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CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA GABINETE DO VEREADOR DR. PORTO (PORTINHO)

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CÂMARA MUNICIPAL DE

FORTALEZA

GABINETE DO VEREADOR DR. PORTO (PORTINHO)

PROJETODELEIN.2

J v 5 / *> v A * Dispõe sobre a proibição do corte de árvores nativas do Estado do Ceará plantadas no âmbito do Municí-pio de fortaleza e dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA APROVA:

Art. 12. São declaradas imunes ao corte as espécies arbóreas, descritas no Anexo l, todas nativas da flora do Estado do Ceará, plantadas no âmbito do Município de Fortaleza.

Art. 22. As árvores mencionadas no caput artigo anterior terão o corte proibido, salvo casos que possam causar risco a vida humana, ou danos irreparáveis à propriedade.

Parágrafo Único: Nas situações citadas no caput deste artigo, a autorização para alguma intervenção ficará a cargo do COMAM {Conselho Municipal de Meio Ambiente), que neste caso, deverá viabilizar a remoção da referida árvore para outro local.

Art. 32. A execução da supressão ou poda das árvores descritas no Anexo l dos logradouros públicos e das calçadas de condomínio ou loteamento fechado, só será permitida a:

I - funcionários habilitados da Prefeitura, com a devida autorização do órgão ambiental municipal responsável;

II - funcionários de empresas concessionárias de serviços públicos, com a devida autorização do órgão ambiental municipal, desde que o serviço seja acompanhado pelo responsável técnico pela área ambiental a cargo da empresa;

III - integrantes da Defesa Civil ou do Corpo de Bombeiros, desde que em serviço e em situações emergenciais em que haja perigo iminente à população ou ao património público ou privado, independentemente de qualquer autorização do órgão ambiental municipal.

Rua Dr. Thompson Bulcão, 830 - Bairro PatriolinoRibeiro ~ Fone: (85) 3444.8300 -Ramal 8363

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Art. 49. A árvore imune a corte que for suprimida do logradouro público e das calçadas de • condomínio ou loteamento fechado será substituída pelo órgão ambiental municipal ou por quem autorizado, sempre com observância das normas técnicas de arborização, em um prazo de até 60 (sessenta) dias após a supressão.

Parágrafo único: Não havendo espaço adequado no mesmo locai, o plantio será feito nas adjacências da área em que a árvore estava plantada a fim de manter a densidade arbórea.

Art. 52. Nas ruas arborizadas, os fios condutores de energia elétrica e telefónicos deverão ser colocados a distância razoável das árvores ou convenientemente isolados.

Parágrafo único: Quando a copa destas árvores estiver atingindo fios, ela poderá ser podada

seguindo orientação técnica condizente de tal forma que não prejudique ou danifique a árvore, mas que se venha a adequar a árvore ao espaço físico disponível.

Art. 62, Constitui Contravenção a esta Lei todo e qualquer ato que importe em:

I- mutilação de árvores sem causar sua morte; II- prática de atos que causem a morte da árvore.

§ 12. Aos responsáveis pelos atos acima serão aplicadas sanções, sem prejuízo das medidas penais cabíveis.

§ 2B. São responsáveis todos os que concorram, direta ou indiretamente, para a prática de atos aqui prescritos.

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Art. 72. Serão aplicadas as penalidades constantes nos casos de infração aos dispositivos da presente lei.

Art. 82. As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por dotações orçamentarias

próprias, sendo suplementas se necessário.

Art. 92. Esta lei será regulamentada num prazo de 90(noventa) dias, e entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 102. Esta lei entrará em vigor na data de sua aprovação, sendo revogadas as disposições em contrário.

DEPARTAMENTO LEGISLATIVO DA CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA, em

de M*t^ _ de 2017.

Dr. Potyp (Pertinho) - PRTB

Vice Líder do Prefeito

Rua Dr. Thompson Bulcão, 830 - Bairro PatriolinoRibeiro Fone: (85) 3444.8300 -Ramal 8363

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JUSTIFICATIVA

Venho submeter aos meus pares o projeto em tela, cujo objetivo é, primordial-mente, garantir a saúde do meio ambiente urbano e a qualidade de vida do município de For-taleza.

Há muito se fala da importância de preservação do meio ambiente, mas o que vemos, na realidade, é a destruição massiva e desenfreada dos poucos espécimes de árvores nativas que ainda restam no nosso município.

Precisamos discutir a preservação de tais espécimes e o fato de que isso deve-ria constituir uma das mais relevantes atividades da gestão urbana, devendo fazer parte dos planos, projetos e programas urbanísticos da cidade.

Nesse sentido, é urgente a necessidade de regulamentação da imunização ao corte e a preservação das árvores nativas do nosso Município.

Árvores nativas são aquelas cuja presença é natural em uma região, ou seja, ár-vores que a natureza gerou e fez evoluir em um determinado ambiente. O fato de as espécies nativas serem naturalmente adaptadas às regiões onde ocorrem é muito importante para o equilíbrio ambiental, pois existem complexas relações dos demais seres vivos com essas árvo-res.

