• Nenhum resultado encontrado

Atributos fisiológicos de semente de soja influenciados por diferentes mecanismos de colheita

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Atributos fisiológicos de semente de soja influenciados por diferentes mecanismos de colheita"

Copied!
46
0
0

Texto

(1)

UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DIOGO RICARDO MÖBS

ATRIBUTOS FISIOLÓGICOS DE SEMENTES DE SOJA

INFLUENCIADOS POR DIFERENTES MECANISMOS DE TRILHA

Ijuí – RS Junho 2017

(2)

2 DIOGO RICARDO MÖBS

ATRIBUTOS FISIOLÓGICOS DE SEMENTE DE SOJA

ENFLUENCIADOS POR DIFERENTES MECANISMOS DE COLHEITA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Agronomia do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, como requisito para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Prof. Dr. Roberto Carbonera

Ijuí – RS Julho 2017

(3)

3 DIOGO RICARDO MÖBS

ATRIBUTOS FISIOLÓGICOS DE SEMENTES DE SOJA INFLUENCIADOS POR DIFERENTES MECANISMOS DE COLHEITA

Trabalho de conclusão de Curso de Graduação em Agronomia – Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, definido perante a banca abaixo subscrita.

Banca Examinadora:

____________________________________________ Prof. Dr. Roberto Carbonera

DEAg/UNIJUÍ – Orientador

____________________________________________ Prof. MSc. Luiz Volney Mattos Viau

DEAg/UNIJUí – Membro da Banca

(4)

4 DEDICATÓRIA

A Deus pela vida, família e amigos.

Aos meus pais, Edemar e Lenir, por todo amor, ensinamentos, exemplo e apoio.

À minha irmã Poliana, pelo apoio e todo amor incondicional.

Ao meu cunhado Sadi, pelo apoio e ensinamentos. À minha namorada Camila, pelo companheirismo, cumplicidade e amor.

(5)

5 AGRADECIMENTOS

Primeiramente a deus, por sempre proporcionar momentos bons, dando força para os ruins, saúde como o principal e coragem para encarar os desafios. Aos meus pais, Edemar e Lenir Möbs, pelo total apoio, amor e toda ajuda durante a vida.

À minha irmã, Poliana, sempre me apoiando, pelo amor de irmão, sei que posso confiar e por todos momentos que vivemos juntos até hoje.

Ao meu cunhado, Sadi por toda experiência compartilhada, ensinamentos e pelo convívio.

À minha namorada, Camila, por fazer parte dessa jornada, pelo companheirismo, compreensão e pelo amor.

À minha sobrinha amada, Helena, por fazer parte de minha vida e por todo amor envolvido.

À toda minha família e demais entes queridos, que fazem parte de minha vida.

À Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, por proporcionar este curso tão importante e valioso para vida profissional e pessoal, pelo ambiente criativo e amigável.

Ao meu professor, amigo e mestre Roberto Carbonera, pelos ensinamentos partilhados durante a jornada acadêmica, dedicação, paciência, compreensão e incentivo na orientação do meu Trabalho de Conclusão de Curso.

Ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg), corpo docente e funcionários, pois foi fundamental na minha jornada acadêmica e formação profissional.

Aos professores do curso, pela atenção, incentivo nas disciplinas, humildade em partilhar conhecimentos, esclarecer dúvidas, ao fácil acesso até eles e por serem grandes pessoas.

À equipe dos profissionais do Laboratório de Análise de Sementes da UNIJUÍ, pelo espaço concedido, pelos ensinamentos, atenção ao esclarecer dúvidas no processamento das análises para a elaboração do TCC.

A todos colegas do curso, pelos momentos vividos, pelas amizades, companheirismo durante a vida acadêmica, em especial, a Ana Lúcia Stella.

(6)

6

“Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência”.

(7)

7

DANOS MECÂNICOS EM SEMENTES DE SOJA CAUSADOS POR DIFERENTES MECANISMOS DE COLHEITA

Aluno: Diogo Ricardo Möbs Orientador: Prof. Dr. Roberto Carbonera

RESUMO

A agricultura brasileira vem crescendo a cada, o emprego de novas tecnologias busca, também, a obtenção de sementes de qualidade para atingir altos níveis de produtividade. A colheita mecanizada, entretanto, é a maior causadora de danos mecânicos imediatos, ou latentes às sementes de soja. Encontram-se disponíveis colhedoras com diferentes sistemas de trilha que podem interferir na qualidade das sementes colhidas. Frente a isso, o presente trabalho teve por objetivo avaliar qual sistema de trilha é mais eficiente em manter a qualidades das sementes de soja. As sementes analisadas foram coletadas na Agropecuária Santa Maria, município de Pejuçara, RS, que possui colhedoras com sistema de trila radial, axial e axial de duplo rotor. As amostras de sementes foram coletadas ao mesmo tempo, no mesmo talhão, da mesma cultivar, sendo quatro repetições e três sistemas de trilha. As colheitadeiras foram reguladas e operacionalizadas conforme a especificação do fabricante para a colheita de sementes. Foram realizadas as análises de germinação, vigor e o teste de tetrazólio no Laboratório de Análise de Sementes da UNIJUÍ, seguindo as recomendações das Regras de Análise se Sementes. Os resultados indicaram elevados níveis de germinação e vigor em todas as amostras, não havendo diferença significativa entre os diferentes sistemas de trilha. A única variável que apresentou diferença significativa foi o dano mecânico, afetando diretamente a viabilidade do embrião, demonstrando pelo teste de tetrazólio, em que o sistema axial diferiu dos demais sistemas de trilha.

(8)

8 LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Sistema de trilha de fluxo radial ... 19

Figura 2 Sistema de trilha de fluxo axial ... 20

Figura 3 Sistema de trilha de fluxo axial de duplo rotor ... 22

Figura 4 Sementes dispostas no papel toalha para posterior germinação ... 24

Figura 5 Sementes viáveis gerando plântulas com alta viabilidade e vigor ... 26

(9)

9 LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Resumo da análise de variância para germinação: plântulas normais (GNOR), plântulas anormais (GANOR), vigor: plântulas normais (VNOR), plântulas anormais (VANOR) e sementes mortas (SM) de sementes de soja colhidas com diferentes sistemas de trilha. Ijuí, 2017 ... 31 Tabela 2: Resumo da análise de variância para umidade (TZU), dano mecânico (TZDM), dano por percevejo (TZP), vigor (TZV) e germinação (TZG) pelo teste de tetrazólio em sementes de soja colhidas com diferentes sistemas de trilha – Ijuí, 2017 ... 32 Tabela 3: Teste de comparação de médias para germinação, plântulas normais (GNOR), plântulas anormais (GANOR), vigor: plântulas normais (VNOR), anormais (VANOR) e sementes duras (SM) de sementes de soja colhidas com diferentes sistemas de trilha: radial, axial e axial de duplo rotor-Ijuí, 2017 ... 33 Tabela 4: Teste de comparação de médias para dano por umidade (TZU), dano mecânico (TZDM), dano por percevejo (TZP), vigor (TZV) e germinação (TZG) pelo teste de tetrazólio em sementes de soja colhidas com diferentes sistemas de trilha: radial, axial e axial de duplo rotor- Ijuí, 2017 ... 35

(10)

10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ... 11 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 13 1.1 CULTURA DA SOJA. ... 13 1.2 COLHEITA. ... 15 1.3 COLHEDORAS. ... 17

1.3.1 Sistema de Trilha Radial. ... 18

1.3.2 Sistema de Trilha Axial. ... 19

1.3.3 Sistema de Trilha Axial de Duplo Rotor. ... 20

1.4 ANÁLISE DE SEMENTES. ... 22

1.4.1 Teste de Germinação. ... 23

1.4.2 Teste de Vigor. ... 24

1.4.3 Teste de Tetrazólio... 25

1.4.4 Sementes Viáveis. ... 26

1.4.5 Sementes não Viáveis. ... 26

2 MATERIAL E MÉTODOS ... 28

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 31

CONCLUSÕES ... 36

BIBLIOGRÁFIA ... 37

(11)

11 INTRODUÇÃO

A soja é amplamente cultivada no país, sendo o segundo maior produtor mundial. Possui grande importância econômica na participação no PIB do agronegócio brasileiro, na utilização na alimentação humana e animal e, em outros setores da indústria.

