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A REVOLUÇÃO FRANCESA E O PERÍODO NAPOLEÔNICO - CAP. 22. Exercícios de Reconhecimento/Exploração do Texto

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A REVOLUÇÃO FRANCESA E O PERÍODO NAPOLEÔNICO - CAP. 22 Exercícios de Reconhecimento/Exploração do Texto

1. Caracterizar a sociedade francesa às vésperas da Revolução.

2. Enumerar os principais componentes da crise econômica, social e financeira que afetaram a França na 2ª metade do século XVIII.

3. Indicar as medidas elaboradas pelos ministros das finanças, Turgot e Necker, destinadas ao combate da crise econômico-financeira que assolava o país.

4. Caracterizar a reunião dos Estados Gerais, fase inicial da revolução .

5. Ler o Saiba Mais, p. 395 (“A reunião dos Estados Gerais”) e faça um breve comentário sobre o impasse político que vivia a França e a impossibilidade de haver acordo entre os Estados.

6. Explicar o significado prático da A) Tomada da Bastilha

B) Proclamação do Estatuto dos Direitos do Homem e do Cidadão.

7. Caracterizar a fase da Assembleia Nacional Constituinte e da Monarquia Nacional. 8. Caracterizar a fase Republica ou Convenção:

A) Girondina B) Jacobina.

RESPOSTAS

1) A sociedade francesa pré-revolucionária caracterizava era a mais representativa do modelo estamental, aristocrático e característico do Antigo Regime. Estava divididos em “estamentos” estanques e separados conhecidos por “Estados”. Assim o 1º Estado era o Clero, dividido em Alto Clero (Bispos, Arcebispos, Cardeais) e o Baixo clero (padres, aqueles das categorias inferiores); o 2º Estado era a nobreza: provincial que explorava os camponeses e a nobreza cortesã que vivia na corte, em tono do Rei. Na nobreza cortesã reconheciam-se dois níveis a “nobreza de espada” (orgulhosa de suas origens e tradição) e a “nobreza togada” (formada por aqueles que receberam ou compraram títulos, também conhecida como nova nobreza; por último a maioria da população abrigada sob o 3º Estado, “ordem” sem privilégios e composta pela Burguesia (Alta, Média e Pequena), trabalhadores urbanos e camponeses. Está última “ordem” sustentava às duas primeiras e submetida a todo tipo de exploração e desmandos do regime absolutista, principalmente os camponeses, a maioria esmagadora da população, dominados sob normas de origem feudal. (ver p. 389-92).

2) Entre outros fatos podem ser mencionados:

• A quebra nas safras agrícolas ao longo das décadas de 70 e 80 do século XVIII (principalmente a crise agrícola da década de 80 que gerou revoltas, fome e desespero no campo).

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• Os elevados gastos do estado absolutistas para manutenção dos privilégios do 1º e do 2º Estado.

• A derrota da Guerra dos sete anos que obrigou a França a desfazer-se de colônias como parte do Canadá e parte de Louisiana.

• Os gastos com a independência dos EUA com o objetivo de enfraquecer sua rival, a Inglaterra e que custou muito à combalida economia francesa.

• A elevação dos preços dos alimentos e as revoltas urbanas (sans-culottes) e camponesas e as negativas dos representantes do Clero e Nobreza de contribuir para a solução da crise, conforme proposições de ministros de Luís XVI, Turgot e Necker (ver 392-93).

3)

Turgot era respeitado pelos principais pensadores defensores da liberdade, como o Barão de Montesquieu, o Marquês de Condorcet e Benjamin Franklin. Referindo-se a Turgot, Adam Smith escreveu que tinha a felicidade de conhecê-lo e de, para seu júbiconhecê-lo, gozar de sua estima e amizade. Depois de encontrar-se com Turgot em 1760, Voltaire disse a um amigo: “talvez eu nunca tenha conhecido um homem mais amável ou mais bem informado”. Como ministro de Luís XVI, Turgot propôs: desregulamentar a indústria e as transações externas, estimular agricultura, extinguindo as taxas feudais sobre os camponeses e reduzindo gastos do tesouro francês com os privilégios do Clero e da Nobreza. Necker começou a trabalhar num banco aos 16 anos, e aos 18 já estava na filial

de Paris. Fez fama e fortuna durante a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), especulando com dinheiro público e mercado de cereais. Encorajado pela mulher, deixou o banco em favor da carreira política. Como seus sucessores não conseguiram resolver os problemas que ele em parte havia criado, Necker foi chamado de volta ao cargo. Nos Estados Gerais, em meio às disputas entre o clero, a nobreza e o Terceiro Estado, Necker foi acusado de não ter propostas governamentais claras de reformas política e econômica. Depois, na Assembleia Nacional, seu programa de reformas liberais esbarrou nas cortes reacionárias. Sua demissão, em 11 de julho de 1789, deveu-se ao fato de insistir, como o fez Turgot na redução dos gastos, aumentos dos impostos da classes abastadas e na racionalização administrativa.

