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DireitodasSociedadesComerciaisUAL-Código

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Art. 386º (Pessoa colectiva)

As sociedades são pessoas colectivas. Para haver direito/obrigações/negócios jurídicos, é preciso haver personalidade jurídica (o legislador fricciona a personalidade a um conjunto de pessoas ou a uma única pessoa a dar vontades a entes que não têm vontade -» através dos seus órgãos). Sendo direito privado.

A personalidade é indispensável às sociedades para praticar actos.

1. Sociedades comerciais quando haja necessidade de praticar actos para o comércio.

a) Sociedades não comerciais (meramente civis) /comerciais (praticam como profissão o comércio, deixando de ser civil).

2. Elementos:

a) Substrato pessoal (pessoas físicas), conjunto de pessoas que se juntam ou põem em comum alguns dos seus bens (património).

b) Elemento teleológico para repartir entre os sócios os lucros nas sociedades civis e comerciais.

As sociedades comerciais aparecem para resolver a titularidade das empresas. Tem que haver personalidade jurídica para permitir actos de comércio, jurídicos, etc.

c) Tem que haver sócios ou sócio unipessoal.

d) Património, pelo capital social (1º entrada de bens que os sócios resolvem pôr em comum).

ART. 387º (Consórcio)

Não tem personalidade jurídica. Mero instrumento entre sociedades/comerciantes. Cada empresa coloca os seus bens ao serviço de outra empresa. Mandatando alguém para representar o consórcio.

a) Associação em participação contrato. O associante é empresa/comerciante e associa à sua actividade outra. É a personalidade jurídica do associante que incorpora a outra a do associado.

b) Cooperativas são associações, não são sociedades. Têm personalidade jurídica. Podem praticar actos de comércio.

c) Agrupamentos complementares de empresas, não são sociedades comerciais. Têm personalidade jurídica temporária/limitada só para aqueles actos que foi constituída.

Art. 388.º (As sociedades comerciais são tipificadas).

Têm numerus clausus.

Quanto ao tipo de sociedades: - Anónimas.

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- Quotas. - Comandita - Nome colectivo.

Regime geral das sociedades comerciais que servem de comum, para todo o tipo de sociedades

Art. 389 º (Sociedade)

Sociedade de pessoas, que tem uma base voluntaria e tem que ter obrigatoriamente património próprio através dos sócios, o objecto é uma actividade económica que não se pode pedir somente aos sócios com o fim do lucro. Juntamente com a acumulação/ou acresce o nº1-2 do C.S.C que são o objecto e o tipo/forma comercial.

Art. 390º (Elemento Pessoal)

Estabelecer uma regra, artigo 7º-2 C.S.C., com o número mínimo de 2 sócios. Regra da pluripessoalidade de sócios, mas este artigo logo a seguir excepciona esta regra: 1º o legislador não se contenta com 2 pessoas, quer mais sócios (sociedades anónimas com pelo menos 5 sócios, artigo 273º-1); 2º o legislador contenta-se com menos de 2 sócios (sociedade unipessoal anónima 488º).

Artigo 273º-2 derroga o 273º-1, sociedades com 2 sócios, sendo um deles o Estado ou Empresa Publica que tem a maioria de capital (50,01%).

Art. 391º (Elemento Patrimonia

l)

Os sócios assumem sempre uma obrigação. Assunção da obrigação típica. De contribuir com bens (dinheiro ou outra obrigação de entrada) ou serviços (trabalho, serviços, conhecimentos -» através da industria). Não implica um decréscimo patrimonial no sócio nem um acréscimo na sociedade. Não é admissível nas sociedades comerciais de capital (sociedade comercial anónima (277º) e por quotas (202º)), ambas são limitadas.

Na sociedade em nome colectivo são admissíveis sócios de indústria.

Na sociedade em comandita (468º) tem sócios comanditários (veda a industria) e comanditados.

Art .391º - A (O momento da entrada da obrigação)

Se for da indústria é ao longo da vida da sociedade; se for em dinheiro/espécie, artigo 26º C.S.C. -» regra é até á outorga do contrato com uma excepção do dinheiro. O diferimento das entradas é quando um sócio se obrigou a entregar mais tarde, só em dinheiro, tendo que haver uma estipulação contratual no contrato. O pacto social tem que o prever e obedecer às regras que a lei

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1. Regras 202º-2 sociedades por quotas (só se pode diferir metade e não pode prejudicar o capital mínimo imposto por lei para este tipo de sociedade); artigo 277º-2 sociedades anónimas (limite até aos 70%, também não

2. implicando o capital mínimo de 50.000€ realizados -» interpretação extensiva).

Art. 392º (Caso Prático)

Aníbal, Bento e Casimiro constituem uma sociedade por quotas. Aníbal obriga-se a entregar à sociedade um carro avaliado em 2.000€. Bento e Casimiro obrigam-se a entrar com 1.500€ cada. Quando devem ser realizadas as entradas?

R: O mais tardar até à outorga do contrato e não pode haver diferimento. As entradas em espécie são avaliadas por um oficial de contas independente da sociedade, artigo 28º.

Para que Casimiro e Bento pudessem diferir o máximo qua a lei prevê, de quanto teria de ser a entrada de cada um? Tinha que ser de 3.000€ cada.

Diferir é proleterar. As partes que foram diferidas terão que ser até datas certas, mas escrito no contrato ou data que dependa de um facto. Certo e determinado. A sociedade não deverá esperar mais de 5 anos, após esse tempo a sociedade pode exigir.

Nas sociedades anónimas o diferimento não pode ir além de 5 anos, artigo 285º-1.

Art. 393 (Elemento Finalista)

Actividade económica que não é de mera fruição e tem de ser comercial com actos de comércio ou no exercício de uma actividade comercial 230º C.S.C. Actividade tem que ser certa 980º C.C., artigo 11º (objecto) do C.S.C.

Art.º 394 (Elemento Teleológico)

Obtenção de lucros repartidos pelos sócios.

Art 395º (Parte geral do código)

artigo 1º ao 174º.

a) Sociedades em nome colectivo -» artigo 175º e seguintes b) Sociedade por quotas -» artigo 197º e seguintes

c) Sociedade anónima -» artigo 271º e seguintes

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Art 396º (Como se distinguem?)

1. Regime da responsabilidade dos sócios: obrigações internas/relações (estabelecem-se dentro da sociedade; dos sócios para com a sociedade; órgãos de administração com a sociedade); obrigações externas (relacionamento da sociedade com terceiros).

2. Obrigação de entrada. 3. Estrutura Orgânica.

Art.397º (Em Nome Colectivo)

Em Nome Colectivo, artigo 175º (características). Sociedades de pessoas. Relações internas. Responsabilidade pelo cumprimento da obrigação de entrada que o sócio assumiu. Cada sócio é o único responsável pelo cumprimento da entrada que assumiu, se não cumpriu não é extensível aos restantes sócios. Responsabilidade externa que é a responsabilidade dos sócios às obrigações que a sociedade assume com terceiros. Responsabilidade dos sócios pelo cumprimento das obrigações assumidas. Responsabilidade é subsidiária em relação à sociedade (os sócios podem ser responsabilizados com o seu património por dividas contraídas com a sociedade ilimitadamente). São sociedades de responsabilidade ilimitada porque os sócios arriscam o seu património em prol da sociedade. Relação de subsidiariedade (o sócio que seja devedor tem perante o credor a responsabilidade de exigir primeiro o património da empresa). Os sócios que foram demandados podem exigir o regresso aos que não foram demandados devido à responsabilidade ser de todos.

Não responde pelas dívidas contraídas após a sua saída, mas sim por todas até à sua saída.

Art . 398 º (continuação)

1. Artigo 182º (transmissão entre vivos de pacto social).

2. Artigo 184º (falecimento de um sócio), se não pagarem ao herdeiro a sociedade tem que se dissolver ou pagam a parte do herdeiro. O herdeiro pode entrar na sociedade como sócio supervenientemente se o decujus antes de falecer autorizar a entrada dos seus herdeiros na sociedade.

