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PROPOSTA DE POLÍTICA DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA O ESTADO DE ALAGOAS METODOLOGIA DE ATUAÇÃO

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PROPOSTA DE POLÍTICA DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA O ESTADO DE

ALAGOAS – METODOLOGIA DE ATUAÇÃO

José Fernando Thomé Jucá(1)

Professor do Departamento de Engenharia Civil da UFPE. Doutor pela Universidad Politécnica de Madrid. Coordenador do Grupo de Resíduos Sólidos – GRS/UFPE. Coordenador do Programa de Monitoramento dos Aterros da Muribeca-PE. Coordenador dos Estudos para Gestão de Resíduos Sólidos no Estado de Pernambuco. Coordenador dos Estudos para a Elaboração da Política de Resíduos Sólidos do Estado de Alagoas.

Maria Odete Holanda Mariano

Engenheira Civil do Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco (ITEP). Coordenadora do Laboratório de Geotecnia Ambiental do ITEP. Mestre em Engenharia Civil pela UFPE. Especialista em Geotecnia pelo Centro de Estudos e Experimentações de Obras Públicas (Madrid). Consultora do Grupo de Resíduos Sólidos GRS/UFPE. Membro da Equipe Executora dos Estudos para a Elaboração da Política de Resíduos Sólidos do Estado de Alagoas.

Luciana Roberta Sarmento Silva

Engenheira Civil. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Consultora da Fundação Nacional de Saúde. Professora do Centro de Estudos Superiores de Maceió (CESMAC). Consultora do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas. Membro da Equipe Executora dos Estudos para a Elaboração da Política de Resíduos Sólidos do Estado de Alagoas.

Endereço(1): Rua José Nunes da Cunha, 678/1101 – Piedade – Jaboatão - PE . CEP: 54.410-280 Brasil –

Tel: (81-271.8222), Fax: (81-271.8205), Email: jucah@npd.ufpe.br

RESUMO

A inexistência de políticas públicas estratégicas capazes de contornar os problemas de gestão ambiental urbana e viabilizar medidas para a gestão adequada de resíduos sólidos considerando as características locais das diversas regiões do estado contribui para o agravamento da situação nos municípios e para uma atuação mais efetiva dos órgãos ambientais que atuam no estado.

Os procedimentos para a coleta e destinação final de resíduos sólidos praticados na grande maioria das cidades são feitos inadequadamente sem considerar as recomendações para a proteção do meio ambiente. Sem alternativas, as prefeituras se vêem impossibilitadas de implantar um modelo adequado de gestão de resíduos sólidos, devido principalmente aos limites orçamentários que possuem. Desta forma, de nada adianta a punição do órgão ambiental com multas altíssimas sem oferecer alternativas viáveis aos municípios.

A necessidade de se propor um Sistema de Gestão dos Resíduos Sólidos visa minimizar os problemas relativos aos resíduos domésticos, comerciais, industriais, agrícola e os de serviços de saúde, de forma a induzir uma melhoria na qualidade de vida da população, através do controle da poluição/contaminação do ar, da água e do solo, provocadas pela inadequada remoção, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos. Neste sentido, o sistema de gestão proposto se pauta nos seguintes princípios, hierarquizados pela seguinte ordem: não geração de resíduos, minimização da geração, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final.

O objetivo deste trabalho é apresentar a metodologia utilizada para a elaboração da política para a gestão integrada dos resíduos sólidos do Estado de Alagoas, a partir de estudos técnicos específicos e uma grande articulação com a sociedade civil organizada.

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1. INTRODUÇÃO

A geração e a destinação do lixo é um dos maiores desafios a ser enfrentado pela sociedade moderna. Também conhecido como resíduos sólidos, ele é resultante de atividades de origem doméstica, comercial, industrial, agrícola, de transportes , e de serviços de saúde. De uma forma geral, o lixo tem sido disposto em áreas não licenciadas e em condições inadequadas.