4) A carta real que convocação os Estados Gerais enfatizava os problemas econômicos da França no período. Mas havia grande tensão entre membros do Clero, Nobreza e Burguesia sobre as deliberações na Assembleia e o 3º Estado obteve, inicialmente, as seguintes conquistas:

• O 3º Estado teria 610 representantes na Assembleia dos estados Gerais, mesmo número que a soma do 1º e 2º.

• O 3º Estado declarou-se em Assembleia Nacional e recebeu o apoio de 153 representantes do 1º e do 2º Estado para a votação individual nas deliberações da Assembleia nacional.

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• Após muitas pressões e ameaças, a Assembleia Nacional tornou-se Assembleia Nacional Constituinte em 09 de julho de 1789.

• O povo atacou a prisão da Bastilha e libertou os prisioneiros. O rei reconheceu a autoridade política da Assembleia Constituinte que aboliu os privilégios feudais e, em 26 de agosto de 1789, aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. (ver p. 394-99)

5) Os privilégios do 1º e 2º Estado estavam explicitados no protocolo com que a reunião entre os representantes dos “Estados” eram recebidos pelo rei : festas e banquete para o Clero e a Nobreza e restrições para o 3º estado, cujos membros deveriam prostra-se de joelhos diante de rei e, todos, trajando preto. Além disso, deve-se considerar que a economia francesa era movida, seja pelo trabalho, seja pelas rendas do 3º Estado e, este, não mais admitiria o retorno à velha ordem. O absolutismo estava superado.

6)

A) A tomada da Bastilha significou o início do processo revolucionário, pois, no imaginário popular a prisão representava os abusos, o absolutismo real e o local em que encarcerava os que lutavam pela igualdade e liberdade.

B) O Estatuto dos Direitos do Homem e do Cidadão significou o fim do Antigo Regime e a adoção dos princípios liberais com base na igualdade civil, jurídica e política (embora os direitos políticos estivessem vinculados à riqueza), (voto censitário). Permanência da desigualdade econômica, agora justificada pela riqueza e não mais pelo nascimento. (398-99).

7) Na fase da Assembleia decidiu-se:

• Pela promulgação da constituição monárquica com base nos princípios liberais, divisão tripartite dos poderes (executivo, legislativo, judiciário), reformas, como: subordinação da Igreja ao Estado e confisco dos bens do clero, emissão de títulos públicos (os “Assignats”).

• Manutenção dos princípios liberais: igualdade jurídica, civil, do Estatuto dos Direitos do Homem e do Cidadão e do voto censitário.

• Nobres “emigrados” foram buscar apoio nos governos absolutistas da Áustria e Prússia para que a revolução fosse interrompida e o absolutismo (e seus privilégios) restaurado.

• O rei tentou fugir e foi impedido (obrigado a voltar a Paris, refugiou-se no palácio das Tulherias. Quando os oficiais austríacos fizeram ameaças à revolução, ele foi preso).

• Seguiram-se intensos debates entre moderados (Girondinos) e setores radicais (Jacobinos) sobre o destino do rei que foi condenado e executado. Logo depois a rainha, também, foi executada. (ver p. 400-03).

8) Com a execução do rei adotou-se a República ou Convenção que teve dois momentos distintos:

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A) Convenção Girondina: marcada pelas posições moderadas da alta burguesia que temia a radicalização e prejuízos econômicos devidos ao movimento dos trabalhadores urbanos que denunciavam os abusos dos comerciantes e dos camponeses, revoltados com a falta de alimentos e os preços elevados. Além disso, alguns membros do clero conservador jogavam os pobres do campo contra a revolução (Revolta da Vendeia).

B) Convenção Jacobina: temendo o insucesso da revolução, os líderes jacobinos, apoiados pelos sans-culottes, assumiram a república e decidiram: ampliar os Estatutos dos Direitos do Cidadão (direito ao trabalho, à educação pública e gratuita), reforma agrária, tabelamento de preços (Lei do Máximo), fim da escravidão nas colônias e execuções em massa, a chamada fase do terror. (ver p. 406).

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Referências

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