• Nenhum resultado encontrado

H 1 012

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "H 1 012"

Copied!
19
0
0

Texto

(1)

Universidade Lusófona de Lisboa

Faculdade de Psicologia

Licenciatura de Psicologia

Cadeira de História e Epistemologia da Psicologia

Turma 1D1

Docente: Maria João Silveira

Psicologia da Adaptação e o

Século XX

Discentes: Márcio Camisinha Ricardo Franco Sara Palha Sérgio Dinis Susana Horta Junho, 2009 Nota Prévia:

(2)

Este trabalho, realizado sob a supervisão da professora Maria João Silveira, tem como objectivo apresentar em sala de aula à turma 1D1 a Psicologia da Adaptação e a sua evolução durante o século XX. Não foi preocupação dos discentes fornecer uma visão muito profunda dos autores mencionados, mas sim ilustrar as suas contribuições para a Psicologia na óptica da adaptação. Sendo o cerne do nosso trabalho a apresentação destes assuntos em aula, o presente trabalho escrito não é mais do que uma sebenta de revisão. Por este motivo, e pelas indicações da professora Maria João Silveira, esta sebenta de consulta não está em conformidade com as normas da American Psychology Association (APA). Aconselhamos, portanto, a que a leitura desta sebenta seja acompanhada da consulta dos slides que foram utilizados na apresentação; disponibilizaremos todos estes materiais no

e-mail da turma 1D1. Encontramos-nos disponíveis para quaisquer comentários

ou esclarecimentos que possam surgir.

(3)

A adaptação não se limita apenas a um conceito adaptativo da espécie ao longo dos séculos, o conceito adaptação, pode também ser utilizado para o estudo do comportamento humano imediato, a adaptação comportamental, estudada por muitas mentes brilhantes tais como, Pavlov, Skinner, Bandura, Watson e William James entre outros. Em uma analise profunda as suas obras verificamos que por exemplo nos trabalhos de Pavlov do condicionamento clássico, Pavlov adapta o cão a determinada situação, campainha, a partir dessa adaptação e que seriam retiradas as suas conclusões, tal como Thorndike como o estudo das leis do efeito mostra-nos que os gatos repetiam um movimento caso este fosse benéfico para eles, este estudo numa escala mais alargada pode ser transferido para os seres humanos, visto que este, tem tendência em repetir acções, das quais retirou sucesso ou prazer imediato, enquanto que as acções que transmitem o contrario tem tendência em desaparecer. Este e uma situação que pode ser visível nos estudos de Bandura , aprendizagem social. Bandura mostra-nos que o ser humano observa os comportamentos de um modelo social, armazena esses comportamentos na memoria para depois os reproduzir no seu dia-a-dia, se esses comportamentos forem contrários tem tendência a desaparecer, e passa a seguir um outro modelo social, adaptando-se sempre as condições desse mesmo comportamento.

Aprendizagem

A aprendizagem ao contrário de outros movimentos neurais, ultrapassa os mecanismos inatos, e passa a utilizar os processos adquiridos pelo organismo.

Tanto nos seres humanos como nos animais, a aprendizagem assume uma grande importância na adaptação a determinadas situações da vida. O ser humano adapta-se a viver com a morte e a sua presença, os animais utilizam este mecanismo para por exemplo fugir de predadores, aprende a utilizar novos mecanismos de defesa.

(4)

Aqueles que estudam a aprendizagem, indicam-nos ao longo dos anos que o organismo nasce com alguns reflexos inatos, mas estes acabam por se expandir ou criar novas ligações graças ao sistema de aprendizagem, por exemplo ao ouvir o som da campainha o cão de Pavlov reconhecia-o como a chegada do alimento, aquilo que anteriormente a ter sido condicionado, não dava importância. O estudo da aprendizagem assume grande relevância na primeira parte do século xx nos EUA, devido ao clima que se vivia na época.