O aperfeiçoamento da agricultura cada vez mais tem demandado precisão nas operações das atividades, objetivando a diminuição de perdas e a otimização na utilização dos recursos. Dentre os insumos da produção do setor agrícola, a semente de alta qualidade ocupa papel fundamental em todo sistema de produção que visa a otimização dos padrões quantitativos e qualitativos (COSTA et al., 2001). A qualidade das sementes é garantida através da produção planejada e da realização de testes de germinação, vigor, pureza física e sanitária exigidas por normas de produção e comercialização estabelecidas pela legislação.

O processo de produção de sementes exige tecnologias que abrangem seleção da área, uso de variedades recomendadas, semeadura em épocas estabelecidas, acompanhamento do desenvolvimento vegetativo, tratos culturais, tratamentos fitossanitários, determinação do momento ideal de colheita, regulagem e limpeza de maquinários, colhedoras e caminhões de transporte que devem ser rigorosamente seguidas. A colheita constitui importante etapa no processo produtivo da soja, principalmente pelos riscos aos quais está sujeita a lavoura destinada à produção de sementes (EMBRAPA, 2002).

A colheita e o beneficiamento das sementes são as principais fontes de dano mecânico. Na colheita, a semente fica particularmente susceptível ao dano imediato. Por isso, a regulagem e calibragem individual de cada equipamento conforme suas características peculiares garante menor dano quantitativo no momento da execução, diminuindo número de quebra e danos qualitativos, posteriormente.

As técnicas atuais de colheita permitem acompanhar o funcionamento e desempenho dos diversos sistemas da máquina, para além das informações que auxiliam na redução de índices de perda na operação. Particularmente, em lavouras

(12)

12 que são destinadas para beneficiamento de semente, as perdas qualitativas e quantitativas de uma operação de baixa qualidade podem ser significativas economicamente.

Os trabalhos voltados para aprimorar a eficiência na produtividade, demonstram que a semente de boa qualidade, livre de dano, possuindo vigor, pureza e livre de patógenos é fundamental para aumentar os rendimentos em escala vertical. A necessidade do aumento da produtividade com a utilização racional dos recursos disponíveis buscando alternativas mais sustentáveis sem expandir área de cultivo é o grande desafio. Para isso, a utilização de semente com qualidade é indispensável.

Diante do exposto, o presente trabalho visa avaliar a qualidade física e fisiológica de sementes submetidas a diferentes sistemas de colheita, visando redução na perda causada por danos e otimização nos processos de beneficiamento. Visa, também, garantir uma semente com maior qualidade física e fisiológica para assegurar um estande de plantas mais uniforme, saudável, capaz de expressar seu potencial produtivo em resposta ao manejo submetido.

(13)

13 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 CULTURA DA SOJA.

O local de origem da soja não é definitivamente conhecido. Existe discordância entre os autores. Todos indicam, no entanto, que o centro é o leste da Ásia. Segundo Morse (1950), o local seria a área central da China. Hymowitz (1970) concluiu que foi domesticada na metade norte da China, por volta do século XI a.C.

Em 1712, o botânico alemão Engelbert Kaempher, após ter passado no Japão durante os anos de 1691 e 1692, demonstrou aos europeus as possibilidades do uso da soja na alimentação baseando-se nas experiências japonesas. O primeiro plantio experimental na Europa só ocorreu, no entanto, em 1739, quando o Jardim Botânico de Paris recebeu sementes enviadas da China por missionários. Em 1790, foi cultivada pela primeira vez no Jardim Botânico Real, em Kew, na Inglaterra (PIPER & MORSE, 1923). No Brasil, foi introduzida em 1882 no Estado da Bahia por Gustavo D'utra (D'UTRA, 1882).

Daffert (1892) relatou os primeiros estudos feitos em São Paulo, na Estação Agronômica de Campinas, atual Instituto Agronômico de Campinas. Outras pesquisas feitas em Campinas, Estado de São Paulo, com soja amarela e com soja preta, foram divulgadas em 1899 (D'UTRA, 1899a e 1899b).

No Rio Grande do Sul, a primeira informação sobre o cultivo de soja foi registrada por Minsen (1901), quando relatou o desempenho de um plantio feito pelo Eng. Agr. A. Welhaüser, no município de Dom Pedrito. A introdução oficial da cultura no Rio Grande do Sul tem sido atribuída ao professor F.G.Graig, da Escola Superior de Agronomia e Veterinária da Universidade Técnica (atual Universidade Federal do R.S.) em 1914 (REIS, 1956). Em 1917, o agricultor Francisco Seibot cultivou a soja no município de Tuparandi, Rio Grande do Sul, com o objetivo de utilizar o grão como "café" (MAGALHÃES, 1981).

No Brasil, atualmente segundo dados da CONAB (2016) a área destinada ao cultivo da soja na safra 2015/2016 foi 33,177 milhões de hectares, produção total 95,631 milhões de toneladas, gerando uma produtividade média por hectare de 2.882 Kg.

(14)

14 A soja (Glycine max (L.) Merrill) é a oleaginosa mais importante e tem valor econômico nos mercados nacional e internacional (SILVA et al., 2006). Portanto, produzir e usar sementes de alta qualidade são muito importantes para o sucesso da cultura. O cultivo de soja no Brasil é destacado no cenário de grãos, pois é um dos alimentos básicos, e consiste de uma fonte acessível de proteína e minerais para a população em geral. A leguminosa é atualmente objeto de uma intensa atividade de investigação que visa obter informação que permita o aumento da produtividade (SCHEEREN et al., 2010).

O controle de qualidade de sementes da soja é de fundamental importância dentro do contexto das cadeias produtivas, pois, ou o produtor adota regras claras desse controle, ou, provavelmente, terá dificuldade na atividade. Com base nessas afirmações, alguns estudos realizados por Costa et al. (2001) e Mesquita et al. (1999) têm mostrado que apesar de toda tecnologia disponível, a qualidade da semente proveniente de algumas regiões tem sido severamente comprometida em função dos elevados índices de deterioração por umidade, de lesões de percevejos, de quebras, de ruptura de tegumento e de danos mecânicos.

O investimento no crescimento de cultivares com maior potencial de produção e resistência à adversidade, juntamente com a adoção de técnicas mais apropriadas para o manejo do solo, como sistemas de plantio direto e integração lavoura-pecuária, melhorou o desempenho e ajudou a alavancar a produção de soja, aumentando as possibilidades de se cultivar soja em áreas previamente consideradas inadequadas para a cultura (GUIMARÃES et al.2008).

Com o avanço das fronteiras agrícolas na produção de soja, especialmente em regiões com clima quente e úmido (VILLELA & MENEZES, 2009), a qualidade das sementes no período de semeadura é de grande importância para a obtenção de produção satisfatória. Isso justifica a crescente demanda e necessidade de uso de sementes de alta qualidade (VIEIRA et al., 2010; CARVALHO et al., 2014). Villela & Menezes (2009) destacam a necessidade de adoção de modernas técnicas pós-colheita que permitam a conservação e qualidade das sementes, assegurem a manutenção da germinação e minimizem a redução do vigor.

A produção de sementes de alta qualidade é um dos desafios levantados nas áreas de cultivo da soja, especialmente em áreas que são novas no cultivo de leguminosas. Considerando que o desempenho da soja é influenciado por muitos

(15)

15 fatores ambientais, tais como precipitação, temperatura, umidade do solo, umidade relativa, e, principalmente, devido à sensibilidade ao fotoperíodo, o tempo de semeadura tem uma influência decisiva na quantidade e qualidade da produção (MOTTA et al., 2002).

Para as condições brasileiras, o tempo de semeadura varia dependendo da cultivar, região e condições ambientais do ano agrícola, geralmente apresentando uma faixa recomendada de outubro a dezembro. Enquanto se cultivam lotes com a finalidade de produzir sementes, é desejável que as fases de maturação e colheita não coincidam com períodos de alta temperatura e chuvas elevadas, já que estes eventos desencadeiam uma série de fatores deteriorantes e limitantes para a colheita de sementes de alto vigor.

Em regiões tropicais, a qualidade da semente de soja pode ser influenciada por fatores que ocorrem antes e durante a colheita, e nas demais etapas de produção de sementes (secagem, beneficiamento, armazenamento e transporte). Esses fatores podem estar ligados a períodos de seca, ataques por insetos, extremos de temperatura durante a maturação e fortes oscilações das condições de umidade do ambiente, facilitando danos de sementes por umidade (FRANÇA NETO et al., 2000).

