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Departamento de Engenharia Informática Universidade de Coimbra
3030 Coimbra, Portugal
ralberto@student.dei.uc.pt
5HVXPR – Descreve-se, de forma simples e objectiva, o que é o comércio
electrónico, procura-se responder a questões quais como, quais os principais problemas e perguntas de quem se prepara para investir num web site com este tipo de funcionalidade, passando também pelas principais vantagens que o comércio electrónico traz consigo. Também se ilustra de forma breve, qual o estado do comércio electrónico na Europa e em Portugal em particular.
Este artigo foi conseguido através de uma pesquisa exaustiva na Web, sendo fundamentado em comentários e artigos escritos por pessoas especializadas na matéria.
O resultado foi um artigo que descreve a generalidade dos aspectos relacionados com o este tipo de comércio, sendo uma espécie de guia para quem quer tomar noção do que é o comércio electrónico e qual a sua divulgação em Portugal.
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Portugal.
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O comércio electrónico ainda está a dar os primeiros passos em Portugal enquanto nos Estados Unidos por exemplo já está fortemente implantado. Razão para este facto, é a meu entender como em outras coisas, a falta de informação e de divulgação. Isto aplica-se quer a pessoas individuais, quer a empresas. As pessoas devem começar a olhar para o comércio electrónico como um meio seguro e muito prático de fazer compras sem ter que se deslocar a uma loja física. Para começar devem desmistificar o mito de foi criado em volta da segurança (ou a falta desta), pois está provado que existe muito mais probabilidade de nos roubarem o cartão de crédito quando fazemos compras num qualquer lugar, do que alguém nos consiga roubar o código do cartão de crédito quando fazemos compras na web.
Os empresários nacionais têm de ver o comércio electrónico como um utensílio ao seu dispor e têm de planear a sua expansão em função desta nova realidade. Este novo meio acarreta muito menos despesas, que os meios de venda normais, visto que, não é necessário ter empregados e está disponível 24 horas por dia. Quando a implantação de um negócio on-line é precedida de um estudo rigoroso sobre qual o tipo de artigos em que devemos basear o negócio, a Web pode ser uma fonte extraordinária de receitas.
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Uma maneira de ver o comércio electrónico, é a de um novo meio de distribuição para um negócio já existente. Em termos de investimento, é substancialmente menor quando comparado com o comércio convencional. É possível basear todo o negócio sobre este meio de distribuição, embora isto acarrete riscos bastante superiores aos que existem se o negócio não depender exclusivamente do comércio electrónico.
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Uma pergunta pertinente é “Será que se pode vender tudo na Internet? ”. A resposta a esta questão pode ser dada por qualquer um de nós, basta pensar um pouco, será que sentido vender morangos na Internet, eu penso que não. A não ser que se possua uma rede de distribuição porta a porta que possa entregar a encomenda em poucas horas. Isto levanta outra questão “Será que é viável vender artigos de baixo preço?”. Um exemplo disto é a venda rebuçados, ou pastilhas, com a venda destes artigos só passadas algumas décadas à que começaríamos a ter retorno do investimento.
E artigos de preço bastante elevado, como casas ou carros? Estes sem dúvida alguma já justificavam o investimento, mas o que acontece é que a maioria dos sites deste tipo, existentes na Internet nem sequer possibilitam transacções. Servindo estes apenas como expositores estáticos, em que no caso da venda de casas mostram fotografias e breves descrições destas, mas muito dificilmente permitem efectuar a venda da casa logo “ali”.
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O comércio electrónico tem quase sempre duas facetas. A venda e respectivo processamento, e a entrega física do artigo ao cliente. Este último aspecto é sem dúvida nenhuma o que limita mais o negócio, visto termos de ter em conta aspectos tais como as dimensões, o peso, a fragilidade, o tempo de recepção entre outros. Esta limitação para ao lado dos sites que vendem conteúdos digitais tais como software, imagens, filmes, em que o artigo é enviado pelo mesmo meio que é feita a compra.
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Segundo muitos a questão da segurança ou da falta desta, foi “mais um mito explorado pela imprensa e pelas empresas que operam nos canais tradicionais, do que uma questão grave”. Visto que depois de estabelecidas determinadas regras o comércio electrónico é mais seguro que o comércio tradicional.
O problema da segurança das transacções já foi resolvido à muito tempo (à alguns anos), desde que o site possua um servidor seguro e a informação seja enviada através de páginas encriptadas.
Muitos de nós já presenciámos isto, sempre que estamos numa página com encriptação aparece na borda inferior direita do browser um cadeado em ponto pequeno, que significa que as mensagens que enviamos e recebemos do servidor estão codificadas, isto também se pode sentir no desempenho da aplicação, porque devido a estes protocolos de segurança, a troca que informação passa a demorar quatro ou mais vezes, que a mesma troca de informação numa ligação “não segura”.
