2.4. Ilicitude e causas de exclusão
Conceito de Ilicitude ou antijuridicidade:
Contrariedade entre a conduta e o ordenamento jurídico como um todo.
2.4. Ilicitude e causas de exclusão
Elementos da Legítima defesa: Agressão injusta – agressão humana; Atual ou iminente – não pode ser revide!
Meios necessários – os meios de que o agente dispuser;
Forma moderada – para fazer cessar a agressão;
Proteção de direito próprio ou de terceiros – necessidade de autorização do 3º se for bem disponível.
2.4. Ilicitude e causas de exclusão
Estado de necessidade:
Justificante Exculpante (afasta ilicitude) (afasta
2.4. Ilicitude e causas de exclusão
No Brasil, no CP – Teoria Unitária : Estado de necessidade só afasta a ilicitude. Obs: No Código Penal Militar, teoria diferenciadora: pode afastar ilicitude ou culpabilidade.
2.4. Ilicitude e causas de exclusão
Estado de necessidade: Perigo atual;
Inevitabilidade;
Causação não voluntária do perigo.
OBS: quem causar culposamente o perigo, pode alegar a justificação;
Bem próprio ou de 3º - necessidade de autorização se o bem for disponível;
Inexigibilidade de sacrifício do bem ameaçado.
2.4. Ilicitude e causas de exclusão
E
xercício regular do direito: violência desportiva, exercício da medicina.Estrito cumprimento do dever legal – só para relações de direito público.
2.4. Ilicitude e causas de exclusão
Causas de exclusão:
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
2.5. Excesso punível:
Art. 23, do CP - Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. Não está amparado pela causa de justificação
2.6. Culpabilidade:
Conceito de culpabilidade: juízo de reprovação que recai sobre o comportamento típico e ilícito. Se não houver culpabilidade, o agente será isento de pena.
2.6.1 – Elementos e causas de
exclusão:
Elementos: Teoria Normativa Pura
.
-Imputabilidade
-Potencial consciência da ilicitude
-Exigibilidade de conduta diversa
IMPUTABILIDADE PENAL
1. Afastam a imputabilidade
Menoridade
Artigo 27, do CP: Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.
IMPUTABILIDADE PENAL
1. Afastam a imputabilidade (cont.)
Doença mental - se o agente, ao tempo da ação, era totalmente incapaz de entender caráter ilícito do fato e de se comportar de acordo com esse entendimento.
Artigo 26, do CP - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
IMPUTABILIDADE PENAL
1. Afastam a imputabilidade (cont.)
Embriaguez involuntária completa
Art. 28, 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
IMPUTABILIDADE PENAL
1. Afastam a imputabilidade (cont.)
Dependência química que retire completamente do agente, no momento da ação ou da omissão, sua capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de se determinar de acordo com esse entendimento.
Afasta a potencial consciência da ilicitude: erro de proibição invencível.
Art. 21, do CP: O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Afastam a exigibilidade de conduta diversa: coação moral irresistível e obediência hierárquica.
Art. 22, do CP: Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
OBS: coautor e superior hierárquico são autores mediatos.
Afastam a exigibilidade de conduta diversa: coação moral irresistível e obediência hierárquica.
Art. 22, do CP: Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
CONCURSO DE PESSOAS
Concurso necessário:
crimes plurissubjetivos: a pluralidade de agentes é elementar do crime.
Concurso eventual:
crimes monossubjetivos: que, eventualmente, podem ser praticados por duas ou mais pessoas.
CONCURSO DE PESSOAS
Requisitos do concurso eventual: Pluralidade de condutas;
Pluralidade de agentes;
Liame subjetivo entre os agentes; Contribuição causal das condutas; Unidade de crime
CONCURSO DE PESSOAS
Formas de concurso
CONCURSO DE PESSOAS
Conceito de autor
Teoria Objetivo–formal= Teoria do Domínio Quem realiza a conduta do fato = quem tem
CONCURSO DE PESSOAS
Conceito de autor mediato:se utiliza de terceiro que atua sem culpabilidade ou em erro. Usa a pessoa, assim, como instrumento. Hipóteses: utilização do inimputável, de pessoa coagida irresistivelmente, de subordinado no cumprimento de ordem não manifestamente ilegal, de alguém que atua como erro.
