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Expansão, inclusão e docência no ensino superior: desafios da democratização do acesso para estudantes com deficiência

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Ministério de Educação (2010b) . O Futuro das IFES: Implantação, consolidação e expansão.

Apontamentos. In: Universidades Federais: Consolidação e Expansão – 2011 – 2020:

Subsídios para o Plano Nacional de Educação. Anais 8º Seminário Reuni, 27 a 29 de janeiro

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Universidade Federal Santa Catarina (2012). Programa de Formação Continuada - Profor.

Florianópolis. Retirado em abril 25, 2012 de http://www.profor.ufsc.br/.

7.26.

Título:

Expansão, inclusão e docência no ensino superior: desafios da democratização do acesso para estudantes com deficiência

Autor/a (es/as):

Pieczkowski, Tania Mara Zancanaro [Universidade Federal de Santa Maria]

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Naujorks, Maria Inês [Universidade Federal de Santa Maria]

Resumo:

Este texto tem como propósitos trazer à discussão o conceito de inclusão analisando seu percurso na educação e, partindo da política de inclusão para estudantes com deficiência no ensino superior, pensar os desafios da universidade brasileira em oferecer não apenas o acesso, como também a permanência e aprendizagem a todos os estudantes. Analisando a trajetória da educação superior brasileira na última década constata-se a inegável expansão desse nível de ensino traduzindo-se no aumento considerável do número de instituições, de cursos de graduação e, consequentemente, do número de matriculas, inclusive para alunos com deficiência. Embora os indicadores apontem para essa expansão, os alunos com deficiência ainda estão, quase sempre, à margem desse processo. Poucos são, nessa condição, aqueles que têm acesso e se beneficiam efetivamente do processo acadêmico/profissional concluindo seus estudos. Constata-se uma escassa produção de pesquisas que problematizem esse fenômeno, qual seja: que condições de permanência e conclusão de suas carreiras possuem os alunos com deficiência incluídos no ensino superior? Dados empíricos de pesquisas realizadas evidenciam que os docentes não se sentem capacitados diante do desafio de atuarem com esses alunos, embora poucos apresentem objeção à política de inclusão. Pesquisa de Thoma (2006)70 aponta que se atribui aos próprios sujeitos incluídos as causas para o seu sucesso ou fracasso acadêmico e pouco ou nada se fala sobre as condições que produzem esse sucesso ou fracasso. Estudos de Pieczkowski (2008)71 sinalizam para a urgência em discutir as dificuldades pedagógicas presentes na universidade e implementar políticas de educação inclusiva, superando ações fragmentadas. O tema “inclusão de estudantes com deficiência no ensino superior” tem ocupado crescente espaço nos debates educacionais e remete à trajetória da democratização do ensino, em todos os níveis. Percebe-se, também, que o termo inclusão vem sendo utilizado indiscriminadamente, adotado como um conceito da moda, em praticamente todos os setores da sociedade como uma necessidade autojustificada e evidente por si mesma. A implantação de uma proposta dessa envergadura implica a capacidade de mudança e renovação das instituições como um todo, destacando-se a atuação docente na aula universitária. Acreditamos que a universidade deve converter-se em espaço livre de discriminação, favorecendo a convivência

70 Thoma, Adriana da Silva (2006). A inclusão no ensino superior: “Ninguém foi preparado para trabalhar com esses alunos (...) isso exige certamente uma política especial...”. Retirado em Outubro 14, 2006, de http://www.anped.org.br/reunioes/29ra/trabalhos/trabalho/GT15-2552--Int.pdf.

71 Pieczkowski, Tania Mara Zancanaro (2008). Inclusão de estudantes com necessidades especiais no ensino superior. Monografia. Unochapecó, Chapecó, Brasil.

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com a diversidade em igualdade de condições e oportunidades, fortalecendo o exercício da democracia e da participação desses alunos como sujeitos políticos. Caso contrário, corre-se o risco de repetir-se no ensino superior o que ocorre, em larga escala, na educação básica, ou seja, uma realidade perversa, assistencialista, na qual o estudante representa o aumento no número de matrícula, mas não a inclusão que se deseja.

Palavras-chave:

Ensino Superior. Inclusão Educacional de Alunos com Deficiência. Docência universitária.

