FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL
ELEMENTOS DE ESTRUTURAS DE MADEIRA
NORMAN BARROS LOGSDON
CUIABÁ, MT. – 2012
Plano de
cargas
i
y
ftmmumnnnnnn
yc1—
' ' ' ' yt2r
r
x
T'\x
h
\;.
NJS?
SEÇÃO
V
b
at2,d
,
Banzo
Superior
Diagonal
Montante
p=90°
y
=
a
P=9O°
T'r'XNk
NJ
X-tf
IX
|gL
V
<s> ®Diagonal
Banzo
Inferior
Montante
Página
Sumário
1.Madeiras deconstrução 2 22 2.Modelo desegurança adotadopela norma brasileira
47 3. Tração 4. Compressão 58 79 5.Cisalhamento 6. Torção 80 81 7. Flexão
í
Prof.Dr. Norman Barros Logsdon
í
402 04595-Estruturas de Madeira PáginaSumário
122 8.Ligações 9. Referências bibliográficasAnexo1
-
Características geométricas de seções planasAnexo2
-
Diagramas e fórmulas para ocálculodevigas159 ??? ???
I
Prof. Dr.Norman Barros Logsdon%
1.
Madeiras de
construção
Cabe ao projetista viabilizar a construção, portanto, verificar no
mercadoo quepoderá usar em termosde dimensõese espécies.
a) Tipos edimensõescomerciais
/ Madeira brutaouroliça Maciça
->
<
Madeira falquejada (lavrada)!
Madeira serrada ícolada-/pregada
(colada
e pregada>
Madeiras-><
Madeira laminada Industrializada->
Madeira compensada Madeira aglomerada Outrosprodutos derivadosí
Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon!
402 04595-Estruturas de Madeira>
Madeira brutaou roliça->
É a madeira empregada na forma detroncos, em geralapenasdescascados.A seção variável dessas peças, cuja forma se aproxima a um tronco de cone,dificulta o cálculo estrutural,por isso a NBR 7190, daABNT (2012),
permite a associação destas peças a uma peca cilíndrica. O diâmetro dessa peça cilíndrica, deve ser igual ao diâmetro situado a umterço do
comprimento a partir da seção mais delgada da peça de madeira roliça,
desdequenão superior a 1,5 vezes o menor diâmetro.
v
dmáx~dmin~
~ 2dmáx
dmin
dmin
dmáx‘dmin"
xZt
2àz
L
í
dm,x-d
mindd
-dÿ
+
dd
=1,5x1,™
Diâmetro de
cálculo
dapeça cilíndricaassociada (usaro menor dos 2) 3
k
maciças,quadradas ou retangulares,degrandesdimensões.
Para aplicação em estruturas de madeira duas seções têm especial
interesse: a seção que fornece máxima área,de interesse nos problemas de tração e compressão; e a seção que fornece máximo momento de inércia,de interessenos problemas de flexão.
Seção de madeira falquejada mais indicadana
V4ração
ou compressão, , ,d.V2
b=h= -h d 2 H b'01
/ Seção de madeirab=- e h= —— falquejada maisindicada
—— na flexão.
2
Enxó;
i
Prof.Dr. Norman Barros Logsdon
b
%
402 04595-Estruturas de Madeira>
Madeira serrada->
É oproduto estrutural de madeira mais comum entre nós. Otronco é desdobrado nas serrarias, em dimensões padronizadas parao comércio, passando, em seguida, por um período desecagem.>
Melhoraproveitamento datora>
Menos operações na serrade fita>
Mais económico>
Madeira heterogénea v'>
Maioresempenamentos/ÿ
Secagem IJ£r3
>
£r2
3-*-direçãotangencial 2ÿdireçãoradial,6o
a
*
Desdobroem pranchas paralelas
>
Melhor a qualidadedamadeiraaosdefeitosde secagem
>
Praticamentesem empenamentos>
Madeira homogénea>
Melhorpreço nomercado>
Menoraproveitamento eeconomia>
Muitasoperações na serra defiteÿ-i>
Desdobro lentoe oneroso\
2 4 Secagem 3 Desdobroradialÿ)
«r,3
>
£r,2 3-*direção tangencial 2-ÿdireçãoradial%
O comprimento das peças é limitado,por problemas de manejo e transporte,em 5,00 m(comercial). Peçasespeciaiscom até 6,50 m podem ser obtidas. As
dimensões da seção transversalsãodefinidaspelatradiçãode mercado. Tabela1- Madeira serrada,dimensões comerciais da seção transversal
SEÇÃO EMcmxcm SEÇÃO EMcmxcm NOMENCLATURA UTILIZADA NOMENCLATURA UTILIZADA PRANCHÃO 3,0x30,0 4,0x20,0até4,0x40,0 6,0 x 15,0até6,0x30,0 9,0 x 30,0 5,0x6,0 6,0x6,0 8,0 x 8,0 CAIBROS 2,5 x 5,0 (ripâo) 3,0x12,0 3,0x16,0 SARRAFOS 5,0x16,0 6,0x12,0 (vigota) 6,0 x15,0 6,0 x 16,0(vigota) 10,0 x 10,0 12,0x12,0 15,0x15,0 20,0x20,0 25,0x25,0 25,0x30,0 VIGAS 2,5x10,0até2,5x30,0 3,0 x 10,0 até 3,0x30,0 TÃBUAS 1,0 x 5,0 1,5x5,0 RIPAS
Seções
encontradas
t
Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon
!
402 04595-Estruturas de Madeira>
Peças de seção composta->
Unindo-se solidariamente duas ou maispeças de madeira (bruta, falquejada, ou serrada) obtém-se uma peçade seção composta.
Para as peças compostas por peças de seções retangulares, segundo a NBR 7190 da ABNT(2012), ou por peças de seções circulares, segundo
Hellmeister (1978), ligadas por conectores metálicos deve ser feita a correção das características geométricas como se apresenta a seguir, usandoosvalores de
ar
apresentados natabela2.Área efetiva daseção transversaldapeça de seçãocomposta
Númerode elementos quecompõem a seçãocomposta
=
2>,
i=i
Aef
Áreadaseçãotransversal do elemento “i”
Momento de inércia efetivo da peça deseçãocomposta
fef
=“rha
Momento de inércia teórico da peça de seção composta,
obtido da teoria apresentada em “Resistência dos materiais”. Fator de redução do momento de inércia, apresentado natabela2.
i
Prof. Dr.Norman BarrosLogsdonrecomendaessa simplificação quandoaforçacisalhante,absorvidapelos pregos, puder ser desprezada, como nasseções compostasdas barras de treliças.
Tabela 2
-
Fatorde redução domomentodeinércia (ar) depeçascompostaSeção utilizada Seção utilizada Seção utilizada Fator de
redução,
ar
redução,Fator dear
Fator de redução,
ar
JjouG;:
0,80
Seção caixãoSr;
ou 0,85 0,85LU
qp
H
0,60 Seção (T) ou ,f
)
i;
0,85.
II
0,70ad
ou C3E3 Seção0,95
;•?
' , ou i(#|Í
0,40
i
;•.Prof.Dr. Norman Barros Logsdon
1
402 04595-Estruturas de MadeiraQuandonãose pode desprezar aforçacisalhanteentreaspeçasdeve-se
obter o produto de rigidez efetivo, (EI)ef, considerando-se a rigidez da ligação, como recomenda a NBR 7190 da ABNT (2012).
O cálculo, proposto pela NBR 7190 da ABNT (2012), do produto de
rigidez efetivo, entre outros, utiliza a notação, a figura e o roteiro
apresentados a seguir.
Notação:
Ai, I; eE; =Área, momento de inércia (Ix_x) e módulo de elasticidade, do elemento “i” (parte da seção composta);
S;,
Ki
eF; =Espaçamento efetivo dospregos,módulode deslizamentoeforçaaplicada no conector,do elemento“i” com o “2”;
=Largura ealtura da seção transversal do elemento“i”;
= Distânciaentreo centro degravidade do elemento “i” e a linha neutra(eixo x-x);
= Posiçãoda linhaneutra (de tensões nulas) em relação à base do elemento “2”;
CT;eGÿí =Tensão no centro do elemento “i" (efeito da força normal)
e restante desta tensão até seu valor máximo (efeito do momentofletor).
b;ehi
ai
E1
<*iPT
w
<H)->
«ICTKÿ
ai a2 ai?