1.2 COLHEITA.

As técnicas da agricultura moderna se diferenciam dos conceitos tradicionais pelo seu nível de gerenciamento cujas informações adquiridas permitem aos produtores identificar melhores estratégias resultando em maior eficiência operacional (MESQUITA et al., 2006; TOLEDO et al., 2008; CUNHA et al., 2009). Para autores como Compagnon et al. (2012) o emprego de monitores de desempenho em máquinas agrícolas, pode extrair informações com grande utilidade no gerenciamento de operações agrícolas específicas, como a colheita.

As sementes de soja atingem sua maturação fisiológica no estádio R7, quando têm a máxima qualidade fisiológica e deveriam ser colhidas. Devido ao elevado teor de água nas sementes nesta fase, o ponto de colheita recomendado é o estádio R8, quando 95% das vagens têm a coloração típica das vagens maduras. No entanto, devido a vários fatores, nem sempre é possível colher as sementes no momento certo

(16)

16 e ocorre frequentemente a colheita tardia (DINIZ et al., 2013). Uma colheita retardada pode elevar as perdas na qualidade fisiológica e sanitária das sementes (HENNING et al., 2011).

No período entre a maturação fisiológica e a colheita, pode haver danos por "umidade" nas sementes que resultam da sua exposição em ciclos alternados de condições ambientais húmidas e secas, na fase pós-amadurecimento. Tais danos podem ser ainda mais agressivos nas regiões tropicais, predominantemente devido ao clima quente e úmido, o que pode acelerar ainda mais o processo de deterioração das sementes (FORTI et. al.,2013).

Os danos mecânicos ocorrem, sobretudo, devido a regulagens não adequadas das máquinas que realizam a operação de colheita e beneficiamento das sementes, principalmente, quando estas apresentam umidade inadequada. Esses danos podem atingir diferentes partes da semente, podendo comprometer totalmente um determinado lote (BASRA, 1994). Sementes colhidas com teor de água abaixo de 11% estão suscetíveis ao dano mecânico imediato, enquanto que aquelas colhidas com teor superior a 15% estão sujeitas a maior incidência de danos mecânicos latentes (EMBRAPA, 2005). Na colheita, normalmente o que se espera de um mecanismo de trilha é a redução das perdas de sementes e a minimização dos danos mecânicos transmitidos a elas (COSTA et al., 2005).

Para PINHEIRO & PINHEIRO (2012), a colheita de soja sendo realizada no sentido transversal ao plantio aumenta a debulha de vagens. Isso resulta em um impacto direto do molinete com o terço superior dessas plantas, ocasionando a abertura dos legumes.

Técnicas atuais de monitoramento em tempo real da operação de colheita, além de permitir o acompanhamento do desempenho dos diversos sistemas da máquina, fornecem também informações que auxiliam na redução dos índices de perda da operação (CHIODELORI et al., 2012).

Durante a colheita, no momento da trilha, a semente fica suscetível ao dano mecânico (imediato ou latente). A ação de trilha realizada entre o cilindro e o côncavo envolve operações simultâneas de impacto, compressão e atrito, que podem danificar estruturas essenciais das sementes, aumentar a suscetibilidade a microrganismos e a sensibilidade a fungicidas e reduzir o vigor e a germinação (PAIVA et al., 2000).

(17)

17 De acordo com Costa et al. (2002), a colheita mecânica, se não for realizada com cuidado rigoroso, pode proporcionar perdas significativas tanto na quantidade quanto na qualidade do produto colhido. Carvalho Filho et al. (2005) também apontaram que as perdas de colheitas são influenciadas por fatores inerentes à cultura. Além da lesão direta à qualidade fisiológica, as sementes com tegumento rachado, rachaduras ou escarificações leves são fontes de infecção e têm seu potencial de armazenamento afetado pelo ataque de insetos e microrganismos (MARCOS FILHO, 2005). Assim, não só as lesões grandes e visíveis, mas também lesões pequenas, micro ou mesmo invisíveis a olho nu, dependendo do local, podem reduzir significativamente a qualidade das sementes (LOPES, NÓBREGA e PEREIRA, 1999).

De acordo com Afonso Júnior & Corrêa (2000), a susceptibilidade ao esmagamento das sementes está inversamente relacionada com o teor de umidade do produto na colheita. Quando a colheita é gerenciada em estádio inadequado de maturação das sementes, sem observar a correta preparação operacional, manutenção e ajustes de combinações, há algumas perdas consideráveis, que diminuem os produtores, a produtividade e a rentabilidade (FERREIRA, 2007).

Particularmente na colheita de sementes, as perdas quali-quantitativas de uma operação de baixa qualidade podem ser significativas economicamente (MARCONDES, MIGLIORANZA e FONSECA, 2010) justificando o emprego de técnicas de controle de qualidade das operações agrícolas, combinadas com as ferramentas de gerenciamento do desempenho de variáveis (COMPAGNON et al., 2012).

1.3 COLHEDORAS.

Para a colheita mecânica da soja, existem no mercado as colhedoras com sistema de trilha tangencial, constituído de cilindro e côncavo transversais, também conhecidas como convencionais ou radiais, e as colhedoras de fluxo axial, cujo rotor e côncavo, em geral, encontram-se posicionados longitudinalmente à máquina. Ambas podem produzir efeitos diferenciados na qualidade fisiológica do material a ser utilizado como semente (MARCONDES, MIGLIORANZA e FONSECA, 2005).

(18)

18 No sistema de trilha convencional (tangencial), há menor tempo de permanência do produto no sistema de trilha, gerando como consequência impactos mais agressivos na debulha. Já no sistema axial o produto se descola de maneira longitudinal pelo sistema denominado rotor, com maior tempo de permanência, gerando uma espécie de atrito e menor agressão na debulha, conferindo maior tempo para separação.

Segundo COSTA et al. (2003), o sistema de trilha tangencial tende a promover mais danos às sementes. Entretanto, MARCONDES, MIGLIORANZA e FONSECA (2005) explicam que, tanto a colhedora de cilindro tangencial, quanto a axial, desde que convenientemente utilizadas na colheita em relação às especificações de regulagem, não provocam diferenças na qualidade da semente de soja.

Rotações do cilindro de trilha inferiores a 500 rpm promovem menores índices de danos mecânicos à semente, ocorrendo redução nos índices de quebras, rupturas do tegumento e, consequentemente, uma superioridade em valores absolutos com ganhos de germinação, vigor e viabilidade, resultando em melhor qualidade fisiológica das sementes (COSTA et al., 2001). Velocidades de operação na faixa de 4,0 a 5,0 km h-1 resultam em menores índices de perdas na colheita e, consequentemente, menores danos mecânicos e declínio no vigor (HERBEK & BITZER, 1997).

O sistema de trilha na colheita de soja provoca quebra de pequenos fragmentos nos grãos e que, muitas vezes, esses danos não são percebidos nos restos culturais ou em medições de perdas, conforme afirmam MESQUITA, MOLIN e COSTA (1998). As perdas com a quebra dos grãos representam de 1,7% a 14,5% das perdas na colheita, e as colhedoras que possuem sistema de fluxo axial, apresentam menos danos mecânicos às sementes quando comparadas com sistema de fluxo radial (MESQUITA et al., 2002).

1.3.1 Sistema de Trilha Radial.

As colhedoras tangenciais apresentam o mesmo princípio de trilha e separação de suas antecessoras, as trilhadoras (trilhadeiras). Após o corte e recolhimento da cultura pela plataforma, o material é conduzido até o sistema de alimentação por um caracol ou por uma esteira (sistema dreaper). A esteira alimentadora transporta a cultura até o cilindro de trilha (1) que pode ser constituído por barras ou hastes

(19)

19 (dedos), que é montado transversalmente ao corpo da colhedora. Nessa etapa, o grão e a palhada sofrem o processo de trilha tangente ao cilindro e ao côncavo (2).

O cilindro batedor (3) tem a função de diminuir a aceleração da cultura e distribuir de forma homogênea o grão e a palhada no saca-palhas (4). O saca-palhas continua a separação do grão da palha através da ação da gravidade e com o movimento rotativo alternado.

Nesse sistema, o grão tende a sofrer maiores impactos, sendo que o grão e a palhada são lançados repetitivas vezes para cima e com a ação da gravidade colidem com o saca-palha, podendo danificar os grãos (AGRANJA, 2014).

Figura 1 Sistema de trilha de fluxo radial

Fonte: Revista Cultivar (Abril, 2007).

