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Modelação e Simulação em Medicina 1. Modelos e Processos de Modelação

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(1)

MODELOS E PROCESSO DE

MODELOS E PROCESSO DE

MODELAÇÃO

(2)

Resumo

O que é um modelo?

Porquê utilizar modelos? Objectivo da

Porquê utilizar modelos? Objectivo da

modelação.

Como modelar? O processo de modelação.

Formulação de modelos

Formulação de modelos.

(3)

O que é um modelo?

Um modelo é uma representação da

realidade com um certo grau de

realidade com um certo grau de

aproximação, suficiente para o propósito

para o qual o modelo é construído

para o qual o modelo é construído.

Os modelos podem tomar várias formas:

• Conceptuais, mentais, verbais, físicos,

estatísticos, lógicos, gráficos… estat st cos, óg cos, g á cos

• O nosso estudo centrar-se-á em modelos

matemáticos matemáticos.

(4)

O que é um modelo?

• Um exemplo de modelo verbal é a descrição do processo de respiração num texto de fisiologia.

• Um exemplo de um modelo gráfico é a representação através de um gráfico da quantidade de uma droga existente no organismo durante um período de tempo existente no organismo durante um período de tempo.

(5)

O que é um modelo?

• Qualquer modelo matemático será sempre uma

aproximação da realidade.p ç

• Exemplo:

• É possível formular equações que descrevam como o • É possível formular equações que descrevam como o

sangue é bombeado do coração.

• Um modelo totalmente realista teria de considerar todasUm modelo totalmente realista teria de considerar todas

as moléculas do músculo cardíaco.

• Seria impossível resolver um problema com tantas p p

variáveis.

• Como aproximação consideram-se apenas as 4 cavidades • Apesar de aproximado o modelo ainda deverá possibilitar

(6)

Objectivo dos Modelos

A forma como o modelo é formulado e o

grau de detalhe incorporado dependem

grau de detalhe incorporado dependem

principalmente do seu objectivo.

C

t

bj ti

d l

d

Consoante o seu objectivo, um modelo pode

ser:

• Descritivo (representação matemática de uma relação entre variáveis fisiológicas)g )

• Interpretativo (baseado em dados)

• Preditivo (permite previsões/simulação da resposta a (p p / ç p

(7)

Modelos Descritivos

• A utilização de equações matemáticas é um bom

modo de descrever um sistema em análise de modo conciso e económico.

• Facilitam o manuseamento e o tratamento dosFacilitam o manuseamento e o tratamento dos dados associados ao sistema modelado.

• Se uma variável é directamente proporcional a

• Se uma variável é directamente proporcional a

outra, uma equação é uma forma muito mais fácil de descrever a relação do que um gráfico ou um de descrever a relação do que um gráfico ou um texto.

(8)

Modelos Interpretativos

São utilizados para interpretar os dados

experimentais:

experimentais:

• Decaimento exponencial ou outra expressão

matemática matemática.

Permitem obter uma representação

compacta de um processo de primeira ordem

(por exemplo linear ou exponencial).

(p

p

p

)

• Ex: Modelação da variação da concentração de

um medicamento no sangue em função do um medicamento no sangue em função do tempo.

(9)

Modelos Preditivos

• Neste caso, trata-se de tentar prever de que modo

um sistema responde a um estímulo ou a p

alterações das suas condições de funcionamento.

• Ex: Resposta do organismo humano a uma droga.p g g

• Identifica correlações entre variáveis medidas.

• Utiliza essas correlações para simular o

• Utiliza essas correlações para simular o

comportamento do sistema e tentar prever como este reage a alterações

este reage a alterações.

• Ex: No caso anterior, pode ser simulada a injecção de

uma droga observando com a ajuda do modelo de que uma droga, observando, com a ajuda do modelo, de que modo a sua concentração no sangue varia em função do tempo.p

(10)

Modelos Explanatórios

• Se os parâmetros de um modelo correspondem a

processos fisiológicos ou a efeitos explícitos, então

p g p ,

as alterações destes processos podem ser

avaliadas observando as variações dos parâmetros ç p

do modelo.

• Os modelos podem assim ser utilizados para ajudarOs modelos podem assim ser utilizados para ajudar a obter uma explicação fisiológica das alterações

dinâmicas que são observadas. dinâmicas que são observadas.

• Ex: Podemos tentar entender como alterações de

condições dinâmicas reais alteram, por exemplo, a ç , p p , utilização de medicamentos pelo corpo.

(11)

Outros Tipos de Modelos

Além destes tipos, os modelos podem servir

ainda para:

ainda para:

• Ajuda à compreensão

T t d hi ót

• Teste de hipóteses

• Medição indirecta de parâmetros

• Educacionais

• Simulação

• Simulação

(12)

Como modelar? Processo de Modelação

• Ao desenvolver um modelo matemático, são

possíveis essencialmente dois métodos: p

Método 1 (Modelação dos dados): Utilização dos

dados experimentais para procurar uma descrição

quantitativa do sistema: Data-driven ou Black Box model

• Os dados correspondem implicitamente à fisiologia do

i

sistema.

• São úteis quando não se conhece completamente a

fisiologia do sistema q e se p etende est da fisiologia do sistema que se pretende estudar.

• São úteis quando apenas estamos interessados no

comportamento dinâmico dos sistemas e não nas razões comportamento dinâmico dos sistemas e não nas razões que provocam esse comportamento.

(13)

Como modelar? Processo de Modelação

Método 2 (Modelação do sistema): Tentativa de

representar explicitamente a fisiologia.

• Representa sempre uma aproximação maior ou menor à

realidade.

d l í

• Tem a vantagem de permitir relacionar as características

das alterações dinâmicas com variáveis e parâmetros directamente incorporados no modelo

directamente incorporados no modelo.

Um bom modelo está dependente da adopção de

• Um bom modelo está dependente da adopção de

uma metodologia clara e correcta para o processo de modelação

(14)

Como modelar? Processo de Modelação

• Compromissos:

• Realismo

• Até que ponto a estrutura do modelo mimetiza o mundo real. Em

modelos realistas, tanto as equações como os resultados da aplicação do modelo têm de estar correctas Em modelo físicos aplicação do modelo têm de estar correctas, Em modelo físicos (e.g. de um avião), mesmo os rebites estão presentes.

• PrecisãoPrecisão

• A precisão dos resultados dados pelo modelo (não se trata aqui de

avaliar o grau de variação dos resultados mas as suas diferenças

l i i d )

relativamente ao que o sistema produz).

• Generalidade

O número de situações que pode ter em conta (e g O modelo

• O número de situações que pode ter em conta (e.g. O modelo

(15)

Formulação do Modelo

(16)

Formulação do Modelo

Neste caso escolhe-se uma estrutura

específica para o modelo de modo a ter uma

específica para o modelo de modo a ter uma

descrição de entrada e saída dos dados

obtidos a partir do sistema fisiológico

obtidos a partir do sistema fisiológico.

• A estrutura escolhida pode ser, por exemplo,

á é

uma análise de uma série temporal ou de uma função de transferência.

• O grau de complexidade do formalismo

matemático deve estar de acordo com o propósito do modelo.

(17)

Formulação do Modelo

(18)

Formulação do Modelo

Método de Modelação do Sistema:

• Neste caso há três componentes essenciais

• Neste caso há três componentes essenciais

distintas no modelo:

A formulação de um modelo conceptual baseado no

• A formulação de um modelo conceptual, baseado no

conhecimento da fisiologia do processo.

• A realização matemática desse modelo conceptual • A realização matemática desse modelo conceptual.

• A solução do modelo que permite obter a relação entre

as variáveis de interesse. as variáveis de interesse.

(19)

Formulação do Modelo

Método de Modelação do Sistema:

• A formulação de um modelo conceptual

• A formulação de um modelo conceptual

necessita sempre de alguma simplificação:

Agregação: Tratar vários compartimentos como um só

• Agregação: Tratar vários compartimentos como um só

(por exemplo o compartimento vascular).

• Abstracção: Considerar apenas a realidade em análise • Abstracção: Considerar apenas a realidade em análise

(por exemplo considerar que no sangue há apenas glucose e as enzimas que a regulam).

• Idealização: Tratar algumas estruturas do modelo, que

são mais difíceis de descrever, como ideais (por

exemplo, tratar a incorporação de um metabolito num compartimento como sendo instantânea).

(20)

Formulação do Modelo

Método do Modelo do Sistema

• Uma vez criado o modelo conceptual passa-se à

• Uma vez criado o modelo conceptual, passa se à

definição da relação matemática entre as suas variáveis

variáveis.

•Ex: Num modelo dinâmico, estas relações

descreverão de que modo uma ou mais descreverão de que modo uma ou mais

quantidades fisiológicas variam com o tempo.

P d b l õ lí i

•Pretende-se obter relações explícitas entre

variáveis ou parâmetros de um modelo, ou seja,

l d l

(21)

Formulação do Modelo

• Por vezes existe informação a priori sobre a

estrutura e os parâmetros do modelo. p

• Nestes casos o modelo pode ser “resolvido” e

validado. validado.

• Muitas vezes, existe uma grande incerteza no que

diz respeito à estrutura a utilizar para o modelo e diz respeito à estrutura a utilizar para o modelo e aos seus parâmetros.

Nestes casos não podemos esol e o modelo de

• Nestes casos, não podemos resolver o modelo de

forma directa e devemos, por isso, identificar a sua estrutura e os seus parâmetros a partir dos dados estrutura e os seus parâmetros a partir dos dados.

(22)

Identificação do Modelo

• Para que sejamos capazes de passar do Sistema para o

M d l t fi

Modelo, como mostra a figura, precisamos de:

•Especificar a estrutura do modelo •Especificar a estrutura do modelo. •Determinar a totalidade dos

parâmetros envolvidos na definição dessa estrutura.

• Por outras palavras, o modelo necessita de estar completo de necessita de estar completo de modo a que possa ser

resolvido. resolvido.