O crescimento populacional explosivo acompanhado do desenvolvimento industrial e tecnológico acelerado, produzem um dos maiores problemas urbanos da atualidade, o LIXO. No Brasil, após a redução dos elevados índices inflacionários, o aumento do consumo da sociedade conduziu a um acréscimo na produção de lixo entre 15 e 20% acima do crescimento populacional. A conseqüência imediata, em todo o País, é a situação caótica da destinação final do lixo, feita de forma empírica e inadequada, contribuindo para uma série de problemas de ordem sanitária, ambiental, econômica e social.

O Brasil tem uma população de 157.079.573 habitantes, conforme a contagem de 1996 do IBGE,

produzindo 249.014 toneladas por dia de lixo. Com uma economia mais estável e um melhor poder de compra, o País depois de 1994 aumentou a produção do volume de lixo entre 15 e 20% nas grandes cidades. Para os 5.507 municípios brasileiros (IBGE 1997), o problema do lixo já começa antes da destinação final, onde 21% da população não tem coleta regular. O problema acentua-se no país, quando 76% do lixo gerado são dispostos em lixões, e outros 13% em aterros controlados, jogados a céu aberto, sem qualquer cuidado ambiental. Apenas 10% do total do lixo coletados são colocados em aterros sanitários. Apenas 1% é tratado, destinados a compostagem, reciclagem e incineração.

Estado de Alagoas possui uma população urbana de 1.917.388 (um milhão novecentos e dezessete mil, trezentos e oitenta e oito habitantes) habitantes, tendo como amostra representativa 42 municípios com população urbana de 1.684.234 habitantes, o que corresponde a 87,84% da população urbana e 59,76% da população total do Estado.

2. OBJETIVOS Objetivo geral:

O objetivo deste trabalho é apresentar a metodologia utilizada para a elaboração de proposta de Política

Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos para Alagoas, baseada em diagnóstico da situação dos resíduos

sólidos no Estado e discutida em fóruns apropriados.

Objetivos específicos:

Elaborar diagnóstico da situação dos resíduos no Estado de Alagoas, em municípios selecionados, considerando os impactos ambientais, sociais e econômicos potenciais relacionados com a geração de resíduos sólidos;

⇒ Apresentar proposta de Gestão dos Resíduos Sólidos no âmbito estadual baseada no diagnóstico acima referido e que contemple diretrizes gerais para orientar a atuação municipal.

2. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE DOS MUNICÍPIOS

O Estado de Alagoas é formado por 102 municípios e possui uma população urbana de 1.917.388 milhões de habitantes distribuídas em 13 micro-regiões, com características próprias, as quais foram definidas, de forma a facilitar a implementação de ações governamentais segundo as necessidades da sociedade.

Como critérios de representatividade estadual, foram escolhidos os municípios que:

- Possuam população urbana superior a 8 mil habitantes (considerando a sede do município e os distritos) (IBGE,2001);

- possuam representatividade regional, envolvendo suas atividades agrícola, industrial, turística ou características físico-ambientais que justifiquem uma prioridade;

- possuam possibilidades de consórcios intermunicipais ou ações bilaterais, que gerem uma otimização dos investimentos a serem realizados;

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- tenham uma proposta de gestão sobre resíduos; municípios que tenham apresentado à Câmara de Vereadores um Projeto de Lei Municipal em relação a resíduos;

- desenvolvam programas sociais na área de resíduos sólidos que tenham sido implementados para valorização da cidadania. Estes programas devem priorizar a retirada de crianças de lixões, além da capacitação e organização social dos catadores.

Como resultado dos critérios acima mecionados, foram escolhidos 42 municípios, sendo 7 municípios na Mesorregião do Sertão Alagoano, micro-região , 6 municípios na Mesorregião do Agreste Alagoano e 29 municípios na Mesorregião do Leste Alagoano. Este critério abrange 1.684.234 habitantes, o que corresponde a 87,8% da população urbana e 90,37% do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado.

O Mapa 1 e o Quadro 1 apresentam a localização e os dados de população e PIB dos 42 municípios, respectivamente.