3. Obrigações de entrada, artigo 178º (sócios de industria).

4. Estrutura orgânica -» simples. 2 Órgãos: a Assembleia dos sócios (órgão deliberativo/órgão soberano) e a gerência (de gestão) e aos sócios compete fiscalizar. Artigo 191º (composição da gerência), todos os sócios são gerentes, se devem fiscalizar reciprocamente. Os sócios tê algumas vantagens. Facilidades na obtenção de créditos. Sociedade tipicamente de capital.

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Art. 399º (Sociedade por Quotas)

artigo 197º e seguintes.

Relações internas, todos os sócios são responsáveis pela obrigação de entrada que cada sócio contribui. São responsáveis pela íntegra do capital social.

Remete para o art. 204º (aviso ao sócio remisso e exclusão deste). O sócio não cumpridor está sujeito a ser expulso/excluído se não cumprir, mas não provoca prejuízo no capital social devido aos outros sócios serem responsáveis solidariamente pela obrigação de entrada que foi acordada. Relações externas, artigo 197º-3, sociedade de responsabilidade limitada, sendo que por norma quem responde á o património pelas dívidas da sociedade, mas o artigo 198º (responsabilidade directa dos sócios para com os credores sociais), alguns sócios podem ser investidos na posição de garante (responsabilidade pessoal por dividas da sociedade), indo até um determinado montante escrito no pacto social, onde consta o seu limite e o tipo de responsabilidade solidário/subsidiária. Sócio mais importante. Carácter pessoal.

1. Obrigações de entrada -» não se admitem sócios de indústria, ou cumprem a sua entrada com dinheiro ou com património penhorável. Total de 5.000€, artigo 201º (montante do capital)

2. Estrutura orgânica -» 2 órgãos: Assembleia de sócios (órgão deliberativo) e gerência. Pode ter órgão de fiscalização, artigo 262º se os sócios quiserem. Pode ter um revisor oficial de contas.

Art. 400º (Sociedades Anónimas),

artigo 271º

Nunca há responsabilidade pessoal dos sócios. O máximo que o sócio pode perder é o que investiu. À contrário sensu pelas dívidas da sociedade responde o património da empresa. O património dos sócios nunca responde. Relações internas, semelhante à sociedade colectiva, a responsabilidade é de cada sócio. Responsabilidade limitada (igual à da sociedade por quotas). Não é pessoal.

Art. 400 º A (Obrigação de entrada )

Sócio indústria não é admitido, artigo 277º (entrada) 50.000€, art. 276º-3 (valor nominal do capital e das acções); art. 278º (estrutura da administração e da fiscalização). Estrutura orgânica mais complexa. Há sempre um órgão de fiscalização (conselho fiscal, revisor oficial de contas). Tem que optar por um dos três regimes existentes (modelo bipartido mais a Assembleia, alínea a; modelos tripartidos, alínea b (modelo anglo-saxónico); alínea c (modelo germânico)

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Art .401º (Sociedade em Comandita)

Artigo 465º (noção)

Dois Tipos de sócios: comanditários (assemelham-se aos accionistas, apenas respondem pelo capital investido unipessoalmente (entrada) e os comanditados (assemelham-se aos sócios da sociedade colectiva, não respondendo pelas obrigações de entrada dos outros sócios, mas respondem pelas dividas da sociedade limitadamente.

Artigo 468º (entrada de sócio comanditário), não pode ser sócio indústria, mas o comanditado pode.

Estrutura orgânica: Assembleia prévia, pode ou não haver fiscalização, 480º (direito de fiscalização e de informação). Se for por acção o capital social é de 50.000€, se não for é com qualquer capital.

As sociedades têm que ter uma sede e um objecto (define a sua actividade e capacidade jurídica).

Art. 402º (Personalidade jurídica

)

Susceptibilidade de um ente ser titular de obrigações e direitos.

Artigo 18º (registo), acto publico constitutivo e temos personalidade jurídica daquele grupo de pessoas. Durante o tempo que não foi registada os actos praticados são reciprocamente legais, 19º-3.

Capacidade jurídica específica. O objecto social (com que fim é que foi criada), tem que ter capacidade para praticar os actos do seu objecto.

O objecto tem que ser registado.

A vontade destas pessoas colectivas é sempre manifestada pelos seus órgãos.

Celebram um “contrato” de sociedade, cuja matriz está co Código Civil. Artigo 9º (elementos do contrato) do CSC. O estatuto/pacto social é o conjunto das cláusulas estipuladas pelos sócios.

Artigo 11º (objecto), tem que vir no contrato da sociedade, escrito e com as assinaturas reconhecidas. Se a empresa quiser comprar quotas de outra sociedade o que deve fazer? Pode, desde que o objecto social seja o mesmo. Somente se o pacto social disser.

Artigo 17º (acordos parassociais). Sociedade constituída. Quanto mais disperso for o capital menor é a minoria para governar a Sociedade. Formam-se grupos de accionistas que vão às Assembleias para votar. Acordo entre alguns sócios visando coordenar o seu voto/actividade para que não falhem nas Assembleias de maneira que obtenham um resultado favorável. Acordo marginal fora da sociedade. Há clausulas que podem ser nulas.

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Artigo 20º (obrigações dos sócios), obrigação de entrada, realização da sua parte no capital. Dinheiro/espécime e indústria. Participar nas perdas, através do seu quinhão.

Art. 402 º- A (Subscrição de capital)

Acto pelo qual o sócio se obriga a uma entrada de X, que equivalerá no capital social a uma percentagem. Obrigação de entrada. Nas sociedades anónimas a responsabilidade dos sócios é o total do capital subscrito. Nas sociedades por quotas o sócio é responsável até ao limite do capital social.

Art. 403º (Realização verdadeira entrada de dinheiro).

Artigo 21º (direito dos sócios). Lucros são os excedentes, retirados todas as custas do exercício e as reservas obrigatórias. Distribuído pelos sócios através de dividendos.

Nas anónimas os sócios não sabem nada sobre a sociedade, por isso têm obrigação de obter informações sobre a vida da sociedade. Toda a documentação está na sede para consulta dos sócios.

Artigo 24º (direitos especiais), podem ser criados direitos especiais de algum sócio. Tem que estar no pacto social e com acordo expresso.

Art. 404º (Caso Prático

)

Quatro Pessoas pretendem constituir uma sociedade comercial, tendo em vista a organização de viagens para os sócios e respectivas famílias.

Pedem a um jurista a elaboração de um projecto da minuta de contrato de sociedade, o qual depois de concluir o seu trabalho, reuniu com os 4 futuros sócios tendo-lhes mostrado o projecto que havia elaborado. Do mesmo, constam as seguintes cláusulas contratuais:

1 – Entre A,B,C,D é constituída uma sociedade anónima ou por quotas. 2 – A sede da sociedade é em Lisboa, mas poderá ser mudada para qualquer outro local do País por iniciativa de qualquer dos sócios.

3 – Os sócios A e D participarão no capital social com uma entrada de 3.000€ cada, ficando a sociedade com o capital de 6.000€.

4 – Os sócios B e C entrarão para a sociedade com os conhecimentos comerciais, empresariais que possuem na área da organização de viagens.

5 – Das entradas em dinheiro, metade será realizada na outorga do acto constitutivo, sendo o restante realizado quando o património social, atingir os 50.000€.

6 – A sociedade adoptará o nome “Viagens e actividades lúdicas”.

7 – O objecto social consiste na organização de viagens e programas de fim-de-semana para os sócios e respectivos familiares.

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8 – Independente da existência de lucros, ó sócio C terá direito a um dividendo anual de 5.000€.

9 – Ficará ao critério do advogado da sociedade a designar a repartição dos lucros.

10 – O sócio D é nomeado vitaliciamente sócio-gerente.

11 – Os sócios A e B casados entre si, responderão ilimitadamente elas dividas da sociedade.

Pronuncie-se sobre a admissibilidade das referidas cláusulas, tendo em vista o instituído no C.S.C. quer em relação às sociedades por quotas, quer às sociedades anónimas.

R: 1 – Optar por quotas, porque conforme artigo 7º-2 é constituído com um mínimo de 2 sócios. Não para a sociedade anónima porque o mínimo é de 5, artigo 273º-1.

