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Sistema de análise de base de dados de centrais telefônicas

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Academic year: 2021

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FLÁVIO SILVEIRA LEITE

SISTEMA DE ANÁLISE DE BASE DE DADOS DE CENTRAIS TELEFÔNICAS

Palhoça 2010

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SISTEMA DE ANÁLISE DE BASE DE DADOS DE CENTRAIS TELEFÔNICAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Sistema de Informação da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação.

Orientadora: Profª. Drª. Maria Inés Castiñeira

Palhoça 2010

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FLÁVIO SILVEIRA LEITE

SISTEMA DE ANÁLISE DE BASE DE DADOS DE CENTRAIS TELEFÔNICAS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação e aprovado em sua forma final pelo Curso de Sistemas de Informação da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 14 de junho de 2010.

______________________________________________________ Profª. Maria Inés Castiñeira, Drª.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Prof. Alexandre Vitoreti, Msc.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Prof. Roque Bitencourt, Eng. Elétrico.

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Dedico este trabalho às pessoas que foram e que são os maiores responsáveis pela minha formação e foram de grande apoio nesta longa caminhada. Divani e Rosiane.

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AGRADECIMENTOS

A minha família que sempre me incentivou e me animou em todos os momentos nesta longa trajetória que foi esta caminhada. São eles: Divani, Joel (meu pai, in memoriam), Rosiane, Nilton e Gabriel. Vocês, sem sombras de dúvidas, são muito importantes e com certeza fizeram e fazem a diferença na minha vida. Acompanharam todos os passos, desde início do curso em Belo Horizonte, passando por Ponta Grossa, Curitiba e agora concluindo aqui em Florianópolis.

Aos professores do Curso de Sistemas de Informação da Universidade do Sul de Santa Catarina, que estavam juntos na minha caminhada.

Em especial à Drª. Maria Inés Castiñeira, professora e orientadora deste projeto que sempre me incentivou no meu projeto.

A todas as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente para a conclusão deste trabalho, sejam professores e amigos conquistados em todas as universidades que estudei até a conclusão do curso.

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“O mal é o resultado do que acontece quando o homem não tem o amor de Deus em seu coração.” (Albert Einstein)

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RESUMO

Uma das áreas do setor de telecomunicações é a comutação, esta compreende o gerenciamento das centrais telefônicas que atualmente são digitais. Existe um software que controla e administra todas as funcionalidades das centrais telefônicas, por exemplo, a base de dados de encaminhamento, de tarifação, de sinalização e de assinantes. As programações das centrais telefônicas mudam diariamente podendo ser desde poucas linhas de alterações até milhares de linhas. As alterações são feitas de forma manual através dos arquivos de configuração de cada central telefônica. Desta forma, a proposta deste projeto foi a construção de um sistema para agilizar e automatizar a consulta e a elaboração das bases de dados desenvolvidas no dia-a-dia de trabalho dos técnicos. Foram consideradas as centrais telefônicas do fabricante Siemens, modelo EWSD, utilizadas em operadoras de telecomunicações em todo o Brasil. Foi desenvolvida uma ferramenta web implementada na linguagem JAVA, utilizando banco de dados MySQL. A metodologia adotada para o desenvolvimento do sistema foi ICONIX que enfatiza a rastreabilidade dos requisitos através da modelagem realizada em UML. Após a implantação do sistema, este foi validado de forma satisfatória com exemplos de bases de dados simulando 19 centrais telefônicasexistentes no Estado de Santa Catarina. Entre as suas características podem ser destacadas a sua interface gráfica amigável e intuitiva, seu bom desempenho e principalmente agilidade oferecida pela automação das tarefas.

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ABSTRACT

One of the areas of telecommunications is switching, this includes the management of telephone exchanges that are currently digital. There is a software that controls and manages all the functions of telephone exchanges, for example, database routing, charges, signaling and subscribers. The telephone exchanges database change daily and may be from a few lines of changes to thousands of lines. Changes are made manually via the configuration files from each switch. Thus, the purpose of this project was to build a system to automate and streamline the consultation and preparation of databases developed during the day to day work of the technicians. We considered all switches from manufacturer Siemens, EWSD model, used in telecommunications operators in Brazil. It were developed a web tool implemented in JAVA language, using the MySQL database. The methodology for the development of the system was ICONIX that emphasizes the traceability of requirements through UML modeling performed. After deploying the system, this has been validated satisfactorily with examples of databases simulating 19 switches from Santa Catarina state. Among its features can be highlighted their friendly and intuitive graphical interface, good performance and agility offered by automation of tasks.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Elementos de uma rede telefônica local...16

Figura 2 – Interligação de centrais telefônicas ...25

Figura 3 – Sinalização telefônica...26

Figura 4 – Bastidor da central telefônica EWSD ...32

Figura 5 – Subsistemas da central telefônica EWSD ...33

Figura 6 – Sub-bastidor da central telefônica EWSD...33

Figura 7 – Módulo de assinante da central telefônica EWSD...34

Figura 8 – Processo ICONIX ...35

Figura 9 – Exemplo de caso de uso ...36

Figura 10 – Símbolos usados no diagrama de robustez...37

Figura 11 – Modelo de diagrama de seqüência ...38

Figura 12 – Exemplo de reclamação recebida da operadora Embratel ...45

Figura 13 – Seleção do arquivo de base de dados ...46

Figura 14 – Filtro do prefixo usando o editor de texto...46

Figura 15 – Filtro do nome do destino usando o editor de texto...47

Figura 16 – Filtro do nome da rota usando o editor de texto...47

Figura 17 – Consulta do prefixo na central telefônica ...48

Figura 18 – Consulta do destino na central telefônica ...49

Figura 19 – Consulta da rota na central telefônica ...49

Figura 20 – Resultado da consulta de rota na central telefônica ...50

Figura 21 – Consulta na central telefônica com o nome da rota filtrado operadora 14...51

Figura 22 – Consulta na central telefônica com o nome da rota filtrado operadora 21...51

Figura 23 – Consulta na central telefônica com o nome da rota filtrado operadora 31...52

Figura 24 – Atores do sistema ...53

Figura 25 – Requisitos funcionais ...55

Figura 26 – Requisitos não funcionais ...58

Figura 27 – Regras de negócios...60

Figura 28 – Protótipo da tela de acesso ao sistema ...62

Figura 29 – Protótipo da tela principal do sistema ...63

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Figura 31 – Protótipo da tela de centrais ...65

