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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular - Município de Figueira de Castelo Rodrigo

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dlPG

folitécnico

Polylechnic of Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Gestão

Ana Margarida Sousa Almeida

junho 12018

(2)

Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Ana Margarida Sousa Almeida

Relatório de Estágio Curricular para obtenção do Grau de

Licenciado em Gestão

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo i

Ficha de Identificação

Nome: Ana Margarida Sousa Almeida Número: 1011426

Curso: Gestão Tel.: 915 533 813

E-mail: anaalmeida_15@hotmail.com

Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de Tecnologia e Gestão - Instituto Politécnico da Guarda

Tel.: 271 220 100 Fax: 271 222 690

E-mail: ipg@ipg.pt

Orientador do Estabelecimento de Ensino: Prof.ª Doutora Maria Manuela dos Santos Natário

Grau Académico do Orientador: Doutor

E- mail: m.natario@ipg.pt

Entidade Recetora do Estágio Curricular: Município de Figueira de Castelo Rodrigo Morada: Largo Dr. Vilhena, Nº1 – Figueira de Castelo Rodrigo 6440-100

Telefone: 271 319 000 Fax: 271 319 009 E-mail: cm-fcr@cm-fcr.pt

Supervisor na Entidade: Dr. Nuno Saldanha Grau Académico do Supervisor: Licenciado Duração do Estágio: 400 horas

Data do Início do Estágio Curricular: 27/06/2016 Data de Conclusão do Estágio Curricular: 16/09/2016

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo ii

Plano de Estágio

O Plano de Estágio Curricular (Anexo 1), realizado no Município de Figueira de Castelo Rodrigo (FCR) foi previamente delineado pelo supervisor da entidade após ter reunido com a estagiária, que traçou os seguintes objetivos:

• Permitir uma perceção global das atividades desenvolvidas pela autarquia, começando a trabalhar dentro da sua área de formação, com um primeiro contacto com as especificidades financeiras e contabilísticas de um município;

• Permitir a introdução ao Sistema de Normalização Contabilística - Administração Pública, contactando com as especificidades financeiras e contabilísticas de um município e identificar as diferenças entre o sistema de contabilização das autarquias locais e das empresas privadas;

• Adquirir conhecimentos de utilização dos programas utilizados pelos serviços de Contabilidade, nomeadamente o Sistema de Contabilidade Autárquica (SCA); • Auxiliar e acompanhar no âmbito das atribuições da divisão administrativa e

financeira, designadamente no que respeita à gestão financeira, contabilística e tesouraria do município de acordo com o descrito no regulamento da organização dos serviços Municipais de Figueira de Castelo Rodrigo;

• Acompanhar as atividades diárias e executar, de acordo com o sistema de informação contabilística, o registo dos factos;

• Adquirir noções de Normas de Controlo Interno;

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo iii

Resumo do Trabalho Desenvolvido

A realização do estágio curricular e do presente relatório enquadram-se no programa curricular da Licenciatura em Gestão da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), do Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

Assim sendo, o estágio curricular é a primeira grande etapa, no mundo real, para colocar em prática alguns dos conceitos adquiridos, após o período de conhecimentos teóricos, em áreas diversas da Gestão, tais como: Contabilidade, Economia, Fiscalidade, Gestão Operacional, Marketing, entre tantas outras. Aquele torna-se importante, para uma boa formação, para consolidar esta aprendizagem da maneira mais consistente e duradoura possível.

Desta forma, o estágio revela-se um importante fator para uma maior valorização tanto na qualificação profissional como na qualificação pessoal de um estagiário.

O presente relatório pretende refletir as várias atividades realizadas no estágio. Este, foi realizado na Secção de Contabilidade e Tesouraria, do Município de Figueira de Castelo Rodrigo, com a duração de 400 horas. Teve início no dia 27 de julho de 2016 e terminou dia 16 de setembro de 2016.

O relatório descreve as atividades que me foram propostas e realizadas ao longo do estágio curricular. As principais atividades foram: a conferência diária da tesouraria, realização de operações de tesouraria, de fundo de maneio e de despesa, o lançamento da receita, o arquivo de documentos e maioritariamente, o registo de ordens de pagamento.

Palavras-Chave: Gestão Administrativa, Contabilidade Pública, Autarquias Locais JEL Classification: M1 – Business Administration, M10 – General; M41 – Accounting.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo iv

Agradecimentos

Com a finalização deste Relatório de Estágio Curricular não posso deixar de agradecer a algumas pessoas que me ajudaram nesta caminhada tão importante da minha vida!