2 – Elementos obrigatórios/essenciais, artigo 9º-1-e, sede art. 12º indicado com um local concretamente definido (local exacto, morada de polícia). Segurança e certeza jurídica. Só pode ser mudada a sede mediante a autorização da

administração, art. 12º-2. Pode o contrato de sociedade restringir a autorização da deslocação da sede. Se os sócios quiserem alterar a sede podem fazer desde que respeitem o processo de alteração, artigo 85º, no respectivo contrato de sociedade.

3 – 4 – Montante mínimo é de 5.000€, artigo 201º. Os sócios B e C não são admitidos como

sócio industria artigo 202º-1.

5 – Diferimento das entradas. É possível porque o diferimento é autorizado somente por dinheiro, artigo 26º (tempo das entradas), tem que estar no pacto. Art. 202º-2 e art. 203º conjugado com o art. 26º. Este diferimento nunca pode prejudicar o capital social mínimo a realizar no mínimo de 5.000€. Não podia ser acordado neste caso, porque não tinha data certa, artigo 203º-1.

6 – Chama-se firme (nome comercial de comerciante). Artigo 9º-c que remete para o 10º-1 (principio da verdade); art. 10º-2 (principio da novidade), firma nome; 10º-3, firma denominação (principio da novidade); art. 10º-5 (principio da verdade). Artigo 200º (quotas); sociedade anónima (art. 275º).

Esta firma não respeita as exigências todas, faltando a expressão “Limitada ou Lda.”, porque identifica o tipo de sociedade que estamos a lidar.

7 – Artigo 9º-1-d, remete para o 11º. Prática de actos de comércio de uma actividade económica que não pode ser de mera fruição art.º 980 C.C.

8 – Direito a um dividendo certo. Não está dependente de uma existência de lucros. Direitos especiais dos sócios que não resultam da mera qualidade de ser sócio – art. 24º. Direito de natureza patrimonial. Só poderá ser retirado se o sócio o admitir. A falta de consentimento do sócio que deveria retirar considera-se ineficaz. Este direito é inválido, artigo 21º-2.

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9 – Cláusula inválida art. 22º-4, os lucros não podem ficar ao critério de terceiros.

10 – Direito especial pessoal, art. 24º. Não há artigo que proíba. Só é destituído judicialmente art. 257º-3.

11 – A sociedade não tem responsabilidade ilimitada, artigo 8º. Assumirem a posição de garante art. 198º-1.

Art. 405º (Órgãos sociais)

São conjuntos de vontades de imputação de actos praticados por pessoas colectivas. São diferentes conforme o tipo de sociedades.

Quotas – gerentes

Nas outras – administração, conselhos de fiscalização, técnico, fiscal de contas. 1.A assembleia por excelência é soberano dentro de uma sociedade e constituído por todos os sócios. Por todos os titulares do capital. Delibera sobre praticamente tudo dentro do objecto da sociedade.

2.Órgãos executivos: conselho de gerência/administração. Quer a assembleia/executivo têm as competências escritas no seu estatuto para se saber o que podem praticar.

3.As assembleias têm regras, a principal é a convocação e tem que constar tudo o que for deliberado.

Artº 406º (

Artigo 54º -

deliberações unânimes e assembleias

universais),

Quando são para sócios, todos têm que declarar que apoiam a respectiva ordem de trabalho e também deliberar sobre ela. E assim começa o ponto 1 da ordem de trabalho. Tornou-se legal quando todos aprovam a respectiva ordem de trabalho.

Artigo 63º (actas), meio de prova para quem tem poderes para assinar. Mesa constituída pelo Presidente e pelos secretários, sendo o órgão a Assembleia. Ao Presidente compete convocar, dirigir os trabalhos, assegurar a legalidade da assembleia.

As deliberações são do conhecimento dos sócios. Sendo válidas ou inválidas (violar regras).

Se for nula nunca produz efeitos nem vai produzir, pode ser impugnada 56º. Regime da anulabilidade, não é tão grave, só pode impugnar quem tem interesse e tem prazos (se não for impugnada dentro dos prazos torna-se eficaz), 58º.

ART. 407º (A regra das sociedades é a da anulabilidade.)

As impugnações provisórias é de 15 dias, desde tomar conhecimento dos sócios e as definitivas é de 30 dias.

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Artigo 59º (acção de correlação).

O autor é o órgão de fiscalização; o réu é a sociedade. Artigo 61º-2 (eficácia do caso julgado).

Artigo 64º (deveres fundamentais), responsabilização dos gestores.

Artigos 65º (dever de relatar e apresentar contas), todos têm que apresentar contas anuais cíveis.

A má gestão é de uma pessoa que não sabe nada, os sócios deverão tirá-lo de lá. Actos praticados ilegais. Artigos: 71º, 72º, 73º, 75º, 77º, 81º, 82º.

A sociedade e os sócios podem responsabilizar quem praticou actos ilegais, responsabilizando-os. Perante a própria sociedade, se for contra o administrador tem que ser deliberado. Quem tiver interesse principal nas deliberações não pode votar. Deliberação prévia e tem que ser actuada no prazo de 6 meses, artigo 75º (acção da sociedade).

Artigo 77º (acção de responsabilidade proposta por sócios), os sócios podem intentar uma acção desde que tenham 5% contra um administrador, ….

Os credores sociais agem quando os administradores não o façam 78º (responsabilidade para com os credores sociais).

Artigo 81º (responsabilidade dos membros de órgão de fiscalização), respondem nos termos aplicáveis das disposições anteriores. Quando não cumprem os seus deveres são responsáveis pelo não cumprimento do seu dever.

Decorridos 5 anos da prática do ilícito prescreve. 174º-2.

Art. 408º (Regime Jurídico das Soc, Comerciais)

Regime jurídico das Sociedades Comerciais irregularmente constituídas, também designado por regime jurídico de pré-vida das sociedades comerciais, está previsto nos artigos 36º e 40º do CSC.

Os sócios podem começar a exercer a actividade por conta em nome e por conta da sociedade comercial antes de esta estar legalmente constituída.

Actos que têm de ocorrer no processo de constituição de uma sociedade comercial: 1. Contrato solene -» sujeito a forma (artigo 7º). Só é por escritura pública quando a obrigação de entrada é feita com um bem qua para a transmissão é exigível escritura pública. Um documento escrito com reconhecimento das assinaturas.

2. Registo do contrato na Conservatória de Registo Comercial. Tem eficácia constitutiva (artigo 5º) e é a partir do registo que a sociedade comercial tem personalidade jurídica.

3. Dar publicidade ao registo e ao contrato (artigo 167º). Publicação na internet num site próprio para esse fim (publicacoes.mj.pt).

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Desde a intenção da constituição da sociedade comercial até estar concluído o processo de constituição decorre um certo período de tempo. Se o acto praticado for antes do registo da constituição ver artigos 36º e seguintes com o 40º inclusive.

Art. 409º (Hipótese)

O acto de constituição de Sociedade X Lda., foi celebrado no dia 2 de Abril de 2006. A sociedade tem 3 sócios A,B,C, estando a gerência confiada aos três sócios. 1. No dia 15 de Março de 2006 o sócio A arrendou um andar em nome e por conta da sociedade, para nele funcionar o escritório.

R: O arrendamento foi celebrado antes da celebração do contrato da sociedade (acto constitutivo). Por aplicação do artigo 36º-2 é aplicado às relações entre os sócios e com terceiros as disposições sobre as sociedades civis. Pelo artigo 997º-1 do C.C. pelas dividas respondem solidariamente os sócios, respondem pessoal, solidariamente e ilimitadamente A,B,C, porque no caso em apreço não existe sociedade.

1. O sócio B em 5 de Abril comprou móveis para mobilar o referido escritório. R: A firma como termina em Lda., é uma sociedade por quotas. Na compra dos móveis está em causa o período entre a celebração do contrato. Em conformidade com ao artigo 40º-1, B responde obrigatoriamente, pessoal e ilimitadamente. Se vai responder solidariamente com os outros sócios depende se esses autorizaram o negócio. Os sócios que não celebraram nem autorizaram o negócio respondem até às importâncias das entradas. Ver os artigos 19º-2-3. O sócio que compra pode condicionar a assumpção do contrato pela sociedade após o seu registo e aí a eficácia do contrato está condicionada ao registo da sociedade. 1. No dia 20 de Abril de 2006 o sócio C, comprou uma carrinha para ser utilizada na actividade da sociedade. Sucede que as rendas que o senhorio exigiu como caução (6 meses) não foram pagas, tal como os móveis e a carrinha. Em que termos e contra quem é que os credores podem exigir o pagamento das quantias em dívida?

