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TORCIDA PELA I NOVAÇAO

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Texto

(1)

·

.

TORCIDA

(2)

6

que empreende

Para o gaúcho

Clovis

Meurer

, a melhor tradução

do termo

Private Equity

&

Venture Capital não é Capital de Risco,

e, sim, CapitalEmpreendedor;

Com

o

-

mais de 30 anos

de experiência

no setor,

o economista

acompanhou

o

desenvolvimento

dessa indústria

no pais e hoje atua para que

ela consiga crescer ainda mais

(3)

A

história de Clovis Meurer e

a da

indústria de

Private Equity &Venture Capital (PENe) no Brasil

seconfundem

O

economista - natural

da

pe-quena cidade de Horizontina (RS) - presenciou

o

desenvolvimento

do

setor

no

país.Oesde

o

início

da

década de 7980, trabalha

na

CR PCom-panhia de Participações,

da

qual hoje é diretor. A empresa, localizada em Porto Alegre (RS), foi uma das primeiras gestoras de fundo de PENC a serem criadas noBrasil.No último dia 9de ma r-ço,Meurer assumiu

a

presidência

da

As i

ç

;

-o

Brasima Private

ui

otu e.Üm

ta

AB

\/G:fl.2), instituição que fomenta investimentos de longo prazo00Brasil - e que integra

o

Conselho Consultivo

da

Anprotec Com três décadas de experiência

na

área, ele acredita no potencial

da

indústria de PENC para

o

desenvolvimento

do

país e

da

inovação, tendo como uma das metas de seu mandato, que segue até 2074,a aproxi -mação entre gestores de fundos einvestidores deempresas inovadoras.

LOCUS> O senhor entrou na indústria de Priva

-te Equity & Venture Capital no início da década de 1980, uma época em que essa área dava os

primeiros passosnoBrasil.Como esse ramo se

desenvolveu no país?

Clovis Meurer >

Quando cri

a

mos a CRP, em

1982, não ex

i

stia no país nem associação

,

nem

l

egislação que regulasse essa indúst

r

i

a de PEI

Vc

.

A p

r

ime

i

ra instrução da Comissão de

V

a-lores Monetários (CVM)é de 2004, ou seja,

trabalhamos os primeiros 15 anos sem ter le

-gislaçã

o

específica para investir nessa área

.

Na-quela época

,

f

a

zíamos

i

n

v

estimentos através de

u

ma holding, empresa cr

i

ada especificamente

para colocar recursos em outros negócios. Diria

que os primeiros 15 anos foram muito

i

n

i

ciais

.

Uma época de inflação muito alta

,

muita

insta-bilidade

.

Todos os invest

i

mentos que fa

z

íamos

eram de curto prazo. Isso não rendia ganhos

,

simplesmente atualizava o valo

r

do investi

-m

ento. Nesse cenário, q

u

alquer investime

nt

o

de

p

rivate equ

i

ty e

r

a dif

í

cil de

s

er executado. A

partir de meados d

o

s anos 1990, com o Plano

Rea

l

, passamos a ter uma estab

i

lidade maio

r

na

ENTREVISTA>

Clovis Meurer

moeda, uma lenta redução de

j

uros, a

q

ueda da

inf

l

ação, ou seja, um ambient

e

macroeconômi-co ma

i

s favorável a

i

nvestimentos de médio e

l

o

ngo prazo.

E como ocorreu a mudança de cultura do in-vestidor, para considerar o retorno a médio e longo prazo?

A mudança acon

t

eceu ao longo do tempo

,

à

medida em que ocorria a estabilização da econo

-mia

.

Outro fator importante para esse process

o

foi que, em meados da década de 1990, houve

um movimento muito forte das

i

ncubadoras e

parques tecnológicos

,

que geraram no

v

o

s

ne

-gócios

.

A A

n

protec t

r

aba

l

hou muito em vários

estados, r

eu

nindo liderança

s,

fazendo s

e

miná

-rios

. N

ós, da indús

t

r

i

a de PENC,

íamos a esses

eventos para explicar como essa indústria podia

apoiar empresas incubadas. Surgiram vários em

-preend

i

ment

o

s que fo

r

am apo

i

ados

-

de uma

m

a

neira muito modesta no início, m

a

s

q

ue foi

'-'

crescendo

.

vestidores estrangeiros ao país. Como esses in -vestidores veem o Brasil?

