• Nenhum resultado encontrado

PROJETO PA 2168/17. SANTO INÁCIO / PR Produção de Carne e Soja em Sistema de ILP

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROJETO PA 2168/17. SANTO INÁCIO / PR Produção de Carne e Soja em Sistema de ILP"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

PROJETO PA 2168/17

SANTO INÁCIO / PR

Produção de Carne e Soja em Sistema de ILP Vigência:

RELATÓRIO FINAL DA PESQUISA:

1. INTRODUÇÃO

A integração da agricultura e pecuária consiste na diversificação da produção, possibilitando o aumento da eficiência de utilização de recursos naturais e a preservação do ambiente, resultando em incrementos e maior estabilidade de renda do produtor rural.

Como as áreas de lavoura são em sua maioria cultivadas apenas durante a estação de verão, faz-se necessário demonstrarmos e avaliar economicamente tecnologias de Integração Lavoura/Pecuária que viabilizem a produção intensiva destas áreas agrícolas durante o ano todo, e assim agindo com que após a colheita da cultura de verão os produtores possam obter lucros com a integração, ao passo que vencido o ciclo da lavoura de verão, a área será utilizada para o pastoreio de bovinos

TRATAMENTOS

Estaremos relatando nossa experiência do Projeto Arenito ( desde 2013 ) na Estância JAE em Santo Inácio/PR, onde se realizam pesquisas, validações e demonstrações apoiadas pela Fundação Agrisus. Por 13 anos consecutivos vem se produzindo forragem para gado de leite e corte no intervalo de duas culturas de soja de verão. É o que se chama de integração lavoura / pecuária - ILP, onde “a plantação e a criação se alternam na mesma área”. A sequência ininterrupta por vários anos comprova a viabilidade técnica e econômica da rotação soja/pastagem no mesmo ano agrícola.

O solo, da série Arenito Caiuá, com 70% a 80% de areia, recoberto originalmente por mata alta de perobal denso não muito grosso, porém sem os padrões de alta fertilidade como figueira branca p.ex.Plantado com café na década de 1950 que durou poucos anos, no limite da fertilidade inicial e emconseqüência das geadas intensas. Seguiu-se algodão substituído por pastagem devido à erosão. Abraquiária cede hoje lugar aos cereais depois de adotado o plantio direto.

A fertilidade original é média, com teores de bases (2/3 cmol/ dm3) e MO (1/2%) baixos, compatíveis com a textura arenosa com menos de 20% de argila e silte.

Na seqüência dos 12 anos em revista as chuvas de abril a outubro somaram de 388 a 698 mm, a temperatura média das máximas ficou entre 24,7 e 32º C, a média das mínimas foi de 10 a 18º C; e a mínima absoluta de -2 a 13º C (Q.1).

E após 11 anos trabalhando com produção exclusivamente de Leite, foi observado através de contato com agropecuaristas da região Noroeste do PR, Oeste de SP e Sul do MS a

(2)

necessidade de concretizarmos resultados com produção de Carne em sistemas de ILP, visto que o Gado de Corte tem uma maior representatividade de animais e consequentemente produção nas regiões mencionadas, e para a Safra 17-18 o Projeto Arenito trabalhou com animais com aproximadamente 300 kg de Peso Vivo de idade entre 15 a 18 meses, da raça Nelore.

Tratamentos Outono/Inverno 2017

T1- Pastejo dos animais (garrotes) em Ruziziensis ( 100 kg/ha/N ), suplementado com Sal Mineral.

T2- Pastejos dos animais ( Garrotes ) em Ruziziensis ( 100 kg/ha/N ), suplementado com 0,3% do Peso Vivo com ração energética a base de Milho moido.