Anadia Marimbondo

Ibateguara

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Quadro 1 – População urbana e PIB dos 42 municípios de Alagoas População Urbana % População Urbana PIB % do PIB ESTADO 1 917 388 5.107.324.502,00 MUNICÍPIOS ESTUDADOS 1.684.234 87,84% 4.624.173.562,00 90,54%

MESO DO SERTÃO ALAGOANO 109.420 5,71% 170.319.124,00 3,33%

MR. SERRANA DO SERT. ALAGOANO

MR. ALA. DO SER. DO S. FRANCISCO 33.571 1,75% 55.342.295,00 1,08%

Delmiro Gouveia 33.571 1,75% 55.342.295,00 1,08%

MR. DE SANTANA DO IPANEMA 44.008 2,30% 67.712.883,00 1,33%

Pão de Açúcar 10.812 0,56% 16.374.115,00 0,32%

Santana do Ipanema 23.935 1,25% 31.907.190,00 0,62%

São José da Tapera 9.261 0,48% 19.431.578,00 0,38%

MR. DE BATALHA 31.841 1,66% 47.263.946,00 0,93%

Batalha 10.322 0,54% 11.327.224,00 0,22%

Major Isidoro 8.536 0,45% 21.231.694,00 0,42%

Olho d'Água das Flores 12.983 0,68% 14.705.028,00 0,29%

MESO DO AGRESTE ALAGOANO 238.472 12,44% 331.742.433,00 6,50%

MR. DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS 59.031 3,08% 56.901.661,00 1,11%

Maribondo 10.100 0,53% 3.420.917,00 0,07%

Palmeira dos Índios 48.931 2,55% 53.480.744,00 1,05%

MR. DE ARAPIRACA 179.441 9,36% 274.840.772,00 5,38% Arapiraca 152.281 7,94% 232.732.356,00 4,56% Girau do Ponciano 8.850 0,46% 15.645.165,00 0,31% Lagoa da Canoa 8.904 0,46% 12.375.308,00 0,24% São Sebastião 9.406 0,49% 14.087.943,00 0,28% MR. DE TRAIPU 0,00% 0,00 0,00%

MESO DO LESTE ALAGOANO 1.336.342 69,70% 4.122.112.005,00 80,71%

MR. SERRANA DOS QUILOMBOS 76.273 3,98% 91.633.934,00 1,79%

Ibateguara 8.277 0,43% 4.706.711,00 0,09%

São José da Laje 12.518 0,65% 20.519.882,00 0,40%

União dos Palmares 37.865 1,97% 50.021.831,00 0,98%

Viçosa 17.613 0,92% 16.385.510,00 0,32% MR. DA MATA ALAGOANA 145.334 7,58% 202.024.201,00 3,96% Atalaia 17.889 0,93% 57.951.060,00 1,13% Cajueiro 14.051 0,73% 11.251.735,00 0,22% Capela 12.189 0,64% 15.838.820,00 0,31% Colônia Leopoldina 11.416 0,60% 12.990.826,00 0,25% Joaquim Gomes 12.607 0,66% 9.835.022,00 0,19% Matriz de Camaragibe 17.697 0,92% 19.537.522,00 0,38% Messias 9.553 0,50% 8.711.000,00 0,17% Muricí 17.475 0,91% 13.232.035,00 0,26% Porto Calvo 14.942 0,78% 22.737.415,00 0,45%

São Luís do Quitunde 17.515 0,91% 29.938.766,00 0,59%

MR. DO LIT. NORTE ALAGOANO 12.892 0,67% 22.469.118,00 0,44%

Maragogí 12.892 0,67% 22.469.118,00 0,44%

MR. DE MACEIÓ 922.134 48,09% 3.332.624.893,00 65,25%

Barra de Santo Antônio 9.496 0,50% 7.580.784,00 0,15%

Maceió 794.894 41,46% 2.885.955.021,00 56,51%

Marechal Deodoro 29.801 1,55% 271.115.741,00 5,31%

Pilar 28.130 1,47% 90.102.576,00 1,76%

Rio Largo 49.838 2,60% 65.994.503,00 1,29%

Satuba 9.975 0,52% 11.876.268,00 0,23%

MR. DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS 128.398 6,70% 400.630.990,00 7,84%