T,
h* X---
X, 2'dKm
h2
a3 0,5bj a3 h3 h3F
A2
,<2.
A3,I3,E3/
fej
3 _r,£A-ÿAÿAA'A+A
2(/I.E1.A1+/;£,A;+/3£37\jlb3
b3
’ \s3,K3,F3
(Cg)
°m,3b1
CTm,1-(Hh
CT1Ihi
T—L
® ai a2 ai2'h
Lx
x -x -h hh2
X-fB)
+a:
a3h2
a3 a2 h 0,5bÿIí?3
a2_tâA-(hÿ)-rsEsA(h-y 2(ÿ£,A+ÿA+ÿA)b3
am,3 am,1 Sj,K1,F1 <V 7hi
a_: XAAÁ+M 2(7,AA+ÿAA) a1 - -X 2.
h2
y
|ph
âãPÿ
-a;A2
, l2,E2
Aj-/"ÿSeçõesÿN
_fh,
M
ÍT
I e caixão)
|a*
[2
2/
h Distribuição' detensões>,2jd2
b2
!
402 04595-Estruturas de MadeiraRoteiro
-
Peças compostas, deseção T,I e caixão,ligadasporpregos. 1-
Identificar, adotando se necessário, as dimensões da seção transversaldos elementos (b; e hj), que compõem a peça composta, a rigidez
(módulo de elasticidade) da madeira correspondente (E;) e a densidade equivalenteda madeira (pk).
OBS.: A densidade equivalente da madeira (pk) corresponde à sua
densidade aparente a 12% de umidade (em kg/m3) ou, no caso de madeirasdiferentes, à média geométrica das densidadesaparentes.
Ád
=ÿPi-p2
Densidade equivalente (kg/m3), entreoselementos “i” e 2Densidade aparente do elemento 2 Densidade aparente doelemento “i”
2-Obter as características geométricas (A; e I;) da seção transversal de cada elementoque compõem a peça composta.
Áreada seçãotransversal do elemento “i” Larguradaseção transversal do elemento “i"
=
bX
.1,
Altura daseção transversal do elemento “i"12
t
Prof. Dr.Norman BarrosLogsdon Momento de inércia do elemento “i”
correspondentes.
OBS.: O espaçamento dos pregos (s;) pode ser uniforme ou variar
conforme a força de cisalhamento, entre um valor mínimo (sÿ) e um máximo (smáx), mantendo Nesse último caso usar um valor
efetivo, dadopor:sef=0,75.smi>+0,25.smáI.
4-Obter o módulo de deslizamento (Kj), na interface de ligação entre o
elemento“i” e oelemento2.
Densidadeequivalente(kg/m3), entreoselementos “i” e2
C/5 05 \
ãl
sis
i
«fe
ll!
Q_"O <D \is5>
Estados Limites deUtilização=>
K =K =P]á'd‘
-
1 5" 20 Diâmetrodos pregos(mm), entre“i” e 2 Módulo dedeslizamento (N/mm), da ligação entre oselementos “i” e 2 último deserviço (utilização)I
S|
__
_
x
‘sj
>
Estados LimitesÚltimos=>
K;
=A=|-Kí
l
Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon%
x Em geral,serãonecessáriosvaloresúltimos ede utilização.
402 04595-Estruturas de Madeira
5
-
Obtero fator dereduçãoda inércia de cada elemento (yi).Fator de redução
para oelemento 2
Fator de redução para o elemento “i”
Módulo deelasticidade(MPa)doelementoT
1
Yi
/Tÿ.EjAÿi
.
Área (mm2) do elemento “i”Para i=1 e
3-Yi
=1 eK;.L2
Espaçamento dos pregos(mm),na interfacedos elementos “i” e 2
fL=vão,
paravigasbiapoiadas;i
—
VL=0,8.vão,paravigas contínuas;(L=2.vão,
paravigas em balanço.6 -Obter a distância (a,) entre os centro de gravidade, da seção de cada elemento “i”, atéa linhaneutradapeça composta(ver figuracomseções).
Módulo de deslizamento (N/mm), da ligaçãoentre oselementos “i” e 2 Vão efetivo da viga(mm) _
/i-Ei.Ai.(h2 ±hj) /3.E3.A3.(1i2 ±h3)
2-(/
í-Ei-Aj+/2-E2.A2
+/3.e3.a3)
Distânciado centrode gravidadedos elementos1,2 e 3 à linha neutra
a2
\
Altura dos elementos 1,2 e 3
/_fh3+lQ
/
-a2
ea3
ai
+
a2
.imitações: 0< a2 <—
%
7-Obter o produto de rigidez efetivo, (El)ef, levando em consideração arigidezdaligação.
(0
Distânciado centro de gravidade do elemento “i”àlinha neutra (mm)
.1
3(ElL
=£(£.ÿ!<
+r,-E,.A1.aí
o§
Isl
O 03- N
Área (mm2) do elemento “i”
í=I
1
>I
®
“
3 Módulo deelasticidade(MPa) do elemento “i”Produto de rigidez
efetivo (N.mm2)
Momento deinércia (mm4) do elemento “i"
Fator deredução
para o elemento “i”
o o
8 - Obteras tensõesnormais atuantesnoselementos.
Tensão (MPa) no centro do elemento “i”(efeito da normal)
o M
ci
—/i.Ei.ai.
ilí
f!l
i?
$(EI).,-
Momento fletor, decálculo,na seçãodeOj(N.mm)Produto de rigidez efetivo(N.mm2)
M
=0,5.Ei.hi.
Fator deredução,módulo de elasticidade (MPa) edistânciado CG à linha neutra (mm), do elemento “i”
(ElXr
\
Restantedeo,(MPa)atéseu valor
máximo (efeitodo momento fletor)
Altura daseçãotransversal do elemento“i”
402 04595-Estruturas de Madeira
Tensão máxima (MPa)noelemento “i"
(ver figura comdistribuiçãodas tensões)
±<Jmf
Tensão (MPa) no centro do elemento “i”(efeitoda normal)
Restante deOj(MPa)até seu valor
máximo (efeitodo momento fletor)
9 -Obter a tensão de cisalhamento máxima, que ocorre na linha neutra, a umadistância “h” da base do elemento2.
h, V
=
{v}
,E3
.AJ
,a3+
0.5.E,.b,.h2
)
h=
~2±a-
eb.,(El)„
a\
Distância (mm) da base do elemento 2 à linha neutra (ver figura comdistribuiçãodas tensões)
Tensão de cisalhamento máxima (MPa), no elemento 2 Força cortante (N), decálculo, na seção deT2.ma>
Demaisnotaçõesapresentadas anteriormente
/ÿÿ"Naavaliaçãodeÿ
tensõesinteressam os
E
'
1.1
li®
0 O tz 103 o
jfl
*
v
Nv
Para e3 Espaçamento entre conectores (mm),na interfacedos elementos “i” e 2.
F,=/,.E,.Ai.a,.s,.
(EI)rf
\
co
d)
Forçacortantemáxima (N),de cálculo Força aplicada (N), no
conector da interface do
elemento “i”como 2
1o
TO Demais notaçõesapresentadasanteriormente
>
Peças compostas com alma treliçada ou de madeira compensada->
Aspeças compostas com alma em treliça,formada portábuas diagonais, e as peças compostas com alma formada por chapa de madeira compensada devem ser dimensionadas à flexão simples ou composta,considerando exclusivamente as peças dos banzos, sem redução de
suas dimensões. A alma dessas vigas e suas ligações, com os respectivos banzos devem ser dimensionadas a cisalhamento como se a viga fosse de seçãomaciça.
Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon
Treliçadode Town U '
&
ft ,o
\
\
\
I.-A3
Alma y ;Peçacompostacom "
almaemtreliça,formadapor
\ tábuasdiagonais
%
>
Madeira laminada colada (MLC)->
A madeira laminada colada é oproduto estrutural de madeira mais importante nos países
industrializados. A madeira é selecionada e cortada na forma de tábuas
com espessura de 1,5 cm ou mais, que são coladas sob pressão,
formandograndes vigas de madeira, em geralde seçãoretangular.
