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SciELO - Scientific Electronic Library Online FAPESP CAPES CNPq BIREM E FapU NI FESP

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Academic year: 2021

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Ao

Prof. Dr. Flávio Anastácio de Oliveira Camargo Diretor, Diretoria de Avaliação da CAPES Brasília

Prezado Prof. Dr. Flavio Camargo,

Os membros do Comitê Consultivo do Programa SciELO, cumprimentamos V.Sa. e desejamos uma profícua gestão à frente da DAV da CAPES e tomamos a iniciativa de compartilhar a seguir uma descrição resumida do Programa SciELO e destacar fatores chave que evidenciam sua contribuição ao progresso da pesquisa nacional, em particular dos programas de pós graduação. Em nossa visão, o SciELO constitui uma fonte de informação indispensável para o sistema de avaliação da pós-graduação brasileira e vimos solicitar que nessa condição deve ser considerado pela CAPES na elaboração do Qualis.

Nossa visão parte do entendimento que os periódicos de qualidade do Brasil cumprem função essencial em comunicar pesquisas que são de escopo ou interesse nacional e que em geral são mais bem comunicadas por periódicos editados nacionalmente. Nessa condição, complementam as pesquisas que são comunicadas em periódicos publicados no exterior. O SciELO, desde sua criação há 22 anos, contribui decisivamente ao aperfeiçoamento, visibilidade e impacto dos periódicos de qualidade que indexa e publica e em consequência das pesquisas que comunicam. Nesse sentido, periódicos SciELO servem de referência para o conjunto dos periódicos do Brasil.

O SciELO desenvolveu e opera um Modelo de Publicação aperfeiçoado continuamente nas funções de indexação, publicação e interoperabilidade de periódicos e seus artigos. Conta com uma metodologia avançada de avaliação de periódicos similar ou mais abrangente que a dos índices WoS e Scopus, tendo como base a obediência às boas práticas editoriais e sua relevância para o avanço da pesquisa em suas respectivas áreas temáticas. Os Critérios de Indexação do SciELO Brasil e o desenvolvimento da coleção são assistidos pelo Comitê Consultivo cuja composição compreende seis pesquisadores editores-chefes de periódicos SciELO Brasil selecionados por seus pares das respectivas áreas temáticas (Ciências Agrárias, Biológicas, Humanas incluindo Sociais Aplicadas, Exatas, da Terra e Engenharias, Literatura, Letras e Artes e Saúde), um representante de cada uma das agências mantenedoras do SciELO (FAPESP, CAPES e CNPq), o presidente da Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC) e o diretor do Programa SciELO/FAPESP.

Atualmente, o SciELO Brasil indexa 298 periódicos das diferentes áreas temáticas que são publicados sob a responsabilidade de sociedades científicas, associações de pós-graduação, associações

profissionais, universidades e outras instituições de pesquisa de todas as regiões do Brasil. No desenvolvimento dessa coleção o SciELO avaliou em seus 22 anos 1.220 periódicos em 3.300 avaliações. Considerando que o Brasil tem em torno a 2.300 periódicos ativos com mais de 20 anos segundo o Catálogo Latindex, a indexação do SciELO é altamente seletiva.

Em conjunto, os periódicos ativos do SciELO Brasil avaliam anualmente mais de 90 mil manuscritos, dos quais pouco mais de 20% são aprovados. São publicados semanalmente uma média de 400 novos artigos de pesquisa, que somam mais de 20 mil ao ano e acumulam até o momento um repositório de 420 mil documentos em acesso aberto. Este repositório preserva a memória e dissemina a melhor pesquisa do Brasil publicada em periódicos editados nacionalmente. O modelo SciELO sob liderança do Brasil é um dos mais avançados em cooperação internacional de comunicação científica e já foi adotado por outros 16 países formando a Rede SciELO, cujas coleções nacionais geridas e financiadas

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descentralizadamente publicam 1.200 periódicos e acumulam um repositório de 940 mil documentos em acesso aberto.

