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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO

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Academic year: 2021

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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS

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PROJETO PEDAGÓGICO DO

CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA INTEGRADO AO

ENSINO MÉDIO

Porteirinha – MG 2019

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Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO

Ministro da Educação

ABRAHAM BRAGANÇA DE VASCONCELLOS WEINTRAUB Secretário de Educação Profissional e Tecnológica

ARIOSTO ANTUNES CULAU Reitor

Prof. JOSÉ RICARDO MARTINS DA SILVA Pró-Reitor de Administração e Planejamento

Prof. EDMILSON TADEU CASSANI Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional

Prof. ALISSON MAGALHÃES CASTRO Pró-Reitor de Ensino

Prof. RICARDO MAGALHÃES DIAS CARDOZO Pró-Reitora de Extensão

Profª. MARIA ARACI MAGALHÃES

Pró-Reitor de Pesquisa, Inovação Tecnológica e Pós-Graduação Prof. ROGÉRIO MENDES MURTA

Diretor Geral - Campus Avançado Porteirinha Prof. PEDRO PAULO PEREIRA BRITO Diretor de Ensino - Campus Avançado Porteirinha

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Equipe Organizadora

LÍVIA DE FÁTIMA SILVA MENDES - Coordenadora do Curso CLÁUDIA RABELO OLIVEIRA AMORIM - Professora E.B.T.T

ENIVAN KELES FARIAS SANTOS - Tradutora e Intérprete de Linguagem de Sinais GERSIANE FRANCIERE FREITAS RIBEIRO - Auxiliar de Biblioteca

IGOR SERGIO DE OLIVEIRA FREITAS - Professor E.B.T.T. LIDINEI SANTOS COSTA - Técnica em Assuntos Educacionais

MARCO ANTÔNIO SILVA PEREIRA - Professor E.B.T.T. PATRÍCIA TEIXEIRA SAMPAIO - Professora E.B.T.T. ROZAINE ROSA CARVALHO - Auxiliar em Administração

WILNEY FERNANDO SILVA - Diretor de Ensino

Equipe Técnica da Pró-Reitoria de Ensino

Diretor da Diretoria de Ensino Prof. WALLAS SIQUEIRA JARDIM Diretora do Departamento do Ensino Técnico Profª. LUCIANA GUSMÃO DE SOUZA NARCISO

Técnica em Assuntos Educacionais AILSE DE CÁSSIA QUADROS

Pedagoga

MARIA DAS GRAÇAS RODRIGUES MENDES Elaboração dos Planos das Unidades Curriculares Professores responsáveis pelas respectivas disciplinas

Professores da Base Comum Nacional e Professores da Formação Profissional do Campus Avançado Porteirinha

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SUMÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ... 6 2. APRESENTAÇÃO ... 7 2.1 Apresentação Geral ... 7 2.2 Apresentação do Campus ... 12 3. JUSTIFICATIVA ... 15 4. OBJETIVOS ... 16 4.1 Objetivo Geral ... 16 4.2 Objetivos Específicos ... 17

5. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA 18 5.1 Perfil profissional de conclusão do curso ... 18

5.2 Orientações Metodológicas ... 21

5.3 Estratégias Metodológicas para a Integração dos Conhecimentos ... 23

5.4 Núcleo Integrador ... 25

5.4.1 Disciplinas Integradoras ... 26

5.4.2 Práticas de Integração Disciplinar: transversalidade do currículo ... 27

5.4.3 Atividades Práticas ... 29

5.4.4 Centro de Línguas ... 29

5.5 Matriz Curricular ... 32

5.6 Ementas ... 36

5.7 Prática Profissional intrínseca ao currículo desenvolvida nos ambientes de aprendizagem 36 5.7.1 Projeto Integrador ... 36

5.8 Estágio Curricular Supervisionado ... 37

5.9 Iniciação Científica... 39

5.10 Critérios de avaliação da aprendizagem aplicados aos alunos do curso ... 40

5.10.1 Critérios de avaliação da aprendizagem aplicados às Línguas Estrangeiras ... 41

5.10.2 Modalidades de avaliação ... 41

5.10.3 Recuperação Paralela, Parcial e Média Global ... 42

5.10.4 Recuperação Final ... 44

5.11 Progressão Parcial ... 44

5.12 Apoio ao discente ... 45

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6. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS

ANTERIORES ... 47

7. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DO CURSO ... 48

8. COORDENAÇÃO E COLEGIADO DE CURSO ... 48

9. PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO ENVOLVIDO NO CURSO ... 49

10. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS... 51

10.1 Ambientes Disponíveis no campus utilizados pelo Curso ... 51

10.2 Infraestrutura de Laboratórios Específicos do Curso ... 53

10.3 Biblioteca ... 55

10.4 Instalações ... 55

10.5 Recursos Tecnológicos ... 55

11. CERTIFICADOS E DIPLOMAS EXPEDIDOS AOS CONCLUINTES DO CURSO . 56 12. CASOS OMISSOS ... 56

13. REFERÊNCIAS ... 57

APÊNDICE A – EMENTAS DAS DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS ... 59

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1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

Denominação do curso Técnico em Eletrotécnica

Atos legais autorizativos Em andamento

Modalidade oferecida Integrado

Habilitação Técnico em Eletrotécnica

Modalidade de ensino Presencial

Ano de implantação 2020

Turno de oferta Integral

Tempo de integralização Mínimo: 3 anos

Máximo: 6 anos

Carga horária total 3.293:20:00 horas

Número de vagas oferecidas 40 (quarenta) vagas

Periodicidade de oferta de vagas Anual

Forma de ingresso Processo seletivo após conclusão do Ensino

Fundamental, segundo edital específico; Transferência de acordo com o Regulamento dos Cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio do IFNMG e havendo vaga.

Endereço do curso Instituto Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia do Norte de Minas Gerais - IFNMG - Campus Avançado Porteirinha

Avenida José Silveira Lopes, no 429, Bairro Vila Serranópolis

Porteirinha/MG - Cep: 39520-000 Telefone: (38) 98108-8125

Eixo Tecnológico Controle e Processos Industriais

Coordenadora do curso Profa. Me. Lívia de Fátima Silva Mendes

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2. APRESENTAÇÃO

2.1 Apresentação Geral

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais (IFNMG) foi criado em 29 de dezembro de 2008, pela Lei nº. 11.892, através da integração do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) de Januária e da Escola Agrotécnica Federal de Salinas (EAF), instituições com mais de 50 anos de experiência na oferta da educação profissional.

