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Academic year: 2021

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TÍTULO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE A SITUAÇÃO ATUAL DA VIROLOGIA AMBIENTAL NO BRASIL

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: Medicina SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL - USCS INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): TÚLIO DE ALMEIDA SILVA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): MARIA CLARA DUARTE FREGOLETE ALVES ORIENTADOR(ES):

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UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL

CURSO DE GRADUÇÃO EM MEDICINA

RELATÓRIO FINAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE A SITUAÇÃO ATUAL DA VIROLOGIA AMBIENTAL

PROJETO DE PESQUISA

ASPECTOS ATUAIS DA VIROLOGIA AMBIENTAL

Aluno: Túlio de Almeida Silva

Orientadora:

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RESUMO

Os padrões de potabilidade da água estão associados a parâmetros físicos, químicos, radioativos e biológicos. Dentre os parâmetros biológicos estão os agentes infecciosos bacterianos, virais e parasitológicos de transmissão fecal-oral. Com relação aos vírus, os principais representantes são os vírus entéricos como adenovírus, rotavírus, vírus da hepatite A e E, circovírus e norovírus. Estes agentes são causa de diarreia e levam a altas taxas de morbidade e mortalidade no Brasil. Apesar das consequências à saúde pública, ainda não há um indicador virológico padrão na análise de águas, não existindo também consenso em relação à metodologia a ser aplicada para a identificação dos agentes virais. Portanto, faz-se necessário uma avalição sobre a atual situação dos estudos e avanços em virologia ambiental para que se possa propor uma padronização com relação aos indicadores virológicos de contaminação e às metodologias a serem utilizadas para sua identificação. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a atual situação da virologia ambiental. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica através da busca de artigos científicos nos principais bancos de dados acadêmicos. Para a busca foram utilizados os termos: virologia ambiental, vírus entéricos, tratamento de água, contaminação de águas, dentre outros, além dos termos equivalentes para a pesquisa de artigos de língua inglesa. Os artigos foram avaliados quanto à metodologia de detecção dos vírus e ao tipo de água analisada para serem incluídos ou não na revisão. No total, foram analisados 43 estudos e estes demonstraram a superioridade das metodologias moleculares na identificação de vírus entéricos em amostras de águas utilizadas para consumo e para fins recreacionais. Palavras-chave: virologia ambiental, água, tratamento de água, vírus entéricos.

INTRODUÇÃO

A água é considerada adequada para consumo (potável), quando atinge os parâmetros biológicos, físicos, químicos e radioativos que atendem os padrões de potabilidade, não oferecendo riscos à saúde (García-Zapata et al., 2011). Entretanto, devido a contaminação por resíduos industriais e esgoto humano, a água de reservatórios utilizada para consumo, como de rios, lagos e represas, fica comprometida.

Dentre os agentes biológicos encontrados nos reservatórios contaminados os mais frequentes são as bactérias, os vírus e os parasitos. Esses agentes são, normalmente, causas de patogenias e podem ser transmitidos quando ocorre a ingestão de líquido contaminado por humanos (Barardi et al., 2013).

Em relação aos vírus, os mais frequentemente encontrados são vírus entéricos, como os adenovírus humano (HAdV), vírus da hepatite A (HAV) e E (HEV), rotavírus (RVA), circovírus suíno tipo 2 (PCV-2) (Barardi et al., 2016) e norovírus (NoVs) (Gabbay et al., 2015). Estes vírus entéricos têm alta resistência às condições ambientais, além de desinfetantes e intempéries, podendo permanecer até 120 dias viáveis no ambiente (USEPA, 2016).

A transmissão destes patógenos se dá pela via fecal-oral (Haramoto et al., 2008), sendo assim, a presença destes vírus nas águas, mesmo que em baixas concentrações, pode levar a ingestão dos mesmos por humanos e a desencadear uma infecção (García-Zapata et al., 2011).

A principal patogenia causada por estes vírus, as gastroenterites virais, são a segunda maior causa de morbidade por doenças infecciosas no mundo, ocorrendo dois milhões de óbitos de crianças por ano mundialmente. No Brasil, a mortalidade em decorrência de diarreia por gastroenterites de origem infecciosa é de 3.667 óbitos, sendo

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os números mais expressivos na região Nordeste (1.355 óbitos) e Sudeste (1.237 óbitos) (Ministério da Saúde, 2017).

