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1º Ano - CEPA - Aula 13 - Consignação em Pagamento

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Zélia Costa

, domiciliada em Campinas, onde reside na Rua Y,

nº 000, deu em locação a

Leila Abrantes

, professora, um

imóvel

– casa – de natureza residencial localizado em São

Paulo na Rua Z, nº 000, subdistrito de Santana. Estipulou-se no

contrato que, em caso de ajuizamento de qualquer ação, o

contraente faltoso ficaria sujeito ao encargo da verba honorária

de 20% (vinte por cento). Considerando que o aluguel estava

defasado em relação ao valor de mercado,

Zélia

propôs ação

revisional em face de

Leila

, que foi distribuída à 2ª Vara Cível

do Foro Regional de Santana, tendo o juiz, em seu despacho

inicial, fixado aluguel provisório de oitocentos reais. Diante de

referida decisão, à qual não interpôs qualquer recurso,

Leila

,

juntamente com seu conhecido Marcílio, dirigiu-se à residência

de

Zélia

para fazer o pagamento do novo valor, pagamento

esse que, todavia, foi recusado sob a alegação de que o caso

ainda estava em andamento.

Questão: Na qualidade de advogado de

Leila

redigir a

petição inicial da ação cabível na espécie.

(3)

CONSIGNAÇÃO

EM PAGAMENTO

(4)

Introdução

Art. 334 do CC: “considera-se pagamento, e extingue a obrigação o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e formas legais.”

Com a ação de consignação em pagamento, permite-se ao devedor:

exonerar-se da obrigação pelo depósito;

fazer cessar a incidência de encargos sobre a prestação devida;

transferir os riscos inerentes à conservação da coisa ao credor. O art. 539 do CPC, nesse mesmo sentido, é enfático ao estabelecer que: pode o devedor ou terceiro, nos casos legais, requerer com efeito de pagamento, a consignação de quantia ou coisa devida.

(5)

Legitimidade

Legitimidade Ativa

Para a ação de consignação decorre da expressão “devedor ou

terceiro”, de onde se conclui que o legislador quis deixar bem

claro que qualquer interessado na extinção da dívida pode consignar seu valor ou a própria coisa devida, sub-rogando-se nos direitos do credor.

Legitimidade Passiva

A legitimidade passiva para a ação de consignação é do credor

(nunca aquele que o representa, mesmo podendo dar quitação, já que o depósito somente seria reputado válido com a ratificação do credor ou a demonstração pelo devedor de que o depósito a ele se reverteu – art. 308, CC).

(6)

Cabimento

O art. 335 do CC que estabelece quando a consignação é possível:

(i) se o credor não puder ou se recusar a receber o pagamento ou a dar quitação, sem justa causa – recusa injustificada do credor

(ii) se o credor não for receber, ou não mandar buscar, o pagamento no local, tempo e condições devidas - dívida querable (quesível)

(iii) se o credor for desconhecido, tiver sido declarado ausente (ausente o credor), ou estiver em lugar incerto e não sabido ou de difícil acesso -dívida portable (portável)

(iv) se existir dúvida sobre quem deve receber o pagamento legitimamente - na mente do devedor paira dúvida sobre quem deva receber o pagamento

(v) se pender litígio sobre o objeto do pagamento - mesmo que na mente do devedor não paire dúvida sobre quem deva receber o pagamento, veda-lhe a lei pagar diretamente, a menos que assuma os riscos do pagamento – quem paga, paga duas vezes

(7)

Competência

Art. 540 do CPC: a consignação será feita no lugar do pagamento e, uma vez efetuado o depósito, cessam os efeitos do inadimplemento para o devedor.

A regra geral de competência nas consignatórias, deve levar em conta a regra geral de direito material para o pagamento das obrigações, ou seja, o lugar do pagamento é o do domicílio do devedor (dívida querable), mas pode ser pactuado pelas partes como lugar do pagamento o domicílio do credor (dívida portable) ou ainda qualquer outro local (foro de eleição), na omissão, em virtude do art. 327 do CC, presume-se que a mesma é querable.

No caso de prestação relativa a coisa imóvel, a regra geral faz recair no foro da situação do imóvel o local do pagamento, o mesmo acontecendo quando se estiver diante de consignação de alugueres.

(8)

Petição

O autor, na petição inicial, deve descrever pormenorizadamente a coisa ou o valor do depósito, dando à causa este valor. Se houver prestações vincendas observar-se-á o § 2º do art. 292 do CPC.

Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer a escolha em 5 dias (se outro não for o prazo previsto na lei ou do contrato) ou para aceitar que o devedor o faça (art. 543, CPC).

O autor deverá requerer:

depósito da quantia ou da coisa devida em 5 dias contados do deferimento da petição inicial;

citação do réu para levantar o objeto da obrigação ou oferecer resposta;

(9)

Lei de Locação

O art. 67 da Lei do Inquilinato prevê procedimento especial para a consignação de alugueres ou verbas da locação.

Na petição inicial, que deverá obedecer aos requisitos do art. 319, CPC, cabe ao autor apontar quais aluguéis pretende consignar, quais verbas, discriminando os valores que entende devidos. O valor da causa será sempre o equivalente a doze aluguéis.