1.3.2 Sistema de Trilha Axial.

Axial se refere a eixo, segundo Isaac (2010) foi por justamente mudar a posição dele em relação à máquina que a tecnologia das colheitadeiras pode ser maximizada. Ao invés de a debulha, a trilha e a separação acontecerem em cilindros batedores que atuam perpendicularmente ao eixo da máquina (paralelo se comparado com a plataforma de colheita), essas etapas ocorrem em um rotor axial (paralelo ao eixo da máquina), onde a movimentação do material ocorre sem impactos bruscos, sendo acelerada e processada de forma axial ao eixo do rotor.

(20)

20 O rotor é o órgão mais importante da colheitadeira e é dele que vem o grande segredo para uma boa colheita. Ele é acionado por um mecanismo e gira no sentido anti-horário, e a partir de estruturas fixadas a ele como as ‘gengivas’ e as ‘barras raspadoras’, é realizada a separação do material em palha e grãos.

Os principais itens de uma axial são o cone de transição e o rotor, o qual realiza o processo de debulha, trilha e separação suaves, o que evita quebras de grãos por dano mecânico, dano latente ao grão, que impede de germinar quando destinado à semente e perdas de material processado, sementes que são perdidas e lançadas no chão (ISAAC, 2010).

Figura 2 Sistema de trilha de fluxo axial

Fonte: Revista Cultivar (Julho, 2015)

1.3.3 Sistema de Trilha Axial de Duplo Rotor.

As colhedoras axiais de duplo rotor caracterizam-se pela maior capacidade de debulha e separação, favorecendo a qualidade de grãos, reduzindo perdas e danos, pois possibilitam uma debulha mais suave, contribuindo no desempenho da colhedora. A transição da palha para o sem-fim do rotor, através do alimentador, é mais suave e alternadamente em sentidos opostos uniformizando o fluxo do material para os rotores (PINHEIRO, 2014).

Rotores axiais com maior diâmetro aumentam drasticamente a força centrífuga, proporcionando a separação mais rápida do grão da palha e a saída em menor tempo do sistema, reduzindo os danos mecânicos aos grãos. O sistema de rotores duplos apresenta algumas diferenças com relação aos rotores de menor diâmetro, permitindo

(21)

21 maior circulação de massa entre côncavo e rotor, principalmente para ruptura de produtos úmidos (PINHEIRO, 2014).

Alguns componentes são aliados na qualidade da colheita, como alimentador do rotor com o mesmo diâmetro do rotor, que impede o afunilamento do produto no sistema e não permite que o material se expanda; côncavo com chapas perfuradas também dá sua parcela de contribuição de qualidade. Outro fator importante é permitir a separação do produto ainda na frente, o que alivia a retrilha. Outro aspecto com rotores duplos é o fato de que rotores que trabalham em rotação oposta melhoram o fluxo e causam menor atrito na planta, além da retrilha, que é realizada unicamente pelo batedor traseiro, evitando, assim, o retorno do material para a unidade da trilha (PINHERO, 2014).

As colhedoras com dois rotores axiais possuem, logicamente, dois côncavos, tendo ainda maior área quadrada de côncavo e maior força centrífuga do que as de apenas um rotor, permitindo que a separação de aproximadamente 80% a 90% do grão aconteça no setor de trilha (PINHEIRO, 2014).

No duplo rotor, a trilha se dá pelos dois rotores e o contato de grão a grão em ambos os lados distribui de forma mais uniforme o material sobre as peneiras, principalmente em ladeiras. Em alguns rotores a gengiva da trilha sobreposta em unidade espiral impede a passagem de material sem trilhar. Na área de separação os rotores possuem placas escalonadas em espiral que mantêm o material em movimento, facilitando a separação e a descarga do material do sistema, com regulagens que permitem maior ou menor retenção do material no sistema, de acordo com as condições da cultura e o volume de massa, bem como a velocidade do deslocamento da colhedora. Esse sistema de batedores de descargas e pás substituíveis acelera o deslocamento de palha para o picador e espalhador (PINHEIRO, 2014).

(22)

22 Figura 3 Sistema de trilha de fluxo axial de duplo rotor

Fonte: Revista Cultivar (Julho, 2015)

1.4 ANÁLISE DE SEMENTES.

A semente de soja, para ser considerada de alta qualidade, deve ter excelentes características genéticas, físicas, fisiológicas e sanitárias, como altos níveis de vigor, germinação e sanidade, bem como garantia de pureza física e varietal. Estes fatores respondem pelo desempenho das sementes no campo, culminando com o estabelecimento da população de plantas requerida pela cultivar, aspecto fundamental que contribui para que sejam alcançados níveis altos de produtividade (FRANÇA NETO et al. 2010).

As sementes de soja, devido às suas características morfológicas e químicas, destacam-se por serem bastante sensíveis à ação de fatores do ambiente (MARCOS FILHO, 1979). A exposição das sementes em ciclos alternados de condições ambientais úmidas e secas, na fase de pós-maturidade, pode ocasionar danos por umidade, os quais apresentam maior magnitude quando ocorrem em ambientes quentes, típicos de regiões tropicais e subtropicais (FORTI, CÍCERO e PINTO, 2010).

As análises devem fornecer, de maneira mais precisa possível, a qualidade das sementes contidas na amostra examinada, pois a quantidade de sementes analisadas é menor em relação ao lote que representa. Para a obtenção de resultados precisos e uniformes em análise de sementes, é essencial que essa análise seja feita com

(23)

23 muito cuidado, seguindo os métodos estabelecidos pelas Regras de Análise de Sementes (BRASIL, 2009).

1.4.1 Teste de Germinação.

As sementes, são acima de tudo, um meio de sobrevivência das suas respectivas espécies, pois sua principal função é proporcionar o desenvolvimento normal da plântula e garantir o estabelecimento das espécies. A germinação é o processo pelo qual a vida embrionária pode ser quase suspensa e, então, recomeçada pelo novo desenvolvimento, mesmo anos após a extinção das plantas que lhes deram origem (BRYANT, 1989).

Existem diversas definições para germinação das sementes, algumas considerando-a apenas como um processo de crescimento do embrião, e outras, como um processo de metabolismo (bioquímica) seguido do processo de crescimento (FLOSS, 2011). Segundo Street & Öpik (1974), a germinação é a “retomada da atividade metabólica da semente”, definição que privilegia os processos metabólicos como causa e o crescimento do embrião até a emergência da plântula como efeito.

Para Devlin (1970), a germinação pode ser definida como sendo todos processos envolvidos na transformação do embrião de uma semente numa plântula independentemente e estabelecida.

O teste de germinação determina o potencial máximo de germinação de um lote de semente, o qual pode ser usado para comparar a qualidade de diferentes lotes e também estimar o valor para semeadura em campo (BRASIL,2009).

A germinação de sementes em teste de laboratório e a emergência e desenvolvimento das estruturas essenciais do embrião, demonstrando sua aptidão para produzir uma planta normal em condições favoráveis de campo (BRASIL, 2009).

(24)

24 Figura 4 Sementes dispostas no papel toalha para posterior germinação

Fonte: Autoria própria

1.4.2 Teste de Vigor.

Os testes de vigor têm sido utilizados principalmente para identificar diferenças associadas ao desempenho de lotes de sementes durante o armazenamento ou após a semeadura, procurando destacar lotes com maior eficiência para o estabelecimento do estande sob ampla variação das condições de ambiente (MARCOS FILHO et. al. 2006).

A avaliação do vigor de sementes constitui providência fundamental para o sucesso da produção de sementes de soja, reconhecidas por sua sensibilidade à deterioração e a práticas de manejo menos adequadas após a maturidade (MARCOS FILHO, 1999).

O vigor é um conjunto de propriedades que contribuem para indicar a qualidade das sementes, relacionando-as com o potencial de germinação, emergência de plântulas e capacidade de armazenamento em condições diferentes das consideradas padrão (SUN et al., 2007). As sementes com alto vigor dão origem a mudas que emergem rápida, uniformemente e completamente do solo (Soltani et al., 2006), o que lhes confere uma vantagem competitiva sobre as ervas daninhas (DIAS et al., 2011).

Vários testes têm sido recomendados para a avaliação do vigor de sementes de soja, destacando-se os de envelhecimento acelerado, tetrazólio, condutividade

(25)

25 elétrica, crescimento de plântulas, classificação do vigor de plântulas (VIEIRA, BITTENCOURT, PANOBIANCO, 2003).