R: O contrato de compra da carrinha é celebrado após o acto constitutivo da sociedade (registo) pelo que a dívida é respondida pela sociedade em conformidade com o artigo 197º-3.

Art. 410º (Regime da Invalidade do contrato

) (artigos 41º a 52º))

É necessário distinguir dois momentos: - Antes do registo

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Hipótese: A,B,C,D e E constituem uma sociedade anónima que tem por objecto social a organização de viagens à lua.

1. O sócio E afirma que só é sócio desta sociedade porque o sócio A lhe havia dito que lhe dava uma sova se ele recusasse a sê-lo.

2. O sócio B por sua vez tem 12 anos de idade. O acto de constituição da sociedade foi celebrado no dia 1 de Fevereiro de 2009, porem, ainda não houve o registo do contrato.

3. Entretanto os sócios A e D, adquiriram mobiliário e material de escritório, bem como equipamento informático para a sociedade.

Pronuncie-se sobre a validade do contrato da sociedade e sobre os termos em que os credores podem exigir o pagamento das quantias em dívida.

R: O artigo 41º-1 fala em dois tipos de vícios, os que dizem respeito ao contrato como um todo e nas declarações negociais. Também há um sócio que foi coagido e outro que é incapaz (12 anos) que remete para o Código Civil em função do problema levantado.

O objecto social da sociedade é inválido e prende-se com o contrato no seu todo, uma vez que é fisicamente impossível. Quanto às declarações negociais por remissão para o C.C. temos:

-Coacção --- artigo256º C.C. ---anulabilidade -Incapacidade de exercício--- artigo 125º C.C.---anulabilidade - Objecto do negócio jurídico --- artigo280º C.C. ---nulidade

Há 3 vícios no contrato, portanto o contrato é anulável.

Não se poderia dar a redução prevista no artigo 292º C.C., uma vez que o objecto é fisicamente impossível, além de que o nº mínimo de sócios para as SA é de 5 em conformidade com o artigo 273º CSC.

Os contratos nulos não produzem efeitos de acordo com o C.C., mas por aplicação do artigo 52º CSC a nulidade determina a entrada da sociedade em liquidação, a declaração de nulidade não produz efeitos retroactivamente.

De acordo com o artigo 52º-4 conjugado com o 40º-1, respondem pessoal, ilimitada e solidariamente A e D. Se C deu autorização responderá também pessoal, ilimitada e solidariamente; se não deu autorização responde até à importância de entrada. B é desonerado em conformidade com o artigo 40º-2 conjugado com o 52º-5

E, responde perante terceiros e não perante os sócios por força do artigo 41º-2 e é responsável em sede de relações externas, mas não o é em sede de relações internas.

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pacto/estatuto)

a) Aumento e redução do capital. b) Fusão, cisão, dissolução e liquidação. c) Informação de sociedades.

Artigo 85º (deliberação de alteração) A assembleia-geral/sócios

Nas quotas é necessário uma maioria de ¾, artigo 265º (maioria necessária). Regras para cada sociedade. Nas anónimas é necessário 66,66%, artigo 383º (quórum) conjugado com o 386º (maioria), 1/3 do capital.

Artigo 86º (protecção dos sócios)

Não se pode solicitar a um sócio a retroactividade à alteração do contrato de sociedade e apenas entre as relações com os sócios.

Artigo 87º (aumento do capital social – requisitos de deliberação)

Assembleia-geral convoca. As entradas de capital podem ser diferidas em 50% nas sociedades por quotas; nas anónimas 70%.

Podem ser em dinheiro; espécie (sociedade por quotas com equipamento); incorporação de reservas (reservas obrigatórias/legais não se pode mexer e livres onde todos os anos os sócios deliberam nos lucros, ou seja, ao juntar durante o ano podem dizer e fazer um aumento de capital). O ágio (os sócios têm acções a 5€ e no decorrer do tempo haverá uma diferença positiva, chamada ágio que é um prémio). Está dependente de registo.

Artigo 88º (eficácia interna do aumento de capital), considera-se aumentado e as participações consideram-se constituídas na data de deliberação.

Art 412º (Fusão de sociedades (2 ou mais sociedades).

Podem desaparecer todas as sociedades ou aparecer uma nova. Fusão por extinção.

Fusão por incorporação -» uma sociedade mantêm-se, as outras extinguem-se, passando o património para a nova. Os sócios passam para a única sociedade com as mesmas quotas. Muito complexa e demorada. Cada uma das sociedades tem que fazer um projecto de fusão registado na Conservatória e publicidade. Todos os sócios tê que saber o que se está a passar.

Artigo 118º (cisão de sociedades), é uma divisão.

Artigo 130º (transformação de sociedade), pode ser quotas «-» anónimas e você versa. São transformáveis de uma para outra. Se não mexermos no capital fica igual.

Ex: capital social de 100.000€ se houvesse 4 sócios cada um com 25000€ a passagem seria de 25000€cada em forma de acções.

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Artigo 141º (dissolução da sociedade), extinguir. É um acto que pode ser da própria sociedade ou de terceiros (Tribunal). Depois há uma operação de liquidação de atribuição do património a que tem direito. Credores privilegiados/comuns/sócios.

Dissolução voluntária -» os sócios têm o património todo à sua disposição, liquidam na mesma hora a liquidação para os sócios. A liquidação é feita pelos liquidatários por exemplo os sócios.

Art. 413º (Continuação)

Dissolução imediata - administrativa (requerida, 142º); oficiosa (143º). Artigo 146º (liquidação da sociedade)

Artigo 147º (partilha imediata) transmissão global do património. Artigo 148º (liquidação por transmissão global).

Publicidade dos actos sociais 166º. Todos os actos devem ser publicitados na internet (167º).

Artigo 171º (menções em actos externos) alguns elementos devem constar em acta sobre a Empresa, incluindo o capital social realizado.

Artigo 41º-1, norma remissiva que manda aplicar uma norma do Código Civil, anular e anuláveis. Aplicar uma série de normas normativas 220º CC; 280º; 281º; 294º CC. Uniformiza as soluções independentemente do problema que se levanta.

Art. 414º (Continuação)

Depois do registo:

As normas que têm aplicação são outras.

Se o problema surge no contrato como um todo; se o vício afecta o contrato em geral; se o vício pertence a uma ou várias declarações, as disposições são outras.

Artigo 42º e 44º -» vícios que afectam o contrato como um todo.

Artigo 45º e 47º -» vícios que afectam as declarações negociais de um negócio.

Artigo 42º-1, “só” -» apenas nestes casos é que o contrato pode ser declarado nulo. Se for através de outros casos é irrelevante.

A nulidade é insanável, artigo 42º-2, estes vícios podem ser sanáveis.

No caso prático havia um vício que era o objecto 42º-1-c. Podia ser declarado nulo o contrato de sociedade. Não é sanável porque não estava incluído no 42º-2.

O sócio coagido pode anular a sua declaração negocial?

Não. Porque dá lugar à exoneração (saída do sócio) e não há anulação da declaração. Artigo 240º CSC por analogia às sociedades comerciais. Neste caso o

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90 dias para pedir a exoneração e a sociedade tem 30 dias para tratar da quota, adquirindo-a ou arranjando outra pessoa (estranho ou actual).

Vício de incapacidade pode anular parcialmente a sua capacidade negocial, 45º-2 CSC. Não é obrigado a completar o que falta, mas sim o direito de reaver o que prestou 47º CSC.

O coagido podia exonerar-se, mas primeiro tinha que completar a sua entrada.

Art. 415º (Caso Prático

)

A Constituição da sociedade Máquinas e Carroçarias SA foi apresentada ao registo no dia 11-03-2009. Em 2 de Janeiro de 2009 os sócios compraram em nome da Sociedade um imóvel destinado às instalações do futuro estabelecimento comercial daquela. Sucede que o preço não foi pago e o credor quer saber a quem e em que termos pode exigir o pagamento.

