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Prevenção e a precaução; O poluidor pagador e o protetor recebedor;

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Academic year: 2021

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Aula 22 – Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

_______________________________________________________ Aspectos Legais. Se tratando de resíduos sólidos, porque não, começarmos mencionando a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), contida na Lei 12.305/2010 que assim à institui, abordando os aspectos legais relacionados ao manejo e descarte destes resíduos oriundos da atividade humana.

A fim de que se regulamente a gestão dos resíduos sólidos, foram criadas nas décadas passadas, leis que dentre elas se destacam também, além da PNRS:

 Lei Federal nº 11.445/07 – Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico;

 Lei Federal nº 9.974/00 – Dispõe dentre outros aspectos, sobre a destinação de embalagens e resíduos de agrotóxicos;

 Lei nº 9.966/00 – Dispõe sobre a prevenção, controle e fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e substâncias nocivas ou perigosas em água.

Mas vamos então tratar da PNRS que diz respeito de fato ao nosso conteúdo, entretanto, a Política Nacional de Resíduos Sólidos concorda com os requisitos da Política Nacional de Meio Ambiente e articula-se com a Política Nacional de Educação Ambiental, com a Política Nacional de Saneamento Básico e com a lei de consórcios públicos.

O Art. 10 da lei 10.305/10, menciona a responsabilidade do DF (Distrito Federal) e dos municípios, a gestão integrada dos resíduos sólidos e gerados em seus respectivos territórios bem como a responsabilidade de cada gerador à sua gestão e gerenciamento, coleta e destino adequado.

A partir da vigência da PNRS, esta, altera a lei de crimes ambientais (Lei 9.605/98), ou seja, a compatibilidade dessas leis é de suma importância para garantir a fiscalização pelos órgãos ambientais. Portanto cabem aos atores integrantes e responsáveis pela gestão, sendo eles, gerador, transportador, prestadores de serviço e poder público, desenvolverem ações voltadas ao gerenciamento adequado sob pena de responsabilidade por seus atos quando na negligência.

§1º do Artigo 1º da Lei nº 12.305/10, deixa claro que ela se destina então a:

a) Pessoas físicas;

b) Pessoas jurídicas de direito público ou privado;

São responsáveis direta ou indiretamente pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvem ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento destes resíduos.

PRINCÍPIOS DA PNRS  Prevenção e a precaução;

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 A visão sistêmica, na gestão de resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública;

 O desenvolvimento sustentável;

 A ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo dos recursos naturais a um nível, no mínimo equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta;

 A cooperação entra as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade;

 A responsabilidade compartilhada pelo ciclo da vida dos produtos;  O reconhecimento do resíduo sólido utilizável e reciclável como um bem

econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;

 O respeito às diversidades locais e regionais;

 O direito da sociedade à informação e ao controle social;  A razoabilidade e a proporcionalidade.

Está mais que óbvio o fato de que essa lei traz a responsabilidade a todos, desde a sociedade, empresas, até ao poder público, também é nítido o fato de que o manejo e descarte adequado dos resíduos, são de responsabilidade dos municípios dentro de seus respectivos territórios.

Se tratando dos objetivos da PNRS, que são vários, temos muitos já oriundos de legislação anterior a essa lei, contudo, vieram novas abrangências como a visão sistêmica na gestão dos resíduos interagindo com as variáveis ambiental, cultural, social... como já abordado anteriormente.

SÃO OBJETIVOS DA PNRS

 Proteção da saúde pública e qualidade ambiental;

 Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;

 Estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços;

 Adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais;

 Redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;

 Incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de matérias recicláveis e reciclados;  Gestão integrada de resíduos sólidos;

 Articulação entre as diferentes esferas do poder público. E destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos;

 Capacidade técnica e continuada na área de resíduos sólidos;

 Regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de

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resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445/07;

 Prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para: a) Produtos reciclados e recicláveis;

b) Bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;

 Integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvem a responsabilidade compartilhada pelo ciclo da vida dos produtos;

 Estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;  Incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e

empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético;

 Estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.