«…como um reflexo do clima intelectual e político desse tempo, nas tentativas individuais de aperfeiçoamento, as quais levavam a esforços cada vez maiores para a aquisição de novas competências.»

Acreditava-se que se fossem efectuadas certas modificações no ambiente social e na educação dos indivíduos estes seriam passíveis de um aperfeiçoamento ilimitado.

No início do estudo da aprendizagem, esta era analisada a partir dos seus conceitos mais básicos, isto tanto no estudo por exemplo com pombos ou estudantes, Skinner. Acreditava-se então que os comportamentos partiam de elementos muito simples e que originavam outros mais complexos, logo era possível manipular esses elementos simples alternando a forma como funcionavam os mais complexos.

«…os primeiros teóricos da aprendizagem jamais conseguiram encontrar um conjunto de leis que fosse aplicável a todos os fenómenos de aprendizagem de todos os organismos. Mesmo assim, ao procurarem essas leis, deram origem a uma série de importantes descobertas que são a base de tudo o que sabemos hoje sobre a aprendizagem.»

(5)

Habituação

A habituação e a forma mais simples de aprendizagem. Consiste na resposta natural a um estímulo que se torna habitual. Por exemplo o barulho de um avião ao passar por cima e bastante incomodo, se o passar desse avião se tornar diário, a determinada altura o ruído passa a ser ignorado pelo sujeito, poderemos afirmar que o sujeito se habitou ao ruído do avião, ou se adaptou a viver daquela forma.

«…estamos tão habituados ao zumbido da lâmpada de luz fluorescente da cozinha que não nos damos conta dele ( a não ser que cesse, e então notaremos).»

Com esta afirmação poderemos afirmar que o cérebro se adapta de tal forma ao zumbido que escolhe de forma inata ignora-lo, mas sempre com o conhecimento que esse zumbido existe, de tal forma que assim que o mesmo termina, existe um alarme para nós informar da extinção do mesmo.

No sentido evolutivo, esta habituação aos ruídos que nos são familiares fará todo o sentido, pois desta forma o cérebro ignora estes ruídos para que possa estar atentos novos ruídos que nós possam ser prejudiciais. Olhando para esta situação numa altura em que o ser humano vivia rodeado de predadores, dentro de uma gruta por exemplo, deveriam ouvir constantemente o ruído do vento entre outros, que o cérebro ignorava, desta forma poderiam prestar atenção ao ruído dos predadores que se aproximavam, desta forma aumentavam a sobrevivência da espécie.

O principal aliado da habituação será a nossa memória, pois assim pode ser feita a comparação daquilo que está a ser ouvido naquele momento e o que já se encontra gravado na nossa memória.

(6)

Canivete Suíço

Para que o ser humano pudesse sobreviver e desenvolverem-se com sucesso, tiveram de desenvolver várias capacidades psicológicas. Tiveram assim de desenvolver a línguagem de forma a poderem comunicar , por exemplo durante a caça, organizando-se de melhor forma ou conorganizando-seguindo avisar o parceiro de caça o perigo concreto que estaria atrás dele. Também foram criadas formas de comunicação não verbal “ gestos ou expressões”, que seriam reconhecidos pelo introluctor. Este tipo de comunicação ajuda também a hierarquização e a vida em sociedade , dentro do grupo. Foram criadas também capacidades de distinguir os alimentos que nos eram favoráveis daqueles que nos poderiam causar problemas de saúde “Tóxicos”, a mente humana também se desenvolveu de forma a melhor segurar o parceiro, criando tácticas de retenção do mesmo, formas de reprodução, criar locais de abrigo ou mesmo fugir a predadores.

Uma das ideias da Psicologia evolutiva e a de que a mente e constituída por várias “parcelas”, a qual cada uma esta capacitada para lidar com cada um destes problemas adaptativos, tal e qual como um canivete suíço cada peça serve para uma função.