As sementes de alto vigor têm maior teor de amido, proteínas solúveis e açúcares, além de maior capacidade de mobilização de reservas durante o período de germinação (HENNING et al., 2010).

Existem diversos testes de vigor, que se distinguem quanto ao método empregado, o tempo de execução e a facilidade de ministrar o teste. São mais pesquisados os fatores iniciais da sequência de deterioração, como a degradação das membranas celulares e a diminuição da atividade respiratória, podendo, assim, classificar e separar os lotes quanto ao vigor (ABRANTES et al., 2010).

1.4.3 Teste de Tetrazólio.

Dentre os diversos métodos de controle de qualidade adotados pelas indústrias de sementes no Brasil, o teste de tetrazólio tem se destacado, principalmente para a soja, devido a sua rapidez, precisão e também pelo grande número de informações fornecidas pelo mesmo (FRANÇA NETO et al., 1998).

O teste de tetrazólio determina a viabilidade das sementes em amostras, ou individualmente, quando no final do teste de germinação ocorre uma alta porcentagem de sementes não germinadas (BRASIL, 1999).

O teste de tetrazólio, além de avaliar a viabilidade e o vigor dos lotes de sementes, fornece o diagnóstico das possíveis causas responsáveis pela redução de sua qualidade: danos mecânicos, deterioração por umidade e danos de percevejo, que são os problemas que mais comumente afetam a qualidade fisiológica da semente de soja (FRANÇA NETO, KRZYZANOWSKI, COSTA 1998).

No teste topográfico de tetrazólio as sementes são embebidas em uma solução incolor de 2, 3, 5 trifenil cloreto ou brometo de tetrazólio que é usada como um indicador para revelar o processo de redução que acontece dentro das células vivas. Neste processo, os íons de H+ liberados durante a respiração dos tecidos vivos são transferidos por um grupo de enzimas, particularmente, a desidrogenase do ácido málico, e interagem com o tetrazólio, o qual é reduzido a um composto vermelho, estável e não difusível chamado de trifenil formazan. Como esta reação se processa

(26)

26 no interior das células vivas e o composto não se difundir, há uma nítida separação dos tecidos vivos e coloridos que respiram, daqueles mortos e que não colorem. (BRASIL, 1999).

1.4.4 Sementes Viáveis.

São aquelas capazes de produzir plântulas normais em um teste de germinação sob condições favoráveis, depois de superar a dormência, ou após a desinfecção das mesmas quando necessária. Tais embriões colorem completamente e, se parcialmente coloridos os padrões de coloração apresentados ainda indicam que a semente é viável (DIAS DOS REIS, 2013).

Figura 5 Sementes viáveis gerando plântulas com alta viabilidade e vigor

Fonte: Autoria Própria.

1.4.5 Sementes não Viáveis.

São aquelas que não apresentam colorações bem caracterizadas ou definidas, e ainda com estruturas essenciais flácidas ou não coloridas. Sementes com desenvolvimento anormal do embrião ou de outra estrutura essencial devem ser consideradas como não viável, independentemente se coloridas ou não (DIAS DOS REIS, 2013).

(27)

27 A maioria das sementes contem tecidos essenciais e não essenciais. São considerados como tecidos essenciais os meristemas e todas as estruturas reconhecidas como necessárias ao desenvolvimento normal da plântula. Embriões bem desenvolvidos e diferenciados podem ter a habilidade de superar pequenas necroses. Neste caso, as necroses superficiais de pequena extensão podem ser toleradas, mesmo quando localizadas dentro dos tecidos essenciais (DIAS DOS REIS, 2013).

Figura 6 Sementes não viáveis e plântulas anormais

(28)

28 2 MATERIAL E MÉTODOS

As sementes foram colhidas na agropecuária Santa Maria localizada no interior do município de Pejuçara, situado na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. A propriedade possui 2.170 hectares de superfície agrícola útil, situada a 449 metros acima do nível do mar, sobre latitude 28°25’24” e longitude 53°39’21”. O solo é classificado como Latossolo Vermelhor Distroférrico Típico. O relevo predominante é plano com pequenas ondulações. O clima é típico do Rio Grande do Sul subtropical úmido.

Para colheita, a unidade de produção dispõe de tração mecanizada completa, composta por três colhedoras com sistema de trilha distintos: New Holland TC 59, ano 2003 (sistema radial); New Holland CR9060, ano 2013 (sistema Axial de duplo rotor); Massey Ferguson ATR9790, 2013 (sistema axial). As colhedoras foram reguladas conforme a especificação do fabricante para a cultura da soja, assim como a velocidade de colheita conforme característica peculiar de cada equipamento. A colhedora com sistema axial de duplo rotor operou de maneira constante com 1000 RPM, abertura do batedor 45mm. Já o sistema axial 600 RPM, abertura do batedor 35 mm e por fim o sistema radial operou em 650RPM com abertura do batedor de 37mm.

A coleta das amostras foi do mesmo talhão, a definição de cada colhedora no campo foi determinada de maneira aleatória. A colheita foi efetuada com as colhedoras lado a lado, conforme sorteio aleatório. O percurso estimado de 400 metros, para cada 100 metros percorridos foi coletado uma amostra de 1 Kg de cada colhedora. O total de amostras foi de 12, sendo quatro para cada sistema de trilha.

As análises foram efetuadas no Laboratório de Análise de Sementes da Universidade Regional no Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, situado no município de Ijuí, RS. As análises de germinação, vigor e tetrazólio seguiram as Regras de Análise de Sementes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2009).

O teste de germinação foi realizado com 100 sementes por amostra, de quatro repetições, totalizando 400 sementes. As sementes foram embebidas em um

(29)

29 substrato de papel toalha e colocadas para o germinador com temperatura constante de 25 ºC. Após sete dias no germinador, foram realizadas as contagens das sementes que emergiram e calculadas a percentagem de plântulas normais, anormais, sementes mortas e sementes duras.

O teste de vigor foi conduzido conforme as prescrições da RAS, Brasil (2009), utilizando 400 sementes, com quatro repetições de 100 sementes. As mesmas ficaram 24 horas em estufa com temperatura constante de 40ºC e umidade de 100%. Na sequência, as sementes foram dispostas em papel toalha e ficaram durante sete dias no germinador com temperatura constante de 25°C, para posterior contagem das sementes emergidas.

O teste de tetrazólio, realizado conforme orientações do RAS, (BRASIL, 2009) estimou o percentual de sementes viáveis a germinarem, níveis de vigor, danos mecânicos latentes, danos por umidade e danos causados por percevejo. Foram realizadas duas repetições contendo 100 sementes cada. As sementes foram dispostas em um recipiente, por 24 horas à temperatura constante de 40°C e 100% de umidade. Após o período, as mesmas foram para um tubo de Becker, adicionando 0,075% de concentração de 2,3,5 trifenil cloreto de tetrazólio. Para desenvolver a coloração, as amostras foram abrigadas em uma estufa com luz, com temperatura de 35 ºC durante três horas.

A análise proveniente do teste de tetrazólio, separou os danos conforme sua agressividade, sendo que, de 1-8 são contabilizados danos que afetam diretamente no vigor e 6-8 os danos que comprometem a viabilidade do embrião, afetando diretamente a germinação das sementes.

As determinações realizadas para o teste de germinação, foi classificada em germinação de plântulas normais (GNOR), germinação de plântulas anormais (GANOR), sementes duras (SD) e sementes mortas (SM). As mesas determinações foram utilizadas para o teste de vigor. Já o teste de tetrazólio teve como determinação germinação por tetrazólio (TZG), vigor por tetrazólio (TZV), dano mecânico (TZDM), deterioração por umidade (TZU) e danos provenientes por percevejos (TZP).

O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado (DIC), contendo três tratamentos, doze repetições e sete variáveis. Os tratamentos envolveram sistema de trilha e as variáveis avaliadas foram, pelo teste de germinação: plântulas normais e anormais, sementes duras e mortas; pelo teste de vigor: plântulas

(30)

30 normais e anormais, sementes duras e mortas e tetrazólio: vigor, germinação, dano mecânico, umidade e percevejo.

Os resultados foram submetidos à análise de variância e ao teste de comparação de média, utilizando o programa estatístico GENES (CRUZ, 2013).