Essa integração teve o objetivo de fortalecer o desenvolvimento socioeconômico da região, da mesma forma que ocorreu com a criação de outros institutos por todo o país. Os Institutos Federais (IFs) mantêm as ofertas de cursos relacionadas ao desenvolvimento local, regional e nacional, conforme previsto em suas finalidades e características, artigo 6°, inciso I, da Lei no 11.892/2008:

I - ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades, formando e qualificando cidadãos com vistas à atuação profissional nos diversos setores da economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional;

II - desenvolver a educação profissional e tecnológica como processo educativo e investigativo de geração e adaptação de soluções técnicas e tecnológicas às demandas sociais e peculiaridades regionais;

III - promover a integração e a verticalização da educação básica à educação profissional e educação superior, otimizando a infraestrutura física, os quadros de pessoal e os recursos de gestão;

IV - orientar sua oferta formativa em benefício da consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de atuação do Instituto Federal;

V - constituir-se em centro de excelência na oferta do ensino de ciências, em geral, e de ciências aplicadas, em particular, estimulando o desenvolvimento de espírito crítico, voltado à investigação empírica;

VI - qualificar-se como centro de referência no apoio à oferta do ensino de ciências nas instituições públicas de ensino, oferecendo capacitação técnica e atualização pedagógica aos docentes das redes públicas de ensino;

VII - desenvolver programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica; VIII - realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cultural, o empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico;

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IX - promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais, notadamente as voltadas à preservação do meio ambiente. (BRASIL, 2008, p. 2).

Em fevereiro de 2009, foram iniciadas as atividades de ensino no Campus Arinos, a partir de um convênio firmado entre o IFNMG, as Secretarias de Educação do Estado de Minas Gerais e do Município de Arinos. Após um ano de funcionamento, em 1º de fevereiro de 2010, o IFNMG - Campus Arinos recebeu a autorização de funcionamento, através da Portaria MEC nº. 113, de 29 de janeiro de 2010.

Em 19 de janeiro de 2010, o Campus Araçuaí iniciou suas atividades, e pela Portaria do MEC nº. 111, de 29 de janeiro de 2010, publicada também em 1º de fevereiro de 2010, no Diário Oficial da União (DOU), foi autorizado o funcionamento desse Campus. Na mesma data, foi autorizado o funcionamento do Campus Almenara, por meio da Portaria do MEC no 108/2010, tendo a solenidade de abertura do pleno funcionamento das atividades didático-pedagógicas em 21 de outubro de 2010. No mesmo ano, o Campus Montes Claros e o Campus Pirapora foram autorizados a funcionar, por meio da Portaria do MEC nº. 1.366, de 06 de dezembro, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 08 de dezembro de 2010.

No dia 16 de agosto de 2011, a presidente Dilma Rousseff anunciou a abertura de mais cento e vinte (120) unidades dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, por todo o país. Ocasião em que o IFNMG foi contemplado com dois novos campi, Diamantina e Teófilo Otoni, que tinham o funcionamento previsto para 2014.

Por fim, em 2013, o município de Janaúba foi selecionado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) do MEC, para receber o Campus Avançado Janaúba e, no mesmo ano, a cidade de Porteirinha também foi contemplada com um Campus Avançado.

O IFNMG, assim como outros IFs pelo país, seguindo o que a Lei nº. 11.892/2008 discorre, foi criado para desenvolver soluções técnicas e tecnológicas respondendo às demandas sociais e às peculiaridades regionais, direcionando sua oferta formativa para o benefício e fortalecimento dos arranjos produtivos sociais e culturais locais, sem perder de vista a melhoria da qualidade de vida, a inclusão social e o fortalecimento da cidadania.

A localização do IFNMG corresponde a mesma lógica da distribuição dos demais IFs no país, pelo Ministério da Educação, que se pautou no limite geográfico dos estados federados, além da

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9 - 121 diretriz de atendimento a todas mesorregiões brasileiras. No caso de Minas Gerais, o Estado foi dividido em doze (12) mesorregiões, subdivididas em 66 microrregiões, conforme a Figura 1.

Figura 1 - Mapa de abrangência do IFNMG com a indicação dos campi, por mesorregião.

Fonte: PDI (2014-2018), Portal IFNMG (2019).

A área de abrangência do IFNMG é formada por 171 municípios, nas mesorregiões Norte e Noroeste de Minas e Vales do Jequitinhonha e Mucuri, cobrindo quase toda a metade norte do território mineiro, correspondendo à área territorial de 249.376,20 km² e atendendo uma população total de 2.898.631 habitantes (IBGE, 2010).

Atualmente, nessa abrangência, o IFNMG atua com uma organização estruturada no formato multicampi, atendendo as microrregiões com onze campi: Almenara, Araçuaí, Arinos, Diamantina,

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10 - 121 Januária, Montes Claros, Pirapora, Salinas, Teófilo Otoni, Porteirinha, Janaúba, além da Reitoria, sediada em Montes Claros, conforme mostra a Figura 2.

Figura 2 - Unidades do IFNMG

Fonte: PDI (2014-2018), Portal IFNMG (2019).

A área de Ensino a Distância apresenta uma dinâmica relevante dentro do IFNMG. Por meio da Educação a Distância (EAD), o IFNMG se faz presente em diversos municípios da porção noroeste, da norte e da nordeste (Vales do Jequitinhonha e Mucuri) do Estado de Minas Gerais. Atualmente, são atendidos 110 municípios com cursos de Formação Inicial e Continuada para o Trabalho, cursos técnicos, cursos de graduação e especialização do IFNMG. O mapa a seguir demonstra bem a delimitação espacial do ensino a distância dentro do Instituto Federal.

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11 - 121 Figura 3 - Mapa de abrangência de atuação IFNMG-EAD, por mesorregião

Fonte: Centro de Referência em Formação e Educação a Distância (2018).

Assim, apresentamos o Projeto Pedagógico do Curso de Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio, sendo esta sua primeira versão, buscando atender aos anseios das regiões supracitadas, considerando que o curso foi escolhido por meio um amplo processo de diálogo com a comunidade local, realizado por meio de várias consultas públicas, com a aplicação de questionário online e reuniões com representantes da sociedade para sugestões de cursos técnicos. O questionário eletrônico foi respondido por 1055 (hum mil e cinquenta e cinco) pessoas e o resultado da pesquisa foi apresentado em audiência pública, realizada na cidade de Porteirinha, com a participação de 400 (quatrocentas) pessoas. Deste modo, o curso supracitado foi escolhido de forma legítima e democrática, tendo como base os Arranjos Produtivos Locais (APLs) e a Análise Preliminar de Risco (APR), assim como alguns setores econômicos e sua participação no PIB dos municípios das microrregiões, onde se destacam os setores de serviços com 64,6%, seguido pelo setor agropecuário com 23% e o setor industrial com 12,4%, de acordo com dados do IBGE (2010).

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12 - 121 A construção deste Projeto Pedagógico do Curso pautou-se na legislação educacional vigente, no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e nos princípios democráticos, contando com a participação dos profissionais da área do curso e da equipe pedagógica. A proposta aqui apresentada tem por finalidade retratar a realidade vivenciada pelo campus quanto a atualização, adequação curricular, realidade cultural e social, buscando garantir o interesse, os anseios e a qualificação da clientela atendida, despertando o interesse para o ensino, a pesquisa e a extensão, além do prosseguimento vertical dos estudos.

Desta forma, é importante citar a legislação consultada: a Lei Federal nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB); Lei Federal nº. 11.741, de 16 de julho de 2008, que altera dispositivos da Lei nº. 9.394; o Decreto nº. 5.154 de 23 de julho 2004, que regulamenta o parágrafo 2º do artigo 36 e os artigos 39 a 41 da Lei nº. 9394/96 e dá outras providências; o Parecer CNE/CEB nº. 11/2012, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio; a Resolução CNE/CEB nº. 6/2012, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio e o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos - Resolução CNE/CEB nº. 1, de 5 de dezembro de 2014, que orienta os sistemas de ensino e as instituições públicas e privadas de Educação Profissional e Tecnológica quanto a oferta de cursos técnicos de nível médio.

