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Método Microbiológico para o Doseamento da Potência da Amoxicilina em Suspensões Orais

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Aceptado el 28 de agosto de 2005

PALAVRAS-CHAVE: Amoxicilina, Potência, Suspensão oral. KEY WORDS: Amoxicillin, Oral suspension, Potency. * Autor a quem dirigir a correspondência: E-mail: pvfarago@uepg.br

Método Microbiológico para o Doseamento

da Potência da Amoxicilina em Suspensões Orais

Paulo V. FARAGO *, Luís A. ESMERINO, Josiane P. PAULA, Josuela S. JACOB e Leila SERVAT

Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Departamento de Ciências Farmacêuticas; Avenida Carlos Cavalcanti, 4748, 84030-900 Ponta Grossa, PR, Brasil

RESUMO. O presente trabalho utiliza o método microbiológico de cilindros em placas para o doseamento da amoxicilina em suspensões orais. Usou-se, como microrganismo-teste, Staphylococcus aureus ATCC 25923 em meio de cultura Ágar Mueller-Hinton. Soluções de amoxicilina com 10, 15, 20, 30, 50 e 100 µg/mL foram empregadas para a curva de calibração. Cilindros foram preenchidos com 50 µL dessas so-luções. Os diâmetros dos halos (n=2) foram de 21,5; 23,75; 25,5; 27; 31 e 33,75 milímetros (mm) com coefi-cientes de variação (CV) de 3,29; 1,49; 2,77; 0; 0 e 1,05%, respectivamente. Analisaram-se três suspensões comerciais de amoxicilina (referência, similar e genérico) com potência declarada de 250 mg/5mL. So-luções de 20 µg/mL, preparadas com as suspensões, apresentaram halos de inibição com médias (n=5) de 25,33; 25,33 e 25,17 mm. As concentrações determinadas foram de 251,6; 251,6 e 244,74 mg/5mL, o que corresponde a 100,6; 100,6 e 97,74% da potência declarada, com CV de 2,28; 2,28 e 1,15%, respectivamen-te. Concluiu-se que as amostras analisadas estavam dentro dos limites preconizados pela Farmacopéia Brasileira (90 a 120% da potência declarada). A partir dos resultados obtidos, observou-se que o método microbiológico de cilindros em placas é adequado e válido para o doseamento da potência da amoxicilina em suspensões orais.

SUMMARY. “Microbiological Method for the Determination of Amoxicillin Potency in Oral Suspensions”. The present work reports a microbiological assay, applying the cylinder-plate method, for the determination of amox-icillin in oral suspension. Stains of Staphylococcus aureus ATCC 25923 were used as a test microorganism in Mueller-Hinton Agar. Amoxicillin solutions of 10, 15, 20, 30, 50 and 100 µg/mL were used for the calibration curve. The cylinders were fulfilled with 50 µL of these solutions. The halo diameters (n=2) were 21.5; 23.75; 25.5; 27; 31 and 33.75 mm and the coefficients of variation (CV) were 3.29; 1.49; 2.77; 0; 0 and 1.05%, respec-tively. Three commercial amoxicillin suspensions (reference, similar and generic) with declared potency of 250 mg/5mL were studied through the method above. Solutions of 20 µg/mL were then prepared and showed inhibi-tion halos media (n=5) of 25.33; 25.33 and 25.17 mm. The concentrainhibi-tions were 251.6; 251.6 and 244.74 mg/5mL which correspond to 100.6; 100.6 and 97.74% of the declared potency, with CV of 2.28; 2.28 and 1.15%, respec-tively. It was concluded that the commercial samples used in this assay were situated on the limits indicated by the Brazilian Pharmacopoeia (90 to 120% of the declared potency). The results pointed that the microbiological assay, applying the cylinder-plate method, can be used for the determination of amoxicillin potency in oral sus-pensions.