CONCURSO DE PESSOAS
Participação:
Conceito de participação: Teoria da acessoriedade limitada: partícipe é todo aquele que, contribuindo para o crime, não seja autor. Para que o partícipe seja responsabilizado, a conduta do autor há de ser típica e ilícita.
CRIMES CONTRA A PESSOA
Homicídio
Tutela vida
Início do parto
Bem indisponível - eutanásia é crime !
Homicídio privilegiado: quando praticado por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob domínio de violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima.
CRIMES CONTRA A PESSOA
Homicídio qualificado: - Por motivo torpe;
-Por motivo fútil;
-Pelo uso de meio insidioso, cruel ou de que possa resultar perigo comum;
- Por modo que impossibilite ou dificulte a defesa da vítima;
- Para garantir execução, impunidade ou ocultação de outro crime.
CRIMES CONTRA A PESSOA
Homicídio:
Homicídio culposo e perdão judicial: Art. 121, 3º, do CP: Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a três anos.
5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
CRIMES CONTRA A PESSOA
Homicídio:
Homicídio culposo no trânsito – art. 302 do CTB. Cabe perdão judicial se o agente tem relações com a vítima ou quando sofre graves sequelas em virtude do acidente. Abalo psicológico de pessoa desconhecida não gera concessão de perdão judicial.
CRIMES CONTRA A PESSOA
Infanticídio:
Infanticídio só doloso
Art. 123, do CP - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
Pena - detenção, de dois a seis anos.
Na verdade é hipótese de homicídio praticado pela mãe contra o filho nascente ou recém nascido, e sob efeito das transformações havidas em virtude do estado puerperal.
CRIMES CONTRA A PESSOA
Aborto:
Aborto: Crime doloso contra a vida. - auto aborto – Art. 124 CP
- c/ consentimento – Art. 126 CP ABORTO
- s/ consentimento – Art. 125 CP
CRIMES CONTRA A PESSOA
Aborto:
Aborto com morte da gestante no artigo 127 do CP: a morte é culposa!
CRIMES CONTRA A PESSOA
Aborto:
Aborto que não é crime:
Terapêutico ou necessário – Art. 128, I Humanitário ou ético – Art. 128, II
CRIMES CONTRA A PESSOA
Competência:
Crime doloso contra a vida é sempre da competência do Tribunal do Júri!
CRIMES CONTRA A PESSOA
Lesão corporal
Lesão corporal:
Só se for contra outra pessoa –Art. 129 do CP OBS: autolesão e art. 171, 2º, V
CRIMES CONTRA A PESSOA
Lesão corporal:
Lesão corporal
CRIMES CONTRA A PESSOA
Lesão corporal:
Lesão Corporal seguida de morte
O agente queria lesionar e acabou provocando a morte.
Homicídio culposo
O agente jamais quis lesionar ou matar, mas acabou provocando a morte.
CRIMES CONTRA A PESSOA
Lesão Corporal
Lesão corporal culposa no trânsito e perdão judicial.
Art. 303 do CTB: Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
CRIMES CONTRA A PESSOA
Crimes contra a honra:
Calúnia Difamação Injúria
CRIMES CONTRA A PESSOA
Crimes contra a honra:
Honra objetiva
(o que os outros pensam de nós)
Calúnia–Art. 138 Difamação–Art. 139 Caluniar alguém, Difamar alguém, imputando-lhe imputando-lhe falsamente fato ofensivo fato definido a sua reputação como crime
CRIMES CONTRA A PESSOA
Crimes contra a honra:
Calúnia:
Imputação de fato criminoso – falsa Difamação:
Imputação de fato não criminoso ofensivo à honra – Não precisa ser falsa. Pode ser
imputação de uma contravenção.