É preciso pensar, debater e articular coletivamente acerca dos desafios e possibilidades, incluindo um olhar crítico, atento para as mudanças e, prioritariamente, para a realidade e expectativa dos educandos que se matriculam em nossos cursos, seus anseios e necessidades. Assim, expomos neste documento a estrutura que orientará a nossa prática pedagógica do Curso Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio, entendendo que o presente documento é passível de ser reelaborado e aprimorado, sempre que se fizer necessário.

2.2 Apresentação do Campus

O IFNMG - Campus Avançado Porteirinha, instituição pública de ensino gratuito, cuja missão é promover educação de excelência por meio de ensino, pesquisa e extensão, busca interagir pessoas, conhecimento, tecnologia e proporcionar desenvolvimento educacional, social e cultural da região norte mineira. Iniciou suas atividades no ano de 2016, conforme a Portaria nº. 378, de 9 de maio de 2016, publicada no DOU de 10 de maio de 2016.

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13 - 121 Está localizado no Norte de Minas Gerais e embora atenda também a parte do território da cidadania do Alto Rio Pardo, está sediado no território da cidadania da Serra Geral, à Avenida José Silveira Lopes, nº. 429, Bairro Vila Serranópolis, em um terreno com área de 21.942,95 m². O território de atendimento do Campus Avançado Porteirinha possui uma área de abrangência de 12.031,58 km², reúne 12 (doze) municípios, com uma população de 158.587 habitantes (IBGE, 2014), sendo que 78.171 vivem na zona rural, correspondendo a, aproximadamente, 49,0% do total de habitantes. De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (2016), possui 15.271 estabelecimentos para agricultores familiares, 378 famílias assentadas e 23 comunidades quilombolas.

Os municípios da Serra Geral e Alto Rio Pardo atendidos pelo Campus Avançado Porteirinha são: Catuti, Espinosa, Gameleiras, Mamonas, Mato Verde, Monte Azul, Montezuma, Pai Pedro, Porteirinha, Riacho dos Machados, Santo Antônio do Retiro e Serranópolis de Minas. O município de Porteirinha apresenta-se como um dos mais populosos da região, com 38.079 habitantes, de acordo com dados apresentados pelo IBGE (2014). Além disso, fica a uma distância máxima de 115 km dos demais municípios da região, com acesso pavimentado, o que o coloca em uma localização privilegiada, conforme a Figura 4.

Figura 4 - Municípios da Serra Geral e Alto do Rio Pardo

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14 - 121 O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Porteirinha é de 0,651, conforme podemos notar no Gráfico 1, sendo o terceiro maior IDH médio da região, mas está abaixo do IDH médio do Brasil (0,727). A população dos municípios atendidos pelo Campus Avançado Porteirinha é, em sua maioria, de baixo poder aquisitivo, tendo assim expressiva necessidade de acesso à Ciência e à Tecnologia.

Gráfico 01 - IDHM do Brasil e dos municípios atendidos pelo Campus Avançado Porteirinha segundo o censo 2010 do IBGE.

Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2019).

As atividades do Campus Avançado Porteirinha tiveram início no primeiro semestre do ano de 2016 com a oferta do Curso Técnico em Informática para Internet nas modalidades concomitante e subsequente. No ano seguinte passou a ofertar o Curso Técnico em Eletroeletrônica também nas modalidades concomitante e subsequente. Em 2018, alinhado ao propósito de alavancar as áreas nas quais ciência e tecnologia são elementos centrais para formar profissionais especializados em áreas diversas do conhecimento e para atuar nos setores produtivos, foi implantado o Curso Bacharelado em Sistemas de Informação.

Na cidade de Porteirinha é crescente a demanda por profissionais capacitados que possam atender a todos os setores da economia. Ciente de tal situação e com base nas características socioeconômicas e no perfil comercial da região, o IFNMG buscou identificar, por meio de várias reuniões técnicas e com os diversos setores da sociedade civil organizada e população local, as áreas

0,727

0,651 0,621 0,627 0,65 0,618 0,662 0,659

0,587 0,59 0,627 0,57 0,633

Brasil Porteirinha Catuti Espinosa Gameleiras Mamonas Mato Verde Monte Azul

Montezuma Pai Pedro Riacho dos Machados Santo Antônio do Retiro Serranópolis de Minas

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15 - 121 de atuação profissional nas quais tal demanda é mais iminente. Foi verificada a necessidade de cursos de formação técnica integrada ao Ensino Médio e voltados para o atendimento aos empreendimentos da região. Assim, no seu plano de metas, o IFNMG - Campus Avançado Porteirinha contempla eixos tecnológicos como Informação e Comunicação, além de Controle e Processos Industriais.

Dando continuidade ao processo de ampliação, o Campus apresenta o presente Projeto Pedagógico para o curso de Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio, que foi construído tendo em vista o contexto local e regional no qual o Campus se insere e as condições de infraestrutura física, bem como o quadro de pessoal existente na Instituição. Procuramos, coletivamente, repensar os desafios e possibilidades da área, atentando-nos para a realidade e expectativa dos educandos que se matricularão em nossos cursos.

Desta maneira, foi verificada a necessidade de cursos superiores e cursos para a formação técnica de nível médio voltados para o atendimento das usinas de geração de energia solar (usinas fotovoltaicas) e geração de energia eólica que deverão ser instaladas na região. Destarte, o Curso Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio do IFNMG - Campus Avançado Porteirinha está sendo implementado visando ao atendimento da crescente demanda de trabalho na região. Nesse sentido, será oferecido aos discentes diversos canais auxiliares de assistência na construção dos conhecimentos e consolidação das habilidades indispensáveis a formação social, humana e profissional de excelência.

3. JUSTIFICATIVA

A cidade de Porteirinha e região tem amplo potencial energético solar e eólico, fatores que atraem empresários de todo o Brasil, no entanto apresenta dificuldade em recrutar mão de obra técnica qualificada, tornando inviável a instalação de empresas de tecnologia, considerado ramo importante para desenvolvimento econômico da cidade. De acordo com o censo realizado pelo IBGE em 2010, 63% da população de Porteirinha não possuía instrução ou apenas o ensino fundamental incompleto e somente 16% da população possuía o ensino médio completo ou ensino superior incompleto (IBGE, 2018).

Nesse contexto, o curso de Técnico em Eletrotécnica na forma Integrada ao Ensino Médio poderá atender a uma demanda por mão de obra qualificada e especializada, pois se trata de um curso

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16 - 121 com habilitação gerada a partir das competências inerentes aos processos produtivos. Conforme Código Brasileiro de Ocupações (CBO), esse curso oferece a possibilidade de o profissional atuar no controle da produção de energia elétrica, seja monitorando sistemas de geração, manobrando equipamentos, executando atividades para manter máquinas e equipamentos em condições de operação, realizando atividades de distribuição de energia elétrica, analisando ordens de manobra, controlando o nível de energia programada, acionando equipamentos auxiliares de distribuição, liberando ou bloqueando linhas e equipamentos de transmissão e distribuição, além de interagir com outros setores e iacho q nstituições e trabalhar segundo procedimentos de segurança, proteção ao meio ambiente e saúde ocupacional.

