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Título: Vozes da Democracia Histórias da Comunicação na Redemocratização do Brasil

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Academic year: 2021

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Título: Vozes da Democracia – Histórias da Comunicação na Redemocratização do Brasil Autores: Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social

Instituição proponente: Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social

Projeto: Livro "Vozes da Democracia – Histórias da Comunicação na Redemocratização do Brasil" Responsável: Iano Flávio de Souza Maia, associado

intervozes@intervozes.org.br

1. Apresentação

O livro “Vozes da Democracia – Histórias da Comunicação na Redemocratização do Brasil” é uma publicação elaborada de forma colaborativa por integrantes do Intervozes e comunicadores apoiadores do coletivo. A obra busca mostrar o papel da comunicação no processo de resistência à ditadura militar e de redemocratização do Brasil através do resgate de experiências pouco conhecidas e aborda o fortalecimento da comunicação comunitária, a volta da liberdade nas redações, a multiplicação de veículos de informação populares, alternativos e independentes. São 23 textos, pesquisados e escritos por 32 repórteres, de Porto Alegre ao Vale do Juruá, no Acre, que incluem depoimentos, entrevistas e relatos de ações de resistência – a grande maioria até então restritas ao espaço local de sua incidência e ignoradas pelos "contadores oficiais" da história brasiliera recente.

O “Vozes da Democracia” conta, entre outras, as histórias do “Coojornal”, de Porto Alegre; do jornal “Posição”, do Espírito Santo; da rádio “Papa Goiaba”, do Rio de Janeiro; do jornal “Fifó”, de Vitória da Conquista; do “Jornal da Cidade”, de Aracaju; da “Coojornat”, de Natal; do “Porantim”, de Brasília; do “Jornal Pessoal”, de Belém.

O livro traz ainda uma pesquisa de contextualização política e social das lutas do período nas cinco regiões do país, elaborada por nomes como Bernardo Kucinski, Sérgio de Souza Brasil, Vito Giannotti, Sérgio Gomes, Dom Paulo Evaristo Arns, José Marques de Melo, Washington Novaes, Dom Luciano Mendes de Almeida, Albino Rubim e Lúcio Flávio Pinto. O prefácio é de Venício

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Artur de Lima.

Desta forma, o livro “Vozes da Democracia” consegue lançar um olhar sobre o Brasil como um todo, com suas diferenças e contradições continentais que não cabem nas versões do eixo Rio-São Paulo-Brasília, especialmente quando o país busca, mais uma vez, compreender o significado deste período para o momento político que vivemos de amadurecimento da democracia após os vinte anos da constituição cidadã. É um material de reflexão, mas também de estímulo a novas iniciativas. O livro foi publicado em 2006 em parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e é a primeira obra da da editora licenciada em Creative Commons - o que permite, entre outros usos não comerciais, seu download pela Internet e seu compartilhamento com quem tiver interesse em suas informações.

2. Objetivos

Entender o Brasil na perspectiva de transformá-lo foi o principal objetivo do “Vozes da Democracia”. Como o próprio título diz, poderíamos dar vozes a outras versões - plurais e diversificadas - de acontecimentos histórios é fundamental ampliar a democracia. Do resultado dessa pesquisa encontramos pessoas de "carne e osso" que lutavam pela liberdade, pelo direito à comunicação. Pessoas comuns, de lugares comuns, defendendo cidadãos comuns, mas que fizeram história e ajudaram a consolidar o fim da Ditadura e a reabertura política brasileira. Além do mais, acreditávamos, traríamos material suficiente para poder compartilhar com nossos leitores descobertas capazes de apontar caminhos.

Foi o que ocorreu. E o resultado, na nossa avaliação, mais do que o recorte de um momento das comunicações no País, traz a percepção de que valores e princípios democráticos não morrem jamais – mesmo sob o jugo de uma ditadura militar. Pelo contrário, tendem a crescer, a se fortalecer, ao passo que a roda da história prossegue e deixa seus rastros.

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Para que a publicação de todas essas histórias fosse possível, lá se vão horas e horas de debates, contatos, reportagem, edição. Um processo realmente demorado, mas igualmente rico e que conseguiu, do começo ao fim, respeitar todos os envolvidos, envolvendo muitos do Intervozes. Envolvendo o Intervozes com outros tantos.