Há a pe

r

cepção de que os fundamentos da

eco

n

omia bras

i

leira estão cada vez mais sólidos.

Tem um cresc

i

mento de demanda, as classes C

e D foram par

a

uma faixa maior de consumo, o

país vai r

e

c

e

ber

e

v

e

ntos como Copa e Olimp

í

a

-das

,

que requerem investimen

t

os. A descoberta

do p

r

é

-

sal reforçou as oportunidade

s

na área de

ene

r

gia.

I

sso

t

udo atrai investidores mundiais

ao país

-

o que é fantástico

,

pois e

l

es trazem

para o Brasil sua experiência de investimentos

j

á

f

eitos, um network com empresas globais

.

M

uitas vezes

,

aplica

m

seus recursos aq

u

i em

um setor no qual têm investimentos em outra

região do mundo, o que p

r

opicia um

a t

roca

de informa

ç

õe

s

importante

,

abrindo mercados

para empresas brasileiras

.

E o mais importante

é que trazem capitais para um série de açõ

e

s

que temos a fazer no BrasiLSão recursos que

g

eram renda

,

empregos e tecnologias

,

ou seja

,

aceleram o

c

rescime

nt

o do Brasil

.

(4)

A CRP é de Porto Alegre, mas essa indústria de Private Equity&Venture Capital sempre esteve

concentrada no eixo Rio-São Paulo. Como está

hoje esse cenário no país?

O forte dos gestores, investidores e admi

-nistradores da indústria de

PENC

se concentra

no eixo Rio-São Paulo, .rnas a indústria tem se

descentralizado. No Sul, temos escritórios de outros gestores. No Nordeste há fundos especí

-ficos.NoNorte, fundos ligados ao meio ambien -te, que investem na exploração sustentável dos

;

recursos naturais da Floresta Amazônica. No

Centro-Oeste, em razão dos empreendimentos

agroindustriais, também existem investimentos

importantes. A

m

está com um trabalho

forte para levar essa indústria a todos os can

-tos do país. Outro aspecto interessante são os

investimentos em fundos setoriais. Há fundos,

por exemplo, para investir só no Nordeste ou só na região SuLAssimcomo há os fundos seto -riais, focados só em óleo e gás ou em florestas, por exemplo' Imagine que; se-eu tenho umfun

-do florestal, não poderei investir na cidade de

São Paulo, pois lá não há floresta alguma. Vou

ter que investir em outros estados, em áreas

apropriadas para essa atividade.

"A INDÚSTRIA DE PE/VC OFERECEUM

CAPITAL DIRECIONADO A INVESTIMENTOS

NA ECONOMIA REAL, QUE GERA RENDA

E EMPREGOS. NÃO É UM INVESTIMENTO

MERAMENTE ESPECULATIVO"

Como está o crescimentoda indústria de PE!VCein relação ao PIBdo país?

Essa indústria tem crescido constantemen

-te e, por conseguin-te, a participação no PIB

tem crescido. Hoje chega a quase 5% do PIB.

Existe muito espaço para crescer e essa indús

-tria oferece umcapital direcionado para inves

-timentos na economia real, que gera renda e

empregos. Não é um investimento meramente

especulativo.

E como essa indústria contribui com o desenvol -vimento da inovação?

Todo negócio inovador, que se diferencia

de outro tradicional, é, em princípio, mais in

-teressante. As empresas inovadoras têm uma

chance maior de retorno, normalmente. Então,

a indústria de

PENC,

por natureza, direciona

seus investimentos para negócios inovadores.

Dentro da ABVCAP,especificamente, criamos o

Comitê de Empreendedorismo, Inovação e

Ca-pital Semente para observar émpresas inova

-doras de tecnología, que, na maioria das vezes,

são empreendimentos menores, nascentes,

sem recursos. Esse comitê procura fazer com

que a indústria de

PENC

invista nesses em

-preendimentos, muitas vezes incubados. E tem

trabalhado, também, comgestores einvest

ido-res, mostrando para eles a importãncia da ca

-deia de inovação. Não adianta termos apenas

empresas grandes. A empresa grande tem que

comprar de uma empresa média. A média, da

pequena. O grande empreendimento quer que

o pequeno inove para que possa agregar valor ao seu serviço.