Pressão
i
Não há limitaçãopara dimensõese
formasdasvigas
de MLC
Linha de cola
Tábua
A NBR 7190, da ABNT (2012), em seu item 5.7,
apresenta todos os dados para fabricação,
comercialização eutilização das vigas de MLC.
í
Prof. Dr.Norman Barros Logsdon4
Segundoa NBR 7190,daABNT (2012)
Distribuição das lâminas
->
As tábuas, que comporão a MLC, devem ser classificadas pelo módulo de elasticidade e as de menor rigidezutilizadasnaslâminasda metade central.
Rigidezà flexão do elemento estrutural
->
Para as vigas de MLC, de lâminas classificadas como nafiguraao lado, àrigidez a flexão deveser obtidapor:
402 04595-Estruturas de Madeira
EM.S
(1/4)h t X h X (1/2)hC-
Produto de rigidez do elemento estrutural EI—[2.EMs.I(1M)
+ EMj.I(1
2)EM.í
| Módulo de elasticidade médio
| das lâminas de maior rigidez
Momento deinércia,da “metade” central em
relaçãoaoeixox-x.
(1/4)h
EM.S
Momento de inércia, decada “quarto” afastado
em relaçãoaoeixox-x.
Módulode elasticidade médio daslâminas demenor rigidez
b
lâminas mais resistentessãoutilizadas
nos“quartos” externos.
í
-""'Lâminasdemaior"
momento de inércia da seção
x
+
X.ÿMÿX composta multiplicado pelo módulode elasticidade de cada elemento.
t=l i=l
.+Ay -A(14)
)+
(l(1
2) +0.A(1.2))
Ay X
+
XT
Ay Ay=0 EM,S+
Ay-.A(14))+(l
0 2),. (14), fl4)x Id4) I(1/4) I(1/2)Madeira
->
Deve-se evitar a composição da MLC com espécies diferentes, poisosdiferentes coeficientes de retração podemcausardelaminaçãoao longo do tempo. Empregar, preferencialmente, madeiras de densidade aparente nointervalo 0,40 g/cm3 < pap12% < 0,75 g/cm3.
Dimensões das lâminas
->
Espessura e largura máximas, respectivamente,de5 e20cm.
Qualidade da cola
->
A cola deve ter resistência suficiente para que ocisalhamentoocorra namadeirae nuncanalinha de cola.
t
Prof. Dr.Norman Barros Logsdon
%
Segundoa NBR 7190,daABNT (2012)
Teor de umidade das lâminas
->
As lâminas, para eficiência da colagem,deverãoestarsecas e com no máximo 18% de teor de umidade.
União longitudinal das lâminas
->
A emenda entre peças para compor umalâminadeveserfeitapor colagemde entalhesmúltiplos(“finger joints”) usinados
nas extremidades de tábuas consecutivas. Outros tipos de união devem ser
evitadose, se utilizados, tereficiênciacomprovada porlaboratório idóneo.
402 04595-Estruturas de Madeira
imendas longitudinais com “finger joints”
Usinagem horizontal Usinagem vertical
Distância mínima entre emendas
->
Nas lâminas da metade central asuniões devem estar afastadas de no mínimo 50 cm, já nas lâminas mais
resistentes, dos “quartos” externos, de no mínimo 80 cm. A distância mínima
entreemendas de lâminasadjacentesdeve ser de 20cm.
Largura mínima da seção transversal
->
Nas vigas de MLC, de seçãoconstante, a largura deve serde pelo menos1/7 daaltura da seção transversal.
S
%
Madeira laminada colada,com emendas de topo>
Utilização->
Embora a NBR 7190, da ABNT (2012), não recomende autilização de emendas de topo, elas costumam ser utilizadas, principalmente nafaltade indústriaapropriada.Nestescasos,recomenda-se ainda:
Tábuaextra Emenda detopo t
a
f
2 o) B > -Ow
Distância entreemendas Existência
->
Quandopjga> =5,00mC
Uma emendaporseção-><
Distância >altura davigaI
Setábuasadjacentes>25.t porrigir deficiência->
tábuaextra(emenda de topo)Prof.Dr.Norman Barros Logsdon
Desencontrar emendas
>
Emendaslongitudinais->
5
402 04595-Estruturas de Madeira PregoLinha de cola
>
Madeira laminada colada e pregada->
A falta de industria, para produzir
madeira laminada colada, deu origem à madeira laminada colada e pregada.
Nestas peças a pressão é substituída
por ligações pregadas.
Tábua
Prego
Madeira laminada pregada
->
Alternativa menos eficiente, onde as
tábuassãoapenas pregadas entresi.
A madeira laminada pregada só deve
ser usada em estruturas provisórias, pois pode ocorrer um fenômeno
conhecido por “stress nail” e, com o tempo, os pregossoltarem-se.
Prof. Dr.Norman Barros Logsdon
>
Tábua
colagem sob pressão, em indústrias, de três ou mais laminas de
espessura entre 1 e 5 mm, alternando-se a direção das fibras em
ânguloreto.É utilizada em portas, armários, divisórias etc.. NoBrasil, os compensados não são fabricados para uso estrutural, portanto
recomenda-se avaliação laboratorial da qualidade estrutural, do material adquirido, caso se pretenda utilizá-lo em estruturas.
Madeira aglomerada
->
Amadeira aglomerada é formada pela colagemsob pressão, em indústrias, depequenos pedaçosde madeira (cavacos). É utilizada em portas, armários, divisórias etc. Os aglomerados não têm
qualidade estrutural, portanto não devem ser utilizados em estruturas.
Outros produtos derivados de madeira
->
Variações da madeira compensada ou aglomerada, como LVL (laminatedveneerlumber), MDP(medium density particleboard), MDF (medium density fibers) e OSB (oriented strand boards), no Brasil, não são fabricadas para uso estrutural. Assim, sua aplicação deve prever ensaios laboratoriais de
resistênciae durabilidade.
>
>
i
Prof.Dr. Norman Barros Logsdon
%
402 04595-Estruturas de Madeira b)Exemplos deaplicação>
Exemplo de aplicação 01->
Seja uma peça de madeira bruta com 4,00 mde comprimento, 30cm dediâmetro nabase e 25 cm de diâmetro no topo.Para o cálculo deuma viga fletida, a que peça se deve associar a peçade madeira bruta descrita acima?Solução:
Uma peçade madeira brutadeve ser associada, em cálculo,à uma peça
cilíndrica
(de seção circular),dediâmetro decálculo(dd)dadopor:í
dd=1.5,dm
min
Diâmetro de
cálculo
dapeçacilíndricaassociada (usar o menordos 2)
{
dmax dmin
, 30-25_
d,=25+
-=>
d 3dd
=1,5.25=>
dd
=37,5 cmdd
=26,6 cmdd
-dmin
+
3=>
dd
=26,6 cmE,portanto,usa-se o menor dos dois-¥
í
%
>
Exemplode aplicação02->
Quala seção mais adequada de umapeçade madeira falquejada, extraída deum toro de 4,00m de comprimento e
30cmde diâmetromínimo, para serutilizadaem uma viga fletida?
Solução:
A seção, de madeirafalquejada,paraser utilizada em vigas submetidasà
flexão é a seção retangular de lados:
m
Seção de madeirafalquejada mais indicada
. na flexão. b=
4
e:
:
bb-í
2 ,<W3
., h=- =>h= 30=>
b=15 cm=>
b 2 E,portanto, a seção de lados->
30.V3
=>
h=26 cm2 2
Prof.Dr. Norman Barros Logsdon
!
402 04595-Estruturas de Madeira2,5 6 2,5
>
Exemplo de aplicação03->
Obter o produto de rigidez efetivo, (El)ef (em torno do eixo horizontal), da seção caixão esquematizada na figura ao lado, de uma viga fletida biapoiada, com 4,00 m de vão, composta por peçasde madeira serrada solidarizadas por pregos, com o objetivo de determinar a flecha máxima, portanto em umEstado Limite de Serviço (utilização).Amadeira é deuma folhosa da Classe D40, que tem densidade aparente de
Pap,i2% = 950kg/m3e módulo de elasticidade de
Eÿf
= 10920 MPa. Ospregos utilizados são comerciais, n° 19 X 33, possuem diâmetro de 3,9 mme estão espaçados, longitudinalmente, entre si de 20cm.