Introdução

Esta reflexão tem um duplo propósito: inicialmente trazer à discussão o conceito de inclusão analisando seu percurso na educação e, posteriormente, partindo da amplidão da política de inclusão para estudantes com deficiência no ensino superior, pensar os desafios da universidade em oferecer o acesso e garantir a qualidade do ensino a todos os estudantes.

Hoje o uso indiscriminado da palavra inclusão coloca-a como um conceito da moda, utilizado em praticamente todos os setores da sociedade. Entretanto sua definição exprime complexidade e abrangência.

Santos (2003) refere-se à inclusão como um processo que reitera princípios democráticos de participação plena. A autora argumenta que tal processo representa um movimento que tem por essência estar em todas as áreas da vida humana, inclusive a educacional. Implica, portanto todos os esforços no sentido da garantia da participação máxima de qualquer cidadão em qualquer arena da sociedade em que viva, à qual ele tem direito, e sobre a qual ele tem deveres. Envolve, ainda, quaisquer lutas, nos diferentes campos sociais, contra a submissão de pessoas excluídas.

As políticas públicas sociais, ao longo dos anos, têm-se apresentado como propostas com vistas a contribuir para a construção de novas práticas sociais e educativas, voltadas à melhoria da qualidade de vida e universalização dos direitos sociais básicos dos cidadãos, visando à inclusão social.

No que se refere à educação, principalmente a partir dos anos 90, o compromisso com a inclusão vem sendo reafirmado em uma vasta produção documental, tanto internacional como nacional. Esse conjunto de documentos oficiais, além de subsidiar a formulação de políticas para a área, inclusive instruindo sobre os processos de autorização e de reconhecimento de cursos e de credenciamento de instituições, coloca a educação inclusiva como um paradigma educacional que assume o princípio da educação de qualidade como um direito de todos.

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A partir desses documentos o conceito de necessidades educacionais especiais é amplamente difundido reforçando a importância de entendê-lo na interação das características individuais dos alunos com o ambiente educacional e social.

A atual Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (Brasil, 2008), informa que as definições e o uso de classificações devem ser contextualizados, não se esgotando na mera especificação ou categorização atribuída a um quadro de deficiência, transtorno, distúrbio, síndrome ou aptidão. Assim, considera a pessoa com deficiência como sendo aquela que tem impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, pode ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade.

Wilson (2000), afirma que uma escola inclusiva pressupõe uma escola centrada na comunidade, livre de barreiras, da arquitetura ao currículo, promotora de colaboração e de equidade.

A inclusão no Ensino Superior

A filosofia da inclusão, implementada hoje nos sistemas educacionais, tem inspiração na Declaração Universal dos Direitos Humanos proclamada no ano de 1948 e que explicita o preceito inclusivo como uma meta para a educação. Este documento apresenta a luta pelos direitos humanos inclusive das pessoas com alguma deficiência. Desde então a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade vem aparecendo nas agendas das políticas públicas dos Estados e também sendo foco de estudos e de conferências internacionais. No que se refere a essa última, merecem destaque duas iniciativas que reafirmam os programas de “Educação para Todos” e “Educação Inclusiva para Todos” da UNESCO:

1- A Conferência Mundial da UNESCO Sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade, cujo documento final (Declaração de Salamanca) afirma que o movimento da educação inclusiva é o meio mais eficaz de se atingir a educação para todos. (Salamanca, Espanha, 1994). 2- Fórum Mundial de Educação (Dacar, Senegal, 2000).

A partir dessas grandes conferências é que se vislumbra um significado inovador às políticas e práticas educacionais no que se refere ao aluno com deficiência. Implica necessariamente o repensar das práticas educacionais em todos os níveis de ensino considerando o princípio fundamental expresso nos referidos documentos: a educação de qualidade como um direito de todos.

No que se refere à inclusão de alunos com deficiência no ensino superior, experiências internacionais ilustram os esforços de algumas instituições desde a década de 50. Assim, encontramos nos Estados Unidos, entre outras, o caso da Southern Illinois University que oferecia “serviços especializados para alunos com as mais diversas deficiências”. Observava-se que também esses alunos dispunham de transportes acessíveis e adaptações no campus universitário. (Sassaki, 2001). A Rehabilitation Act (1973) impulsionou o compromisso das universidades em desenvolver políticas inclusivas para alunos

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com deficiência física. Na década de 90 a Americans With Disabilities Act (ADA) disponibilizou informações para que as universidades pudessem atender alunos com dificuldades de aprendizagem.