Devido a esses números, torna-se necessário que no tratamento da água utilizada para consumo ocorra a eliminação destes agentes patogênicos. No entanto, diversos estudos relatam a detecção de diferentes tipos de vírus entéricos em águas tratadas, como o rotavírus (Soule et al., 2000), vírus da hepatite A e E (Soule et al., 2000, Barrella et al., 2009), adenovírus (Barrella et al., 2009) e o circovírus suíno tipo 2 (Barardi et al., 2016). A United States Environmental Protection Agency (USEPA) lista os agentes virais com maior representatividade em relação aos riscos para a saúde e que devem ser monitorados: vírus da hepatite A, adenovírus, calicivírus e enterovírus (USEPA, 2016). Esta lista de candidatos contaminantes (CCL) é atualizada continuamente pela USEPA, sendo a mais atual a CCL4, publicada em novembro de 2016.

Entretanto, mesmo com essas consequências à saúde pública, ainda não há um indicador virológico padrão na análise de águas, não existindo um consenso em relação ao volume e a concentração requeridos e ao método de detecção utilizado (García-Zapata et al., 2011).

Sendo assim, faz-se necessário uma avalição sobre a atual situação dos estudos e avanços em virologia ambiental no Brasil e no mundo para que se possa propor uma padronização com relação aos indicadores virológicos de contaminação e às metodologias a serem utilizadas para sua detecção. Esta avaliação pode ainda fomentar a discussão sobre a necessidade de inclusão de metodologias de eliminação de vírus em estações de tratamento de águas.

OBJETIVOS

Este estudo teve como objetivo principal realizar uma revisão bibliográfica sobre a situação atual da virologia ambiental no mundo, principalmente em águas potáveis e de uso recreacional. Como objetivos secundários, pretendeu-se propor uma padronização sobre os indicadores de contaminação viral e sobre as metodologias a serem utilizadas para a detecção dos indicadores.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para a definição da questão de pesquisa foi utilizado o acrônimo PIRO seguindo orientações do caderno de diretrizes do ministério da saúde para revisões sistemáticas (Brasil, 2014). Assim a questão de pesquisa definida foi:

- P – Population (População): Água potável e recreacional do mundo todo.

- I – Index test (Teste índice): Uso de cultura celular como metodologia de detecção de vírus.

- R – Reference standard (Padrão de referência): Uso de metodologias moleculares, como PCR e derivados, como metodologia de detecção de vírus.

- O – Outcome (Desfecho): Caracterização da qualidade da água.

A revisão bibliográfica foi realizada no período entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018, através da busca de artigos científicos nos principais bancos de dados

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acadêmicos como PubMed, SciELO e LILACS. Para a busca foram utilizados os seguintes termos: virologia ambiental (environmental virology), vírus entéricos (enteric viruses), tratamento de água (water treatment), contaminação de águas (water contamination), além de PCR (PCR), cultura celular (cell culture), filtro de vidro (glass filter), filtro de areia (sand filter), poluição ambiental (environmental pollution), contaminação (contamination), adenovírus (adenovirus), norovírus (norovirus), identificação (identification), detecção (detection) e precipitação por PEG (PEG precipitation), que foram adicionados posteriormente.

Os critérios de inclusão definidos se relacionam à metodologia de detecção dos vírus, ou seja, cultura celular ou PCR e derivados. Além disso, foram incluídos estudos realizados em água potável e recreacional. Como critérios de exclusão estão metodologias e tipo de água diferentes das definidas para a inclusão. A região geográfica do estudo não foi utilizada como critério de inclusão ou exclusão na revisão sistemática.

Foram selecionados, inicialmente, 158 artigos dos bancos de dados quando utilizadas as palavras chave. Posteriormente, estes artigos foram adicionados ao gerenciador de referências EndNote. Utilizando este programa foram removidos os artigos duplicados, ao final restando 106 artigos.