CRIMES CONTRA A PESSOA
Crimes contra a honra:
Honra subjetiva Injúria – Art. 140 Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro
CRIMES CONTRA A PESSOA
Crimes contra a honra:
Injúria real
Injúria – Art. 140, 2º
Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem alvitantes
CRIMES CONTRA A PESSOA
Crimes contra a honra:
Injúria preconceituosa, qualificada ou discriminatória
Art. 140, 3º - Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência
Racismo–Art. 20, Lei 7.716 - Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
CRIMES CONTRA A PESSOA
Crimes contra a honra:
Injúria preconceituosa – prescritível e afiançável; Ação pública condicionada à representação
Racismo – imprescritível e inafiançável; Ação pública incondicionada
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
6. Crimes contra o patrimônio:
Sem
violência Admitem o princípio da insignificância.
Com
Violência Não admitem aplicação da insignificância.
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Furto e Roubo:
Furto de uso Roubo de uso
Atípico Típico
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Furto:
Furto de energia e furto de sinal de TV a cabo.
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Furto e Roubo:
Furto de automóvel e
Roubo de automóvel
Que é transportado Que é transportado para outro Estado para outro país
Qualificadora aumento de pena do furto do roubo
O FATO E SEUS ELEMENTOS
Extorsão e roubo:
Extorsão 158 X Roubo 157
Art. 158 do CP - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa.
Art. 157 do CP - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Extorsão:
Extorsão 158 X Extorsão mediante sequestro 159
Art. 158 do CP - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa
Art. 159 do CP - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Extorsão:
Falso sequestro para obter vantangem Art. 158 – Não é extorsão mediante
sequestro.
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Receptação
Receptação simples dolo direto
Art. 180, caput do CP - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Receptação:
Receptação qualificada dolo indireto Art. 180, 1º do CP - Adquirir, receber,
transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Falsidade:
Conceito de documento – escrito móvel que condense graficamente o pensamento de alguém.
Fotografias, inscrições em árvores, lápides, cópias, etc, não são documentos!
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Falsidade:
Moeda falsa:
Papel moeda ou moeda niquelada.
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Falsidade:
Imitatio veri – aparência de verdadeira.
Sem aparência verdadeira, não há potencialidade lesiva.
O STJ já decidiu que se trata de hipótese de insignificância e, portanto, atipicidade, quando há grosseria na falsificação.
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Falsidade:
Súmula 73 do STJ:
A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da justiça estadual.
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Falsificação:
Imitatio veri
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Falsidade:
Moeda falsa:
Imprescindível exame pericial
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Falsidade:
Competência para moeda falsa - Justiça Federal
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Falsidade:
Petrechos para falsificação
Art. 291, do CP: Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda
Crime subsidiário – Só se não houver o crime de falsidade de moeda.
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Falsidade:
Falsidade material – falsidade de forma
Art. 297 do CP - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro
DOCUMENTOS PUBLICOS POR
EQUIPARAÇAO- ARTIGO 297, 2º.
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Falsidade:
Falsidade ideológica – falsidade de conteúdo
Art. 299 do CP - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Falsidade:
Uso de documento falso – crime remetido – pena do falso
Art. 304 do CP - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Falsidade:
Falsa identidade – crime subsidiário
Não se aplica se houver uso de documento falso
Art. 307, do CP - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Falsidade:
Adulteração de placas e sinais de identificação – mesmo que apenas para burlar imposição de multas
Art. 311, do CP - Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Peculato:
Peculato apropriação:
Art. 312, caput, do CP - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Peculato:
Peculato desvio:
Art. 312, caput, do CP - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Peculato:
Peculato desvio
Desvio de verba pública
Art. 315, do CP - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da
estabelecida em lei:
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Peculato:
Peculato furto:
Art. 312, 1º, do CP - 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Peculato:
Peculato culposo:
Art. 312, 2º, do CP - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Peculato:
Consequências da reparação de dano no peculato:
Doloso: Art. 16 do CP - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Peculato:
Consequências da reparação de dano no peculato (cont.):
Culposo: Art. 312, 3º, do CP - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Peculato:
Peculato eletrônico
Art. 313, A, do CP - Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Concussão x Corrupção:
Concussão – Art. 316, do CP - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida
Corrupção – Art. 317, do CP - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Corrupção:
Corrupção passiva - Art. 317 do CP - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
Corrupção ativa - Art. 333 do CP - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Prevaricação :
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Condescendência criminosa:
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Advocacia administrativa
Art. 321, do CP - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Desobediência
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
CRIMES CONTRA A ADMIN.
