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NOVIDADES E LEMBRANÇAS

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Academic year: 2021

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NOVIDADES E LEMBRANÇAS

Síntese de diversas matérias fiscais de maior relevo ocorridas na 2.ª quinzena de Abril de 2014 1 2

1 - Prazo de entrega da declaração modelo 3 de IRS: - Despacho n.º 160/2014-XIX, de 2014.04.30, do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

Prorroga o prazo para entrega da declaração de rendimentos de IRS (Modelo 3 - rendimentos do trabalho e/ou pensões), até ao dia 2 de maio de 2014.

2 - Revogação de certificado do programa de faturação: - Despacho de 2014.04.24, do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, constante do Portal das Finanças.

Determina a revogação do certificado do programa de faturação iECR, com o n.º 1194, na medida em que existem fundados indícios de utilização fraudulenta do referido programa e o mesmo não cumpre com os requisitos de certificação legalmente previstos.

Nota: - De acordo com o despacho, os sujeitos passivos que possuam este programa devem cessar de o utilizar a partir de 2014.04.24, para todos os efeitos legais.

3 - RFAI e CFEI – Imputação da dedução à coleta pelos dois benefícios e declarações de inexistência de dívidas; - Ofício n.º 5950, de 2014.04.14, da Direção de Serviços de IRC.

Em resposta a um pedido formulado pela APECA, esclarece a forma de imputação da dedução à coleta aos dois benefícios, quando o sujeito passivo beneficia dos dois no mesmo período de tributação.

Nota: - Quanto à comprovação da inexistência de dívidas ao Estado e à Segurança Social, a mesma deve reportar-se ao

último dia do período de tributação, para efeitos de aplicação do CFEI e ao mês anterior ao da entrega da declaração periódica de rendimentos, para beneficiar do RFAI.

4 - CFEI – Possibilidade de acumulação com os incentivos do QREN: - Informação Vinculativa emitida a pedido da INVOJOMA.

Os incentivos concedidos ao abrigo do QREN não têm a natureza de incentivos fiscais, pelo que o sujeito passivo pode acumular um benefício fiscal (CFEI) com um benefício económico-financeiro (QREN), situação que não está vedada pelo artigo 5.º da Lei n.º 49/2013.

Nota: - Por despacho de 2013.12.03, do Diretor-Geral da AT, foi entendido que os subsídios concedidos pelo Estado a

fundo perdido podem beneficiar do CFEI, por essa situação não estar impedida pelo artigo 5.º da Lei n.º 49/2013.

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Destina-se apenas a que os nossos associados tenham conhecimento, em tempo útil, da existência da norma ou instrução administrativa e fiquem com uma ideia sucinta do seu conteúdo. Não dispensa a leitura cuidada dos próprios documentos, aquando da sua aplicação prática.

2Recentemente foram disponibilizadas, no Portal da AT, centenas de Informações Vinculativas, que continuarão a

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5 - CFEI – Aquisição de imóvel para ser utilizado como edifício administrativo e produtivo: - Informação Vinculativa emitida a pedido da CPV.

O citério para verificar se um ativo foi adquirido em estado de novo, tem consistido na verificação se esse ativo esteve sempre classificado em qualquer dos anteriores proprietários/transmitentes como ativo corrente.

Nota: - Como o edifício em questão não foi adquirido ao seu construtor nem foi adquirido pelos anteriores

proprietários/transmitentes com destino à sua venda, a despesa de investimento com a sua aquisição não pode ser elegível para efeitos de CFEI.

6 - RBC – DT – Transporte de Aquisições intracomunitárias realizadas em território nacional: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-09-05 - Processo nº 5355.

Os transportes relacionados com aquisições intracomunitárias ficam dispensados de ser acompanhados por um DT, assim como a consequente comunicação à AT.

Nota: - No entanto, nos n.ºs 3 e 4 do art. 3º regime de bens em circulação prevê-se que sempre que existam dúvidas sobre

a legalidade da sua circulação, pode exigir-se a prova da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino.

7 - RBC - Contentores que se destinam á recolha de desperdícios, que não vão ser transacionados, mas sim bens pertencentes ao seu ativo fixo tangível: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-08-08 - Processo nº 5282.

