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AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

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Academic year: 2021

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Relatório

Escola Secundária de

João Gonçalves Zarco

M

ATOSINHOS

A

VALIAÇÃO

E

XTERNA DAS

E

SCOLAS

12 e 13 dez.

(2)

1 – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi incumbida de dar continuidade ao programa de avaliação externa das escolas, na sequência da proposta de modelo para um novo ciclo de avaliação externa, apresentada pelo Grupo de Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de março). Assim, apoiando-se no modelo construído e na experimentação realizada em doze escolas e agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver esta atividade consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa da Escola Secundária de João Gonçalves Zarco – Matosinhos, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efetuada entre 12 e 13 de dezembro de 2011. As conclusões decorrem da análise dos documentos fundamentais da Escola, em especial da sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente e consolide a autoavaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para a Escola, constituindo este documento um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de ação para a melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização da Escola, bem como a colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE –A ação da escola tem produzido um impacto consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em campos relevantes.

MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM– A ação da escola tem produzido um impacto em linha com o valor esperado na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes.

SUFICIENTE– A ação da escola tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola.

INSUFICIENTE– A ação da escola tem produzido um impacto

muito aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório da Escola apresentado no âmbito da

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2 – CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

A Escola Secundária de João Gonçalves Zarco, cujas instalações foram requalificadas em 2009, fica situada na cidade de Matosinhos, remontando a sua origem a 1955, como Escola Industrial e Comercial de Matosinhos. A Escola funcionou em diversos espaços da cidade de Matosinhos até se instalar nas actuais instalações em 1969. Na sequência da avaliação externa realizada em 2006, a Escola celebrou, com a Direção Regional da Educação do Norte, um contrato de autonomia, homologado, em 11 de setembro de 2007, pelo Ministério da Educação.

No presente ano letivo, a população escolar totaliza 1314 alunos: 392 alunos do 3.º ciclo (15 turmas) e 58 (quatro turmas) nos cursos de educação e formação de adultos tipo 3; 551 alunos (25 turmas) dos cursos científico-humanísticos do ensino secundário; 194 (11 turmas) dos cursos profissionais, 98 (sete turmas) do curso de educação e formação de adultos, tipo 1 e 21 alunos (uma turma) do curso de educação e formação, tipo 6.

Relativamente à ação social escolar, verifica-se que 78% dos alunos não beneficiam de auxílios económicos. Já no que respeita às tecnologias da informação e comunicação 92% dos alunos possuem computador e Internet em casa. A Escola é frequentada por 40 alunos de outras nacionalidades.

Os indicadores relativos à formação académica dos pais dos alunos permitem verificar que 7% têm uma formação superior e 16% secundária ou superior. Quanto à ocupação profissional 35% dos pais exercem atividades profissionais de nível superior e intermédio.

A educação e o ensino são assegurados por 158 docentes, 83% pertencem ao quadro. A experiência profissional é significativa, pois 77% lecciona há 10 ou mais anos. O pessoal não docente é composto por 48 elementos, dos quais 56% têm 10 ou mais anos de serviço.

No ano letivo 2010-2011, ano para o qual há referentes nacionais calculados, os valores das variáveis de contexto da Escola situam-se abaixo dos valores medianos nacionais, à exceção da percentagem de alunos sem auxílios económicos, no âmbito da ação social escolar, e de docentes do quadro que estão acima da mediana nacional.

3- AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação formula as seguintes apreciações:

3.1

R

ESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

Relativamente ao ano letivo 2009-2010, observa-se que as taxas de conclusão do 9.º ano e do 12.º ano se encontram em linha com o valor esperado. Constata-se, também, que os resultados dos exames de Língua Portuguesa e Matemática do 9.º ano estão em linha com o valor esperado e as médias das classificações finais de Português e de Matemática do 12.º ano se encontram em linha com o valor esperado e além do valor esperado, respetivamente.

