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Edição 38 Ano IV 10 de maio de Informativo de Dança exclusivo do do IBT e Espaço VIRALAPA

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NEWS

Edição 38 Ano IV 10 de maio de 2014

Informativo de Dança exclusivo do do IBT e Espaço VIRALAPA

2 - ENTREVISTA Dina Martinez

M e n s a g e m d o E d i t o r

PERCY RODRIGUES

Este Informativo é distribuído gratuitamente por meio eletrônico. Para recebê-lo, atualize seu-email na secretaria do Espaço VIRALAPA. Esta e todas as edições passadas podem ser acessadas

no www.tangoporsisolo.com.br e www.viralapa.com . br

R et

R ô

5 - SegundAlternativa

LEIA NESTA EDIÇÃO

4 - O Tango é montevideano

Parte final do polêmico artigo A Discutida Paterni- dade do Tango

6 - N

ews

P

ara esta e d i ç ã o , tivemos a

feliz oportunidade de entrevistar a renomada mestra de tango, Dina Martinez, em passagem pelo Rio de Janeiro, participando de workshop organizado por Paulo Aráujo.

Embora cumprindo intensa agenda, Dina disponibilizou parte do precioso tempo para conversar com este editor, falando sobre o

ambiente de tango na Argentina e seus planos profissionais para o Brasil.

Divulgamos a parte final do interessante artigo A discutida paternidade do Tango, de autoria do jornalista uruguaio César Di

Candia, extraído do site www.

tangoporsisolo, colaboração da colega tanguera Maria Luiza Andrade.

A SegundAlternativa acontecida em 28 de abril é reportada com texto e fotos de Percy Rodrigues, com o tema Páscoa.

Se o leitor participou do início do movimento do tango no Rio de Janeiro, envie fotos da época aos cuidados do editor. Juntos, editaremos o texto adequado.

Desejamos boa leitura e

ficaremos gratos pelo envio de

novas colaborações.

Fatos e fotos do movimento de tango na década de 90

Com texto e fotos de Percy Rodrigues, mostramos o que aconteceu na noite de 28 de abril, com muita música, dança e alegria, com o tema Páscoa

(2)

DINA MARTINEZ, renomada mestra de dança, argentina, como faz todos os anos, acaba de passar mais uma semana de trabalho no Rio de Janeiro, ministrando aulas particulares e em grupo, em parceria com Paulo Araújo, amigo e parceiro há longos anos. VIRALAPA News não poderia perder a oportunidade de conversar com Dina, para conhecer melhor quais são os planos da grande mestra e, saindo do âmbito dos salões, saber como ela pensa sobre o ambiente do tango na Argentina e no Brasil.

C

onvivendo no ambiente do tango há quase trinta anos, Dina observa que, nos últimos dez anos, ocorreu a tentativa de se lançar um

“tango novo”, que, aliás, durou pouco. No passado, o ritmo era praticado, na sua maioria, por pessoas de meia idade. Os jovens não se interessavam pelo tango, considerando-o um “ritmo para velhos”. Aos poucos, entretanto, com a introdução do ritmo nas escolas superiores de dança de Buenos Aires, os jovens foram se interessando, mas iniciaram um movimento para “modernizar” o tango. Novas orquestras surgiram, com preocupação de tocar para dançar e não somente para ouvir, misturando o tango tradicional com o “tango moderno”.

Paulatinamente, também, os jovens interessados no tango passaram a valorizar as origens do tradicional ritmo portenho, abandonando a ideia de modernizá-lo, incluindo o tango como favorito entre outros ritmos, sem causar espanto. O resultado desse movimento, então,

é que temos hoje uma mistura salutar dos dois estilos, embora, com nítida predominância do tango tradicional.