Na Europa inúmeras universidades desenvolvem programas de apoio a estudantes com deficiência.

Dentre outros, o Programa UNICHANCE promovido pela Horizon II da União Européia.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico - OCDE, em relatório a respeito do ensino superior publicado em 2006 informou, entre outros aspectos, a situação da inclusão de alunos com deficiência nesse nível de ensino. O Brasil não figura nesse estudo. Os dados revelam um expressivo crescimento do número de matrícula, na última década, em todos os países participantes. O documento aponta alguns fatores que favorecem essa política, a saber:

- A implantação de políticas de qualificação e de inclusão no ensino médio, nesses países, tendo a consequente repercussão no ensino superior.

- A oportunidade de frequentar o ensino superior aumenta a participação e as possibilidades de emprego, ao mesmo tempo em que atende a objetivos econômicos, políticos e sociais.

- A capacidade institucional de adaptar-se às demandas dos estudantes investindo na qualificação do pessoal, na contratação de consultores melhorando o apoio técnico e metodológico.

- A busca integrada de estratégias institucionais ampliando a capacidade de oferta de serviços adequados e de apoio para lidar com a diversidade de todos os alunos.

No Brasil, o Censo da Educação Especial na Educação Superior registra que, entre 2003 e 2005 o número de estudantes matriculados passou de 5.078 para 11.999, representando um crescimento de 136% acompanhando, portanto, a tendência internacional.

Entretanto, Ferrari e Sekkel (2007) afirmam que conforme os níveis de escolaridade se elevam, as discussões e as práticas educacionais voltadas à inclusão se tornam escassas e, quando ocorrem, o tema da educação inclusiva volta-se para a questão da inclusão social das camadas mais pobres da população ou para as ações afirmativas. Somem de cena os estudantes com deficiência.

Dados da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação demonstram que em 2006 este órgão recebeu R$17 milhões em investimentos voltados à inclusão de índios, negros e pessoas com deficiências. Entretanto, desse total, apenas R$1,5 milhão, menos de 10% dos investimentos, foram destinados a programas de acesso e permanência no ensino superior de jovens com deficiência. Tal constatação é reveladora e indica o quanto ainda é escassa a produção de pesquisas que acompanhem e avaliem a política de inclusão desses jovens no ensino superior.

Desde a época da elaboração e publicação do Plano Nacional de Educação - PNE, em 2001, muitos programas de expansão da universidade vêm sendo implantados. Com o objetivo de atingir até 2010 a

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meta de 30% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos, esses programas visam incluir no ensino superior populações até então marginalizadas.

O acesso ao ensino superior cresceu consideravelmente nos últimos anos. Os resultados do censo da Educação Superior de 2008, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) em 27 de novembro de 2009, revelam que, apesar do crescimento das matrículas no ensino superior, o Brasil não cumpriu a meta de incluir 30% da população entre 18 e 24 anos na universidade. Atualmente, essa taxa está próxima de 14%.

O novo Plano Nacional de Educação, em fase de finalização e aprovação para o decênio 2011 a 2020, apresenta entre suas diretrizes, a universalização do atendimento escolar e a superação das desigualdades educacionais, as quais estão diretamente relacionadas à expansão e inclusão de pessoas com deficiência. Uma das metas previstas no novo PNE é a elevação da taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta. Para atingir esta meta, uma das estratégias definidas é “assegurar condições de acessibilidade nas instituições de educação superior, na forma da legislação.”

Programas como o REUNI – Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais e da UAB – Universidade Aberta do Brasil, levam a universidade a regiões antes “desassistidas”, traduzindo-se em um significativo aumento do número de matrículas no ensino superior.

Além do plano de expansão e interiorização das universidades federais o Brasil possui, atualmente, diversos programas destinados a jovens que na grande maioria, estavam excluídos do sistema, tais como:

FIES - Fundo de Financiamento do Ensino Superior,o qual financia as mensalidades para aestudantes que frequentam universidades privadas.