Um estudo realizado pelo World Economic Fo-rum em 2008, revelou que empresas investidas pela indústria de PE!VC conseguem melhorar seus processos de inovação. A que se deve isso?

É simples. Uma empresa apoiada por Ven

-ture Capital, por ser menor, precisa ter produ

-tos e processos diferenciados. Quando o inves

-tidor avalia esse tipo de empresa, definindo o volume de dinheiro necessário para a indus

-trialização e comercialização, já estima quanto _.deve ser alocado em atividades de Pesquisa e

Desenvolvimento. É lógico que aí há um risco

maior. Várias inovações não dão certo. Então,

o investidor, olhando um negócio consolidado,

pode ter um risco menor. Mas olhando um

ne-gócio menor, na área de Venture e Seed Mo

-ney, pode ter um risco maior, mas um retorno

(5)

Sobre essa questão dorisco, existem muitas p es-soas que criticam a tradução do termo Venture Capital por Capital de Risco. Para muitas, o termo correto seria algo como Capital Empreendedor. Qual sua opinião sobre isso?

A própria VCAP no início se chamava Associação Brasileira de Capital de Risco. Essa tradução não é bem certa. É que o "Venture"

dava ideia de aventura, de arriscar. Mas a tra-dução mais apropriada é a de Capital Empre -endedor. Risco há em tudo. Nos negócios não émuito apropriado dizer que é um Capital de

Risco porque se poderia pensar nisso como uma maneira de perder dinheiro. Trata-se, foor -tanto, de um Capital Empreendedor, para mos-trar que alguém está empreendendo um n egó-cio, que pode dar certo, mas tem seus riscos.

Como está esse segmento de Seed Money no Brasil?

Temos vários fundos, algunsapoíados pela··· Financiadora de Estudos e Projetos do Minist é-rio da Ciência, Tecnologia e Inovação (Fínep),

outros pelo Banco Nacional de Desenvolvimen-to Econômico e Social (BNDES),além de gesto -res especíalízados nessa área. Eu entendo que

é uma área para maior atuação de órgãos go -vernamentais. Isso porque a probabilidade de sucesso no Seed Money é grande, assim como

égrande a possibilidade de que esses negócios não avancem, por serem muito embrionários,

em fase de pesquisa. Não são empresas, mas sim ideias, muito ligadas a universidade einsti

-tutos de pesquisa, que normalmente têm apoio governamental.

No ano passado a ABVCAP passou a fazer parte do Conselho Consultivo da Anprotec. Quàis são

os objetivos dessa aproximação?

Nós investimos em empresas incubadas. Então, temos interesses comuns. Ambos quere -mos investir no mundo empresarial brasileiro.

A Anprotec defendendo o desenvolvimento de incubadoras, parques tecnológicos e empreen -dimentos inovadores, e a A'BVCAPinvestindo

ENTREVISTA>

Clovis Meurer

em empresas com potencial de sucesso. Nesse sentido, entendo que a participação da

M

C no Conselho Consultivo da Anprotec é extre -mamente importante. Éuma maneira de unir os interesses e culturas de ambas as associações.

Meurer: ABVCAPe Anprotec possuem interessesem

comum

Agora que o senhor é presidente da ABVCAP, além de dar continuidade ao que já vinha

sen-do feito, quais serão suas principais metas?

Temos uma preocupação de cumprir os convênios que temos, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e do Fundo Multilateral de Investimen

-tos (Fumín), que possuem o objetivo de divul

-gar a indústria no pais e no exterior. Temos também a preocupação de descentralizar ai n-dústria de PE/VC do eixo Rio-São Paulo. Que -remos, além disso, promover aintegração dos grandes fundos e investidores com os médios e pequenos nacionais e internacionais. E bus-'

car, junto a autoridades do governo, regras e normas para que a indústria possa trabalhar deuma maneira competitiva. 4)

Referências

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Tem mais de 20 anos de experiência como executivo nos segmentos bancário, consultoria estratégica, venture capital, inovação e private equity, além de ter sido docente