Solução:
3-I
J
£u
3H
11 cm
Em geral, além do momento fletor, as vigas fletidas também são
submetidas à força cortante,que produz tensõesde cisalhamento.
Não sendo possível desprezar as tensões de cisalhamento, o cálculo de
peças compostas, de seção T, I e caixão (caso em pauta), ligadas por pregos, segueroteiro descrito na NBR 7190, da ABNT (2012). Aplicando-se esAplicando-se roteiro, obtém-Aplicando-se:
*
(módulo de elasticidade) da madeira correspondente (E;) e a densidade equivalenteda madeira (pk). Dimensões daseção:
[bÿ6
|
b,=2x2,5 Características da madeira: Interface1 2,5 6 2,5 Elemento 1[Kl6
|
h2
=30cm=300mm[KK6
cm=60mm cm=60mmH
E cm=50mm u o Cl cm=60mm cm=60mm 11Cl Elemento 3 1 Elemento 2 Interface3 Ad=Pt3=950kg/m3
;E3
=E:
=E3
= 10920 MPa2-Obter as características geométricas (A; e I;) da seção transversal de cada elementoque compõem a peça composta.
b,.h;
i
A.=b,.h, e I,= Prof. Dr.Norman Barros Logsdon
12
%
Ver roteiro (página 6) 402 04595-Estruturas de Madeira Aj=3600mm2
A,:=bj.hj
=>
A,l=60.60=>
b,.h; 60.603
It
=1080000mm4
:It
==>
I,=
12 12 A2 =15000mm2
A2
=b2.h2
A2
=50.30050.3003
=>
b2.h2
I2
=112500000mm4
h
=h
= 12 12 A3 =3600 nmr A, =3b3.h3
=>
A,3 =60.60b3*h3
60.603
L =1080000mm4
I|=li
—>
3 12 123 - Identificar, adotando se necessário, o diâmetro do prego(dj) utilizado na ligação de cada elemento “i”, com o elemento 2, e os espaçamentos (sj correspondentes.
Dadosnoenunciado
=>
dj=d3=3,9 mm e Sj=s3=20 cm =200mmt
1
(página 6)4 -Obter o módulo de deslizamento (K;), na interface de ligação entre o elemento “i” e o elemento 2.
O objetivo desse problema éo cálculo de flechas, cujaverificaçãoépara
Estado Limite de Serviço (utilização), portanto devem ser obtidos valores de serviço (utilização). _Pu
A
950u3,9
K( =5709,8 N/mmKt=Kser
=>
K-!
= 20 20 20 _PÍ
34
950 3,9 =5709,8 N/mm eK3
= 20 205-Obter ofatordereduçãoda inércia de cada elemento(yj). 1 L=vão,
para vigasbiapoiadas;
,i=1 e 3, eonde:íL=0,8.vão, paravigas contínuas;
L=2.vão,para vigas embalanço.
n
=r2=
1 e i+
K,L2
J
t
Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon
!
Ver roteiro (página 6) 402 04595-Estruturas de Madeira 1 1=>
yl =0,5407 /i=n2.
10920.3600.200 1+
1+
K,.L2
5709.8.40002
r2=l
oo
>
Vigabiapoiada=>L= vão
=>
L=4,00m=4000mm De forma análogaà y-,
,
obtém-se;73
=0,54076 -Obter a distância entre os centro de gravidade (a|), da seção de cada elemento “i”, até a linha neutra dapeça composta(ver figura das seções).
_ /j.EpA)
.(h; ±h1)-/3.E3.A3.(h2
+
h3)
2-Oÿi-Ej.Aj
+/2.E2.A2
+/3.E3.A3)
a-fh2±
ht
a2
-a, ea3
-a. 2 0,5407.10920.3600.(300-60)-0.5407.10920.3600.(300-60)
a2 =0 mm a2=2.(0,5407.
10920.3600+
1,00.10920.15000+
0,5407.10920.3600) 300-60 300-60 -0=>
Sj=120mm +0=>
a3
=120 mm 3i= e a3= 2 2t
3
(EI)rf
=Z(E1.Il+r,-E1.Ai.a,2)
i-1(EI)ef
=(E1.I1+71.E1.A1.a[)+(E2.I2+/2.E2.A2.aÿ)+(E3.l3+/3.E3.A3.a;)
=>
(El)ef
=2.(l
0920.1080000+
0,5407.10920.3600.1202
)
+
(10920
.112500000+
1,00.10920.15000.02
)
CParaEstados
limitesdeServiço(utilização)ÿ)
(El)ef
=1864259953920 N.mnr
-=>
SendoE-,=
E2
=E3
=Ec0ef
= 10920 MPa, pode-se dizer ainda:(El)ef
1864259953920Irf
=170719776mm4
Ief
=4
==>
Ec0,ef
10920í
Prof. Dr.Norman Barros Logsdon%
402 04595-Estruturas de Madeira>
Exemplo de aplicação 04->
As lâminas mais resistentes, de uma vigade madeira laminada colada de Marupá, apresentaram módulo de elasticidade de
EMs
= 12000 MPa e foram colocadas nos “quartos” externos da seção da referida viga, as lâminas menos resistentes, deEMj = 9000 MPa, foram aplicadas na “metade” central. Conhecidas as
dimensões da seção transversal dessa viga, esquematizada abaixo, que produtoderigidez (E.l) deveserutilizadonocálculo?
i2cm
Lâminas mais resistentes
(maiormódulo deelasticidade) 6cm
12cm 24cm 6cm
Lâminas menosresistentes (menor módulo de elasticidade)
10cm Solução:
Nos casos de MLC com classificação das lâminas pelo módulo de
elasticidade, deve-se considerar a seção transformada e obter o produto derigidezpor:
í
Prof. Dr.Norman Barros Logsdon%
E.I-
[2.Eÿs.I|j
4)+EMj.I(1
2)Ao se decompor aseção composta,obtém-se:
Ek
:y :y r—r-- TX-L.i.j.x
O:‘Ti
3
=
"fl't*
3
6cm 12 cm E CM -X Õc5
+
AyJ
CN,--rSI<°
1
1 y 10cm 6cm ...L—r±r
:y ;y Ay=o
10cm 10cm 10cm Ayy=—
-
—
= 2 2 9cmComasdimensões em “mm",obtém-se:
b,.h;
100.603
-
!ix.x
+
AYI-AI
=> I(,,4)
=+
Ayÿ.(b1.h1)
=>
I90:.(l00.60)
I : (14) (14) 12 12 I,!4)=50400000
nun4
=>t
Prof. Dr.Norman Barros Logsdon
%
402 04595-Estruturas de Madeira 100.1203
T_b2.h3
(12)~ 12 I =II(12)
12 => => (i1 2)I(1
2)=14400000nun4
=>
Finalmente, obtém-se:E.I=
[2.EMS.I(1
4)+
EM,.I(1,2)]
E.I=[2.
1200Q50400000f9000.1440000(j
E.I=1339200000000 N.mnr=>
>
Exemplo de aplicação 05->
Durante 0 cálculo de uma viga fletida demadeira laminada (com emendas de topo),com 7,00mdecomprimento e composta por tábuas de seção 2,5 cm x 20 cm, se obteve uma altura necessária de 51 cm (com 20 cm de largura). Com que altura mínima deve ser construída esta viga? Apresente umasolução para a disposição das emendaslongitudinais(se existirem).
í
Prof. Dr.Norman Barros LogsdonInicialmente deve-se lembrar, que a altura de uma viga de madeira laminada éum múltiplodaespessuradas tábuasque a compõem.
hviga
tábua
K
«tábuas
'®tábua ntábuas _«tábuas
*
ecessana=>
®tábua 51 ntabuas=21tábuas
«tábuas
*
TT=>
«tábuas
*
20,4=>
2,5Se as tábuas fossem inteiras, com 21 linhas de tábuas poder-se-ia construir a viga, mas não é o caso, pois a viga tem 7 m e as tábuas
comerciais5m.Assim serão necessária emendas longitudinais. Existência
->
Quando£ÿQa
>4sbua
=5,00 mC
Uma emendaporseção-><
Distância >altura davigaI
Setábuasadjacentes>25.t Corrigir deficiência->
tábuaextrá>
(emenda de topo)Desencontrar emendas
>
Emendaslongitudinais->
i
Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon%
402 04595-Estruturas de MadeiraA colocação da tábua extra aumenta o número de tábuas e, em consequência, a altura da viga.