R: Aplicável o 36º-2 e o 40º. 36º-2 antes do acto constitutivo e o 997º CC, que levaria À responsabilidade pessoal e solidária de todos os sócios ilimitadamente, se fosse depois do cacto constitutivo aplicava-se o 40º com a responsabilidade à mesma dos sócios.

Art. 416 º (Tipos de sociedades)

- Em nome colectivo; comandita; quotas e anónimas.

Artigo 175º-1 (Sociedades em nome colectivo – características), os sócios respondem individualmente pela sua entrada (iguais à sociedade por quotas). Respondem solidariamente pelas obrigações sociais. Entre eles solidariamente e ilimitadamente. O credor pode mover a acção contra qualquer sócio pela totalidade da dívida, tendo a posteriori esse sócio solicitar aos outros o regresso.

Artigo 182º (Transmissão entre vivos do pacto social) a parte de um sócio só pode ser transmitida com o expresso consentimento dos restantes sócios.

Artigo 465º-1 (Sociedades em Comandita – Noção), comanditários respondem como nas sociedades por quotas; os comanditados respondem como nas sociedades colectivas.

Art. 465º-3, comandita simples igual às de quotas; comandita por acções igual às anónimas, 474º e 478º do CSC.

Art. 417 º (Requisitos fundamentais)

Capital social. Elemento substrato material indispensável para que uma sociedade de quotas possa existir. Cada sócio tem uma percentagem dentro do capital que é a quota (representação proporcional do capital social). Quota unitária. Não inferior a 5.000€ e cada quota não pode ser inferior a 100€ (219º-3 do CSC). Responsabilidade limitada. O capital é subscrito, sendo realizado

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imediatamente ou mais tarde com um mínimo de entrada de 50% e tem um prazo de 5 anos para completar o restante (203º-3).

Transmissão de quotas, onde existe 4 sócios com 25% cada um e com o crescimento da sociedade vai aumentando a percentagem do montante. Um dos sócios morre, os herdeiros todos devem votar entre eles para um deles representar na sociedade.

Cláusulas de intransmissibilidade para interesse da sociedade ou interesse do transmissário. O pacto é que diz 225º-1, permite a intransmissibilidade.

Aquisição de quotas próprias. A sociedade pode adquirir quotas. Deliberação da Assembleia Geral e não dos gerentes 220º do CSC. É necessário que seja a titulo gratuito ou reservas livres com o dobro daquilo que vai adquirir, ficando os outros como reservas indisponíveis. Suspende o voto 324º.

O sócio A quer transmitir ao B. Transmissão inter vivos 228º-2. Cessão de quotas é livre entre cônjuges, ascendentes, descendentes e sócios. Ceder livremente sem pedir autorização a ninguém. Para outros é preciso autorização/consentimento dos outros sócios. No fim fica a sociedade, se não autorizar tem que fazer uma proposta ao sócio do valor que pretende comprar. O pacto pode estipular uma transmissão livre.

Pode transmitir sem consentimento não sendo inválida, mas sim ineficaz até ser comunicada à sociedade 228º-3.

Divisão de quotas 221º. Autorização da sociedade tácita, implícita ou expressa. Amortização parcial da quota, autoriza a amortização.

Transmissão parcelar. Tem que dividir. Comunicar à sociedade perguntando se autoriza ou não. Normalmente ao sair o sócio divide aos outros e cada sócio fica com 2 quotas (a dele mais a que foi dividida).

Amortização da quota 232º. Extinção da quota. Executada pela lei ou cláusula do pacto o disser. Nunca pode ser alterada sem ser por 100% do consentimento unânime.

Gira na Assembleia dos sócios. O capital não pode ser tocado; estabelecer o valor das novas quotas.

Efeitos internos e externos 237º; aumento dos sócios internamente; possibilidade de manter a quota parada no balanço e a posteriori ser distribuída a sócios/terceiros.

Art. 418º (Prestação suplementar de capital)

Prestações suplementares de capital (210º) -» entradas que o sócio pode fazer desde que esteja no pacto e com montante máximo. Pode ser alterado sempre e por unanimidade. O montante máximo a dividir pelos sócios ou individualmente pelos sócios. Uma vez metido o capital não pode ser retirado. Aumenta o património da Empresa.

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Suprimentos (quotas/anónimas) 243º. São empréstimos/contrato mutuo comercial. Não está sujeita a forma. Não está no pacto. São remunerados. Tem que ter prazos de pelo menos um ano. Não dependem da Assembleia-geral. Só podem ser levantados se a sociedade tiver situação líquida positiva. Fica menos protegido do que um credor normal, pois é o ultimo a receber (245º-3-a).

Art. 419 º (Órgãos)

1.Assembleia-geral 248º. Constituída por todos os sócios. Ex: gerentes todos os sócios nomeados pelo pacto 252º. 2. Sócios podem ser representados.

3. Assembleia-geral extraordinária (universal) 54º.

4. Há um Presidente, normalmente o que tem a quota maior ou o mais velho. 5. O sócio não pode votar quando há conflito de interesses. Maioria de capital para votar. Conta-se um voto por cada cêntimo do valor nominal da quota 250º.

6. Gerência -» nunca o gerente/administrador é uma pessoa colectiva 252º. Se um gerente não for idóneo é culpa in contrahendo (culpa na formatação do contrato); culpa in eligendo (culpa na escolha/eleição porque a sociedade não escolheu bem o administrador, respondendo a mesma pela eleição do administrador).

Art 420º (Nomeado por pacto ou Assembleias).

1. Caducidade; renuncia (258º); destituição (259º). 2. Funcionamento da gerência plural 261º por acta.

3. Competência da gerência 259º. O melhor possível a actividade que constitue o objecto da empresa, se for fora responde perante a sociedade.

4. Sociedade unipessoal por quotas 270º um sócio. Sequem as regras das sociedades por quotas 270º-g.

Art. 421º (Casos práticos)

1.António e João constituíram em Janeiro de 2008 uma sociedade por quotas, tendo entrado cada um com 50.000€. Depois de terem celebrado o

contrato de sociedade e antes do registo António adquiriu em nome da sociedade um imóvel no valor de 250.000€. Não tendo sido pago o preço, diga quem e em que termos vai responder por esta divida.

R: Depois da assinatura do contrato e antes do registo. Artigo 40º. Quem responde é António pessoal e ilimitadamente. João se não autorizou responde até ao valor da entrada; se autorizou responde pessoal, ilimitadamente e solidariamente com António. Podemos afastar a responsabilidade pessoal através

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do artigo 40º-2, ou seja, se a sociedade assumir a dívida, neste caso afasta a responsabilidade pessoal conforme artigo 19º-3.

a. A,B,C,D e E, constituíram em 2008 por escritura publica a sociedade Alberto Supermercados Ideal SA. Cada sócio entrou com 15.000€, tendo o contrato sido registado também em 2008. C realizou imediatamente 7.500€, tendo diferido os restantes 7.500€ para daí a 2 anos. Após o registo C diz-se vítima de coacção moral e pretende anular o contrato e reaver a parte de entrada que realizou. Os outros sócios sustentam que C para além de não ter direito a reaver o que prestou, ainda está obrigado a realizar integralmente a sua entrada. Qui júris.

R: Artigo 45º-1. C não pode anular o contrato, mas sim exonerar (sair, desvincular-se). C ao sair tem que completar o que ainda falta, 240º-2. A sua participação será submetida a uma avaliação conforme artigo 240º-5.

Este normativo aplica-se às sociedades anónimas por analogia, porque o legislador não o colocou nas sociedades anónimas o tema exoneração de sócio.

b. A,B e C são sócios numa sociedade por quotas que tem por objecto social a exploração de uma pequena mercearia sita na Rua de Santa Marta. Em Janeiro deste ano, A sócio gerente da sociedade comprou em nome desta um Stand de automóveis e 2 automóveis de luxo.

O processo constitutivo da sociedade encontra-se completo. Não tendo sido pago o preço, diga quem é que responde pela dívida.

R: Estes negócios não têm nada a ver com o objecto social.

O sistema Alemão diz que nunca pode opor-se a terceiros com limitações recorrentes do objecto social, ou seja a sociedade fica vinculada e assume a responsabilidade.

No direito Norte-americano pela teoria dos actos ultra-vidas o objecto social já constitui limite à capacidade jurídica da sociedade, ou seja esses negócios são actos para além da vida/capacidade da sociedade e são nulos e a sociedade não fica vinculada.

