• Nenhum resultado encontrado

Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais da Igreja. Diocese de Bragança-Miranda REGULAMENTO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais da Igreja. Diocese de Bragança-Miranda REGULAMENTO"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais da Igreja

Diocese de Bragança-Miranda

REGULAMENTO

Das Intervenções no Património Cultural da Diocese de

Bragança-Miranda

(2)

REGULAMENTO

DAS INTERVENÇÕES NO PATRIMÓNIO CULTURAL DA

DIOCESE DE BRAGANÇA-MIRANDA

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artº 1º. – Consideram-se parte do Património Cultural da Diocese de Bragança-Miranda os lugares de culto e outros edifícios ou monumentos, bem como os móveis, relíquias, livros, documentos e outros objectos com valor histórico, artístico, litúrgico ou devocional, pertencentes à Diocese ou às Paróquias, Santuários, Casas ou instituições tuteladas pela Autoridade Diocesana.

Na dúvida se determinado móvel ou imóvel se inclui ou não neste património, deverá o responsável consultar por escrito o Ordinário diocesano.

Artº 2º. – Todos os bens que fizeram parte do Património Cultural definido no artigo anterior devem constar do respectivo Inventário (Cadastro), elaborado pelas entidades proprietárias ou detentoras desses bens, segundo os moldes propostos pela Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais da Igreja de Bragança-Miranda e com intervenção desta.

Artº 3º. – Os bens constantes do Inventário referido no número anterior devem figurar, devidamente assinalados, nos inventários gerais de bens móveis e imóveis que as entidades eclesiásticas devem possuir, devidamente actualizados, conforme dispostos no cânone 1283 §§ 2 e 3 do Código de Direito canónico (CDC).

Artº. 4º. – As obras de construção, adaptação, restauro ou beneficiação dos bens do Património Cultural da Diocese, bem como a sua alienação,

(3)

oneração, cedência e empréstimo só se deverão efectuar depois da autorização pedida por escrito ao Ordinário Diocesano e concedida pelo mesmo, ouvida a Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais.

OBRAS EM IMÓVEIS

Artº.5º. – Nas obras de construção de raiz e nas que impliquem alterações em edifícios ou monumentos já existentes, devem prever-se as seguintes fases:

a) Definição do programa-base, incluindo memória descritiva e justificativa e bases de financiamento;

b) Estudo prévio;

c) Projecto de execução com as peças desenhadas e escritas necessárias e legalmente exigidas.

Para elaborar o Programa-base, se necessário, pedir o modelo à Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais da Igreja.

Artº. 6º. – Para passar de uma fase à seguinte é necessário o despacho favorável, dado por escrito, do Ordinário diocesano, devendo ser tidas em conta as observações ou imposições que dele constarem.

Artº. 7º. – Nos casos muito simples, a avaliar pela Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais, as fases referidas do artigo 5º podem reduzir-se a duas ou mesmo uma.

Artº. 8º - Dos pedidos deverão constar:

a) a entidade responsável e, se necessário, o seu título de competência; b) a forma de financiamento;

(4)

d) no caso de construção de raiz, o título de posse do terreno em que se virá a implantar, bem como a justificação do empreendimento, tendo em conta a realidade pastoral, social e demográfica.

Artº. 9º. – Para a formalização dos processos, deverão ser entregues dois exemplares dos documentos referidos no artigo 5º.

PATRIMÓNIO MÓVEL

Artº. 10º. – No respeitante a intervenções em bens móveis, designadamente em imagens referidas no cânone 1189, os pedidos deverão incluir os seguintes elementos:

a) entidade responsável:

b) memória descritiva e justificativa da intervenção; c) levantamento gráfico, se for o cao;

d) técnicos responsáveis pela execução; e) estimativa e custo financeiro;

f) no caso de imagens ainda: uma fotografia (o mesmo, caso se trate de um quadro), peso e altura.

Artº. 11º. – Nos casos de maior responsabilidade (restauro de altares, retábulos, etc.), o técnico ou empresa que executar os trabalhos deverá apresentar um relatório devidamente ilustrado, com indicação das técnicas e materiais empregues.

Artº. 12º. – Todos os bens móveis sujeitos à tutela diocesana, que não estejam ao serviço do culto divino, e para os quais não haja garantia de segurança e conservação, deverão ser confiados, a título de depósito, pela Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais da Igreja, que por sua

(5)

vez os deverá remeter para equipamentos diocesanos (se existirem ou venham a existir), a fim dos mesmos poderem ser apreciados e valorizados por todos os fiéis.

ACOMPANHAMENTO DOS TRABALHOS

Artº. 13º. – Os trabalhos previstos nos artigos anteriores poderão ser acompanhados pela Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais da Igreja, em qualquer das suas fases, e eventualmente suspendidos caso ocorram alterações relativamente ao que tiver sido autorizado.

Artº. 14º. – Na eventualidade de se descobrirem achados de carácter arqueológico ou devocional, as obras deverão ser imediatamente suspensas nesse sector e o facto comunicado com toda a diligência à Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais da Igreja, de forma a poderem ser devidamente estudados e, se for o caso, protegidos.