INSTRUMENTOS DA PNRS  Os planos de resíduos sólidos;

 Os inventários e o sistema declaratório anual de resíduos sólidos;

 Coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo da vida dos produtos;

 O incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;  O monitoramento e a fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária;  A cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para

o desenvolvimento de pesquisas para novos produtos, métodos, processos e tecnologias de gestão, reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos;

 A pesquisa científica e tecnológica;  A educação ambiental;

 Os incentivos fiscais e financeiros e creditícios;

 O Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico;

 O Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa);  Os conselhos de meio ambiente e, no que couber, os de saúde;

 Os órgãos colegiados municipais destinados ao controle social dos serviços de resíduos sólidos urbanos;

 O Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos;  Os acordos setoriais;

 No que couber, os instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente, dentre eles:

a) Os padrões de qualidade ambiental;

b) O Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadora de Recursos Ambientais;

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c) O Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;

d) A Avaliação de Impactos Ambientais;

e) O Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (SINIMA); f) O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente

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_______ Gestão e gerenciamento, classificação e características dos resíduos sólidos.

O artigo 3º da Lei 12.305/10, traz a definição gerenciamento de resíduos sólidos e para gestão integrada de resíduos sólidos, como a seguir:

- Gerenciamento de Resíduos Sólidos – Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento de destinação final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos.

- Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável.

Toda a PNRS, visa estabelecer, apesar das responsabilidades dos municípios com o resíduo de sua população, uma consciência mais aprofundada a respeitos dos impactos ambientais, estimulando as empresas desde a escolha da matéria-prima, produção, reciclagem, política reversa até o gerenciamento de seus resíduos, no que tange a sociedade, os aspectos de gestão e gerenciamento visando as relações sociais, a cultura, economia, meio ambiente, é o que se define então por gestão integrada, visa também agregar os catadores de materiais recicláveis através de criação de cooperativas e associações para que estes possam ter uma relação com a sociedade de forma mais justa e com geração de renda.

Cada município, a partir de então, passa a ser responsável por criar e gerenciar o manejo de seus resíduos sólidos dentro de seus territórios com pena de suspensão de verbas para os que assim não o fizerem, inserir a sociedade para efetivar uma consciência a respeito de seus rejeitos, através de coleta seletiva, reutilização do material reciclável e um consumo consciente. A Lei de Crimes Ambientais nº 9.605/98, contempla sanções para a prática de conduta e atividades nocivas ao meio ambiente onde se insere a questão do gerenciamento inadequado de resíduos sólidos.

Classificação e características dos Resíduos Sólidos.

É preciso separar essa classificação pelo menos em face de duas visões distintas e específicas, uma delas pela NBR 10.004/04 (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e a outra pela PNRS, onde, a NBR discorre aspectos práticos e de natureza técnica voltadas principalmente às possibilidades de tratamento e disposição de resíduos e por sua vez, a PNRS classifica de acordo as atividades geradoras de resíduos.

Segundo a NBR 10.004/04 temos então: Resíduo Definição

Classe I Aqueles que apresentam a característica de periculosidade que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, podem apresentar riscos à saúde pública e ao ambiente. São classificados segundo: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.

Classe IIA Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I ou classe IIB, nos termos da NBR 10.004/04. Podem ter propriedades, tais como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água

Classe IIB Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo a NBR 10.007/04, e submetidos a um contato dinâmico e estático com a água destilada, à

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temperatura ambiente conforme a NBR 10.006/04, não apresentarem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.

Classificação segundo à Lei 12.305/10 (PNRS). Classificam segundo à sua origem:

a) Resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;

b) Resíduos de limpeza urbana: os originários de varrição, limpeza de logradouros, e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;

c) Resíduos sólidos urbanos: engloba os resíduos domiciliares e os resíduos de limpeza urbana;

d) Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os resíduos de limpeza urbana, resíduos dos serviços públicos de saneamento básico, resíduos de serviços de saúde, resíduos de construção civil e resíduos de serviços de transporte.

e) Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, exceto resíduos sólidos urbanos;

f) Resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;

g) Resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;

h) Resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;

i) Resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades; j) Resíduos de serviços de transporte: os originários de portos, aeroportos,

terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; k) Resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou

beneficiamento de minérios; Quanto à periculosidade:

a) Resíduos perigosos: Aqueles que em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou á qualidade ambiental, de acordo com a lei, regulamento ou norma técnica;

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____________________ Tratamento e disposição final dos resíduos sólidos urbanos.