Anadia 9.103 0,47% 17.235.668,00 0,34%

Boca da Mata 15.412 0,80% 24.711.652,00 0,48%

Campo Alegre 16.113 0,84% 28.467.496,00 0,56%

Coruripe 22.127 1,15% 118.616.877,00 2,32%

São Miguel dos Campos 35.801 1,87% 185.743.686,00 3,64%

Teotônio Vilela 29.842 1,56% 25.855.611,00 0,51%

MR. DE PENEDO 51.311 2,68% 72.728.869,00 1,42%

Penedo 41.293 2,15% 59.623.782,00 1,17%

Piaçabuçu 10.018 0,52% 13.105.087,00 0,26%

(em US$ 1,00 de 1997)

3. ESTRATÉGIAS & AÇÕES

3.1 – A principal estratégia é elaborar uma política a partir das demandas da sociedade, baseados em dados,

diagnósticos e discussão com todos os setores envolvidos com a gestão de resíduos sólidos, incluindo as organizações públicas (governos federal, estadual e municipal), privadas (industria, comércio, agricultura, saúde, educação, etc...) assim como organizações não governamentais (ONG’s) do Estado de Alagoas, de

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forma que esta articulação permita estabelecer uma política de gestão de resíduos sólidos que tenha o devido respaldo da sociedade.

A versão final da Política de Resíduos Sólidos será um instrumento de gestão governamental do Estado de Alagoas, refletindo os anseios e necessidades da sociedade em geral, com ênfase nos aspectos técnicos, ambientais e sócio-econômicos;

3.2 – O Instituo de Meio Ambiente (IMA) junto com a Secretaria de Planejamento (SEPLAN) deve comunicar

às Secretarias de Estado (Saúde; Educação, Cultura e Esportes; Turismo; Trabalho e Ação Social; Finanças/Indústria e Comércio; e Infra-Estrutura), ao Ministério Público, às Prefeituras do Estado e com especial atenção a Associação Municipalista do Estado de Alagoas, que está iniciando um estudo técnico para elaboração de uma Política de Resíduos Sólidos no âmbito estadual, objetivando difundir o programa no âmbito das instituições participantes e prefeituras, explicitando os critérios de elegibilidade adotado, os investimentos e benefícios sociais previstos;

3.3 – O IMA ou a SEPLAN deverá nomear um técnico para coordenar, em nome do governo estadual, todas as

atividades previstas no Plano de Trabalho;

3.4 – Para que seja iniciada as atividades de coleta de informações em campo o IMA ou a SEPLAN deverá

enviar comunicação oficial à Prefeitura ou Instituição , que a mesma será visitada por técnicos credenciados, ao mesmo tempo que explicará detalhes do Programa e as vantagens para o município e para o Estado no fornecimento dos dados;

3.5 – Para a realização dos trabalhos, a definição da logística envolve a montagem de uma equipe

multidisciplinar que irá participar das atividades de realização dos diagnósticos de resíduos sólidos, elaboração e discussão com a sociedade civil organizada a proposta de política e a elaboração da versão final da proposta de política de resíduos sólidos para o Estado de Alagoas.

4. ATIVIDADES PREVISTAS

Quadro 2 – Atividades previstas

ATIVIDADE DESCRIÇÃO INSTITUIÇÕES

Diagnóstico parcial dos resíduos sólidos, incluindo resíduos

industriais

- Levantamento de dados existentes; - Reuniões de trabalho com a equipe; - Início das visitas técnicas;

- Início da elaboração do relatório de resíduos industriais

- Elaboração de relatório parcial das situação dos resíduos sólidos

Diagnóstico da situação

atual dos resíduos sólidos - Visitas técnicas para realização dos diagnóstico de resíduos sólidos urbanos; - Elaboração de indicadores para a avaliação da

situação dos resíduos sólidos;

- Elaboração de mapas temáticos geo-referenciados;

- Realização de oficina de trabalho interna para discussão dos diagnósticos realizados;

- Elaboração de relatório final sobre a situação dos resíduos sólidos no Estado de Alagoas; - Realização de Seminário

Versão preliminar da Proposta de Política de

Resíduos Sólidos

- Determinação de equipe de especialistas nos setores de: resíduos de serviço de saúde, limpeza urbana, resíduos industriais, educação e social;