Um muito obrigada aos meus pais, que me permitiram iniciar e concluir este percurso, por acreditarem em mim, por todo o amor, todo o apoio, dedicação e todos os ensinamentos que me passaram, pois sem eles este percurso não poderia chegar a este momento.

Ao meu irmão, que me auxiliou em tudo, sendo um dos pilares durante a minha vida. À minha cunhada, que sempre me deu uma palavra calorosa. Um obrigada muito especial à minha afilhada, Bianca que nasceu a meio do percurso académico e trouxe uma força enorme à minha vida.

Um obrigada ao meu namorado, Pedro. Sem dúvida, foi um dos maiores apoios e foi quem me disse no momento certo para nunca desistir. Obrigada por tudo o que fizeste por mim.

Um obrigada ao Município de Figueira de Castelo Rodrigo, pela oportunidade na realização deste estágio, pela forma como me receberam.

Ao meu supervisor, Dr. Nuno Saldanha, por toda a compreensão e ajuda que me dedicou e também a todos os trabalhadores da secção de contabilidade e tesouraria do município de Figueira de Castelo Rodrigo, pela ajuda que me deram em todas as tarefas e nas dúvidas que me foram surgindo.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo v

Como não poderia deixar de ser à minha orientadora de estágio, Professora Doutora Maria Manuela dos Santos Natário, pela disponibilidade e acompanhamento dispensado na realização deste relatório e por todo o apoio e ajuda constante desde o primeiro momento que me conheceu como sua aluna.

Agradeço também ao Instituto Politécnico da Guarda, Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que me acolheu durante todo este percurso académico. Em particular a todos os professores da licenciatura por todos os ensinamentos e pela boa vontade de ensinar e aos funcionários que sempre me auxiliaram em tudo o que podiam.

Queria ainda agradecer aos meus grandes amigos ao Paulo Portela, à Débora Correia, à Catarina Resende e à Catarina Gabriel por toda a ajuda e acompanhamento dado ao longo deste percurso académico.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo vi

Índice Geral

Ficha de Identificação ... i

Plano de Estágio ... ii

Resumo do Trabalho Desenvolvido ... iii

Agradecimentos ... iv

Índice Geral ... vi

Índice de Tabelas ... vii

Índice de Figuras ... viii

Siglas e Abreviaturas ... x

Introdução ... 1

Capítulo I - Caracterização do Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo ... 2

1.1- Enquadramento ... 3

1.2- Caracterização Geográfica do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo ... 3