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É possível descodificar a informação que enviamos, mas quanto maior for a chave que encriptação (40,56,128 bits) mais difícil será esta descodificação. A chave de encriptação de 40 bits já foi quebrada, em apenas algumas horas, mas isto foi conseguido com o recurso a vários supercomputadores a processarem em paralelo. Mas será que isto é motivo para preocupação? Será que alguém que tem esse poder de computação está minimamente interessado na nossa transacção de compra de um livro? Eu penso, que não, e você?
Depois de levantada a imposição do governo norte-americano que proibia a exportação de browsers com níveis de encriptação de 128 bits, estes passaram a suportar tal nível que encriptação.
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Existem várias maneiras de fazer o pagamento dos artigos comprados, tais como, o envio à cobrança, via cartão de crédito ou via Multibanco.
O envio à cobrança apresenta riscos, como por exemplo, como identificar se uma encomenda é real. Como garantir que nunca se envia um artigo que não será reclamado, em que o possível lucro com a venda iria se transformar num prejuízo?
O pagamento via Multibanco disponibilizado pela SIBS é feito em duas fases. Quando se faz a encomenda são-nos fornecidos os elementos necessários para efectuar o pagamento numa qualquer caixa de Multibanco (entidade, referência e montante). Após efectuar o pagamento respectivo, a empresa será notificada do facto e procederá ao envio dos bens adquiridos. A principal desvantagem deste método de pagamento é o elevado tempo de
confirmação necessário à notificação do comerciante de que o artigo já foi pago. Segundo os comerciantes que disponibilizam este método de pagamento, são necessários três dias para enviar a encomenda.
Devido a isto a solução mais aceitável é o uso do cartão de crédito como forma de pagamento.
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Para a pessoa que compra existem múltiplas vantagens tais como: pode comprar de qualquer ponto do mundo e a qualquer hora, sem ter de perder o tempo em deslocar-se até uma loja tradicional. Além disso os produtos on-line são geralmente mais baratos que nas lojas, uma vez que o fabricante os fornece directamente, sem intermediários. Para a pessoa que fornece o serviço, ao contrário de uma loja tradicional, este tipo de serviço permite-lhe poupar em electricidade, em local de aluguer e em empregados entre outras coisas.
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Uma das formas possíveis para avaliar o nível de utilização do comércio electrónico é determinar a relação entre o número de servidores seguros para transacções ao serviço da população. Este indicador é usado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento na Europa) para determinar a probabilidade dos servidores, que são usados para fazer transacções electrónicas, seja entre empresas ou entre empresas e cidadãos, serem de facto seguros.
Os Estados Unidos que estão na liderança existem 25 servidores considerados seguros para cada 100 mil utilizadores. Na Europa este valor desce
consideravelmente. Suécia, Luxemburgo, Reino Unido, Irlanda, Finlândia e Áustria possuem entre 5 a 10 servidores por cada 100 mil pessoas. Portugal está nas últimas posições com apenas entre 1 a 5 servidores, mas ao seu lado estão países como a Alemanha, Bélgica, Itália e França.
De acordo com este estudo da TFPL apenas 3% dos cidadãos europeus compra frequentemente produtos on-line. Na liderança está o Reino Unido, mas apenas 7% dos utilizadores compra a web.
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Para podermos observar a dimensão do comércio electrónico, basta calcular a desproporção que existe entre os consumidores que, empurrando o carrinho de compras, fazem fila na caixa do supermercado, e os que encomendam pela net. Ou então o número de famílias que têm acesso à Internet, e o número de contribuintes que entregam a declaração do IRS pelo browser do seu computador.
Também nas empresas portuguesas para não falar apenas mas pessoas individuais, o volume de transacções de compra e venda que estas efectuam é completamente irrisório quando comparado com o seu volume de negócios.
O que os portugueses mais compram na Net são livros, CD e cassetes. Quem compra on-line, actualmente, pertence a quadros superiores ou estudantes na faixa etária entre os 20 e os 29 anos.
Para auxiliar e esclarecer as dúvidas das potenciais empresas que venham a adoptar o comércio electrónico, a CPP (Confederação do Comércio e Serviços de Portugal) levou a cabo uma iniciativa de comércio electrónico a nível nacional – http://www.mercurio.pt . O objectivo é criar um “ninho” virtual que
proporcione esclarecimentos e familiarização das empresas em relação às potencialidades do comércio electrónico e as tecnologias de informação e comunicação.
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Este artigo pretendeu esclarecer a grande maioria das questões e mitos criados com o aparecimento do comércio electrónico. Tentou também sensibilizar todas as pessoas e em particular os empresários para as demais vantagens com o uso de este meio de comércio.
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O autor agradece à família e ao colegas que sempre o apoiaram na elaboração deste artigo. Agradece também aos professores da disciplina de “Comunicação Técnica Profissional”, da licenciatura em Engenharia Informática pela constante predisposição a ajudar.
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1. Comércio electrónico , http://www.visualnet.pt/ecom.html
2. Artigos de opinião, http://www.pt.cgey.com/novidades/artigos.htm