Em Portugal vigora o sistema Alemão, artigo 6º-4, ou seja a capacidade jurídica da sociedade não é limitada pelo objecto social da mesma. Artigo 260º-1 confirma o artigo 6º-4. Se fosse anónima era o artigo 409º a completar o 6º-4. A sociedade tinha que responder.

Artigo 260º-2, é pessoal que a sociedade ainda assim pode opor-se à celebração do contrato para não se vincular tendo que alegar e provar que terceiro sabia desta falta de ligação entre o objecto social e o contrato. Responsabilidade dos sócios gerentes artigo 72º e seguintes.

c. Em Janeiro deste ano foram vendidos na referida mercearia frangos assados que continham nitrofuranos. A venda destes produtos estava proibida. O gerente tinha conhecimento desta proibição e não as retirou do estabelecimento. João cliente habitual do estabelecimento comprou alguns desses frangos e contraiu

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responder pelos danos causados a João?

R: A sociedade 6º-5 que remete para o 500º CC (3 requisitos: relação de comissão entre gerente e sociedade; o facto praticado pelo comissário é dentro da sua comissão; sobre o comissário tem que haver a obrigação de indemnizar ou seja ter praticado com culpa. Tipo de responsabilidade objectiva pelo risco.

a) Em Assembleia Geral -» regularmente convocadas b) -» Universal c) Deliberações ! Dos sócios!

d) -» Tomadas por voto escrito -» Unânimes -» Nas sociedades por quotas (247º)

Art. 422º (Órgãos das sociedades comerciais).

Sendo pessoas colectivas e morais. A existência das mesmas é uma ficção do direito, exige-se que tenham uma estrutura orgânica (órgãos). Manifestada por pessoas físicas através dos seus órgãos. Criou-se um processo de imputação às sociedades comerciais através de uma vontade manifestada por pessoas singulares na qualidade de órgãos dessa sociedade, que formam/manifestam a vontade da sociedade.

Nas sociedades comerciais há 2 órgãos: Assembleia-geral e de administração/gestão. Se for anónima é um conselho de administração; se for por quotas/colectiva/comandita encontramos uma gerência. Nas anónimas também um órgão de fiscalização; quotas também pode ter, mas a regra é que o órgão de fiscalização não é obrigatório.

Art. 423º (Características da Assembleia-geral):

- Composição: órgão singular/colectivo. Quase sempre é im órgão colegial. - Competências: de deliberação/administração/fiscalização. A Assembleia-geral está no órgão de deliberação que compete formar/manifestar a vontade da administração. Assembleia-geral é um órgão deliberativo.

Assembleia-geral é um órgão máximo porque as matérias mais nucleares/importantes são da Assembleia. Ex: alterações aos estatutos; dissolução; distribuição de lucros.

Artigo 246º Nas sociedades por quotas (competência dos sócios). 2 Tipos de competência:

246º-1, de forma imperativa; 246º-2, norma supletiva que pode ser atribuída a outros órgãos.

Artigo 376º nas sociedades anónimas (Assembleia-geral anual), ordinária, porque é obrigatório e tem que ser feita até ao final do 3º mês do ano seguinte.

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Há funções que a Assembleia nunca tem: de representação da sociedade pelos sócios/Assembleia-geral. Estas funções são de outro órgão que é o de administração/gestão.

As funções passam pela administração.

Artigo 405º (competência do conselho de administração). Artigo 406º (poderes de gestão) e de representação.

Artigo 373º-3 a Assembleia-geral só pode decidir sobre matérias de gestão da sociedade a pedido do órgão de administração. Tudo isto nas sociedades anónimas.

Art. 424 º (Nas sociedades por quotas)

Artigo 252º (composição da gerência), administrador e representada.

Artigo 246º - 2 -c (competência dos sócios). O contrato pode entregar esta competência a outro órgão (gerência), se não recai sobre a Assembleia. O contrato afasta ou não as competências.

Todos os órgãos manifestam a vontade através de deliberações, e quando são dos sócios são tomadas pelos sócios, através de 2 formas ou 4 formas conforme mapa em anexo.

Vigora o princípio da tipicidade, artigo 53º (formas de deliberação). As 3 primeiras formas de deliberação pertencem aos 4 tipos de sociedade, a última diz respeito às sociedades por quotas.

Destas 4 fases a mais escolhida é a deliberação de sócios em Assembleia-geral e regularmente convocadas.

Para as deliberações dos sócios serem válidas em principio têm que ser tomadas numa Assembleia-geral regularmente convocada e é preciso saber se foi bem convocada ou irregularmente (a irregularidade da convocatória acarreta a invalidade das deliberações). Se forem nulas são anuláveis.

A mais grave é a inexistente; inválida com a anulabilidade (artigo 58º) e nulidade (artigo 56º); ineficaz (artigo 55º) -» é válida, mas não produz efeitos jurídicos.

Por norma a consequência da deliberação é anulável.

Quando a convocatória respeita a tramitação é regular, senão é irregular. Nas sociedades anónimas, artigo 377º (convocação e forma de realização da Assembleia)

Nas sociedades por quotas, artigo 248º (Assembleias gerais)

As irregularidades não têm todas o mesmo desvalor. Há 3 mais graves, artigo 56º-2: convocatória assinada por quem não tem competência; não mencionar o dia, hora e local da reunião; não estar lá o dia, hora e local diferente dos constantes do aviso.

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O Presidente do Conselho Fiscal da sociedade Supermercado Santa Marta SA, decidiu convocar uma Assembleia dos sócios para submeter à sua apreciação matéria que considera do interesse da sociedade.

Para o efeito mandou anunciar na televisão, no próximo dia 1 de Abril uma mensagem com o seguinte teor: “Convocam-se os sócios desta sociedade para uma Assembleia-geral a realizar daqui a 2 semanas tendo em vista o tratamento de assuntos do interesse da sociedade”.

Pergunta-se: 1. Há convocatória?

R: Não. Artigo 377º-1-7. A Assembleia não foi convocada pelo órgão competente. Não se menciona a hora, local 377º-5-b. Artigo 56º-2 não é considerada convocada. Artigo 56º-1-a, por isso as deliberações são nulas.

2. Se fosse convocada pelo Presidente da mesa com local, dia e hora marcados? R: Não. Artigo 167º as publicações devem ser feitas em sitio da internet, eis um argumento de irregularidade; 377º-4 deve mediar pelo menos um mês que neste caso não se verificou; 377º-5-c.

Finalmente estas deliberações eram anuláveis, artigo 58º-1-a.

Nas sociedades por quotas o aviso deve ser assinado por qualquer dos gerentes através de carta registada e o período é pelo menos de 15 dias, artigo 248º-3.

Mas, se todos os sócios tiverem estado presentes ou representados, A Assembleia pode ser convocada, artigo 54º-1.

Art. 426º (Assembleias Universais,)

Não dependem de convocatória regular/irregular, têm que cumprir os 3 requisitos cumulativos do artigo 54º-1. As deliberações dos sócios só podem ser aprovadas pelas actas, mas é probatória.

Nas deliberações por voto escrito, os sócios não se reúnem, não sendo necessária convocatória, pois não há reunião de sócios.

Para as 4 sociedades, por escrito todos os sócios por unanimidade têm que assinar, artigo 54º.

Também temos por escrito exclusivamente para s sociedades por quotas, conforme artigo 247º, porque não dependem de unanimidade, regra da maioria simples, excepcionalmente maioria qualificada.

247º-2, não estão proibidas por lei e os sócios têm que concordar que uma determinada matéria tem que ser por voto escrito.

247º-8, todos os sócios podem votar, não podendo haver nenhum sócio impedido de votar

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Art. 427º (Sociedades anónimas):

Subscrição com apelo a subscrição pública, 279º são os sócios que se inscrevem e depositam o dinheiro numa conta sem saberem o capital.

Um mínimo de 5 sócios, artigo 273º.

O mínimo de entrada é uma acção com um valor de 1 cêntimo. Artigo 283º-1-2 (contrato de sociedade).

Pacto social, estatutos e contrato social. O pacto social é o conjunto destas 2 peças.