Figura 32 – Diagrama geral de caso de uso - administrador ...66

Figura 33 – Diagrama geral de caso de uso - técnico...67

Figura 34 – Definição dos pacotes de Casos de Uso...68

Figura 35 – Diagrama de Casos de Uso – Pacote Cadastro de Usuários...69

Figura 36 – Diagrama de Casos de Uso – Pacote Importar Base de Dados ...70

Figura 37 – Diagrama de Casos de Uso – Pacote Funcionalidades do Sistema...71

Figura 38 – Diagrama de atividades ...75

Figura 39 – Diagrama de robustez...76

Figura 40 – Diagrama de seqüência ...77

Figura 41 – Diagrama de Classe...78

Figura 42 – Diagrama Entidade-Relacionamento ...79

Figura 43 – Ferramentas utilizadas...81

Figura 44 – Tela de login do sistema...85

Figura 45 – Tela principal do sistema ...86

Figura 46 – Tela de escolha da central telefônica ...87

Figura 47 – Tela principal de filtros do sistema ...88

Figura 48 – Tela de filtros do sistema – opção Encaminhamento...89

Figura 49 – Tela de resultado da consulta realizada...90

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Ator administrador...53

Quadro 2 – Ator técnico. ...54

Quadro 3 – Requisitos Funcionais...57

Quadro 4 – Requisitos Não Funcionais ...59

Quadro 5 – Regras de Negócios. ...61

Quadro 6 – Descrição de Caso de Uso – Pacote Cadastro de Usuários. ...69

Quadro 7 – Descrição de Caso de Uso – Pacote Importar Base de Dados...70

Quadro 8 – Descrição de Caso de Uso – Pacote Funcionalidades do Sistema...72

Quadro 9 – Documentação do CSU01. ...73

Quadro 10 – Documentação do CSU02. ...98

Quadro 11 – Documentação do CSU03. ...99

Quadro 12 – Documentação do CSU04. ...100

Quadro 13 – Documentação do CSU05. ...101

Quadro 14 – Documentação do CSU06. ...102

Quadro 15 – Documentação do CSU07. ...102

Quadro 16 – Documentação do CSU08. ...103

Quadro 17 – Documentação do CSU09. ...103

Quadro 18 – Documentação do CSU10. ...104

Quadro 19 – Documentação do CSU11. ...105

Quadro 20 – Documentação do CSU12. ...106

Quadro 21 – Documentação do CSU13. ...107

Quadro 22 – Documentação do CSU14. ...108

Quadro 23 – Documentação do CSU15. ...109

Quadro 24 – Documentação do CSU16. ...110

Quadro 25 – Documentação do CSU17. ...111

Quadro 26 – Documentação do CSU18. ...112

Quadro 27 – Documentação do CSU19. ...113

Quadro 28 – Documentação do CSU20. ...114

Quadro 29 – Documentação do CSU21. ...114

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LISTA DE SIGLAS

ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações APS – Sistema de Programa de Aplicação

CCG – Gerador de Clock Central

CCNC – Controle da rede de sinalização por canal comum CHILL – Linguagem de Programação de Alto Nível DLU – Unidade de Linha Digital

ER – Entidade - Relacionamento

EWSD – Sistema Eletrônico de Comutação Digital HTML – Linguagem de Marcação de Hiper Texto IDE – Ambiente Integrado de Desenvolvimento ITU-T – União Internacional de Telecomunicações LTG – Estágio de Linha Tronco

MB – Buffer de Mensagens

NTTT – Norma Técnica de Transmissão Telefônica PBX – Busca de Ramais Privados

PTT – Plano de Transmissão Telefônica

SISACETEL – Sistema de Análises de Centrais Telefônicas SN – Matriz de Comutação

SQL – Linguagem de Consulta Estruturada UML – Unified Modeling Language

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1 INTRODUÇÃO...16 1.1 PROBLEMA...18 1.2 OBJETIVOS ...19 1.2.1 Objetivo Geral ...19 1.2.2 Objetivos Específicos...19 1.3 JUSTIFICATIVA ...20 1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ...21 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...22 2.1 TELECOMUNICAÇÕES...22 2.1.1 Comutação ...23 2.1.2 Rede telefônica...24 2.1.3 Central telefônica ...24

2.1.4 Central local, trânsito e gateway ...25

2.1.5 Sinalização...26

2.1.6 Tarifação ...27

2.1.7 Encaminhamento...28

2.1.8 Estatísticas...28

2.1.9 Base de dados de uma central telefônica...29

2.1.10 Ferramentas para base de dados ...31

2.1.11 Descrição da central telefônica EWSD - Siemens ...31

2.2 METODOLOGIA ICONIX ...34

2.3 UNIFIED MODELING LANGUAGE – UML ...39

2.3.1 Visões da UML ...39

2.3.2 Diagramas da UML...39

2.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS DA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...40

3 MÉTODO ...41

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA ...41

3.2 ETAPAS ...42

3.3 PROPOSTA DA SOLUÇÃO ...42

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4 MODELAGEM DO SISTEMA...44

4.1 CONSULTA MANUAL À BASE DE DADOS EM UMA CENTRAL TELEFÔNICA44 4.2 MODELAGEM DO SISTEMA...52

4.2.1 Identificação dos atores do sistema...53

4.2.2 Identificação dos requisitos funcionais...54

4.2.3 Identificação dos requisitos não funcionais ...57

4.2.4 Identificação das regras de negócios...59

4.2.5 Fase de prototipação das telas...62

4.2.6 Diagrama de caso de uso...65

4.2.6.1 Casos de Uso – Pacote Cadastro de Usuários ...68

4.2.6.2 Casos de Uso – Pacote Importar Base de Dados...70

4.2.6.3 Casos de Uso – Pacote Funcionalidades do Sistema...70

4.2.7 Documentação dos casos de uso ...73

4.2.8 Diagrama de atividades ...74

4.2.9 Diagrama de robustez ...76

4.2.10 Diagrama de seqüência ...77

4.2.11 Diagrama de classes ...78

4.2.12 Diagrama de entidade relacionamento...79

4.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS DA MODELAGEM DO SISTEMA...80

5 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA...81

5.1 AMBIENTES DE DESENVOLVIMENTO...81

5.1.1 Banco de dados MySQL ...82

5.1.2 Servidor Apache Tomcat...82

5.1.3 Enterprise Architect...82 5.1.4 DbDesigner...83 5.1.5 Java...83 5.1.6 Eclipse...84 5.2 HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO...84 5.3 APRESENTAÇÃO DO SISTEMA ...85 5.4 VALIDAÇÃO DO SISTEMA...91

5.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS DO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA ...92

6 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS...93

REFERÊNCIAS ...95

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1 INTRODUÇÃO

Os setores de telecomunicações englobam várias áreas que apresentam uma evolução tecnológica constante. Uma das principais áreas é a de comutação. Segundo Alencar (2000) este conceito compreende elementos de rede chamados de centrais telefônicas, que permitem o encaminhamento da chamada telefônica do terminal do assinante origem até o destino. As centrais podem ser interligadas formando uma rede telefônica local. O conjunto formado por central local, aparelhos telefônicos e linhas de assinantes, é denominado de rede local de assinantes.

A figura 1 apresenta um exemplo desta rede.

Figura 1 – Elementos de uma rede telefônica local Fonte: Antonio, 2004.

Atualmente as centrais telefônicas são digitais e nelas há um software que é responsável pela execução de: ligações telefônicas, rotinas de tarifação, estatísticas, bloqueios de hardware para manutenção, controle de conectividade das rotas, controle de alarmes gerados através de falhas de hardware ou de alarmes pré-definidos como falta de energia elétrica, temperatura elevada e estação com a porta do equipamento aberta.

Para administrar a base de dados da central telefônica cada fabricante desenvolve um software para o seu equipamento. O acesso a essa base de dados é feito de duas formas:

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• A primeira é através de uma interface que traduz as informações digitadas para a sua codificação específica, exibindo como resultado mensagens de execução ou de erro dos comandos;

• A segunda forma é através da regeneração de sua base de dados, ou seja, são gerados arquivos de comandos, no formato texto, contendo todas as informações existentes. Como exemplo, podemos citar arquivos de base de dados de encaminhamento, tarifação e assinantes.