Além disso, o curso Técnico em Eletrotécnica abrange não somente a área industrial, como também as áreas de serviços e comércio. Suas atividades podem se desenvolver tanto em grandes e médias empresas, como em pequenas e microempresas, abrindo assim as possibilidades de empreendedorismo dos discentes.

Por ser este curso técnico integrado ao ensino médio, o futuro profissional contará também com os componentes curriculares que abrangem as áreas de conhecimento da base nacional comum, cujo foco é o desenvolvimento da pessoa para o pleno e consciente exercício da cidadania, além da qualificação para o trabalho.

Assim, compreendendo as possibilidades de atuação e atividades desempenhadas pelo profissional Técnico em Eletrotécnica, o IFNMG - Campus Porteirinha propõe a oferta do Curso Técnico Integrado em Eletrotécnica, disponibilizando ao mercado de trabalho, profissionais aptos ao exercício da profissão nos termos da legislação em vigor.

4. OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Promover a formação de Técnicos em Eletrotécnica com visão ética, humanística e técnica para atender plenamente as características e as especificidades delineadas para essa profissão, priorizando nas suas ações laborais a viabilidade técnico-econômica e a sustentabilidade social, como forma de atender ao compromisso com o desenvolvimento socioeconômico local e regional.

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4.2 Objetivos Específicos

Como objetivos específicos, o Curso Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio também busca:

• Formar para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

• aprimorar o educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

• propiciar o domínio da norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemáticas, artístico-culturais e científico-tecnológicas;

• ensinar a utilizar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais;

• auxiliar a construir e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artístico-culturais;

• compreender a sociedade, sua gênese e transformação, e os múltiplos fatores que nela intervém, como produtos da ação humana;

• proporcionar a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada componente curricular; • capacitar os discentes a partir de uma base de conhecimentos instrumentais científicos e

tecnológicos, desenvolvendo competências para atuar nas áreas de produção, pesquisa e desenvolvimento profissional;

• formar profissionais habilitados a projetar, instalar, operar e manter elementos dos sistemas eletrônicos;

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18 - 121 • habilitar o estudante na elaboração e desenvolvimento de projetos de instalações elétricas

industriais, prediais e residenciais;

• desenvolver competências relacionadas ao planejamento, execução, manutenção de equipamentos e instalações elétricas;

• capacitar o estudante para projeto e instalação de sistemas de acionamentos elétricos e sistemas de automação industrial;

• formar o profissional técnico de nível médio capaz de conhecer e compreender as tecnologias atuais e futuras, bem como avaliar seus impactos sociais, econômicos, políticos e ambientais; • atuar no desenvolvimento de novas tecnologias, no campo da Eletrotécnica, no intuito de

contribuir com o desenvolvimento socioeconômico local e regional.

5. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA

5.1 Perfil profissional de conclusão do curso

O Técnico em Eletrotécnica terá atuação conforme a legislação que regulamenta o exercício de sua profissão, regida pelo Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT) que foi criado em março de 2018, pela Lei nº. 13.639. As atribuições deste profissional estão de acordo com o Decreto nº. 90.922, de 6 de fevereiro de 1985, que regulamenta a Lei nº. 5.524, de 5 de novembro de 1968, a qual dispõe sobre o exercício da profissão do Técnico Industrial de Nível Médio. De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupação (CBO), estes profissionais poderão atuar como “Técnico em Eletricidade e Eletrotécnica” (CBO-3131).

Ao final de sua formação, o egresso do curso Técnico em Eletrotécnica deverá apresentar um conjunto de conhecimentos, atitudes e habilidades que permitam a sua atuação na indústria e na prestação de serviços relacionados ao projeto, montagem, operação e manutenção de sistemas elétricos. Tais competências, segundo o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), atualizadas conforme a Resolução CNE/CEB n°. 1, de 5 de dezembro de 2014, estão inseridas dentro do eixo tecnológico de Controle e Processos Industriais, que compreende tecnologias associadas a infraestrutura e processos mecânicos, elétricos e eletroeletrônicos, em atividades produtivas.

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19 - 121 A estrutura curricular dos cursos inseridos neste eixo contempla conhecimentos relacionados à leitura e produção de textos técnicos; estatística e raciocínio lógico; ciência, tecnologia e inovação; investigação tecnológica; empreendedorismo; tecnologias de comunicação e informação; desenvolvimento interpessoal; legislação; normas técnicas; saúde e segurança no trabalho; gestão da qualidade e produtividade; responsabilidade e sustentabilidade social e ambiental; qualidade de vida; e ética profissional.

Sendo assim, o perfil profissional dos egressos do curso Técnico em Eletrotécnica, de acordo com o CNCT e com a Matriz Curricular que nortearão o itinerário formativo, deverá compreender o desenvolvimento de competências que contemplam habilidades e conhecimentos para:

• desenhar layouts, diagramas e esquemas elétricos correlacionando-os com as normas técnicas e com os princípios científicos e tecnológicos;

• elaborar projetos elétricos residenciais, comerciais e industriais;

• elaborar orçamentos de instalações elétricas e de manutenção de máquinas e equipamentos, considerando a relação custo/benefício;

• aplicar técnicas de medição e ensaios visando à melhoria da qualidade de produtos e serviços de plantas elétricas industriais;

• auxiliar na avaliação das características e propriedades dos materiais, insumos e elementos de máquinas elétricas, aplicando os fundamentos matemáticos, físicos e químicos em processos de controle de qualidade;

• realizar o controle de qualidade dos bens e serviços utilizando critérios de padronização e mensuração;

• planejar e executar a instalação de equipamentos e máquinas elétricas, especificando materiais, acessórios, dispositivos e instrumentos;

• coordenar equipes de trabalho que atuam na instalação, montagem, operação e manutenção elétrica em geral, incluindo elementos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica;

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20 - 121 • otimizar sistemas de instalações e manutenção elétrica, propondo incorporação de novas

tecnologias e medidas para o uso eficiente e racional da energia elétrica;

• aplicar normas técnicas associadas à saúde e segurança do trabalho e meio ambiente;

• aplicar normas técnicas em processos de fabricação, instalação, manutenção e operação de máquinas e equipamentos, utilizando catálogos, manuais e tabelas;

• operar máquinas elétricas, equipamentos e instrumentos de medições eletroeletrônicas; • implementar sistemas automatizados utilizando controladores lógicos programáveis; • atuar na divulgação técnica de bens e serviços produzidos na área eletroeletrônica;

• compreender os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática nas diversas áreas do saber.