1.3- Resenha Histórica e Monumentos ... 8

1.3.1- História da Batalha de Castelo Rodrigo ... 8

1.3.2- Monumentos ... 12

1.4- Tradições, Lendas e Curiosidades... 13

1.5- Economia ... 19

Capítulo II - Caracterização da Instituição de Estágio ... 21

2.1- Enquadramento ... 22

2.2- Localização e Contactos do Município de Figueira de Castelo Rodrigo ... 23

2.3- Organograma do Município de Figueira de Castelo Rodrigo ... 23

2.4- Visão e Missão do Município ... 29

2.5- Atividades do Município ... 30

2.6- Eventos ... 33

2.7- Análise SWOT ... 36

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo vii

3.1- Enquadramento Geral do Estágio ... 39

3.2- Objetivos do Trabalho Desenvolvido ... 39

3.3- Do POCAL ao SNC-AP ... 40

3.3.1- Normas Contabilísticas de Relato Financeiro ... 44

3.4- Software Utilizado ... 46

3.5- Atividades Realizadas ao Longo do Estágio ... 47

3.5.1- Divisão Financeira/Contabilidade ... 47

Conclusão ... 63

Bibliografia ... 64

Anexos ... 67

Anexo 1 – Plano de Estágio ... 68

Anexo 2 – Folha de Caixa ... 70

Anexo 3 – Diário de Tesouraria ... 72

Anexo 4 – Ordem de Pagamento ... 75

Anexo 5 – Requisição Interna e Requisição Externa ... 78

Anexo 7 – Ordem de Pagamento de Operações de Tesouraria ... 84

Índice de Tabelas

Tabela 1- Indicadores de Empresas por Município em 2015 ... 20

Tabela 2 - Localização e Contactos do Município de FCR ... 23

Tabela 3 - Análise SWOT do Município de FCR ... 37

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo viii

Índice de Figuras

Figura 1 - Localização da Vila de Figueira de Castelo Rodrigo ... 4

Figura 2 - População Residente em Figueira de Castelo Rodrigo ... 4

Figura 3 - Índice de Envelhecimento em FCR ... 5

Figura 4 - Densidade Populacional em FCR ... 6

Figura 5 - Ilustração da Batalha de Castelo Rodrigo ... 8

Figura 6 - Castelo de Castelo Rodrigo ... 13

Figura 7 - Cegonha Joana ... 18

Figura 8 - Estátua da Cegonha Joana em Frente ao Município de FCR ... 18

Figura 9 - Índice do Poder de Compra de FCR ... 19

Figura 10 - Município de Figueira de Castelo Rodrigo ... 22

Figura 11 - Organograma do Município de FCR ... 24

Figura 12 - Academia Sénior Figueirense ... 31

Figura 13 - Apoio ao Idoso ... 32

Figura 14 - Projeto Cegonha Móbil ... 33

Figura 15 - Cartaz da Rainha Amendoeira em Flor ... 34

Figura 16 - Cartaz da Figueira com Vida ... 35

Figura 17 - Boletim Municipal ... 35

Figura 18 - Exemplos de Lançamentos ... 48

Figura 19 - Diário de Caixa - Exemplo de um Lançamento ... 48

Figura 20 - Guia de Recebimento da DGAL ... 51

Figura 21 - Ilustração de como se obtém o Saldo para o Dia Seguinte ... 52

Figura 22 - Ficha de Cabimento ... 54

Figura 23 - Ficha de Compromisso ... 55

Figura 24 - Assinantes de uma Requisição Externa ... 55

Figura 25 - O último assinante de uma Requisição Externa ... 55

Figura 26 - Classificação Orçamental e Valor Líquido a Pagar numa OP ... 56

Figura 27 - Referência de "Recibo anexo" na OP ... 57

Figura 28 - Elaboração de uma Ordem de Pagamento no SCA ... 59

Figura 29 - Exemplo de Reconciliação Bancária do mês de julho ... 62

Figura 30 - Plano de Estágio ... 69

Figura 31 - Folha de Caixa ... 71

Figura 32 - Resumo do diário da tesouraria página 1 ... 73

Figura 33 - Resumo do diário de tesouraria página 2 ... 74

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo ix

Figura 35 - Documento Identificativo do valor pago na OP nº 3250 ... 77

Figura 36 - Requisição Interna ... 79

Figura 37 - Requisição Externa ... 80

Figura 38 - Declaração da Segurança Social de uma empresa contratada pelo Município de FCR ... 82

Figura 39 - Certidão de não dívida de uma empresa contratada pelo Município de FCR ... 83

Figura 40 - Ordem de Pagamento (Operações de Tesouraria) nº 151 ... 85

Figura 41 - Ordem de Pagamento (Operações de Tesouraria) nº 152 ... 85

Figura 42 - Ordem de Pagamento (Operações de Tesouraria) nº 153 ... 85

Figura 43 - Ordem de Pagamento (Operações de Tesouraria) nº 154 ... 85

Figura 44 - Declaração de retenção na fonte (IRS) do Município de FCR ... 85

Figura 45 - Operações de Tesouraria - Totais para conferência da cobrança do mês do Município de FCR ... 85

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo x

Siglas e Abreviaturas

ADSE - Assistência na Doença aos Servidores Civis do Estado AIRC - Associação Informática da Região Centro

CGA - Caixa Geral de Aposentações

DGAL - Direção Geral das Autarquias Locais ESTG - Escola Superior de Tecnologia e Gestão FCR - Figueira de Castelo Rodrigo

INE - Instituto Nacional de Estatística IPG - Instituto Politécnico da Guarda

IPSAS - International Public Setor Accounting Standard

IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado

NCRF - Normas Contabilísticas de Relato Financeiro OP - Ordem de Pagamento

OT - Operações de Tesouraria

POCAL - Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais POCP - Plano Oficial de Contabilidade Pública

SCA - Sistema de Contabilidade Autárquica SGT - Sistema de Gestão de Tesouraria SNC - Sistema de Normalização Contabilística

SNC-AP - Sistema de Normalização Contabilística – Administrações Públicas

SNC-ESNL - Sistema de Normalização Contabilística – Empresas do Setor Não Lucrativo

TAX - Sistema de Taxas e Licenças TSU - Taxa Social Única

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 1

Introdução

O presente relatório é o culminar da unidade curricular de estágio inserida no 3º ano de Licenciatura em Gestão, ministrada na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda, a qual determina as atividades desenvolvidas referente ao período de estágio curricular, com duração de 400 horas (cerca de dois meses e meio). Esta etapa corresponde a uma das fases mais compensadoras do percurso académico pois, pela primeira vez, é possibilitada a aplicação no mundo real, dos conhecimentos adquiridos ao longo dos três anos de Licenciatura.