INTRODUÇÃO

Quando os antimicrobianos são utilizados no tratamento de infecções, o resultado terapêutico favorável depende de vários fatores. Em termos bem simples, o êxito depende da obtenção de uma concentração do antibiótico no local da in-fecção suficiente para matar (efeito bactericida) ou inibir o crescimento bacteriano (efeito

bacte-riostático). A dose do fármaco utilizado deve ser suficiente para produzir o efeito biológico espe-rado; todavia, as concentrações do antibiótico devem ficar abaixo dos níveis tóxicos para as células humanas. Se isso for conseguido, o mi-crorganismo é considerado sensível ao antibióti-co 1.

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neces-sário que a potência dos antimicrobianos esteja correta nas apresentações farmacêuticas que serão administradas ao paciente. Se a potência estiver abaixo da rotulada, o fármaco pode não atingir no plasma uma concentração capaz de exercer a atividade esperada. Por outro lado, se a concentração estiver acima, poderá provocar toxicidade. Nesse aspecto, a Farmacopéia Brasi-leira 2 estabelece que a potência dos

antimicro-bianos nas formas farmacêuticas deve estar en-tre 90 e 120% da potência declarada.

As penicilinas constituem um dos grupos mais importantes de antibióticos. A amoxicilina é uma aminopenicilina semi-sintética que inibe a síntese da parede celular bacteriana. Esse fár-maco é estável em meio ácido e foi projetado para o uso oral. É bem absorvida no trato gas-trintestinal, sendo que os níveis plasmáticos má-ximos de 4 µg/mL são atingidos duas horas após a administração oral de 250 mg 1.

Segundo Lopes et al. 3apesar da amoxicilina,

ser largamente prescrita na prática clínica há dé-cadas, estudos recentes têm mostrado que ela é ainda um antibiótico bactericida muito ativo e clinicamente mais efetivo que outros antibióti-cos betalactâmiantibióti-cos orais.

Um estudo, desenvolvido para descrever o perfil dos tratamentos medicamentosos usados nas infecções respiratórias, observou que o anti-microbiano mais empregado foi a amoxicilina, com 38% das prescrições 4. Resultado

semelhan-te foi relatado por Fegadolli et al. 5, que

obser-varam que a amoxicilina foi o antibiótico mais prescrito (38,8%) na antibioticoterapia em crianças, nas Unidades de Saúde de Araraquara, interior do Estado de São Paulo.

No tratamento da pneumonia comunitária, segundo Nascimento-Carvalho & Souza-Marques

6, as crianças com dois meses ou mais podem

ser tratadas ambulatorialmente com amoxicilina ou penicilina procaína.

Coelho et al. 7 estudaram a eficácia da

asso-ciação de pantoprazol, claritromicina e amoxici-lina, na erradicação do Helicobacter pylori em pacientes portadores de úlcera péptica. O resul-tado mostrou que essa associação por sete dias constitui alternativa eficaz e bem tolerada para a erradicação do microrganismo em portadores dessa patologia. Resultado semelhante foi relata-do por Bellelis et al. 8 utilizando lanzoprazol,

amoxicilina e claritromicina.

A amoxicilina e o metronidazol parecem ser os antimicrobianos indicados para o tratamento de infecções periodontais nas quais Bacteroides

forsythus seja o patógeno predominante. O

tra-balho de Lotufo et al. 9mostrou que a

amoxicili-na, in vitro, em teste de sensibilidade antimicro-biana, mostrou boa susceptibilidade, frente às cepas de B. forsythus (94%), obtidas de pacien-tes portadores de periodontite. Em outro estudo, Oliveira 10 apresentou uma proposta terapêutica

para os quadros infecciosos e procedimentos profiláticos da infecção em endodontia. As peni-cilinas têm sido escolhidas primariamente para esses procedimentos e, dentre elas, a amoxicili-na parece preencher melhor as necessidades clí-nicas.