Cada arquivo é composto por diversos códigos e dados que devem ser manipulados podendo para uma mesma atividade ser necessário consultar três ou mais arquivos. É uma atividade complexa que pode resultar em erros caso os dados selecionados estejam mal estruturados.

Diariamente a base de dados das centrais telefônicas é alterada. Códigos são criados, modificados e cancelados e estas alterações são necessárias para manter a rede telefônica atualizada, atendendo as exigências de acordo com novos clientes e operadoras de telefonia. O desenvolvimento desta atividade pode ser realizado em tempo real diretamente no terminal da central telefônica ou através da preparação de arquivos de comando para serem executados posteriormente. Como as alterações geralmente são grandes, a forma mais utilizada de modificação da base de dados da central telefônica é através da implementação de arquivos de comandos.

A proposta deste trabalho é desenvolver um sistema de software para automatizar esse processo de consulta e gerenciamento dos dados das centrais telefônicas. Ele auxiliará nas atividades de alteração da base de dados e irá ler os arquivos de cada central telefônica salvando-os em um banco de dados. Através de sua interface efetuará filtros gerando os arquivos necessários para a execução de uma atividade pré-definida. Como exemplo desta atividade, é possível citar uma abertura de um novo prefixo.

Para este projeto foi escolhida a central telefônica EWSD do fabricante Siemens (SIEMENS, 2000). Elas são utilizadas nas redes telefônicas de operadoras como a Oi e Telefônica e demais operadoras em todo o Brasil. Este sistema poderá ser implantado nas empresas terceirizadas que fazem a manutenção da rede telefônica destas operadoras ou diretamente nas próprias operadoras. O autor desta monografia tomou como exemplo para desenvolvimento do sistema as bases de dados de centrais telefônicas do estado de Santa Catarina, no qual há instaladas dezenove centrais telefônicas.

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1.1 PROBLEMA

O problema consiste na necessidade de se consultar e alterar a base de dados das centrais telefônicas. Elas são feitas diariamente, com grande volume de dados e em várias centrais. O volume de dados pode variar desde dez mil linhas de comandos em uma central telefônica pequena, como a instalada na cidade de Curitibanos e chegar a ter mais de quinhentas mil linhas de comandos em uma central telefônica de grande porte, como a instalada na cidade de Florianópolis.

Atualmente, as alterações são preparadas e executadas manualmente. Esse processo é demorado e sujeito a erros. Por exemplo, em uma dada consulta poderiam faltar dados que não foram filtrados. Isto demandaria um retrabalho da mesma atividade e um gasto de tempo ainda maior do que o planejado.

São exemplos de atividades que poderiam ser realizadas na base de dados:

• abrir origem de encaminhamento para um ponto de presença de interconexão de outra operadora para a localidade de Fraiburgo na central de Lages;

• criação de novos prefixos da operadora GVT na área de Florianópolis; • criação de novo grupo de assinantes (PBX) em determinada central.

As três atividades implicam em verificar e criar códigos, onde o operador terá de manipular vários arquivos de comandos, gerando como resultado um grande arquivo com muitas linhas de comando para ser executado na central telefônica.

Estabelece-se, então, a pergunta de pesquisa que irá nortear o desenvolvimento deste trabalho:

Como criar uma ferramenta, seguindo os padrões de desenvolvimento de software, que automatize a rotina da criação de base de dados das centrais telefônicas, resultando em uma maior qualidade na execução dessas atividades?

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1.2 OBJETIVOS

Os objetivos do projeto são divididos em objetivo geral e específicos.

1.2.1 Objetivo Geral

O objetivo deste projeto é desenvolver uma aplicação para automatizar as atividades de base de dados das centrais telefônicas, com o intuito de obter uma maior qualidade e agilidade dessas atividades.

1.2.2 Objetivos Específicos

São objetivos específicos do projeto:

• desenvolver um sistema de forma a poder automatizar todas as atividades definidas pelo usuário através de uma interface fácil e amigável;

• utilizar um método de desenvolvimento de software desde a concepção do sistema, o levantamento dos requisitos, até a implantação do mesmo;

• documentar as atividades de base de dados da central telefônica Siemens; • aprofundar os conhecimentos adquiridos no curso de graduação, por exemplo, no desenvolvimento para web, em um exemplo prático e cuja solução propiciará diversos benefícios aos futuros usuários.

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1.3 JUSTIFICATIVA

Atualmente não há nenhum sistema que faça a atividade de consulta e processamento dos arquivos de base de dados das centrais telefônicas. As programações são feitas de forma manual com o auxílio de softwares editores de texto, através da consulta direta em cada arquivo da central e também diretamente na própria central. Isto demanda muito tempo, pois são consultados vários arquivos e pode acarretar em erro humano durante a programação. Um exemplo desta consulta pode ser visualizado no capítulo da modelagem do sistema.

Com a implantação deste sistema, ocorrerá uma automatização de parte das atividades de programação da base de dados. Desta forma, as chances de ocorrer erros durante a execução da atividade serão menores e haverá um ganho em qualidade e produtividade das atividades desenvolvidas no dia-a-dia de uma empresa.

Sob o ponto de vista de uma empresa que atua na manutenção das centrais telefônicas, este sistema irá ajudar a manter um padrão de excelência no desenvolvimento das atividades perante o cliente final, a operadora de telecomunicações, atendendo desta forma aos requisitos contratuais.

Sob o ponto de vista do cliente final, este poderá usufruir de uma rede telefônica com excelente administração técnica. Tendo acesso correto a todos os serviços disponibilizados pela operadora de telecomunicações.

Do ponto de vista pessoal, este projeto terá como desafios a criação de um sistema

web na linguagem de programação JAVA, já que a experiência do autor é em outras

linguagens. Também será uma oportunidade para vivenciar todas as etapas correspondentes ao desenvolvimento de um projeto de software, com o consequente aprimoramento profissional.

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1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

A monografia será dividida em seis capítulos. A seguir, será descrito a estrutura do trabalho:

• Capítulo 1 – Introdução: Esse capítulo apresenta a introdução, problema, objetivo, justificativa e solução proposta como trabalho.

• Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica: Serão apresentados conceitos de telecomunicações sobre o tema escolhido e metodologia de desenvolvimento.

• Capítulo 3 – Método: Apresenta o tipo de pesquisa a ser desenvolvida, as atividades a serem realizadas, a proposta de solução e as delimitações.

• Capítulo 4 – Modelagem do Sistema: Serão descritos os passos realizados para modelagem do sistema por meio da metodologia ICONIX e linguagem de notação UML.

• Capítulo 5 – Desenvolvimento do Sistema: Serão apresentadas as ferramentas tecnológicas utilizadas, algumas considerações sobre o desenvolvimento, o sistema implementado e a validação do mesmo.

• Capítulo 6 – Conclusões e trabalhos futuros: Serão apresentadas as considerações finais sobre o desenvolvimento do sistema e as ações futuras de continuidade para ampliação do mesmo.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo apresenta a fundamentação teórica do presente projeto, abordando assuntos de telecomunicações como central telefônica, funcionalidades dos elementos de uma rede telefônica e base de dados. Será apresentado também um panorama geral da metodologia de desenvolvimento de software ICONIX e da linguagem de notação Unified Modeling

Language (UML), utilizados neste projeto.