No ano letivo 2010-2011, a Escola apresenta taxas de transição no 3.º ciclo acima dos valores nacionais nos 7.º e 8.º anos e abaixo desses valores no 9.º ano. No ensino secundário, as taxas de transição e

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No último triénio, observa-se que os resultados positivos dos alunos do 9.º ano nos exames de Língua Portuguesa e Matemática se mantêm relativamente constantes, sendo superiores aos valores nacionais. No que se refere, aos resultados dos exames do ensino secundário, verifica-se que as médias das classificações dos exames de Matemática, Português e História, embora acima dos valores nacionais, têm sido tendencialmente mais baixas desde 2009. Quanto às médias das classificações dos exames de Biologia e Geologia e Física e Química, nos últimos três anos, observa-se uma tendência ascendente, embora quase sempre com valores abaixo dos nacionais.

Os órgãos de direção, administração e gestão, bem como as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, têm definido procedimentos de reflexão e de análise dos resultados dos alunos, tendo delineado estratégias de melhoria dos resultados académicos, relativamente à partilha de práticas, de recursos e de elaboração de provas de avaliação. No entanto, constatou-se que a análise dos resultados e os planos de melhoria implementados ainda não constituem uma prática comum, nem foram interiorizados pelos diferentes atores educativos.

As taxas de abandono são inexistentes a nível do 3.º ciclo do ensino básico. No ensino secundário, as anulações de matrícula nos cursos científico-humanísticos têm maior incidência no 10.º ano e apresentam valores mais negativos que os nacionais.

RESULTADOS SOCIAIS

A Escola norteia o processo educativo por critérios e valores como a equidade, o respeito pelas diferenças, a transparência, a assunção de responsabilidades e a solidariedade, desenvolvendo projetos de intervenção cívica em parceria com a Amnistia Internacional e com o Banco Alimentar.

Os alunos têm representantes nos órgãos de direcção, administração e gestão que participam nas tomadas de decisão. A associação de estudantes toma parte na prossecução de projetos e atividades pelos quais se corresponsabiliza. O ambiente vivido na Escola prima pela responsabilidade, rigor e respeito, pelo que os casos de indisciplina são residuais.

A Escola procura imprimir um clima de promoção de cooperação entre todos e simultaneamente de competição, numa perspetiva de integração e de salutar convivência com a diferença. Os projetos

Pós-Zarco, In-Zarco e Coopetindo na Zarco implicam cooperação, mas também competição pela consecução

da excelência. Os alunos estão, ainda, envolvidos em outros projectos nacionais e internacionais e iniciativas e atividades locais, como sejam os projetos de animação da cidade de Matosinhos nas épocas festivas, de Natal com a Junta de Freguesia de Matosinhos e o Hospital Pedro Hispano, o campo de férias para jovens da cidade e o projeto relativo à manutenção dos equipamentos informáticos das escolas de Matosinhos.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

A identificação da comunidade com a Escola é evidenciada pela elevada percentagem de respostas de concordância relativamente aos questionários, sendo de destacar aspetos relacionados com a qualidade e a exigência do ensino. Os pais entrevistados demonstraram possuir um elevadíssimo grau de satisfação quanto à integração dos alunos, à atenção e respeito que sentem existir por parte de docentes e não docentes, bem como pela forma como são informados dos documentos e dos procedimentos e normas da Escola, das decisões, dos critérios estabelecidos e da oferta de enriquecimento curricular.

Existe um esforço contínuo no sentido de valorizar o sucesso dos alunos, visível através da dinamização dos quadros de valor e excelência, bem como de projetos. O projeto Coopetindo na Zarco permite, ainda, que, na sua gala, sejam distinguidos os alunos que alcançaram melhores resultados académicos e

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melhores prestações nas diversas atividades que oferece. Releva-se a relação próxima e colaborativa entre a Escola e a autarquia.

A comunidade educativa considera existirem vertentes que tornam a Escola reconhecida, destacando o número elevado de protocolos, parcerias e projetos inovadores que apresenta, os estágios dos alunos dos cursos profissionais cuja qualidade da formação é reconhecida pelos empregadores, e, por fim, a grande participação da Escola na vida da sua comunidade, seja em eventos, efemérides, seja em momentos de voluntariado e solidariedade.

Em conclusão, a ação da escola tem produzido um impacto em linha com o valor esperado na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e dos respetivos percursos escolares. Em resultado de práticas organizacionais eficazes, a escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de BOM no domínio Resultados.