Outra coisa que mudou, continua Dina, é a postura dos casais. “No início, os homens é que ditavam as regras da dança, cabendo às

mulheres apenas acompanhar o que o cavalheiro mandava fazer. O homem era o principal protagonista, a mulher, coadjuvante. Não havia

“professoras” de tango. A maestria era privativa dos homens. Entretanto, paulatinamente, as mulheres foram assumindo posturas mais proativas, igualando-se aos homens nos últimos

DINA MARTINEZ, postura e altivez na prática do tango

ENTREVISTA D INA M ARTINEz

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dez anos”. Nesse ponto, Dina cita o seu próprio exemplo. Na sua academia, El Motivo, classes e práticas são administradas por ela e mais duas professoras, cabendo aos homens as funções indispensáveis de instrutores.

Outra atividade exercida por Dina, confirmando o equilíbrio existente hoje entre homens e mulheres na liderança da dança, refere- se à coordenação feita por ela na companhia Besos Tintos, que se apresenta no Centro Cultural Loca Mora, na cidade de Buenos Aires.

Dina Martinez formou-se muito jovem na Escola Nacional de Dança

de Buenos Aires, na época em que o país era governado pelos militares, e boa parte dos jovens era ativista participando das manifestações

M i l o n g a X a n g ô c o m e m o r a

aniversários de Paulo Araújo e Dina Martinez com grandes abraços

contra o regime de força. Dina, contudo, focada exclusivamente na dança, não participou de nenhum grupo de ativistas, “A escola era uma espécie de geto, alheio e

blindado aos movimentos de rua, onde não se discutia a política do governo”.

Graduada em dança clássica, Dina iniciou-se no tango e no folclore em 1987. Enquanto o país voltava à normalidade e Raúl Alfonsin governava a Argentina no primeiro mandato democrático após o golpe, Dina foi contratada para dar classes de tango e folclore em diversos centros culturais, no

Programa Cultural de Barrios, promovido pelo governo da cidade de Buenos Aires.

Com 26 anos de atividade no

mundo da dança, principalmente no tango, Dina afirma “se tivesse que iniciar uma carreira hoje, faria tudo, novamente, igualzinho, porque a dança sempre foi minha grande paixão e também geradora dos meios de sobrevivência. Apenas lamento não ter mais tempo para viajar com meu marido e filho”.

Com relação aos planos para o Brasil, ela pretende continuar a parceria com Paulo Araújo, vindo ao Rio todos os anos, quem sabe, duas vezes por ano. Gostaria de estender seu trabalho no Brasil para outras cidades, começando possivelmente por Belo Horizonte, onde há um pequeno núcleo desenvolvido por professor amigo.

A Milonga Xangô de 11 de abril, além de sua habitual animação, teve algo de muito especial. Confimando a fra- terna amizade entre o dois gan- des mestres, foram comemorados seus aniversários com a presença de muitos amigos e mestres da dança, maior parte deles ex- alunos de Paulo Araújo. Dina e Paulo agradeceram as homena- gens, realizando duas brilhantes apresentações do tango.

ENTREVISTA D INA M ARTINEz

(4)

I

sto provocou a afirmação revanchista duplamente errônea e muito pouco aceitável de Borges quando diz que "o povo portenho se reconhece no tango plenamente, e o mesmo não acontece com o montevideano, sempre nostálgico de gauchos ". Jorge Luis Borges, que alcançou alturas na literatura mundial, não foi feliz em sua abordagem sobre o tango, ignorando ou esquecendo que quando o tango deixou de ser dança lasciva e passou a representar uma expressão maior, nos trabalhos de parto, participaram os uruguaios Manuel Arostegui, autor de dois clássicos daqueles tempos, “El Cachafaz” (O velhaco) e “El Apache argentino”; Enrique Saborido, criador musical de “Felicia y La Morocha”, que foi o tango que conquistou primeiro Paris, e Becho Gerardo Matos Rodríguez que, meio brincando e quase como uma travessura de estudante, compôs nada menos que “La Cumparsita”. Pouco tempo depois, chegaram ao ápice tangueiro o uruguaio de Paisandú, Alfredo Gobbi; “El Maragato”, de Francisco Canaro; a uruguaia Rosita Melo, autora da valsa “Desde el alma”;

o montevideano Pintín Castellanos;

o cantor do bairro Goes, Carlos Roldán; Julio Sosa, nascido em Las Piedras, no Uruguai; o montevideano Fernán Silva Valdés, criador da letra