«…a especialização modular continua a ser um dos postulados fundamentais da psicologia evolutiva (…) cada tipo de problema necessita de um tipo de adaptação específica com a correspondente base neurofisiológica. O cérebro humano é composto, tal como um canivete suíço, por um conjunto de mecanismos psicológicos e sub mecanismos especializados para lidar com os diferentes domínios.»

(7)

Olhando para os trabalhos de James, podemos deduzir que os humanos só resolvem mais problemas e têm maior flexibilidade que os animais, não porque perderam os seus instintos e são dominados pela razão, mas sim porque têm mais instintos.

Exemplo da Torradeira (Donald Symons):

Quem e mais inteligente a torradeira ou o computador? Depende do tipo de função que se queira, iremos fracassar ao tentar torrar pão no PC.

(8)

Charles Sanders Peirce

(1839-1914)

Nasceu em Cambridge, Massachusetts, USA.

Filósofo, estudou em Harvard onde também foi professor. Filho de um Matematico, destacou-se nos dominios da Línguagem e da Ciência, criticou a Filosofia tradicional. “ Queria criar uma filosofia de laboratorio” (Experimental) e não uma “Filosofia de seminario”, pois na sua visão a filosofia deveria porcurar atingir verdades Universais, utilizando ao mesmo tempo o método ánalitico e o sintético. Na sua proposta filosofica destacou-se a obra “The Grand Logic”.

Quando frequentou Harvard, fez a licenciatura em ciências e o Doutoramento em Química. Foi o fundador do pragmatismo e da ciência dos signos, semiotica, também era Matematico, Físico e Astronomo. Estudou particularmente linguistica, filologia e historia, com um grande contributo na PSICOLOGIA EXPRIMENTAL, falava mais de 10 idiomas.

Dedicou grande parte da sua vida ao estudo da lógica e filosofia. Queria aplicar os métodos de observação, hípotese e experimentação na filosofia. Imaginou a Lógica, dentro do que ele chamava de teoria geral dos signos ou semiotica, sendo que os últimos 30 anos da sua vida dedicava-os aos estudos da semiotica.

Semiótica de Peirce

A semiótica de Pierce pode ser considerada uma Filosofia Cientifica da Linguagem.

A Fenomenologia é a ciência que envolve a semeotica de Pierce e trata-se da descrição e ánlise das experiências do homem em todos od momentos da vida. Assim o Fénomeno e tudo aquilo que e percebido pelo homem seja real ou não.

Estes estudos levaram ao que ele chamou de categorias do pensamento e da natureza ou categorias universais do signo. São elas a primeiridade que corresponde ao acaso ou o fenomeno que se apresenta na consciência, a Secundidade, corresponde a acção e reacção , é o conflito da consciência como fenomeno. Por último a terceiridade ou a mediação, é a interpertação e generalização dos fénomenos.

(9)

Chauncey Wright

(1830-1875)

Era Filósofo e Matemático. Nasceu em Northampton, Massachusetts, USA. Tirou a graduação em Harvard(1852), criou o seu nome através de contribuições em Matemática e Física. No entanto também virou a sua atenção pata a Metafísica e a Psicologia.

Escreveu ainda ensaios filosoficos sobre as linhas de Mill, Darwin e Spencer. Em 1870-71 proferiu palestras sobre a psicologia em Harvard. Embora ele fosse adepto da Psicologia Evolutova, era considerado um free-lancer em pensamento.

Entre as suas obras podem ser mencionadas “ The Evolution of self-consciousness” “A evolução da auto-consciência”, e dois artigos publicados em 1871 sobre a gênese das espécies. Um tenta explicar as elaboradas actividades psíquicas do homem como a evolução das formas elementares de consciência, processos no reino animal como um todo; o último e uma defesa da teoria da selecção natural contra os ataques da ST George Mivant. Entre 1863 a 1870 foi secretário e gravador para a Academia Americana de Artes e Ciências, no último ano da sua vida , proferiu palestras sobre Física Matemática em Harvard.