Na próxima etapa, denominada de seleção, realizada por dois revisores que selecionaram, através da leitura do título e do resumo, 50 artigos que passaram para a próxima etapa, denominada elegibilidadade. Os artigos que foram excluídos nesta etapa apresentavam discrepâncias com o tema de estudo escolhido, pois se tratavam de estudo sobre poluição bacteriana, estudavam a poluição viral em águas de esgoto, não utilizavam PCR como método de detecção viral ou eram revisões bibliográficas.

A última etapa, também realizada por dois revisores, foram selecionados, pelos critérios de elegibilidade pré-definidos, 20 artigos após sua leitura completa. Foram excluídos sete trabalhos devido a seu conteúdo não mencionar na metodologia o uso de PCR como método de detecção viral ou por realizarem estudo baseando suas amostras em água de esgoto. Os artigos enfim incluídos foram analisados para que fosse completada a revisão da situação da virologia ambiental. Nas etapas onde estavam previstos revisores, estes foram o aluno e sua orientadora.

A Figura 1 representa o fluxograma da seleção dos estudos identificados e incluídos no presente trabalho.

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Figura 1. Fluxograma com a seleção dos ensaios identificados, com o número de ensaios incluídos e excluídos na revisão sistemática.

ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS 1. Metodologia

1.1. Coleta

As amostras de água foram coletadas em recipientes estéreis, geralmente garrafas. Das coletadas realizadas em água doce, cindo foram de rios (Bergamaschi et al., 2015; Calgua et al., 2013; Chigor, Sibanda e Okoh, 2014; Chigor e Okoh, 2012; D’ugo et al., 2016) e cinco de lagos (Allmann et al., 2013; Aslan et al., 2011; D’ugo et al., 2016; Elmahdy et al., 2015; Elmahdy et al., 2016). Um dos trabalhos coletou amostra de água salgada (D’ugo et al., 2016) e três estudos coletaram de estações de tratamento de água (Connell et al., 2012; Dienus et al., 2016; Iaconelli et al., 2016). Em todos os estudos estas amostras foram mantidas refrigeradas até chegar ao laboratório, onde permaneceram em refrigeradores até serem analisadas.

Um dos artigos realizou coletas nos mesmos pontos em diferentes estações do ano (verão e inverno) para verificar a diferença na quantidade viral encontrada (Dienus et al., 2016). Apenas um estudo colheu amostras de sedimentos (Elmahdy et al., 2016), os demais colheram de águas da superfície.

Artigos identificados através a pesquisa nos bancos de

dados (158) Id en ti fi ca çã o

Artigos após a remoção de duplicatas (106) Se le çã o E le gi bi li da de In cl us ão Ensaios excluídos (56) Triagem dos artigos por

título/resumo (50) Artigos potencialmente elegíveis (43) Artigos elegíveis (20) Ensaios excluídos (7)

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1.2. Concentração da Amostra

Sete artigos utilizaram filtros de fibra de vidro seguida de centrifugação (Allmann et al., 2013; Bergamaschi et al., 2015; Chigor, Sibanda e Okoh, 2014; Chigor e Okoh, 2012; Dienus et al., 2016; Elmahdy et al., 2015; Elmahdy et al., 2016) enquanto dois estudos utilizaram uma filtração com fibra de vidro à vácuo (Connell et al., 2012; D’ugo et al., 2016). Apenas um optou por realizar a concentração por sedimentação (Iaconelli et al., 2016) e outro utilizou método de concentração por floculação com leite desnatado (Calgua et al., 2013).

1.3. Identificação dos Vírus

Todos os artigos analisados pesquisaram pelo menos dois vírus. nove artigos pesquisaram vírus de DNA, sendo adenovírus (Aslan et al., 2011; Bergamaschi et al., 2015; Calgua et al., 2013; Chigor, Sibanda e Okoh, 2014; Chigor e Okoh, 2012; D’ugo et al., 2016; Elmahdy et al., 2015; Elmahdy et al., 2016; Iaconelli et al., 2016), hepatite A (Chigor, Sibanda e Okoh, 2014; Elmahdy et al., 2015; Elmahdy et al., 2016; Iaconelli et al., 2016) e hepatite E (Chigor e Okoh, 2012; Iaconelli et al., 2016).

