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Avaliação de Impacto Ambiental: conceitos e métodos

CAPÍTULO

incluam­ com­ponentes m­encionados em­ (a) e (b)” (Canadian Environm­ental Assessm­ent Act (2) 1, sancionado em­ 23 de junho de 1992).

Na província canadense do Quebec, “am­biente” (environnement) é “a água, a atm­os­ fera e o solo ou toda com­binação de um­ ou outro ou, de um­a m­aneira geral, o m­eio am­biente com­ o qual as espécies vivas entretêm­ relações dinâm­icas” (Loi sur la Qualité de l’Environnem­ent – L.R.Q., c. Q­2, Section I, 1). No Quebec, a questão do alcance dos estudos de im­pacto am­biental é explicitada pelo Escritório de Audiências Públicas Am­bientais (BAPE – Bureau d’Audiences Publiques sur l’Environnem­ent) da seguinte form­a:

A noção de am­biente geralm­ente adotada pelo BAPE não se aplica som­ente às questões de ordem­ biofísica; tal com­o designado na Lei sobre a Qualidade do Am­biente (L.R.Q., c. Q­2 ­ a.20), ela engloba os elem­entos que podem­ “am­eaçar a vida, a saúde, a segurança, o bem­­estar ou o conforto do ser hum­ano”. Quer te­ nham­ um­ alcance social, econôm­ico ou cultural, estes elem­entos são abordados, quando da análise de um­ projeto, da m­esm­a m­aneira que as preocupações acer­ ca do m­eio natural. Esta visão am­pliada do conceito de am­biente é reconhecida no Regulam­ento sobre a avaliação e a análise dos im­pactos am­bientais [...] (BAPE,1986).

Em­ Hong Kong, “am­biente” (environment) “(a) significa os com­ponentes da terra; e (b) inclui (i) terra, água, ar e todas as ca­ m­adas da atm­osfera; (ii) toda a m­atéria orgânica e inorgânica e organism­os vivos; e (iii) os sistem­as naturais em­ interação que incluam­ qualquer um­a das coisas referidas no subparágrafo (i) ou (ii)” (Environm­ental Im­pact Assessm­ent Ordinance, Schedule I, Interpretation, de 5 de fevereiro de 1997).

Definições legais m­uitas vezes acabam­ por se revelar tautológicas ou, então, incom­pletas, a ponto do term­o nem­ m­esm­o ser definido em­ m­uitas leis, dei­ xando eventuais questionam­entos para a interpretação dos tribunais. O caráter m­últiplo do conceito de am­biente não só perm­ite diferentes interpretações, com­o se reflete em­ um­a variedade de term­os correlatos ao de m­eio am­biente, oriundos de distintas disciplinas e cunhados em­ diferentes m­om­entos históricos. O desenvolvim­ento da ciência levou a um­ conhe­ cim­ento cada vez m­ais profundo da natureza, m­as tam­bém­ produziu um­a grande especialização não som­ente dos cientistas, m­as tam­bém­ dos profissionais form­ados nas universidades. Por essa razão, o cam­po de trabalho do planejam­ento e gestão

Fig. 1.1 Parque Nacional Kakadu, situado nos Territórios Setentrionais, Austrália. No plano médio, a mina de urânio Ranger e, ao fundo, escarpa arenítica onde cultuam-se os espíritos sagrados dos aborígenes. Uma das principais dificuldades para aprovação deste projeto foi seu impacto sobre os valores culturais da população aborígene

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am­biental requer equipes m­ultidisciplinares (além­ de profissionais capazes de inte­ grar as contribuições dos vários especialistas). As contribuições especializadas aos estudos am­bientais costum­am­ ser divididas em­ três grandes grupos, referidos com­o o m­eio físico, o m­eio biótico e o m­eio antrópico, cada um­ deles agrupando o conheci­ m­ento de diversas disciplinas afins. Um­a síntese das diferentes acepções do am­biente e de term­os descritivos de diferentes elem­entos, com­partim­entos ou funções é m­os­ trada na Fig. 1.2.

