20-22
Encorajando uns aos outros
O que o apóstolo aconselhou os leitores a fazer diante da situação que enfrentavam? O que aprendemos com Hebreus? Além disso, analisemos como Deus ajudou Elias a se recuperar da experiência de desânimo.
6. Leia 1 Reis 19:5-18. O que Deus fez para restaurar a fé do profeta Elias?
O modo como Deus tratou Elias depois do evento no Carmelo é fascinante, pois mostra o terno cuidado e a sabedoria com que Ele ministra aos angustiados, que lutam para recuperar a fé. O Senhor fez várias coisas por Elias. Primeiro, cuidou de suas necessidades físicas, dando-lhe comida e descanso. Então, na caverna, gentilmente o reprovou: “O que você está fazendo aqui, Elias?” Assim, ajudou o profeta a obter uma compreensão mais profunda de como o Senhor trabalha e cumpre Seus propósitos. Deus não estava no vento, no terremoto nem no fogo, mas numa voz mansa e suave. Então, deu a Elias uma obra a fazer e o tranquilizou.
7. Leia Hebreus 2:1; 3:12-14; 5:11–6:3 e 10:19-25. O que Paulo sugeriu que os crentes fizessem?
Em Hebreus, há várias instruções do apóstolo aos leitores para ajudálos a recuperar sua força e fé originais.
Um aspecto que o autor enfatizou é cuidar das necessidades físicas de seus irmãos na fé. Ele sugeriu que praticassem hospitalidade e visitassem os presos, o que implicava prover às suas necessidades. O apóstolo exortou os leitores a ser generosos, lembrando que Deus não os abandonaria (Hb 13:1-6). Paulo também os reprovou e encorajou. Ele os advertiu a não se afastarem gradualmente (Hb 2:1), a não ter “um coração mau e descrente” (Hb 3:12) e os encorajou a crescer em sua compreensão da fé (Hb 5:11–6:3). Também comentou sobre a importância da frequência constante às reuniões da igreja (Hb 10:25). Em resumo, sugeriu que permanecessem unidos, encorajando uns aos outros e estimulando o amor e as boas obras, mas também exaltou Jesus e Seu ministério no santuário celestial em favor deles (Hb 8:1, 2; 12:1-4).
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Quinta-feira, 30 de dezembro Ano Bíblico: Repassar o Novo Testamento
Estes últimos dias
8. Leia Hebreus 1:2; 9:26-28; 10:25, 36-38 e 12:25-28. Que ponto Paulo enfatizou, especialmente em relação ao tempo?
Há um elemento muito importante destacado pelo apóstolo que acrescenta urgência à sua exortação: os leitores estavam vivendo nos “últimos dias” (Hb 1:2) e as promessas estavam para se cumprir (Hb 10:36-38).
É interessante, como veremos, que em todo o documento Paulo comparou sua audiência com a geração do deserto diante da fronteira de Canaã, pronta para entrar na terra prometida. Ele os lembrou: “Porque, ainda dentro de pouco tempo, Aquele que vem virá e não irá demorar” (Hb 10:37). E então os encorajou: “Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição, mas somos da fé, para a preservação da alma” (Hb 10:39).
Essa última exortação lembrou aos leitores, e lembra a nós, sobre os perigos que o povo de Deus tem experimentado através da história pouco antes do cumprimento das promessas divinas.
O livro de Números fala exatamente disso. O registro bíblico diz que duas vezes, pouco antes de entrar na terra prometida, Israel sofreu derrotas importantes. Na primeira vez, registrada em Números 13 e 14, vários líderes espalharam dúvidas entre a congregação, o que fez com que a fé do povo de Israel falhasse. Como resultado, a comunidade decidiu nomear um novo líder e retornar ao Egito, bem no momento em que estavam prestes a entrar em Canaã.
Na segunda vez, os israelitas se envolveram com a sensualidade e a falsa adoração em Baal Peor (Nm 24; 25).
Embora Balaão não tivesse sido capaz de trazer maldição sobre os israelitas, Satanás usou tentações sexuais para liderar Israel na adoração falsa e no pecado, e assim trazer o desagrado de Deus sobre eles.
O apóstolo avisou os leitores de Hebreus contra os dois perigos. Primeiro, ele os exortou a apegar-se à confissão de sua fé e a manter os olhos fixos em Jesus (Hb 4:14; 10:23; 12:1-4). Em segundo lugar, os exortou contra a imoralidade e a cobiça (Hb 13:4-6). Finalmente, os exortou a dar ouvidos e a obedecer a seus líderes (Hb 13:7, 17).
Tendo em vista nossa compreensão do estado dos mortos, de que assim que fecharmos nossos olhos na morte, a próxima coisa que veremos será a segunda vinda de Cristo, por que podemos dizer que todos vivem nos “últimos dias”?
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Sexta-feira, 31 de dezembro Ano Bíblico: Vista geral de toda a Bíblia
Estudo adicional
David A. de Silva explica por que os primeiros cristãos sofriam perseguição: “Os cristãos adotaram um estilo de vida que [...] teria sido considerado antissocial e subversivo. A lealdade aos deuses, expressa nos sacrifícios e atos semelhantes, era vista como símbolo de lealdade ao estado, às autoridades, aos amigos e à família. A adoração às divindades era uma espécie de símbolo da dedicação aos relacionamentos que mantinham a sociedade estável e próspera. Ao se absterem do primeiro, cristãos (e judeus) eram vistos como potenciais violadores das leis e [como] elementos subversivos do império” (Perseverance in Gratitude [Eerdmans, 2000], p. 12).
“Para quem está desanimado, há um remédio que funciona: fé, oração e trabalho. Fé e atividade darão segurança e satisfação que vão aumentar dia após dia. Você é tentado a dar lugar a sentimentos de ansiedade ou de profundo desânimo? Nos dias mais escuros, quando tudo parece ameaçador, não tenha medo. Tenha fé em Deus. Ele conhece suas necessidades; Ele possui todo o poder. Seu infinito amor e Sua compaixão jamais acabam. Não tema pensando que Ele falhará em cumprir Sua promessa. Ele é verdade eterna. Jamais mudará a aliança que fez com os que O amam. Ele capacitará Seus servos fiéis de acordo com as necessidades deles.
O apóstolo Paulo testificou [...]” (2Co 12:9, 10; Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 164, 165).
Perguntas para consideração
1. É possível ser “diferente” e ainda não ser desrespeitoso com os outros?
2. A palavra “exortação” na Bíblia pode se referir tanto à reprovação quanto ao encorajamento. Que cuidado devemos ter ao reprovar alguém desanimado na fé?
3. Que semelhanças há entre a experiência dos leitores de Hebreus e a da igreja de Laodiceia (Ap 3:14-22)?
Nossa experiência se assemelha à deles? O que aprendemos com isso?
Respostas e atividades da semana: 1. Deus os confirmou por meio de sinais e prodígios. 2. Sofreram insultos, problemas financeiros, maus-tratos e prisões. 3. Os cristãos andavam na contramão do mundo, pois não acompanhavam seus costumes. Como Moisés, preferiam ser maltratados a usufruir prazeres transitórios do pecado. 4. Prisões, insultos, problemas financeiros e desânimo. 5. Jezabel o sentenciou à morte. Ele se sentiu desanimado na fé. 6. Deus o alimentou, o fez descansar e depois mostrou a ele Seus planos. 7. Que fossem hospitaleiros, visitassem os presos, não deixassem de se reunir e encorajassem uns aos outros. 8. Que estamos vivendo nos últimos dias, em que a volta de Jesus é iminente.