Nove estudos pesquisaram a presença de vírus de RNA sendo rotavírus (Calgua et al., 2013; Chigor, Sibanda e Okoh, 2014; Chigor e Okoh, 2012; Elmahdy et al., 2015; Elmahdy et al., 2016), enterovírus (Bergamaschi et al., 2015; Chigor, Sibanda e Okoh, 2014; Connell et al., 2012; Iaconelli et al., 2016) e norovírus (Aslan et al., 2011; Calgua et al., 2013; D’ugo et al., 2016; Dienus et al., 2016; Iaconelli et al., 2016).

1.4. Metodologia de detecção

Três artigos utilizaram RT-PCR (Allmann et al., 2013; Connell et al., 2012; Dienus et al., 2016), seis utilizaram PCR (Bergamaschi et al., 2015; Calgua et al., 2013; Chigor, Sibanda e Okoh, 2014; Chigor e Okoh, 2012; Elmahdy et al., 2015; Elmahdy et al., 2016) e três estudos optaram por utilizar PCR quantitativo (Aslan et al., 2011; D’ugo et al., 2016; Iaconelli et al., 2016). Após as metodologias moleculares, seis trabalhos utilizaram sequenciamento confirmatório (Allmann et al., 2013; Calgua et al., 2013; Connell et al., 2012; D’ugo et al., 2016; Elmahdy et al., 2015; Iaconelli et al., 2016). Apenas três artigos utilizaram cultura celular como método de detecção viral (Calgua et al., 2013; Connell et al., 2012; Iaconelli et al., 2016).

2. Regiões geográficas 2.1. Leste Asiático

Em um estudo realizado na China, foram coletadas amostras de 1000 mL de água entre maio e junho de 2012 de 25 locais em três lagos. Os pontos de coleta foram selecionados de acordo com as atividades desenvolvidas no entorno, apresentando locais recreacionais, industriais e com relação com agricultura. Após serem realizadas a extração de ácidos nucleicos e o teste por PCR o resultado foi positivo para os vírus relacionados com as gastroenterites no humano como enterovírus e norovírus.

Dos 25 locais, 16 testaram positivos para pelo menos um vírus e 13 para dois ou mais. Norovírus foi o mais encontrado, 11 amostras positivas em 16. Isso indica possível contaminação fecal dos lagos.

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Com isso, o estudo conclui que esta contaminação fecal dos lagos que são utilizados diretamente pela população como recreativo e indiretamente por servirem como material de irrigação para a agricultura representa um alto risco para a saúde pública local (Allmann et al., 2013).

2.2. América do Norte

Um artigo, realizado pela Universidade do Estado de Michigan, objetivou colher dados sobre a qualidade de dois lagos utilizados para fins recreativos pela população. Para obter um universo amostral significativo, foram colhidas 85 amostras da água destes locais e realizado RT-PCR quantitativo (Aslan et al., 2011).

Dos vírus que foram pesquisados, adenovírus, enterovírus e norovírus, pelo menos um foi detectado em 39 das 85 amostras estudadas (45%). O adenovírus foi o mais detectado (36%) seguido pelo enterovírus (20%). Norovírus foram detectados em apenas 2% das amostras.

Por fim, o estudo ressaltou o risco aumentado para a população de se contaminar ao consumir dessa água e desenvolver uma gastroenterite nestes locais (Aslan et al., 2011).

O estudo conduzido por Connell e colaboradores (2012) no Havaí analisou amostras de águas localizadas em centros de tratamento de esgoto e realizou RT-PCR, com posterior sequenciamento genético, e culturas celulares.

O artigo indicou a presença de enterovírus em sete das 18 amostras coletadas, destacando que a cultura celular realizada demonstrou resultados negativos nas amostras retiradas nos mesmos pontos de coleta (Connell et al., 2012).

Os pesquisadores relatam que testes de detecção molecular, como o PCR e RT-PCR, são mais úteis para indicar contaminação fecal de águas do que apenas culturas celulares, pois as amostras podem conter pouca quantidade viral, tornando ineficiente a cultura celular além da possibilidade de os vírus presentes na amostra serem incapazes de infectar o tipo celular da cultura (Connell et al., 2012).