Pioneiro na adoção do acesso aberto, o Programa SciELO vem promovendo desde 2018 o alinhamento dos periódicos e das pesquisas que comunicam com as práticas da Ciência Aberta. A expectativa é que até o final de 2022 a maioria dos periódicos terão políticas e gestão editorial alinhadas com o modus operandi da Ciência Aberta, o que posicionará os periódicos do Brasil entre os mais avançados internacionalmente e contribuirá decisivamente para a adoção da Ciência Aberta pelos programas de pós-graduação. O Acesso Aberto e mais amplamente a Ciência Aberta

contribuem para a função social da ciência ao facilitarem a tradução de informação e conhecimento para fora do ambiente acadêmico. No processo de alinhamento com a Ciência Aberta, o Programa SciELO iniciou em abril de 2020 a operação do servidor SciELO Preprints com prioridade para os manuscritos relacionados com o Sars-CoV-2 e a COVID-19 e do repositório de dados de pesquisa SciELO Data para a comunicação de dados, códigos de programas e de outros materiais subjacentes aos artigos com vistas a facilitar sua avaliação, reprodutibilidade e reuso e está promovendo junto aos periódicos mecanismos para fortalecer a transparência e abertura do processo de avaliação por pares.

Destacamos os seguintes avanços, contribuições e funções do SciELO que colocam o Brasil em posicionamento privilegiado no ecossistema internacional de comunicação científica:

 SciELO Brasil com 92 periódicos indexados no JCR/WoS é o segundo maior publicador de artigos e

reviews do Brasil depois da Elsevier. Está entre os 20 principais publicadores de artigos e reviews

de todo o mundo. Pioneiro global em acesso aberto, SciELO Brasil está entre os 10 principais publicadores em acesso aberto. Entre 2015 e 2019 o número de periódicos do SciELO Brasil com Fator de Impacto maior que um cresceu de 13 para 44. A mediana do FI dos 90 periódicos indexados em 2015 foi de 0,52 e de 0,86 para os 92 periódicos de 2019, um crescimento de 65%;  o desempenho dos periódicos SciELO Brasil no WoS e Scopus é competitivo ou superior aos dos

países BRICS, Coréia do Sul, Espanha, França e México tomados como referência. No WoS o desempenho é menor somente aos periódicos da China e da Coréia do Sul, mas no Scopus, com maior cobertura, é superior aos de todos os países considerados. Em particular, em ambos os índices os periódicos SciELO tem melhor desempenho que os demais periódicos do Brasil como reflexo da qualidade de indexação do SciELO;

 todos os periódicos SciELO Brasil e seus artigos são indexados no SciELO Citation Index na plataforma WoS e no Directory of Open Access Journals (DOAJ) que indexa periódicos de acesso aberto com boas práticas editoriais, 77% são indexados no Scopus, 70% dos periódicos de ciências da saúde indexados no PubMed e destes 77% estão em texto completo no PubMed Central;

 o Nature Index, em comunicação recente, destaca o SciELO ao mapear o panorama global de periódicos - https://go.nature.com/31WdGmw;

 no primeiro semestre de 2020, o SciELO Brasil serviu uma média diária de 870 mil acessos e downloads aos textos completos, com crescimento de 5% em relação à média diária de 830 mil do primeiro semestre de 2019. Os cálculos de acessos e downloads seguem a metodologia COUNTER que exclui robôs e assegura acessos de usuários humanos;

 o SciELO priorizou na última década a internacionalização dos periódicos considerando três dimensões: proporção do idioma inglês, participação de pesquisadores afiliados no exterior como autores e como editores ou pareceristas. Os dados da evolução da comunicação em inglês assim como da autoria com afiliação no exterior na década de 2010 a 2019 evidenciam um avanço notável na internacionalização os periódicos:

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 a proporção de artigos em inglês cresceu de 43% a 74% no conjunto de todos os periódicos, de 50% a 90% nas Ciências da Vida, de 56% a 82% nas Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinares e de 13% a 39% nas Humanidades. A publicação bilingue em português e inglês variou de 13% a 22%, com predominância nas Ciências da Vida que cresceu de 16% a 27%. Nenhum outro país realiza tamanho esforço em multilinguismo;

 a proporção de artigos com autoria de afiliação estrangeira cresceu de 14% a 25% no conjunto de todos os periódicos, de 13% a 26% nas Ciências da Vida, de 16% a 21% nas Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinares e de 25% a 28% nas Humanidades;  todos os periódicos SciELO têm seus artigos formatados em XML segundo a normal NISO Journal

