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Aula 02 - Nomenclatura - Zoologia I

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Academic year: 2021

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(1)

Princípios de

Nomenclatura Zoológica

(2)

Nomenclatura

É o procedimento de dar nomes aos tipos e grupos de animais a serem classificados.

Taxonomia

Diz respeito as regras da nomenclatura. Dar nomes as espécies.

O nome de cada espécie é chamado de nome científico.

Os diversos nomes que a espécie pode receber são chamados nomes populares

Classificação

É a prática de se organizar os táxons em categorias hierárquicas como: Filo, classe, ordem, família, gênero e espécie.

Sistemática

É o estudo das relações de parentesco entre os organismos.

(3)

Promover a estabilidade e a universalidade dos nomes científicos dos animais

► Estabilidade: o nome não vai ser alterado sem justificativa ► Universalidade: o nome é mesmo em qualquer lugar

Assegurar que o nome de cada táxon (grupo) seja único e distinto

► Único: só há uma espécie com cada nome

(4)

Problemas comuns com o uso dos nomes populares

► Termos de amplo significado

► Ex: vermes - qualquer animais de aspecto repugnante, como minhocas, larvas de insetos, nematóides,...

► O mesmo nome popular pode ser aplicado a diferentes espécies

Ex: Melro - na América do Sul, aplica-se ao Gnorimopsar chopi (Emberizidae) e na Europa ao Turdus merula (Muscicapidae).

► O mesmo animal pode apresentar vários nomes populares

Ex: Onça-pintada (Panthera onca) é chamada ainda de acanguçu, canguçu, jaguar, jaguarapinima, jaguaretê, onça, pintada.

(5)

Karl von Linné (1707 – 1787) lançou as bases da classificação biológica em sua obra

“Sistema Naturae”.

► Nos tempos de Linné as espécies eram constituídas com base em determinado espécime “tipo” (a classificação

dava-se segundo coincidências)

► Com George Cuvier a classificação evoluiu para a análise de um “padrão anatômico” (respeitando-se, assim, as

variações individuais)

► Nos tempos atuais o procedimento biológico classificatório de um indivíduo dentro de uma espécie obedece

aos seguintes parâmetros:

► Observações empíricas: levantamento de caracteres morfológicos que remetam à sua história evolutiva;

► Observações biológicas: indivíduos de uma mesma espécie capaz se reproduzir – com sucessivas gerações férteis; ► Observações genéticas: levantamento de diferenças genéticas entre as espécies

(6)

Existem regras (códigos) internacionais para a definição das categorias taxonômicas e

nomes científicos para as espécies

Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (International Code of Zoological Nomenclature).Código Internacional de Nomenclatura Botânica (International Code of Botanical Nomenclature).

Código Internacional de Nomenclatura para Plantas Cultivadas (International Code of Nomenclature for

Cultivated Plants).

Código Internacional de Nomenclatura Bacteriana (International Code of Nomenclature of Bacteria).

Código Internacional de Classificação e Nomenclatura de Vírus (International Code of Virus Classification and

Nomenclature).

(7)

Táxon e categoria taxonômica

Táxon

► Táxon é um determinado grupo de organismos, com base em uma definição

Categoria taxonômica

► Categoria taxonômica é um determinado nível hierárquico no qual os táxons são incluídos ► Existem 8 categorias principais: domínio, reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. ► Toda espécie deve pertencer a pelo menos sete táxons correspondendo às categorias principais

Ex: Animalia, Chordata, Mammalia, Perissodactyla, Tapiridae, Tapirus, Tapirus terrestris

► Existem outras categorias adicionais para grupos mais diversos: coorte, falange, seção e tribo.

Existe ainda a possibilidade de utilizar os prefixos super- , infra- e sub- para se criar categorias adicionais Ex: superfamília, supertribo, subgênero, subespécie etc.

(8)

Hierarquia das categorias taxonômicas

(9)

Todo nome científico é composto de dois nomes (sistema binomial) grafados em latim

O primeiro nome é o nome genérico

(define o gênero o qual a espécie pertence)

► Citado em letra maiúscula e destacado

(em itálico, negrito ou sublinhado)

O segundo nome é o epíteto específico

► Define a exclusividade do nome da espécie ► Citado em letra minúscula e destacado

(em itálico, negrito ou sublinhado)

(10)

Quando existem subespécies, elas recebem três nomes

► A designação da subespécie vem após o epíteto específico

Nomes específicos

(11)

Os subgêneros podem ser citados junto com o nome ou não

► A designação do subgênero aparece no meio entre parênteses ► Grafado em letra maiúscula

(12)

Os nomes científicos podem vir acompanhados do nome de quem descreveu a espécie

e o ano

Trata-se da citação completa do nome científico

Citação completa

(13)