de “Clavel del Aire” (“Cravo do Ar”) e o tacuaremboense Carlos Gardel (3). Em resumo, e seguindo passo a passo Daniel Vidart, "o tango é um valor cultural com idêntica raíz e vigência tanto em Montevideo como em Buenos Aires. Ambas beiras do Prata lhe emprestaram seus músicos, suas letras, seus bailarinos e suas multidões de devotos. ‘ Abran cancha que baila un oriental' / “Afastem-se porque dança um uruguaio” - diziam os que sabiam de tudo o que acontecia nos salões de baile portenhos. A

Velha Guarda foi formada por árduos violinos montevideanos e travessas flautas bonaerenses. (...) E quando vozes indiscretas perguntaram a Gardel, num banquete, qual era a sua nacionalidade, o célebre cantor se levantou e disse: ‘Senhores, eu sou riopratense, como o tango'".

Nos últimos anos do século XIX e nos quinze ou vinte primeiros do século seguinte, o tango, como dança, se desenvolveu em Montevideo, mas sempre no reduzido círculo dos salões de baile do baixo, embora tenha chegado também a alguns lugares do centro e

às moradias alugadas por rapazes endinheirados. Em todos os casos, as protagonistas continuavam sendo as mulheres “do meio”, porque as senhoritas que se consideravam decentes não se prestavam a esses bailes libidinosos onde os corpos se entrelaçavam. A tradição oral registrou a localização de alguns desses lugares pecaminosos. Um deles era La Piedra , um clube privado que ficava na proa das ruas denominadas antigamente Sierra e Dante. Chamava-se assim porque ali fora colocada a pedra fundamental de um monumento em memória a Giuseppe Garibaldi que nunca chegou a ser erigido. Os sócios pagavam dois pesos e, às vezes, convidavam às festinhas políticos e homens de boa reputação social. Outros desses lugares de encontros, baile, bebidas e jantares, eram a Casita Chaná , na rua do mesmo nome e La Colmena , que ficava em Pocitos, na rua Buxareo, onde às demais atividades antes mencionadas se acrescentava um cassino clandestino considerado o maior da cidade. No entanto, o mais antigo desses lugares onde se comia, se dançava o tango e onde aconteciam relações sexuais era La Trufa , uma chácara que tinha um umbú e uma planta de guaco, que era misturado na bebida. Seu nome inteiro era La Trufaldina e, apesar do título de Sociedade Recreativa Musical, se

organizavam ali banquetes suntuosos e, obviamente, bailes com mulheres da vida frequentados por muita gente conhecida. Na segunda década do século XX, inauguraram-se em pleno centro os dois primeiros cabarets ,lugares mais luxuosos onde os homens podiam beber, dançar e obter, à tarifa rigorosa, os favores de pessoal especializado, digamos assim. Um deles foi o Pigall, que ficava ao lado do teatro Royal e era conduzido por um antigo barítono chamado Visconti Romano. Entre outros artistas, estavam ali os integrantes da dupla Carlos Gardel e José Razzano. O outro cabaret, o Moulin Rouge ficava na rua Andes esquina com Colonia, e era dirigido por Emilio Matos, pai de Gerardo Matos Rodríguez, autor de La Cumparsita (4) , gravada pela primeira vez em 1916 pelo quarteto de Roberto Firpo, além de La muchacha del circo , Mocosita e Che papusa oí.

Passados mais de cem anos de sua confusa origem, não vem ao caso continuar descrevendo sua riquíssima trajetória. Se esse artigo teve algum propósito foi o de confrontar a identidade entre tango e Buenos Aires, tantas vezes atacada por autores argentinos, uma abstração que tem uma tônica mais usurpadora que histórica.

César Di Candi Jornalista uruguaio

A d i s c u t i d a paternidade doTango

Colaboração:MARIA LUIZA ANDRADE Autor: CÉSAR DI CANDIA

Fonte: www.tangoporsisolo.com.br Continuação da Edição 37 (final)

(5)

S A N D R A S A N T o S S ocIAl

sandrucha@gmail.com

A próxima SegundAl- ternativa acontecerá na noite de 26 de maio.