O que é que está nos estatutos? Artigo 272º. O valor nominal é o que está no papel; se não colocar a regra da transmissão vai-se pelas regras gerais, normalmente são transmissíveis; categorias de acções, são especiais as que têm características especiais (mais votos por exemplo dando origem a barreiras de entrada de novos sócios); as nominativas, são aquelas que tê o nome da pessoa; as acções estão numeradas; condições da sua realização em relação ao capital subscrito (comprometer-se a realizar o capital a subscrever); capital realizado (é o que pagou e com as condições/prazos/montantes do que falta pagar, realizando pelo menos 50%).

A oferta ao público pode ser directa (pelo emitente, conta bancária provisória e promovem directamente junto ao público) ou indirectamente através de intermediários (promotores e inscritos na CMVM e promovem esta subscrição ao público sendo vigiados). Tem que haver um registo prévio na Conservatória.

São sociedades ligadas mais à emissão de títulos:

1 – Acção, é um título de participação de capital, título de propriedade, valores mobiliários.

2 – Obrigação, títulos de divida servindo para financiamento das Empresas. Colocação junto do público ou instituições. São documentos que declaram que uma entidade devedora paga juros e dividendos sobre a sua dívida. O Banco presta um serviço, não assumindo nenhum compromisso, mas recebendo uma comissão. De tomada firme de obrigações (emitente precisa de dinheiro no prazo de 6 meses, o Banco toma firme essa obrigação). Colocação. Tomada firme e compra firme.

CAPITULO XIV

Obrigações de juro fixo e variável indexado a uma taxa.

Art. 428º (Papel comercial)

Títulos de dívida de curto prazo, normalmente até 1 ano. Correspondente a moeda. Os títulos passam por um Banco, a operação é domiciliada nesse Banco. O emitente elabora sempre um valor variável e é elevado o seu número a colocar. O Banco promove esta iniciativa. O dinheiro recorrido é entregue ao emitente, deduzida a comissão do Banco.

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Porque já existem para todos os outros títulos. Ex: são autónomos e constituídos por bens (imóveis/móveis). Estes conjuntos são geridos por sociedades gestoras de fundos (Companhias de Seguros). Compram-se títulos de participação, correspondente a uma percentagem que cada título corresponde.

Os títulos provisórios são as cautelas.

As acções podem ser ao portador e fungível (títulos físicos -» nº de acções e valor nominal); nominativas (nome da pessoa (transmitem-se por endosso e só produzem efeito depois de registadas na sociedade)); escriturais (não existe título físico, registos informáticos na Empresa, Bancos e CMVM).

Todos podem ser transformados em escriturais e não há regresso.

Nas transmissões mortis causa, são os herdeiros através de documentos naturais, vão ao Banco solicitar a sua transferência. Regras da sucessão.

A deliberação dos sócios assume a natureza jurídica de negócio jurídico unilateral, ou seja, trata-se de uma manifestação de autonomia e vontade onde o direito atribui efeitos jurídicos. Existe um conjunto de declarações de vontade por parte dos sócios que participam na Assembleia e vai-se imputar à sociedade.

Encontramos a figura jurídica a ficção. Resultado dos votos dos sócios. Uma ou várias deliberações são precisas que os sócios participem, pessoalmente ou representados. Há regras para a representação, 189º; 249º; 380º.

Diferentes das deliberações são os votos (declaração de vontade, está sujeita aos vícios de erro, coacção física e moral). Um voto para produzir efeitos tem regras: livre, esclarecido e expresso. A vontade declarada coincide com a real.

Conceito de quórum constitutivo (número mínimo de sócios que têm de estar presentes na Assembleia para se reunir validamente 383º-2).

Art. 430º (Quórum deliberativo

)

Número mínimo de votos necessários no sentido favorável a uma proposta que serve de base a uma deliberação para ser aprovada. Regra é a maioria simples. As qualificadas e unânimes são excepcionais.

Como se comprova uma deliberação dos sócios?

Apenas através dos actos onde se reduz as deliberações, 63º. Não são requisitos de validade, mas sim de prova. Exigência de deliberações.

Requisitos para as deliberações dos sócios serem válidas: São 5 requisitos:

- Exige-se que os sócios estejam presentes ou representados.

- A Assembleia tem que ter competência para deliberar sobre a matéria. - Os sócios em regra têm que ter sido convocados.

- Existir uma deliberação maioritária.

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O voto tem a natureza de declaração negocial.

Se o voto de um dos sócios ou vários se encontrarem viciados, por norma não afecta as declarações. Só afecta a validade das deliberações dos votos num só caso quando o quórum deliberativo saia afectado.

Os votos podem ser viciados e as deliberações também, artigos 55º e seguintes.

Uma deliberação é viciada, quando há mesma falta um requisito de pressuposto de validade, estando validamente viciada. Quais as consequências/vícios: de forma decrescente conforme a sua gravidade: inexistente; invalidade (56º); ineficácia (55º).

A invalidade divide-se em: nulidade (56º) ou anulabilidade (58º).

Invalidades na modalidade mais grave são nulas 56º-1-a-b-c-d. Em 2 grupos: a,b aqueles que são vícios de formação de deliberação; c,d vícios de conteúdo de deliberação.

Existe convocatória, mas tem 3 requisitos que dão como inexistente.

O regime da nulidade das deliberações 286º CC (arguido a todo o tempo e por qualquer pessoa) e com as especificidades do artigo 57º CSC (sociedades anónimas têm órgãos de fiscalização, instaurar a acção de nulidade se os sócios não o fizerem; vícios de renovação da deliberação 62º (subtrair a deliberação nula sem vicio e válida).

Regime da anulabilidade 58º. Violações de normas do código, quando ao caso não caibam nulidade. O regime é próprio 59º CSC.

As deliberações anuláveis são sempre sanáveis.

Artigo 55º (ineficazes), a deliberação é válida. Mas não produz efeitos até se obter o consentimento do sócio.

Artº 431º (Caso prático):

Numa sociedade anónima com 5 sócios, cada um tem acção representativa de 20% do capital social. Numa Assembleia, os sócios A,B, e C contra o voto de E, deliberam que nesse ano não haverá distribuição de lucros. Esta deliberação foi tomada, porque os 4 sócios que votaram a favor sabiam que E tinha necessidade de receber lucros, caso contrário tinha de vender as suas acções que sempre recusou, apesar das exigências dos outros 4 sócios. O sócio E que se sente prejudicado pode impugnar esta deliberação?

R : Artigo 294º.O quórum deliberativo está verificado, porque tem 80% e era preciso 75%. O conteúdo é “não haver distribuição de lucros”, para prejudicar o sócio E. Situação de abuso de direito, com vantagem de haver benefícios para os 4, sendo esta deliberação anulável 58º-1-a. Podia impugnar esta deliberação 59º e tem um prazo de 30 dias.

Imaginar que esta deliberação foi tomada com os votos a favor de A,B, e C e contra D,E.

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deliberativo não está representado. Contra a lei.

Art. 432º (

Na mesa da Assembleia-geral foram tomadas as seguintes deliberações)

a) Vender a outra sociedade um imóvel. b) Destituir um administrador da sociedade. c) Destituir um membro do Conselho Fiscal

d) Retirar a outro administrador os poderes de representação da sociedade. Respostas:

a) Acto de gestão/administração. Se o conselho de administração o solicitar à assembleia para deliberar 373º-3 esta deliberação é válida, se os sócios não tiverem autorização é anulável 58º-1-a.

b) 403º-1 deliberação válida. Tipos de destituição: justa causa e sem justa causa (a deliberação é sempre eficaz, consequência indemnizatória).

c) 419º-1. A justa causa é um requisito de validade. Se fosse sem justa liberação é nula 56º-1-causa a ded. 419º-2 as pessoas visadas devem ser ouvidas, se não é uma norma imperativa que condiciona a formação da validação, sendo anulável 58º-1-a.

d) 405º-2. O conselho de administração tem exclusivo e plenos poderes de representação. Esta deliberação é inválida e nula 56º-1-d.

Art. 433º (Acções)

Há vários tipos/categorias de acções inscritas no pacto social. As acções especiais podem blindar a entrada de novos sócios.