PROUNI - Programa Universidade para Todos. Concede bolsas integrais e parciais a jovens de baixa renda em instituições privadas.

PROLIND - Programa de Formação Superior e Licenciatura para Indígenas. Objetiva sensibilizar as instituições federais para implementar políticas de formação superior indígena e cursos de licenciaturas específicas.

UNIAFRO - Programa de Ações Afirmativas nas Instituições Públicas de Educação Superior. Apóia os núcleos de estudos afro-brasileiros (Neabs) das universidades públicas no desenvolvimento de programas e projetos educacionais de promoção da igualdade racial.

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CULTURA E ARTE: Objetiva ultrapassar as fronteiras que separam o conhecimento acadêmico das manifestações artísticas. Oportuniza a participação de cineastas, compositores, poetas, dramaturgos, artistas plásticos e performáticos para debates em universidades.

INCLUSÃO DIGITAL: Apóia, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, iniciativas na área de inclusão educacional que contribuam para tornar acessíveis, cursos, materiais didáticos, estudos e pesquisas.

INCLUIR - Igualdade de Oportunidade e Direito à Universidade. Programa que garante o acesso e a permanência de pessoas portadoras de necessidades especiais nas instituições federais de ensino superior. Desde o ano de 2005 esse programa vem lançando editais para apoiar projetos de implantação e consolidação de Núcleos de Acessibilidade nas Instituições Federais de Ensino. As ações desses núcleos envolvem o planejamento e a organização de recursos e serviços para a promoção da acessibilidade arquitetônica, nas comunicações, nos sistemas de informação, nos materiais didáticos e pedagógicos, que devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de todas as atividades que envolvam o ensino, a pesquisa e a extensão.

Com as promessas da equidade e igualdade de oportunidades para todos, da convivência com a diversidade, o ensino superior se vê convocado a tomar essa heterogeneidade como um desafio que impulsiona à inovação e à criatividade. Pode-se dizer que inclusão é a palavra que hoje pretende definir igualdade, fraternidade, direitos humanos ou democracia (Wilson, 2000). Conceito que muito propagamos, mas que exige rupturas que nem sempre estamos dispostos a enfrentá-las. Entretanto, pode se converter em uma “boa prática” nas instituições de ensino superior. Uma prática democrática, participativa, que retoma valores éticos e uma nova epistemologia. (Leite, 2009).

Santos (2010), nos alerta para a necessidade de uma nova teoria democrática. Para o autor,

A nova teoria democrática deverá proceder à repolitização global da prática social e o campo político imenso que daí resultará permitirá desocultar formas novas de opressão e de dominação, ao mesmo tempo em que criará novas formas de democracia e de cidadania.

(Santos, 2010, p. 271).

Neste contexto é importante referir que o princípio da cidadania deve ultrapassar a obrigação cidadão/estado, inclui a rede de comprometimentos que os cidadãos desenvolvem entre si resgatando o que Santos (2010), define como princípio da comunidade e, com ele, a idéia de igualdade sem mesmidade, a idéia de autonomia e a idéia de solidariedade.

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Qualidade e Ensino Superior

A International Association of Universities (2008) postula que, além do acesso equitativo, a qualidade educacional contribui de forma significativa para o desenvolvimento dos recursos humanos nacionais, promove justiça social e coesão, o desenvolvimento pessoal, empregabilidade e, em geral, facilita no desenvolvimento sustentável.

Bertolin (2007) afirma que um sistema de educação superior, para ser considerado de qualidade, precisa, em primeiro lugar, possuir relevantes propósitos socioculturais e econômicos para o desenvolvimento e crescimento do seu país; em segundo lugar, em razão das inquestionáveis vantagens da presença de diferentes tipos de instituições e formação, parece claro na atualidade, a importância da existência de “diversidade”. O princípio de “igualdade de oportunidades” para todos os alunos também deve ser observado. Por fim, levando-se em conta que um sistema de educação precisa cumprir suas funções consideradas básicas de formação integral dos indivíduos e da sociedade, é evidente que deve ser “eficaz” na consecução desse objetivo. O autor conclui afirmando, então, que a qualidade de um sistema de educação superior poderia ser adequadamente entendida como a existência das seguintes propriedades: “relevância” para o desenvolvimento das mais diversas áreas socioculturais e econômicas do país; de “diversidade” para atender as mais diferentes demandas e necessidades de educação e formação; “equidade” de oportunidades para todas as pessoas; e, por fim,

“eficácia” na consecução de todas as funções básicas do sistema de educação superior e da formação integral dos indivíduos e da sociedade.