Geralmente, para a análise de antibióticos, a Farmacopéia Americana 11preconiza a utilização

do método de cilindro em placa. Esse método microbiológico pode revelar alterações não de-monstradas por métodos químicos. A determi-nação da potência é importante no controle e na garantia da qualidade das preparações far-macêuticas. Faz-se necessário, portanto, o de-senvolvimento de procedimentos práticos e econômicos que possam ser validados e aplica-dos no aplica-doseamento desses fármacos 12,13.

Um outro aspecto importante das formas far-macêuticas de antimicrobianos, na atualidade, é a bioequivalência, pois existem diferentes apre-sentações do mesmo medicamento, comerciali-zadas por diversos laboratórios farmacêuticos. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi testar o método microbiológico de cilindros em placas para o doseamento da potência da amo-xicilina em suspensões orais, envolvendo um medicamento de referência, um similar e um ge-nérico, comercializados no Brasil.

No presente trabalho testou-se o método mi-crobiológico para o doseamento da potência da amoxicilina em suspensões orais comerciais, conforme o que preconizam as Farmacopéias Americana 11 e Brasileira 2.

MATERIAL E MÉTODOS

Primeiramente, foram preparadas as placas com o meio Ágar Mueller-Hinton (MHA), diluin-do-se 34,6 g do meio sólido para 1 L de água destilada. Esse meio foi esterilizado em autocla-ve a 120 °C durante 15 min. Após o resfriamen-to até 45ºC, foram vertidos 14 mL do meio nas placas de Petri descartáveis de 100 mm.

Reservou-se 100 mL do meio esterilizado pa-ra prepapa-rar o Ágar-inóculo com o microrganis-mo teste, Staphylococcus aureus cepa ATCC 25923. A suspensão do inóculo foi preparada em 5 mL de tampão fosfato estéril, 0,1 mol/L e pH 8,0, a partir de uma cultura recente (24 h) da bactéria em meio MHA. A padronização

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des-se inóculo foi feita pelo método de turbidime-tria, comparando a suspensão acima com outra de sulfato de bário em espectrofotômetro (580 nm), com absorbância entre 0,08 e 0,09. Foi adi-cionado 1 mL do inóculo aos 100 mL do meio reservado e, em seguida, acrescentou-se 6 mL desse Ágar-inóculo sobre a camada de meio an-teriormente preparada. Colocou-se papel de fil-tro nas tampas das placas, para que absorvesse o vapor formado pelo metabolismo bacteriano durante a incubação.

Preparou-se uma solução padrão de 1 mg/mL de amoxicilina (amoxicilina triidratada) com tampão fosfato, estéril e pH 8,0. A partir dessa solução, realizaram-se diluições para se obter soluções com concentrações de 10, 15, 20, 30, 50 e 100 µg/mL.

Na placa já solidificada, colocou-se um cilin-dro de metal previamente esterilizado e, no seu interior, pipetou-se uma alíquota de 50 µL de cada solução. Esse procedimento foi realizado em duplicata, com 1 cilindro por placa. As pla-cas foram incubadas em estufa com temperatura de 35±2 °C, por cerca de 20 h.

Após incubação, para facilitar a visualização dos halos de inibição, adicionou-se sobre o crescimento bacteriano uma fina camada de ágar-ágar 1,5%, com 0,3% de cloreto de 2,3,5-tri-feniltretrazólio. Em seguida, realizou-se a leitura dos halos de inibição com auxílio de um paquí-metro.

Com as medidas dos halos em milímetros, traçou-se um gráfico, onde o eixo das abscissas representa a medida dos halos de inibição e o eixo das ordenadas representa o logaritmo da concentração. Esse gráfico foi utilizado como re-ferência para se determinar às concentrações das três amostras comerciais de amoxicilina com potência declarada de 250 mg/5mL (medica-mento de referência, similar e genérico).

Foram preparadas soluções das amostras tes-tadas na concentração de 20 µg/mL (equivalente ao ponto médio da curva padronizada), em tampão fosfato de potássio 0,1 mol/L, estéril e pH 8,0. O procedimento utilizado para determi-nação da potência foi o mesmo anteriormente descrito.