Deferida a inicial, o autor será intimado a depositar a quantia discriminada em vinte e quatro horas, sob pena de extinção, a não ser que já tenha ocorrido depósito extrajudicial e recusa.

Como os aluguéis são verbas periódicas, o pedido de consignação das prestações que se forem vencendo é implícito.

A ação, se julgada procedente, tornará o locatário liberado, condenando-se o locador ao pagamento das custas processuais e honorários a serem fixados em 20% dos valores depositados.

(10)

Problema - Modelo

Roberto Valência, domiciliado em Campinas, onde reside na Rua Y, nº 000, deu em locação a Pablo Ortega, um imóvel – casa – de natureza residencial localizado em São Paulo na Rua Z, nº 000, subdistrito de Santo Amaro. Estipulou-se no contrato que, em caso de ajuizamento de qualquer ação, o contraente faltoso ficaria sujeito ao encargo da verba honorária de 20% (vinte por cento). Considerando que o aluguel estava defasado em relação ao valor de mercado, Roberto propôs ação revisional em face de Pablo, que foi distribuída à 2ª Vara Cível do Foro Regional de Santo Amaro, tendo o juiz, em seu despacho inicial, fixado aluguel provisório de mil reais. Diante de referida decisão, à qual não interpôs qualquer recurso, Pablo, juntamente com seu conhecido Márcio, dirigiu-se à residência de Roberto para fazer o pagamento do novo valor, pagamento esse que, todavia, foi recusado sob a alegação de que o caso ainda estava em andamento.

Questão: Na qualidade de advogado de Pablo redigir a petição inicial da ação cabível na espécie.

(11)

Modelo de Ação de Consignação

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE SANTO AMARO DA COMARCA DA CAPITAL - SP

(dez linhas)

PABLO ORTEGA, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade RG n. (número) e inscrito no CPF/MF sob o n (número), residente e domiciliado nesta cidade, na rua (endereço completo), (e-mail), por seu advogado que esta subscreve, com escritório na (endereço completo), local onde receberá intimações, (e-mail), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 67 e seguintes da Lei 8.245/1991, propor a presente AÇÃO DE

CONSIGNAÇÃO DE ALUGUÉIS E ACESSÓRIOS DA LOCAÇÃO, em

face de ROBERTO VALÊNCIA, (nacionalidade), casado, (profissão), portador da cédula de identidade RG n. (número) e inscrito no CPF/MF sob o n (número), residente e domiciliado na cidade de Campinas - SP, na rua (endereço completo), (e-mail), pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.

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Modelo de Ação de Consignação

DOS FATOS

O Autor celebrou contrato visando locação de imóvel de propriedade do Réu, conforme faz prova o documento anexo (doc. 01).

Nesses termos, vinha sendo o contrato de locação fielmente cumprido, efetuando o Autor, pontualmente, o pagamento do aluguel ajustado, com os reajustes legais. Apesar de tal fato, o locador, considerando que o aluguel estava defasado em relação ao valor de mercado, ajuizou ação revisional em face do locatário, na qual foi fixado aluguel provisório no montante de mil reais.

Ciente de tal decisão, PABLO, juntamente com seu conhecido Marcílio, dirigiu-se à residência de ROBERTO para fazer o pagamento do novo valor, porém, o pagamento foi recusado sob a alegação de que o caso estava em juízo, e que não receberia mais os aluguéis até a sentença ser proferida.

Assim, tendo em vista a irredutibilidade do Réu em receber o aluguel devido, outra alternativa não restou ao Autor senão a propositura da presente demanda.

(13)

Modelo de Ação de Consignação

DO DIREITO

A lei material civil é expressa em seu art. 335, I, quando confere ao devedor a possibilidade de extinção da obrigação, mediante depósito judicial da coisa devida, na hipótese de o credor, sem justa causa,

recusar receber o pagamento.

O supracitado dispositivo legal ampara com perfeição a situação ora verificada, vez que o Réu recusou-se, injustificadamente, a receber o pagamento.

Note-se, ainda, que a Lei de Locação é precisa em seu art. 68, II, ao dispor que o aluguel provisório “será devido desde a citação”.

Reconhecido o direito do autor, passa o mesmo a expor seu pedido e a formular os seus demais requerimentos.

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Modelo de Ação de Consignação

DO PEDIDO

Por todo o exposto, pede-se o conhecimento da presente ação para que seja julgado procedente o seu pedido, declarando-se extinta a obrigação referente a este mês, já devidamente depositada, conforme se comprova pela guia de depósito anexa (doc. 02), e ainda, aquelas relativas aos aluguéis que vencerem durante o transcorrer do processo e que serão objeto de depósito nos respectivos vencimentos, com a condenação da parte vencida ao pagamento das custas e honorários advocatícios.

DOS REQUERIMENTOS

Outrossim, esta também se apresenta para requerer:

a) citação do réu, pela via postal, para levantar o depósito ou, se quiser, apresentar defesa no prazo legal, sob pena de revelia;

b) a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, sem exceção de nenhum.

(15)

Modelo de Ação de Consignação

Dá-se à causa do valor de R$ 12.000,00 (12 vezes o valor do aluguel mensal) para os devidos efeitos legais.

(Local e data).

(Nome e assinatura do Advogado) OAB/SP (número)

(16)

FIM DA

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