T3- Ruziziensis ( 100 kg/ha/N ) sem pastejo, somente roçadas ( simulando pastejos )

Tratamentos Primavera/Verão 2017/2018

T1- Plantio de Soja em área de palhada Ruziziensis ( com pastejo dos animais ) T2- Plantio de Soja em área de palhada Ruziziensis ( sem pastejo dos animais )

Q.1 – CLIMA

2017 Med. Máx. Med. Min. Min. Abs. Precip.

Abril/Set 25,1º 13,2º -3,0º 447 mm*

* periodo de 1º de Abril a 30 de Setembro.

E durante o período de Outono/Inverno de foi 2017 proporcionado uma precipitação acima da média projeto desde 2013 para o período, observando que a média dos últimos 10 anos ficou entre 388 a 698 mm, e a temperatura média das máximas foi de 25,1º e a média das mínimas 13,2º, com mínima absoluta de 3,0º, não ocasionando geadas nas áreas de Brachiárias do Projeto, destacando as altas temperaturas e melhores precipitações em vieram em Maio e Junho, o que viabilizou uma melhor qualidade das forrageiras ( Q.2 ) diferentemente dos últimos 12 anos de realização do Projeto, com mensurações que demonstravam que a melhor qualidade bromatológicas e consequentemente maiores produções de Leite e Carne, era obtido no início do Projeto, e não no meio do pastejo, como ocorreu em 2017. E estas médias de temperatura ficaram dentro do histórico da última década que são a média das Máximas entre 24,7 e 32º C, a média das mínimas foi de 10 a 18º C; e a mínima absoluta de -2 a 13º C.

E repetimos o tratamento que a produção comercial adotou o melhor resultado ao longo dos anos, que é o de plantio direto pós colheita da soja, do capim de Brachiaria ruziziensis, utilizando sempre sementes revestidas na proporção de 600 pontos de valor cultural/ha, e adubação de cobertura de 100 kg/N/ha após 20 a 30 dias após plantio a forrageira.

(3)

Q.2 - FORMAÇÃO DE PASTAGEM Plantio da Ruziziensis 12-03-17 Inicio de pastejo * Meio de pastejo Final de pastejo média Altura capins cm 41 28 14 No. Touceiras/m2 14 13 13 13,3

Fitomassa verde- kg/ha MS 3.130 2.820 1020

Proteína bruta – PB % 9,2 8,6 7,2 11,6

Nutrientes digest. totais – NDT % 55,2 54,8 51,8 53,9

Q.3 - PASTOREIO GARROTES 110 dias (29/5 a 13/09 )

T1 T2 T3

Carga animal – cab (UA) ha 2,5 2,8 0

Diárias/ ha 260 290 0

Oferta inicial MS kg/ha 3420 3290 3310

Sobra final MS ( pós pastejo ) kg/ha 1044 980 1.394*

Consumo 2,3% PV** kg/ha 2.221 2.146***

* pós duas roçadas no mesmo período do pastejo dos Garrotes. ** Garrotes com média de 370 kg

*** Cálculo feito com base em 2% de consumo de PV ( foi descontado 0,3% da suplementação ).

Q.4 - PRODUÇÃO PESO VIVO

P1 P2 Média

Peso entrada / animal ( kg ) 329,7 330,3 330

Peso saída / animal ( kg ) 419.1 427,0 423,05

GMD / animal g 0,860 0,930 895

Ganho Total Hectares ( kg de peso vivo) 223,6 270,8 247,2 O GMD dos dois tratamentos foram superiores a 850 gramas, o que resulta em uma alta performance para o período de Outono/Inverno, tendo como resultados de carga animal

(4)

um diferença na cada dos 10% superior no tratamento T2, aonde neste tratamento fornecemos suplementação na ordem de 0,3% do PV, o T2 também respondeu um maior ganho de peso dia. Estaremos relatando o custo/benefício deste tratamento na tabela abaixo. E para cálculo de ganho total por hectares no T1, obtivemos um GMD de 0,860 kg, somente com fornecimento de Sal Mineral e água, também podemos observar uma grande oportunidade de fazermos uma terminação na ILP com fornecimento apenas de uma suplementação complementar de uma fonte de energia ( Ex: Milho ) o que irá aumentar o NDT na dieta, viabilizando uma melhor cobertura de carcaça e também um maior ganho de peso por animal ( recria ), mas sua utilização dependerá da avaliação do custo/benefício desta ferramenta adicional, em detrimento do preço do Grão de Milho.