«final
=«tábuas
+1=>
«final
=21+
1 «finai =22 tábuasAfinal
«final
-etábua=>
hgnaj
=22.2,5Afinal
=55 cmUmasolução paramontagem da viga seria aapresentada a seguir.
Zonacomprimida (emendas transmitem esforços)
55cm
{
40 1 55" 55" 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55 700cmZona tracionada (desencontrar emendas)
1
c)Exercícios propostos>
Exercício proposto 01->
Seja uma peçade madeira bruta com 7,00 mde comprimento, 50 cm de diâmetro na base e 35 cm de diâmetro no
topo. Para o cálculo de uma viga fletida, a que peça se deve associar a
peçademadeira brutadescrita acima?
>
Exercício proposto 02->
Qual o momento de inércia efetivo de umaviga composta por dois postes, com 25 cm de diâmetro médio (central),
i i& -EU -EU -EU •EU I I
A<l
Seção CentralA-A
porca e arruela-parafuso. 25 cm anelmetálico 25cm
í
porcaearruela—Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon
1
402 04595-Estruturas de MadeiraExercício proposto 03
->
Qual a seção mais adequada de umapeçade madeira falquejada, extraída de um toro de 4,00 m de comprimento e 25 cm de diâmetro mínimo, para ser utilizada em um pilar comprimida?Exercício proposto 04
->
Qual a seção mais adequadadeumapeçade madeira falquejada, extraída de um toro de 7,00 m de comprimento e40 cm de diâmetromínimo,para ser utilizadaem uma viga fletida?
Exercício proposto 05
->
Qual o momento de inércia efetivo de uma viga composta por duas peças de madeira serrada, de seção 20 cm x 20 cm,solidarizadasporanéis metálicos?>
>
>
Seção
A-A
Ao
A A —porcaearruela A rjn JÒL r"parafuso metálico porcaearruela €3-
E3-
E3-
E3-+-E3
-
E3-
E3-
E3-8
II
V V J TA<l
- 20cmt
que características geométricas (área e momento de inércia efetivos) deveriam ser utilizadas no cálculo destas vigas compostas solidarizadas
rigidamenteporpregos?
2,5 6 2,5 m mCNciinCN H-H 10
cm
HW
m
H
2,5cm
12cm
£m
E o o o o coEB”l"
ffl«I
1
2
62
7,5 cm 11 cmc) Seção
"T"
a)Seção caixão
Exercício proposto 07
->
Obter o produto de rigidez efetivo, (El)ef (emtorno do eixo horizontal), das seções “I” e “T” esquematizadas na figura
acima, considerando queas vigas são fletidas, biapoiadas, com 4,00me 3,00mdevão, respectivamente, compostapor peçasde madeira serrada
b)
Seção
T
>
i
Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon!
402 04595-Estruturas de Madeirasolidarizadas por pregos, com o objetivo de determinar a flecha máxima,
portantoem um Estado Limite deServiço(utilização).A madeira é de uma folhosa da classe de resistência D40, que tem densidade aparente
Pap.12%
=
950 kg/m3 e módulo de elasticidadeEÿ
= 10920 MPa. Ospregos utilizados são comerciais, n° 19 X 33, possuem diâmetro de
3,9 mm e estão espaçados, longitudinalmente, entresi de 20cm.
Exercício proposto 08
->
Se o objetivo doI
exemplo de aplicação 03 fosse a obtenção
das tensões atuantes máximas, que produto
i
derigidez efetivo deveria ser usado?Exercício proposto 09
->
A figura ao lado representa a seção de uma viga fletida de MLC, que produto de rigidez (E.l) deve serutilizadonocálculode flechas?
EMs=
10500MPaf
JVEM-
WOOMPaFR
T7.5
cm 15cm 30 cm>
>
=!= 7,5cm <y\ i—
'
—
«EM s»
10500 MPa 10cmExercício proposto 10
->
Durante o cálculo de uma viga fletida de madeira laminada, com 5,00 m de comprimento e composta por tábuasde seção 2,5 cm x 20 cm, se obteve uma altura necessária de 42 cm (com 20 cm de largura). Comque altura mínima deveser construída esta viga? Apresente uma solução para a disposição das
emendas
longitudinais(se existirem). Prof Norman Barros LogsdonJ*
%
2. Modelo de
segurança adotado pela norma brasileira
A norma brasileirapara o“Projeto deestruturasde madeira”, NBR 7190 da ABNT (2012), adota o “Método dos Estados Limites”, descrito na norma de “Ações e segurança nas estruturas”, NBR 8681 da ABNT
(2004). Estas normas, permitem o calculo em diversas situações de
projeto,que, porsuavez,definemos carregamentos e asverificações a serem utilizados. Assim, tornam-se necessárias algumas definições
iniciais paraentendere aplicar o método.
a)Definiçõesiniciais
>
Estados limites->
São os estados a partir dos quais a estrutura apresenta desempenhos inadequados às finalidades daconstrução. Os estados limites podem ser:
n Estados Limites Últimos
->
São os estados quecaracterizama paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção (ruptura, ruína ou perdade instabilidade).
n Estados Limites de Serviço (Utilização)
->
São os estadosque não respeitam as condições especificadas para o uso normal da construção (deformações ouvibraçõesexcessivas).
Prof.Dr. Norman Barros Logsdon
í
%
402 04595-Estruturas de Madeira>
Condição de segurança->
Asegurança em relação a possíveis estados limitespode serexpressa por:Solicitação de cálculo
sd -?-d
t
Resistênciade cálculo>
Tipos de ações->
As ações, definidas como as causas que provocam esforçosou deformaçõesnas estruturas, podem ser:n Permanentes
->
Ações que apresentam pequena variaçãodurantepraticamente toda a vida da construção.
n Variáveis
->
Ações que apresentam variação significativaduranteavida da construção.
n Excepcionais
->
Ações de duração extremamente curta, e com baixa probabilidade de ocorrência, durante a vida daconstrução.
Durante o cálculo de estruturas as ações devem ser combinadas, levando-se em conta a probabilidade de ocorrência simultânea, de modoa representar assituações mais críticas paraa estrutura.
atuação simultânea. Conforme a duração da atuação simultânea das açõespode-sedefinirumaclassepara o carregamento
As classes decarregamento,dequalquer combinação de ações, é
definida pela duração acumulada da ação variável, tomada como principal nacombinação,e são definidas na tabela 3.
Tabela 3 - Classes decarregamento
AÇÃO VARIÁVELPRINCIPALDA COMBINAÇÃO
CLASSEDE
CARREGAMENTO Duraçãoacumulada Ordem de grandeza daduração acumulada da ação característica
vida útil daconstrução mais
de
6meses 1semana a6 meses menosde 1semana muitocurta Permanente [~>Longaduração
Médiaduração Curtaduração
Duraçãoinstantânea Permanente Longaduração
Médiaduração Curtaduração
Duração instantânea1
Fonte:NBR 7190 da ABNT (2012)Prof.Dr. Norman Barros Logsdon
%
402 04595-Estruturas de Madeira>
Tipos de carregamentos->
Conforme o tipo de ações envolvidas no carregamento são definidos os seguintes carregamentos:Carregamento normal
->
Um carregamento normal inclui apenas as ações decorrentes do uso previsto para a construção, é considerado de longa duração e deve ser verificado nosestados limitesúltimoe de serviço(utilização).
n
n Carregamento especial
->
Um carregamento especial inclui as ações variáveis de natureza ou intensidade especiais, cujos efeitossuperem em intensidade os efeitos produzidos pelas ações consideradasno carregamento normal.
n Carregamentoexcepcional
->
Na existência de açõescomefeitos catastróficos, o carregamento é definido como excepcional, e correspondeàclasse decarregamentode duração instantânea.n Carregamento deconstrução
->
Um carregamentodeconstrução é transitório e deve ser definido em cada situação particular onde exista risco de ocorrência de estados limites últimos durante a construção.t
%
>
Situações de projeto->
A normabrasileira, NBR 7190 da ABNT (2012),consideraas seguintessituaçõesde projeto:
Situaçõesduradouras
->
Nas situaçõesduradouras,que podem terduração igual ao período de referência da estrutura, devem ser verificados os estados limites últimos e de serviço (utilização) e devem ser consideradas em todos os projetos. Nas verificações de segurança a estados limites últimos consideram-se combinações
últimas normais,enquantoque nas de estados limites de serviço
(utilização) consideram-se combinações quase permanentes de serviço.
tt
n Situaçõestransitórias
->
Quando aduração for muitomenorque a vida útil da construção tem-se umasituação transitória, que só será considerada se existir um carregamento especial, explicitamente especificado, e na maioria dos casos verifica-se apenas estados limites últimos, considerando-se combinações últimas especiaisoude construção. Senecessária a verificação dos estados limites de serviço (utilização), deve-se considerar combinações
frequentesde serviço ou raras.