3.2

P

RESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

Tendo presentes as orientações e as ações estabelecidas nos documentos estruturantes, os departamentos/grupos de recrutamento articulam os aspetos essenciais da gestão pedagógica, estabelecem critérios de avaliação específicos e debatem as medidas educativas adequadas a cada situação. Com o objetivo de orientar o trabalho educativo, foram definidas metas mensuráveis de sucesso para as aprendizagens, por disciplina/área disciplinar, tendo por base os resultados alcançados nas provas de avaliação diagnóstica e os valores obtidos em anos letivos anteriores. Os coordenadores de departamento reúnem frequentemente entre si ou com a direção para aferir procedimentos, analisar documentação e definir atividades comuns. Os grupos de recrutamento, em geral, organizam-se por anos, efetuando o planeamento curricular, a programação de algumas atividades conjuntas, a produção e a partilha de materiais e de experiências e a análise e a reflexão sobre os resultados escolares e as práticas educativas.

Entre o número significativo de projetos destacam-se O Dia da Escola, a Ciência Viva, Escola

Empreender, Cresce e Aparece Saudável, as exposições e as semanas temáticas, integradas nos

departamentos curriculares, eventos que merecem uma apreciação elevada da comunidade educativa. Nos projetos curriculares de turma, procede-se à caracterização da turma, à identificação de problemas, à definição de estratégias de diferenciação pedagógica, bem como à planificação das atividades letivas e não letivas, sendo evidente a prossecução da interdisciplinaridade.

A avaliação diagnóstica tem permitido ajustar o planeamento individual dos docentes às características das turmas, consolidando, também, a articulação sequencial de conteúdos, que é visível, nomeadamente nas disciplinas de Físico-Química, Matemática, História e Geografia. Porém, não é realizada a articulação com as escolas básicas de origem dos alunos no âmbito da promoção da sequencialidade das aprendizagens.

A coerência entre ensino e avaliação consubstancia-se na definição e divulgação aos alunos e encarregados de educação dos critérios gerais de avaliação, da sua implementação e monitorização nas reuniões de grupo recrutamento, o que é corroborado pelos alunos e encarregados de educação entrevistados que consideram que os professores são justos na avaliação.

O trabalho cooperativo entre os docentes tem contribuído para melhorar os resultados escolares em algumas áreas, como por exemplo Matemática e Língua Portuguesa e reforça o sentido coletivo em torno dos objetivos da Escola. Releva-se o trabalho desenvolvido pelo serviço de psicologia e orientação no

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apoio psicopedagógico e na orientação escolar e profissional dos alunos, articulando a sua ação com os docentes, diretores de turma, famílias e entidades parceiras.

PRÁTICAS DE ENSINO

A atenção dada aos percursos dos alunos e às necessidades que vão demonstrando é uma característica referida pela comunidade escolar, sendo apontada como o ponto de partida para todas as decisões tomadas. O planeamento a curto prazo atende às especificidades da turma e insere-se no de âmbito geral, sendo feito pelos docentes, a título individual ou em parceria.

A avaliação periódica dos projetos curriculares de turma, a partir da análise dos resultados escolares, permite o ajuste dos planos de aula e desencadeia a redefinição de estratégias e de medidas de apoio. Para responder às necessidades de aprendizagem, estão criadas várias medidas de apoio, tais como, o ensino individualizado em sala de aula, assessoria pedagógica ou par pedagógico, programa de tutorias, os planos de recuperação e de acompanhamento, o apoio pedagógico, em algumas disciplinas e a sala de estudo, sendo a diferenciação pedagógica uma das mais privilegiadas. O projeto In-Zarco, que agrupa os alunos por níveis de resultados e perfis de desenvolvimento, em associação com as atividades (leitura, lógica e abstração, desporto e saúde, solidariedade) dinamizadas no âmbito do projeto Coopetindo na

Zarco, tem imprimido dinâmicas de promoção do sucesso educativo, visíveis na postura cívica

patenteada pelos discentes nos diferentes espaços escolares.