Em 1872, juntou-se no Metaphysical Club Harvard, a outros intlectuais, como William James e Charles Sanders Peirce. Os seus pontos de vista sobre o Darwinismo, desempenharam um papel significativo na definição das ideias dos outros menbros do clube: Pragmatismo – uma Filosofia amplamente desenvolvida por Peirce e James – foi muitas vezes entendida como uma Filosofia pós-daewinista.

Os seus ensaios foram recolhidos e publicados pela CE Norton em 1877, e as suas cartas foram editadas e impressas em Cambridge, Massachusetts, em 1878 por James Bradley Thayer, amigo de Wright.

Wright, pouco escreveu, a sua influência foi exercida por meio de conversa e debate filosófico com o círculo de intlectuais e acadêmicos entre 1850-75. Este Círculo incluia Charles Peirce e William James.

(10)

William James

(1842-1910)

William James (1842-1910) nasceu em New York e faleceu em New Hampshire, E.U.A. Ficou conhecido pelo seu trabalho como filósofo (formando o The Metaphysical Club, em Harvard, em 1872) e psicólogo. Apesar de se ter formado em medicina por Harvard e de lá ter leccionado durante uma parte considerável da sua vida, James nunca exerceu o cargo de médico. Devido a motivos de doença, realizou diversas viagens ao Velho Continente ainda durante a sua infância e licenciatura. Foi numa destas viagens à Europa, em 1867, que James entrou em contacto com obras de pensadores europeus sobre Psicologia, o que o motivou a seguir esse ramo. Mais tarde, William James seria o grande responsável pela introdução de Psicologia Experimental como um curso independente em Harvard – em 1875 abriu nesse local o primeiro laboratório de Psicologia Experimental norte-americano. Durante a sua vida, James manteve contactos e diálogos com diversos autores e pensadores de destaque como Carl Jung, Sigmund Freud, Mark Twain e Bertrand Russell.

Em termos de correntes de pensamento, James evidenciou-se na Psicologia pelo Funcionalismo e Teoria das Emoções, e na Filosofia pela Teoria Pragmática da Verdade. Foi um autor prolífico, tendo a sua bibliografia cerca de 47 páginas em extensão (McDermott, 1977). Algumas das suas obras mais eminentes são:

The Principles of Psychology, volumes 1 e 2 (1890) [obra fundamental]

Psychology (A Briefer Course) (1892)

The Will To Believe, And Other Essays in Popular Philosophy (1897)

Pragmatism: A New Name for Some Old Ways of Thinking (1907)

• Várias obras póstumas; memórias, cartas, obras e ensaios inacabados (de notar Some Problems of Philosophy: A Beginning of an Introduction to

Philosophy (1911))

Foi com The Principles of Psychology que a Psicologia ganhou força nos E.U.A. e onde foram lançadas muitas das questões que ocuparam os psicólogos americanos

(11)

durante vários anos. O Funcionalismo surgiu em oposição ao Estruturalismo (propulsionado por Edward Titchener), no que foi a primeira grande cisão na Psicologia americana, no fim do século XIX. Na sua essência, os estruturalistas defendiam o estudo da mente como uma estrutura através dos seus componentes (como um químico estuda os átomos de uma molécula) e apontavam a introspecção treinada como forma de estudo. Por outro lado, os funcionalistas defendiam uma abordagem ao estudo das funções mentais (como a memória e as emoções), vendo-as como uma adaptação activa do indivíduo ao meio ambiente. William James foi uma das vozes mais defensoras do Funcionalismo, que conseguiu obter muito mais aceitação junto de outros psicólogos e universidades, culminando com a saída voluntária de Titchener da A.P.A. (American

Psychology Association) em 1899.