Excluem-se do âmbito do RBC, nos termos da alínea c) do nº 1 do seu artigo 3º, os bens pertencentes ao ativo fixo tangível dos sujeitos passivos., pelo que o transporte dos mesmos para as instalações dos seus fornecedores, para que eles lá coloquem os desperdícios, não se encontra abrangido pela obrigação de ser acompanhado de documentos de transporte

Nota: - No entanto, nos n.ºs 3 e 4 do art. 3º regime de bens em circulação prevê-se que sempre que existam dúvidas sobre

a legalidade da sua circulação, pode exigir-se a prova da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino.

8 - RBC – DT - Provisões de bordo a companhias de navegação aérea - Venda de bens alimentares, destinados a serem consumidos pelas tripulações e pelos passageiros, das companhias de navegação aérea, dentro das instalações do aeroporto: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-07-25 - Processo nº 5204.

No que concerne o fornecimento de provisões de bordo, a aeronaves pertencentes a companhias de navegação aérea, apenas não haverá sujeição ao RBC, quando:

a) - Se trate de produtos sujeitos a IEC, desde que tais bens se encontrem em circulação, em regime suspensivo; b) - Os mantimentos sejam adquiridos por companhias de navegação aérea, que se dediquem principalmente ao

trânsito internacional, e se mostrem cumpridas as formalidades relativas à declaração de exportação.

Nota: - O transporte de bens alimentares, destinados a serem consumidos dentro das instalações do aeroporto

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9 - RBC DT – AICB transportadas até uma plataforma logística e posteriormente entregue ao adquirente das mesmas: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-09-05 - Processo nº 5429.

O transporte de bens de uma entidade espanhola para os clientes da requerente configura uma transação intracomunitária excluída do âmbito de aplicação do Regime de Bens em Circulação.

Nota: - No entanto, ainda que os bens transportados não estejam sujeitos à obrigatoriedade de documento de transporte

nos termos do referido diploma, pode exigir-se prova da sua proveniência e destino, considerando-se que o "packing list", carta de portes e documento emitido pelo operador logístico, podem ser aptos para o cumprimento dessa obrigação de comprovação do transporte.

10 - RBC – DT – Comunicação – Equipamentos, bem como transporte de entulho que é removido após as demolições para o vazadouro: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-08-23 - Processo nº 5033.

De acordo com a al. i) do nº 1 do artº 3º do Regime de bens em circulação, excluem-se do âmbito do referido diploma "os resíduos sólidos urbanos provenientes das recolhas efetuadas pelas entidades competentes ou por empresas a prestarem o mesmo serviço."

Nota: - Deste modo, o entulho em circulação, resultante das recolhas efetuadas por entidades competentes ou por

empresas a prestarem o mesmo serviço (serviço concessionado), não está sujeito à obrigatoriedade da emissão de documentos de transporte, pelo que a verificar-se o referido na al. i) do nº 1 do artº 3º do referido regime, a circulação do entulho encontra-se abrangida pela exclusão da referida alínea.

11 - RBC – DT – Remessa de bens para confeção ao prestador de serviços: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-08-30 - Processo nº 4928.

Uma vez que o transporte dos bens entre os sujeitos passivos designados por "B" e "C" ocorre sempre em território nacional, cabe ao sujeito passivo designado por "B", que coloca os bens em circulação, após a tecelagem que lhe foi adjudicada pelo requerente, a emissão do respetivo documento de transporte, que deve conter, na qualidade de destinatário ou adquirente dos bens, o sujeito passivo requerente, uma vez que é a este que os bens são postos à disposição, conforme determina a alínea g) do artigo 2º daquele Regime.

Nota: - Em virtude de os referidos bens serem colocados pelo transportador, a pedido do requerente, nas instalações do

sujeito passivo (C), que vai proceder à confeção dos mesmos, a referida guia de transporte deve referir que o local de destino ou descarga dos bens são as instalações do sujeito passivo (C), conforme determina a alínea i) do mesmo artigo 2º.