2.1 TELECOMUNICAÇÕES

A preocupação em se estabelecer padrões de qualidade para as ligações telefônicas no país, levou o Ministério das Comunicações, no final da década de 60, a criar um grupo com o intuito de combater a dificuldade do estabelecimento de comunicações telefônicas com inteligibilidades em ligações locais, interurbanas ou internacionais. (JUNIOR LIMA, 2001)

Após debates com especialistas de diversas entidades estrangeiras que regulamentavam as telecomunicações pelo mundo, foi elaborado pelo grupo citado acima dois documentos: A Norma Técnica de Transmissão Telefônica (NTTT) e o Plano de Transmissão Telefônica (PTT). Estes documentos foram publicados em dezembro de 1973 e serviram como instrumentos normatizadores de telecomunicações e deveriam ser rigorosamente seguidos por todas as empresas concessionárias dos serviços públicos de telefonia. Abordavam definições de padrões de qualidade para ligações telefônicas, compatíveis com padrões internacionais. Diziam como deveria ser feita a interconexão entre as concessionárias e possuíam especificações construtivas e de desempenho, dos equipamentos e materiais utilizados.

Para regulamentar as normas e critérios de como as ligações telefônicas eram realizadas sejam elas locais, interurbanas ou internacionais foram criados os Planos Estruturais da Rede Nacional.

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• Plano de Sinalização: Estabelece as características de sinalização acústica dos equipamentos telefônicos, bem como da sinalização de linha para chamadas entre as centrais de comutação;

• Plano de Encaminhamento: Estabelece os critérios e normas para roteamento das chamadas na estrutura do sistema telefônico;

• Plano de Numeração: Assegura a existência de um único número telefônico nacional distinto para cada assinante que venha a ser ligado à rede telefônica;

• Plano de Tarifação: Estabelece as normas e critérios para cobrança dos serviços de telecomunicações.

Estes planos são dinâmicos e acompanharam a evolução tecnológica do setor. Em 1998 foi realizado o leilão de privatização do sistema Telebrás, o qual foi dividido em várias concessionárias particulares de telefonia fixa e móvel. Para controlar e fiscalizar os serviços de telecomunicações destas empresas foi criado a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).

Para o projeto em questão, a área de telecomunicações que será abordada é a de comutação. Para se entender o que esta área representa e as funcionalidades do sistema a ser implementado é importante apresentar o conceito de comutação, de rede telefônica, de central telefônica, de central local, trânsito e gateway, de sinalização, de tarifação, de encaminhamento, de estatísticas e de base de dados das centrais.

2.1.1 Comutação

Este termo surgiu com o desenvolvimento das redes públicas de telefonia. É a área das telecomunicações onde estão as centrais telefônicas, ou seja, é o conjunto de equipamentos utilizados para interligar circuitos que permitem a conexão entre dois ou mais assinantes. (ALENCAR, 2000)

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2.1.2 Rede telefônica

É o sistema básico de telecomunicações que corresponde aos aparelhos utilizados pelos usuários do sistema e a central telefônica, com o objetivo de prover a interligação com outras centrais telefônicas. Estas interligações são feitas através de troncos (juntores).

Segundo Junior Lima (2001), há equipamentos secundários que fornecem apoio aos equipamentos de comutação e que fazem parte da rede telefônica. São exemplos: Distribuidor Geral, cabos metálicos até a casa do assinante, sistemas de rádio e fibra ópticas para interligar as centrais telefônicas.

Para Alencar (2000), a rede telefônica é composta pela rede de longa distância, que inclui as centrais interurbanas e internacionais e os respectivos entroncamentos. A rede local contém as centrais e entroncamentos em área urbana e o enlace do assinante, constituído pelos terminais e linhas de assinante.

2.1.3 Central telefônica

Para Lima Junior (2001), as centrais telefônicas viabilizam as conexões entre os usuários do sistema de telecomunicações. É um conjunto de equipamentos de comutação destinado ao encaminhamento ou estabelecimento de chamadas telefônicas.

Atualmente são digitais e permitem uma adaptação flexível a todas as aplicações da rede e possuem um amplo pacote de facilidades para clientes comerciais e privados. Possuem uma velocidade de estabelecimento da ligação entre dois terminais muito alta. Em relação às centrais analógicas as digitais ocupam menos espaço, isto ocorre devido ao uso de placas e circuitos digitais.

Para Alencar (2000), a central telefônica representa um subsistema muito importante. Quanto à aplicação, as centrais telefônicas podem ser classificadas em públicas e privadas. As centrais privadas são utilizadas nas indústrias, empresas em que o volume de tráfego seja moderado. Os aparelhos telefônicos ligados a uma central privada são chamados ramais. As centrais públicas são classificadas de acordo com a abrangência e os tipos de ligações que efetuam. São dos tipos: local, trânsito e gateway.

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2.1.4 Central local, trânsito e gateway

A central local é a central telefônica na qual se ligam as linhas de assinantes. Ela é composta de um terminal para cada assinante e atende uma área de até 6 km de distância e possui juntores para interligar com outras centrais. Possui um prefixo indicativo que também compõe o número do assinante e pode chegar a ter 30 mil assinantes.

A central trânsito tem a função de interligar centrais telefônicas dentro da mesma cidade e é responsável pelo encaminhamento das ligações telefônicas vindas das centrais locais. Ela pode ou não ter assinantes e suas capacidades tanto de hardware como de

software, para o processamento de chamadas são maiores que as das centrais locais.

A central gateway comuta chamadas vindas das centrais trânsitos de diversos estados e também de outras empresas concessionárias de telefonia. Ela não possui assinantes e atende uma área correspondente a um estado inteiro, por exemplo, Santa Catarina.

Segundo Alencar (2000), as redes telefônicas podem ser classificadas, quanto à hierarquia, em redes interurbanas e locais e esta deve ser obedecida para interligar centrais telefônicas. A central gateway de um estado é interligada com outra central gateway de outro estado diferente e não diretamente com a central trânsito deste outro estado. Da mesma forma, a central local de uma cidade não pode ser interligada com a central local de outra cidade. Esta interligação é feita através da central trânsito.

A figura 2 ilustra esse conceito de hierarquia de interligação das centrais telefônicas.

Figura 2 – Interligação de centrais telefônicas Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

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2.1.5 Sinalização

Lima Junior (2001) e Alencar (2000) afirmam que para uma ligação entre telefones na rede telefônica ser possível, é necessário a elaboração de diversas etapas de estabelecimento e controle de chamadas. Estas trocas de sinalização são muito rápidas e não são percebidas pelos assinantes.

Segundo o manual do fabricante de centrais telefônicas Siemens (2000), a rede telefônica necessita trocar informações com os usuários para assegurar a supervisão e o controle das conexões. Igualmente, as diversas centrais de comutação por onde a conexão será encaminhada, necessitam trocar entre si informações semelhantes. A figura 3 apresenta a sinalização em uma rede telefônica.

Sinalização entre centrais de comutação Centrais de comutação local Sinalização de linha de usuário Sinalização de linha de usuário Central de comutação trânsito

Figura 3 – Sinalização telefônica Fonte: Siemens, 2000.