Venham, tragam amigos.

A vida deles vai mudar

A grande ausente

ASegundAlternativa, acontecida no último dia 28, registrou uma grande ausência: a entrepidante repórter social Sandra Santos, por motivos de saúde, não pode comparecer. Desde a criação da programação, Sandra tem sido uma regular presença, colaborando na organização, sugerindo temas, animando o baile e, como repórter social, reportando o acontecido na alegre noite alternativa.

Mas...

Calma, pessoal. Não é nada muito sério. Em breve, Sandra estará entre nós.

Back Up

Coube, então, a este editor co- brir jornalisticamente o ágape, registrando com fotos a anima- da alegria dos participantes, os momentos maravilhosos de som, dança, comes-e-bebes e comemo- ração dos aniversariantes do mes.

Tradição

A SegundAlternativa foi criada como opção para aqueles fre- quentadores que, além do tan- go, gostam de praticar outros ritmos. Com ritos informais, o ágape foi alcançando adeptos e, hoje, registra um número im-

pressionante de frequen- tadores, sempre com muita alegria e vibração.

Rachunço

As bebidas e comidas, como de praxe, foram trazidas genero- samente pelos próprios partici- pantes. Para quem esqueceu de trazer comida ou bebida, as me-

ninas passaram a cartola para, a crité- rio de cada um, recolher o numerário que ajuda a cobrir o custo fixo.Tudo numaboa, de forma voluntária.

Voluntária e graciosa

Nesta oportunidade, cumpre regis- trar a preciosa colaboração de Tania Ferreira, aniversariante, que deco- rou o salão como o tema Páscoa, e trouxe deliciosa torta, apreciada por todos. Parabéns, Tania, você é 10!

Texto e Fotos de PERCY RODRIGUES

Aniversariantes do mes

Anelixe Bandeira Célia Garcia

Denis Colli Denise Ferreira

Fábio Ferreira Lenice Lira Lilian Coelho Marcelo Santos

Marina Maia Odécio Alves Paulo Araújo Percy Rodrigues

Polyani Cristini Susanna Bamert Tania Ferreira Terezinha Zimbrão

Vilma Vargas

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Retrô

News

EXPEDIENTE

INSTITUTO BRASILEIRO DO TANGO

Presidente: Paulo Araújo

ESPAÇO VIRALAPA

Diretor Geral: Paulo Araújo Séde Própria: Avenida GomesFreire, 663, sobreloja, Lapa, Rio de Janeiro CEP 20230-014 - Tel. 21-3970 2457

contato@viralapa.com.br

VIRALAPA NEWS Conselho Editorial

Fabien Cayet Paulo Araújo Percy Rodrigues

Sandra Santos

Editor Geral

Percy Rodrigues JP 31780 RJ Tel 21-99634 9736

percyrodrigues@openlink.com.

O IBT informa

Estamos começando novos grupos de Tango Iniciante

Uma oportunidade para aprender e desenvolver o Tango em sua dança

Dia Horário Quarta-feira 20h30 às 22h Quinta-feira 19h30 às 21h Sábado 19h30 às 21h Isenção da taxa de matrícula O valor da mensalidade é de R$ 105,00 Desconto para casais

Carga Horária: uma vez por se- mana com uma hora e meia de aula Nossa escola mantém: Práticas regulares, Bailes, Workshops, Seminários e muito mais

Procure estar atento às novidades do Espaço VIRALAPA Acesse www.viralapa.com.br

ÂNGELA CEPEDA, saudosa mestra do tango, aposentada, treinava PERCY RODRIGUES no Lugar Comum

TRAJANO, famoso bailarino, falecido, ao lado de APARECIDA BELLOTI,quando realizavam apresentações de

tango nos salões do Rio de Janeiro

ALVARO REYS, no início da carreira no tango, ao lado de MARIA ANTONIETA, reno- mada mestra de tango, símbolo da dança de salão no Rio de Ja- neiro, falecida

Há 20 anos

Referências

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