Realce-se, ainda, que os dispositivos de acompanhamento de alunos não se limitam às situações que decorrem de dificuldades de aprendizagem. Existem planos de desenvolvimento para alunos que, tendo excelentes resultados escolares, têm expectativas elevadas para a qualidade das aprendizagens que realizam. Neste âmbito, o projeto Pós Zarco, criado para os alunos do ensino secundário com bons resultados escolares na área de ciências e tecnologias, oferece as ferramentas necessárias (reforço de aulas em disciplinas nucleares, aulas de preparação para exames, a disciplina de Espanhol, o intercâmbio de alunos com escolas espanholas) para prosseguimento de estudos. Acresce referir, que os pais, alunos e membros da autarquia entrevistados, relevaram a importância, o sucesso e oportunidade do projeto.

Os apoios aos alunos com necessidades educativas especiais são assegurados através do trabalho articulado do diretor de turma com o núcleo de apoio educativo, o serviço de psicologia e orientação, as famílias e recorrendo-se também ao serviço especializado de outras instituições locais. Esta atenção dada a cada aluno se amplia a situações que decorrem de dificuldades económicas, mesmo aquelas que estão para além da atribuição dos auxílios económicos no âmbito da acção social escolar.

São evidentes critérios de exigência no processo de ensino e de aprendizagem, por parte dos alunos, em função das suas expectativas, a que correspondem princípios de profissionalismo e de rigor do corpo docente. Nos conselhos de turma são definidos procedimentos comuns a ter em conta na relação pedagógica com os alunos.

A Escola contempla, na sua oferta educativa/formativa, uma grande diversidade de atividades que integram componentes ativas, culturais, sociais, científicas, artísticas e desportivas e iniciativas de ligação às atividades profissionais, onde se regista um grande envolvimento dos alunos e que são reconhecidas como tendo qualidade pelas famílias e a autarquia.

O incentivo à prática experimental no ensino das ciências é transversal a todos os ciclos. Algumas ações realizadas, ao longo do ano, reforçam as atitudes positivas pela metodologia científica, entre as quais,

Dia das Ciências e o projeto Ciência Viva. Os clubes, o desporto escolar, a dinamização da Biblioteca

Escolar e Centro de Recursos, a adesão a projectos regionais, nacionais e internacionais constituem-se como múltiplos dispositivos que a Escola mobiliza para o desenvolvimento de oportunidades de aprendizagem e de valorização das atividades de enriquecimento curricular.

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Os discentes são estimulados para a valorização do conhecimento e novas formas de aprendizagem e despertados para os saberes práticos e as atividades profissionais, em particular através da realização de estágios nas empresas. O recurso à plataforma Moodle, ao e-mail profissional ou mesmo a blogues criados por professores constituem outros meios de apoio à aprendizagem e à partilha e debate da informação.

Não havendo uma prática sistemática de observação em sala de aula, esta acontece, por vezes, entre pares. Os coordenadores de departamento monitorizam o cumprimento do planeamento das atividades letivas e não letivas e os diretores de turma acompanham, com regularidade, o trabalho dos docentes, mediante a consulta dos dossiês das turmas e a verificação dos planos de recuperação, da marcação de testes e das atividades desenvolvidas.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

Encontram-se definidos critérios de avaliação em todas as disciplinas, estando devidamente especificados os pesos a atribuir nos domínios cognitivo e das atitudes e valores. A confiança nos resultados é também garantida através da construção de matrizes para os testes de avaliação, de grelhas de observação e de fichas de avaliação. A análise comparada dos resultados dos alunos na mesma disciplina e ano de escolaridade e o confronto dos resultados da Escola com as médias nacionais (exames nacionais de 9.º, 11.º e 12.º anos) contribuem também para aferir o processo de avaliação. Os projetos curriculares de turma são objeto de avaliação regular, tendo um papel importante na fundamentação das opções educativas, na adoção de estratégias para a resolução de problemas e na avaliação da sua eficácia. As respostas educativas têm-se mostrado adequadas, comprovadas pelos níveis de sucesso obtidos pelos alunos e pela sua integração social e profissional após a conclusão do ciclo de estudos.