A sinalização pode ser de dois tipos:

• sinalização entre o aparelho telefônico e a central de comutação ao qual este equipamento está conectado. Esta engloba a sinalização de linha do assinante, responsável pela troca de informações entre o aparelho telefônico e a central de comutação (números digitados pelo assinante) e sinalização acústica, que fornece ao assinante as informações referentes às condições para uso do sistema telefônico e à chamada que esta sendo estabelecida (tom de discar ou tom de ocupado);

• sinalização entre centrais de comutação. Esta é composta de sinalização de linha analógica ou digital que é necessária à supervisão dos juntores entre as centrais de comutação e sinalização entre registradores, responsável pela troca de informações para encaminhamento/estabelecimento de chamadas.

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Com o avanço tecnológico, as centrais telefônicas passaram de analógicas a digitais e a sinalização também foi modificada. Na rede analógica a sinalização é transportada junto com o enlace analógico e esta vai depender do tipo de tronco utilizado.

Na rede digital foi criada a sinalização por canal comum que acarretou em uma melhor utilização das rotas entre as centrais, reduzindo o tempo de estabelecimento de chamadas e facilitando o planejamento de planos estruturais da rede.

Com a crescente implementação de novos serviços cada vez mais sofisticados, a sinalização tornou-se mais eficiente permitindo um maior grau de comunicação entre as centrais.

2.1.6 Tarifação

A tarifação estabelece as normas e critérios para cobrança dos serviços das chamadas.

Para Lima Junior (2001), as chamadas locais originadas em terminais de assinante podem ser tarifadas com um pulso por chamada completada ou multimedidas com cadências pré-definidas de acordo com o horário e tempo de duração. A cadência programada na central telefônica tem para cada tipo de chamada uma duração diferente sendo feita em segundos.

Nas chamadas cuja discagem é interurbana e internacional, a central telefônica pode tarifá-las multimedindo-as. Outra forma é o envio da identidade do assinante chamado e chamador e a tarifa é cobrada por minuto. Esta forma é chamada de bilhetagem automática.

Atualmente, com a evolução dos sistemas telefônicos as chamadas são multimedidas quando originadas de telefones públicos e as chamadas são bilhetadas e cobradas por minuto falado para os assinantes privados.

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2.1.7 Encaminhamento

Segundo Alencar (2000), os critérios e normas para roteamento das chamadas na estrutura do sistema telefônico são estabelecidos no encaminhamento. Este representa a possibilidade que cada assinante tem para poder realizar uma chamada.

No encaminhamento é definido para onde os códigos discados pelo usuário são enviados. Podem ser enviados para uma operadora de celular ou para outra localidade dentro da mesma rede. Também pode ser feito o bloqueio de códigos no encaminhamento. Isto faz com que chamadas que seriam completadas de forma errada não sejam realizadas. Vários tipos de mensagens podem ser programados, para informar ao assinante que o número discado está ocupado ou não existe ou está bloqueado para receber chamada.

Na central telefônica todos os códigos são abertos obedecendo a regras como, por exemplo, quantidade de dígitos que será discada e enviada. Em uma ligação local a quantidade de dígitos discados é de oito porque os números telefônicos têm oito dígitos. Já em uma ligação interurbana a quantidade de dígitos chega a treze porque o formato a ser discado pelo assinante é 0 XX CN PREFMCDU, onde XX representa a operadora utilizada, CN representa o código de área nacional e PREFMCDU são os oito dígitos do telefone chamado.

Segundo o manual do fabricante de centrais telefônicas Siemens (2000), a finalidade do encaminhamento é estabelecer uma conexão entre um assinante chamador e um assinante chamado ou um serviço com base no número de chamada selecionado. A central telefônica deve fazer no encaminhamento as funções de conversão de dígitos, conversão de destinos, seleção de rotas e mensagens e avaliação do fim de seleção da chamada, por exemplo: chamada completada, interceptada ou barrada no destino, sendo capazes de processar grandes volumes de tráfego com facilidade.

2.1.8 Estatísticas

Segundo a experiência do autor, que trabalha na área há 13 anos, as estatísticas mais freqüentes em uma central telefônica são aquelas que determinam o volume de chamadas, o tráfego de chamadas entre duas centrais e o de chamadas de assinantes. Essas

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estatísticas têm a finalidade de poder identificar se a central que atende a uma localidade deve ou não ter o seu hardware expandido para que não haja perdas de ligações e de novos usuários. Isto é feito medindo-se o volume do processamento de chamadas.

É possível fazer o registro detalhado de chamadas, ou seja, todas as ligações de entrada e saída para uma linha de assinante especificada são registradas. No momento da ativação são registrados data, horários e números originados e recebidos.

Também pode ser ativada uma estatística em um determinado tipo de hardware para identificar se há falha no mesmo ou se a falha está em algum equipamento conectado a ele.

As estatísticas em uma central telefônica desempenham um papel importante junto à operação e manutenção.

2.1.9 Base de dados de uma central telefônica

Segundo o manual do fabricante de centrais telefônicas Siemens (2000), a base de dados é uma das partes importantes de uma central telefônica e requer uma extensa quantidade de dados. Ela se caracteriza pelas seguintes características:

• acesso rápido aos dados – para estabelecer e liberar um grande número de conexões em um curto espaço de tempo;

• integridade e consistência de dados – erros de dados são evitados tanto quanto possível;

• estrutura de dados expansíveis – a base de dados pode ser adaptada para expansões da central telefônica, com baixo nível de esforços técnicos.

Medidas de segurança são implementadas para proteger os dados contra violações e inconsistência. Isto é feito para evitar resultados incorretos durante o processo de estabelecimento de chamadas.

A base de dados pode ser atualizada durante a operação normal da central através de comandos em sua interface ou através da regeneração em arquivos no formato texto. Estes arquivos contêm todas as informações do que está criado na central telefônica.

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Como exemplo, podemos citar arquivos onde são criados os códigos de encaminhamentos, de tarifação, destinos, rotas, grupos de troncos e assinantes, necessários para que as ligações telefônicas sejam realizadas e também registradas.

Nos arquivos que tratam de encaminhamento há uma cópia de todos os códigos criados na central telefônica. Estes códigos representam as possibilidades que cada assinante pode discar em uma ligação. E, neles também são identificados para onde cada código deve ser enviado.

Nos arquivos que tratam de tarifação, estão os códigos que indicam como é feita a cobrança de uma chamada originada por um assinante. A cobrança varia conforme o código discado e o tempo de duração da chamada.

Os arquivos de destinos e rotas contêm informações sobre os caminhos possíveis para se alcançar um destino em uma chamada, parâmetros de sinalização, tipo de tráfego que a rota irá tratar e comprimento de dígitos.

Os arquivos de grupo de troncos contêm todas as informações comuns relacionadas aos troncos de um grupo de troncos. O seu conteúdo é composto de número de troncos criados e bloqueados, método de busca, sinalização e modo de operação (saída, entrada, bidirecional).

O arquivo de assinantes é composto por todos os números de assinantes criados na central telefônica. Para cada assinante é armazenada a posição de hardware que ele ocupa suas características e facilidades. Elas são personalizadas e variam de assinante para assinante. São exemplos de facilidades: chamada em espera, identificador de chamada e caixa postal.