RESULTADOS

A Tabela 1 resume os resultados obtidos na padronização do método microbiológico de ci-lindros em placas para o doseamento da potên-cia da amoxicilina, relacionando as concen-trações das soluções (µg/mL), com os respecti-vos diâmetros dos halos de inibição (mm) e os coeficientes de variação (%).

Com base nos resultados obtidos, promoveu-se a análipromoveu-se gráfica (Fig. 1), onde o eixo das abscissas representa a média dos halos de ini-bição em milímetros e o eixo das ordenadas re-presenta o logaritmo (log) da concentração em µg/mL. Na equação de reta obtida (Fig. 1), o y é o log da concentração e o xé o diâmetro médio do halo de inibição. Essa equação foi utilizada para a determinação da potência nas amostras analisadas de amoxicilina 250 mg/5mL.

Os resultados obtidos nos ensaios das amos-tras comerciais de amoxicilina, medicamento de referência, similar e genérico, podem ser obser-vados na Tabela 2.

DISCUSSÃO

A partir do surgimento da Lei 9787/1999 14,

que regulamentou a existência do medicamento genérico no Brasil, podemos dividir os medica-mentos em de referência, similar e genérico. De

Concentração (µg/mL) 10 15 20 30 50 100

Diâmetro do halo* (mm) 21,50 23,75 25,50 27 31 33,75

Coeficiente de variação (%) 3,29 1,49 2,77 0 0 1,05

Tabela 1. Concentração das soluções empregadas na padronização do método microbiológico de cilindros em placas para o doseamento da amoxicilina, indicando o respectivo diâmetro do halo e o coeficiente de variação.* Valor médio (n=2)

Figura 1. Curva de calibração com os padrões de amoxicilina e o microrganismo-teste Staphylococcus aureus ATCC 25923.

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maneira resumida, o medicamento de referência é caracterizado como produto inovador registra-do no órgão federal de vigilância sanitária e co-mercializado no país. Sua eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente, por ocasião do registro. O medicamento genéri-co, por sua vez, é um medicamento similar a um produto de referência ou inovador que pre-tende ser por este intercambiável, geralmente produzido após expiração ou renuncia da pro-teção patentária ou de outros direitos de exclusi-vidade, desde que comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade. O medicamento similar é aquele que contém os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma far-macêutica, via de administração, posologia e in-dicação terapêutica do medicamento de referên-cia, podendo diferir nas características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de vali-dade, embalagem, rotulagem, excipiente e veícu-los, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. Independentemente da classificação dos medicamentos, todos devem atender aos critérios de qualidade, eficácia e se-gurança, que foram indicados no seu registro.

O método de cilindro em placas, para o do-seamento de antimicrobianos, se baseia na di-fusão do antibiótico contido em um cilindro ver-tical, através de uma camada de Ágar solidifica-do em uma placa de Petri. A partir solidifica-do cilindro, o antimicrobiano se difunde no Ágar em con-centrações decrescentes. A cepa bacteriana se-meada cresce até encontrar a concentração ini-bitória mínima (CIM). Nesse local, forma-se um halo de inibição ao redor do cilindro.

O diâmetro da zona de inibição pode ser uti-lizado tanto para se determinar à susceptibilida-de susceptibilida-de um microrganismo frente a um ou mais fármacos, como para se determinar à potência de um antimicrobiano frente a um microrganis-mo susceptível. O diâmetro do halo de inibição é influenciado pela velocidade de crescimento e pela densidade do inóculo, uma vez que é o re-flexo de uma competição entre a multiplicação do microrganismo e a difusão do antibiótico 11.

Medicamento Halo de inibição* Concentração Potência Coeficiente de variação

(mm) (mg/5mL) (%) (%)

Referência 25,33 251,60 100,6 2,28

Similar 25,33 251,60 100,6 2,28

Genérico 25,17 244,74 97,74 1,15

Tabela 2. Valores do diâmetro médio dos halos de inibição, da concentração, da potência e do coeficiente de variação encontrados para cada medicamento analisado. * Valor médio (n=5).