Por um­ lado, am­biente é o m­eio de onde a sociedade extrai os recursos essenciais à sobrevivência e os recursos dem­andados pelo processo de desenvolvim­ento socio­ econôm­ico. Esses recursos são geralm­ente denom­inados naturais. Por outro lado, o am­biente é tam­bém­ o m­eio de vida, de cuja integridade depende a m­anutenção de funções ecológicas essenciais à vida. Desse m­odo, em­ergiu o conceito de recurso ambiental, que se refere não m­ais som­ente à capacidade da natureza de fornecer recursos físicos, m­as tam­bém­ de prover serviços e desem­penhar funções de suporte à vida.

Até a prim­eira m­etade do século XX era quase universal o uso do term­o recurso na­ tural. Desenvolveram­­se disciplinas especializadas, com­o a Geografia dos Recursos Naturais e a Econom­ia dos Recursos

Naturais. Im­plícita nesse conceito está um­a concepção da natureza com­o fornecedora de bens. No entanto, a so­ breexplotação dos recursos naturais desencadeia diversos processos de de-gradação ambiental, afetando a própria capacidade da natureza de prover os serviços e funções essenciais à vida. É nítido, então, que o conceito de am­biente oscila entre dois pólos – o pólo fornecedor de recursos e o pólo m­eio de vida, duas faces de um­a só realidade. Am­biente não se define “som­ente com­o um­ m­eio a defender, a proteger, ou m­esm­o a conservar intacto, m­as tam­bém­ com­o potencial de recursos que perm­ite renovar as form­as m­ate­ riais e sociais do desenvolvim­ento” (Godard, 1980, p. 7).

Para Theys (1993), que exam­inou várias classificações, tipologias e defi­ nições de am­biente, há três diferentes m­aneiras de conceituá­lo: um­a concep­ ção objetiva, um­a subjetiva e outra que, na falta de m­elhor term­o, o autor deno­

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Avaliação de Impacto Ambiental: conceitos e métodos

CAPÍTULO

O quadrante inferior esquerdo representa um campo onde não seria necessá­ rio o EIA, campo que pode ser delimitado por listas negativas conjugadas com critérios de localização (e.g., estão isentos de apresentar EIA os empreendimentos do tipo X, desde que não localizados em áreas com as características C1 ou C2). Os casos de dispensa de EIA podem ser tratados mediante outras formas de con­ trole, como zoneamento de uso do solo (que discrimine as atividades permitidas em cada zona)12 e a obrigatoriedade de atender a determinadas normas técnicas

ou requisitos regulamentares, como padrões de emissão.

O campo à direita da linha fracionada, em função da importância ou da sensibilidade do ambiente, representa a situação em que determinados empreen­ dimentos podem ser simplesmente proibidos e, portanto, não há porque exigir EIA; por exemplo, certas categorias de indústrias em áreas de proteção de mananciais ou usinas hidrelétricas em parques nacionais. Para aplicação des­ te critério, é preciso que essas áreas sejam delimitadas geograficamente, mas como a autoridade responsável por elas pode não ser a mesma que gera o pro­ cesso de AIA, é necessária uma boa dose de coordenação institucional para aplicação eficaz de tal critério.

O campo intermediário é onde um EIA pode ser necessário para fundamentar decisões. A necessidade aumenta conforme a conjugação dos fatores solicitação x vulnerabilidade ou a importância do ambiente se aproxima dos limites supe­ riores. Nesses casos, pode ser conveniente realizar uma avaliação ambiental inicial (estudo preliminar) antes de tomar a decisão sobre a necessidade do EIA. A decisão também pode ser tomada com base em outros tipos de estu­ dos ambientais, mais simples que o EIA.

O papel do zoneamento pode ser apreciado no estudo comparativo de sete sistemas de AIA realizado por Wood (1995), todos eles de paí­ ses desenvolvidos. Somente dois (Reino Unido e Holanda) não usa­ vam avaliações ambientais iniciais ou algum tipo de estudo ambiental de menor alcance que o EIA (es­ tudos preliminares), justamente os únicos dois que dispunham de “fortes sistemas de planejamento de uso do solo” (p. 128), sistemas que permitem controlar projetos que causam impactos menos signifi­ cativos, e instituições fortes o suficiente para fazer valer as regras de zoneamento.