Além destes citados, também há arquivos que armazenam as estatísticas, as informações da criação do hardware, dados de processamentos de chamadas e das últimas informações inseridas na base de dados da central telefônica. A base de dados é executada em um processador central que detém o controle de todas as funcionalidades e uma cópia de segurança é armazenada em disco magnético garantindo assim uma maior segurança ao sistema.

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2.1.10 Ferramentas para base de dados

Ferramentas que criam ou alteram a base de dados das centrais telefônicas são utilizadas apenas pelos fabricantes quando estão desenvolvendo um projeto para implantação de uma nova central telefônica.

Atualmente no mercado não há ferramentas comerciais desenvolvidas por empresas para a confecção de base de dados de centrais telefônicas. Isto se deve ao seu alto grau de dificuldade e de especialização necessária.

A maioria das atividades é feita de forma manual com a ajuda de software editores de texto, ou seja, não é um processo automatizado e está sujeito a erros de programação. E, se um grande projeto de implantação deve ser feito em uma rede telefônica, envolvendo muitas centrais telefônicas, um fabricante ou uma empresa especializada pode ser contratada para a execução do projeto.

2.1.11 Descrição da central telefônica EWSD - Siemens

Segundo o manual do fabricante de centrais telefônicas Siemens (2000), a central EWSD possui uma plataforma básica que permite uma adaptação flexível a todas as aplicações da rede telefônica. Por ser digital, possui um amplo pacote de facilidades para clientes comerciais, privados e sua confiabilidade mundialmente comprovada, oferece competitividade e benefícios atraentes para as operadoras de telecomunicações.

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Figura 4 – Bastidor da central telefônica EWSD Fonte: Siemens, 2000.

A estrutura do sistema EWSD caracteriza-se pelas unidades modulares combináveis e suas interfaces bem definidas. Os subsistemas que compõem o hardware são:

• unidade de linha digital (DLU) e os estágio de linha tronco (LTG), estes dois são responsáveis por executarem as funções ditadas pela rede externa (assinantes e troncos);

• controle da rede de sinalização por canal comum (CCNC), que desempenha a função de sinalização número 7, ou seja, é a sinalização trocada entre as centrais telefônicas durante as chamadas;

• a matriz de comutação (SN) encarrega-se de conectar as linhas de assinantes e troncos conforme as necessidades de comutação dos assinantes;

• o buffer de mensagens (MB) é usado para troca de mensagens entre os subsistemas CP, LTG, SN e CCNC;

• um gerador de clock central (CCG) utilizado para a sincronização da central telefônica;

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• o processador de coordenação (CP) desenvolve funções de controle, tais como a condução de tráfego, identificação dos degraus tarifários e controle de todos os outros subsistemas. O MB e o CCG fazem parte do processador de coordenação.

A figura 5 mostra os subsistemas que compõem a central EWSD

Figura 5 – Subsistemas da central telefônica EWSD

Fonte: Siemens, 2000.

Cada subsistema possui controles de microprocessador próprios que funcionam de forma independente com todas as funções de seu campo de ação. Isto proporciona uma capacidade dinâmica e torna-o flexível com relação a modificações ou introdução de novos componentes do sistema. As unidades de controles comunicam-se entre si através de enlaces de 64 kbits/s.

Os bastidores da central EWSD são divididos em sub-bastidores, cada um com placas que compõem o hardware de acordo com a funcionalidade. As figuras 6 e 7 mostram um sub-bastidor e uma placa de assinante respectivamente.

Figura 6 – Sub-bastidor da central telefônica EWSD Fonte: Siemens, 2000.

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Figura 7 – Módulo de assinante da central telefônica EWSD Fonte: Siemens, 2000.

Os subsistemas citados acima seriam inúteis se não fosse pelo software nos processadores. O software da EWSD é construído de forma modular e dividido em camadas que variam desde software de usuário, de sistema e de núcleo. Nestes softwares são feitos os processamentos de chamadas, reinicialização do sistema, programa de detecção de falhas, controle de entrada e saída e de sobrecarga.

Os códigos fonte do software estão registrados na linguagem de programação CHILL, padronizada pela União Internacional de Telecomunicações (ITU-T). Ela garante tanto uma programação estruturada como modular sendo auto-explicativa e de fácil leitura. Isto é útil para um projeto em que é necessário incorporar mais de mil módulos de software em um sistema de programa de aplicação (APS).

O APS da EWSD não é aberto e as modificações são feitas apenas pelo fabricante.

2.2 METODOLOGIA ICONIX

Nesta seção será feita uma explanação do que é a tecnologia ICONIX, de como é o seu modelo de desenvolvimento.

Para Rosenberg (2005), o processo ICONIX é uma metodologia de desenvolvimento de software que trabalha através de vários passos distinguindo os comportamentos dos requisitos de uma forma mais completa, mais precisa e menos ambígua.

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São divididos em dois grupos e podem ser desenvolvidos em paralelo e de modo recursivo: modelo estático e modelo dinâmico.

O modelo estático é formado pelos Diagramas de Domínio e o Diagrama de Classe que modelam o funcionamento do sistema sem interação do usuário.

O modelo dinâmico é o oposto do Estático, pois mostra o usuário interagindo com o sistema através de ações na qual o sistema apresenta alguma resposta ao usuário em tempo de execução. Fazem parte deste modelo os Casos de Uso, a Análise de Robustez e Diagrama de Seqüência.

Segundo Rosenberg (2005), se seguirmos este processo para as atividades de análise e modelagem, o projeto terá grandes chances de ir ao encontro dos requisitos solicitados pelo cliente.

A figura 8 ilustra o processo ICONIX.

Figura 8 – Processo ICONIX Fonte: Rosenberg, 2005.

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De acordo com Blaha (2006), o modelo de domínio visa identificar os objetos do mundo real e seus relacionamentos. Nele estamos criando uma representação dos objetos e ações. Uma forma de identificar os objetos de um modelo de domínio é encontrar substantivos e frases com substantivos que se tornam classes e atributos. Os verbos e frases com verbos se tornam operações e associações. E, frases possessivas indicam que substantivos devem ser atributos em vez de classes.

O modelo de casos de uso define o comportamento dos requisitos. São desenvolvidos em cooperação com o modelo de domínio e pode ser dividido em: identificar seus casos de uso usando diagramas de caso; organizar os casos de usos em grupos, formando um diagrama de pacote; alocar os requisitos funcionais para os casos de uso; e, escrever descrições dos casos de uso.

A figura 9 ilustra um exemplo de caso de uso.

Figura 9 – Exemplo de caso de uso

Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

Segundo Blaha (2006), a análise de robustez envolve analisar o texto narrativo de cada caso de uso e identificar um primeiro conjunto de possíveis objetos que participarão do caso de uso. Estes objetos são classificados em três tipos (figura 10): limite, controle e entidade. Os objetos de limite permitem aos atores se comunicarem com o sistema. Os objetos

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de controle servem como integradores entre os objetos limite e objetos entidades. Os objetos entidade são usualmente objetos do modelo de domínio.

Figura 10 – Símbolos usados no diagrama de robustez Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

O diagrama de seqüência representa a fase onde o desenvolvimento do projeto tem início. Nesta fase identificamos as mensagens que precisam ser passadas entre objetos e associadas aos métodos. É preciso adicionar os objetos entidade do diagrama de robustez, adicionar os objetos interface do diagrama de análise de robustez e alocar os métodos em suas respectivas classes adequadamente.