(31)

31 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados da análise de variância para germinação: plântulas normais (GNOR), plântulas anormais (GANOR), vigor: plântulas normais (VNOR) e plântulas anormais (VANOR) são expostos na tabela 1. Os dados mostram que os resultados não foram significativos para germinação de plântulas, tanto normais quanto anormais, o mesmo se repetiu para o teste de vigor de plântulas normais e a normais. Já o resultado foi significativo para sementes mortas. Os resultados de análise de sementes duras e mortas pelo teste de germinação e de sementes duras pelo teste de vigor foram de baixa magnitude, o que justificou a não realização da análise estatística.

O resultado médio de germinação de plântulas normais foi de 91,6% e de plântulas anormais foi de 3,6%. Os coeficientes de variação para germinação de plântulas normais pelo teste de germinação e vigor foram de 14,1% e 14,7%, respectivamente, conferindo precisão considerada média. Porém, os coeficientes de variação dos testes de germinação e vigor para plântulas anormais foram de magnitude maior em relação ao item anterior, com valores de 26,9% para germinação e 27,7% para vigor, indicando baixa precisão experimental.

Tabela 1 - Resumo da análise de variância para germinação: plântulas normais (GNOR), plântulas anormais (GANOR) e vigor: plântulas normais (VNOR), plântulas anormais (VANOR) e sementes mortas (SM) de sementes de soja colhidas com diferentes sistemas de trilha. Ijuí, 2017.

Fonte de Quadrado Médio

Variação GL GNOR GANOR VNOR VANOR SM

Tratamento 2 1,84 ns 0,52 ns 2,47 ns 0,30ns 0,86* Resíduo 45 2,02 0,31 1,86 0,46 0,26

Total 47

Média Geral 91,6 3,6 84,8 3,1 1,1

CV (%) 14,1 26,9 14,7 27,7 44,0

Os resultados da análise de variância dos dados obtidos no teste de tetrazólio estão dispostos na Tabela 2. Os danos provenientes por umidade, apresentam diferença significativa em nível de 5% de probabilidade, possuindo alto coeficiente de

(32)

32 variação 68,17%. Conforme França Neto e Henning (1984), a deterioração no campo envolve alterações físicas, fisiológicas e sanitárias. Para Marcos Filho (2005), a alteração física é ocasionada pela sucessivas expansões e contrações do volume das sementes (decorrentes das oscilações de umidade e temperatura) que ocasionam a formação de rugas nos cotilédones, na região oposta ao hilo, devido à ausência da camada tegumentar compostas por células da hipoderme, de modo que as expansões e contrações não são atenuadas.

Os danos por percevejo, apresentou diferença significativa em nível 1% de probabilidade com coeficiente de variação de 31,49%. Segundo França Neto e Henning (1984), o ataque de percevejo proporciona lesões circulares características, muitas vezes enrugadas e profundas, podendo ocorrer lesões múltiplas numa única semente.Para Russin, Layton e Boethel (1988) as sementes com danos por percevejo apresentam aumento na incidência de Fusarium spp e algumas bactérias. Ainda Rocha (2015) afirma que, os danos causados nas sementes favorecem a colonização por microrganismos, acelerando o processo de fermentação durante o beneficiamento e armazenamento, e estes se transformam em sementes fermentadas, que tem seu potencial somado aos demais grãos avariados.

Não houve diferença significativa para vigor e germinação, diferente de Degrande e Vivan (2007), afirmam que, os danos provenientes por percevejos em legume podem ocasionar perdas de até 30% e perdas superiores no valor germinativo das sementes de 50%.

Tabela 2: Resumo da análise de variância para umidade (TZU), dano mecânico (TZDM), dano por percevejo (TZP), vigor (TZV) e germinação (TZG) pelo teste de tetrazólio em sementes de soja colhidas com diferentes sistemas de trilha – Ijuí, 2017

ns não significativo. *Significativo a 5% de probabilidade. **Significatico a 1% de probabilidade pelo teste F. Fonte: Autor Fonte de Variação Quadrado Médio GL TZU1-8 TZU6-8 TZDM1-8 TZDM6-8 TZP1-8 TZP6-8 TZV TZG Tratamento 2 0,01ns 2,57* 1,03* 0,01ns 0,00ns 1,08** 0,09ns 0,04ns Resíduo 45 0,30 0,58 0,19 0,20 0,25 0,18 0,42 0,01 Total 47 Média 2,57 1,12 17,05 1,93 4,34 1,35 80,32 94,56 CV(%) 21,34 68,17 10,65 23,66 11,53 31,49 2,28 1,29

(33)

33 A média geral de vigor foi 80,32, com coeficiente de variação de baixa magnitude 2,28, conferindo alta precisão experimental. O mesmo se repetiu para germinação, onde média geral foi 94,56 e o coeficiente de variação de baixa magnitude 1,29, conferindo alta precisão experimental. Já para dano de percevejo média geral resultou em 1,35 e o coeficiente de variação teve alta magnitude 31,49, gerando baixa precisão experimental. O dano por umidade e dano mecânico obteve média de 0,75 e 17,05 respectivamente, os coeficientes de variação 68,17 e 10,65 sendo de alta magnitude, induzindo baixa precisão experimental.

A Tabela 3 apresenta o teste de comparação de médias entre os diferentes sistemas de trilha (tratamentos) radial (RAD), axial (AX), axial de duplo rotor (AXDR) tendo como variáveis germinação plântulas normais (GNOR), plântulas anormais (GANOR), vigor plântulas normais (VNOR), vigor plântulas anormais (VANOR) e sementes duras (SD) para as sementes de soja.

Os resultados da Tabela 3 mostram que não houve diferença significativa entre os tratamentos para o teste de germinação plântulas normais (GNOR), germinação, plântulas anormais (GANOR), vigor de plântulas normais (VNOR), vigor plântulas anormais (VANOR) e sementes duras (SD). Já Mariotti (2014), obteve diferença para média de vigor, onde o sistema axial de duplo rotor (AXDR) obteve média superior 87,87%, seguido do sistema axial (AX) 85,62% e do radial (RAD) 80%. Resultado semelhante foi obtido por Mafini (2016), apresentando 98,75% de média para sistema axial duplo rotor diferindo do sistema axial (97%) que diferiu do sistema radial (94,93%).

Tabela 3: Teste de comparação de médias para germinação, plântulas normais (GNOR), plântulas anormais (GANOR), vigor: plântulas normais (VNOR), anormais (VANOR) e sementes duras (SM) de sementes de soja colhidas com diferentes sistemas de trilha: radial, axial e axial de duplo rotor-Ijuí, 2017

Sistema de Média das Variáveis Testadas

Trilha GNOR GANOR VNOR VANOR SM

AXIAL DUPLO ROTOR 84,32 a 1,60 a 76,76 a 9,61 a 0,54 a AXIAL 95,73 a 3,86 a 89,94 a 9,04 a 0,56 a RADIAL 95,14 a 4,47 a 88,42 a 9,35 a 1,54 a

Médias seguida da mesma letra não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade.Fonte: Autor

(34)

34 A qualidade das sementes está ligada à operação de colheita. Conforme Marcondes, Miglioranza e Fonseca (2005), colhedoras de sistema radial e de fluxo axial, quando bem reguladas no momento da operação de colheita, não provocam diferenças na qualidade fisiológica das sementes. Segundo Brasil (2013), a germinação mínima exigida para cultura da soja é 80%. Com resultados de germinação média 84,32% e 95 % mostra que as sementes possuem alta viabilidade estando aptas a germinar.

A Tabela 4 demonstra que o dano por umidade vem acompanhado do dano mecânico entre os tratamentos. Houve diferença significativa nas médias para dano mecânico entre os tratamentos, o sistema radial (RAD) teve média 20,6 %, acompanhado do sistema axial de duplo rotor (AXDR) 16,0%, já o sistema axial (AX) teve média 14,7%, diferindo dos demais tratamentos. Houve diferença no dano provocado por umidade (TZU), onde o sistema axial de duplo rotor (AXDR) tem como média 2,6%, seguido do sistema axial (AX) 0,3%, diferente do sistema radial (RAD) 0,0%. Para FORTI (2013) danos por umidade podem ser ainda mais agressivos nas regiões tropicais, predominantemente devido ao clima quente e úmido, o que pode acelerar ainda mais o processo de deterioração das sementes. Já França Neto e Krzyzanowski (2000) afirmam que os danos por umidade podem resultar em maiores índices de danos mecânicos no processo da colheita, pois sementes com deterioração por umidade são mais suscetíveis a impactos mecânicos.