O objetivo principal do relatório é apresentar as tarefas realizadas ao longo do estágio curricular na Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. Tais tarefas permitiram colocar em prática diversos conhecimentos adquiridos ao longo do curso, assim como adquirir novas competências, experiências no mercado laboral e ainda aprender novos saberes tornando esta experiência enriquecedora.

Para proporcionar uma melhor compreensão do relatório, este foi dividido em 3 capítulos:  No primeiro capítulo, é efetuada uma caracterização do concelho de Figueira de

Castelo Rodrigo;

 O segundo capítulo contém informação sobre a entidade na qual o estágio foi realizado;

 No terceiro capítulo, descrevem-se as atividades realizadas ao longo do estágio. Para finalizar o relatório apresenta-se uma conclusão onde é feito um balanço final sobre a realização do estágio, e se apresenta uma reflexão final sobre o trabalho desenvolvido em todo este percurso.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 2

Capítulo I - Caracterização do

Concelho de Figueira de Castelo

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 3

1.1- Enquadramento

O presente capítulo pretende dar a conhecer o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, onde está inserida a entidade que me acolheu no estágio curricular.

É de salientar que a informação exposta neste capítulo foi maioritariamente recolhida do

site oficial do município.1 Também se utilizou como fonte de informação os dados do

Pordata2 e do INE3 para efetuar a caracterização geral e da economia do concelho.

1.2- Caracterização Geográfica do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo

A Vila de Figueira de Castelo Rodrigo (FCR) está localizada no quadrante nordeste de Portugal, em pleno coração da região do Ribacôa, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. Este concelho é constituído por 10 freguesias dispersas por uma área de 508.78 Km2. Confina com os concelhos de Almeida, Pinhel, Vila Nova de Foz Côa e Freixo de Espada à Cinta (Figura 1), a leste faz fronteira com a província espanhola de Salamanca. Os três principais rios que o limitam são o Douro, o Côa e o Águeda.

O concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, instituído por decreto de 25 de julho de 1836, apresenta uma grande riqueza de património edificado, encontrando-se em todas as suas freguesias, obras de grande valor que desvendam segredos e recordações de grandes episódios da história de Portugal. As suas paisagens estão repletas de belos atrativos com que a mãe natureza a contemplou, pois são inúmeras as paisagens paradisíacas e invulgares de beleza e poesia, que transmitem uma mensagem de beleza, luz e cor (Município de FCR, 2018 a).

1 Site: https://cm-fcr.pt/ 2 Site: https://www.pordata.pt/

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 4 Figura 1 - Localização da Vila de Figueira de Castelo Rodrigo

Fonte: Visitar Portugal (2018)

No que diz respeito à demografia do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo é importante frisar que existe uma tendência para o decréscimo desde 2001.

A população em 2011 era de 6253 habitantes e de 5882 em 2016, como se pode observar na figura 2.

Figura 2 - População Residente em Figueira de Castelo Rodrigo

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 5

Atualmente, o decréscimo populacional é marcado pelo exido rural e também pelo aumento do índice de envelhecimento e pela diminuição da densidade populacional. Para melhor ilustrar o descrito, apresenta-se na figura 3 uma tabela comparativa dos anos de 2011 e 2016 sobre o índice de envelhecimento do qual se pode observar que em 2011 havia um índice de envelhecimento de 281,8%, o qual sofreu um aumento ligeiro atingindo em 2016 o valor de 282,6%.