í
Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon!
402 04595-Estruturas de Madeiran Situações excepcionais
->
As situações com duraçãoextremamente curta são consideradas excepcionais e verificadas
apenas quanto aos estados limites últimos, considerando-se combinações últimas excepcionais. As situações excepcionais
devem ser explicitamente especificadas, sempre que houver necessidade dessa consideração no projeto.
b)Combinaçõesdeações emestados limites últimos
Combinações últimasnormais
->
Sãoutilizadasparaverificaçãode estados limites últimos causados porum carregamento normal. As ações variáveis são divididas em dois grupos, as principais
(/ÿqi
iç) e as secundárias(Fqjik).
Para as ações permanentes(Fgjk),
devem ser feitasduas verificações:a favorável, na qual as cargas permanentesaliviam o efeitoda atuação simultânea das ações; e adesfavorável,na qual as cargas permanentes aumentam o efeito da atuação simultânea das ações. Assim, para estecaso, a ação,
ou solicitação, de cálculo (Fd) é obtida utilizando-se a expressão apresentada a seguir, na qual os coeficientes
yg, yq
e entre outros, são apresentados nas tabelas 4, 5, 6, 7 e 8.>
k
Coeficientes deponderação
Tabelas4 a7,páginas26 e27
Se cargarápida,Fqémulti¬ plicado por0,75(página 25)
Mesmo sinal
°
d o"5
3
>'
í
z -'V
Desfavorável\
d“VI
i=l j=2\
Madeira isoladamente: Desfavorável->
1,3 Favorável->
1,0 Valor característico dacargapermanente Valor característico davariável secundária Valor característicoda variável principal Fator deTabela 8,combinaçãopágina 28
Cargas variáveis
Sóentramas com sinal de
Fd
Efeitos dinâmicos página 25
para madeira permanentes
pagina 25
Entramsempre
i
Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon%
402 04595-Estruturas de Madeiran Coeficientes de ponderação para ações permanentes
->
Oscoeficientesde ponderação e os fatores de combinação e de utilização utilizados nas
combinaçõesde ações,estão definidosna NBR 8681, da ABNT (2004). Para os elementos estruturais de madeira, no caso de ações permanentes diretas consideradas separadamente, são recomendados, pela NBR 7190 daABNT(2012), os seguintescoeficientes deponderação:
[
SedesfavoráveTÿ>
Elementos de madeira em geral->
yg-1,3Elementos de madeira industrializados
->
yg
=
1,2|
SefavoráveÍÿ>
Elementos de madeira->
yg-
1,0 ValorNBR 7190 é omissa.usual da NBR 8681a Fatores deredução de cargas rápidas
->
Os efeitos dinâmicosdepontes(impacto vertical, força centrífuga, força longitudinal e impacto lateral)
e o vento, quando variável principal, segundo a NBR 7190 da ABNT
(2012), em combinações últimas, devem ser reduzidas na verificação dos elementos estruturais demadeira, multiplicando-aspor 0,75. *
--
---
.
n Efeitosdinâmicos em pontes->
Segundo a NBR 7190 daABNT (2012), aforça vertical (carga móvel,
Fqm)
e seus efeitos dinâmicos (impacto vertical,Fqj),
devem ser utilizados como variável principal(Fq1k=Fqm+0,75.Fqi)
nacombinaçãodeesforços.
permanentes diretas consideradas separadamente
Efeito
Combinação Tipo deação Desfa¬
vorável
Favo¬
rável
Peso próprio deestruturasmetálicas Peso próprio de estruturas pré-moldadas Peso próprio de estruturas moldadas nolocal Elementos construtivos industrializadosW
Elementos construtivos industrializadoscomadiçõesinloco Elementos construtivosemgeraleequipamentos _
1,25
1.0
1,30 1.0 1,35 1,0 Normal/
—
i 1,35 1.0 1,40 1.0 1,50 1.0Peso própriodeestruturasmetálicas Peso próprio de estruturas pré-moldadas Peso próprio de estruturas moldadasnolocal Elementos construtivos industrializados<1>
Elementos construtivos industrializadoscomadiçõesinloco
Elementos construtivosemgeraleequipamentos(*>
_
1.15
1,0 1,20 1.0 Especialoude construção 1,25 1,0 1,25 1,0 1,30 1,0 1,40 1.0Peso próprio de estruturas metálicas Peso próprio de estruturas pré-moldadas Peso próprio de estruturas moldadas no local Elementos construtivos industrializados
Elementos construtivos industrializadoscomadiçõesinloco Elementos construtivosemgeraleequipamentos(2)
_ 1,10 1,0 1,15 1.0 1,15 1.0 Excepcional 1,15 1,0 1,20 1,0 1,30 1,0
(1)Porexemplo: paredes e fachadas pré-moldadas, gesso acartonado.
(2)Por exemplo: paredes de alvenariae seusrevestimentos,contrapisos. Fonte:NBR 8681,daABNT(2004)
%
402 04595-Estruturas de MadeiraTabela5
-
Coeficientes deponderaçãoyg
,paraaçõespermanentesdiretas agrupadas (consideradas em conjunto)Efeito
Combinação Tipo de estrutura
Desfavorável Favorável Grandespontes
Edificaçõestipo 1 epontes em geral(2>
Edificaçãotipo 2 1,30 1,0
<=ÿ
Normal 1,35 1,0 1,40 1,0 Grandespontes<1>Edificaçõestipo 1 e pontes em geral<2>
Edificaçãotipo 2<3> 1,20 1,0 Especial ou de construção 1,25 1,0 1,30 1,0 Grandespontes<1>
Edificaçõestipo 1 epontes em geral<2>
Edificaçãotipo2<3>
1,10 1,0
Excepcional 1,15 1,0
1,20 1,0
<1>Pontesemque o pesopróprio da estruturasupera75%datotalidade dasaçõespermanentes.
®Edificações tipo1 são aquelas onde as cargas acidentais superam 5kN/m2.
<3>Edificações tipo2 sãoaquelas ondeas cargasacidentaisnão superam5kN/m2.
Fonte:NBR 8681, da ABNT(2004)
Cargaspermanentes consideradas em
conjunto, ousejaÿXg-Fp.k=
—
—
I___
i-i i«i%
Coeficientede
ponderação
Combinação Tipodeação
Açõestruncadas<1>
Efeitodetemperatura
Açãodovento
Ações variáveisem geral
1,2 1,2 Normal
<£ÿ
1,4 1,5 Ações truncadasd) Efeitodetemperatura AçãodoventoAções variáveisem geral
1,1 Especial ou de construção 1,0 1,2 1,3 Excepcional Ações variáveisem geral 1,0
0) Açõestruncadas são consideradas ações variáveis cuja distribuição
de máximosétruncada por umdispositivofísicode modo que o valor dessa ação não pode superar o limitecorrespondente. O coeficiente
deponderaçãoapresentado nestatabela seaplicaa essevalor limite.
Fonte: NBR 8681, da ABNT (2004)
í
Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon
!
402 04595-Estruturas de MadeiraTabela7
-
Coeficientes deponderaçãorq,
paraações variáveis_ consideradasem conjunto*
_
Coeficientede
ponderação
Combinação Tipode estrutura Pontese edificaçõestipo 1(1>
IA
Normal l
Edificaçõestipo 2 1,4 Ponteseedificaçõestipo 1
Especial ou
de construção Edificaçõestipo 2<2>
IA
1,2Excepcional Estruturasem geral 1,0
0)Edificações tipo1 são aquelas onde as cargas acidentais superam 5kN/m2.