Acções preferenciais sem voto -» acções que não têm direito a voto aos seus titulares e são preferenciais na distribuição de dividendos 5%. 341º (emissão e direitos dos accionistas). Podem ter um representante.

Art. 434º (Acções próprias)

A própria sociedade adquire acções próprias até 10% do capital, 316º. Tem que estar completamente liberada (pagas), o capital tem que ficar conseguido. A Assembleia Geral é que autoriza. Princípio da intangibilidade do capital.

Não podem os testas de ferro comprar acções.

Enquanto pertencerem à sociedade emitente não produzem efeitos. As sanções vêm no 510º.

Artigo 278º (estrutura da administração e da fiscalização), 3 modelos. Artigo 374º, o órgão é a Assembleia.

Presidente convoca a Assembleia por iniciativa dele, accionista ou outros, 377º. 378º (Inclusão de assuntos na ordem do dia).

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379º (Participação na Assembleia) 387º (Suspensão da sessão)

390º (Conselho de Administração – Composição) 391º (Designação) 393º (Substituição de Administradores) 394º (Nomeação Judicial) 403º (Destituição) 404º (Renuncia) 406º (Poderes de Gestão)

407º (Delegação de poderes de gestão)

413º (Fiscalização – estrutura e composição quantitativa) 423-B (comissão de autoria)

424º (composição do Conselho de Administração executivo) 434º (Conselho Geral e de Supervisão)

435º-1 (Designação); 437º-1; 441º; 444º 446º-A-B (Secretário da Sociedade)

Art. 435º (Sociedades coligadas)

Grupos de sociedades. Também podem haver empresas multisocietárias que estão ligadas entre si e numa única organização com várias sociedades que quer controlar todas.

ART.436º (Coligadas de 4 modos):

1. Participação de um empresa noutra, desde que tenha + de 10%.

2. Participação de sociedade recíproca, ambas têm + de 10% e tem de ser comunicado entre ambas. A 2ª empresa não pode comprar mais da outra. Ao comprar + de 10% perde autonomia de voto devido aos terceiros.

3. Sociedades em relação do domínio, uma entidade tem uma influência dominante sobre a outra em 3 modalidades: desde que a maioria do capital

presume-se que é dominante; mais de metade dos votos; possibilidade de nomear a maioria da administração e do conselho de fiscalização (Golden Share).

4. Sociedades em relação do grupo, 3 modalidades: domínio total (uma sociedade única pode constituir uma sociedade anónima como único titular que é o seu domínio. O domínio total que permite é quando atinge os 90% do capital no prazo de 6 meses para tomar 3 posições: dissolve a sociedade extinguindo-a ficando com os activos; aliena/vende as acções; mantêm a situação dos 90%. Ao atingir os 90% comunicar em 30 dias e em 6 meses têm que fazer uma oferta publica de aquisição, se não houver os próprios sócios accionistas vão a tribunal para comprarem); contrato de grupo paritário (constituir grupos sem participação

(27)

subordinação (há uma sociedade que tem um conselho de administração e a outra também. EX: A subordinou-se a B, neste caso A subordinada obedece à dominante). Grupos e sociedades que responsabilizam uma por tudo.

Artigos 501º a 504º, as dominantes são responsáveis pelas acções assumidas pelas subordinadas. Responsabilidade subsidiária. A subordinada pode exigir às dominantes compensações por perdas.

Art. 437º ( )

SGPS, é a sociedade que tem como património participações sociais e o seu objecto é gerir essas participações sociais indo às Assembleias participar como accionista.

Numa Assembleia Geral de sócios regularmente convocada foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Destituir um membro do conselho fiscal por entenderem que uma outra pessoa tinha um perfil mais adequado para exercer essas funções.

2. Destituir um administrador por ele ter celebrado um contrato ruinoso para a sociedade.

2. Adquirir um imóvel para as futuras instalações da sociedade.

O conselho de administração da sociedade em questão tomou as seguintes deliberações:

1. Mudou a sede da sociedade de Lisboa para o Porto.

2. Aumentou o capital social de 1.000.000 para 1.100.000€ por incorporação de reservas.

3. Emprestou 50.000€ a um membro desse Conselho. Qui Iuris.

R: 1 – Artigo 12º. Se não é válida. 411º-3 era anulável. Deliberação do conselho de administração.

2 – Artigo 456º entradas em dinheiro. A deliberação é nula, 411º-1-b. 3 – É nula 411º-1-c. Artigo 397º-1.

Art. 438º (Código de 1986)

Artigo 1º-4 (Âmbito geral de aplicação)

São as sociedades civis sobre forma comercial. Em princípio a responsabilidade é ilimitada. Sociedades que se regem por estas regras com limitação de responsabilidade. Fim de fruição, não têm lucro.

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Artigo 2º (Direito subsidiário)

Dentro da tipologia, se não encontrarmos aplicamos a analogia. Não se encontra no Código e vamos ao Código Civil ver as principais bases das sociedades. Artigo 3º (Lei pessoal)

Há sociedades que podem ter estabelecimentos em vários Países, a regra é a de a sede principal determinar a lei pessoal.

1.Filial ----» uma entidade (pessoa colectiva) diferente da casa mãe. Tem personalidade jurídica. A lei aplicada é a Portuguesa se estiver em Portugal.

2,Sucursal ----» não tem personalidade jurídica, representa a casa mãe. Os actos praticados são imputados à casa mãe. Ex: empresa com sede em Espanha e tem uma sucursal em Portugal, aplica-se a lei Portuguesa, logo tem que estar em Portugal registada (registo comercial -» quem a representa). Pode praticar alguns actos diferentes da casa mãe.

3.Agências ----» são sucursais dentro do mesmo País.

As sociedades são pessoas colectivas (ficção jurídica, sendo um conjunto de pessoas organizadas juridicamente com objectivos e obedecendo a regras e podem praticar negócios e tudo funciona como se fosse uma pessoa singular. Confere uma personalidade jurídica -» há uma pessoa que é susceptível de praticar obrigação e exigir obrigação de outros).

Artigo 5º (Personalidade)

Capacidade jurídica é a medida que determinada pessoa jurídica pode ser titular de direitos e obrigações. A capacidade jurídica é determinada pelos próprios sócios, que dizem quais são as praticas sociais que vão elaborar. Ex: venda de electrodomésticos; casas, etc. O Objecto é dos mais importantes do ponto de vista social e não pode ser alterado, pois determina a sua capacidade. Os sócios no pacto são quem dizem o que a sociedade pode fazer.

Artigos 6º (Capacidade)

Sociedades darem garantias. A sociedade é para dar lucro. Se der garantia a um sócio, não dá lucro. Só se fizer parte da sociedade.

Artigo 7º (Forma e partes do contrato)

Até há pouco tempo constituíam-se por escritura pública, agora é através de um contrato que implica a formalização de vontades dos sócios, sendo escrito e exigindo que as assinaturas sejam reconhecidas presencialmente. O contrato é feito por acta. O contrato vai para registo através da forma legal e é marcado.

1. Uma quota pode ter mais do que uma pessoa que é a contitularidade, mas só um representa a sociedade.

As Sociedades Comerciais, artigo 1º-2, define um conceito imperativo. Preocupa-se com os tipos de sociedade e objecto comercial, que consiste nos requisitos

(29)

2. Objecto comercial e a forma/tipo.

São aqueles que têm que preencher estes 2 requisitos. Adoptar actos de comércio. Artigo 980º do C.C. (Noção). Oferece-nos uma noção contratualista de sociedade. A sociedade comercial tem que preencher os requisitos deste artigo, mais o do artigo nº 1º-2 do C.S.C. É uma regra com excepções. Nem todas as sociedades têm um contrato.

2. Sem contratos:

Artigo 270º-A e seguintes do C.S.C. Sociedades unipessoais por quota. Não é um contrato. Negócio jurídico unipessoal. Por quotas sociedade unipessoal anónima 488º.

Sociedades anónimas opelegis -» criadas por força da lei, acto legislativo, não existindo contrato.

3. Elementos: elemento pessoal; elemento patrimonial; elemento objecto (finalista ou fim imediato -» percussão de uma actividade económica que não pode ser de mera fruição) e o elemento teleológico (ou fim mediato ou fim ultimo -» obtenção de lucros e repartição pelos sócios).

Referências

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