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Academic year: 2021

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TÍTULO: A RELAÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA COM OS SINTOMAS DEPRESSIVOS E DESEMPENHO FÍSICO FUNCIONAL EM IDOSOS

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: FISIOTERAPIA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): LARISSA FERREIRA DOS SANTOS AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): JOSÉ LUIZ MARINHO PORTOLEZ ORIENTADOR(ES):

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RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo verificar a relação da atividade física com sintomas depressivos e desempenho físico funcional em idosos. A avaliação foi realizada com 233 idosos em unidades básicas de saúde (UBS) no município de Santos – SP. O estudo foi realizado período de dezembro de 2014 a novembro de 2016. Trata–se de um estudo analítico, observacional, tipo transversal, tendo como instrumentos de avaliação os dados clínicos para a caracterização da amostra, a escala de depressão geriátrica reduzida (EDG-15) teste de rastreio que avalia presença de sintomas depressivos e a versão brasileira da Short Physical Performance Battery (SPPB), que avalia a desempenho físico funcional. Para análise de correlação foi utilizado o teste de Coeficiente de Correlação de Spearman. A média de idade dos idosos foi de 72,36±7,1 anos, sendo a maioria do gênero feminino (n=184; 79%), sendo mais da metade da população estudada praticante de atividade física (n=142;

60,9%). Em relação aos sintomas depressivos, a média apresentada pela

população estudada foi de 3,49+ 2,595 pontos, indicando média compatível de normalidade (sem sintomas depressivos) e no Desempenho físico funcional foi de 9,52+1,73 pontos, compatível com bom desempenho no SPPB. Os dados da presente pesquisa mostram que houve correlação fraca positiva entre o desempenho físico funcional e atividade física (r=0,145, p=0,026), atividade física com a com os sintomas depressivos (r=-0,159, p=0,015). Os idosos praticantes de atividade física apresentam menor pontuação na escala de sintomas depressivos e melhor desempenho físico funcional.

Palavras-chave: Sintomas Depressivos; Atividade Física; Idosos; Fisioterapia; Envelhecimento.

INTRODUÇÃO

Um envelhecimento saudável é resultante da interação multidimensional entre a saúde física, mental e emocional, a independência na vida diária, integração social, entre outros aspectos. O fator emocional possui grande importância nessa equação. Em momentos de fragilidade emocional, o idoso apresenta grandes chances de vir a se tornar depressivo².

A depressão geriátrica é multifatorial² tendo como causas principais, fatores genéticos, alterações hormonais e mudanças que ocorrem no metabolismo dos neurotransmissores, levando também em consideração os fatores sociais e saúde física. Se não diagnosticada e tratada de forma adequada leva ao aumento do risco de morbidade clínica, desenvolvimento de incapacidade funcional7 e mortalidade.3

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importância para minimizar as alterações biológicas esperadas no idoso com o envelhecimento e as alterações decorrentes da depressão.

A atividade física regular contribui para a minimização do sofrimento psíquico do idoso deprimido, oferece uma oportunidade de envolvimento psicossocial, eleva a autoestima e ajuda nas funções cognitivas. 4

OBJETIVO

Este estudo teve como objetivo verificar a relação entre a prática de atividade física com sintomas depressivos e desempenho físico funcional em idosos da comunidade, a fim de compreender melhor estes aspectos tão importantes para a saúde e qualidade de vida do idoso.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo analítico, observacional do tipo transversal. Foram avaliados 306 idosos usuários das unidades básicas de saúde (UBS) do município de Santos/SP, no entanto, 233 idosos participaram do presente estudo, conforme os critérios a seguir:

Critérios de inclusão

 Assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE);  Idosos com idade igual ou maior que 60 anos;

 Ambos os sexos;

 Praticante de atividade física por no mínimo três meses;

 Não praticante que não realize atividade física por no mínimo três meses.

Critérios de exclusão

 Preenchimento incompleto dos formulários;  Desistência do Protocolo de avaliação;

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 Presença de doenças neurodegenerativas.

DESENVOLVIMENTO

Essa proposta de estudo fez parte do Projeto “Síndrome da fragilidade: identificação e monitoramento de vulnerabilidade em usuários idosos de Unidades Básicas de Saúde no município de Santos/SP”. Possui aprovação do comitê de ética e pesquisa da Universidade Santa Cecília (CAAE: 36261214.8.0000.5513, número do parecer: 828.776), e seguiu todas as recomendações da resolução 466/12, do Conselho Nacional de Saúde (CNS). O projeto teve início em dezembro de 2014 e finalização em Novembro de

2016.Os locais de coleta foram as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Ponta

da Praia, Aparecida, Gonzaga, Bom Retiro, São Jorge, Embaré e Conselheiro Nébias.

Após serem esclarecidos em relação à pesquisa, os idosos assinaram o TCLE e foram avaliados por um protocolo do estudo, baseado no caderno de atenção básica do idoso e caderneta do idoso. A avaliação foi realizada uma única vez, por aproximadamente uma hora e meia por alunos de fisioterapia com a supervisão da responsável pela pesquisa ou por uma fisioterapeuta colaboradora do estudo. Para contemplar os objetos do presente estudo foram utilizados o teste Short Physical Performance Battery (SPPB) e a escala de depressão geriátrica reduzida (EDG-15), para avaliar respectivamente o desempenho físico funcional e os sintomas depressivos. Além disso, foram utilizados dados para caracterizar a amostra e informações sobre a prática de atividade física.