1. Acondicionamento

O acondicionamento dos resíduos é de responsabilidade total de seu gerador, mostra então o quanto que a sociedade está compromissada com o meio ambiente e com o plano de gerenciamento de resíduos do município. A depender de cada município, são adotadas técnicas diferenciadas, desde sacos plásticos específicos para acondicionar resíduo domiciliar até contêineres e sistemas de coletas seletivas.

Falando no acondicionamento feitos em primeira mão nas residências e em grupos nos bairros, por exemplo, a forma mais adequada é se utilizar sacos plásticos, contêineres, caçambas e coletores para coleta seletiva. No caso de sacos plásticos utilizados em resíduos de serviços de saúde (GRUPO A), classificados como infectantes, estes devem possuir cor branca e devem ser identificados, já os utilizados em residências, devem possuir resistência suficiente para transporte e manuseio e não devem ser transparentes.

A coleta seletiva é um meio adotado que facilita a identificação de material reciclável e disposição correta e especifica, no entanto, é inútil o acondicionamento seletivo quando não há um plano de destinação que vise estabelecer a separação deste material para meios e fins diferenciados como a reciclagem de papel, papelão, vidro, plástico, metais, compostagem de orgânicos, dentre outros meios de reuso inclusive à destino de rejeitos.

2. Coleta e Transporte

Quanto falamos em coletar e transportar os resíduos, é por4que estes já foram acondicionados pelos geradores e em seguida devem ser encaminhados através de transporte adequado para tratamento ou, caso necessário, disposição final.

A coleta e transporte dos resíduos urbanos devem seguir as regras estabelecidas pelos órgãos responsáveis, prefeitura ou empresa contratada por esta para tal finalidade, cumprimento de horários e a população deve disponibilizar os resíduos já acondicionados previamente. Em caso de empresas contratadas para efetuar essas atividades, devem estar devidamente licenciadas.

Em grandes cidades, visando a redução dos custos com transportes, são implementadas áreas de transbordo onde os resíduos são transferidos para veículos maiores e então serem destinados a tratamento ou disposição final.

Veículos urbanos de coleta não devem permitir o derramamento de chorume ou mesmo de resíduos visando a segurança e devem ser equipados com compactadores.

Os resíduos de construção civil devem ser coletados e direcionados diretamente para reciclagem ou destinação final em aterros específicos para construção civil (RCC). Quando descartados em locais inadequados e em pontos de deposição irregular, são geralmente recolhidos por pás e carregadeira e transportados em caminhões basculantes.

3. Reciclagem

Apesar de parecer um termo corriqueiro, a reciclagem é definida em lei, Lei nº 12.305/10:

[...] processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do SISNAMA e, se couber, do SNVS e do SUASA.

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A reciclagem pode ocorrer mesmo antes de o produto sair para o consumidor final, ainda na linha de produção com sobras dos materiais usados na fabricação dos produtos, essa reciclagem é chamada de direta ou pré-consumo, neste caso a reciclagem pós-consumo se define como indireta, mas, em ambos os casos os materiais retornam para fase de produção novamente formando um ciclo sustentável.

Para Leite (1997), a reciclagem é vista como uma atividade econômica que deve ser apreciada como elemento de complemento dentro de um todo, já que nem todos os produtos ou resíduos são recicláveis ou economicamente viáveis e não pode se traduzir então como a principal solução para os resíduos sólidos.

4. Compostagem

O processo de decomposição biológica da matéria orgânica de origem animal ou vegetal se denomina de compostagem, uma vez que esse processo gera uma quantidade significativa de nutrientes para o solo e para adubação de vegetação, metade dos resíduos sólidos oriundos das residência possuem origem orgânica, então, essa se torna uma técnica extremamente viável e proveitosa tanto no que diz respeito ao reuso e destinação ambientalmente correta quanto na visão econômica e de saúde, evitando ou reduzindo a utilização de fertilizantes.