Para além de ter escrito o primeiro grande manual de Psicologia norte-americano, William James desenvolveu a sua Teoria das Emoções (que partilha as mesmas conclusões essenciais da Teoria das Emoções que o psicólogo dinamarquês Carl Lange elaborou em paralelo), no artigo What Is An Emotion? em 1884. A Teoria das Emoções de James-Lange sustenta que uma emoção é causada pela reacção fisiológica a um estímulo emocionalmente competente. Um exemplo frequente para ilustrar esta teoria é o da experiência do medo face a um urso: de acordo com James-Lange, quando um indivíduo vê um urso e foge, ele sente medo porque está a correr; não está a correr porque tem medo. Ou seja, neste caso é a adrenalina e o aumento de ritmo cardíaco que despoleta a emoção, e não o contrário.

Apesar do sucesso do Funcionalismo e da importância de The Principles of

Psychology, a Teoria das Emoções de William James encontrou fortes críticas, e

manteve-se maioritariamente ignorada pela comunidade científica até recentemente. As críticas mais frequentes baseiam-se em observações laboratoriais: a injecção de adrenalina num sujeito não induz uma emoção, uma reacção emocional é muito mais rápida do que qualquer reacção visceral e não é notada nenhuma alteração das actividades emocionais em indivíduos com patologias nervosas ou paralesias graves.

Contudo, o Funcionalismo serviu para orientar a actuação dos psicólogos americanos até hoje, e ainda hoje em dia influencia fortemente campos de estudo dentro da Psicologia como a Psicologia Evolutiva (que também focaliza a importância das várias funções da mente e vê a adaptação ao meio como um ponto fundamental). A

(12)

própria Teoria James-Lange despertou um novo interesse quando António Damásio se baseou nela na elaboração da sua Teoria dos Marcadores Somáticos (Damasio et al, 1991).

(13)

Condicionamento Operante

Ivan Petrovich Pavlov, premiado com o prémio Nobel pelo seu trabalho acerca do processo digestivo. Veio mais tarde sem planear desenvolver um novo estudo sobre o processo biológico da salivação nos cães, sem que estes tivessem ingerido ainda qualquer alimento.

Uma das experiências foi repetida várias vezes para que a resposta do cão fosse aprendida. Pavlov começou por ligar um tubo à glândula salivar do cão, de seguida fazia soar uma campainha (EN) e dava o alimento (EI) ao animal, este começava a salivar (RI).

Inicialmente o cão salivava com a apresentação da carne mas após repetidas vezes da combinação da campainha com a carne o animal já salivava (RC) mesmo quando Pavlov não apresentava o alimento e somente fazia soar a campainha (EC).

Deste modo após esta aprendizagem o som da campainha que inicialmente era um estimulo neutro passa a um estimulo condicionado, bem como, a carne que anteriormente era um EI visto provocar salivação naturalmente no animal passa a ser um EC. A partir daqui a salivação do cão passa a ser uma resposta também esta condicionada.

Condicionalismo Humano

Este tipo de condicionamento também foi experimentado em humanos. para estudar o comportamento humano através da aplicação do condicionamento o psicólogo John B. Watson e a sua colega Rosalie Reyner fizeram a experiência com uma criança de 11 meses, chamada Alberto.

Alberto tinha medo de sons ou barulhos altos e em contrapartida não tinha medo de ratos. Durante a experiência o experimentador simultaneamente que produzia um som alto apresentava à criança um rato (EI) e Alberto manifestava uma reacção de medo (RI) perante a situação.

(14)

Posteriormente após repetidas junções entre o som e o rato Alberto passou a ter medo e a chorar apenas quando via o rato isoladamente.

No final, o rato tornou-se o EC e o medo/chorar a RC da criança.

Dias mais tarde Alberto continuava a ter medo dos ratos e de qualquer objecto similar a este e a partir daí foi possível comprovar os resultados do condicionamento.

