• Nenhum resultado encontrado

Privação sensorial e privação materna

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Privação sensorial e privação materna"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

PRIVAÇÃO SENSORIAL E PR VAÇÃO MATERNA

tsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

ISOLDA DE ARAúJO GüNTHER

Departamento de Psicologia da

Universidade Federal da Paraíba

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

RESUMO

XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

a presente trabalho tem por objetivo revisar

conceitos relacionados com privação sensorial e

ma-tema. Os estudos relacionados a estes conceitos

mostram que conseqüências desenvolvimentais

adver-sas surgem de situações em que a estimulação

sen-sorial e/ou materna é insuficiente.

ABSTRACT

Sensory and Maternal Deprivation

The present article reviews concepts related to

sensory and maternal deprivation. Studies in this

area suggest that adverse developmental

conse-quences arise from insuficient sensory and / or

ma-ternal stimulation.

C o n s id e r a ç õ e s I n ic ia is . Os meios de comunicação

divul-gam amiúde o que qualquer observador pode constatar: é

crescente o número de crianças abandonadas, carentes, pri-vadas, marginalizadas nas cidades brasileiras. O adjetivo

uti-lizado e a quantidade indicada variam, mas o problema é

por demais visível. Os profissionais, cuja prática de trabalho está orientada para esta população, adotaram a terminologia

m e n in o d e r u a para designar a criança cuja família se frag-mentou e que, no momento, vive com pessoas do mesmo

gru-po de idade. O termo m e n in o n a r u a é utilizado para indicar

a criança que passa o dia fora de casa com o propósito de

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(2)

adquirir meios que garantam sua subsistência mas

tsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

à noite volta para a família. Por considerar que esta terrnlnoloqla re~

solve o problema em termos práticos mas mantém a necessi-dade de uma maior precisão dos termos e conceitos relacio-nados, objetivamos com o presente trabalho: a) definir termos como carência e privação, e b) fazer uma revisão da literatu-ra do que pesquisadores em desenvolvimento humano deno-minam

XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

p r iv a ç ã o s e n s o r ia l e p r iv a ç ã o m a t e r n a .

C a r ê n c ia / p r iv a ç ã o . O N o v o D ic io n á r io d a L í n g u a P o r

-t u g u e s a de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira define c a

-r ê n c ia (p. 283) como falta, ausência, privação. Carente é o que

carece, que não tem. Por sua vez p r iv a ç ã o é definida como a t o

o.u efeito de privar (se) e, p r iv a ç õ e s , como falta do necessário à vida (p. 1148). Ambos os termos indicam, portanto, a falta de alguma coisa útil, requerida ou desejada. Algo que se deixou de ter, usar ou desfrutar. Semanticamente os dois termos en-cerram noções que se equivalem. A literatura psicolóq'ca, contudo, estabelece uma diferenciação. De acordo com Ge-wirt~ (1961), p r iv a ç ã o refere-se a uma situação na qual o

or-ganismo, desde o nascimento, não é exposto a certos estí-mulos, enquanto que c a r ê n c ia refere-se a uma situação em

que a necessidade é ou poderá ser satisfeita subseqüente-mente. N? caso da carência, os estímulos, através dos quais a necesstdade pode ser satisfeita, não são / estão (tempora-riamente) disponíveis. Neste trabalho adotaremos o termo

pri-vação, por considerar que o mesmo reflete uma descrição

mais exata das situações com as quais nos defrontamos.

P r iv a ç ã o s e n s o r ia l (PS) e P r iv a ç ã o M a t e r n a (PM). De

a.cordo com o conceito de privação, conseqüências desenvol-vtrnentats adversas se instalam a partir de situações em que a satisfação destas necessidades - estimulação sensorial e materna - são insuficientes. Serão considerados no texto que se segue problemas associados à insuficiência de qual-quer uma destas duas necessidades. Antes de definir priva-ção sensorial e privação materna, consideremos as seguintes situações:

1 . Uma criança de seis meses de idade, que passa a maior parte do seu tempo de vigília em seu berço, ouvindo mo-biles musicais, ou se ocupando com brinquedos que de-senvolvem a atividade motora, enquanto sua mãe faz as tarefas domésticas.

2. Uma criança de cinco meses cuja mãe trabalha fora de

2.ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAR e v . d e P s i c o l o g i a , Fortaleza, 4 (1): jan./jun., 1986

casa, deixando-a aos cuidados de uma vizinha que diz não gostar de falar com crianças pequenas e que com-pensa isto sentando a criança diante da TV.

3. Uma criança de um ano que vive num orfanato e está sendo cuidada por profissionais treinados, todos unifor-mizados e falando de maneira impessoal.

4. Uma criança de o it o meses que não tem brinquedos ma-nufaturados, mas três irmãos, um gato, um cachorro e um papagaio.

S. Uma criança de um ano que desde o nascimento foi ado-tada por uma família constituída pelos pais, duas tias, um menino de sete anos, uma menina de quatro anos, duas empregadas, todos vivendo numa mesma casa.

Os exemplos acima indicam que a tarefa de ~eterminar privação sensorial e materna não é fácil. Uma análise super-ficial poderia nos levar a afirmar que a criança do exemplo 1

tem um nível de estimulação sensorial adequado, mas~ e par-cialmente estimulada pela mãe, de vez que a mesma nao está disponível todo o tempo. Infere-se daí que a quantdade de tempo é mais importante que a ~ualidade? As.sim sendo, a mãe que não tem afazeres domésticos a cumprrr, nem traba-lho remunerado, encerra o modelo de mãe ideal? No seoun-do exemplo, fica patente que a criança não é estimulada adequadamente a nível sensorial e que a mãe substituta tam-pouco desempenha seu papel a contento. No exemplo núme-ro três, pode-se perguntar se a estirnulação sensorial e ma-terna dispensadas à criança são suficientes. O quarto exem-plo parece referir-se a criança economicamente privada que vive num ambiente em que a estimulação é variada. Variada implica em adequada e suficiente? Finalmente, no exemplo número cinco, a criança não vive com a família biológica, mas parece ter sido aceita pela família adotiva que_lhe di~pensa adequada estimulação sensorial e materna. Entao, quais das crianças acima poderiam ser consider+das privadas senso-rialmente, quais as privadas maternalmente?

Dado o amplo âmbito de situações de PS e PM, aí refe-ridas, a tarefa central será a de limitar e definir os termos PS e PM.

P r iv a ç ã o S e n s o r ia l pode ser definida como a ausência de

estimulação contínua e variada. Estudos nesta área (easler, 1968; Haywood, 1967; Rutter, 1972) indicam que a estimula-ção sensorial poderia ser estudada como parte integral da

(3)

relação mãe x criança, particularmente por causa da sua im-portância no desenvolvimento da linguagem e inteligência. Não obstante o fato de que a evidência mais saliente nesta área venha de estudos experimentais com animais (Harlow e Har-low, 1970; Hinde, 1970; Sluckin, 1970), de vez que é possível, nestes estudos, controlar variáveis de maneira que seus efei-tos possam ser mensurados, tais estudos não serão aqui con-siderados. Também serão excluídos desta revisão estudos de criança com "estimulação sensorial limitada", em decorrên-cia de causas orgânicas tais como surdez, cegueira (Fraiberg, 1971) ou crianças com danos do SNC, como no caso da dls-função cerebral mínima (e. g. Strauss e Kephart, 1955).

Privação materna pode ser definida como "falta de afei-ção, atenção e estimulação adequadas da mãe ou mãe substi-tuta particularmente durante a infância" (Goldenson, 1970,

p. 755). Incluídos na definição de PM estão as noções de (a)

XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

s e p a r a ç ã o (Ainsworth, 196'2) definidos como uma situação em

que uma relação específica entre criança e seu ambiente

tsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

é geograficamente interrompida: b) p r iv a ç ã o p a r c ia l (Bowlby,

1951) definida como a situação em que a relação m ã e x f ilh o

é ernpobrecida e, por alguma razão, insuficiente; e c) p r iv a ç ã o

a b s o lu t a (Bowlby, 1951), quando a criança não é cuidada de

forma individualizada, não lhe sendo oferecidas as condições

d e se sentir proteqida e sequra. Estão excluídas nesta revi-são as situações de isolamento social extremo, tais como cri-anças que se desenvolveram quase totalmente sem relacio-namento humano, como, por exemplo, as crianças lobo ou o menino de Avignon. Deve-se acrescentar Que o termo m ã e ,

neste contexto, não se restringe a mãe biológica.

Serão revisados, em suma, estudos que tratam de proble-mas associados à insuficiência de uma exnertê era parti utar: a) necessidade de estimulação sensorial (quantld=de suficien-te, variedade e/ou complexidade; e b) necessidade de um vínculo emocional a uma pessoa, especificamente uma rela-ção materna. Para atender ao ponto central do oresente tra-balho, faz-se necessário definir, além de PS e PM, dois ter-mos: 'institucionalizados' e 'efeitos'.

I n s t it u iç ã o / I n s t it u c io n a liz a d o é definido como um lugar

onde o estilo de educação infantil é caracterizado pela dis-tância social entre responsável e criança, como também oela despersonalização e rigidez da atenção. Alguns autores (Pro-vence e Coleman, 1957; Raynes e King, 1958) sugerem que muitas famílias tratam seus filhos de maneira tão

institucio-4

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

R e v : d e - P s i c o l o g i a , Fortaleza, 4 (1): jan.jjun., 1986

nalizada que não parecem dar atenção às necessidades das crianças.

Considerando os e f e it o s de PS e PM, é oportuno afirmar que diferentes grupos culturais parecem dar valor _diferen~e. a tais manifestações sócio-psicológicos como relações SOCIaIS, competência, cognição, para nomear algumas. As observações de Brazelton (sic) (1977) entre os índios Maia do México apresen-tam um exemplo de como a infância é determinada cultural-mente e como os efeitos das práticas de educação infantil deste povo foram demonstrados no desenvolvimento das carac-terísticas de personalidade e aprendizagem imitativa de papéis que são esperados pela cultura e que facilitam o ajustamento infantil ao ambiente. Finalmente, no que se refere a efeitos, embora se aceite que as experiências de privação possam ter efeitos sérios e duráveis no desenvolvimento (Bowlby, 1951,

1969), investigadores têm mostrado que muitas crianças apre-sentam uma aparente invulnerabilidade ante tais experiências (Rutter, 1972) ou mesmo ganhos quando subseqüentemente é

proporcionada a estimulação adequada (McKinney e Keele, 1963). Por haver uma menção explícita à infância na maioria dos estudos, nos concentraremos, na presente revisão, neste período de idade. A tarefa que nos cabe agora é a de com-parar e diferenciar PS e PM. Procurando as semelhanças, o que parece ter especial proeminência em ambas as definições é o conceito de a u s ê n c ia , falta ou distorção na estimulação. Am-bos os tipos de privação podem ser melhor entendidos se con-ceituados como o resultado de um ambiente biologicamente adequado porém psicologicamente restrito (Hebb, 1958).

A natureza dos ambientes restritos psicologicamente pode ser ilustrada através deste exemplo, por nós testemunhado:

Q u a n d o e s t a v a n o g in á s io , a c o s t u r e ir a d a n o s s a

f a m í lia le v o u p a r a c a s a s u a s d u a s p r im a s d o in t e r io r .

E la s t in h a m 18e 25 a n o s à q u e la é p o c a , e t in h a m v iv id o n u m a f a z e n d a is o la d a d u r a n t e t o d a a v id a , a t é q u e o p a i m o r r e r a . E la s v ie r a m p a r a a ju d a r n o s e r v iç o d a

c a s a , e. t a m b é m , n a c o s t u r a . U m a v e z q u e a m b a s

e r a m s u r d a s - m u d a s , a t ia n ã o e s t a v a c e r t a d e c o m o

a s c o is a s ir ia m se r e s o lv e r , m a s p o r s e r a ú n ic a p a -r e n t e a q u e m e la s p o d ia m r e c o r r e r a c e it o u - a s , e m a is t a r d e a f ir m o u q u e e la s t in h a m s id o u m " b o m in v e s t

i-m e n t o " . O q u e c h a m o u m in h a a t e n ç ã o f o i q u e a m a is v e lh a e r a im p a s s iv e l, t r a b a lh a n d o o d ia t o d o s e m o lh a r

(4)

p a r a a p o r t a o u n o t a r a s p e s s o a s

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

em t o r n o d e la . A m a is jo v e m , a o c o n t r á r io , p a r e c ia r e a g ir a o a b r ir d a

p o r t a , à m ú s ic a , à s p e s s o a s s e m o v im e n t a n d o . D e p o is

d e a lg u m t e m p o , in s is t i em le v a r a s m o ç a s a u m o t o r

-r in o la -r in g o lo g is t a . F in a lm e n t e , a t ia c o n c o r d o u ,

tsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

e n ó s

v o lt a m o s c o m u m a s u r p r e s a : a m a is v e lh a e r a d e f a t o

s u r ~ ~ - m u d a , p o r é m , a m a is jo v e m n ã o t in h a p r o b le m a s

a u d it iv o s . N u m a o p o r t u n id a d e p o s t e r io r f a le i c o m a

m ã e d a s d u a s m o ç a s , q u e c o n t o u q u e , a p ó s o n a s c i-m e n t o d a f ilh a m a is v e lh a , e la t in h a s id o in f o r m a d a d e

q u e a m e s m a e r a s u r d a - m u d a . J u lg a n d o q u e t o d a s a s

o u t r a s c r ia n ç a s s e r ia m c o m o a p r im e ir a , d e c id iu n ã o t e r m a is f ilh o s . Q u a n d o f ic o u g r á v id a n o v a m e n t e s e is

a n o s d e p o is , f o i u m a c o n t e c im e n t o t r is t e . Q u a n d o s u a

s e g u n d a f ilh a n a s c e u , t r a t o u - a d o m e s m o m o d o q u e

t r a t a v a a m a is v e lh a , e, a lé m d is s o , a m a is v e lh a t o

-m a v a c o n t a d a ir m ã m a is n o v a . O n d e e la s v iv ia m n ã o

h a ~ ia v iz in h o s , n ~ m r á d io , n e m e s c o la . O s p ; u c o s

b r in q u e d o s q u e t in h a m e r a m b o n e c a s p a r a a s q u e t s

s u a m ã e e n s in o u - a s a f a z e r r o u p a s . A s e g u n d a f ilh a f o i t r a t a d a c o m o s u r d a - m u d a e c o m o t a l c r e s c e u . C o m

q u a s e 19 a n o s d e s c o b r iu q u e p o d ia o u v ir s e c o m u

-n ic a r e " d a n ç a r " . I n f e liz m e n t e , a p ó s m u it ~ s a u la s d e d ic ç ã o , v e r if ic o u - s e q u e e la s ó t in h a c o n d iç õ e s d e a r t

i-c u la r a lg u n s s o n s q u e p o d e r ia m s e r id e n t if ic a d o s c o m

o f in a l d a s p a la v r a s . A f in a l, o p e r í o d o c r í t ic o p a r a o d e s e n v o lv im e n t o d e lin g u a g e m , q u e é a o s s e t e a n o s . d e h á m u í t o p e s s e r e .

Este exemplo reforça o que Schaffer enfatizou o "desen-volvimento não acontece no vácuo; é necessário um ambiente organizado para se realizar o crescimento psicológico" (1971

p. 153). '

. De que maneira PS e PM são distintas? Parece que as diferenças se originam da variada ênfase que diferentes auto-res que estudam a maternidade dão ao calor emocional e aten-çã? pessoal por um lado, e a estimulação sensorial por outro. Spltz (1945) descreveu a deterioração progressiva nos esco-res do teste de desenvolvimento de crianças criadas em ambi-entes altamente desestimulantes. Dennis (1960) sugeriu que uma fonte de retardamento grave parece ser a "homogeneida-de "homogeneida-de estimulação". Gewirtz (1961) e Watson (1966) conside-raram o papel da mãe não como fonte de estirnulação, mas

de reforçamento. Em outras palavras, a mãe é a fonte de ex-

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

R e v , d e P s i c o l o g i a ,Fortaleza, 4 (1): jan.jjun., 1986

p riências que pode enfraquecer ou intensificar o desenvolvi-mento infantil. Neste ponto de vista, a aprendizagem de com-portamemcs desejáve.s pode ser encoraj da e rntensificada por reforço contingente das ocorrências de tais comportamen-tos. Em 1951, Bowbly defendeu o modelo de privação social

emocional, que considera que 'o amor materno na infância o primeira infância é tão importante para a saúde mental como s vitaminas e proteínas são para a saúde física'. No outro lado desta controvérsia, Casler apresentou em 1968 o modelo de privação cognitiva e sensorial defendendo que o organismo humano não precisava do amor materno para

fun-cionar normalmente; em vez disso, o autor considera os fato-res perceptuais como tendo a influência mais importante.

Apresentamos a seguir uma série de estudos que consi-deram os efeitos da PS e PM em crianças institucionalizadas: Goldfarb (1943) comparou grupos emparelhados de crianças que dif.eriam num aspecto: as crianças num grupo viv.arn desde os primeiros meses de vida em famílias adotivas, en-quanto que crianças no outro grupo foram admitidas numa instituição antes dos seis meses de idade. O autor testou as crianças aos dois anos e dez meses e aos três anos e sete meses. Os resultados sugeriram que as crianças institucio-nalizadas apresentaram distúrbios no desenvolvimento intelec-tual. Spitz e Wolf (1946) estudaram 91 crianças numa insti-tuição de caridade e 122 crianças numa escola maternal de prisão. Subseqüentemente, a pesquisa foi ampliada para in-cluir outros dois grupos: um grupo de crianças de um ambi-ente urbano e outro grupo de crianças de uma aldeia de pes-cadores isolada. As crianças criadas na instituição de carida-de começavam aproximadamente tão bem quanto o melhor grupo, mas, em torno do quarto a quinto mês, seu

desenvolvi-mento ficou atrasado em relação às crianças na escola ma-ternal da prisão. No fim do primeiro ano, em vez de apresen-tar reações normais a estranhos, elas gritavam constantemen-te anconstantemen-te estranhos ou demonstravam amizade a todos. Após dois anos, seu quociente de desenvolvimento (OD) reduziu-se a 45. Elas se tornavam passivas, ficavam deitadas em suas

camas com expressões vazias e apresentavam atraso em praticamente todas as funções - manipulação, percepção, memória, imitação e desenvolvimento social. Apesar das boas condições higiênicas, sua reduzida resistência à infecção le-vava ao marasmo e mesmo à morte. Durante dois anos de observação, 37% das 91 crianças na instituição de caridade

(5)

morr~ram. Spitz (1945)) aplicou o termo 'hospitalismo' a este padra? de comportamento. Entretanto, Pinneau (1955) chamou

atença~ para o fato de que a "diminuição" no

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

s t a t u s do de-senvolvl~ento no .estudo de Spitz começou antes mesmo da

separaçao das cnan~as das suas mães. Dennis e Najarian

tsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

p~~7) observaram crianças institucionalizadas no Líbano. No rrucro do .' estudo, seu desenvolvimento era normal mas, no fi-nal do pnrnetro ano, estas crianças estavam atuando num nível ment:l.mente defici~nte. Provencs e Lipton (1962) verificaram que cn~nça~ que vl~em numa instituição pareciam não formar fortes liqações afetivas, rar mente procuraram os adultos para aj.uda ou contato, exigiam imediata gratificação de suas necessidades e eram apáticas, como também marcadamente atr~sadas_ na linguagem. A quantldads e a intensidade da estlmulaç~o na form~ de atenção (Rubenstein, 1969), intensi-dade e nível da estirnulação social (Yarrow, Rubenstein e Pedersen, 1972), parecem influenciar nos escores de QI quando l)1ensur~~o na infância (Clarke-Stewart, 1973). como também nas atividades de exploração do novo (Rubenstein, 1969; Yarrow, et aI., 1972). Dennis e Sayegh (1965) observaram um aumento no esc~re d? ~este de desenvolvimento após três se~ana~ de sessoe.s diárias de estimulação em crianças lnstl-tuclonallzadas, Rhemgold (1956) demonstrou que técnicas de mate.rnagem, feitas por um experimentador durante um período de 01~0semanas em um grupo de crianças institucionalizadas de seis meses, aumentou a responsividade social das crianças ao experimentador.

XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

O s estudos citados apresentam alguns achados

relevan-tes f~ito~ na áre~, qual, entretanto, é a nossa posição com respeito a controvérsia? O que é mais importante: um relaclo-na~ento ~fetuoso, carinhoso entre criança e responsável, ou estlrnulação sensoria.l? Para decidir, consideremos Seligman (19!5)., Este aut~r salientou que uma criança privada de estimu-laç~o e uma criança privada de controle sobre estimulação. Sellgman acrescenta que uma criança que perde sua mãe é uma criança privada não só de amor, mas de controle sobre as conseqüências mais importantes de sua vida. "Não pode haver dança do desenvolvimento quando não há parceiro" (p. 144). A d~nça ..?o des,en~olvi~ento fica, na verdade, empobrecida se a _mae na? esta dlsponfvel como participante primária. "Sem m~~, frequentem?nte, não há quem estreite quando você abra-ça (p. 145). Esta bem documentado que o infante não flores-cerá s~ lhe é proporcionada simplesmente uma estimulação sensorlal adequada (modelo de privação cognitiva ou

senso-8 R e v . d e P s i c o l o g i a . . Fortaleza, 4 (1): jan.jjun.; 1986

ria/). Parece, entretanto, que amor (modelo de privação social ou emociona/) não é, por si só, suficiente. Ainda considerando que os sentimentos básicos do adulto responsável pelo .infan-te são direcionados através do falar, tocar e segurar a criança. se uma relação entre modalidades sensoriais e desenvolvimen-to da criança é estabelecido, "é essencialmente irrelevante, se estas relações possam ser atribuídas ao amor ou ao carater da estimulação social da mãe" (Yarrow et aI., 197~): Ambos os tipos de estimulação são importantes e neces~arlos por-que representam diferentes aspectos do des?n~olvl~en,to hu-mano. Isto significa, então, que esta controvérsia nao e nada exceto uma pseudocontrovérsia? A primeira vista pode pa-recer ser assim, mas isto não implica que o debate entre estas duas posições não seja producente. Sem estas duas posições a análise dos componentes das condições que propiciam inte-rações efetivas entre crianças e ambiente ou das condições que restringem tais interações provavelmente não teriam sido tão produtivas. As afirmações de Caldwell (1972) lembram-nos Que nos estudos experimentais com animais os achados ten-dem à ser consistentes de vez que as variáveis podem' ser pre-cisamente quantificadas. Em estudos de campo, com seres hu-manos "não apenas é difícil desintricar um tipo de privação do outro, mas é quase impossível ter precisão sobre o tempo d?, empenho máximo do efeito de um ou de outro componente (Caldwell, 1972, p. 140).

Em suma, parece (Casler, 1968; Alnsworth, 1979) que a falta de amor materno se manifesta quando a criança atinge o nível de reatividade emocional, que se evidencia em torno de sete meses de idade. Os achados destes autores parecem in-dicar que sintomas precoces são, em sua maioria, produzidos por outros fatores, sendo o mais importante a PS. Por ou~ro lado Schaffer (1971) refere-se aos primeiros' meses de vida com~ uma época de relativo desamparo motor" em que a e~ti-mulação geralmente vem para a criança atraves da sua mae. Tudo isto, novamente, chama atenção para o fato de que PS e PM não são facilmente separados, e que, além disso. deve ser considerado um outro elemento, a saber, as características par-ticulares da criança.

Os efeitos da privação são amplos e severos, sendo um fator comum a todos eles "a falta de controle sobre as conse-qüências" (Seligman, 1975, p. 143). Em alguns casos estes efeitos graves parecem ser irreversíveis, entretanto, estas adversidades não parecem ser universais. Como Rutter (1979) salienta, as crianças variam em sua vulnerabilidade .ao s t r e s s

(6)

da privação. Hunt (1979, p. 137) considera que as perdas pre-coces podem ser compensadas se a qualidade da experiência melhora, e que o ganho precoce também pode ser perdido se a qualidade da experiência se deprecia. Parece que uma abor-dagem em múltiplos níveis é o primeiro passo para lidar com esta questão no momento atual, e a adequada afirmação de Langmeier e Matejcek (1975) enfatiza a necessidade de tal abordagem, porque, "mesmo sob condições institucionais re-lativamente uniformes, não há um quadro ou síndrome único da criança privada, mas tipos diferentes de personalidade pri-vada" (p. XIII). Como Allport (1965) coloca, "o mesmo fogo que derrete a manteiga, endurece o ovo" (p. 72).

Sem dúvida o contexto econômico das famílias transfor-ma fatores ditos de risco, problemas potenciais em dificulda-des reais. Por esta razão, qualquer tentativa de compreensão da problemática da criança socialmente marginalizada deve dar atenção às forças sociais/institucionais. Não se deve, en-tretanto, deixar de atentar, também, para o comportamento in-dividual do adulto que, entre nós, freqüentemente falha em propiciar as condições psicológicas mínimas que possibilitem o desenvolvimento da criança. Será que como grupo, nós brasi-leiros, perdemos a capacidade de proteger a nova geração? Quando muito protegemos nossos filhos ou os protegemos além da conta e justificamos, candidamente, que os outros são meninos de rua. Não podemos negar o fato que nos tornamos incapazes de sentir amor e proteção para com as crianças abandonadas do nosso ambiente. Badinter afirma que "uma sociedade que não valoriza um sentimento pode extingui-Io ao ponto de eliminá-Ia totalmente em numerosos corações" (1985, p. 10). Em nossa sociedade isto parece ocorrer. Permitimos o abandono, a privação, a negligência e não apenas as crianças pagarão o preço.

REFER!;NCIAS BIBLIOGRÁFICAS

tsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1. Ainsworth, M . D. The effects of maternal deprivation: A review of

findings and controversy in the context of research strategy.

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

l n : world

Health Organization (Ed.). D e p r i v a t i o n o i m a t e r n a l c a r e . Geneva W HO,

1962.

2. Ainsworth, M . D. Attachment as related to mother-infant interaction. I n :

R. A. Rosenblatt, R. A. Hinde, C. Beser e M . C. Busnel (Eds.). A d v a n c e s

i n t h e s t u d y o f b e h a v i o r , vol. 9. New York, Academic Press, 1979.

3. Allport, G. W . P a t t e r n a n d g r o w t h i n p e r s o n a l i t y . New York, Rinehart e

W inston, 1965.

10 R e v , d e P s i c o l o g i a , Fortaleza, 4 (1): jan.jjun., 1986

4. Badinter, E. U m a m o r c o n q u i s t a d o : O m i t o d o a m o r m a t e r n o . Rio de

Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1985. . O 1951

B lby J M a t e r n a l c a r e a n d m e n t a l h e a l t h , Geneva. W H, .

5. ow , . I 1 Att hment New York

6. Bowlby, J. (1969). A t t a c h m e n t a n d l o s s , VO.: acnmeru. '

Basic Books. 1984

6-A A p e g o ; A p e g o e P e r d a ; São Paulo, M artins Fontes, a -an

Brazelton T. B. Implications of infant development ~mong the M fYld

7., L id S R Tulkm e A. Rosen e

indians in M éxico. Em P. H. ei erman, . . .

(eds.). C u l t u r e a n d i n f a n c y - V a r i a t i o n i n t h e h u m a n e x p e n e n c e . New

York Academic Press, 1977.

8. Buar~ue de Holanda Ferreira, A. N o v o d i c i o n á r i o d a L í n g u a P o r t u g u e s a .

Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1975. .,

Caldwell, B. M . The effects of psychosocial d:pnvatlOn on ~um~n

9. development in infancy. In: 1. B. W einer, e D. Elkind (Ed.). R e a â i n g s m

c h i l d d e v e l o p m e n t . New York, W iley, 1972.

10. Casler, L. Perceptual deprivation in institutional s~ttings. I n : G. Newto~,

e S. Levine (Eds.). E a r l y e x p e r i e n c e a n d

XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

b e h a v io r . New York, C. .

Thomas, 1968. .

11 Clarke-Stewart. K. A. Interactions between mothers and thelr. young

children: Characteristics and consequences. M o n o g r a p h s o f t h e s o c i a » f o r

R e s e a r c h i n C h i l d D e v e l o p m e n t , 38, 1973. .

12. Dennis, W . Causes of retardation among institutional children: Iran,

[ o u r n a l o i G e n e t l c P s y c h o l o g y , (96):47-59, 1960.

d I t under environmental

13. Dennis, W ., e Najarian, P. Infant eve opmen

handicap. P s y c h o l o g i c a l M o n o g r a p h s , 71 (7): 1-13, 1957. .

. W Sayegh B. The effects of supplementary expenence upon

14. Dennis, ., e, ., C h i l d D e l o p m e n t

the behavioral development of infants in institutions. I e v ,

(36):81-90, 1965. . J I

Fraiberg, S. Intervention in infancy: A program for blind mfants. o u m a

1 5 . o i t h e A m e r i c a n A c a d e m y o f C h i l d p s y c h i a t r y , (10):381-404, .1971. .

G . t J L A learning analysis of the effects of normal srímulatíon.

16. ewir z , . . f . I fvation and

rivation and deprivation on the acquisition. o socia . mo 1 •

P I . B M Foss (Ed.). D e t e r m m a n t s 0 1 i n j a n t b e h a v i o r ,

attachment. n . . ' .

London, M ethuen, 1961, v. 3. '.

G ld R M T h e e n c y c l o p e d i a o f h u m a n h e h a v i o r , p s y c h o l o g y ,

17. o enson, . . k D bl d 1970 v 2

s c h i a t r y a n d m e n t a l h e a l t h , vol. 2, New York, ou e ay, ,"

18. ~~ldfarb: W . Infant rearing and problem behavior. A m e r i c a n [ o u r n a l o f

O r t h o p s y c h i a l r y , (13):249-269, 1943. f tíonal

H I H F & Harlow M . K. Development aspects o emo 1

19. ar ow, . .,' I f e m o t i o n Ncw

. I' P Black (Ed.), P s y s i o l o g i c a l c o r r e a l e s o .

behavior. n. .

York, Academic Press, 1970. Th

in intellectual development: e

20. Haywood, C. Experimental factors (Ed )

concept of dynamic intelligence. l n : J. Zubin, e G. A. [ervis s ..

(7)

P s y c h p a t h o l o g y 0 1 m e n t a l d e v e l o p m e n t .

tsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

New York, Grune a Stratton, 1967.

21. Hebb, D. O. The rnotivating effects of exteroceptive stirnulation. A m e r i -c a n P s y c h o l o g i s t , (13):109-113, 1958.

22. Hinde, R. A. A n i m a l b e h a v i o r . New York, M cGraw-HiIl, 1970.

23. Hunt, J. M cV. Psychological developrnent: Early experience. A n n u a l

R a v i e w 0 1 P s y c h o l o g y , ( 3 0 ) : 103-143, 1979.

24. Langrneier, T.,

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

& M atejcek, Z. P s y c h o l o g i c a l d e p r i v a t i o n i n c h i l d h o o d .

New York, W iley, 1975.

25. M cKinney, T. P., & Keele, T. Effects of increassed mothering on the

behavior of severely retarded boys. A m e r i c a n

XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

[ o u r n a l 0 1 M e n t a l D e j i

-c i e n -c y , (67):556-562, 1963.

26. Pinneau, S. The infantile disorders of hospitalisrn and analytic depression.

P s y c h o l o g i c a l B u l l e t i n , (52):429-452, 1955.