São importantes elementos da natureza e vitais para o funcionamento dos ecossistemas onde estão inseridas, possuindo uma série de benefícios, como:

1. Tornam as paisagens diversificadas e exuberantes devido à multiplicidade de formas que apresentam e às épocas distintas de floração;

2. Propiciam qualidade de vida, por meio do embelezamento e conforto para am-bientes;

3. São importantes fontes de abrigo e alimentação para a fauna nativa;

4. Contribuem para o equilíbrio ecológico dos ambientes, especialmente em cen-tros urbanos; >

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7. São excelentes no controle da erosão dos solos, pois funcionam como um freio

contra as águas pluviais, diminuindo o impacto das chuvas sobre a terra e im-pedindo a sua remoção;

8. São utilizadas na medicina popular;

9. São "máquinas" complexas e silenciosas que auxiliam na despoluição do ar. Pesquisas realizadas na Alemanha comprovaram que o teor de partículas de poeira em ruas arborizadas é quatro vezes menor comparado às que não pos-suem vegetação;

10. Funcionam como barreiras contra ruídos;

11. Aproximam a natureza das pessoas. O perfume exalado pelas flores, o efeito sonoro produzido pelas copas e ramos das árvores quando impulsionados pelo vento, o som dos insetos e demais animais silvestres a ela associados e o canto dos pássaros podem alegrar o dia a dia.

Muitas árvores nativas do Ceará constam da lista das espécies ameaçadas de extinção, pois foram exploradas abusivamente no passado, principalmente aquelas que forne-cem madeiras com múltiplas utilidades e de grande valor económico. Por questões naturais, al-gumas árvores ocorrem em ambientes mais restritos na natureza e tornaram-se ainda mais ra-ras devido à destruição das formações florestais onde elas existiam naturalmente.

Por se tratar de uma atividade de ordem pública imprescindível ao bem estar da população, nos termos dos arts.30, inciso VIII, 182 e 183 da Constituição Federal de 1988 e do Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01), cabe ao Poder Público Municipal em sua política de de-senvolvimento urbano, entre outras atribuições, criar, preservar e proteger as áreas verdes da cidade, mediante leis específica, bem como regulamentar o sistema de arborização. Disciplinar a poda das árvores e criar viveiros municipais de mudas estão entre as providências específicas neste sentido, sem contar na importância de normas sobre o tema no plano diretor, por exem-plo.

Além disso, a legislação urbanística municipal pode e deve incentivar ao parti-cular a conservação de árvores nativas em sua propriedade, assim como incentivar a sua cria-ção e manutencria-ção, possibilitando, inclusive, desconto no 1PTU ao proprietário que constitui ou

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mantém áreas verdes no seu imóvel, como já ocorrem em algumas cidades. Oportuno lembrar ainda que Hely Lopes Meirelles diz que entre, as atribuições urbanísticas, estão as composições estéticas e as paisagísticas da cidade (Direito Municipal Brasileiro. Malheiros. 9^ edição. 1997. pg382).

Por fim, rogo a compreensão de meus pares, no sentido de aprovarmos esta maté-ria que reputo da substantiva relevância para os munícipes, partindo-se da saúde do ecossiste-ma do Município de Fortaleza.

DEPARTAMENTO LEGISLATIVO DA CAMARÁ MUNICIPAL DE FORTALEZA, em

de de 2017.

Dr. Porto (Pertinho) - PRTB

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ANEXO l

(Espécies arbóreas de corte proibido)

Inventário de árvores

Pitombeira (Talisia esculenta): oferece uma ótima sombra e seus frutos

podem ser consumidos pelas aves e pelas pessoas.

Ipê-roxo (Handroanthus impetiginosus): possui flores muito bonitas. Perde

todas (ou parte das) folhas durante a floração, e se enche de flores roxas, oferecendo um espetáculo visual.

Caraúba ou ipê-amarelo-do-cerrado (Tabebuia áurea): Fornece sombra e

tem flores amarelas muito bonitas, que atraem beija-flores.

Peroba ou ipê-branco (Tabebuia roseoalba): árvore nativa das florestas do

litoral do Ceará, possui belíssimas flores brancas.

Joazeiro (Ziziphus joazeiro): ótima sombra e frutos que alimentam as aves e

humanos, ricos em vitaminas. É uma das árvores mais marcantes do sertão do Ceará, mas é muito rara na arborização de Fortaleza.

Angelim (Andira surínamensis): tem boa sombra e flores muito bonitas.

Durante a floração sua beleza chama a atenção de quem passa pelas ruas.

Murici (Byrsonima sericea): essa árvore, nativa do litoral e serras do Ceará, é

bem ornamental, com belas flores amarelas e frutos que atraem aves, além de sombra agradável. Uma boa opção para ruas e praças.

Pau-branco (Auxemma oncocalyx): flores bonitas e sombra moderada. Já é

usada na arborização de Fortaleza, mas ainda com baixa abundância.

Oiti (Licania tomentosa): uma das poucas árvores nativas a estar presente

entre as mais cultivadas em Fortaleza. Tem ótima sombra. Indivíduos muito antigos estão presentes em algumas avenidas e praças de Fortaleza, especialmente no Centro.

Oiticica (Licania rígida): Outra árvore emblemática da Caatinga, pois fica

muito grande e não perde as folhas na estação seca. É uma espécie de grande porte, adequada à arborização de praças e avenidas. Apenas alguns exemplares antigos estão presentes em Fortaleza.

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Xixá (Sterculia curiosa): Árvore magnífica e frondosa, atingindo de 10 a 20

metros de altura. A copa se abre como um enorme guarda-sol e os galhos se

distribuem formando uma taça.

Cajueiro (Anacardium occidentale): Pode-se falar que o cajueiro, e seu fruto.

o caju, faz parte da cultura brasileira desde os tempos da colonização.

Macauba (A. aculeata): A palmeira, que apresenta altura de até 15 metros, é

uma árvore ornamental e seus frutos são comestíveis.

Referências

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