A monitorização da eficácia das medidas implementadas é realizada através da elaboração de relatórios intermédios de avaliação e da análise das taxas de sucesso dos alunos abrangidos. Não existem, porém, instrumento de registo que possibilitam conhecer a assiduidade dos alunos nos apoios educativos.

Apesar do esforço da Escola em reforçar a sua oferta formativa com cursos apelativos, a existência de uma pluralidade de outras ofertas na sua área pedagógica concorre para que ainda persista uma percentagem razoável de anulações de matrícula no ensino secundário.

Em conclusão, a ação da Escola tem produzido impacto na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultados de práticas organizacionais eficazes, o que justifica a atribuição da classificação deMUITO BOMno domínio Prestação do Serviço Educativo.

3.3

L

IDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

A Escola celebrou um Contrato de Autonomia, em 2007, o qual implicou a reorganização dos documentos estruturantes, do modelo de organização e funcionamento e dos mecanismos de regulação, avaliação e prestação de contas. A direção, e em particular o diretor, tem uma visão estratégica da Escola, pautada pela definição clara e pertinente de objetivos, estratégias e métodos, pelo fomento do sentido de pertença e de identificação com a Escola, pelas iniciativas que mobiliza na comunidade, através do desenvolvimento de parcerias e de projetos inovadores, pela realização de inúmeras reuniões

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Ao longo dos anos, conseguiu superar a conotação negativa que lhe estava associada, derivada do facto de ter sido a escola industrial, tendo-se tornado numa escola reconhecida e prestigiada. É hoje bastante procurada, por se tratar, nas palavras de diversos membros da comunidade educativa, de uma escola aberta, acolhedora, organizada e com um bom ambiente ao nível do comportamento e da aprendizagem. De salientar a implementação de projetos inovadores (Pós-Zarco, In-Zarco, Coopetindo na Zarco), tendo todos eles uma referência ao nome da escola de modo a vincar a sua identidade. A direção promove uma cultura de inovação e iniciativa, demonstra capacidades de resolução de problemas e confere autonomia e sentido de responsabilidade aos diversos membros da comunidade escolar.

O conselho geral, apesar da sua curta existência (eleito em julho de 2011), é um órgão consciente das suas competências e responsabilidades e revela já um assinalável dinamismo. O diretor e a direção são vistos pelos membros da comunidade educativa como pilares da qualidade do serviço educativo prestado. A participação é fomentada, no que concerne às lideranças intermédias, sendo o papel dos coordenadores de departamentos e de responsáveis de projetos e serviços reconhecido e valorizado. Os coordenadores de departamento e outros responsáveis da Escola, em articulação com a direção, motivam os diferentes atores educativos e promovem a sua participação na vida escolar.

Existe uma muito boa relação entre a Escola e as diversas entidades da comunidade, em termos de mobilização de recursos materiais e humanos, salientando-se o papel da autarquia e de empresas da região. Salienta-se a parceria com a Associação Empresarial de Portugal, cujo papel é crucial em termos de estágios (a Escola está presente em cerca de 100 empresas), e a relação com a autarquia, que participa em eventos marcantes da Escola e contribui significativamente para o seu orçamento, através de um contrato de prestação de serviços. Por via deste contrato, a Escola assegura, através dos alunos e professores do curso profissional de Manutenção de Equipamentos Informáticos, a assistência técnica e manutenção dos equipamentos informáticos das escolas com 1.º ciclo dos agrupamentos de Matosinhos.

GESTÃO

A gestão da Escola e dos seus recursos tem em conta as pessoas e o seu bem-estar. As práticas de organização e afetação de recursos baseiam-se em critérios equitativos.

A afetação dos professores às turmas e cursos, aliada ao desempenho de funções em áreas e projetos específicos, à distribuição de serviço e à elaboração de horários, obedece a critérios explícitos e fundamentados, nomeadamente a continuidade das equipas pedagógicas, numa perspetiva de desenvolvimento profissional e de promoção das aprendizagens dos alunos. São valorizadas as competências profissionais e pessoais do pessoal docente e não docente, a experiência, os saberes e a formação especializada.