Desacato
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
CRIMES HEDIONDOS
LEI 8.072/90
Art. 1o São considerados hediondos os
seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, 2o, I, II, III, IV e V);
CRIMES HEDIONDOS
LEI 8.072/90
Art. 1º (CONT.)
II - latrocínio (art. 157, 3o, in fine);
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, 2o);
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e lo,
2o e 3o);
V - estupro (art. 213, caput e 1o e 2o);
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A,
caput e
1
o, 2
o, 3
oe 4
o);
VII - epidemia com resultado morte
CRIMES HEDIONDOS
LEI 8.072/90
Art. 1º (CONT.)
VII-B
-
falsificação,
corrupção,
adulteração ou alteração de produto
destinado a fins terapêuticos ou
medicinais (art. 273, caput e 1
o, 1
o-A e 1
o-B, com a redação dada pela
Lei n
o9.677, de 2 de julho de 1998
).
CRIMES HEDIONDOS
LEI 8.072/90
Art. 1º (CONT.)
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e 1º e 2º).
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o
de outubro de 1956, tentado ou
CRIMES HEDIONDOS
LEI 8.072/90
Para os crimes hediondos, NÃO cabem: Fiança;
Anistia; Graça; Indulto.
CRIMES HEDIONDOS
LEI 8.072/90
Progressão de pena2/5 da pena 3/5 da pena cumprida cumprida no regime no regime anterior anterior Se reincidente
CRIMES HEDIONDOS
LEI 8.072/90
Regime inicial: Aberto; Semiaberto; Fechado.Obs: Não esquecer que o Supremo
Tribunal Federal, no HC 11840, entendeu inconstitucional o artigo 2º, 1º, da Lei 8072/90
CRIMES HEDIONDOS
LEI 8.072/90
Atenção!!!
Livramento condicional: requer mais de 2/3 de pena cumprida no regime
CRIMES HEDIONDOS
LEI 8.072/90
Réu condenado por sentença recorrível: Pode apelar em liberdade
CRIMES HEDIONDOS
LEI 8.072/90
Prisão temporária:
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Estupro
Art. 213, caput, do CP - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
Aqui a vítima não pode ser menor de 14 anos, deficiente mental, nem estar impossibilitada de oferecer resistência, casos em que se estará diante da norma do artigo 217-A do Código Penal
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Estupro
Art. 213, 1º, do CP - 1o Se da
conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Estupro
Art. 213, 2º, do CP - Se da conduta
resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
Aqui a morte foi causada culposamente
OBS: se houver dolo com relação à morte, o agente deve responder por estupro e homicídio, em concurso material.
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Estupro de vulnerável
Art. 217- A do CP - Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
Não importa se houve violência ou grave ameaça
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Estupro de vulnerável
Art. 217- A, 1o do CP - Incorre na
mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Estupro de vulnerável
Art. 217- A,
3o Se da conduta resulta lesão corporal
de natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
4o Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Estupro de vulnerável
Art. 217- A, 1o do CP - Incorre na
mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Exploração sexual
OBS: Lembrar que é crime hediondo desde o dia 22/05/2014
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Exploração sexual
Art. 218 – B
1o Se o crime é praticado com o fim de
obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Exploração sexual
Art. 218 – B
2o Incorre nas mesmas penas:
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Exploração sexual
Art. 218 – B
3o Na hipótese do inciso II do 2o,
constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Ação Penal
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação.
E se houver morte?
R: A ação penal será pública
incondicionada
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Ação Penal
Art. 225. Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.
CRIMES CONTRA DIG. SEXUAL
Aumento de pena
Art. 226. A pena é aumentada:
I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela