Sexta-feira, 18 de Dezembro de 2015.
DESTAQUES
CVM vai atualizar regras de FIP
Bovespa perde força com votação do impeachment
Fitch rebaixa rating da Petrobras para ‘BB+’
Grupo Pão de Açúcar aprova emissão de R$ 500 mi em promissórias
IGPM desacelera a 0,50% na 2ª prévia de dezembro
Sexta-feira, 18 de Dezembro de 2015.
FECHAMENTO ANTERIOR (17/12/2015)
A Bolsa brasileira fechou em alta nesta quinta-feira. Segundo o analista Felipe P. Otero, da Ágora Corretora, “–Após iniciar o pregão com uma boa pressão de compras, índice recuou e em caso de novas quedas abriria espaço para buscar os 44.094 pts e posterior os 44.231/43.766 pts, seguindo enfraquecido no curto prazo. Beliscou sua MME21 e fica devendo o rompimento da mesma junto a sua MME50 nos 46.251 pts para tentar reação de curto prazo. ”
BOLSAS INTERNACIONAIS
Índice Pontos % Índice Pontos % Índice Pontos %
Dow Jones 17,826.30 -1,54 Euro 3,701.90 +0,76 CAC 40 5,164.94 +0,42
S&P 500 2,081.18 -1,13 FTSE 100 7,041.73 +0,67 Shangai 4,217.08 -1,64 Nasdaq 4,931.81 -1,52 DAX 11,871.12 +0,29 Nikkei 19,634.49 -0,09
AGENDA
ALTA 0,55% MÍNIMA 45.016 ABERTURA 45.016 MÁXIMA 46.251
FECHAMENTO 45.015 VOLUME 5.604.694.404
MAIORES ALTAS MAIORES BAIXAS AÇÃO PREÇO % AÇÃO PREÇO %
OIBR4 R$ 1,63 6,53 USIM5 R$ 1,52 -5,00 MRVE3 R$ 8,95 5,91 VALE3 R$ 12,74 -3,84 JBSS3 R$ 12,55 3,97 BRAP4 R$ 5,09 -2,86 RADL3 R$ 38,47 3,97 GOLL4 R$ 3,15 -2,77 HYPE3 R$ 22,40 2,98 PCAR4 R$ 44,50 -2,62
Sexta-feira, 18 de Dezembro de 2015.
CVM VAI ATUALIZAR REGRAS DE FIP
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu audiência pública para atualizar as regras de constituição, funcionamento, administração, gestão e divulgação de informações dos fundos de investimento em participações (FIPs). A autarquia quer unificar e modernizar as normas, consolidando algumas instruções em vigor que tratam desses fundos. Hoje há normas específicas para Fundo Mútuo de Investimento em Empresas Emergentes (FMIEE), Fundo de Investimento em Participação (FIP), Fundo de Investimento em Participação em Infraestrutura (FIPIE), entre outros. Entre os pontos que a CVM quer discutir com o mercado está a liberação para que o FIP possa deixar de ter influência nas empresas quando a sua participação for reduzida a menos da metade do percentual originalmente investido e seja inferior a 10% do capital social da empresa investida. A intenção é permitir que o fundo deixe de ter influência no negócio em sua fase de desinvestimento. Com relação ao enquadramento da carteira, a minuta prevê a manutenção de no mínimo 90% do patrimônio líquido investido nos ativos alvos; a possibilidade de investimento de até 40% do patrimônio líquido do fundo em cotas de outros FIP, sendo tal investimento computado dentro do limite de 90%; e a possibilidade de o FIP investir até 20% de seu patrimônio líquido em ativos no exterior, desde que tais ativos possuam a mesma natureza econômica dos ativos alvos do FIP. A CVM propõe ainda nova classificação de FIPs, relacionada aos ativos das carteiras. Nesse sentido, sugere o FIP Capital Semente e o Empresas Emergentes.
BOVESPA PERDE FORÇA COM VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT
A bolsa brasileira fechou bem distante das máximas registradas pela manhã, quando investidores ainda repercutiam a decisão de ontem do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de elevar os juros nos Estados Unidos pela primeira vez em quase uma década, mas sinalizar um gradualismo no processo de aperto monetário. À tarde, a empolgação do mercado diminuiu por causa do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ontem, o ministro relator da ação, Luiz Edson Fachin, defendeu a manutenção do voto secreto na escolha dos integrantes da Comissão da Câmara responsável pela abertura do processo. Além disso, Fachin sustentou que o Senado não pode arquivar o processo enviado pela Câmara e a presidente tem de se afastar do cargo por seis meses, enquanto o Senado julga o impeachment. Ainda com a bolsa aberta, o ministro Teori Zavascki defendeu em seu voto que o Senado tem poder para decidir se arquiva ou não o processo de impeachment. Mas concordou com Fachin sobre a validade da votação secreta para escolha da comissão especial da Câmara. Enquanto Levy defendia uma meta de 0,7% do PIB, algumas alas do governo queriam uma meta flexível, podendo chegar a zero. No fim das contas, a Comissão Mista do Orçamento definiu uma meta fixa, de 0,5% do PIB, que foi aprovada hoje pelo Congresso. O Ibovespa fechou em alta de 0,55%, aos 45.261 pontos.
FITCH REBAIXA RATING DA PETROBRAS PARA ‘BB+’
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating em moeda local e estrangeira da Petrobras de ‘BBB’ para ‘BB+’, o que já a coloca na categoria de grau especulativo. A perspectiva da nota é negativa, sinalizando um novo corte no futuro. A agência foi a última a tirar o grau de investimento da estatal, seguindo os passos da
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rating da Petrobras pode ser novamente rebaixado se ocorrer um novo corte da nota do Brasil ou se houver a percepção de uma ligação menor entre a estatal e o governo.
GRUPO PÃO DE AÇÚCAR APROVA EMISSÃO DE R$ 500 MI EM
PROMISSÓRIAS
O conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar (GPA), nome fantasia da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), aprovou nesta quinta-feira a realização da primeira emissão de notas promissórias comerciais da companhia, no valor de R$ 500 milhões. Serão emitidas dez notas promissórias, ao valor unitário de R$ 50 milhões, com prazo de vencimento de 180 dias e remuneração equivalente ao Depósitos Interfinanceiros (DI), mais sobretaxa de 1,49% ao ano. Segundo o GPA, os recursos obtidos com a emissão serão integralmente utilizados para reforço do capital de giro. As ações preferenciais do GPA fecharam nesta quinta-feira em queda de 2,63%, cotadas a R$ 44,50, na contramão do Ibovespa, que chegou ao fim do dia em alta de 0,55%.
IGPM DESACELERA A 0,50% NA 2ª PRÉVIA DE DEZEMBRO
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços Mercado (IGPM) desacelerou para 0,50% na segunda prévia do indicador em dezembro, de 1,45% no mesmo período em novembro, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda dos preços de matérias-primas como soja e minério de ferro influenciou a taxa do período. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede os preços no atacado e tem peso de 60% nos IGPs, cedeu de 1,88% para 0,41%. O índice referente a matérias-primas brutas caiu 0,51%, de uma alta de 1,01% em novembro. Os itens que mais contribuíram para isso foram: minério de ferro (1,43% para 8,60%), soja em grão (0,01% para 2,66%) e bovinos (1,90% para 0,02%). Os bens intermediários saíram de alta 1,76% para apenas 0,14%, em dezembro, graças ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura (2,02% para 0,07%). Já a inflação dos bens finais cedeu de 2,75% para 1,44%, por causa dos alimentos processados (3,46% para 2,10%). Na separação por origem no atacado, o IPA de produtos agropecuários cedeu de 2,26% para 1,13% e o de produtos industriais passou de 1,74% para 0,12%. No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou de 0,78% para 0,89%, com três de suas oito classes de despesa registrando taxas mais altas.
BTG CONFIRMA DISCUSSÕES PARA VENDA DA RECOVERY
O BTG Pactual confirmou estar atualmente em discussões sobre a potencial venda de sua participação acionária na Recovery do Brasil Consultoria, empresa de recuperação de créditos, e também de um portfólio de NPL (“NonPerforming Loans” ou empréstimos não performados). Em conjunto, ambos correspondem a aproximadamente 0,2% dos ativos do banco. A informação consta de comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Embora admita conversas, o BTG pondera, no comunicado, que não pode confirmar se os potenciais interessados na compra chegarão a um acordo em relação aos termos e condições da transação ou se condições precedentes serão efetivamente verificadas para viabilizar a conclusão da operação.
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EQUIPE ECONÔMICA
Diego Ramiro Fábio Biral Lourenço Neto Mladen DragosavacINFORMAÇÕES
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