®Edificações tipo2 sãoaquelas onde as cargasacidentais nãosuperam5kN/m2.
*Para ações variáveis consideradas conjuntamente, o coeficiente de ponderação,
apresentado nessa tabela, se aplica a todas as ações, devendo-se considerar também conjuntamente as ações permanentes diretas. Nesse caso permite-se considerar separadamente asações indiretas comorecalque de apoio eretração
dosmateriais e o efeitode temperatura.
Fonte:NBR 8681, daABNT (2004)
—
•—
Açõesvariaveisconsideradas em conjunto, ou seja:
/W
+É
=Yv FqIi+X
V'oj-Fqj*í
%
Tabela 8-
Fatores decombinaçãoe deredução t//0, V'Ie W2AÇÕES EM ESTRUTURAS CORRENTES 2
0,6 0,5 0,3
•
Variações uniformes de temperaturaem relação à média anual local•
Pressão dinâmica do ventonas estruturas em geral_ 0,6 0,3 0CARGAS ACIDENTAIS DOSEDIFÍCIOS
•
Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos fixos,nemde elevadas concentrações de pessoas<1)•
Locais onde há predominância de pesos de equipamentos que permanecem fixos por longos períodos de tempo, ou de elevadas concentrações de pessoas(2)•
Bibliotecas,arquivos, oficinase garagens_
0,5 0,4 0,3 0,7 0,6 0,4
0,8 0,7 0,6 CARGAS MÓVEIS E SEUS EFEITOS DINÂMICOS Vo
•
Passarelas de pedestres•
Pontes rodoviárias•
Pontes ferroviáriasnãoespecializadas•
Pontes ferroviárias especializadas•
Vigas de rolamentos de pontes rolantes0,6 0,4 0,3
0,7 0,5 0,3 0,8 0,7 0,5 1,0 1.0 0,6
1,0 0,8 0,5
,1)Edificaçõesresidenciais deacesso restrito;
(2)Edificaçõescomerciais,de escritórios e de acessopúblico;
(3)Paracombinaçõesexcepcionaisondea açãoprincipal for sismo,admite-se adotarzero para
v|/2;
(4>Paracombinações excepcionais onde a açãoprincipalfor
0fogo,y2pode ser reduzido,multiplicando-opor 0,70.
Fonte:NBR 8681, da ABNT (2004)
!
402 04595-Estruturas de Madeira>
Combinaçõesúltimas
especiais ou de construção->
Paraverificação de estados limites últimos causados por um carregamento especial ou de construção, a combinação é a mesma utilizada para o carregamento normal, com = iÿ0j,
salvo quando ação variável principal
Fq1
tenha um tempo de atuação muitopequeno, neste caso i//0jef= i//2j,portanto:Fd
“+?q|ÿql,k
+
X
>
Combinaçõesúltimas
excepcionais->
Para verificação de estados limites últimos causados por um carregamento excepcional, não se aplica o coeficiente de ponderação yq à açãoexcepcional e se mantém o coeficiente definido para as
combinações especiais oudeconstrução, portanto:
m
Y
giÿgi,k
Fq.exc
YVÿOj.efÿqj.k
i=l j=l
t
Combinações quase permanentes (de serviço)
->
No controleusual de deformações das estruturas são consideradas as
combinações quase permanentes. Nestas combinações, definidas
pela expressão abaixo, todas as ações variáveis atuamcom seus valores quase permanentes
(y/2-Fq,k)->
iCombinações quasepermanentes (de serviço)
Valor característico dacargavariável
™
_2L_2j'=i.k
+
F
=
xd?uti
qjfkH
VI
i=l Valor de serviço (utilização) F-> u,vibraçãoetc.Valor característico Fator deredução
dacarga permanente Tabela 8,página 28
Permanentes Cargas variáveis
Entramsempre Sóentramas com sinal de
Fd
utjProf.Dr. Norman BarrosLogsdon
í
!
402 04595-Estruturas de Madeira>
Combinações frequentes (de serviço)->
Utiliza-se estacombinação no caso de existirem materiais frágeis, não estruturais, ligados à estrutura. Nestas condições a ação variável principal atua com seu valor frequente
(ÿ.Fq1
k) e as demais com seusvalores quase permanentes(t//2.Fqk).
Fd,uti
-X
FeU
+
+
X
>
Combinações raras de serviço->
São utilizadas quando for importante impedir defeitos decorrentes das deformações daestrutura. Neste caso aação variável principal atua com seuvalor característico
(Fp1
k) e as demais com seus valores frequentes(V'l-Fqj.k)-Fd,utí
=ZFgi,k+Fqi,k+ZÿiJFqj,k
t
%
d)Exemplos deaplicação (combinaçãodeações)>
Exemplo deaplicação 06->
Uma determinada barra de uma tesoura,deumtelhado convencional de madeira, apresenta os esforços característicos listados a seguir. Considerando que o telhado pode ser considerado como uma edificação do tipo 2, pois seu carregamento é inferior a 5
kN/m2,
e sabendo-se que o carregamento é de longa duração e, em princípio, não sesabequal aação variável principal, pede-se:
a) O esforço de cálculo máximo decompressão na barra; b) Oesforço de cálculo máximo de tração nabarra.
Esforços normais nas barras (valores negativos indicam compressão, positivostração),devidosa:
•
Peso próprio(telha,madeiramento eelementos de ligação)->Ng
•
Peso deáguaabsorvida pelastelhas•
Vento de pressão•
Vento de sucção = -16400N->Nqa
= -2100N-»Nq’vp=
-14900N VS= 900Ní
Note que ocarregamento deveserconsideradoem conjunto. Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon
%
C.Última Normal (página 25) 402 04595-Estruturas de MadeiraSolução:
Osesforçossolicitantes são as causas das rupturas nas seções das estruturas, portanto produzem Estados Limites Últimos. Para verificação destes estados são utilizadas combinaçõesúltimas, no casodecarregamento delongaduração
usa-se aCombinaçãoÚltimaNormal.
Na existência de mais de um carregamento variável, em princípio não se sabe
qual a variável a ser tomada como principal. Nestes casos, deve-se obter os
esforços de cálculo nas diversas hipótese possíveis (em cada hipótese,
adota-se um dos carregamentos como variável principal) e, entre os esforços de
cálculoobtidos, escolher o mais prejudicial estrutura.
a)
Nd
decompressão(-)N
->
Esforçosolicitante pode causarruptura->
Estado limiteúltimo=>
CombinaçãoÚltimaNormal (situação duradoura deprojeto,parauso)
Nd(-)
=>
Entram->
Ng
(sempre);Nq
a eNq
Vp(mesmo sinal deNd)=>
porexistirem duas ações variáveis, usam-seduashipótesespara
Fq1
kHipótese 1) Água é a variável principal
(Fq1
k=Nqa)
Mesmo sinal |Nd
=l,40.Ng
+l,40.[Nqa +0,6.NqVP]
o oi
\|/Q<-
vento co CBFd
=+Yv FqU
+
ÉÿOj-Fqj.fc
i«l j=2
\
O)
cu
<Se
águaforavariável principaNd=
-38416 NHipótese2) Vento de pressãoé a variável principal
(Fq1
k=NqVP)
Cargarápida [—
--=>
Nd
=1.40.Ng
+1.40.[o,75.Nq
w+
0,5.Nqa
\|fo local da água Mesmo sinalFd
=r,-êF«Uc
+;/q|
_w_V H_y1Nd
=l,40.Ng
+l,40.[o,75.NqVP
+0,5.Nq
J=>Nd
=l,40.(-16400)+l,40.[0,75.(-14900)+0,5.(-2100)]
vento de pressão for a variável principal
=>
Nd
=-40075 N Finalmente, conclui-se sobre a variável a ser considerada principal e sobre oesforçodecálculo(omaior, emvalor absoluto,deles).
Compressão
=>
Nd
Nionsidera-se o vento de pressãi
-ÿ_comovariável principai_ÿ
t
Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon
%
402 04595-Estruturas de Madeira C.Última Normal(página 25)
b)
Nd
detração(+)N
->
Esforçosolicitante=>
podecausarruptura->
Estado limiteúltimo
=>
CombinaçãoÚltima Normal (situação duradoura deprojeto, para uso)
Nd(+)
=>
Entram->
Ng
(sempre)eNq
Vs(mesmo sinal de Nd)=>
só existeumaaçãovariável, portanto,
Fq1
k=NqVs
Carga rápida Sinais diferentes
Fd
=re-fyÿ+r<l.