Q.5 – FITOMASSA Kg/ha T1 com pastoreio T2 com suplementa ção T3- sem pastejo Final pastoreio 1044 980 1.394 Recuperação 30 dias 2.440 2.650 2.388 MS no plantio 3.444 3.630 3.782

* manejo com roçadas mecânicas.

Q.6 - DESEMPENHO ECONÔMICO - T1

R$ / ha Hectare Custo/un T3

Desp. Sementes 6 kg 12,00 72,00

Desp. Suplem. Min. 53 kg 2,10 111,00

Desp. Semeadura 1 hora 80 80,00

Fertilizante Nitrogenado 60 kg/ha 3.50 210,00

Cercamento e água 150,00

Herbicida 1,2 litros 21,00 25,20

Aplicação de herbicida 15min 80,00 20,00

Despesas 668,20

(5)

Lucro Bruto* R$ 449,8

Q.6 - DESEMPENHO ECONÔMICO – T2

R$ / ha Hectare Custo/un T2

Desp. Sementes 6 kg 12,00 72,00

Desp. Suplem. Min. 53 kg 2,10 111,00

Despesas suplementação ( Milho ) 323,2 kg 0,45 143,35

Desp. Semeadura 1 hora 80 80,00

Fertilizante Nitrogenado 60 kg/ha 3.50 210,00

Cercamento e água 150,00

Herbicida 1,2 litros 21,00 25,20

Aplicação de herbicida 15min 80,00 20,00

Despesas 811,55

Produção de carne R$ 223,6 kg 5,00 1.354,00

Lucro Bruto* R$ 552,45

OBS: Para o Tratamento T3, não tivemos receita, pois não houve a realização de pastejo e a despesas foram de R$ 72,00 ( sementes )+ R$ 210,00 ( fertilizantes ) de R$ 60,00/ha ( 1,5 horas de Maquina ) referente as roçagens realizadas para manejo das forrageiras.

Os custos obtidos sejam pelas diárias foi do T1 foi de R$ 2,56, e do T2 o custo da diária foi de R$ 2,79. Ambos tratamentos se apresentaram favoravelmente com os preços vigentes no mercado para confinamento ou outro tipo de sistemas de Boitel. Notando uma rentabilidade na ordem de 20% superior no tratamento com Suplementação, comparativamente ao tratamento somente com fornecimento de Sal Mineral.

Tratamentos Primavera/Verão 2017

T1- Plantio de Soja em área de palhada Ruziziensis ( com pastejo dos animais ) T2- Plantio de Soja em área de palhada Ruziziensis ( sem pastejo dos animais )

A cultura da Soja foi plantada dia 22 de Outubro de 2017, em sistema de Plantio Direto a variedade utilizada foi a Nidera 6700 IPRO( resistente a Glifosato e lagarta da Soja ), as sementes foram tratadas com inseticidas, fungicidas e inoculantes, a adubação de base foi de 300 kg/ha da fórmula 06-24-12, e após 16 dias de plantio foi realizado uma adubação de

(6)

cobertura de 100 kg/ha de cloreto de potássio, sendo necessário uma aplicação de herbicida ( glifosato ) para controle de plantas daninhas, embora em baixa incidência devido a ótima cobertura de palhada, para controle de percevejo foi realizada 3 aplicação de Inseticidas ( sistêmico + contato ), e devido a ocorrência de um clima mais favorável a doenças, realizamos três aplicações de Fungicidas de prevensão. Colheita realizada dia 11 de março de 2018.