Por fim, o artigo sugere que seja implantado métodos qualitativos de detecção molecular para a análise de águas, concomitantemente às culturas celulares que já são utilizadas, a fim de se obter um resultado mais fidedigno sobre a qualidade e eficácia do tratamento das águas no Havaí (Connell et al., 2012).

2.3. Brasil

Um estudo realizado no Brasil, buscando identificar a eficácia dos marcadores biológicos e químicos atuais para a qualidade da água, realizou a coleta de amostras de água em quatro locais do Rio Sinos, um rio importante da região Sul, pois ocupa 1,5% de toda a área do estado do Rio Grande do Sul e a população ao seu redor é de 1.500.000 de pessoas, que utilizam suas águas para fins recreativos e para irrigação da agricultura (Bergamashi et al., 2015).

As amostras foram colhidas de locais que são monitorados pelas autoridades locais utilizando os marcadores clássicos de qualidade de água. Os vírus pesquisados foram enterovírus, rotavírus e adenovírus. O estudo ressalta que locais que possuem estes vírus tem relação com poluição fecal do ambiente.

Para a análise das amostras foi utilizado PCR e os resultados demonstraram que genomas virais foram encontrados em dois pontos de coleta, sendo em um deles o resultado positivo para adenovírus e enterovírus e outro ponto com resultado positivo apenas para rotavírus. O estudo encontrou uma correlação entre o número de coliformes

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fecais encontrados e presença de vírus nos locais de coleta de amostras. Este estudo utilizou como controle de suas amostras culturas celulares de adenovírus e norovírus.

Por fim, o estudo ressaltou a necessidade de monitorização da qualidade das águas deste rio utilizando análises complementares, como a detecção viral e testes de genotoxicidade (Bergamashi et al., 2015).

Outro estudo, realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz em conjunto com a Universidade de Barcelona, colheu seis amostras de 10000 mL em dois rios (Macacos e Fairas Timbó) na região urbana do Rio de Janeiro e do rio Llobregat em Barcelona, na Espanha (Calgua et al., 2013).

Foi utilizado o método de concentração viral baseado na floculação com leite desnatado e a identificação viral foi realizada por RT-PCR quantitativa (qRT-PCR).

Os produtos obtidos pelas reações de PCR foram sequenciados e posteriormente analisados. O resultado demonstrou uma contaminação em 100% das amostras de Barcelona e do Rio de Janeiro pelo adenovírus humano. Além disso, o rotavírus foi detectado em 67% das amostras do Rio de Janeiro enquanto o norovírus foi encontrado em 33% das amostras de ambos os países (Calgua et al., 2013).

Devido a serem causadores de gastroenterites virais, o norovírus e o rotavírus encontrados representam um alto risco à população, especialmente em crianças nas quais as gastroenterites tem maior risco de serem fatais.

O estudo relata que esta contaminação poderia ser evitada se houvessem meios mais baratos e eficientes para avaliação da qualidade de águas e relata que a metodologia aplicada é útil e de baixo custo, podendo ser utilizada nas análises de rotina de qualidade de águas (Calgua et al., 2013).

O estudo de Elmadhy e colaboradores (2015) analisou águas provenientes do lago Peri, em Santa Catarina, utilizado como fonte de água potável e recreativa para a população.

Foram colhidas e analisadas 24 amostras, buscando identificar a presença de adenovírus, rotavírus e vírus da hepatite A. Em relação ao adenovírus, o resultado foi positivo para 17 das 24 amostras (70,8%), para o rotavírus a presença foi positiva em 5 das 24 amostras (20,8%) e para o vírus da hepatite A as amostras tiveram resultado positivo em 11 das 24 amostras (45,8%). As amostras com resultado positivo foram submetidas a cultura celular em placas, as quais todas obtiveram resultado positivo (Elmahdy et al., 2015).

O estudo ressalta que a água de lagos é importante para a população, pois além de ser utilizada para o consumo também supre os lençóis freáticos subterrâneos, o que neste caso poderia provocar uma contaminação destes (Elmahdy et al., 2015).

