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edição #1 Tire suas dúvidas sobre a Covid-19

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Academic year: 2021

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Tire suas dúvidas

sobre a Covid-19

(2)

Já sabemos que o vírus pode alcançar as pessoas de forma muito fácil e rápida. Isso porque ele pode ser transmitido quando nem sabemos que estamos doentes, pelo simples fato de falarmos perto de

alguém. Reunimos aqui as principais dúvidas sobre a transmissão e os cuidados que são necessários para que possamos proteger a todos que estão próximos de nós.

“Mais do que nunca, o momento é de manter o distanciamento social, não falar a menos de 1,5m de distância das pessoas e não compartilhar

objetos. Tem de lembrar que usar água e sabão é a melhor forma de se proteger”, dra. Adélia Marçal, médica especialista em controle de infecções.

Com a ajuda e

orientação da nossa

consultora médica

especialista em

infecções, montamos um

perguntas e respostas

sobre a doença e como

se prevenir

(3)

Sobre o novo

coronavírus

01

Esse vírus é transportado

pelo ar?

Sim, existem evidências de que os aerossóis

produzidos quando falamos, cantamos, tossimos ou espirramos podem ficar suspensos no ar em

ambientes mal ventilados demorando a se dispersar. O vírus pode sobreviver por muitas horas nos

aerossóis e infectar uma pessoa que já estiver presente ou entrar no local.

02

É verdade que contágio pode

se dar em até 20 dias quando

ficamos perto de uma pessoa

com coronavírus?

O contágio ocorre durante o período em que ficamos próximos a uma pessoa doente, sintomática ou

não. Mas o vírus pode ficar latente, sem causar doença, por muitos dias. Em geral, as pessoas começam a adoecer perto do 5o dia após esse contato, mas algumas podem demorar até 14 dias para desenvolver a doença. A quarentena de 14 dias é usada por segurança para evitar que a pessoa que teve contato com outra que apresentou sintomas ou teve a confirmação da contaminação pelo vírus venha a desenvolver a doença e transmiti-la. No caso de pacientes que ficam internados em estado grave, às vezes, o tempo de isolamento para evitar transmissão, só começa a contar depois que acabam os sintomas.

03

Por que a curva de casos

no Brasil parece estar

mais lenta que a curva

dos demais países?

No Brasil, o isolamento social começou logo no

início da chegada da epidemia no país, e isso foi bem positivo e deve ter contribuído para a redução do número de pessoas que adoeceram. Por outro lado, a falta de testes para confirmação do diagnóstico nos impede de ter uma visão real do crescimento ou não da curva. Agora, quando você olha para a taxa de ocupação dos leitos de UTI do nosso País, principalmente nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), fica claro o grande número de pessoas contaminadas e a dificuldade do sistema de saúde para atendê-las.

(4)

04

Quando uma pessoa saudável,

sem doenças associadas, testa

positivo para COVID-19 qual a

sua chance de recuperação?

Nesses casos, a chance de recuperação é muito alta, desde que o paciente tenha acesso aos cuidados médicos que precisa. Ficou claro que países que registraram muitas mortes passaram por um pico de contaminação, ou seja, muitas pessoas doentes ao mesmo tempo, e os seus sistemas de saúde não conseguiram atender a todos, por isso, a importância do isolamento social.

05

Quando uma pessoa fica

liberada do isolamento e é

considerada curada da doença?

O isolamento deve ser mantido por um

mínimo de 14 dias, devendo ter pelo menos 3 dias assintomáticos para sair do isolamento. Idealmente, são necessários 2 testes Rt-PCR negativos (detectam presença do virus) com intervalo de 48 horas entre eles após o término dos sintomas, para considerar a cura clínica da covid e ausencia de transmissão.

06

Uma pessoa que se

contaminou pode ter a

doença novamente?

Existem evidências de que a imunidade adquirida durante o curso da infecção pode não ser duradoura e já há relatos e comprovação de segunda infecção. Não se conhece quantos ficarão vulneráveis à

essa reinfecção, mas novos estudos estão sendo conduzidos para melhorar esse conhecimento.