Extinção/ Generalização/ Descriminação

A extinção ocorre quando o estimulo deixa de ser apresentado e deste modo a resposta condicionada diminui até chegar a desaparecer. Como exemplo disso é a experiência q Pavlov efectuou com o cão, ou seja, se o experimentador ao soar a campainha deixa-se de apresentar o alimento o animal deixaria de responder.

No caso da generalização não existe o esquecimento da aprendizagem. Neste caso se for apresentado durante o condicionamento um som similar ao da campainha o animal continuaria a responder da mesma forma.

Deste modo Pavlov conclui que quanto mais semelhantes forem os estímulos mais possibilidade existe de ocorrer generalização.

Ao contrário desta, a descriminação ocorre quando são apresentados estímulos completamente diferentes e por isso não é provocada qualquer resposta condicionada.

Condicionamento Instrumental

O condicionalismo instrumental é considerado a base para muitas aprendizagens, quer humanas, quer animais.

A aprendizagem através do condicionamento instrumental é composta pelo reforço. Neste tipo de aprendizagem a recompensa está dependente da resposta dada.

Se a resposta for a desejada a recompensa é oferecida como forma de criar adaptação do animal à situação apresentada.

(15)

O estudo da aprendizagem instrumental foi mais tarde trabalhado e comprovado na tese de thorndike.

Thorndike focou na sua tese a experiência que efectuou com um gato. Este gato era colocado numa caixa, esta era fechada.

Fora da caixa encontrava-se uma porção de alimento em que o objectivo era que o gato conseguisse carregar n alavanca da gaiola para poder sair comer o alimento. Sempre que o animal executava esta acção era novamente colocado dentro da caixa para repetir o acto.

Após repetidas tentativas o gato já conseguia abrir a caixa para sair com mais facilidade e em menos tempo, sendo assim obtinha a porção de alimento mais rapidamente.

Thorndike afirmou que inicialmente as respostas dadas pelo gato face ao problema eram fracas e sem sucesso mas após vários ensaios este obteve melhores respostas, deste forma, indicou que assim que o gato descobria a resposta esta era memorizada e as outras automaticamente esquecidas.

Deu como nome a esta teoria “A lei do Efeito”, ou seja, através da recompensa a resposta é fortalecida, mas se a resposta não for seguida de recompensa mas sim de punição esta será enfraquecida.

Thorndike conclui que a lei do efeito dá lugar à adaptação das actividades e situações apresentadas ao animal.

(16)

Albert Bandura

(1925)

Para Bandura grande para da aprendizagem consiste na aprendizagem por observação, isto é, aprendizagem que resulta de uma imitação social, por isso, os nossos comportamentos são aprendidos através da observação e imitação de um modelo. Os meios de comunicação são um grande exemplo de aprendizagem social por observação e a selecção dos modelos é feita normalmente pela idade, género e atenção, porque quanto mais atento mais eficaz será a aquisição do comportamento observado.

Este tipo de aprendizagem pode ser seguida de um reforço directo, ou seja, o indivíduo é reforçado quando imita um comportamento desejado e por um reforço indirecto em que a observação de alguém a ser elogiada é algo desejado e por isso estimula a imitação desse mesmo comportamento.

Destacamos os efeitos da aprendizagem por observação, o efeito de modelação ou moldagem, em que ao observar o modelo a tendência é adquirir novas formas de resposta. Nesta caso Bandura efectuou uma experiência com adultos e crianças. Começou por colocar as crianças a observar adultos que gritavam e pontapeavam um boneco, mais tarde quando as crianças eram colocadas a brincar com esse mesmo boneco apresentavam respostas mais agressivas.

Outro efeito é o efeito desinibitório e inibitório. Como exemplo no efeito desinibitório a criança que convive num ambiente violento tente a comportar-se de modo agressivo e desinibir atitudes agressivas.

Quando se observa alguém a ser punido por alguma atitude negativa a tendência é inibir este tipo de comportamento para também não sofrer as mesmas consequências.