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Figura 11 – Modelo de diagrama de seqüência Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

O diagrama de classes é o resultado final do modelo de domínio, contendo mais detalhes de implementação. São adicionadas informações com base nos diagramas de seqüência. Também são identificados os atributos e os métodos, juntamente com os relacionamentos entre eles.

Segundo Rosenberg (2005), se seguirmos estes passos para as atividades de análise e modelagem, o projeto terá uma grande chance de ir ao encontro dos requisitos solicitados inicialmente pelo cliente.

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2.3 UNIFIED MODELING LANGUAGE – UML

A linguagem unificada de modelagem, conhecida como UML, é uma notação gráfica, para visualização, especificação, construção e documentação de um sistema.

A UML proporciona uma forma padrão para a preparação de planos de arquitetura de projetos de sistemas, alem de itens concretos como classes escritas em determinada linguagem de programação, esquemas de banco de dados e componentes de softwares reutilizáveis. (BOOCH, 2005)

2.3.1 Visões da UML

De acordo com Cesar (2007 apud Santi, 2007), as visões mostram diferentes aspectos do sistema que esta sendo modelado. As visões também podem servir de ligação entre a linguagem de modelagem e o método/processo de desenvolvimento escolhido.

As visões que compõem um sistema são: • visões de caso de uso;

• visão de projeto;

• visão de implementação; • visão de implantação; • visão de processos.

2.3.2 Diagramas da UML

Segundo Martins (2002), um diagrama provê uma representação parcial do sistema. Ele ajuda a compreender a arquitetura do sistema em desenvolvimento.

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Os diagramas UML podem ser categorizados da seguinte maneira: • diagramas de caso de uso;

• diagramas de classe; • diagramas de pacote; • diagramas de seqüência; • diagramas de comunicação; • diagramas de estado; • diagramas de atividades; • diagramas de objetos.

2.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS DA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo apresentou a teoria relacionada com os assuntos de telecomunicações e os elementos de uma rede telefônica. Foi apresentada também a metodologia ICONIX e a linguagem de notação UML, utilizadas para modelar o sistema em questão.

Assim, o objetivo deste capítulo foi fundamentar as ações realizadas para o desenvolvimento do sistema proposto.

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3 MÉTODO

Neste capítulo será apresentada a metodologia de pesquisa utilizada para desenvolver este projeto. Será ilustrada a caracterização do tipo de pesquisa, as etapas que compõem o projeto, a proposta de solução, as delimitações e o cronograma do projeto.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE PESQUISA

Para Silva e Menezes (2005), a pesquisa é um conjunto de ações, propostas para encontrar a solução para um problema, que tem por base procedimentos racionais e sistemáticos. Ela é realizada quando se tem um problema e não se tem informações para solucioná-lo.

Os mesmos autores definem que as pesquisas podem ser classificadas quanto a sua natureza, quanto a sua abordagem, quanto aos seus objetivos e procedimentos técnicos.

Quanto à natureza, o presente trabalho utilizou-se de uma pesquisa aplicada, que objetiva gerar conhecimento para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.

Quanto ao ponto de vista da forma de abordagem, este trabalho utilizou-se de uma pesquisa qualitativa. Onde há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito e não requer o uso de métodos e técnicas de estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave.

Quanto ao objetivo e procedimentos técnicos, realizou-se uma pesquisa exploratória visando proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito. Envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências praticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão. (GIL, 1991 apud SILVA e MENEZES, 2005)

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3.2 ETAPAS

As etapas que compõem o projeto são:

• definição do problema – Nesta etapa, foi definido o problema que consiste em agilizar e/ou automatizar a consulta e programação de centrais telefônicas;

• proposta de solução – Nesta etapa, foi definida a solução para o tema proposto; • revisão bibliográfica – Nesta etapa, foi pesquisada a teoria relacionada com o tema proposto;

• modelagem do sistema – Nesta etapa, foram levantados todos os requisitos necessários para o desenvolvimento do sistema e descrito o seu funcionamento através de diagramas;

• programação – Baseada na modelagem do sistema, foi feita a programação do sistema usando a linguagem JAVA;

• validação – Após a programação do sistema, o software foi colocado em teste na empresa onde trabalha o autor do projeto;

• conclusão – Finalizado o processo, foi feita a análise se o sistema correspondeu às necessidades propostas inicialmente, as sugestões futuras e foi demonstrado para a banca avaliadora o funcionamento do software.

3.3 PROPOSTA DA SOLUÇÃO

A proposta deste trabalho é desenvolver um sistema para automatizar o processo de consulta e gerenciamento dos dados das centrais telefônicas. Ele auxiliará nas atividades de alteração da base de dados, gerando os arquivos necessários para a execução das mesmas.

Neste projeto foi escolhida a central telefônica EWSD do fabricante Siemens (SIEMENS, 2000) e o sistema poderá ser implementado em empresas terceirizadas que fazem a manutenção da rede telefônica das operadoras de telefonia no Brasil.

O sistema será desenvolvido para a web. A metodologia que será utilizada para o desenvolvimento do sistema é a ICONIX.

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Esta metodologia foi adotada porque apresenta de forma clara os modelos de domínio, requisitos do sistema, modelos de casos de uso, diagramas de robustez, diagramas de classe e diagramas de seqüência. Esta parte de modelagem será feita com a ajuda do software

Enterprise Architect.

Para desenvolvimento serão utilizadas ferramentas de banco de dados MySQL, o servidor Apache Tomcat que permite a comunicação Web e a linguagem Java.

A ferramenta DB Designer é a escolhida para modelagem do banco de dados, especificamente, diagramas ER (Entidade - Relacionamento). Ela gera códigos SQL e é compatível com o banco de dados escolhido.

3.4 DELIMITAÇÕES

O software resultante do projeto tem as seguintes delimitações:

• o software a ser desenvolvido será utilizado para centrais telefônicas do fabricante Siemens, modelo EWSD (SIEMENS, 2000);

• os filtros implementados no sistema são os utilizados no dia a dia de trabalho, sendo condizentes com as atividades a serem realizadas;

• os arquivos gerados pelo software serão salvos no modo texto;

• o software não alterará as informações diretamente nas centrais telefônicas; • o software não criará base de dados de forma automática;

• o software não alterará os valores das bases de dado das centrais telefônicas.

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4 MODELAGEM DO SISTEMA

Neste capítulo será apresentada a modelagem do sistema seguindo a metodologia de desenvolvimento ICONIX. Para melhor entendimento dos requisitos será mostrado um exemplo de uma atividade muito utilizada no dia a dia dos técnicos de telefonia que trabalham com programação de centrais telefônicas e que será automatizada com o uso do sistema a ser desenvolvido.

4.1 CONSULTA MANUAL À BASE DE DADOS EM UMA CENTRAL TELEFÔNICA

Atualmente a consulta da base de dados é manual e pode ser feita diretamente na central telefônica ou através dos arquivos regenerados com a base de dados da central telefônica. A consulta aos arquivos é realizada com o auxílio de um software editor de texto chamado Kedit. Ele pode ser encontrado gratuitamente para download no site do fabricante de mesmo nome.