No momento, o ideal é manter a proteção mesmo para quem já teve a doença.

07

É verdade que as crianças não

correm tanto risco de serem

contaminadas quanto os

adultos?

Sim, é verdade que as crianças não têm apresentado formas sintomáticas da doença. Ainda não sabemos se o vírus não consegue entrar no corpo da criança, ou se ele entra e não provoca os sintomas. Ou seja, ao aderir e se multiplicar nas células das crianças, o sistema imunológico não reage a ele da mesma forma que nos adultos. Existem exceções, mas

não são muitas. Mesmo assim, não devemos expor nossas crianças, porque precisamos compreender melhor a dinâmica desse vírus.

(5)

08

O vírus vive menos na roupa?

Sim, mas o tempo de vida do vírus no tecido dependerá do material da roupa. No algodão, por exemplo, ele sobrevive um pouco mais do que no material sintético, onde resseca e morre mais rapidamente. Em contrapartida, o vírus no algodão, mesmo vivo, é absorvido junto com as

gotículas de secreção e não passa para outro lugar, já no material sintético, ele passa para outras

superfícies.

09

O cabelo pode ser

contaminado? E na higiene

dos cabelos, o shampoo

convencional funciona para

desinfecção?

O cabelo pode ser contaminado, por isso é

aconselhável mantê-lo preso ao sair, e até mesmo usar uma toca de pano para proteção - quando há risco maior de contaminação, como no caso dos profissionais de saúde. A boa notícia é que o vírus não penetra no corpo pelo cabelo nem pela pele, mas sim pelas mucosas dos olhos, nariz e boca. O shampoo funciona para limpar e deixar os cabelos livres do novo coronavirus.

10

Quais são os riscos de nos

contaminarmos com pessoa já

falecida?

Ao falecer o corpo expulsa muitas secreções. Se a pessoa que morreu estava infectada, o vírus pode estar nessas secreções. E há toda uma preparação

do corpo para velório, o que faz com que os

profissionais desse meio fiquem muito expostos ao vírus. Como a capacidade de transmissão do

novo coronavírus é muito alta, não está mais sendo feita essa preparação do corpo. Durante os velórios, também há o risco de transmissão entre as pessoas que vão ao cemitério, por isso é importante evitar aglomerações.

11

Tem casos de pessoas que

pegam a Covid-19 e têm uma

rápida recuperação. Com

isso, fica a dúvida sobre qual

remédio deve ser usado.

(6)

A máscara não deve ser a única

medida de proteção. Ela age como

mais uma barreira para proteção do

ambiente, porque se todos usam,

conseguimos reduzir o número de

gotículas que soltamos pela fala no ar e

que se depositam nas superfícies. Lavar

as mãos e manter o distanciamento

são medidas essenciais para controlar a

epidemia. Não podemos esquecer disso.

Dra. Adélia Marçal

A maioria das pessoas que pegam a doença vão se curar sozinhos, sem precisar de nada,

inclusive remédio. Poucas pessoas contaminadas vão desenvolver casos graves que necessitam de internação. Por ser muito transmissível e quase ninguém ter imunidade, muitos podem ficar doentes ao mesmo tempo e o sistema de saúde não consegue atender a todos. Temos

escutado falar de medicamentos que podem curar a doença, mas essas afirmativas são feitas com base em estudos sem controle e com poucas pessoas. Ainda não temos evidências da eficácia de nenhum medicamento contra o Covid. É uma irresponsabilidade dar muitos remédios para os pacientes sem que isso tenha base científica, com isso perdemos a capacidade de descobrir o que realmente ajuda e achar um remédio com efeito verdadeiro. No momento, devemos reforçar a pesquisa clínica.

12

O compartilhamento de caneta

pode ser um risco?

Sim, a chance de alguém doente contaminar uma caneta e o vírus passar para a mão dos próximos que a utilizarem é grande. Para canetas de uso coletivo, que não podem ser dispensadas, o que pode ser feito é deixar o álcool em gel junto com a caneta e a pessoa higienizar as mãos após tocá-la.

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