- Elaboração de texto para discussão;

- Ampla discussão com os setores da sociedade civil;

- Elaboração de texto preliminar. Versão Final da proposta

de Política de Resíduos Sólidos

- Realização de Seminário;

- Elaboração da versão final da Proposta

- IMA

- Secretarias: Saúde; Educação, Cultura e Esportes; Turismo; Trabalho e Ação Social; Finanças/Indústria e Comércio e Infra-Estrutura - Ministério Público; - Prefeituras; - Associação Municipalista do Estado de Alagoas; - Instituições Privadas - ONG’s

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5. PRODUTOS

As atividades acima descritas , serão apresentados como resultado como os seguintes produtos:

Produto 1 – Plano de Trabalho contendo toda a estratégia de execução das atividades para elaboração do

Diagnóstico e da Proposta de Gestão, incluindo os questionários a serem aplicados para levantamento de dados nos municípios selecionados;

Neste produto, será apresentada a metodologia de trabalho, bem como os questionários que deverão ser aplicados nos municípios e industrias, além do levantamento da legislação federal, estaduais e dos municípios foco, resoluções do CONAMA vigentes que tratam de limpeza urbana e resíduos sólido. Produto 2 - Diagnóstico da situação dos resíduos no Estado contendo informações de municípios alagoanos

com população igual ou superior a 8 mil habitantes, sem prejuízo daqueles com especificidade na geração de resíduos e da garantia de representatividade por regiões do Estado.

Os diagnósticos de resíduos sólidos serão realizados por meio de visitas técnicas aos municípios para a sua caracterização, considerando representatividade regional e suas características físico-ambientais, além dos aspectos sociais, de limpeza urbana, dos resíduos de serviços de saúde e resíduos industriais.

No que se refere aos Serviços de Limpeza Urbana, o diagnóstico será composto dos seguintes aspectos: a estrutura organizacional do sistema no âmbito municipal, a infra-estrutura física e operacional existente, as tecnologias utilizadas e as características atuais de cada serviço e a avaliação desses serviços prestados à população, o contingente de pessoal e equipamentos utilizados na execução dos serviços, a geração diária dos resíduos, as características físicas dos resíduos sólidos gerados no município, o nível de participação comunitária, o setor informal de segregação de materiais recicláveis e uma estimativa dos custos do sistema atual.

No que se refere aos resíduos industriais, este relatório será composto de quantidade de industriais, tipologia dos resíduos, quantidade de resíduos gerados por tipologia, transporte dos resíduos até a destinação final e forma de destinação final dos resíduos.

A partir dos dados levantados em campo, será realizada a análise de indicadores pré-determinados na metodologia de trabalho.

Com o diagnóstico do estado de Alagoas pronto, o grupo de trabalho apoiará tecnicamente o Instituto de Meio Ambiente na preparação de um Seminário para a apresentação do referido diagnóstico para os atores direta ou indiretamente envolvidos com a questão de resíduos sólidos.

Produto 3 – Versão preliminar da Proposta de Gestão dos Resíduos Sólidos no âmbito estadual a ser levada para discussão com a sociedade.

Após a realização dos diagnósticos de resíduos sólidos no Estado de Alagoas, será feita a análise dos dados existentes por meio de indicadores pré-estabelecidos, os quais irão nortear a Proposta de gestão de resíduos sólidos para o Estado, com vistas nas legislações federais e de outros estados, porém com enfoque locacional. Para a elaboração da Proposta Preliminar de Gestão de resíduos sólidos para o Estado de Alagoas, deverá ser formados grupos de discussões setoriais formado por técnicos especializados em cada aspecto da Política e os setores da sociedade organizada, indústrias, órgãos públicos, municípios, ONG’s, entre outros, os quais discutirão e acrescentarão as sugestões da Proposta Preliminar.

A partir daí, o Instituto de Meio Ambiente de Alagoas, deverá realizar um Seminário para a apresentação da Proposta de Política, reformulada pelas discussões setoriais.