Além das habilidades e conhecimentos técnicos que são estabelecidos pelas legislações que regulamentam o curso de Técnico em Eletrotécnica, outros aspectos são necessários para a formação do aluno como cidadão e como exigências para facilitar a inserção e manutenção do profissional no mundo do trabalho. Dentre estes aspectos, pode-se destacar:

• iniciativa, criatividade e responsabilidade para exercer liderança; • capacidade para trabalho em equipe;

• utilização adequada da linguagem oral e escrita como instrumento de comunicação e interação social;

• conhecimento das formas contemporâneas de linguagem, com vistas ao exercício da cidadania e a preparação básica para o trabalho;

• formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; • compreensão da sociedade, sua gênese, transformação e os múltiplos fatores que nela

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21 - 121 • capacidade de associar conhecimentos de disciplinas e áreas distintas;

• cumprimento de metas e prazos estabelecidos;

• aplicar habilidades sociolinguísticas, a fim de interagir como cidadão globalizado capaz de inserir-se no mundo do trabalho por meio da comunicação em outros idiomas;

• ser um profissional ético e humano, utilizando os processos técnicos em favor do desenvolvimento regional, atentando-se para a responsabilidade social no meio onde está inserido.

O aperfeiçoamento de tais aspectos será obtido ao longo do curso, no decorrer das disciplinas e de atividades extraclasse, tais como projetos de pesquisa e extensão, feiras de ciência, visitas técnicas, cursos e palestras, atividades interdisciplinares, dentre outras.

5.2 Orientações Metodológicas

A implementação do Curso Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio exige uma definição clara do que se busca com essa integração e que sujeito se pretende formar. O reconhecimento do discente como um sujeito histórico e social demanda que o ensino supere a dualidade educacional, a qual se propõe desenvolver algumas capacidades técnicas para a classe trabalhadora, privando-a do desenvolvimento de sua capacidade criativa e de pensamento autônomo (ARAÚJO, FRIGOTTO, 2015).

Corroboramos com Ramos (2010), quando destaca a necessidade de vinculação da educação com a prática social através do trabalho, da ciência e da cultura para a formação unitária, politécnica e omnilateral. Dessa forma, busca-se o desenvolvimento integral do discente, a partir da superação da dualidade da educação específica e geral, a fim de que a formação não esteja voltada unicamente para o mercado de trabalho, mas para a vida.

Nisso reside a importância da omnilateralidade, buscando conceber o discente como um ser inteiro, carregado de história e cultura, como reforçam Araújo e Frigotto (2015, p. 62), quando defendem um Ensino Médio Integrado utópico “[…] que não se satisfaz com a socialização de fragmentos da cultura sistematizada e que compreende como direito de todos ao acesso a um processo

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22 - 121 formativo, inclusive escolar, que promova o desenvolvimento de suas amplas faculdades físicas e intelectuais”.

A formação politécnica, no entendimento de Saviani (1989, p. 17), “diz respeito ao domínio dos fundamentos científicos das diferentes técnicas que caracterizam o processo de trabalho produtivo moderno”. Com isso, o discente poderá escolher qual atividade desenvolverá por não ter sido “adestrado” para desenvolver somente uma tarefa. Ao conhecer os princípios científicos das técnicas, tornar-se-á um trabalhador multilateral, compreendendo a organização do trabalho moderno.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional também aborda essa politecnia em seu artigo 35, quando diz que o currículo do Ensino Médio “I – destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura” (BRASIL, 1996, p. 9). Daí a necessidade de que o trabalho seja um princípio educativo no Ensino Médio, por ser uma fase em que os discentes precisam compreender a relação entre trabalho e educação, e como o homem se constitui ontologicamente e historicamente através do trabalho, pois como assevera Saviani (2007, p. 154) “A essência humana não é, então, dada ao homem; não é uma dádiva divina ou natural; não é algo que precede a existência do homem. Ao contrário, a essência humana é produzida pelos próprios homens. O que o homem é, é-o pelo trabalho”.

A partir do Ensino Médio, a maioria dos discentes necessitam adentrar no mundo do trabalho, e para isso necessitam compreender como ocorre a organização do trabalho na sociedade capitalista e como ocorre a exploração dessa força. Torna-se relevante entender que o homem se constitui na sua relação com o mundo natural e com seus semelhantes, transformando a natureza e construindo sua existência. Porém, ao mesmo tempo, sua força de trabalho é historicamente explorada pelo capitalismo, tornando o trabalho uma categoria econômica, pois sua sobrevivência é proveniente desta troca (RAMOS, 2010).

Partindo desses princípios, o que se busca, em termos epistemológicos e metodológicos é que o ensino considere a práxis como ferramenta para construção do conhecimento, visando constituir uma prática pedagógica integradora, alicerçada pela contextualização do conhecimento, pela interdisciplinaridade e problematização da realidade, tendo sempre em vista o compromisso com a transformação social (ARAÚJO; FRIGOTTO, 2015).

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23 - 121 Ainda segundo Araújo e Frigotto (2015), a escolha de determinadas técnicas de ensino em detrimento de outras não garantem o alcance dos objetivos do processo de ensino-aprendizagem. O que realmente importa para tornar esse processo mais significativo é o compromisso ético-político que se tem em relação ao discente e à sociedade que se quer transformar, ou seja, a formação de sujeitos críticos, criativos e emancipados. A integração ocorrerá, independente da metodologia utilizada, se for compreendida a dialética entre os diferentes fenômenos e a realidade social, bem como sua relação com a totalidade.

O Curso Técnico em Eletrotécnica possui uma estrutura curricular dinâmica e flexível, sem pré-requisitos obrigatórios de disciplinas, apesar de estarem organizadas numa matriz curricular. Tem um Núcleo Integrador que articula as várias disciplinas do curso. Importante salientar, ainda, que o conceito de disciplina adotado por essa concepção supera a visão fragmentada que, consequentemente, leva à especialização em detrimento da consideração do todo de que fazem parte. Ao contrário, trata-se de um conjunto de conhecimentos que possuem características próprias, rico na sua especificidade, porém, deverá ser trabalhada no sentido de promover uma apreensão da totalidade do conhecimento.

Visando a uma formação com qualidade, que responda aos interesses da demanda local e regional, suas disciplinas são agrupadas na Base de Conhecimentos Científicos Tecnológicos:

Base Nacional Comum Curricular: disciplinas que contribuem para a formação geral e humana (Linguagens e suas tecnologias, Matemática e suas tecnologias, Ciências da Natureza e suas tecnologias, Ciências Humanas e sociais aplicadas).

Núcleo Integrador: disciplinas que fazem o elo entre a Base Nacional Comum Curricular e o Núcleo Tecnológico articulando conteúdos e discussões capazes de promover a formação geral em espaços contínuos (Física Técnica; Sociologia do Trabalho; Filosofia, Ciência e Tecnologia e Projeto Integrador).

Núcleo Tecnológico: integra as disciplinas da base de formação técnica em Eletrotécnica, de acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos do MEC e o perfil profissional desejado.

5.3 Estratégias Metodológicas para a Integração dos Conhecimentos

O curso técnico integrado tem como pressuposto pedagógico metodologias de ensino que valorizem a aprendizagem do estudante em uma dinâmica construtiva, que contemple o desenvolvimento de competências de forma a considerar a formação de um profissional preparado

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24 - 121 para os conhecimentos teórico-práticos, com qualificação no desempenho profissional, atuando de forma reflexiva e ética.