Figura 3 - Índice de Envelhecimento em FCR

Fonte: Pordata (2018 b)

Em relação à densidade populacional, como se pode ver na figura 4, verifica-se que em 2011 o concelho apresenta um valor de 12,3 indivíduos por KM2 e em 2016 ainda baixou para 11,6. Ao contrário do índice de envelhecimento que registou um aumento de cerca de 0,8 %, a densidade populacional desceu 0,7% entre 2011 e 2016.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 6 Figura 4 - Densidade Populacional em FCR

Fonte: Pordata (2018 c)

No património edificado, assume papel de destaque Castelo Rodrigo, uma das mais belas e marcantes Aldeias Históricas de Portugal. Não obstante esta riqueza patrimonial, o concelho apresenta outras grandes potencialidades. O mítico Convento de Santa Maria de Aguiar, a Serra da Marofa, as deslumbrantes vistas do Alto da Sapinha, as imponentes Igrejas do concelho ou a Reserva da Faia Brava, são algumas das mais-valias deste concelho.

O Município, possui também estruturas de interesse público, tais como: um Estádio Municipal relvado, vários locais para a prática de desportos diversos, Ginásios, Piscinas Municipais cobertas e um Pavilhão dos Desportos.

Relativamente ao Turismo, o Município tem disponível em conjunto dos Comboios de Portugal, um programa, que lhe permite ir até Figueira de Castelo Rodrigo e saborear um dos pratos marcantes da região: o Borrego da Marofa. De salientar que existem também, boas propostas ao nível da hotelaria e restauração, tais como “A Cerca, o “Arco – Íris”, a “Taverna da Matilde”, entre outros (Município de FCR, 2018 b).

Já na Hotelaria destacam-se o “Colmeal Countryside Hotel”, considerado um hotel de 4 estrelas, a “Hospedaria do Convento”, que é um edifício muito antigo com história a nível

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 7

do concelho, a “Casa da Cisterna” e ainda a “Casa da Amendoeira” situadas na aldeia de Castelo Rodrigo.

A nível da Gastronomia esta é variada e deliciosa, sobressaindo as morcelas e farinheiros, os presuntos de porco, os assados de cabrito ou o tão saboroso borrego, os pratos de javali, o bacalhau assado com batatas a murro, os cozidos acompanhados de grelos devidamente regados pelo saboroso azeite produzido no concelho de FCR, tudo isto acompanhado de bons vinhos da região, cada vez mais valorizados e premiados.

No concelho é também abundante o leite de origem animal mais propriamente o leite de ovelha. É por isso que o queijo de ovelha é um produto muito conhecido da região. Na doçaria salientam-se: as compotas, as filhós, os biscoitos de Escalhão e ainda os «esquecidos» de Mata de Lobos.

Para além destes, a produção do mel é uma atividade muito praticada no concelho. Com múltiplas aplicações, o mel foi considerado um antisséptico, sendo usado como «pomada» nas feridas e pisaduras, mas é basicamente um alimento energético, conhecido e apreciado desde os tempos mais remotos. Ele pode ser utilizado tanto na alimentação, sobretudo como substituto do açúcar e no caso das constipações, em que serve para adoçar o chá e o leite.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 8

1.3- Resenha Histórica e Monumentos

Historicamente, falar de Figueira de Castelo Rodrigo implica remontar muitos séculos na história. Desde a Pré-História até ao séc. XX, muitos são os testemunhos existentes, permitindo viajar pelo tempo à descoberta das raízes históricas de toda uma região. Em todas as freguesias (Vilar Torpim, Vermiosa, Vilar de Amargo, Vale de Afonsinho, Reigada, Quintã de Perô Martins, Castelo Rodrigo, Mata de Lobos, Almofala, Algodres e Figueira de Castelo Rodrigo) existem monumentos de grande valor que guardam segredos e memórias de tempos passados (Município de FCR, 2018 c).

1.3.1- História da Batalha de Castelo Rodrigo

Muitos foram os momentos da história portuguesa onde o nome de Castelo Rodrigo foi elevado bem alto pela coragem dos seus habitantes, mas provavelmente o momento mais marcante foi a vitória conseguida a 7 de julho de 1664. A ilustração da Batalha Histórica de Castelo Rodrigo pode ser vista na figura 5.

Fonte: Município de FCR (2018 c) Figura 5 - Ilustração da Batalha de Castelo Rodrigo

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 9

Segundo informação disponível no site 4 do Município de FCR a Batalha surgiu na aldeia de Castelo Rodrigo. Assim sendo as origens de Figueira de Castelo Rodrigo não podem ser dissociadas da aldeia de Castelo Rodrigo.