Para os danos provenientes de percevejo (TZP), as médias apresentaram diferença significativa entre os tratamentos pelo teste de tetrazólio. O sistema de fluxo radial (RAD) teve média de 0,4 %, seguido do sistema axial (AX) 1,4% e diferente do sistema axial de duplo rotor (AXDR) 2,3 %. Não houve diferença significativa para vigor (TZV), as médias dos tratamentos ficaram entre 78,5% à 82,3%. Segundo Silva e Ruedel (1983) o ataque de percevejos pode impedir a planta de completar seu ciclo, retardando a maturação fisiológica, causando retenção foliar e dificultando a colheita mecânica. Também são responsáveis pela transmissão de doenças, uma vez que o local de penetração do aparelho bucal dos percevejos permite a entrada de organismos patogênicos nas sementes, como o fungo

(35)

35 incidência de percevejo resulta em redução do teor de óleo e aumento no teor de proteína do grão (Corso e Porto, 1978).

Tabela 4: Teste de comparação de médias para dano por umidade (TZU), dano mecânico (TZDM), dano por percevejo (TZP), vigor (TZV) e germinação (TZG) pelo teste de tetrazólio em sementes de soja colhidas com diferentes sistemas de trilha: radial, axial e axial de duplo rotor- Ijuí, 2017.

Sistema de Médias Variáveis Testadas

Trilha

TZU TZU6-8 TZDM TZDM6-8 TZP TZP6-8 TZV TZG

AXIAL DUPLO ROTOR 5,9 a 2,6 a 16,0 ab 3,1 a 18,4 a 2,3 a 78,5 a 93,0 a

AXIAL 6,3 a 0,3 ab 14,7 b 3,1 a 18,4 a 1,4 ab 80,0 a 94,6 a

RADIAL 6,2 a 0,0 b 20,6 a 3,4 a 18,4 a 0,4 b 82,3 a 95,9 a

Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade.

Fonte: Autor.

De modo geral, a colhedora com sistema de trilha de fluxo axial de duplo rotor não se sobressaiu sobre o sistema axial e sistema radial, pois não apresentou diferença de germinação de plântulas normais e vigor de plântulas anormais. O sistema de trilha axial apresentou menor média de dano mecânico pela análise de tetrazólio de sementes, porém o dano por percevejo pelo teste de comparação de médias (tabela 4) diferiu do sistema radial, assim como, sistema axial.

A colhedora de sistema radial não diferiu dos demais tratamentos no teste de comparação de médias para vigor de plântulas normais, vigor de plântulas anormais, germinação de plântulas normais e germinação de plântulas anormais, também vigor e germinação realizados pelo teste de tetrazólio nas sementes de soja. No quesito dano mecânico de alto grau, afetando diretamente a viabilidade das sementes realizado pelo teste de tetrazólio, o sistema radial teve maior média 20,6 %, seguido do sistema de trilha axial de duplo rotor 16,00 %.

(36)

36 CONCLUSÕES

Conclui-se que nenhum tratamento diferiu significativamente para vigor e germinação. Tanto o sistema radial, axial e axial de duplo rotor quando regulados conforme especificações do fabricante e características peculiar de cada uma para determinada situação de colheita, são mantenedores da qualidade fisiológica e para os níveis de vigor e germinação.

Ocorreu diferença, entretanto, entre os tratamentos para dano mecânico relacionado à viabilidade de embrião, determinando pelo teste de tetrazólio. O sistema axial proporcionou menor dano, já o sistema axial duplo rotor não teve diferença do sistema radial.

Estes resultados servem de parâmetro para produtoras que buscam redução na perda e manutenção no rendimento para colheita de semente, independente do sistema de trilha. Os mesmos podem ser utilizados quando o agricultor decide investir em colhedoras para aumentar sua capacidade de colheita, visto que nenhum sistema diferiu quando regulado conforme especificação para colheita de sementes.

(37)

37 REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

ABRANTES, F.L.; KULCZYNSKI, S.M.; SORATTO, R.P.; BARBOSA, M.M.M. Nitrogênio em cobertura e qualidade fisiológica e sanitária de sementes de painço (Panicum miliaceum L.). Revista Brasileira de Sementes, v.32, n.3, p.106-115, 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31222010000300012>. Acesso em: 19 out. 2016.

AFONSO JÚNIOR, P. C.; CORRÊA, P. C. Efeitos imediato e latente da secagem de sementes de feijão colhidas com diferentes níveis de umidade. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 24, ed. especial, p. 33-40, 2000. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-21252015000400190&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

AGRANJA. COLHEDORAS: Diferentes sistemas de trilhas e separação. Revista A granja Ed.792, p.10-13, 2014

BASRA, A.S. Seed quality: basic mechanisms and agricultural implications. New York: Food Products, 1994. 389p

BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Tolerâncias. In: Regras para análise de sementes. Brasília: SNAD/DNDV/CLAV, 2009. cap.12, p.229-254.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa nº 45. Brasília: MAPA, 2013. 39p.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Regras para análise de sementes. Brasília, DF: MAPA/ACS, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-40632014000300011&lang=pt>. Acesso em: 15 out. 2016.

BRYANT, J. A. Fisiologia da semente. São Paulo: Pedagógica e Universitária, 1989. 89p.

CARVALHO FILHO, A. et al. Perdas na colheita mecanizada de soja no triângulo mineiro. Revista Nucleus, Ituverava, v. 3, n. 1, p. 57-60, 2005. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-21252015000400190&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

CARVALHO, E.R.; MAVAIEIE, D.P.R.; OLIVEIRA, J.A.; CARVALHO, M.V.; VIEIRA, A.R.; Alterações isoenzimáticas em sementes de cultivares de soja em diferentes condições de armazenamento. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.49, n.12,

p.967-976, 2014. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-15372016000200129&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

(38)

38 CHIODELORI, C. A.; Silva, R. P.; Noronha, R. H. F.; Cassia, M. T.; Santos, E. P. Perdas de grãos e distribuição de palha na colheita mecanizada de soja. Bragantia,

v.71, p.112-121, 2012. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-43662015001201209&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

COMPAGNON, A. M.; Silva, R. P.; Cassia, M. T.; Graat, D.; Voltarelli, M. A. Comparação entre métodos de perdas na colheita mecanizada de soja. Scientia Agropecuaria, v.3, p.215-223, 2012. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-43662015001201209&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

CONAB (Companhia Brasileira de Abastecimento). Acompanhamento da safra brasileira de grãos, v.1 - Safra 2016/17, n.11 - Décimo Primeiro Levantamento, Brasília, p. 1-82, ago. 2016.

CORSO, LC.; PORTO, M.D.M. Relação entre o efeito associado de percevejos e na produtividade e teores de óleo e proteína de sementes de soja. Agronomia Sulriograndense, Porto Alegre, v. 14, n. 1, p.4 1-46, 1978.

COSTA, N. P et al. Avaliação da qualidade de sementes e grãos de soja provenientes da colheita mecanizada, em diferentes regiões do Brasil. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 22, n.2, p. 211-219, 2002. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-21252015000400190&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

COSTA, N. P. Validação do zoneamento ecológico do estado do Paraná para produção de sementes de soja. Revista Brasileira de Sementes Brasília, v. 27, n. 1,

p. 37-44, 2005. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-21252015000400190&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

COSTA, N.P. et al. Qualidade fisiológica, física e sanitária de sementes de soja produzidas no Brasil. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v.25, n.1,

p.128-132, 2003. Disponível em: <

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31222003000100020&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 out. 2016.

COSTA, N.P.; MESQUITA, C.M.; MAURINA, A.C.; FRANÇA-NETO, J.B.; PEREIRA, J.E.; BORDINGNON, J.R.; KRZYZONOWSKI, F.C.; HENNING, A. A. Efeito da colheita mecânica da soja nas características físicas, fisiológicas e químicas das sementes em três estados brasileiros. Revista Brasileira de Sementes, v.23, n.1, p. 140-145, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31222003000100020&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

COSTA, N.P.; MESQUITA, C.M.; MAURINA, A.C; FRANÇA NETO, J.B.; PEREIRA, J.E.; BORDINGNON, J.R., KRZYZANOWSKI, F.C.; HENNING, A.A. Efeito da colheita mecânica da soja nas características físicas, fisiológicas e químicas das sementes em

(39)

39 três Estados do Brasil. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v.23, n1, p.144-145, 2001.