Produto 4 – Versão final da Proposta de Gestão dos Resíduos Sólidos no âmbito estadual, baseada nos diagnósticos apresentados anteriormente e com as alterações propostas nas discussões públicas.

A verão final da Proposta de gestão de resíduos Sólidos para o Estado de Alagoas será apresenta ao Instituto de Meio Ambiente de Alagoas, após as discussões e realização do seminário.

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6. CRONOGRAMA FÍSICO

Quadro 3 – Cronograma das atividades previstas por quinzena

Produto Atividade MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4

1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª Diagnóstico parcial dos

resíduos sólidos x x

Reunião com o grupo de trabalho x Levantamento de dados x x Diagnóstico de resíduos

industriais x x

Elaboração de Relatório x

Diagnóstico da situação

atual dos resíduos sólidos x x x x x

Realização de visitas técnicas x x x Elaboração de mapas temáticos x x Realização de oficina de trabalho

interna x Elaboração de relatório x Realização de Seminário x Elaboração da versão preliminar da política x x Determinação da equipe de trabalho x

Discussão com os setores da

sociedade x

Elaboração da Versão Preliminar

da Proposta de Política x

Versão final da política x x

Seminário sobre a proposta de política

x Elaboração da versão final da

Política de Resíduos Sólidos x

7. AÇÕES INTEGRADORAS 7.1 Políticas Nacional e Estadual

Tendo em vista as necessidades definidas para o setor, a nível nacional, mas com rebatimento imediato nas ações estaduais, apresenta-se a seguir algumas sugestões de ações integradores que podem conduzir a melhores resultados na gestão dos resíduos sólidos no Estado de Alagoas, que será a base para elaboração do Projeto de Lei Estadual:

7.2 Políticas Estadual e Municipal

• ICMS Sócio-ambiental • Participação social

• Sustentabilidade econômica, social, ambiental e cultural

• Licenciamento Ambiental para infra-estrutura de resíduos sólidos

• Controle dos resíduos perigosos, especiais, de agrotóxicos, de portos, aeroportos, estações rodoviária e ferroviária.

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8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

a) Proposta de Política de resíduos Sólidos para o Estado de Alagoas – Versão Preliminar. José Fernando Thomé Jucá. Junho, 2002. Maceió - AL

b) Diagnóstico de Resíduos Sólidos no Estado de Alagoas – José Fernando Thomé Jucá. Abril, 2002. Maceió - AL

c) Plano de Trabalho – Política de Resíduos Sólidos para o Estado de Alagoas. José Fernando Thomé Jucá. Outubro, 2001. Contrato: PNUD/MMA.

d) Política de Resíduos Sólidos no Estado de Pernambuco. Alexandrina Sobreira, Maria Odete Holanda Mariano, Ronaldo Câmara Cavalcanti, Sylvana Melo dos Santos & José Fernando Thomé Jucá. XXI Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Setembro-2001, João Pessoa – PB.

e) Plano de Gestão de Resíduos Sólidos para os Municípios do Agreste Central. Grupo de Resíduos Sólidos da UFPE e Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco, Agosto-2001. Recife – PE

f) Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos no Brasil. José Dantas de Lima. Setembro-2001.

g) Diagnóstico de Resíduos Sólidos no Estado de Pernambuco – Workshop. Grupo de Resíduos Sólidos da UFPE e Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco, Maio-2000. Recife – PE

h) Política de Resíduos Sólidos de Pernambuco. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco, novembro-2000. Recife – PE

i) Estudos para uma Proposta de Gestão de resíduos Sólidos no Estado de Pernambuco. José Fernando Thomé Jucá, Maria Odete Holanda Mariano, Ronaldo Câmara Cavalcanti. XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental, Dezembro-2000. Poro Alegre-RS

AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao Programa das Nações Unidas para o Desnvolvimento (PNUD) pelo financiamento deste trabalho. Ao Instituo do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) pela coordenação geral do Projeto e aos consultores abaixo listados pela elaboração e discussão das políticas setoriais:

- Nélia Henriques Callado – Universidade Federal de Alagoas - Luciana Sarmento – Grupo de Resíduos Sólidos/UFPE - Fundação São Bartolomeu

Referências

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