Intimamente ligado à avaliação, o termo qualidade tem sido um dos mais estudados na área da educação. A literatura apresenta um número significativo de definições à referida palavra, bem como um grupo considerável de pesquisadores nacionais e internacionais que vem investigando o assunto.

Leite afirma que:

Para atingir patamares elevados de qualidade defendo que a universidade deva partir de um ponto: a avaliação institucional, o diagnóstico ou retrato falado de uma instituição viva.

Refiro-me a uma avaliação inovadora realizada por dentro, participativa e democrática que conte com o envolvimento das comunidades internas e externas. A avaliação, sob este ponto de vista e concepção, contribui para definir pontos fortes e fracos, de cada unidade, curso, departamento, núcleo ou grupo de trabalho e, com isto, entender o que os faz serem diferentes, ou seja, onde está a riqueza da diferença, sua qualidade no nível micro e macro-institucional.

(LEITE, 2005, p. 23).

A Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, já citada, assim refere à educação superior:

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6811 Na educação superior, a transvrsalidade da educação especial se efetiva por meio de ações que promovam o acesso, a permanência e a participação dos alunos. Estas ações envolvem o planejamento e a organização de recursos e serviços para a promoção da acessibilidade arquitetônica, nas comunicações, nos sistemas de informação, nos materiais didáticos e pedagógicos, que devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de todas as atividades que envolvam o ensino, a pesquisa e a extensão. (Brasil, 2008, p. 17).

A implantação de uma proposta como a apresentada pelo Projeto Incluir implica a capacidade de mudança e renovação das instituições como um todo. Caso contrário, corremos o risco de repetirmos no ensino superior os mesmos atos falhos que ocorrem na educação básica.

A docência universitária no processo de inclusão

Frequentemente, o ingresso na docência universitária acontece inspirado em saberes experienciais72, frutos da trajetória estudantil, evitando posturas que deixaram marcas negativas e assumindo outras, que influenciaram positivamente. Muitos docentes assim se tornaram, inicialmente sem a oportunidade de refletir ou construir conhecimentos acerca da especificidade da docência e sua influência na aprendizagem dos estudantes. “Formação e desenvolvimento profissional entrelaçam-se em um intrincado processo, a partir do qual a professoralidade vai se construindo pouco a pouco. O saber- saber e o saber-fazer da profissão não são dados a priori, mas arduamente conquistados ao longo da carreira docente.” (Isaia; Bolzan, 2009, p. 165).

Assim, a busca pelos conhecimentos pedagógicos normalmente acontece quando o professor depara com os desafios da sala de aula. Advindos de diferentes profissões quando não são provenientes dos cursos de licenciaturas, descobrem a diferença entre exercer a profissão para a qual foram formados e ser professor.

A docência universitária recebeu influência da concepção epistemológica dominante da ciência moderna, presidida pela racionalidade técnica, no pressuposto de que o conteúdo específico tem maior importância do que o conhecimento pedagógico e as humanidades. A docência foi entendida como dom, e os saberes pedagógicos receberam valorização secundária, especialmente no ensino superior.

Porém, na atualidade, a pedagogia universitária, compreendida como um campo de saberes específicos, ganha reconhecimento. O estudo desses saberes nos possibilita compreender que o

72 Saberes experienciais: construídos ao longo das trajetórias de vida pessoal e profissional dos professores, a partir de seus trabalhos cotidianos e validados pela experiência (Cunha, 2003, p. 368).

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exercício da profissão docente na educação superior é complexo e desafiador. Como afirma Anastasiou (2004), a profissão docente, por trabalhar com a mudança e a construção, é marcada pela imprevisibilidade, singularidade, incerteza, novidade, dilema, conflito e instabilidade. Esses desafios são potencializados quando a docência envolve a singularidade humana expressa na deficiência.