12 - IVA - Taxas – Agrónomo que presta serviços de assistência técnica a olivicultores, relativamente à elaboração de pareceres técnicos sobre as explorações e mapas de apoio à exploração e trabalhos a realizar no terreno: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-07-29 - Processo nº 5228.

As prestações de serviços efetuadas por engenheiros agrónomos no âmbito das produções agrícolas, estão abrangidas nos pressupostos da alínea f) da verba 4.2 da Lista I anexa ao Código sendo, consequentemente, tributados à taxa reduzida.

Nota: - Contudo, no que se refere aos serviços respeitantes à preparação de candidaturas de projetos relacionados,

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enquadram na citada alínea f) da verba 4.2 da Lista I (ou em quaisquer das diferentes verbas das listas anexas ao citado diploma), sendo, consequentemente, tributados à taxa normal em vigor.

13 - IVA - Taxas - "sistemas de rega", enquanto equipamento: Informação Vinculativa – Despacho de 2013-08-30 - Processo nº 4917.

Os "sistemas de rega", enquanto equipamento que transacionado como um todo, ou seja, com todos os componentes que permitam aferir da sua utilização como sistema de rega, são tributados à taxa intermédia por enquadramento na citada verba 2.5 da lista II anexa ao CIVA, desde que possuam as características que permitam uma utilização exclusiva ou principal na agricultura.

Nota: - Quanto às partes, peças e acessórios dos referidos equipamentos, quando transacionados autonomamente, por

falta de enquadramento nas diferentes verbas das listas anexas ao CIVA, são tributados à taxa normal.

14 - IVA: - Taxas - Recolha de cadáveres de animais de companhia, transporte e eliminação segura em instalação incineradora aprovada: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-05-02 - Processo nº 4879.

De acordo com o Despacho n.º 16534/2009, da Direção de Serviços de Administração, da Direção-Geral de Veterinária, é permitida a eliminação dos cadáveres de animais de companhia por enterramento, até 31 de dezembro de 2013, não obstante a obrigatoriedade de apresentação do PDCAC pelos municípios, sujeitos à aprovação da Direção-Geral de Veterinária.

Nota: - Deste modo, os cadáveres de animais de companhia, são considerados resíduos, pelo que os serviços de recolha,

transporte e encaminhamento desses mesmos cadáveres para posterior eliminação segura, nomeadamente, em instalação incineradora aprovada, estão contempladas na verba 2.22, da Lista I anexa ao CIVA, sendo tributados à taxa reduzida.

15 - IVA - Taxa – Vinhos da própria produção agrícola: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-06-26 - Processo nº 4933.

Face à jurisprudência comunitária, designadamente a constante no Acórdão de 8 de março de 2001, proferido no processo C - 276/98, a transmissão de vinhos (comuns), independentemente de serem produzidos ou não pelo próprio vendedor, é enquadrável na verba 1.10 da Lista II anexa ao mesmo diploma e tributada à taxa intermédia.

Nota: - Isto apesar de se estabelecer na verba 5.5 da citada Lista que "são igualmente consideradas atividades de

produção agrícola as atividades de transformação efetuadas por um produtor agrícola sobre os produtos provenientes, essencialmente, da respetiva produção agrícola com os meios normalmente utilizados nas explorações agrícolas e silvícolas.

16 - IVA - Documento retificativo de fatura – Nota de débito e nota de crédito: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-05-09 - Processo nº 4948.

Quando está em causa a alteração do valor tributável de uma operação ou o imposto correspondente, deve ser emitido o respetivo documento retificativo da fatura, independentemente, de se reportar à retificação de parte ou da totalidade do valor mencionado na fatura inicial.

Nota: - Encontrando-se estabelecido entre a requerente e o cliente que a emissão de nota de crédito será efetuada "pela

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documento retificativo (nota de crédito), não existindo impedimento nas novas regras de faturação relativamente ao procedimento referido.

17 - IVA - Fatura - Agência de viagens - Bilhetes de autocarro – Comissões: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-08-23 - Processo nº 4813.

O bilhete de transporte cumpre a obrigação consignada na alínea b) do nº 1 do artº 29º do CIVA (emissão de fatura), sendo, no entanto, obrigatória a emissão da fatura, nos termos dos artºs 36º e 40º do mesmo Código, quando o destinatário dos serviços a solicite.

Nota: - Relativamente à comissão pela qual a requerente é remunerada, há obrigatoriamente lugar à emissão da respetiva

fatura, pelo valor da comissão, respetivamente, nos termos da alínea a) do nº 1 do artº 29º e do nº 1 do artº 16º, ambos do CIVA.

18 - IVA - Taxas - Aguardente de medronho: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-08-26 - Processo nº 5098.

O produto que a requerente transaciona - aguardente de medronho - ainda que da sua própria produção, não consta das listas anexas ao CIVA, pelo que tais transmissões são passíveis de imposto à taxa normal em vigor.

Nota: - O que estava em causa era saber qual a taxa a aplicar na transmissão de aguardente de medronho resultante da

própria produção da requerente.

19 - IVA - Taxas - Serviços de manutenção de vinha, tais como, poda, adubação, fertilização, lavoura, limpeza, desinfestação, ….: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-08-08 - Processo nº 5395.

Os serviços de manutenção da vinha, que englobam serviços de poda, adubação, fertilização, lavoura, limpeza, desinfestação, enquanto prestações de serviços que contribuem para a realização da produção agrícola, encontram enquadramento na citada verba 4.2. da Lista I anexa ao CIVA.

Nota: - Deste modo, as atividades elencadas pelo requerente são tributadas à taxa reduzida de 6 % no continente, 4 % na

Região Autónoma dos Açores, e 5 % na Região Autónoma da Madeira, face ao estatuído na alínea a) do n.º 1 e n.º 3 do art.º 18.º do CIVA.

20 - IVA - Taxas - Análises de água e efluentes industriais: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-08-27 - Processo nº 5381.

As prestações de serviços a que se refere o pedido estão sujeitas à aplicação da taxa normal do imposto, por falta de enquadramento em qualquer das listas anexas ao Código.

Nota: - O que estava em causa era saber qual a taxa de imposto a que estão sujeitos os serviços de análises de água e

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21 - IVA - Taxas – Atividade de floricultura e horticultura floral - Horticultura floral de plantação em sacos de terra e substrato: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-07-25 - Processo nº 5216.

As transmissões de bens efetuadas no âmbito da horticultura floral e ornamental, independentemente do estágio de comercialização em que tais produtos se encontrem (no produtor ou no retalho), beneficiam de enquadramento na verba 5.1.2 da Lista I anexa ao CIVA, sendo tributados à taxa reduzida.

Nota: - A aplicação da taxa reduzida no exercício da atividade em apreço produz efeitos em 1 de janeiro de 2013, pelo

que, a partir daquela data, o Despacho Normativo 51/86, de 28 de junho, deixa de ter aplicação, sendo de salientar que o método utilizado para a produção de flores e plantas ornamentais (horticultura floral e ornamental) não é relevante, pelo que, ainda que a mesma seja realizada através "(…) da plantação em sacos de terra e substrato (…)", a transmissão daqueles bens beneficia do enquadramento na verba 5.1.2 da Lista I anexa ao CIVA.

22 - IVA - Taxas - Limpeza das vias públicas, bem como a recolha, armazenamento, transporte, valorização e eliminação de resíduos: - Informação Vinculativa – Despacho de 2013-08-26 - Processo nº 5088.

Os serviços relacionados com a limpeza das vias públicas, ou com a recolha, armazenamento, transporte, valorização e eliminação de resíduos deve aplicar-se a taxa reduzida.

Nota: - Nos serviços de desentupimentos domésticos ou industriais, a taxa a aplicar será a normal, por falta de

enquadramento nas diferentes listas anexas ao citado diploma legal.

23 - Reversão – Fundamentação - Lei Geral Tributária: - Acórdão do STA, de 2014.04.09 – Processo n.º 0954/13.

I – Um dos requisitos constitutivos do direito à reversão da execução fiscal é o exercício efectivo da gerência, o qual, se estiverem em causa situações susceptíveis de enquadramento na previsão das alíneas a) e b) do nº 1 do art. 24º da LGT, impõe a circunstanciada indicação do período do exercício do cargo: se na data da constituição das dívidas, se na data do pagamento ou entrega do respectivo tributo, se em ambos os períodos.