Há também a sugestão de que deve ser investigada frequentemente a presença destes vírus nas águas de uma forma quantitativa para assim se obter dados confiáveis sobre a poluição neste local, evitando a contaminação populacional (Elmahdy et al., 2015).

Um artigo realizado em 2016 pela mesma equipe utilizou a mesma metodologia, analisando águas do lago Peri, buscando identificar a presença de adenovírus, vírus da hepatite A e rotavírus. Neste estudo foram colhidas 48 amostras dos sedimentos do lago e 84 amostras das águas da superfície para análise (Elmahdy et al., 2016).

O resultado obtido foi semelhante ao do ano anterior, com amostras positivas para adenovírus humano em 64% da água e 48% dos sedimentos. Também obteve resultado positivo em 33% das amostras colhidas na água e 18% dos sedimentos para rotavírus (Elmahdy et al., 2016).

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Estes resultados demonstram que há uma contaminação fecal desta água utilizada pela população, o que está relacionado com casos de gastroenterites (Elmahdy et al., 2016).

2.4. Continente Africano

Pesquisadores Sul-africanos realizaram duas análises quantitativas sobre a presença viral no rio Buffalo e em represas, que são fontes de água para consumo da população da província de Cabo Oriental, África do Sul. Foram pesquisados vírus relacionados com doenças transmitidas pela água (Chigor, Sibanda, e Okoh, 2014; Chigore e Okoh, 2012). Foram colhidas amostras de três áreas ao longo do trajeto do rio Buffalo e de três represas abastecidas pelas suas águas. A metodologia do estudo envolveu a coleta de amostras de 1750 mL de água em garrafas estéreis que foram mantidas refrigeradas até o laboratório (recomendações da American Public Health Association). Para a quantificação dos vírus se usou qRT-PCR utilizando um kit específico para a pesquisa de cada vírus (Chigor e Okor, 2012).

O vírus da hepatite A foi detectado em todos os locais em 43% das amostras colhidas, o que sugere uma alta prevalência do vírus nas águas consumidas pela população (Chigor, Sibanda e Okoh, 2014).

O rotavírus foi encontrado em 14% das amostras, sendo sua maior concentração em regiões mais habitadas ao longo do percurso do rio, o que indica uma contaminação fecal das águas. Enterovírus foi o agente com menor detecção, em 9,7% das amostras coletadas (Chigor e Okoh, 2012).

Os trabalhos ressaltam que mesmo com poucos resultados positivos para a presença de vírus relacionados à gastroenterites, estes demonstram o risco da população em ser infectada e desenvolver a patologia. Além disso, há a alta prevalência do vírus da hepatite A nas amostras (Chigor, Sibanda e Okoh, 2014).

Os pesquisadores relatam o alto risco de contaminação da população que utiliza estas águas para fim recreativo, como nadar, e para a agricultura e consumo próprio (Chigor, Sibanda e Okoh, 2014; Chigor e Okoh, 2012).

2.5. Europa

Um artigo avaliou a presença de vírus em amostras provenientes de seis países. As amostras foram obtidas de lagos, rios e do Mar Negro, utilizados pela população para consumo e com fins recreacionais. Os países estudados foram: Itália (seis amostras), Bulgária (quatro amostras), França (duas amostras), Alemanha (uma amostra), Turquia (uma amostra) e Irlanda (uma amostra).

Foram encontradas 40% das amostras positivas para adenovírus humano, relacionado com poluição fecal das águas e posteriormente gastroenterite. O estudo também relatou a contaminação de duas amostras com vírus da hepatite E, o que também indica contaminação fecal humana ou animal da água (D’ugo et al., 2016).

No entanto, o que é mais relevante epidemiologicamente e sugere um alto risco para a saúde pública são os resultados positivos em 80% das amostras para contaminação por norovírus, sendo a presença deste vírus correlacionada com contaminação por dejetos humanos e também sendo causador de patologias que afetam o trato gastrointestinal e é potencialmente fatal em crianças (D’ugo et al., 2016).

O estudo sugere que a monitorização destas áreas deve ser realizada frequentemente para prover uma ferramenta adicional com fim de evitar uma disseminação de vírus entéricos na comunidade que utiliza estas águas para consumo (D’ugo et al., 2016).