COSTA, N.P.; MESQUITA, C.M.; MAURINA, A.C; FRANÇA NETO, J.B.; PEREIRA, J.E.; BORDINGNON, J.R., KRZYZANOWSKI, F.C.; HENNING, A.A. Efeito da colheita mecânica da soja nas características físicas, fisiológicas e químicas das sementes em três Estados do Brasil. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v.23, n1,

p.144-145, 2001. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69162010000200014&lang=pt>. Acesso em: 15 out. 2016.

CRUZ, C. D. GENES - a software package for analysis in experimental statistics and quantitative genetics. Acta Scientiarum, v.35, n.3, p.271-276, 2013.

CUNHA, J. P. A. R.; Piva, G.; Oliveira, C. A. A. Efeito do sistema de trilha e da velocidade das colhedoras na qualidade de sementes de soja. Bioscience Journal,

v.25, p.37-42, 2009. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-43662015001201209&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

DAFFE RT, F.W. Relatório anual do Instituto Agronômico do Estado de SãoPaulo. Campinas, 1982. 26p.

DEGRANDE, P. E.; VIVAN, L. M. Pragas da soja. In. YUYAMA, M. M.; SUZUKI, S.; CAMACHO, S. A. Boletim de pesquisa da soja. Rondonópolis: Fundação MT, v.11, 2007. 274p.

DELVIN, R. M. Fisiologia vegetal. Barcelona: Ediciones Omega, 1970. 614 p.

DIAS, M.A.N.; PINTO, T.L.F.; MONDO, V.H.V.; CICERO, S.M.; PEDRINI, L.G. Direct effects of soybean seed vigor on weed competition., Revista Brasileira de Sementes

v.33, n.2, p.346-351, 2011. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/rbs/v33n2/17.pdf>. Acesso em: 19 out. 2016.

DIAS. R. J. Análise de qualidade de semente de soja, p. 15-18, 2013. Relatório de Estágio de Graduação em Gestão de Agronegócio. Faculdade UnB Planaltina, Planaltina-DF.

DINIZ, F.O.; REIS, M.S.; DIAS, L.A.S.; ARAÚJO, E.F.; SEDIYAMA, T., SEDIYAMA, C.A. Physiological quality of soybean seeds of cultivars submitted to harvesting delay and its association with seedling emergence in the field. Journal of Seed Science,

v.35, n.2, p.147-152, 2013. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-15372016000100014&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

D'UTRA, G. Cultura do.feijão chines. Boletim do Instituto Agronômico, Campinas, 10(3): 131-9, 1899ª

D'UTRA, G. Nova cultura experimental de soja. Boletim do Instituto Agronômico, Campinas, 10(9/10):582-7, 1899b

(40)

40 D'UTRA, G. Soja. Jornal do Agricultor, 4(168):185-6, 1882

EMBRAPA. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Tecnologias de produção de soja. Londrina, 2002. 195p.

EMBRAPA. EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Tecnologias de produção de soja - Paraná 2005. Londrina: Embrapa Soja, 2005. 224 p.

FERREIRA, I. C. Perdas quantitativas na colheita de soja em função da velocidade de deslocamento e regulagens no sistema de trilha. Engenharia na Agricultura, Viçosa, v. 15, n. 2, p. 141-150, 2007.Disponível em: <

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-21252015000400190&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

FLOSS, E. L. Fisiologia das plantas cultivadas. 5. ed. p. 168-170. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, 2011.

FORTI, V. A.; CÍCERO, S. M.; PINTO, T. L. F. Avaliação da evolução de danos por "umidade" e redução do vigor em sementes de soja, cultivar TMG113-RR, durante o armazenamento, utilizando imagens de raios X e testes de potencial fisiológico. Revista Brasileira de Sementes, Londrina, v. 33, n. 3, p. 123-133, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-40632014000300011&lang=pt>. Acesso em: 15 out. 2016.

FORTI, V.A.; CARVALHO, C.; TANAKA, F.A.O; CICERO, S.M. Weathering damage in soybean seeds: assessment, seed anatomy and seed physiological potential. Seed Technology, v.35, n.2, p.213-224, 2013. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-15372016000100014&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

FRANÇA NETO, J. B.; HENNING, A.A. Qualidade fisiológica e sanitária de sementes de soja. Londrina: EMBRAPA – CNPSo, 1984. 39p. (Circular Técnica, 9).

FRANÇA NETO, J. B.; KRZYZANOWSKI, F. C. Produção de sementes de soja: fatores de campo. Seed News, Pelotas, n. 4, p. 20-23, 2000.

FRANÇA NETO, J. B.; KRZYZANOWSKI, F. C.; HENNING, A. A. A importância do uso de sementes de soja de alta qualidade. Informativo Abrates, Londrina, v. 20, n.

1-2, p. 37-38, 2010. Disponível:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-40632014000300011&lang=pt>. Acesso em: 15 out. 2016.

FRANÇA NETO, J.B.; KRZYZANOWSKI, F.C.; COSTA, N.P. da. O teste de tetrazólio em sementes de soja. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1998. 72p. (EMBRAPA-CNPSo. Documentos, 116).

(41)

41 FRANÇA NETO, J.B.; KRZYZANOWSKI, F.C; COSTA, N.P da. O teste de tetrazólio em sementes de soja. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1998.

GUIMARÃES, F. S. et al. Cultivares de soja [Glycine max (L.) Merril] para cultivo de verão na região de Lavras, MG. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 32, n. 4, p.

1099-1106, 2008. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-21252015000400127&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

HENNING, F.A.; JACOB JUNIOR, E.A.; MERTZ, L.M.; PESKE, S.T. Qualidade sanitária de sementes de milho em diferentes estádios de maturação., Revista Brasileira de Sementes v.33, n.2, p.316-321, 2011. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-15372016000100014&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

HERBEK, J.H.; BITZER. M.J. Soybean production in Kentucky: harvesting, drying, storage and marketing. Lexington: University of Kentucky, College of Agriculture,

1997. part.5, p.1-5. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69162010000200014&lang=pt>. Acesso em: 15 out. 2016.

HYMOWITZ, T. On the domestication of the soybean. Economic Botany, 24:408-21, 1970.

ISAAC, EDUARDO. AXIAL – no interior da axial. Revista Rural. Ed. 150, p. 8 – 9, 2010.

LOPES, R. A. P.; NÓBREGA, L. H. P.; PEREIRA, J. O. Qualidade física e fisiológica e perdas de sementes de milho colhidas em espigas por uma colhedora adaptada. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 19, n. 1, p.187-198, 1999. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-21252015000400190&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2016.

MAFINE, H. Danos Mecânicos em Sementes de Soja Causados por Diferentes Mecanismos de Colheita. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia – Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Junho 2016.

MAGALHÃES, C.M. Introdução e evolução da soja no Brasil. 2. No Rio Grande do Sul. In: MIYASAKA, S. &MEDINA, J. C. eds. A soja no Brasil. Campinas, ITAL, 1981. p.18-20

MARCONDES, M. C.; MIGLIORANZA, E.; FONSECA, I. C. B. Danos mecânicos e qualidade fisiológica de sementes de soja colhida pelo sistema convencional e axial. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v. 27, n. 2, p. 125-129, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-31222005000200018&script=sci_ arttext>. Acesso em: 25 Mai. 2017.

Referências

Documentos relacionados

vassourar – varrer... Que género de texto acabaste de ler? Justifica a tua resposta. Transcreve alguns versos que ilustrem a azáfama da vassoura. A dona da casa está descontente com

2. Identifica as personagens do texto.. Indica o tempo da história. Indica o espaço da história. Classifica as palavras quanto ao número de sílabas. Copia do texto três

Da Silva et al (2020) estudaram a variabilidade espacial do fator k em áreas comerciais de cana-de-açúcar, causadas pelas estruturas multivariadas de perdas de carbono em

Este trabalho é resultado de uma pesquisa quantitativa sobre a audiência realizada em 1999 envolvendo professores e alunos do Núcleo de Pesquisa de Comunicação da Universidade

Segundo Éric Laurent, a psicose ordinária se caracteriza pela não resposta aos significantes-mestres tradicionais, manifestando o fim do poder do Nome-do-Pai como

Neste trabalho pretende se demonstrar a eficácia da aplicação da técnica de espectroscopia de infravermelho com transformadas de Fourier com reflectância total atenuada (FTIR ATR)

número é encontrado, adicionando a soma do valor de todas as letras do número é encontrado, adicionando a soma do valor de todas as letras do primeiro nome ou prenome (de nome

O primeiro passo para introduzir o MTT como procedimento para mudança do comportamento alimentar consiste no profissional psicoeducar o paciente a todo o processo,