Para Leite (2003, p. 311),

Ao preparar profissionais para o futuro e contribuir para a formação da cidadania, os docentes universitários necessitam refletir, sobre suas práticas instituídas, sobre os conhecimentos de sua área, as formas de sua apropriação, e os valores sociais e éticos que permeiam os currículos e precisam ser trabalhados dentro e fora da sala de aula. Isso se sobrepõe a um receituário pronto sobre modos e maneiras de ensinar ou transmitir conhecimentos. Questionamentos na perspectiva multidisciplinar, dizem respeito a: Que conhecimentos? Para que agir profissional? Em que perspectiva social e política?

Compreendemos que o exercício da docência exige a percepção de quem é o estudante e ele é fecundo à medida em que houver aprendizagem. Essa convicção é particularmente importante se observarmos que, nos últimos anos, vem ocorrendo a ampliação do acesso de estudantes ao ensino superior, decorrência da expansão do número de vagas em instituições públicas e privadas, dos financiamentos estudantis, dos sistemas de cotas, entre outras medidas, o que ampliou a presença, inclusive, dos que apresentam alguma deficiência. A diversidade presente na sala de aula revela, de forma ainda mais explícita, a singularidade humana no processo de aprendizagem.

Pieczkowski (2011) assevera que a forma de ensinar ganha destaque na atuação com a diversidade.

Surge o desafio de ensinar o estudante cego; aquele que apresenta baixa visão; o estudante surdo; o que possui deficiência intelectual; de apropriar-se do uso de adaptações necessárias na atuação com pessoas com deficiência física; de propor formas adequadas de avaliação e tomar decisões coerentes com o Projeto Pedagógico do curso, enfim, muitos fatos novos podem “surpreender” o professor.

Nesse confronto a universidade precisa avaliar como a diferença, a normalidade/anormalidade repercutem na aula universitária; se está capacitando seus egressos para a inclusão e se os próprios docentes universitários estão capacitados para atuar com estudantes com deficiência.

Para Veiga-Neto (2001, p. 107), “as marcas da anormalidade vêm sendo procuradas, ao longo da Modernidade, em cada corpo para que, depois, a cada corpo se atribua um lugar nas intrincadas grades das classificações dos desvios, das patologias, das deficiências, das qualidades, das virtudes, dos vícios”. O autor salienta o conceito e o uso da norma como estratégia de dominação. Afirma também que ante ao incômodo que as palavras “normal” e “anormalidade” podem causar, algumas alternativas

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são possíveis. Como primeira alternativa, está a negação abstrata dos anormais (no plano epistemológico), da qual resultam as práticas de exclusão mais explícitas e radicais.

Foucault (2002, p. 62) menciona contribuições de Canguilhem, ao dizer que “a norma é portadora de uma pretensão ao poder. A norma não é simplesmente um princípio, não é nem mesmo um princípio de inteligibilidade; é um elemento a partir do qual certo exercício de poder se acha fundado e legitimado”.

Para Santos (2008) o paradigma epistemológico com base na ciência moderna, valorizou o conhecimento científico como o único válido e rigoroso, em detrimento de outras formas de conhecimento como o senso comum ou os estudos humanísticos, e desenvolveu a lógica de homogeinização e padronização. Afirma que vivemos uma fase de transição e crítica ao modelo de racionalidade denominado “Razão indolente” e declara que a razão metonímica, uma das formas da indolência da razão, apesar de muito desacreditada, ainda é dominante. A razão metonímica é obcecada pela ideia de totalidade sob a forma da ordem, o que se revela nas dicotomias como normal/anormal, civilizado/primitivo, branco/negro, etc.

As políticas de inclusão estão tão fortemente colocadas, com argumentos sedutores do ponto de vista dos direitos humanos, sociais, educacionais, que nos impõem ingenuidades e posturas acríticas diante do estabelecido. O que representa a proposta de inclusão na sociedade neoliberal? Santos declara que a função geral do Estado capitalista moderno “é manter a coesão social numa sociedade atravessada pelos sistemas de desigualdade e exclusão. No que respeita à desigualdade, a função consiste em manter a desigualdade dentro dos limites que não inviabilizem a integração subordinada, designada de inclusão social pelas políticas estatais.” (Santos, 2008, p. 285).