No século XVII, na Guerra da Restauração, Castelo Rodrigo, mantinha-se como fortificação ativa, pertencendo à comarca judicial de Pinhel e ao bispado de Lamego, integrando o número de vilas com assento nas cortes, onde em 1642 ocupava o 11º banco. O monarca D. João IV vai então ordenar a divisão da Beira por dois governadores de armas, acreditando que assim ficaria melhor defendida, pois permitia um melhor racionamento das tropas, ao encurtar as zonas de ação numa província tão dilatada. Assim, o governo das armas das comarcas da Guarda, Pinhel, Lamego e Esgueira é confiado a D. Rodrigo de Castro, então governador da cavalaria do exército do Alentejo. O primeiro comando designava-se por Partido de Almeida e o segundo por Partido de Penamacor. Procurando testar o governador do partido de Almeida, os castelhanos tomam-lhe o pulso, atacando a região de Alfaiates. D. Rodrigo responde, e põe debaixo de ataques S. Felices de los Galegos destruindo a «campanha» em redor de Cidade Rodrigo.

A importância de Castelo Rodrigo, advém de várias peças de armas dos dois reinos. Tal como se passava no plano de defesa Português, também a coroa espanhola, ponderava as necessidades e prioridades das suas praças de armas, junto à fronteira de Portugal, onde se destacava Cidade Rodrigo.

A importância desta praça é bem visível no facto de ter justificado a nomeação, para o seu comando, do duque de Alba, num primeiro momento, e do duque de Ossuna, num segundo.

Só tendo em conta tais fatores, é possível fazer justiça ao significado da Batalha de Castelo Rodrigo (Salgadela), uma entre as cinco grandes batalhas da Restauração, segundo o conde da Ericeira.

No ano de 1664, o Marquês de Marialva organiza as forças do Alentejo, tendo as forças portuguesas atacado Valência de Alcântara, rendendo-se muitos lugares. Na Beira, o

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 10

duque de Ossuna fortifica-se perto de Aldeia do Bispo, mas na doença temporária do governador de armas do partido de Almeida, Pedro Jacques de Magalhães, forças vindas de Trás-os-Montes impedem qualquer avanço. Por sua vez, em janeiro de 1665, Afonso Furtado de Mendonça passa o rio Tourões com 6000 infantes e 1000 cavalos, não consegue destruir o forte, mas danifica os campos de Cidade Rodrigo.

Após a tentativa portuguesa falhada de tomar Sobradilho, já que a artilharia não chegou a tempo por dificuldades de transposição do Rio Águeda, Ossuna responde com 5000 infantes, 70 cavalos, 9 peças de artilharia, munições e carruagens e a 6 de Julho de 1665, está sobre Castelo Rodrigo, que segundo Ericeira era «praça sem mais defesa que uma

muralha antiga, porém, situada em terra defensável», sendo a vila governada pelo

mestre-de-campo António Freire Ferreira Ferrão, com uma guarnição de 150 soldados. Foi valorosa a resistência dos defensores, mas necessitavam de socorros. Pediram-nos, tendo estes chegado devido à diligência de Pedro Jacques Magalhães que com 2500 infantes, 500 cavalos e 2 peças de artilharia, avança em socorro da praça sitiada, sem mantimentos, tendo os soldados que partilhar o pão que levavam.

Pedro Jacques exorta os seus homens a combater, lembrando os ataques constantes de Ossuna à província. Manda tocar as trombetas e caixas, som que identificou ao duque de Ossuna a presença das forças, tomam a artilharia espanhola e desbaratam as suas forças. A batalha estendeu-se depois nos campos entre o Convento de Santa Maria de Aguiar e a aldeia de Mata de Lobos.

Pedro Jacques de Magalhães, tendo retirado vitorioso para Almeida, enviava à corte o seu filho Henrique, de 14 anos, que não obstante a idade, já exercitara o posto de capitão de infantaria. A corte celebrava a vitória.

A luta ficava então reduzida a pequenas escaramuças locais até à paz de 13 de fevereiro de 1668, terminando também o reinado dramático de D. Afonso VI, a quem sucede o regente, infante D. Pedro, ao serviço de quem estará Pedro Jacques de Magalhães, o chefe vitorioso de uma grande batalha da restauração, a única que teve lugar na Beira, numa das praças da fronteira.

No local da Salgadela, ainda hoje existe um Padrão, designado de Padrão de Pedro Jacques de Magalhães, que foi classificado como Monumento Nacional em 1910. João

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 11

da Fonseca Tavares mandou-o erguer em 1664 no local da batalha, em lembrança da vitória.