Contudo é preciso atentar para o fato de que a separação dos resíduos se torna crucial neste processo, evitar contaminação da matéria orgânica por substâncias nocivas ao ambiente é importante, por isso é necessário acondicionar separadamente os resíduos que serão destinados à compostagem.

De acordo com o D’Almeida e Vilhena (2000), temos as vantagens no processo de compostagem:

a) Redução de cerca de 50% dos resíduos sólidos destinados aos aterros sanitários;

b) Economia de aterro;

c) Aproveitamento agrícola da matéria orgânica; d) Processo ambientalmente seguro;

e) Reciclagem de nutrientes para o solo; f) Eliminação de patógenos;

g) Economia de tratamento de efluentes. Dentre as desvantagens estão:

a) Custo elevado de investimento (instalação de usina de triagem e compostagem);

b) Necessidade de estudo de mercado para a utilização do composto; c) Contato direto do trabalhador da usina com o lixo;

d) Possível presença de metais pesados no composto; e) Controle rigoroso quanto à qualidade do composto.

A compostagem pode ser aeróbia ou anaeróbia levando em consideração a presença ou não do oxigênio durante a degradação microbiológica, o que difere é o simples fato do tipo de microrganismo (bactéria) que irá degradar a matéria orgânica.

5. Incineração

Essa técnica é baseada na degradação térmica, com vantagem da grande redução de volume de resíduos no final do processo, no entanto, os subprodutos gerados nos processos são gases, material particulado, emissão de CO2 e cinzas.

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Outras desvantagens são, o grande custo de instalação e operação desses sistemas, mão de obra qualificada para garantir bons resultados no final do processo, ressaltando que essa técnica necessita de aterro para as cinzas e escórias oriundas da queima e materiais residuais.

Vantagens:

a) Pode chegar a reduzir 90% do volume a ser descartado no processo final;

b) Aproveitar o processo da queima para geração de energia elétrica; c) Redução de impacto ambiental com tecnologias para minimizar a

emissão de gases de efeito estufa no processo, e bem abaixo dos valores encontrados nos processos de queimas convencionais. d) Requer menos área de implantação do que os aterros sanitários e

não são afetados por condições meteorológicas. 6. Disposição Final (Aterro Sanitário)

A crescente geração de resíduos pelas cidades e as grandes variações de sua composição se torna um agravante cada vez mais difícil de se lidar, e na maioria dos casos, a disposição em lixões a céu aberto se torna um problema grave e de extrema relevância ambiental. A disposição em lixões a céu aberto é ilegal e ambientalmente incorreta, no entanto, apesar da criação da PNRS pela Lei 12.305/10 que institui e obriga a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos e que por sua vez obriga ao DF e aos municípios a rever seus conceitos quanto ao gerenciamento de seus resíduos, ainda assim, é um problema muito presente.

De acordo com os dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2011, lançado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE, 2011), cerca de 42% dos resíduos sólidos coletados no país vão para locais inadequados e lixões.

Nos lixões ocorrem contaminação do solo por chorume, até os lençóis freáticos, inviabiliza a utilização futura do solo para agricultura e outros fins, sem falar na condição de contaminação dos mananciais, tornando então inviável para o consumo humano, no processo de degradação e decomposição do lixo se produz gases dentre eles o CH4 (Metano), inflamável e contribui para efeito estufa.

No Brasil, os aterros sanitários constituem na única forma de disposição final para resíduos sólidos tendo em vista que as atuais formas de tratamento geram em maior ou menor quantidade, rejeitos. É uma técnica que dispõe no solo os resíduos de maneira assistida e controlada sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e mitigando os impactos ambientais. Consiste em estudos de engenharia para confinar os resíduos sólidos em menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, ao final de cada jornada de trabalho, ou intervalos menores, os resíduos são cobertos por uma camada de terra.

Ainda nos aterros sanitários, os gases são captados e podem ser direcionados aos queimadores ou para geração de biogás sem falar na possibilidade de usar essa combustão na geração de energia elétrica.

A implantação de um aterro sanitário deve contemplar todas as instalações para o bom funcionamento e ao necessário controle sanitário e ambiental do aterro.

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