(23)

Identificação do Modelo

Na prática o nosso modelo pode não ser

completo porque os valores de alguns

completo porque os valores de alguns

parâmetros podem não ser conhecidos.

I t

d

d

d l

d

Isto pode suceder quer em modelos de

dados quer em modelos de sistemas.

Havendo dados em falta, precisamos de uma

metodologia que nos permita identificar o

metodologia que nos permita identificar o

modelo adequado aos nosso propósitos

(24)

Identificação do Modelo

• A utilização da metodologia de identificação que

mostrámos necessita de dados.

• Por vezes, estes dados podem ser obtidos a partir

da dinâmica intrínseca ao modelo. Estes casos são da dinâmica intrínseca ao modelo. Estes casos são excepções.

• Ex: Sinais electrofisiológicos provenientes do cérebro ou • Ex: Sinais electrofisiológicos provenientes do cérebro ou

do coração.

• Na maioria dos casos precisamos de desenhar

• Na maioria dos casos, precisamos de desenhar

experiências adequadas, que passam muitas vezes pela aplicação de estímulos ao sistema de modo a pela aplicação de estímulos ao sistema de modo a poder observar a sua resposta dinâmica.

(25)
(26)

Identificação do Modelo

• Os dados de entrada e saída destas experiências

devem conter parâmetros que sejam ainda p q j

desconhecidos e necessários para a formulação do modelo.

• Primeiro é necessário saber se os dados recolhidos

são suficientemente ricos para permitir a estimação são suficientemente ricos para permitir a estimação dos parâmetros necessários de uma forma que não seja ambígua.

seja ambígua.

• Por vezes o modelo é demasiado complexo para os

dados mensuráveis ou os dados são insuficientes dados mensuráveis ou os dados são insuficientes.

(27)

Identificação do Modelo

Identificando o modelo e assumindo que os

dados são ideais é possível passar à

dados são ideais, é possível passar à

estimação dos parâmetro desconhecidos.

E i t

di

f

f

Existem diversas formas para fazer essa

estimação (serão abordadas mais à frente).

As mais comuns são baseadas em métodos

de estimação linear e não linear de mínimos

de estimação linear e não linear de mínimos

quadrados.

(28)

Validação do Modelo

• Significa avaliar se é adequado ao propósito a que

se destina.

•Terá de ser possível testá-lo.

• Uma vez que é uma aproximação, será queUma vez que é uma aproximação, será que

reproduz bem a realidade, de modo a que possa ser utilizado na prática?

ser utilizado na prática?

• Podem existir vários modelos válidos para um

mesmo sistema (todos os que passarem nos testes mesmo sistema (todos os que passarem nos testes de validação).

A lid ã t l d t t ã d

• A validação tem lugar durante a construção do

(29)

Validação do Modelo • Uma vez • Uma vez completado e os seus parâmetros seus parâmetros especificados, um modelo pode um modelo pode ser validado através do através do seguinte processo processo.

(30)

Validação do Modelo

• Suponha-se que um modelo permite avaliar as

propriedades elásticas dos vasos sanguíneos e que

p p g q

uma mudança destas, no sistema real, está

relacionada com a passagem do estado de saúde p g

ao estado de doença.

• Alterando estas características do modelo deveráAlterando estas características do modelo deverá permitir encontrar, por exemplo, padrões de fluxo sanguíneo característicos de doença.

sanguíneo característicos de doença.

• Genericamente, o que se pretende da validação é

que dependendo do objectivo os valores que, dependendo do objectivo, os valores

(31)

Validação do Modelo

• Qualquer discrepância entre os valores fornecidos e

os valores medidos deve ser devidamente analisada.

• Dependendo do método de estimação deDependendo do método de estimação de

parâmetros utilizado, existem formas quantitativas de validar os resultados (ex: qualidade dos

de validar os resultados (ex: qualidade dos ajustes).

• No caso de vários modelos serem adequados

• No caso de vários modelos serem adequados,

deverá escolher-se o que possui a menor quantidade de parâmetros

(32)

Simulação do Modelo

Muitas vezes não é possível ou não é

razoável resolver as equações que

razoável resolver as equações que

relacionam os parâmetros de um modelo

(ex: equações diferenciais não lineares ou

(ex: equações diferenciais não lineares ou

grandes conjuntos de equações).

Nestes casos é útil utilizar simulações

computacionais para resolver o modelo.

computacionais para resolver o modelo.

A potência computacional existente hoje

it

f t

t

t

f

(33)

Simulação do Modelo

Simulation Simulation

(34)

Simulação do Modelo

Havendo validado um modelo, podemos

agora utilizá-lo como ferramenta de

agora utilizá lo como ferramenta de

simulação.

T t d l d l d d t d

•Trata-se de resolver o modelo de modo a estudar

os resultados produzidos por este.

•Pode ser feito na totalidade do modelo ou apenas

numa das suas partes.

A simulação é útil em ocasiões é que é

demasiado caro perigoso ou lento obter

demasiado caro, perigoso ou lento obter

(35)

Referências

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