Q.7 – AVALIACÕES E RESULTADOS DA CULTURA DA SOJA

T1 – com pastejo T2 – sem pastejo*

MS no plantio 3.537 3.782

Plantas de Soja/hectare 184.000 182.000

MS pós 100 dias de plantio 1,480 1,615

Produção sacas/ha 55,8 52,6

* áreas roçadas mecanicamente, para ajustar a altura da Forragem com animais pastejando. Estatisticamente não foi observado diferenças de altura, arquitetura e número de vagens das plantas amostradas dos tratamentos T1 x T2.

5. DESCRIÇÃO DAS DIFICULDADES E MEDIDAS CORRETIVAS.

RELATÓRIO PRÁTICO: Só para relatórios FINAIS( contendo os principais resultados escrito em linguagem de extensão, de fácil compreensão por lavradores, de no máximo 1 página)

Tendo estes resultados uma maior confiabilidade, devido a obtenção dos resultados dos últimos 15 anos de projeto e 8 anos com tratamento padrão ( P.D. de Ruziziensis ) proporcionou os melhores resultados de Produção de Leite, a experiência com Gado de Corte pelo terceiro ano foi positiva, pois além do tradicional sistema de pastejo com fornecimento de Sal Mineral, no Outono/Inverno de 2017, validamos um tratamento com suplementação energética, que resultou em resultados de produção e financeiros promissores, visto que embora tenha sido superior ao tratamento padrão, será necessário repeti-lo por mais um ou dois anos, e assim buscar a consistência de resultados superiores para que possamos ter uma maior segurança na recomendação aos Produtores Rurais, visto que não foi contabilizado o custo de mão de obra, por se tratar de pequenas parcelas ( poucos animais) do projeto, e com certeza a nível comercial o custo do fornecimento da ração a maiores lotes, terá um menor custo por diária/animal..

O tratamento T1( piquetes que foram pastejados ) demonstrou por mais um ano superioridade de resultados da Produção da Soja, o que vem a nós estimular a trabalhar pois mais anos afim de entender as sinergias que possam a concretizar entre o pastejo dos animais e produção de grãos posteriormente, temos várias hipóteses como, excreções dos animais, ciclagem de nutrientes, etc.

(7)

E estes resultados de terceiro ano de Gado de Corte como também de tratamentos com e sem pastejo, nós dá uma maior segurança da viabilidade deste sistema de ILP. Visto que por mais um safra, os resultados do tratamento padrão do Projeto Arenito foram promissores e de grande eficiência dentro do sistema de Integração na propriedade.

COMPENSAÇÕES OFERECIDAS À FUNDAÇÃO AGRISUS: Só para relatórios FINAIS( descrever de forma sucinta como foram asseguradas as compensações prometidas)

.DATA E NOME DO COORDENADOR

Fernando Ribeiro Sichieri e Prof. Jamil Constatin 21 de Novembro de 2018

Referências

Documentos relacionados

teories conseqüencialistes egoisme ètic ètica de deures prima facie ètica kantiana Teories ètiques normatives teories de deures utilitarisme teories imperatives teories de

Os processos adotados podem ser resumidos em: • Avaliação de riscos e controles; • Documentação e armazenamento da base de perdas; • Gestão de continuidade de negócios;

Segundo o mesmo autor, a animação sociocultural, na faixa etária dos adultos, apresenta linhas de intervenção que não se esgotam no tempo livre, devendo-se estender,

Na apropriação do PROEB em três anos consecutivos na Escola Estadual JF, foi possível notar que o trabalho ora realizado naquele local foi mais voltado à

Essa modalidade consiste em um “estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, com contornos claramente definidos, permitindo seu amplo e detalhado

As key results, we found that: the triceps brachii muscle acts in the elbow extension and in moving the humerus head forward; the biceps brachii, pectoralis major and deltoid

13 Além dos monômeros resinosos e dos fotoiniciadores, as partículas de carga também são fundamentais às propriedades mecânicas dos cimentos resinosos, pois

O segundo foi um estudo randomizado, denominado United Kingdom Prospective Diabetes Study Group (UKPDS), realizado no Reino Unido em 1998 com pacientes diabéticos do tipo 2,