Article Tag Suite (JATS) e todos usam serviço on-line de avaliação de manuscritos, sendo que 51% usam o ScholarOne e 49% o Open Journal System;

 os periódicos SciELO Brasil apresentam alto nível de sustentabilidade no que se refere à institucionalidade e políticas de gestão editorial bem definidas. Nenhum periódico apresenta atraso de mais de 6 meses sem publicar;

 quanto à sustentabilidade financeira, estima-se que a publicação de um artigo na coleção SciELO tenha custo médio entre R$1.400,00 e R$2.000,0 por artigo, sendo entre R$1.000,00 e

R$1.600,00 custeado pelo periódico antes de enviar os artigos para o SciELO e R$400,00 o custo médio de operação no SciELO. Uma breve consulta realizada no segundo semestre de 2019 sobre o custeio dos periódicos apontou que 35% dos periódicos são financiados por uma única fonte (24% pela instituição responsável, 7% por agência de financiamento e 5% por APC). A grande maioria é custeada por uma combinação de fontes em diferentes proporções, sendo que 16% não recebe financiamento algum da instituição responsável. O uso de Article Processing Charges (APC) vem crescendo progressivamente e é utilizado atualmente por 85 periódicos dos 298 periódicos (28.5%);

 o Programa SciELO, desde o projeto piloto de 1997 que deu origem ao modelo de publicação, é mantido em 80% a 90% pela FAPESP. O CNPq passou a contribuir a partir de 2002 e a CAPES a partir de 2018. Os projetos de manutenção e desenvolvimento do SciELO e os respectivos orçamentos abrangem períodos de três anos. O período atual entre 2020 e 2022 tem previsto o custeio do orçamento em 80% pela FAPESP, 15% pela CAPES e 5% pelo CNPq. A partir de 2023, está previsto a manutenção do SciELO por um consórcio formado pela CAPES, CNPq e FAPs com o objetivo de nacionalizar o Programa SciELO e fortalecer a sua manutenção.

Como programa de infraestrutura de pesquisa do Brasil, o SciELO representa um capital técnico-científico do Brasil face aos desafios e as pressões de mudança sobre o ecossistema global de comunicação científica. Primeiro, na demanda de realização mais eficiente e oportuna da função social da pesquisa como fonte de conhecimento para a solução dos problemas da humanidade e do Brasil, sistematizados, em particular, nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Segundo, no amortecimento do impacto da crise econômica e financeira advinda da pandemia da COVID-19. Terceiro, na sustentabilidade da comunicação científica em acesso aberto com o pagamento de taxas de publicação (APC) pelos autores que resultará da transformação dos periódicos de assinatura para o acesso aberto liderado pelo Plano S da cOAlition S apoiada pela Comissão Europeia e que reúne um número crescente de importantes agências de financiamento de pesquisa. Os desafios e as mudanças associadas tendem a afetar seriamente os países de baixa e média renda, em particular o Brasil. Por um lado, a alta do valor do dólar encarece significativamente os custos em reais de aquisição de conteúdos como na atualização anual do Portal Periódicos CAPES, e, por outro, os custos de pagamento pelos autores das taxas de publicação. Os periódicos SciELO constituem uma alternativa de custo financeiro baixo e alta qualidade acadêmica para promover o papel social da pesquisa cientifica e para a comunicação científica com custos acessíveis.

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Em consonância com a contribuição do SciELO ao avanço da pesquisa nacional que o qualifica como fonte de informação essencial para a avaliação dos programas de pós-graduação reafirmamos nossa proposta anteriormente encaminhada. Propomos que os periódicos SciELO Brasil recebam de acordo com seus indicadores SciELO, estratificação adicional que permita sua revalorização, nas respectivas áreas-mãe, obedecidos os indicadores CiteScore da Scopus e H5 do Google Scholar.