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Um outro estudo, realizado pelo departamento de prevenção do meio ambiente do Instituto Superiore di Sanitá em Roma (Itália), pesquisou a ocorrência de vírus entéricos (enterovírus, norovírus, adenovírus, vírus da hepatite A e hepatite E) em águas vindas de rios utilizados para consumo de pessoas para beber e de águas poluídas (vindas do esgoto das residências) antes e depois de seu tratamento, que foi dividido em água tratada e água ultrafiltrada e água distribuída à população para consumo (Iaconelli et al., 2016).

Foram colhidas 90 amostras de água que foram submetidas aos métodos de concentração e posteriormente analisadas por RT-PCR e PCR para identificação viral (Iaconelli et al., 2016). Com essas amostras também foi realizado cultura celular.

Todas as amostras de água não tratada (21/21) estavam contaminadas com pelo menos um vírus, enquanto 61,9% das águas tratadas (13/21) e 25% das amostras provindas da água que passou pelo processo de ultrafiltração (3/12) eram positivas para pelo menos um agente (Iaconelli et al., 2016). No entanto, o estudo destaca que para todas as amostras com resultado positivo para um agente viral com o método molecular (RT-PCR e (RT-PCR), nenhuma cultura obteve resultado positivo. Devido a isso o estudo sugere que os métodos de detecção moleculares são mais fidedignos do que apenas as culturas celulares.

Nas amostras colhidas dos rios que são utilizados para consumo da população local, 78,6% das amostras (22/28) estavam contaminadas, testando positivo para um ou mais vírus (Iaconelli et al., 2016).

No entanto, todas as amostras da água que é distribuída para a população para consumo tiveram resultado negativo para todos os vírus, demonstrando, de acordo com os autores, a efetividade do tratamento em remover os patógenos (Iaconelli et al., 2016). Um estudo realizado por Dienus e colaboradores (2016) na Suécia buscou identificar a presença de norovírus e enterovírus em águas tratadas em estações de tratamento de esgoto.

O estudo colheu amostras durante o verão e o inverno, tendo como objetivo identificar qual período iria apresentar mais resultados positivos.

O resultado foi que no verão 22 de 26 amostras coletadas foram positivas para norovírus e no inverno 25 de 28 amostras. Os pesquisadores sugerem que este resultado indica a maior prevalência de vírus em águas em períodos mais frios (Dienus et al., 2016). A presença viral na maioria das amostras indica o alto risco populacional de contrair e desenvolver gastroenterite, ocasionando alto custo para a saúde pública e privada (Dienus et al., 2016).

CONCLUSÃO

Ao se analisar os resultados de estudos, se conclui que todos indicam a presença de vírus em suas águas. Estas águas que são utilizadas pela população para consumo, para fins recreativos ou para se banhar, quando contaminadas, tem relação com surtos de gastroenterites.

Quando comparados os métodos de detecção, todos os estudos que realizaram os métodos moleculares (RT-PCR, PCR e PCR quantitativo) concomitantemente à cultura celular obtiveram resultados semelhantes, que indicavam a ineficácia dos testes em cultura para indicar a presença viral na água das amostras. Isso ocorre, pois, as cepas virais colhidas para a amostra podem não se replicar no meio de cultura, assim relatando um resultado falso-negativo sobre a qualidade da água e sobre a presença viral nela. Devido a isso, esse estudo conclui que a realização de testes moleculares tem qualidade superior do que a realização de testes de cultura celular.

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Sobre resultados obtidos sobre a qualidade da água consumida pela população, se notou que em todos os estudos havia presença viral em uma parte das amostras. A presença de adenovírus, vírus da hepatite A e vírus da hepatite E indica contaminação fecal da água, enquanto que a presença de enterovírus, norovírus e rotavírus tem relação com o desenvolvimento de gastroenterites em humanos (USEPA, 2016).

Devido a esses resultados positivos sobre a presença viral na água, concluímos que seria melhor para a saúde populacional que seja realizado testes moleculares regularmente nas águas utilizadas pela população, para que assim se possa realizar uma fiscalização sobre a qualidade da água consumida por humanos, assim evitando a ocorrência de casos de gastroenterite.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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