De acordo com Bandura a aprendizagem ocorre em quatro etapas: (1) atenção, tomamos mais atenção no que é mais importante; (2) retenção, toda a informação é codificada, traduzida e armazenada; (3) reprodução; (4) motivação e interesses, Bandura

(17)

defende, para que o comportamento aprendido seja executado deve haver um motivo, ou seja, alcançar através de incentivos.

(18)

(1878 –1958)

Watson foi o fundador do Behaviorismo como escola do pensamento na psicologia norte-americana.

Trabalhou com funcionalistas em Chicago, tendo ganho prestigio e sido convidado a chefiar o departamento de Psicologia da Johns Hopkins University, mais tarde foi obrigado a abandonar o seu cargo. Trabalhou na publicidade, tornando-se respeitado na Psicologia Aplicada.

Behaviorismo

Em 1913, Watson publica o Manifesto Behaviorista. Vivia-se uma altura de mudança e Watson contribui para uma maior abertura do Behaviorismo. Era preciso arranjar uma nova metodologia contrária à da psicologia introspectiva. Esta mudança, previa que a psicologia apenas estudasse o comportamento em si.

Para analisar o comportamento tem de se ter em atenção a situação e reacção, sendo que a situação é o conjunto de estímulos e a reacção o conjunto de respostas. Todo o comportamento humano rege-se por respostas observáveis que o organismo executa perante estímulos igualmente observáveis.

Com isto consegue-se, prever a reacção de um determinado estímulo e perante a resposta, determinar o estímulo que a desencadeou.

Para Watson, o que se passa no interior do sujeito não é objecto da Psicologia, contundo admitindo que existe uma reacção entre o estímulo e a resposta que se desencadeia no seu interior. Os factores hereditários não são do interesse para a análise do comportamento. As respostas que os humanos dão aos estímulos devem-se ao meio em que este está inserido e não aos factores hereditários. Para cada estímulo existe sempre a mesma resposta.

(19)

O movimento behaviorista, não teve o sucesso previsto. Como se pode perceber, não é possível prever todas as reacções perante um estímulo. A publicidade que Watson fez ao movimento, ajudou que este chegasse ao conhecimento geral, mesmo assim no início houve uma divisão entre os psicólogos norte-americanos.

Mas o que ajudou à popularização do behaviorismo de Watson, foi o facto deste ser convicto nos seus estudos e ter estado sempre optimista em relação aos seus resultados. Ajudou a Psicologia a torna-se mais científica, tendo o comportamento em análise e não a introspecção.

Referências

Documentos relacionados

A análise sensorial indicou como de melhor qualidade, o licor formulado através da extração com álcool de milho na proporção de 1:2 (polpa:líquido extrator) macerado por 5 dias

Figura 3 – TC de região abdominal (nível de L4) demonstrando acúmulo de gordura parietal em paciente com lipodistrofia (Ambulatório de Lipodistrofia, Hospital

A Vice Diretora Geral da Escola de Enfermagem de Natal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no uso de suas atribuições legais e estatutárias que lhe confere a Portaria

Além disso, é necessário considerar que acabo sempre tendo de contar com alunos na maior parte das vezes para preencher o segundo violino, e ainda em todas as vezes nos casos

Foi apresentada, pelo Ademar, a documentação encaminhada pelo APL ao INMETRO, o qual argumentar sobre a PORTARIA Nº 398, DE 31 DE JULHO DE 2012 E SEU REGULAMENTO TÉCNICO

Neste trabalho avaliamos as respostas de duas espécies de aranhas errantes do gênero Ctenus às pistas químicas de presas e predadores e ao tipo de solo (arenoso ou

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

Na busca de uma resposta ao problema, que teve como questão norteadora desta pesquisa, levantamento dos gastos e despesas nos atendimentos realizados e identificar qual o custo que