Comitê Científico do SciELO Brasil

Adriana Maria Tonini, Professora Associada da Universidade Federal de Ouro Preto, Representante titular do CNPq (gestão 2018-)

Alexander Wilhelm Armin Kellner, Professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Editor do periódico Anais da Academia Brasileira de Ciências, Representante titular da área de Ciências Biológicas (2018-2020)

Andreia Guerini, Professora Titular da Universidade Federal de Santa Catarina, Editora do periódico Cadernos de Tradução, Representante titular da área de Linguística, Letras e Artes (2019-2021)

Carla Simone Pavanelli, Bióloga da Universidade Estadual de Maringá, Editora do periódico Neotropical Ichthyology, Representante suplente da área de Ciências Biológicas (2018-2020)

Edmar Joaquim Corazza, Editor do periódico Pesquisa Agropecuária Brasileira, Representante suplente da área de Ciências Agrárias (2019-2021)

Edmund Chada Baracat, Professor Titular da Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Pró-Reitor de Graduação da Universidade de São Paulo, Representante titular da área de Ciências da Saúde (2018-2020)

Enzo Morosini Frazzon, Professor Associado do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina, Editor do periódico Production, Representante suplente da área de Ciências Exatas (2020-2022)

Iara Aparecida Beleli, Pesquisadora do Núcleo de Estudos do Gênero da Universidade Estadual de Campinas, Editora do periódico Cadernos Pagu, Representante suplente dos editores de Ciências Humanas (2019-2021)

Leila Posenato Garcia, Pesquisadora do Instituto de Economia Aplicada da Universidade de Brasília, Editora do periódico Epidemiologia e Serviços de Saúde, Representante suplente de Ciências da Saúde no Comitê SciELO (2020-2022)

Lilian Caló, Representante da BIREME/PAHO/WHO (2012-)

Marcílio Alves, Professor Associado III da Universidade de São Paulo, Editor do periódico Latin American Journal of Solids and Structures, Representante titular da área de Ciências Exatas (2018-2020)

Moisés Goldbaum, Professor Sênior da Universidade de São Paulo, Editor da Revista Brasileira de Epidemiologia, Representante titular da área de Ciências da Saúde (2018-2022)

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Rachel Meneguello, Professora Titular da Universidade Estadual de Campinas, Editora do periódico Opinião Pública – Representante titular da área de Ciências Humanas (2019-2021)

Renato Paiva, Professor Titular da Universidade Federal de Lavras, Editor do periódico Ciência e Agrotecnologia, Representante titular da área de Ciências Agrárias (2017-2019)

Rogério Meneghini, Professor Aposentado da Universidade de São Paulo, Coordenador Científico do Projeto SciELO / Fundação de Apoio à UNIFESP, Representante indicado pela FAPESP (2003-)

Rui Seabra Ferreira Jr., Professor, Pesquisador Adjunto do Centro de Estudos Venenosos e Animais Peçonhentos CEVAP-UNESP. Membro do Conselho da Câmara Central de Pesquisa da UNESP (CCPe da UNESP), Presidente da Associação Brasileira de Editores Científicos, Editor Associado do periódico Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases – Representante titular da ABEC (2016-2019)

Sigmar de Mello Rode, Professor Titular do Instituto de Ciência e Tecnologia do Curso de Odontologia da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Presidente da Associação Brasileira de Editores Científicos ABEC Brasil, Representante titular da ABEC Brasil no Comitê SciELO (2020-2022)

Silvia Regina Galleti Queiroz, Pesquisadora do Instituto Biológico de São Paulo, Editora o periódico Arquivos do Instituto Biológico, Representante titular dos editores de Ciências Agrárias (2019-2021)

Suzana Caetano da Silva Lannes, Professora Associada da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, Representante suplente II da ABEC (2018-2019)

Walter José Botta Filho, Professor da Universidade Federal de São Carlos, Editor do Periódico Materials Research, Representante titular da área de Ciências Exatas (2020-2022)

Abel L Packer, Diretor do Programa SciELO/FAPESP, Coordenador de Projetos da FapUNIFESP, Coordenador do Comitê Consultivo SciELO (2001-)

Referências

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