Fqlsk
+Xv/oj-Fq]*k
j
|favorável |=>
Nd
=l,0.Ng +
l,40.[o,75.Nq
vs]
NNd
=1,0.Ng
+
l,40.[o,75.NqVS]
=>
Nd
= 1,0.(-16400)+
1,40.[0,75.(900)]
=>
Nd
=-15455 N CompressãoOmáximo esforçode tração obtido, ainda é decompressão,
portanto, não ocorrerá esforçode traçãona barra.
í
1
>
Exemplo de aplicação 07->
Uma tesoura, de um telhado convencional demadeira, apresenta os deslocamentos verticais (flechas), no centro da
tesoura,listados a seguir. Considerando que o telhado pode ser considerado
como uma edificação dotipo 2, pois seu carregamento é inferior a 5kN/m2, e sabendo-se que o carregamento é de longa duração e, em princípio, não se sabe quala ação variável principal, pede-se:
a) O deslocamento vertical de serviço, para baixo, máximo na tesoura; b) Odeslocamento vertical de serviço, para cima,máximo na tesoura. Deslocamentos verticais no centro da tesoura (valores positivos indicam deslocamentos verticais para baixo, negativos paracima),devidosa:
•
Pesopróprio(telha,madeiramento e elementos de ligação)->Ug
=4,8mm->uqa
=0,6mmvp=3,7 mm -0,3mm
•
Peso deáguaabsorvidapelastelhas•
Vento depressão•
Vento de sucçãoNote que o carregamento deve
serconsiderado emconjunto.
í
Prof.Dr. Norman BarrosLogsdon!
402 04595-Estruturas de Madeira C. QuasePermanente(página 29)
Solução:
a) uef ouUjjutipara baixo (+)
u
->
deslocamento=x>pode causar deformação->
Estado limite de serviço(utilização)=x>Combinação quase permanente (de serviço), usualem
situação duradoura deprojeto(usoprevistoda edificação)
Ud,uti(+)
=>
Entram->
ug
(sempre);uq
aeuq
Vp(mesmosinal deud]Uti)
\\f2<rlocal daágua \\i24-vento
Fd,uti
-+ÿ,//2j-Fqj.k
=>
Ud,uti=
ug +0,3.uqa
+0,0.uq
vpUd.ud
=ug
+
0,3-Uqa+0,0.uqVP
=>
+
0,3.0,6+
0,03,7Ud,ud
>4ÿ98
mmPara baixo
t
u
->
deslocamento=>
pode causar deformação->
Estado limite de serviço(utilização)
=>
Combinação quase permanente (de serviço), usualemsituaçãoduradouradeprojeto(usoprevistodaedificação)
Ud,uti(-)
=>
Entram->
ug
(sempre)euq
Vs(mesmosinaldeudiUtj)
\|/2 vento mFd,uti
-+ÿV/2j-Fqj,k
uduti=4,8
+
0,0.(- 0,3)
ud,utí=ug+0;0.uqVS
máxima flechanegativa(para cima)
obtida,ainda épositiva(para baixo),portanto,
flechapara cima.
uduti=4,8 mm
=>
/
I
Para baixoI
t
Prof.Dr. Norman Barros Logsdon
%
402 04595-Estruturas de Madeira>
Exemplodeaplicação08->
Na figura, aseguir, estãorepresentados os carregamentos típicos de umaponterodoviária demadeira, semrevestimento, aplicados em uma das vigas principais. Considerando
um produto de rigidez efetivo de
Ec0rf.Irf
=1,25.1013
N.mrrr, um carregamento normal (para o uso previsto da construção), eque, em princípio, não sesabequal a açãovariável principal, pede-se:a) Os valores característicos do momento fletor, da força cortante e do deslocamento vertical máximo (flecha) para cada um dos carregamentos;
b) Omomentofletor e aforçacortantede cálculo; c) O deslocamento vertical (flecha) efetivo.
Note que o carregamento pode serconsideradoseparadamente.
t
%
12KN 12kN
12kN Impacto vertical Carregamento
>
variável
Cargamóvel(trem-tipo)
50kN 50kN 50kN
!
3,00 N/mm Peso próprio da estruturade madeira Carregamento permanenteAU
m
uinnnuTTT
Note que as cargas podem ser consideradas separadamente. Recomenda-se utilizar, sempre que possível, as cargas separadamente, pois se tem melhor controle do carregamento e os esforços de cálculo resultam menores.
,0,50, 1,50 1,50
0,5ÿ
4,00mh
>
Soluçãoa) Valores característicos
A obtenção dos valores característicos é a resolução do
problema de “Resistência dos Materiais” e/ou “Estática das Estruturas”envolvido.
í
Prof. Dr.Norman Barros Logsdon 402 04595-Estruturas de Madeiraa.1) Cargapermanente
O esquema estático, correspondente acarga permanente, é usualeestátabelado,portanto:
.3,00 N/mm ... . . p1 3.4000
1111111/iiiiiiiiirrm
v!(„oaPo,o)
=v=T
=—
1500
,500ÿ
MS
(n° Centl'°)=Mmãx
=£V-ug(no
centro)=vmáx=a.2) Carga móvel (trem-tipo)
Oesquema estático, correspondente a carga móvel, pode ser decomposto em dois problemas tabelados (alíneas b e g),
J portanto, pode-seutilizara superposiçãode efeitos:
50000N Diagramas de E.S. (Anexo 2)
Vg
= 6000N=>
pi2
3.400tf
_A_ = 6.000.000N.mm ; ,500, 1500 ! 8 8 4000mm 5.p.r _5.3.4000i
384.E.I 384.(1.25.1013)
r H =>us
=0,80mm Diagramas de E.S. (Anexo 2) 50000N 50000 N 50000N 50000 N 50000 N-A-
Zk.
,500, 1500 1500 ,500, 2000 + 2000 3000404
4000mm 4000mm 4000mm r H=
Vqm
Vqm(n°
alíneab+
V*~g=2
2+
=>
p, 50000.4000 +50000.500 =i>Mqm
=75.000.000 N.mm 4 Pa,(3.í2-4.a!)
3Mqm(no
centro)=M +M = —+
P.a=aaneaV ‘alíneag
Pi3
uqra(no
centro)=ua]ineab+uaH
neag48.E.I 24.E.I
50000.40003
50000.50048.(l,25.1013) 24.(l,25.1013)
(3.4000:-4.500:)
uqm
=9,25mmuqm(no
centro)==>
a.3) Impacto vertical
O carregamento, correspondente ao impacto vertical, é proporcional ao da cargamóvel, portanto, pode-se utilizar a superposiçãode efeitos:
Vqj(no
apoio) = =1500 ,500,
Mÿno
centro)==ÿ.75000000
=18.000.000N.mm1
12 12 u0.(no centro)qiV =
—
.uom
=—.9.2550 qm 5Q 12kN 12kN 12kN
l
t
t
Vqi
=18.000N ,500, 1500 4000mm uqi=2,22 mm=>
!
402 04595-Estruturas de Madeirab) Valores de cálculoparaEstados Limites Últimos (Vd e Md)
Os esforçossolicitantessão as causas das rupturasnas seções das estruturas, portanto produzem Estados Limites Últimos. Para verificação destes estados são utilizadas combinações últimas, no caso docarregamentonormalusa-se aCombinaçãoÚltimaNormal.
Na existência de mais de um carregamento variável, em principio não se sabe qual a variável a ser tomada como principal. Nestes
casos, deve-se obter os esforços de cálculo nas diversas hipótese possíveis (em cada hipótese, adota-se um dos carregamentos como variável principal) e,entre os esforços de cálculoobtidos, escolher o
maisprejudicial à estrutura.
No caso de exemplo isso não será necessário, pois o impacto
vertical (efeito dinâmico da carga móvel) só poderá existir na
presença da carga móvel, portanto, a carga móvel deveria ser tomada como variável principal. Por outro lado, a NBR 7190 da
ABNT (2012) recomenda utilizar acargamóvele seu efeito dinâmico (impacto vertical), emconjunto, como variável principal.