A paz entre Portugal e Castela foi finalmente assinada em Madrid a 5 de janeiro de 1688 e ratificada em Lisboa a 13 de fevereiro do mesmo ano. Instalava-se durante alguns tempos, nova época de paz, num Concelho que durante 28 anos havia vivido em constante inquietude, com muitas povoações incendiadas e duas completamente destruídas, arruinando toda a vida económica da região, o que levou ao despovoamento.

Sendo uma região de fronteira, importante do ponto de vista militar, o concelho de Castelo Rodrigo, viveu sempre em clima de desconfiança face ao exército espanhol, referências a muitas surtidas feitas por ambos os lados. As épocas de Paz nunca eram longas.

Mais tarde, a França aliando-se à Espanha, declarou guerra a Portugal a 27 de fevereiro de 1801. Por três vezes é invadido Portugal, sendo que a terceira invasão no ano de 1810, chefiada por Messena, entrou no território do concelho pelas terras de Ribacôa.

Milhares de vítimas, culturas e fábricas destruídas, foram os resultados que se fizeram sentir de forma dramática sobre os habitantes do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo e de todos os concelhos vizinhos. A violência das tropas francesas deixou profundas marcas nas freguesias do concelho.

As invasões francesas constituíram a última grande penetração violenta de estrangeiros no território nacional.

Poucos anos depois, Castelo Rodrigo que desde 1209 desempenhou papel fundamental na região do Ribacôa, vai sofrer rude golpe. A rainha D. Maria II atribuiu o título de vila a Figueira a 25 de junho de 1836. A 31 de Dezembro de 1836, por decreto de Passos Manuel, é extinto o histórico concelho de Castelo Rodrigo, que é substituído pelo de Figueira de Castelo Rodrigo (Município de FCR, 2018 d).

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 12

1.3.2- Monumentos

Segundo informação do portal das Aldeias Históricas de Portugal 5 e do guia da cidade de Castelo Rodrigo 6, podemos constatar que a Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo é, no seu todo, um autêntico espaço monumental (conforme se pode verificar na figura 6) conservando importantes referências no plano medieval. Entre os monumentos que acrescentam valor ao património histórico são de destacar as velhas muralhas, as ruínas do palácio de Cristóvão de Moura, o Pelourinho quinhentista, a igreja matriz, a cisterna medieval e os vestígios que atestam a presença de uma importante comunidade de cristãos-novos. Durante mais de 600 anos, a povoação foi vila e sede de concelho. (Aldeias Históricas de Portugal, 2015).

O castelo de Castelo Rodrigo é o monumento mais importante da arquitetura militar do concelho, tendo sofrido ao longo dos tempos, diversas reconstruções, nomeadamente quando em 1297, D. Dinis mandou restaurar os castelos desta região, tendo reedificado e repovoado Castelo Rodrigo “fazendo erigir um forte castelo, com alterosa torre de menagem, quadrangular, com seis janelas sacadas e uma poderosa cinta de muralhas apoiada em torreões semicirculares” que ainda persistem, bem como três portas: A Porta do Sol, a Porta de Alverca ou Porta Nascente junto da qual se observa a Cabeça do Mouro e a Porta da Traição com acesso ao Túnel que supostamente liga ao Mosteiro de Santa Maria de Aguiar (Guia da Cidade, 2018).

5 Site: http://www.aldeiashistoricasdeportugal.com/castelo-rodrigo

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 13 Figura 6 - Castelo de Castelo Rodrigo

Fonte: Guia da Cidade (2018)

1.4- Tradições, Lendas e Curiosidades

Realizam-se no concelho de FCR duas feiras mensais, nas primeiras e terceiras quintas-feiras a seguir ao primeiro domingo de cada mês, e duas quintas-feiras anuais que se realizam a 19 de agosto e a 20 de dezembro.

As festas mais conhecidas do concelho são a festa da Padroeira do concelho, a 15 de agosto, que se realiza no Convento de Aguiar. A festa de Santo André em Almofala, a festa da Senhora dos Remédios e Santos Mártires, em Vilar de Amargo e a da Senhora da Alagoa em Algodres.

O feriado municipal do concelho é no dia 7 de julho, dia em que se realiza a feira agrícola, que apresenta utensílios para a agricultura, mostra de animais, rendas e bordados tradicionais, cestos em cordoaria e madeira, braseiras e caldeiras em cobre, cinchos para o fabrico de queijo, entre outras coisas.