Quando uma espécie é reclassificada em outro gênero, o nome do autor da primeira

classificação deve aparecer entre parênteses após o novo nome

► Exemplos:

Zinjanthropus boisei Leakey, 1959 → Paranthropus boisei (Leakey)Pithecanthropus erectus Dubois, 1983 → Homo erectus (Dubois)

(14)

Nomes que fazem referência a localização geográfica de ocorrência da espécie devem

ser latinizados

► Normalmente vem com o sufixo “-us” ou “-is” ► Exemplos:

Mesosaurus brasiliensisAustralopithecus africanusAustralopithecus afarensis

Nomes que fazem referência a patronímicos (nomes próprios) devem ser latinizados na

declinação masculina (“i”) ou na feminina (“ae”)

► Exemplos

Paranthropus boisei → du BoisLatimeria chulmanae → ChulmannCarodinia vieirai → Vieira

Ramapithecus nyanzae → Nyanz

(15)

O termo sp.

► Utilizado para se referir a um espécie no qual só se conseguiu identificar o gênero ► Ex: Giardia sp.

O termo spp.

► Utilizado para se referir às espécies de gênero de forma ampla ► Ex: Giardia spp.

(16)

Nomen nudum (nome nulo)

► Corresponde a denominação de uma espécie que não está em concordância com o Código Internacional de

Nomenclatura Zoológica

► Os nomes nulos eram mais frequentes no passado, quando nem todos os taxonomistas estavam informados

das regras estabelecidas no código

► A maior quantidade de nomes nulos verifica-se por falta de descrição, diagnose latina ou de designação de

espécime tipo

► Exemplo:

Anuroctonus mexicanus Baerg, publicado em 1929 sem descrição adequada, deve ser citado como Carex bebbii Olney, nom. nud..

Incertae Sedis → Grupo com posição taxonômica ainda não determinada.

(17)

Corresponde a um grupo com posição taxonômica ainda não determinada

► Seu uso é provisório e dura o tempo necessário para se estabelecer um consenso a respeito da posição do

táxon na classificação vigente

► As principais causas para a classificação de um grupo como Incertae Sedis são:

1. Não inclusão ou escassez de material para análise

2. Controvérsia entre os especialistas sobre a melhor forma de classificar o grupo (mais comum) 3. Posição basal do grupo

► Exemplo:

Rachoviscus graciliceps (Characidae: Incertae Sedis)

(18)

As caterogias acima de gênero são grafadas em maiúscula, sem destaque e algumas

recebem sufixos

Superfamília: - oidea (ex: Scarabaeoidea) Família: - idae (ex: Scarabaeidae)

Subfamília: - inae (ex: Scarabaeinae) Tribo: - ini (ex: Scarabaeini)

Subtribo: - ina (ex: Escarabaeina)

Para categorias acima de família não há sufixos

(19)

Sinonímia

Quando um mesmo táxon apresenta dois ou mais nomes distintos, eles são considerados sinônimos

► Ocorre quando um zoólogo propõe um nome para uma suposta espécie nova, sem saber que tal espécie já

havia sido descrita com outro nome

► Nos casos de sinonímia, vale o nome mais antigo (sinônimo sênior) e todos os demais (sinônimos juniores) não

devem ser utilizados.

Homonímia

► Quando nomes idênticos são aplicados a dois ou mais táxons pertencentes ao mesmo grupo, eles são

homônimos

► Ocorria quando a comunicação entre zoólogos era difícil ► Nos casos de homonímia, também vale o nome mais antigo.

Sinonímia e homonímia

(20)

Sempre que uma espécie nova é descrita, o autor deve guardar (tombar) um

espécime que será o padrão de referência do nome científico

► Este exemplar de referência é chamado de tipo

► Os tipos geralmente ficam tombados em museus de história natural ► No caso de protistas, o tipo pode ser lâminas preservadas

Os tipos são criados para que as características de uma espécie sejam comparadas

com outras espécies

(21)

Holótipo e parátipos

► Se mais de um espécime foi tombado, um deles deverá ser escolhido pelo autor como o representante oficial

-o h-olótip-o.

Os demais exemplares são chamados parátipos.

Síntipos e lectótipo

► Quando o autor não define o holótipo, todos os exemplares compõem uma série-tipo e cada um deles é

chamado de síntipo

Se posteriormente, um exemplar da série foi elegido como o representante este passa a ser o lectótipo

Neótipo

Quando a série tipo é perdida e um novo representante é tombado, este torna-se o neótipo

Tipificação

(22)

A tipificação se extende à categorias taxonômicas superiores

► Todo gênero tem uma espécie-tipo ► Toda família tem um gênero-tipo

A tipificação das categorias superiores serve para definir as características que a

distingue das demais

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