A figura 12 mostra uma situação onde será exigida a consulta da base de dados. Trata-se de uma reclamação recebida da operadora Embratel na qual ela acusa falha no completamento de chamadas de longa distância utilizando as operadoras de código 14, 21 e 31.

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Figura 12 – Exemplo de reclamação recebida da operadora Embratel Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

A primeira forma de consulta à base de dados será através dos arquivos da central. Neste exemplo é necessário fazer a consulta no arquivo de encaminhamento da central correspondente (figura 13). Após este arquivo estar aberto no editor de texto, um filtro para o prefixo da localidade de origem deve ser feito (figura 14). Isto servirá para descobrir o destino para onde o prefixo é enviado. De posse do nome do destino deve-se abrir o arquivo de destinos e realizar um filtro para o nome do destino (figura 15), descobrindo-se assim o nome da rota. Agora é necessário verificar o nome da rota para onde o prefixo é enviado e suas características, isto é feito realizando-se um filtro no arquivo de rotas (figura 16) com o nome filtrado no arquivo de destinos.

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Figura 13 – Seleção do arquivo de base de dados Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

Figura 14 – Filtro do prefixo usando o editor de texto Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

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Figura 15 – Filtro do nome do destino usando o editor de texto Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

Figura 16 – Filtro do nome da rota usando o editor de texto Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

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A segunda forma de consulta à base de dados é diretamente na central telefônica. Neste exemplo, utilizando comandos específicos da central é pesquisado o prefixo da localidade de origem (figura 17). Depois de listado o prefixo, o nome do destino deve ser interrogado na central (figura 18). E por fim, deve ser interrogado o nome da rota listada anteriormente pelo nome do destino (figura 19). A figura 20 mostra que a rota interrogada é pertencente à localidade de origem.

Como cada fabricante de central telefônica desenvolve o seu próprio software, este tem comandos e parâmetros diferentes para cada um e a consulta aos dados programados na central é feita de formas diferentes. Desta forma a atividade torna-se complexa quando uma atividade exige a consulta em centrais telefônicas de fabricantes diferentes.

Figura 17 – Consulta do prefixo na central telefônica Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

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Figura 18 – Consulta do destino na central telefônica Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

Figura 19 – Consulta da rota na central telefônica Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

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Figura 20 – Resultado da consulta de rota na central telefônica Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

A consulta na central para saber se o encaminhamento para esta chamada reclamada pela operadora Embratel está errado é feita utilizando comandos específicos da central telefônica e um dos parâmetros exigidos para a consulta é o nome da rota, filtrado nos arquivos de base de dados da central telefônica ou na consulta direta na central telefônica. A sequência de figuras 21, 22 e 23 ilustra esta consulta para as chamadas de longa distância utilizando as operadoras de código 14, 21 e 31 respectivamente.

Para este problema apontado inicialmente, a chamada de longa distância nacional é enviada para uma central telefônica pertencente à outra área geográfica. Sendo assim, a consulta para esta reclamação está terminada e a chamada quando originada é enviada à frente para ser completada. Se a chamada fosse enviada para uma localidade dentro da mesma área, a consulta prosseguiria em outras centrais e o processo de consulta seria repetido novamente.

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Figura 21 – Consulta na central telefônica com o nome da rota filtrado operadora 14 Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

Figura 22 – Consulta na central telefônica com o nome da rota filtrado operadora 21 Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

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Figura 23 – Consulta na central telefônica com o nome da rota filtrado operadora 31 Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2009.

Dessa forma, esta seção, mostrou um exemplo de uma atividade realizada por um técnico para consultar a base de dados da central telefônica. Atualmente todas as consultas são feitas das formas apresentadas e com o desenvolvimento do sistema proposto, elas serão automatizados.

4.2 MODELAGEM DO SISTEMA

A partir desta seção será descrito a aplicação do processo de modelagem segundo a metodologia ICONIX para o sistema proposto. Primeiramente será apresentada a etapa de levantamento de requisitos. Nesta fase serão mostrados os atores do sistema, os requisitos funcionais e não funcionais e as regras de negócios do sistema.

A segunda etapa compreende a análise e projeto preliminar, onde serão mostrados os protótipos de interfaces, diagramas e documentação de caso de uso, diagramas de

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atividades, de robustez e de classes. Por fim, será apresentada a etapa de projeto final que tem por objetivo mostrar os diagramas de seqüência que irão ajudar o desenvolvedor na fase de implementação, quanto à seqüência de processos envolvidos.

4.2.1 Identificação dos atores do sistema

Segundo Blaha (2006), um ator representa um conjunto coerente de papéis que os usuários de casos de uso desempenham quando interagem com esses casos de uso. Tipicamente, um ator representa o papel que um ser humano ou um dispositivo de hardware desempenham no sistema.

Para o sistema proposto, os seguintes atores foram definidos (figura 24).

Figura 24 – Atores do sistema

Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2010.

Os atores e suas definições são mostrados a seguir (quadro 1 e quadro 2).

Ator Administrador do Sistema

Definição

O administrador será o responsável por criar novos usuários no sistema, importar uma nova base de dados das centrais telefônicas. Também terá acesso a todas as funcionalidades de realizar e exportar consultas e verificar base de dados existentes.

Freqüência de uso Diário

Conhecimento em informática Sim, possui conhecimento avançado de informática.

Conhecimento em processo de negócio Sim, domina todo o processo de funcionamento do sistema.

Grau de escolaridade Terceiro grau completo.

Permissões de acesso Terá acesso a todas as funcionalidades do sistema. Quadro 1 – Ator administrador.

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Ator Técnico

Definição O técnico é quem faz a análise do conteúdo de base de dados das centrais telefônicas através das consultas realizadas.

Freqüência de uso Diário

Conhecimento em informática Sim, possui conhecimento de editor de texto e planilhas de calculo. Conhecimento em processo de negócio Sim, domina todo o processo de funcionamento do sistema.

Grau de escolaridade Curso técnico a nível de segundo grau completo.

Permissões de acesso Terá acesso às funcionalidades de realizar e exportar as consultas realizadas.

Quadro 2 – Ator técnico.

Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2010.

4.2.2 Identificação dos requisitos funcionais

Definem a funcionalidade que o software deve prover a fim de capacitar os usuários a realizar suas tarefas, satisfazendo os requisitos de negócios. São em geral processos que utilizam entradas para produzirem saídas. (CYSNEIROS, 2001)

Para Pressman (1995), os requisitos funcionais proporcionam uma representação da informação e da função que pode ser traduzida em projeto procedimental e ao desenvolvedor e ao cliente os critérios para avaliar a qualidade logo que o software for construído.

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Figura 25 – Requisitos funcionais

Fonte: Criação própria. Elaborada pelo autor, 2010.

O quadro 3 representa a descrição dos requisitos funcionais do sistema.

Nome Descrição

RF01 - Sistema importa arquivos de base de dados da central telefônica

O sistema deverá prover a funcionalidade de importar novos arquivos de base de dados das centrais telefônicas. Identificar o tipo de arquivo e de qual central ele pertence e salvá-los corretamente no banco de dados.

RF02 - Sistema exclui base de dados da central telefônica

O sistema deverá excluir do banco de dados as informações referentes a uma base de dados quando for feita a inclusão de novos arquivos.

Referências

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