DOCUMENTAÇÃO ARQUIVISTICA

Artº. 15º. – Toda a documentação respeitante à Diocese e às paróquias deve ser guardada com o maior cuidado (cf. Cân. 486 §§1 e ss.). Em todas as paróquias, e, por extensão, nas outras instituições da Igreja, deverá haver um cartório ou arquivo de livros e documentos, a tratar conforme o disposto no Cân. 535, §§4 e 5.

Artº. 16º. – Todos os objectos arquivísticos existentes nas paróquias, irmandades e outras instituições sujeitas à tutela diocesana que não estiverem em condições mínimas de segurança, conservação, inventariação e consulta, devem ser confiados, a título de depósito, ao Arquivo Diocesano ou ao Arquivo Histórico Diocesano.

(6)

EMPRÉSTIMOS

Artº. 17º. – A autorização de empréstimo de espécimes de valor que fizeram parte do Património Cultural da Diocese deve ser pedida por escrito à Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais da Igreja com, pelo menos, trinta dias de antecedência.

Artº. 18º. – Dos pedidos de empréstimo devem constar: a) a entidade proprietária e/ou depositária dos bens; b) a entidade que solicita o empréstimo;

c) a ficha de identificação e levantamento fotográfico dos bens pretendidos;

d) fim, data e lugar; e) garantias e seguro.

Artº. 19º. – Caso se preveja o restauro ou beneficiação da peça a emprestar, deverão cumprir-se os trâmites estipulados nos artigos 10º, 11º, 13º e 14º.

Artº. 20º. – As peças cuja cedência tenha sido autorizada só poderão sair após a entrega de um termo de responsabilidade, por parte da entidade que solicitar tal cedência, e a apresentação da respectiva apólice se seguro contra todos os riscos.

Artº. 21º. – O montante do seguro será fixado, caso a caso, pela Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais da Igreja, ouvidos, se necessário, peritos.

(7)

Artº. 22º. – O acondicionamento e o transporte das obras deverão ser executados por pessoal especializado e credenciado, de acordo com as normas internacionais e sob a supervisão do Departamento.

Artº. 23º. – Mesmo no caso de peças de menor valor, os empréstimos carecem de autorização prévia e de adequadas medidas de segurança.

ALIENAÇÕES

Artº. 24º. – O Direito da Igreja é particularmente rigoroso em matéria de alienação e oneração de bens eclesiásticos, pelo que tais intervenções deverão respeitar escrupulosamente as normas canónicas (cf. Em especial Cân. 1291 q 1298; e, para relíquias e imagens de grande veneração do povo, Cân. 1190), conforme o decreto ‘licença para alienação de bens eclesiásticos’ da Conferência Episcopal Portuguesa de 7 de Maio de 2002.

FURTOS

Artº. 25º. – A ocorrência de furtos de bens culturais desse ser imediatamente participada, de forma oficial, à Autoridade policial, à Autoridade diocesana e à Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais da Igreja, juntando todos os elementos informativos, designadamente fotografias e notícias descritivas, que possam ser úteis para a identificação das peças subtraídas. Tenha-se em consideração que uma intervenção célere e eficiente é de extrema importância para a recuperação dos objectos roubados.

(8)

Promulgação

Promulgo, ad experimentum, por três anos, o presente Regulamento, da Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais acerca das intervenções no património cultural da Diocese de Bragança-Miranda.

Bragança, 18 de Julho de 2013. Memória do Beato Bartolomeu dos Mártires, Bispo.

+ José Manuel Garcia Cordeiro

Bispo de Bragança-Miranda

L+S

Cónego Abílio Augusto Miguel

Referências

Documentos relacionados

• Não utilize baterias alcalinas recarregáveis em um carregador de pilhas Ni-Cad ou Ni- MH.. • Favor usar o método de eliminação de

Todos os títulos e valores mobiliários integrantes das carteiras de investimentos da Entidade ou fundos de investimentos, inclusive exclusivos, nos quais são aplicados

Um dos desafios da equipe é conseguir captar a essência da ideia para o carro sem deixar de lado a identidade da marca, como explica Veiga.. "Um VW precisa  parecer simples

Cónego Adriano Manuel Torres Borges – Nomeado Assistente da Comissão Diocesana dos Bens Culturais da Igreja e, por inerência do cargo, presidente do Conselho dos

UHE Santo Antônio C2 C1 Margem Esquerda Margem Direita Leito do Rio C4 C3 polo 1 polo 2 UHE Jirau C3 C2 Margem Esquerda Margem Direita C1 Araraquara CTEEP Porto Velho.. Rio

Avise seu médico se você estiver usando anticolinérgicos (medicamentos para tratar alergia, asma, incontinência, cólicas gastrintestinais, espasmos musculares, depressão ou

f) A organização, pelas entidades gestoras dos mercados, de sistemas de informação, acessíveis ao público, contendo dados actualizados relativos a cada um dos

Para fins de esclarecimento, são funções da Comissão ou Coordenador de Inventário: atuar como representante da unidade junto à Coordenação de Bens Móveis, para