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Prefeitura Municipal de Lafaiete Coutinho publica:

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Gestor - José Freitas De Santana Junior / Secretário - Gabinete / Editor - Ass. Comunicação Esta edição encontra-se no site: www.lafaietecoutinho.ba.io.org.br em servidor certificado ICP-BRASIL

Prefeitura Municipal de

Lafaiete Coutinho publica:

• Impugnação ao Edital - Pregão Presencial SRP Nº 002/2018. (Medvia

Diagnóstico Ltda).

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ILUSTRÍSSIMA SENHORA PREGOEIRA DESIGNADA PARA O PREGÃO PRESENCIAL N. 002/2018 PROMOVIDO PELO CONSÓRCIO PÚBLICO INTERFEDERATIVO DE SAÚDE DA REGIÃO DE JEQUIÉ

Pregão Presencial SRP n. 002/2018 Processo Administrativo n. 001/2018

MEDVIA DIAGNÓSTICO LTDA., pessoa jurídica de direito privado inscrita

no CNPJ sob o n. 05.609.750/0001-89, com sede na Rua Tobias da Silva, n. 120, Sala 712, Bairro Moinhos de Vento, Porto Alegre-RS, CEP 90570-020, vem, por seu procurador constituído, à presença de Vossa Senhoria apresentar a presente IMPUGNAÇÃO ao edital do certame, com fulcro na Cláusula 8 do edital, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

I – DAS ILEGALIDADES DO EDITAL DO PREGÃO: VIOLAÇÃO AO ART. 3º, §1º, I, DA LEI N. 8666/93 – EXIGÊNCIAS DE CONDIÇÕES RESTRITIVAS DO CARÁTER COMPETITIVO DO PREGÃO

1. O pregão em questão tem como objeto a contratação de empresa para a prestação de serviços de Telediagnóstico de imagem e cardiológico para apoio diagnóstico de exames de mamografia, Raio X, Tomografia e Ressonância Magnética, holter, mapa, eletrocardiograma (ECG) e eletroencefalograma (EEG) para atender a demanda da Policlínica Regional de Saúde localizada em Jequié, BA.

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i. Lote 1: Emissão de Laudos de Mamografia Digital, Raio X Digital, Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética;

ii. Lote 2: Emissão de laudos de Holter, Mapa, ECG e EECG.

3. A separação do objeto em lotes efetivamente privilegia a competição e a escolha dos prestadores de serviços mais adequados a cada uma das modalidades, mas as exigências impostas no edital em relação ao Lote 1 entram em conflito com as exigências impostas pelo Conselho Federal de Medicina, órgão competente para regulamentar o exercício da profissão de médico no Brasil, para a realização de diagnóstico de imagem à distância.

4. As restrições ilegais estão localizadas nos pontos 11.1.4.1, 11.4.6.3 e 11.4.8 do edital, a saber:

11.1.4.1 A empresa vencedora deverá estar inscrita no Cadastro de Pessoa Jurídica do Conselho Regional de Medicina - CRM da Bahia, e ter como responsável técnico um médico, conforme Resolução CFM n° 2.107/2014;

11.1.4.6.3 para o cumprimento do objeto será indispensável que a empresa conte com uma equipe de profissionais médicos com especialização nas áreas de cardiologia e de neurologia

11.1.4.8 Demonstração da Licitante que mantém, para execução do objeto, do momento da contratação até o final da vigência do contrato, profissionais médicos devidamente registrados no Conselho Regional de Medicina da Bahia que possuam certificado de conclusão de especialização/ residência médica nas áreas de cardiologia e neurologia, reconhecidos pela Conselho Federal de Medicina ou pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e de Neurologia.

5. Quanto à primeira exigência, vejamos o que diz a Resolução CFM n. 2.107/2014, que é invocada para exigir que a pessoa jurídica esteja inscrita no CRM da Bahia:

Art. 11. As pessoas jurídicas que prestarem serviços em Telerradiologia deverão

ter sede em território brasileiro e estar inscritas no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição.

(...)

§ 2º Nas unidades realizadoras de telerradiologia deverá haver um diretor técnico, devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição.

6. Nesse sentido, a resolução em questão determina que a pessoa jurídica prestadora de serviços de telerradiologia deve possuir sede no Brasil e estar inscrita no CRM de sua jurisdição, ou seja, de sua sede. Também o diretor técnico deve ser

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registrado no CRM vinculado à unidade que realiza o diagnóstico, e não ao CRM de onde é realizada a coleta das imagens.

7. Tal exigência é completamente explicável, tendo em vista que principal objetivo da telerradiologia é suprir a escassez de profissionais qualificados em radiodiagnóstico, possibilitando o atendimento de regiões com carência desses profissionais, não sendo razoável exigir que uma empresa tenha de se cadastrar e contribuir para o CRM de cada unidade federativa para a qual realizar a emissão de laudos médicos à distância.

8. Quanto à segunda exigência, de a empresa licitante apresentar médicos registrados como neurologista e cardiologista no CRM da Bahia, existe dupla limitação ilegal.

9. Inicialmente, porquanto em relação aos serviços previstos no Lote 1, não há qualquer necessidade de médico neurologista ou cardiologista para a realização de laudos em imagem

10. Isso porquanto a Resolução CFM n. 2.107/2014, ao regulamentar o

exercício da telerradiologia determinou em seu art. 12 que o prestador pessoa física deverá ser portador de certificado ou título de especialista na sua área de atuação, devidamente registrado no CRM de sua jurisdição:

Art. 12. No caso do prestador ser pessoa física, este deverá ser médico portador de título de especialista ou certificado de área de atuação, conforme artigo 4º, devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição

11. Nesse contexto, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por

Imagem1 — entidade responsável pela realização do exame necessário à titulação de

especialista em radiologia e diagnóstico por imagem2 — o portador deste título está

habilitado para atuar nas áreas de (i) radiologia geral e especializada; (ii) Tomografia computadorizada; (iii) ultrassonografia geral, (iv) mamografia, (v) ressonância magnética, (vi) densitometria óssea e (vii) doppler geral e periférico:

1 Conforme normativa geral do exame de suficiência para concessão do título de especialista em

radiologia e diagnóstico por imagem do colégio brasileiro de radiologia e diagnóstico por imagem em conjunto com a associação médica brasileira. Disponível em <https://cbr.org.br/wp-content/uploads/2017/08/Normativa-Radiologia-e-Diagno-stico-por-Imagem-2017-v2.pdf>

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12. Ou seja, um médico titulado como especialista em radiologia e

diagnóstico por imagem está credenciado para realizar qualquer dos exames que compõem o Lote 1, sendo completamente ilegal a exigência de qualquer outra titulação ou qualificação para exercício dessas atividades.

13. Além disso, a exigência de que esses especialistas estejam

registrados no CRM da Bahia novamente viola as normas atinentes à telerradiologia, que exigem o registro dos médicos tão somente no CRM da jurisdição da empresa prestadora de serviços nessa modalidade.

14. Tal exigência somente seria justificável caso o objeto da licitação

envolvesse a responsabilidade técnica pela transmissão das imagens para a empresa, o que não está presente na descrição do objeto do Lote 1. Fosse esse o caso, igualmente deveria ser retificado o edital para incluir tal serviço no objeto, sendo necessária sua republicação.

15. As exigências supra identificadas são ilegais por violarem o disposto

no art. 3º, §1º, I, da Lei n. 8.666/93:

Art. 3oA licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da

isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

§ 1o É vedado aos agentes públicos:

I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou

condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam

preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para

o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste

artigo e no art. 3oda Lei no8.248, de 23 de outubro de 1991;

16. A finalidade desta determinação legal é clara: garantir o princípio da

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condições muito específicas alheias às necessárias para a execução satisfatória do objeto do contrato e que “direcionem” a licitação a vencedores predeterminados, ou que privilegiem concorrentes locais.

17. Nesse sentido, ao criar exigências infundadas e que estão em

desacordo com os exigentes padrões estabelecidos pelos órgãos regulamentadores dos serviços licitados — no caso a CFM e entidades associadas, como a AMB — o edital viola frontalmente a Lei n. 8.666/93, motivo pelo qual deve ser retificado o edital com a remoção destas exigências — inscrição da empresa licitante e de seus médicos junto ao CRM da Bahia e da presença de médicos especialistas em cardiologia e neurologia — e/ou sua limitação aos exames do Lote 2.

II – DA AUSÊNCIA DE FIXAÇÃO DE MULTAS PELO DESCUMPRIMENTO DOS DEVERES CONTRATUAIS PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

18. Além das violações acima referidas, o edital incorre em grave omissão

ao não prever qualquer multa aplicáveL à administração pública caso deixe de honrar com seus deveres contratuais.

19. Nesse sentido, a única prerrogativa estendida à parte contratada pelo

modelo de contrato é a de rescindir o contrato por inadimplemento ou omissão de pagamento, sem que seja fixada qualquer multa devida à contratada nessas condições.

20. Ora, tal omissão possui dois graves desdobramentos: ilegalidade e

criação de insegurança jurídica para a administração pública.

21. Quanto ao primeiro, ressalte-se que o art. 40, XIV, ‘c’ e ‘d’, da Lei n.

8.666/93 determina que estarão obrigatoriamente previstos no edital as condições de pagamento, prevendo as compensações financeiras e penalizações:

Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:

XIV - condições de pagamento, prevendo:

d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de pagamentos;

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22. Quanto à insegurança, considerando que a própria Lei n. 8.666/93

estabelece que tais itens devem ser previstos em contrato, em caso de inadimplemento ou atraso por parte da administração pública tal omissão certamente levará à judicialização da contratação em questão, criando impacto imprevisível nas contas públicas, já que não é possível prever os índices de atualização e as penalidades que eventualmente seriam fixadas em sede judicial.

23. Assim, além de ilegal por omissão, o edital traz grande insegurança às

partes, e principalmente à administração pública, que não poderá prever em seu orçamento o impacto dos eventuais atrasos, motivo pelo qual deve ser retificado o edital em questão para corrigir as referidas omissões.

III – DA CONTRADIÇÃO ENTRE O TERMO DE REFERÊNCIA E O EDITAL DO CERTAME

24. Além das irregularidades dantes apontadas, também há contradição

entre as disposições do termo de referência e as do edital.

25. Isso porquanto o edital especifica que o prazo para assinatura do

contrato é de 24 (vinte e quatro) horas a contar da comunicação escrita para tal fim no item 16.14, mas o item 5.1. do anexo VII — minuta de ata de registro de preços — prevê que esse prazo é de 10 dias contados da notificação.

Edital

16.14 Se o vencedor for convidado a assinar o contrato fica estabelecido será celebrado contrato, que deverá ser assinado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, na Gerência Administrativa do Consórcio, a partir da comunicação por escrito para este fim, sob pena de decair do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei n.º 8.666/1993 e no art. 7.º da Lei nº 10.520/2002.

Anexo VII

5.1 - O Fornecedor deverá firmar as contratações decorrentes do Registro de Preços no prazo de até 10 (dez) dias corridos, a contar da convocação expedida pelo CISRJ - CONSÓRCIO PÚBLICO INTERFEDERATIVO DE SAÚDE DA REGIÃO DE JEQUIÉ.

26. Assim, deve ser sanada a contradição quanto ao prazo aplicável para

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III – DOS PEDIDOS

27. Com base no acima exposto, requer a impugnante:

a. Seja retificado e republicado o edital com a correção da exigência de cláusula 11.1.4.1 do edital para “inscrita no Cadastro de Pessoa Jurídica do Conselho Regional de Medicina – CRM de sua jurisdição”;

b. Seja retificado e republicado o edital com a correção da exigência 11.1.6.3 e 11.1.4.8, removendo-as do edital, ou, alternativamente, restringindo-as ao Lote 2, substituindo-a pela comprovação de que a empresa vencedora conte com equipe de profissionais médicos com especialização na área de radiologia e diagnóstico por imagem para o Lote 1;

c. Seja retificado e republicado o edital com a correção da omissão quanto às compensações (multas) por eventual atraso de pagamento por parte da contratante.

d. Seja retificado e republicado o edital para sanar a contradição entre o item 16.14 do edital e o item 5.1. do anexo VII, que estipulam prazos diferentes para a assinatura do contrato após convocação.

e. Seja cumprido o determinado na cláusula 8.3, ou seja, republicação do edital com reabertura do prazo para a adequação das empresas licitantes às disposições corrigidas.

Nestes termos, pede deferimento.

De Porto Alegre/RS para Jequié/BA, 15 de fevereiro de 2018.

KADUR ALBORNOZ DA ROSA OAB/RS 84.338

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