Conceitos de sensibilidade e resistência bac-teriana se fundamentam na correlação da CIM com níveis teciduais obtidos com a adminis-tração de um fármaco. Nesse aspecto, estiman-do-se que até certo diâmetro as concentrações no Ágar são similares às do plasma, conclui-se que a bactéria, sensível ou resistente in vitro, também o será in vivo. Do ponto de vista práti-co, correlaciona-se a CIM com concentrações plasmáticas obtidas com esquemas posológicos seguros e não tóxicos, afirmando-se que há sen-sibilidade quando a CIM for inferior a essas con-centrações 15.

Antimicrobianos são considerados eficazes quando atigem concentrações pelo menos equi-valentes ao MIC no sítio de infecção. Como regra geral, usa-se a maior dose possível, desde que não tóxica, para garantir uma concentração supe-rior a CIM no sítio da infecção e permitir um maior intervalo entre as doses administradas 15.

Dessa forma, é muito importante que a potência do antimicrobiano esteja correta nas apresentações farmacêuticas para que o fármaco após ser administrado tenha eficácia microbioló-gica, ou seja, a capacidade de eliminar (efeito bactericida) ou inibir a multiplicação de bacté-rias (efeito bacteriostático).

A amoxicilina é uma penicilina sensível à pe-nicinilase (tanto de bactérias Gram-positivas, quanto de Gram-negativas). Entretanto, a admi-nistração simultânea de um inibidor de beta-lac-tamase, como o clavulanato, expande acentuada-mente o espectro de atividade da amoxicilina 1.

A cepa de Staphylococcus aureus ATCC 25923, utilizada nesse estudo, não é produtora de beta-lactamase o que permitiu seu uso como micror-ganismo-teste.

No procedimento de padronização do méto-do microbiológico de cilindros em placas para o doseamento da potência da amoxicilina, obser-vou-se um coeficiente de variação com valores variando entre 0 (zero) e 3,29%. A Farmacopéia Brasileira 2 indica, para que o resultado tenha

uma margem de erro aceitável, que o coeficien-te de variação deva ser inferior a 5%.

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Para a equação da reta, observou-se um coe-ficiente r2de 0,9914 (Fig. 1), o que corresponde

a um coeficiente de correlação (r) de +0,9957. Segundo Gennaro 16, valores para o coeficiente

de correlação próximo de +1 ou de -1, indicam a linearidade da reta e que as variáveis são sig-nificativamente correlacionadas.

O limite para a potência da amoxicilina em uma apresentação farmacêutica, estabelecido pela Farmacopéia Brasileira 2, é de no mínimo

90% e de no máximo 120% da potência declara-da. Assim, uma forma farmacêutica como a que analisamos, com potência declarada de 250 mg/5mL, poderia apresentar concentrações va-riando de 225 a 300 mg/5 mL. Os resultados mostraram que as suspensões comerciais anali-sadas apresentam valores de potência dentro dos limites preconizados, como pode ser verifi-cado na Tabela 2.

Um ponto que deve ser destacado é a dife-rença da composição das formulações comer-ciais pesquisadas. As amostras de referência e similar, que apresentam resultados semelhantes, utilizam a goma xantana como agente suspen-sor, enquanto que a amostra genérica contém carboximetilcelulose. Dessa forma, outras inves-tigações devem ser realizadas no sentido de se avaliar a influência dos coadjuvantes farmaco-técnicos nos valores da potência das suspensões orais de amoxicilina.

CONCLUSÃO

O método microbiológico de cilindros em placas é adequado e válido para o doseamento da potência da amoxicilina em suspensões orais comerciais. As potências determinadas, no psente estudo, tanto para o medicamento de re-ferência, como para o similiar e o genérico, estão dentro dos limites estabelecidos pela Far-macopéia Brasileira.

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