A abertura, a disponibilidade e a competência da direção são realçadas como fatores de motivação e empenho do pessoal docente e não docente e são reconhecidas por alunos, pais e encarregados de educação, como motivos de satisfação e de identificação com a Escola.

A atitude de escuta revelada pela direção e a valorização das sugestões apresentadas pelos diversos membros da comunidade educativa são aspetos referidos como muito positivos, salientando-se também a satisfação com os circuitos de informação e comunicação e com o modo como são acolhidos e integrados os novos alunos e professores.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

A gestão da Escola sustenta-se num processo de autoavaliação levado a efeito por uma equipa designada pelo diretor, da qual este também faz parte, embora a coordenação esteja a cargo de um dos seus membros. Verifica-se coerência e articulação entre os resultados da autoavaliação e a definição de planos de melhoria, embora estes sejam utilizados, essencialmente, como forma de monitorização

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interna e de apoio à direção e não tanto numa perspectiva de envolvimento e participação da comunidade educativa. A constituição da equipa de autoavaliação incluí elementos da comunidade, mas a definição de instrumentos e os procedimentos de recolha e de tratamento da informação são conduzidos por um grupo restrito de professores. Os diversos interessados têm acesso à informação, mas não estão instituídas práticas sistemáticas de divulgação dos resultados da autoavaliação e dos planos de melhoria junto da comunidade educativa.

A Escola tem experiência de autoavaliação e de monitorização dos seus processos organizacionais e dos resultados escolares. Após a utilização de outros modelos, a Escola iniciou em 2009-2010 o Espelho EPIS (Empresários Para a Inclusão Social). Com base na aplicação de questionários aos docentes, a Escola elaborou planos de melhoria em duas dimensões: organização dos processos de gestão estratégica e gestão da atividade pedagógica. As metas do projecto EPIS estavam definidas para 2014 mas foram ampliadas pela escola para 2015.

Para além da equipa de autoavaliação, a Escola possui um gabinete de estatística e está em curso um processo (Sistema Gestão da Qualidade – QualiZarco), que visa a obtenção de uma certificação de qualidade ISO 9001.

Globalmente, as práticas de autoavaliação têm tido impacto positivo na organização, no planeamento e nas práticas profissionais, contribuindo para a definição de estratégias e planos de melhoria contínua.

Em conclusão, a Escola tem lideranças fortes e mobilizadoras, que empreendem práticas organizacionais generalizadas e eficazes com impacto consistente no serviço educativo prestado e na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos, pelo que a classificação deste domínio é de

MUITO BOM.

4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho da Escola:

O ambiente escolar de respeito pelas diferenças, a cidadania, a equidade, a solidariedade, a cooperação e a competição, orientando-se na perspetiva do desenvolvimento integral do aluno.

O reconhecimento da comunidade educativa pelo desempenho da Escola.

A diversificação da oferta educativa e a valorização das aprendizagens, que têm contribuído para o aumento das expectativas dos alunos e das famílias.

O trabalho de proximidade colaborativa realizado no âmbito dos grupos de recrutamento.

A promoção de diferentes modalidades de apoio educativo, com a finalidade de criar condições de sucesso a todos os alunos.

A valorização das dimensões artística e experimental do currículo com impacto positivo no desenvolvimento do espírito artístico, cultural e empreendedor e na implementação de contextos de aprendizagem mais estimulantes.

A visão estratégica da liderança, concretizada em projetos, parcerias e soluções inovadores, com forte impacto na multiplicação das oportunidades de aprendizagem e na imagem que a Escola projeta na comunidade.

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O sentido de pertença e de identificação com a Escola, em especial por parte dos alunos e dos pais e encarregados de educação.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde a Escola deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria são as seguintes:

As taxas de conclusão do 9.º ano e as taxas de transição e conclusão no ensino secundário.

O aprofundamento da reflexão sobre os resultados académicos.

A articulação com os estabelecimentos de proveniência dos alunos, de forma a garantir-se a sequencialidade das aprendizagens na transição do 9.º ano para o ensino secundário.

A supervisão da prática letiva em sala de aula, a valorizar como estratégia de desenvolvimento e de estímulo à qualidade profissional e científica dos docentes.

Referências

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