Exclusão/inclusão: composições de um mesmo jogo [...] as instituições que garantem o acesso e o atendimento a todos são, por princípio, includentes, mesmo que, no decurso dos processos de comparação e classificação, elas venham a manter alguns desses “todos” (ou muitos deles...) em situação de exclusão. Isso significa que o mesmo espaço considerado de inclusão pode ser considerado um espaço de exclusão. Conclui-se que a igualdade de acesso não garante a inclusão e, na mesma medida, não afasta a sombra da exclusão (Veiga-Neto; Lopes, apud Lopes, 2009, p. 157).

Pieczkowski (2011) salienta que diante da diferença/deficiência, podemos ver nossas certezas abaladas e fazer a ruptura da relação assimétrica professor (o que ensina) x aluno (o que aprende). Por exemplo, ao ensinar um estudante surdo, se o professor não conhece a língua de sinais, também se torna evidente a sua deficiência. Sem dúvida, causa inquietação avaliar um estudante que não consegue

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revelar seu desempenho em razão da falta de acessibilidade. Por outro lado, ao avaliar um estudante impossibilitado, em decorrência de suas singularidades, de preencher as atribuições previstas no Projeto Pedagógico do curso ao qual está vinculado, nos provoca a questionar qual o sentido da docência universitária.

Para Hermann,

Pelo estranhamento surge a oportunidade de diálogo com o outro, que traz consigo a lógica da pergunta e da resposta. Essa dimensão interrogativa não se assemelha a um código a ser decifrado. O outro traz novas perguntas que levam o parceiro a rever sua posição, explicitá- la. O ponto de partida não é o sujeito, mas o diálogo que nos faz submergir em algo com o outro. Este pode nos surpreender e, assim, somos provocados a sair de nossos enclausuramentos, mesmo que não saibamos para onde vamos. Por isso ‘o que faz que algo seja um diálogo não é o fato de termos experimentado algo novo, mas sim de havermos encontrado, em um outro, algo que não havíamos encontrado ainda em nossa experiência do mundo’. (Hermann, 2011, p. 144).

A oferta de condições adequadas ao desenvolvimento humano permite reconstruir conceitos acerca da deficiência, ao constatarmos que muitas vezes ela está presente nos contextos físicos, sociais e também nas pessoas consideradas não deficientes. A deficiência, visualizada desta maneira, deixa de ser uma marca unilateral.

A escravidão hoje, como o Brasil a vivenciou, não se sustentaria, pois tais práticas seriam vergonhosas. Da mesma forma, a segregação das pessoas com deficiência nos leprosários, conventos, asilos, seriam flagrantes de exclusão. Porém hoje, a título de inclusão, as pessoas com deficiência são inseridas em espaços comuns, “normalizadores”, mas as práticas, embora muitas vezes veladas, continuam a excluir.

No processo de inclusão escolar de pessoas com deficiência o professor desempenha um importante papel. A postura docente envolve aspectos subjetivos, valores, atitudes desejos, juízos éticos, representações acerca da deficiência, o que é propagado, conscientemente ou não. O contexto universitário tem as marcas do conservadorismo, e as “verdades” docentes, poucas vezes são questionadas. Para Von Zuben, o projeto de formação de professores é complexo e geralmente tende a tomar uma forma autoritária, velada ou não. Tomar consciência desse processo e realizar a sua ruptura pode ser uma ação difícil.

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6815 O simples desejo de transformar a situação vigente irá garantir que esse indivíduo que foi

‘assujeitado’ durante anos num modelo imposto de modo autoritário, que foi formatado numa ideologia de simples reprodução, cuja principal virtude era a resignação e a obediência dócil ao estabelecido, e assim sendo impedida mesmo de ver o outro, reconhecer a diferença, a alteridade, e, no entanto, essencial no processo, possa enfrentar uma mudança tão significativa em seu modo de ser e de pensar a realidade e posteriormente receber da sociedade a tarefa de agente de mudanças? [...] Como enfrentar de modo sensato as contradições que são lançadas tanto no plano do conhecimento quanto no plano da ética, da política e da cultura, no aspecto racional e no aspecto emocional, à racionalidade teorética e à racionalidade prática? (Von Zuben, 2003, p. 61).