Em conformidade com o que estabelece a Resolução nº. 6, de 20 de setembro de 2012 do CNE, um dos princípios da Educação Profissional Técnica de Nível Médio é a “relação e articulação entre a formação desenvolvida no Ensino Médio e a preparação para o exercício das profissões técnicas, visando à formação integral do estudante” (BRASIL, 2012, p. 4). Desse modo, as metodologias de ensino possibilitam a adoção de estratégias que priorizem a articulação entre as dimensões Trabalho, Ciência, Tecnologia e Cultura, baseadas nos princípios da interdisciplinaridade, no sentido de favorecer a integração de aprendizagens e conhecimentos.

Possibilitar que as práticas pedagógicas devem estimular os alunos a buscar soluções, de forma emancipada e com iniciativa. Para tanto, devem ser utilizados diferentes procedimentos didáticos pedagógicos, como atividades teóricas, demonstrativas e práticas contextualizadas, bem como projetos voltados para o desenvolvimento da capacidade de solução de problemas. Sendo assim, a diversificação das metodologias de ensino torna-se uma alternativa para os problemas de aprendizagem e de indisciplina.

O processo de ensino-aprendizagem deve extrapolar os limites da sala de aula, desenvolvendo-se também nas práticas de campo, nos laboratórios, na biblioteca e nas visitas técnicas. Diante disso, diversas são as possibilidades metodológicas para se trabalhar de forma integrada, a saber:

• articulação de conteúdos, objetivos e aprendizagens no seio da disciplina/unidade curricular (disciplinaridade) e através da troca de saberes entre disciplinas (interdisciplinaridade); • integração de conteúdos não disciplinares (temas transversais) em diversas disciplinas, seja

mediante uma ação didática individual, seja mediante uma ação articulada ou negociada com outros docentes;

• utilização da Pedagogia de Projetos, com a escolha negociada, de um tema mobilizador e latente, em torno do qual abordar-se-ão conteúdos de natureza específica ou geral;

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25 - 121 e nacional;

• articulação teoria-prática: estudada uma teoria, aos alunos cabem efetivá-la, na prática, ou delinear estratégias, projetos e formas de sua operacionalização, contribuindo para a resolução de problemas concretos;

• articulação prática-teoria: a partir de uma atividade prática, cabe aos alunos elaborar uma teoria que explique os fenômenos analisados;

• aprendizagem por pesquisa: dado um tema, questão ou problema, os alunos e docentes definem metodologias e formas de atuação que lhes permitam encontrar dados, informações ou conhecimentos que permitem compreender a problemática em estudo;

• o diálogo e a integração de conhecimentos curriculares: a conjugação de diferentes óticas disciplinares para a compreensão em profundidade de um dado tema, problema, fenômeno ou processo de produção, mediado pelas inúmeras manifestações de linguagem.

• Organização de turmas com discentes de anos e cursos distintos: a interação heterogênea entre os educandos possibilita a troca de saberes necessárias para a dinâmica social, construção da identidade de grupo, pertencimento e, sobretudo, espírito coletivo que evita a rivalidade entre as áreas.

5.4 Núcleo Integrador

O Núcleo Integrador é o espaço curricular pensado com o objetivo de ser o elo entre o núcleo técnico e a base nacional comum, articulando conteúdos e discussões capazes de promover a formação geral em espaços contínuos. Busca-se a promoção da aprendizagem significativa, em que o aluno é capaz de fazer relações dos conteúdos das disciplinas e as situações cotidianas vivenciadas. Nessa perspectiva, o ensino-aprendizagem ocorre de maneira interdisciplinar/transdisciplinar buscando relação entre pesquisa e extensão, isto é, a partir da promoção do conhecimento pode-se gerar produtos com características extensionistas e produção de pesquisa.

A integração dos núcleos e das disciplinas que os compõem também visa melhor aproveitamento no tempo escolar e na qualidade do ensino, na medida em que as ementas das

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26 - 121 disciplinas no núcleo básico e do núcleo profissional possibilitam a identificação dos conteúdos propostos de forma articulada e não repetitiva.

O objetivo desta integração não se limita à integração de carga horária exigida legalmente nos núcleos. Busca-se valorizar o conhecimento de forma global, sem desconsiderar a organização por disciplinas, mas compreendendo que esta organização não pode ser um entrave à aprendizagem. A integração não se refere à dispensa do estudo por disciplinas, nem à visão reducionista de apenas soma de conhecimentos específicos. A organização por disciplina foi mantida neste projeto, mas a sua relação com o conhecimento foi repensada, restabelecendo a totalidade, de modo que o conhecimento do todo se dê pelo conhecimento das partes integradas.

Segundo Ramos (2005), o desafio do currículo integrado estaria na construção de relações entre os conhecimentos específicos, pois nenhum conhecimento é só geral nem somente específico, os conceitos precisam ser tratados no interior de cada disciplina, que inter-relacionando-se com outros conceitos retomam a unidade parte-totalidade. Embora o Núcleo Integrador tenha por essência a finalidade de assegurar a integração dos conhecimentos em um Ensino Médio Integrado, há que se ressaltar que a concepção de integração aqui empregada não se restringe apenas às disciplinas que o compõem. Nas ementas de outras disciplinas também estão previstas articulações entre a formação profissional e a formação geral.

É importante ressaltar ainda que a construção de um ensino realmente integrado passa também por outros fatores, entre os quais destacamos a formação continuada dos profissionais da educação e a construção de planejamentos cada vez mais coletivos. Sempre objetivando aprofundar as concepções e desenvolver metodologias que favoreçam uma práxis educacional que supere a fragmentação curricular e promova a inter-relação entre os conteúdos em uma aprendizagem significativa. Dentre práticas de integração disciplinar propostas, destacam-se, além do Projeto Integrador descrito no item 5.7.1, as integrações entre as disciplinas do curso, as atividades práticas e o Centro de Línguas.

5.4.1 Disciplinas Integradoras

O Curso Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio contempla a interdisciplinaridade conforme as possibilidades de articulação entre as disciplinas, integrando as diferentes áreas do conhecimento de acordo com suas características e potencialidades, objetivando

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27 - 121 o máximo aproveitamento do conhecimento produzido e promovendo a integração dos resultados produzidos. É importante ressaltar que os interesses próprios de cada disciplina são preservados.

As atividades elaboradas pelos professores, tendo em vista a complexidade da realidade contemporânea, pretendem fornecer uma formação integral por meio da adoção de metodologias que propiciem o desenvolvimento de trabalhos em grupos de diferentes áreas do conhecimento, as quais permitem a convergência das disciplinas para explorar assuntos em conjunto. Desta forma, cria-se um contexto de aplicações de diversos conhecimentos, sendo que cada disciplina aborde com mais propriedade os saberes indispensáveis para cada componente necessário para resolução de determinados problemas.

As disciplinas de Física Técnica, de Língua estrangeira, de Filosofia, Ciência e Tecnologia, de Sociologia do Trabalho e de Informática Básica são as disciplinas responsáveis pela integração entre os conceitos abordados pela Base Nacional Comum Curricular e o Núcleo Tecnológico.

A integração dos conteúdos abordados nas disciplinas de Física Técnica se justifica pelo simples fato de que os conceitos básicos de eletrotécnica se fundamentam no conteúdo normalmente abordado nas disciplinas de Física do ensino médio. Na disciplina de Informática Básica, integram-se conceitos de Língua Portuguesa, abordando aspectos textuais e normas aplicadas à estruturação de trabalhos, com os resultados obtidos no desenvolvimento das atividades de todas as disciplinas do Núcleo Tecnológico, por exemplo na elaboração de relatórios técnicos. Além disso, as disciplinas do Núcleo Tecnológico, as quais abordam os requisitos técnicos necessários para desempenho da profissão, se relacionam com as disciplinas de Sociologia do Trabalho e de Filosofia, Ciência e Tecnologia com o intuito de aproximar os assuntos abordados nas disciplinas de Filosofia, de Sociologia e de História, da Base Comum, com as habilidades requeridas em um ambiente de trabalho, tais como responsabilidade e ética profissional. A integração proposta para as disciplinas de Língua Estrangeira está descrita no item 5.4.4, que trata do Centro de Línguas.

5.4.2 Práticas de Integração Disciplinar: transversalidade do currículo

Considerando a importância da integração de conteúdos e da interdisciplinaridade, através da qual o conhecimento passa a ser tratado de forma abrangente e holística, o currículo do curso atenderá

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28 - 121 às normativas que incluem temas obrigatórios e transversais, de forma que tais temáticas sejam trabalhadas em conjunto nas diversas áreas, a saber:

• História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, incluída no currículo oficial da rede de ensino pela Lei nº. 11.645, de 10/03/2008.

• Artes visuais, dança, música e teatro, incluídas no ensino da Arte pela Lei nº. 13.278 de 02/05/2016.

• Direitos das crianças e adolescentes: prevenção de todas as formas de violência contra a criança (Lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990 e Lei nº. 13.010/2014).

Em observância à Resolução CNE/CEB nº. 03/2018: • Educação alimentar e nutricional (Lei nº. 11.947/2009).

• Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso (Lei nº. 10.741/2003, dispõe sobre o Estatuto do Idoso).

• Educação Ambiental (Lei nº. 9.795/99, dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental).

• Educação para o Trânsito (Lei nº. 9.503/97, institui o Código de Trânsito Brasileiro). • Educação em Direitos Humanos (Decreto nº. 7.037/2009, institui o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH 3).

• Educação Digital.

A abordagem desses temas será feita através de um planejamento conjunto entre docentes, setor pedagógico e Núcleo de Assistência ao Educando, articulando o Ensino, Pesquisa e Extensão de forma a desenvolver projetos e atividades que favoreçam o protagonismo discente no entendimento e na reflexão crítica sobre as referidas temáticas.

Assim sendo, durante o período letivo, serão organizados momentos em que as produções resultantes das práticas interdisciplinares possam ser compartilhadas. Para tanto, eventos como Feira

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29 - 121 de Educação Profissional, Feira de Tecnologia, Projetos Interdisciplinares e Oficinas Integradoras, possibilitarão a integração e contextualização dos conteúdos do curso.

5.4.3 Atividades Práticas

A atividade prática é uma ferramenta didático-pedagógica que favorece o processo de aprendizado do discente, pois traz para o seu ambiente de desenvolvimento educacional um estímulo a investigação científica, fazendo com que este se torne mais ativo e passe a ter mais interesse nos assuntos abordados. A abordagem dos conteúdos apenas com aulas teóricas, pode refletir negativamente na formação dos discentes, pois interfere, até mesmo, no estímulo a continuidade dos estudos.

Neste contexto, o Curso Técnico em Eletrotécnica apresentado visa oportunizar um envolvimento maior do discente com atividades práticas. As disciplinas propostas no núcleo técnico da Matriz Curricular foram desenvolvidas com a finalidade de adotar uma atitude interdisciplinar nas práticas educativas, reconhecendo que o aprendizado requer a mobilização do conhecimento desenvolvido em mais de uma disciplina.

Além disso, entende-se que a utilização desta ferramenta didático-pedagógica permite ao discente atuar de maneira ativa no processo de aprendizagem, desenvolvendo competências como: proatividade, autonomia, criatividade, capacidade de trabalhar em grupo e solucionar problemas, possibilitando, desta forma, um dinamismo maior no processo de aprendizagem, o que facilita a assimilação dos conteúdos.

5.4.4 Centro de Línguas

As línguas adicionais, também chamadas de línguas estrangeiras, oportunizam que o discente se insira no mundo globalizado, estreitando, assim, os laços com nações de culturas diferentes da sua. A partir disso, terá acesso a conhecimentos externos, a exemplo de estudos internacionais, bem como a diferentes comunidades linguísticas.

Assim sendo, entende-se que a língua está imersa na cultura e não o contrário, por isso a sua aquisição possibilita a formação cidadã, humana e profissional numa perspectiva de compreensão

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30 - 121 dessas diferenças culturais em que o discente desenvolve seu papel ativo no processo de construção do conhecimento, a partir do entendimento de globalização.

Considerando o exposto apresenta-se que a oferta de línguas estrangeiras será realizada pelo Núcleo do Centro de Línguas (Celin), conforme previsão do Regulamento dos Centros de Línguas do IFNMG, capítulo II, parágrafo único:

Os cursos dos NCelins poderão ser ofertados como disciplinas para os alunos dos cursos Integrados, Concomitantes, Subsequentes e Superiores, de acordo com os documentos regulatórios. Os cursos dos NCelins podem combinar ensino presencial, semipresencial e a distância, desde que haja suporte tecnológico e o auxílio de professores e tutores.

Além disso, a LDB, capítulo II, da Educação Básica, art.22, alínea IV, prevê que: “poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de anos distintos, com níveis equivalentes de atendimento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares”.

Sendo assim, acredita-se que o oferta das línguas estrangeiras, via Celin, oportunizará ganhos significativos para a aquisição das línguas adicionais, quais sejam: o discente participará de um ambiente integrador com colegas de turmas e anos distintas, possibilitando a inter-relação e troca de saberes; o discente poderá, a partir do segundo ano, escolher a língua estrangeira que cursará, considerando suas afinidades linguísticas e sociais. As turmas serão organizadas por níveis de habilidades e competências, garantindo, assim, a inclusão por meio do tratamento igual àqueles que são diferentes. Acesso aos exames de proficiência, a exemplo do Toefl, capacitação para pleito de mobilidade acadêmica e acesso ao programa Idiomas sem Fronteiras (ISF).

A Resolução CNE/CEB nº. 3/2018, Art.11, parágrafo 4, dispõem que “os currículos do ensino médio incluirão, obrigatoriamente, o estudo da Língua Inglesa e poderão ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter optativo, preferencialmente o Espanhol, de acordo com a disponibilidade de oferta, locais e horários definidos pelos sistemas de ensino”. Já a Base Nacional Comum (BNCC), trata do estudo de Língua Inglesa como obrigatório no Ensino Médio (LDB, Art. 35-A, § 4º).

Deste modo, a oferta da Língua Inglesa e da Língua Espanhola no curso Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio será realizada com carga horária obrigatória, sendo que no 1º ano o discente fará 1 (uma) aula de Inglês e 1 (uma) de Espanhol e no 2º ano fará a escolha de qual língua cursará, entre Inglês e Espanhol sendo a carga horária mínima de 80 horas, divididas em dois

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31 - 121 módulos de 40 horas cada. No 3º ano, a disciplina de Língua Estrangeira I será opcional para o discente, devendo ser a mesma cursada no 2º ano, cuja oferta será realizada conforme possibilidades do Celin. Assim sendo, a carga horária do 3º ano será contabilizada como carga horária extra.

A Língua Latina e a Língua Italiana, na disciplina Língua Estrangeira II, poderão ser ofertadas no 2º e 3º ano, em caráter optativo. Para esse caso, o discente será certificado pelo Celin e a carga horária será computada na carga horária do curso integrado.

No Núcleo Básico, será trabalhada a língua como instrumento de comunicação, o idioma para fins específicos e a sensibilização do discente para a escolha do itinerário formativo escolhido para ser cursado no 2º e 3º ano.

Nas unidades curriculares nomeadas de Língua Estrangeira I e II, contempladas pelo Núcleo Integrador, a integração curricular dar-se-á em três perspectivas, quais sejam: didático-pedagógica, por meio do acesso às quatro habilidades (ouvir, escrever, ler e falar) perpassadas por temas transversais de interesse da formação geral e da profissionalizante; interação dos discentes entre cursos e anos distintos e através de projetos extensionistas propostos pelas disciplinas.

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32 - 121

5.5 Matriz Curricular

Quadro 1: Matriz Curricular do Curso Técnico em Eletrotécnica Integrado.

Disciplinas

1o ANO 2o ANO 3o ANO TOTAL

Aulas por semana CH Anual h.a. CH Anual horas Aulas por semana CH Anual h.a. CH Anual horas Aulas por semana CH Anual h.a. CH Anual horas CH CH hora B ase N ac io n al C o m u m C u rr ic u lar Obrigatórias Língua Portuguesa 4 160 133:20:00 4 160 133:20:00 4 160 133:20:00 480 400:00:00 Arte 0 0 0:00:00 1 40 33:20:00 0 0 0:00:00 40 33:20:00 Educação Física 2 80 66:40:00 2 80 66:40:00 2 80 66:40:00 240 200:00:00 Matemática 4 160 133:20:00 4 160 133:20:00 4 160 133:20:00 480 400:00:00 Biologia 2 80 66:40:00 2 80 66:40:00 2 80 66:40:00 240 200:00:00 Química 2 80 66:40:00 2 80 66:40:00 2 80 66:40:00 240 200:00:00 História 2 80 66:40:00 2 80 66:40:00 2 80 66:40:00 240 200:00:00 Geografia 2 80 66:40:00 2 80 66:40:00 2 80 66:40:00 240 200:00:00 Filosofia 1 40 33:20:00 0 0 0:00:00 0 0 0:00:00 40 33:20:00 Sociologia 1 40 33:20:00 0 0 0:00:00 0 0 0:00:00 40 33:20:00 Língua Inglesa 1 40 33:20:00 0 0 0:00:00 0 0 0:00:00 40 33:20:00 Língua Espanhola 1 40 33:20:00 0 0 0:00:00 0 0 0:00:00 40 33:20:00 Total Parcial 22 880 733:20:00 19 760 633:20:00 18 720 600:00:00 2360 1966:40:00 N ú cl e o In te gr ad o r Obrigatórias/ Eletivas Física Técnica 3 120 100:00:00 2 80 66:40:00 2 80 66:40:00 280 233:20:00

Língua Estrangeira I (Inglês e

Espanhol)(1)(2) 0 0 0:00:00 2 80 80:00:00 0 0 0:00:00 80 80:00:00

Filosofia, Ciência e Tecnologia 0 0 0:00:00 2 80 66:40:00 0 0 0:00:00 80 66:40:00

Sociologia do Trabalho 0 0 0:00:00 0 0 0:00:00 2 80 66:40:00 80 66:40:00

(33)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS

CAMPUS AVANÇADO PORTEIRINHA

33 - 121

Disciplinas

1o ANO 2o ANO 3o ANO TOTAL

Aulas por semana CH Anual h.a. CH Anual horas Aulas por semana CH Anual h.a. CH Anual horas Aulas por semana CH Anual h.a. CH Anual horas CH CH hora N ú cl e o In te gr ad o r Optativas Língua Estrangeira I (Inglês e Espanhol)(1)(3) 0 0 0:00:00 0 0 0:00:00 2 80 80:00:00 80 80:00:00 Língua Estrangeira II (Italiano e Latim)(1)(3) 0 0 0:00:00 2 80 80:00:00 2 80 80:00:00 160 160:00:00 Informática Básica(3) 1 40 33:20:00 0 0 0:00:00 0 0 0:00:00 40 33:20:00 N ú cl e o Te cn o gi co Obrigatórias Fundamentos de Eletrotécnica 3 120 100:00:00 120 100:00:00 Desenho Técnico 2 80 66:40:00 80 66:40:00

Circuitos CA e Sistemas Trifásicos 4 160 133:20:00 160 133:20:00

Instalações Elétricas Residenciais e

Industriais 3 120 100:00:00 120 100:00:00

Eletrônica 3 120 100:00:00 120 100:00:00

Instrumentação e Automação

Industrial 3 120 100:00:00 120 100:00:00

Máquinas Elétricas e Acionamentos

Elétricos 3 120 100:00:00 120 100:00:00

Segurança do Trabalho 1 40 33:20:00 40 33:20:00

Energias Eólica e Fotovoltaica 2 80 66:40:00 80 66:40:00

Total Parcial 5 200 166:40:00 10 400 333:20:00 9 360 300:00:00 960 800:00:00

Optativas Aplicações Práticas(3) 1 40 33:20:00 1 40 33:20:00 1 40 33:20:00 120 100:00:00

Carga Horária Obrigatória Total 30 1200 1000:00:00 37 1400 1180:00:00 33 1240 1033:20:00 3840 3213:20:00 Estágio Curricular Supervisionado /

Projeto Integrador 80:00:00 80:00:00

Carga Horária Obrigatória Total + Estágio Curricular Supervisionado / Projeto Integrador 3293:20:00

(1) Cada aula refere-se à 1 hora/aula de 60min. (2) A escolha da Língua Estrangeira a ser cursada no 2º ano será ELETIVA pelo discente. (3) Disciplina de caráter OPTATIVO. No 3º ano a Língua Estrangeira será optativa aos discentes, cuja escolha será a mesma do 2º ano, sendo a oferta condicionada à possibilidade

(34)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS

CAMPUS AVANÇADO PORTEIRINHA

34 - 121

Diagrama de Venn da distribuição da Carga Horária. Quadro explicativo da matriz curricular

Duração da Hora/aula: 50 minutos

Horário do Turno: 07:10 às 11:40 / 13:30 às 17:10

Duração do Intervalo: 20 minutos

Total Anual de Dias Letivos necessários para o cumprimento da matriz curricular: 200 dias letivos Total Anual de Semanas Letivas necessárias para o cumprimento da matriz curricular: 40 semanas

Carga Horária do curso sem Estágio Curricular: 3.213:20:00 horas

Carga Horária do curso com Estágio Curricular: 3.293:20:00 horas

Núcleo Integrador 446:40:00 horas

Núcleo

Tecnológico

800:00:00

horas

+ Estágio

80:00:00

horas

BNCC

1966:40:00

horas

Referências

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