As dificuldades não foram poucas. Certamente, não é fácil consolidar uma rede de comunicadores de Porto Alegre ao Vale do Juruá, no Acre, e, feito isso, definir as pautas mais importantes para os objetivos a que o livro se propõe. Tivemos dificuldade para trabalhar uma edição que contemplasse os mais variados temas, realidades, cotidianos e possibilidades de dedicação. Dificuldades, também para superar as limitações de falta de financiamento, de diferentes vivências e conhecimentos em relação ao tema. Mas tais obstáculos apenas fortaleceram o processo do livro. Geraram mais aprendizados. Foram deixados para trás, juntando-se às outras virtudes do projeto.

Com a obra pronta, iniciamos a etapa de distribuição do livro. A adoção da licença Creative Commons demostra o desejo de disseminar a obra o máximo possível. Além da venda oficial realizada pela Imprensa Oficial, através de sua rede de distribuição, o Intervozes adotou uma estratégia de distribuição paralela através de doações – realizadas a mais de quinhentos colaboradores, repórteres, entrevistados, bibliotecas públicas e de entidades parceiras – e venda a preços abaixo do praticado pela editora.

Os lançamentos do “Vozes da Democracia” também se consolidaram espaços de disseminação dos princípios adotados na obra e na ação política do Intervozes. Realizados em 11 cidades de todas as regiões do país, esses espaços se transformaram em atos políticos pela democracia, além de momentos de confraternização entre os personagens das histórias da redemocratização e os filhos da democracia.

Ao abarcar histórias do papel da comunicação na redemocratização do Brasil em boa parte do País, destacamos aqui a importância de projetos, pessoas e iniciativas não conhecidas pelo público em geral. Histórias que, em boa parte, são desconhecidas no campo dos estudantes, profissionais e militantes de comunicação. O que as torna ainda mais importantes de conhecer, estudar, valorizar e reproduzir.

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Histórias que, entendemos, permitem à comunicação dialogar com a universidade, com os movimentos sociais, com os comunicadores, com os vários Brasis. E que colocam a comunicação novamente em parceria com a democracia. Que afirmam a comunicação como um direito, um direito em diálogo e colaboração com os outros direitos humanos fundamentais, indissociáveis e inalienáveis.

4. Resultados

Com todas suas variáveis, alguns descaminhos, tantas histórias, o resultado desse esforço é uma publicação que, entendemos, consegue lançar um olhar sobre o Brasil como um todo, com suas diferenças e contradições, e que conseguiu mostrar o papel fundamental na luta pela democracia que a comunicação exerceu do final dos anos 70 para cá. E dessas histórias, podemos apreender que não existe democracia se todos os cidadãos não tiverem igual acesso à informação. Não existe democracia sem o direito de cada pessoa se comunicar.

Isso nos permite afirmar que no passado não vivemos, e continuamos a não viver, na democracia que sonhamos. Mas também nos abre caminho para concluir que estamos justamente construindo essa democracia e que, se vivemos o hoje para escrever o amanhã, foi porque homens e mulheres, solitariamente ou em conjunto, transformaram o ontem.

São essas inúmeras gerações, que trabalharam pela construção de uma nação sólida e soberana, que viram companheiros caírem, as responsáveis pela nossa existência. O Intervozes reivindica para si filiação nessa história. Porque nos sentimos filhos desse País em construção. E como filhos, sentimos necessidade de conhecer mais sobre nossos pais e mães, avôs e avós, lutadores e lutadoras, que criaram as condições para que pudéssemos nos unir nessa construção do porvir, das quais esse livro é um belo exemplo.

As histórias relatadas nesse livro são algumas demonstrações da grande jornada de luta por uma comunicação e um país mais democráticos. Sabemos que a valorização dessas histórias e personagens pode servir de estímulo ao surgimento de outras. E também sabemos que mesmo que

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elas não surjam graças a esse livro, ou graças ao Intervozes, elas certamente surgirão. Quanto a nós, buscaremos, sempre, conhecê-las e valorizá-las. E, à medida do possível, tentaremos construí-las coletivamente, fortalecê-las e torná-las possíveis.

Referências

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