27. Provence, S., e Colernan, R. Environrnental retardation (hospitalism) in

infants living in farnilies. P e d i a t r i c s , (19):285-292, 1957.

28. Provence, S .. & Lipton, R. C. l n j a n t s i n i n s t i t u t i o n s : A c o m p a r i s o n 0 1

t h e i r d e v e l o p m e n t w i t h [ a m i l y - r e a r e d i n f a n t s d u r i n g t h e [ i r s t y e a r o f l i i e .

New York, International University Press, 1962.

29. Raynes, N. V., & King, R. D. The rneasurement of chíld rnanagement in

residential institutions for the retarded. P r o c e e d i n g s 0 1 t h e F i r s t C o n g r e s s

0 1 t h e l n t e r n a t i o n a l A s s o c i a t i o n [ o r t h e S c i e n t i j i c S t u d y o f M e n t a l D e j i

-c i e n -c y , Surray, M ichael [ackson Co. Ltd., 1958.

30. Rheingold, H. L. The rnodification of social responsiveness in instituo.

tional babies. M o n o g r a p h s 0 1 t h e S o c i e t y 0 1 R e s s e a r c h i n C h i l d D e v e -l o p m e n t , 21 (2), 1956.

31. Rubenstein, T. L. M aternal attentiveness and subsequent 'exploratory

behavior in the infant. C h i l d D e v e l o p m e n t , (38): 1099-1100, 1969.

32. Rutter, M . M a t e r n a l d e p r i v a t i o n r e a s s e s s e d . Harmondsworth, M iddlesex:

Penguin, 1972.

33. Rutter, M . M aternal deprivation, 1972-1978: New findings, new concepts,

new approaches. C h i l d D e v e l o p m e n t , ( 5 0 ) : 283· 305, 1979.

34. Schaffer, H. R. G r o w t l i 0 1 s o c i a b i l i t y . London, Penguin, 1971.

35. Seligman, M. E. P. H e l p l e s s n e s s - O n d e p r e s s i o n , d e v e l o p m e n t a n d

d e a t h . San Francisco, CA: Freernan D e s a m p a r o . São Paulo,' HUCITEC. 1977.

36. Sluékin, W . E a r l y l e a r n i n g i n m a n a n d a n i m a l . London: Llen e Unwin,

1970.

37. Spitz, R. A. Hospitalism: An inquiry into the genes of psychiatric

condi-tions in early childhood. P s y c h i a t r i c S t u d y o f t h e C h i l d , (1): 53-74, 1945.

38. Spitz, R. A., & W olf, K. M . Anaclitic depression: An inquiry into the

genesis of psychiatric conditions in early childhood. P s y c h o a n a l y t i c

S t u d y 0 1 t h e C h i l d , (2): 313-342, 1946.

39. Strauss, A. A., & Kephart, N. C. P s y c h o a t h o l o g y a n d e d u c a t i ô n 0 1 l h e

12 R e v . d e P s i c o l o g i a . . Fortaleza, 4 (1): jim.jjun., 1986

40.

. . i u r e d c h i l d New York, Grune, 1955, v. 2. . b r a m - m } J S ..fhe development and generalization of contmgency

W atson, '. . Iy ínfancy: Some hypotheses. M e r r i l l P a l m e r Q u a r t e r l y ,

awareness m ear .

(12): 123-135, 19

R66b· . tei J L Pederson F. A., e Jankowski, J. J.

Di-Y ow L J u ms em, . .,' . f

arr. ' . f "ear1y stimulation and their differential effects on fi ant

menSiOns o (18) 205218 1972

development, M e r r i l l P a l m e r Q u a r t e r l y , : " .

41.

Referências

Documentos relacionados

Com base nos resultados de uma pesquisa mais ampla sobre a influência da utilização de agregados reciclados de C&D sobre as propriedades mecânicas de concretos, desen- volvida

A Psicologia, por sua vez, seguiu sua trajetória também modificando sua visão de homem e fugindo do paradigma da ciência clássica. Ampliou sua atuação para além da

Por isso, quando a quantidade de Oxigênio Dissolvido na água diminui, os peixes não conseguem compensar esta.. Diminuição, ficando prejudicados e,

•   O  material  a  seguir  consiste  de  adaptações  e  extensões  dos  originais  gentilmente  cedidos  pelo 

Com o objetivo de compreender como se efetivou a participação das educadoras - Maria Zuíla e Silva Moraes; Minerva Diaz de Sá Barreto - na criação dos diversos

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

O problema do controle de potência pode ser um jogo contínuo se cada usuário puder escolher o valor potência que irá utilizar, sendo que este valor pode ser, por exemplo, de 0 dB a