II – Tais pressupostos têm de ser alegados/incorporados no despacho de reversão, com a obrigatoriedade de indicação das concretas normas legais em que o órgão da execução faz apoiar a responsabilidade subsidiária imputada ao revertido, para lhe permitir conhecer e questionar, atacando se necessário, os concretos pressupostos determinantes da reversão da execução contra si, habilitando-o a reagir eficazmente, pelas vias legais, contra a lesividade do acto caso com ele não se conforme.

III – Limitando-se o despacho de reversão a reproduzir todo texto do art. 24º da LGT sem subsumir a situação do revertido numa das suas alíneas, assim fundamentando a reversão simultaneamente nas alíneas a) e b) do seu nº 1, pese embora elas tenham âmbitos de aplicação distintos, e não constando desse despacho a indicação do período de exercício do cargo pelo revertido, não merece censura a sentença recorrida quando decidiu pela falta de fundamentação do despacho de reversão por se desconhecer a que título é imputável a culpa ao revertido.

24 - Intimação para comportamento - Situação tributária - Efeito suspensivo – Reclamação: - Acórdão do STA, de 2014.04.09 – Processo n.º 0363/14.

I – Tem a situação tributária regularizada o executado que, tendo deduzido impugnação judicial contra a liquidação da dívida exequenda, logrou a suspensão da execução fiscal em virtude de penhora que garanta a totalidade da quantia exequenda e do acrescido (cf. art. 169.º, n.º 1, do CPPT).

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___________________________________________________________________________________________________________ II – Ainda que ulteriormente o órgão da execução fiscal tenha considerado que o valor dos bens penhorados deixou de garantir a dívida exequenda e o acrescido e tenha notificado o executado para reforçar a garantia, deve considerar-se que a execução fiscal se mantém suspensa enquanto não estiver decidida a reclamação judicial que o executado deduziu contra essa decisão do órgão da execução fiscal, reclamação que tem subida imediata a tribunal e efeito suspensivo (cf. art. 278.º do CPPT).

III – Porque o efeito suspensivo da reclamação judicial dos despachos do órgão de execução fiscal que consideraram insuficiente o valor dos bens oferecidos como garantia implica a manutenção do estado de suspensão dos processos de execução fiscal até à decisão final de tais reclamações, tendo o contribuinte requerido a emissão de declaração comprovativa da regularidade da sua situação tributária, o serviço de finanças tem a obrigação legal de lho emitir e, se o não fizer voluntariamente, pode ser judicialmente intimado para o efeito.

25 - Responsável subsidiário – Coima – Constitucionalidade – Ilegitimidade: - Acórdão do STA, de 2014.04.09 – Processo n.º 0341/13.

I – Tendo em conta que o acórdão do Plenário do Tribunal Constitucional nº 437/2011, prolatado no proc. nº 206/10, julgou não ser inconstitucional a norma do artigo 8º nº 1 do RGIT, e tendo em conta que, na sequência dessa jurisprudência mais qualificada em termos de controlo da constitucionalidade das normas, a jurisprudência do STA sofreu uma alteração, passando também a acolher essa posição, deve decidir-se pela não inconstitucionalidade da norma, em conformidade com ao disposto no artigo 8º nº 3 do Código Civil.

II – Todavia, o art. 8º do RGIT não consagra qualquer presunção de culpa e, por isso, recai sobre o autor do despacho de reversão o ónus de alegar a culpa do gerente pela insuficiência do património social, e sempre que essa alegação seja contestada em sede de oposição recai sobre a Fazenda Pública o ónus de a provar, em conformidade com o disposto no artº 74º nº 1 da LGT, sob pena de ilegitimidade do oponente para a execução. III – Por outro lado, nem o art. 8º do RGIT nem o artigo 24º da LGT estendem a responsabilidade subsidiária dos gerentes às dívidas de custas e encargos dos processos de contra-ordenação fiscal, pelo que também se verifica a invocada ilegitimidade do oponente para a execução fiscal no que toca a esses encargos da responsabilidade da sociedade arguida.

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