Em resumo, o Quadro 5.4 sintetiza os procedimentos que podem ser utilizados para a etapa de triagem







Fig. 5.10 Campo de aplicação da avaliação de impacto ambiental e sua relação com outros instrumentos de planejamento ambiental

12Desde que o zoneamento tenha levado em conta as características ambientais, como o zoneamento econômico-ecológico previsto na legislação brasileira. Ver Santos (2004).

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do processo de avaliação de impacto ambiental. Cada sistema de AIA pode empregar mais de um procedimento, ou uma combinação deles.

B

ase para a decisão

:

descrição do projeto

Para aplicar os critérios de triagem a cada caso real, a autoridade pública encarregada do processo de AIA (o órgão licenciador, no Brasil) deve ser informada da proposta pretendida pelo proponente, usualmente por meio de um documento descritivo dessa proposta. Trata­se de um documento que deflagra todo o processo de AIA. A “apresen­ tação de uma proposta” (Fig. 4.1) é feita com algum “documento de entrada” (Quadro 4.2), tal como um memorial descritivo do projeto, uma notice of intent americana ou um avis de projet canadense. São diferentes denominações (que podem comportar diferentes formatos e conteúdo) para um documento que deve servir de base para a decisão quanto à classificação do projeto e exigência de apresentação de um EIA, ou de outro tipo de estudo ambiental.

Esse documento de entrada deve apresentar informação suficiente para enquadrar a proposta no campo de aplicação da AIA (Fig. 5.10): uma descrição do projeto e de suas alternativas, sua localização e uma breve descrição das características ambientais do local e seu entorno. O anúncio público da intenção de realizar o projeto (com infor­ mação sobre sua localização) permite a manifestação de interesse ou de preocupação por parte de vizinhos e outros interessados.

De posse desse documento, o analista do órgão ambiental, conforme a Fig. 5.9, pode 1) verificar se a localização proposta é permitida por leis de zoneamento eventualmente existentes; (2) verificar se há enquadramento em listas positivas ou negativas; (3) constatar se houve manifestação dos cidadãos ou de associações; e (4) caso não haja enquadramento automático em listas positivas ou negativas, avaliar se a informação apresentada é suficiente para uma decisão de enquadramento ou se é necessária uma avaliação ambiental inicial.

5.3 e

studos preliminares em algumas jurisdições selecionadas

Tomando por base o princípio de proporcionalidade entre os fins e os meios, diferentes jurisdições adotaram diferentes níveis de estudos ambientais: estudos aprofundados para empreendimentos mais complexos13 e estudos simplificados para empreendi­

mentos de menor potencial de causar impactos ambientais significativos. O Banco

Quadro 5.4 Procedimentos de triagem para o processo de AIA

a

bordagEm

p

rocEdimEnto

Por categorias Lista positiva com patamares Lista negativa com patamares Lista positiva sem patamares Lista negativa sem patamares

Lista de recursos ou de áreas importantes ou sensíveis Discricionária Critérios gerais

Análise caso a caso com avaliação ambiental inicial Análise caso a caso sem avaliação ambiental inicial

Mista Combinação da abordagem por categorias com a abordagem discricionária Fonte: André et al (2003, p. 293). 13Para Milaré e Benjamin (1993, p. 27), o estudo de impacto ambiental, “por seu alto custo e complexidade, deve ser usado com parcimônia e prudência, de preferência para os projetos mais importantes sob a ótica ambiental”.

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Avaliação de Impacto Ambiental: conceitos e métodos

CAPÍTULO

Fig. 8.4 Parque eólico nas proximidades da cidade de Tarazona, região de Aragão, Espanha, tipo de empreendimento que, embora produza “energia limpa”, causa ruído, impactos sobre a paisagem e a avifauna Fig. 8.3 Escavação em mina de carvão com o empre-go de uma dragline, atividade que resulta em aspectos ambientais evidentes, como a modificação do relevo, a emissão de poeiras e ruídos e o consumo de combus-tíveis fósseis. Mina de carvão Duhva, África do Sul Fig. 8.2 Construção de uma linha de transmissão de energia elétrica em área urbana. O estudo dos mé-todos e processos construtivos é uma das principais tarefas para a identificação dos impactos ambientais. Nesta foto, está em execução a instalação dos cabos e dos isoladores Fig. 8.1 Construção da barragem La Grande 1, Quebec, Canadá. Abertu-ra de um canal de desvio e construção de uma ensecadeira são algumas atividades causadoras de impactos ambientais durante a fase de im-plantação

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canais, aterros de resíduos, projetos de irrigação e projetos urbanísticos. Fernández-Vítora (2000) apresenta listas de “ações impactantes” para dezoito diferentes tipos de atividades, incluindo plantio florestal, planos de ordenamento territorial e projetos de irrigação.

A subdivisão de um empreendimento pode resultar em dezenas ou mesmo centenas de atividades. Canter (1996, p. 97) reporta um levantamento feito para o Exército americano, segundo o qual foram inventariadas cerca de 2 mil “atividades básicas” em nove diferentes “áreas funcionais”. Por exemplo, na área funcional de construção civil, algumas atividades são remoção de vegetação, preenchimento de fundações, limpeza de formas de concreto e instalação de isolamento termoacústico.

Com que grau de detalhe devem ser descritas as atividades de um projeto? Quais atividades podem ser agrupadas em categorias afins para que a descrição do projeto não resulte em centenas de pequenas tarefas e procedimentos? Não pode haver uma resposta única a essas questões. A descrição do empreendimento deve ser tal que permita sua perfeita compreensão pelos analistas e também pelos futuros leitores do EIA. Uma dificuldade prática decorre da freqüente situação de nem mesmo o empreendedor ou o projetista serem, muitas vezes, capazes de descrever o projeto em detalhe, pela simples razão deste não ter sido claramente definido quando se iniciam os estudos ambientais. Mas há situações mais difíceis para o analista ambiental, como aquelas que se apresentam quando o projeto é modificado no curso dos estudos ambientais, de maneira que as tarefas iniciais da avaliação dos impactos ambientais têm de ser refeitas, e mesmo refeitas mais de uma vez.

Em outras situações de planejamento e gestão ambiental também deve ser executada a tarefa de levantar as atividades que podem causar impactos ambientais – como no planejamento de um sistema de gestão ambiental ou na implantação de programas de prevenção à poluição e de produção mais limpa –, mas nesses casos o exercício é mais simples, pois o objeto de estudo é um empreendimento real, não um projeto.

8.3

D

escrição Das conseqüências

:

aspectos e impactos ambientais

Os impactos são normalmente descritos por meio de enunciados sintéticos, como os seguintes exemplos de impactos usualmente encontrados na construção de barragens:

perda e alteração de hábitats devido ao enchimento do reservatório; perda de animais por afogamento;

proliferação de vetores;

destruição de elementos do patrimônio espeleológico; desaparecimento de locais de encontro da comunidade local; perda de terras agrícolas;

aumento da arrecadação tributária municipal; aumento da demanda de bens e serviços.

Além de concisos, os enunciados deveriam ser suficientemente precisos para evitar ambigüidades na sua interpretação; idealmente deveriam:

ser sintéticos; ser auto-explicativos;





















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Avaliação de Impacto Ambiental: conceitos e métodos

CAPÍTULO

Quadro 13.4 Principais medidas mitigadoras e compensatórias adotadas em projetos rodoviários

I

mpactoambIental

m

edIdamItIgadoraoucompensatórIa

Modificação do relevo Obras de arte, desvios e traçados alternativos Intensificação dos processos erosivos Redução da área de intervenção

Drenagem e revegetação de taludes

Evitar concentração de fluxos de escoamento superficial Bacias de retenção temporária das águas superficiais Indução de escorregamentos e outros Análise prévia das condições geotécnicas

movimentos de massa

Aumento da carga de sedimentos e Drenagem e revegetação de taludes

assoreamento Bacias de decantação

Represamento parcial de cursos d’água Tubulões de transposição bem dimensionados e posicionados Fundações de pontes abaixo do nível de estiagem da água Alteração da qualidade das águas superficiais Sistemas passivos de tratamento de águas

Alteração das propriedades físicas e biológicas Redução da área de intervenção

do solo Recuperação de áreas degradadas

Alteração da qualidade do ar Regulagem e manutenção de máquinas e equipamentos Aumentar distância entre pista e áreas de ocupação densa Alteração do ambiente sonoro Barreiras físicas

Barreiras vegetais

Aumentar distância entre pista e áreas de ocupação densa Risco de poluição da água e do solo Armazenamento em superfície de derivados de petróleo com substâncias químicas Planos de ação de emergência

Criação de áreas de estacionamento de cargas perigosas Destruição e fragmentação de hábitats da Obras de arte, desvios e traçados alternativos

vida selvagem Reflorestamento compensatório, conservação

Remoção, estocagem e reúso da camada superficial de solo Estresse sobre vegetação natural devido Desvios e traçados alternativos

à poluição do ar Aumentar distância entre pista e áreas de vegetação significativa Perda e afugentamento de espécimes Redução das áreas de desmatamento

de fauna

Perda de espécimes da fauna por atropelamento Passagens de fauna Soterramento de comunidades bentônicas Bacias de decantação

Tubulões de transposição bem dimensionados e posicionados Criação de ambientes lênticos Obras de drenagem bem dimensionadas

Modificações na cadeia alimentar Bacias de decantação

Sistemas passivos de tratamento de águas Alteração das formas de uso do solo Zoneamento e plano de uso do solo Adensamento da ocupação nas margens Zoneamento e plano de uso do solo

e área de influência

Alteração ou perda de sítios arqueológicos, Pesquisa e resgate, publicação dos resultados outros elementos do patrimônio cultural

Impacto visual Redução da área de intervenção Redução das áreas de desmatamento

Obras de arte, desvios e traçados alternativos Barreiras vegetais

Deslocamento de pessoas e atividades Redução da área de intervenção

econômicas Reassentamento

Criação de expectativas e inquietação Transparência na divulgação e nas consultas públicas junto à população

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Embora o EIA possa apontar as medidas compulsórias que deverão ser atendidas (o que pode ser útil para conhecimento do empreendedor e do público interessado),­ a equipe deve dirigir seus esforços para a concepção,­ a análise e a discussão de medidas especificamente voltadas para o projeto. Medidas de aplicação genérica,­ como as relacionadas no Quadro 13.3,­ devem ser particularizadas para o proje-to em estudo. Assim,­ para o desenho de passagens de fauna (Fig. 13.5),­ é preciso selecionar os locais mais propícios (aque-les com maior probabilidade de serem usados pelas espécies visadas) e estudar as dimensões mais apropriadas (seção transversal para o caso de passagens sob a pista,­ necessidade de poços de ilumina-ção se a passagem for muito longa). O estudo da Comissão Mundial de Barragens constatou que muitas medidas mitigadoras simplesmente não atingem seus objetivos. Os esforços de “resgate” de fauna,­ tantas vezes veiculados pela mídia como exemplo de “responsabili-dade ecológica”,­ tiveram pouco “sucesso sustentável”,­ e as escadas para peixes (Fig. 13.6) também tiveram pou-co sucesso,­ na medida em que “a tecnologia não foi especificamente ajustada às condições e às espécies lo-cais” (WCD,­ 2000,­ p. 83). Esse estudo recomenda que,­ para uma boa

mitiga-Abandono ou redução das atividades agrícolas Redução da área de intervenção Especulação imobiliária Divulgação prévia do traçado Aumento do número de transações imobiliárias

Valorização/desvalorização imobiliária Zoneamento e plano de uso do solo Aumento da oferta de empregos

Aumento da demanda de bens e serviços Aumento da arrecadação tributária Redução das oportunidades de trabalho

Aumento do tráfego nas vias interconectadas Serviços de melhoria dessas vias

Interferência com caminhos e passagens Passagens de pedestres, rebanhos e para trânsito local preexistentes

Fig. 13.5 Passagem para fauna em rodovia que cruza o Parque Nacional Banff, Alberta, Canadá

Referências

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