MATERIAIS

Para a caracterização da amostra foram avaliados os dados: gênero, idade, problemas (doenças) atuais de saúde, número de medicamentos em uso, informações sobre a prática de atividade física.

A EDG-15 é uma escala que avalia ou não a presença de sintomas depressivos. São quinze questões. Sim ou não como opções de respostas, e

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de acordo com a pontuação, verifica-se qual classificação se aplica a cada idoso, sendo considerada uma pontuação de 0 a 5 pontos: exame normal. 6 a 10 pontos: sugestivo de quadro depressivo leve e acima de 11 pontos como provável depressão severa9.

O SPPB é um teste físico funcional que avalia equilíbrio (pés juntos,

semi-tandem – colocando o calcanhar de um dos pés na direção/ lado do hálux

do pé contralateral, e posição tandem onde um pé fica totalmente na frente do outro, ou seja, o calcanhar de um pé na frente dos dedos do outro pé, o idoso deverá manter-se estático durante dez segundos cada posição) marcha (solicitado ao idoso que ande em um percurso de 4 metros, sendo cronometrada a velocidade em que ele realizou o teste) e força (testando a capacidade do idoso levantar e sentar da cadeira cinco vezes consecutivas sem o uso das mãos, também de forma cronometrada (em segundos), o desempenho é classificado por meio de uma pontuação que varia entre 0 a 12 pontos, sendo 0 a 3 pontos: incapacidade ou desempenho muito ruim; 4 a 6 pontos: baixo desempenho; 7 a 9 pontos: moderado desempenho; 10 a 12 pontos: bom desempenho10.

Análise de dados

Os dados numéricos foram expressos em média e desvio padrão e os dados categóricos nominais foram apresentados em frequência absoluta e relativa. Para análise de correlação foi utilizado o teste de Coeficiente de Correlação de Spearman para dados numéricos. Foi utilizado o programa estatístico SPSS® versão 21.0 para Windows, para análise dos dados.

RESULTADOS

Na tabela 1 é possível observar que a média de idade dos idosos foi de 72,36±7,1 anos, sendo a maioria do gênero feminino (n=184; 79%), que informaram em média três problemas de saúde e em torno de três e quatro medicamentos em uso, além disso, mais da metade da população estudada pratica atividade física (n=142; 60,9%).

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Tabela 1 Caracterização da amostra (n=233).

Variáveis Fa. % Média DP

Idade 72,36 7,110

Gênero

Masculino 49 21%

Feminino 184 79%

Quantidade de problemas de saúde 3,05 1,939

Quantidade de medicamentos 3,67 2,421

Pratica de atividade física

Sim 142 60,9%

Não 91 39,1%

Legenda: Fa: Frequência Absoluta; %: Porcentagem; DP: Desvio Padrão;

Na tabela 2 é possível observar que na EDG-15 a média dos idosos foi de 3,49 +2,5 pontos e na classificação da escala, mais da metade da população estudada não apresentaram sintomas depressivos (n=179; 76,8%), bem como apresentam bom desempenho físico funcional (n=123; 52,8%), segundo a classificação da SPPB, com média de 9,52+1,7 de pontuação na total do SPPB.

Tabela 2 Caracterização dos sintomas depressivos e desempenho físico funcional (n=233).

Fa. % Média DP

EDG-15 3,49 2,595

Classificação EDG-15

Sem sintomas Depressivos 179 76,8%

Sintomas Depressivos Leves 53 22,7%

Sintomas Depressivos Severos 01 0,4%

SPPB Pontuação total 9,52 1,730

Classificação SPPB

Baixo desempenho 14 6%

Moderado desempenho 96 41,2%

Bom desempenho 123 52,8%

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Na tabela 3, foi observado que houve correlação negativa e baixa da pratica de atividade física e sintomas depressivos (r=-0,159, p=0,015), ou seja, praticantes de atividade física apresentam pontuações menores na EDG-15 e não praticantes de atividade apresentam maior pontuação nesta mesma avaliação; além disso, houve correlação positiva e baixa da pratica de atividade física e desempenho físico funcional (r=-0,145, p=0,026), ou seja, praticantes de atividade física apresentam maiores pontuações menores SPPB e consequentemente, o inverso ocorre nos não praticantes de atividade física.

Tabela 3 – Correlação entre atividade física com sintomas depressivos e desempenho físico funcional (n=233).

Pontuação Prática de atividade física r p- Valor

EDG-15 - 0,159 0,015

SPPB 0,145 0,026

Nota: r: coeficiente de correlação de Spearman.

Legenda: EDG-15: escala de depressão geriatrica; SPPB: Short Physical Performance Battery.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente estudo foi possível observar que a prática de atividade física está relacionada com melhor desempenho físico funcional e menor presença de sintomas depressivos na população estudada.

REFERÊNCIAS

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performance Battery ? SPPB: adaptação cultural e estudo da confiabilidade. Julho de 2014; T13:35:31Z.

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