A presença de pessoas com deficiência poderá despertar sentimentos de solidariedade e valores humanos de ajuda mútua? Parece-nos que sim. Temos observado situações na universidade, em que colegas com deficiência são apoiados por seus pares, que se mobilizam na defesa de direitos em termos de acessibilidade arquitetônica, atitudinal, metodológica, ou comunicacional.

Assim, este estudo, ao qual daremos continuidade, busca investigar o impacto da presença de pessoas com deficiência na aula universitária, partindo do pressuposto que, mais do que mudanças metodológicas, poderá inspirar mudanças conceituais no sentido de busca de uma sociedade que supere concepções padronizadoras de normal/anormal; produtivo/improdutivo e outros dualismos residuais, herança da ciência moderna.

Considerações

Nossas atividades de extensão e de pesquisa têm demonstrado os benefícios da educação inclusiva, apesar das limitações que o processo ainda revela. Constatamos também transformações necessárias para que o sistema educacional se torne menos excludente.

No que se refere aos professores identificamos a necessidade de um “projeto” de desenvolvimento profissional continuado que contemple espaços de reflexão não apenas das práticas, mas também dos objetivos educacionais.

Compreendemos que no ensino superior um dos desafios está em despertar nos futuros profissionais a consciência da responsabilidade e do papel fundamental que podem desempenhar como agentes de mudanças sociais. Outro, consiste em efetivamente favorecer a melhoria da qualidade da formação oferecida pelas instituições de ensino superior brasileiras a todos os estudantes. Faz parte desses desafios a busca de alternativas que garantam as mudanças necessárias para um sistema de educação superior que tem o tamanho, a diversidade e a heterogeneidade do país. (Leite, 2007).

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A partir do que foi discutido e não perdendo de vista a complexidade que tal discussão suscita, finalizamos destacamos três dimensões que, no nosso entendimento, podem nos ajudar a pensar os desafios da universidade em oferecer o acesso e garantir a qualidade do ensino a todos os estudantes.

A primeira, considerando o princípio da autonomia universitária, diz respeito à perspectiva de inclusão que cada instituição irá adotar. Sem essa definição, tanto os gestores, professores, técnicos, como alunos poderão ser expostos a situações de constrangimento. Amaral (1995) e Naujorks (1998) descrevem os sentimentos que a deficiência pode provocar nas pessoas. O medo causado pelo desconhecimento de tal condição é o principal desencadeador das barreiras atitudinais: preconceito, estereótipo e estigma. Uma instituição que entende a diferença como uma possibilidade de enriquecimento para todos, certamente estará contribuindo para que seus egressos sejam agentes de mudança social.

A segunda, diz respeito à aprendizagem e à eliminação de qualquer barreira que dificulte esse processo. No que se refere aos docentes, é importante a competência ou o apoio para saber lidar com a diferença em sala de aula, para organizar, elaborar e adequar a produção de materiais didáticos, para realizar a avaliação pedagógica e para eliminar possíveis dificuldades de comunicação.

E, por fim, a articulação entre todos os setores institucionais, com planejamento e organização dos ambientes e espaços físicos, promovendo a acessibilidade urbanística, arquitetônica, ergonomia dos mobiliários e equipamentos, no acesso ao transporte.

Não tivemos a pretensão de sermos prescritivas, nem de esgotar o debate de tão polêmico tema. Por isso, os estudos relativos à temática terão continuidade. A intenção foi exercitar alternativas possíveis não só para a desejada qualificação do processo de inclusão, como para outras possibilidades de pesquisa.

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7.27.

Título:

A educação inclusiva como forma de democratização no Ensino Superior Autor/a (es/as):

Ramos, Sandra Lima de Vasconcelos [Universidade Federal do Piauí]

Silva, Francisca Gonçalves de A. e [Universidade Federal do Piauí]

Resumo:

Vivemos na atualidade um processo de significativas mudanças nas políticas educacionais com vistas a consolidar os princípios do paradigma inclusivo de educação. A inclusão de pessoas com deficiência no sistema de regular de ensino situa-se no centro deste “furacão” de mudanças e tem representado um grande desafio para educadores e instituições de ensino em todos os

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