Ligado ao artesanato, o concelho apresenta uma variedade de trabalhos, como a cestaria e a latoaria (Porto Editora, 2018).

Em Figueira de Castelo Rodrigo existem várias lendas donde se destacam: ➢ Amendoeiras em Flor

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 14

Amendoeira em Flor

No concelho de FCR são muitos os locais onde é possível a apreciar o efeito colorido tão deslumbrante das amendoeiras floridas. Nos finais do mês de fevereiro muitas são as excursões que demandam terras Figueirenses, na intenção de apreciar os lindos panoramas que a todos deixam uma imagem lindíssima.

Uma lenda conta como terão aparecido no nosso país as lindas e úteis árvores.

Há muitos anos quando os mouros reinavam em quase toda a Península Ibérica, vivia em Silves, um poderoso príncipe. A fama da sua heroicidade corria mundo, pois nunca tinha sido derrotado.

Um dia, após uma batalha decisiva, o príncipe foi ver o grande número de prisioneiros, que eram vendidos como escravos. De repente, o seu olhar foi atraído pela beleza de uma jovem, de pele muito clara e cabelo loiro, como a cor do trigo maduro. Ao perguntar o nome à jovem, esta disse chamar-se Gilda.

O príncipe olhando fixamente para ela, disse-lhe que não gostava desse nome. E perguntou se lhe podia chamar a “bela princesa do Norte”? Ao qual ela respondeu, que podia tratá-la como quisesse, pois, era prisioneira e escrava dele.

Ele respondeu que a partir desse momento ela passaria a ser livre, que podia andar por onde quisesse, fazer o que lhe apetecesse e que ninguém se atrevesse a tocar-lhe. Os dias passaram, mas o príncipe não andava bem. Sentia-se triste e tudo o aborrecia. Faltava-lhe qualquer coisa. E o seu coração bem sabia o que era, ao sentir saudades de Gilda. Precisava de a tornar a ver, quando a visitou, ficou surpreendido pois ela preparava-se para regressar à sua terra. Receando perder a sua donzela para preparava-sempre, confessou-lhe todo o seu amor e pediu-lhe para que se casasse com ele.

O casamento não demorou muito tempo a realizar-se, foi um dia de festa. Durante vários dias sucederam-se bailes e banquetes, no meio da maior animação. Mas no último dia de festa o príncipe deu por falta de Gilda.

Desesperado, mandou procurá-la, indo encontrar a bela princesa deitada na cama, quase morta.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 15

A princesa definhava de dia para dia. Foi então que apareceu um prisioneiro para tentar perceber o que a princesa tinha pois já muitos tinham tentado e ninguém percebeu do que sofria.

O prisioneiro percebeu que a princesa sofria de nostalgia, pois tinha saudades da bela neve da sua terra natal. Mas na região de Figueira nunca neva, referiu o príncipe. Foi então que o escravo recomendou ao príncipe que mandasse plantar amendoeiras em volta do palácio, quando elas florirem, as belas e pequenas flores brancas darão a ilusão de neve e vossa esposa curar-se-á.

O príncipe acatou a sugestão do velho escravo e deu ordens para se cumprir tudo como ele indicasse.

Poucos meses depois, quando a Primavera estava prestes a começar, as amendoeiras floriram, cobrindo o imenso espaço em redor do palácio de um manto de branco. O príncipe conduziu a amada à janela do quarto e ela nem acreditava no que estava a ver, foi então que a princesa teve novamente a vontade de viver (Município de FCR, 2018 e).

Carambola dos Cestos

A vida era árdua em Mata de Lobos, uma aldeia do concelho de FCR. Aliado à agrura do trabalho, encontrava-se o austero clima, inclemente no Inverno e escaldante no Verão, o que levou os Matenses a suspirarem por um paraíso ainda em vida. Não encontrando, resolveram descobrir a melhor maneira de subir até ao céu.

Não podiam deixar de trabalhar, pois não tinham outros rendimentos para além dos que angariavam com o suar do rosto.

Sem sombra de dúvida que os Matenses andavam desanimados. Cada um pensava em descobrir a melhor maneira de resolver o problema que parecia insolúvel. Quanto mais pensavam nas coisas boas que, por vezes, tinham ao seu dispor, logo o triste pensamento do trabalho e sacrifício que tinham de enfrentar para a obter lhes fazia perder o entusiasmo e aumentar a infelicidade.

Assim decorriam os dias na freguesia, indecisos e desanimados, até que uma bela ocasião surgiu, alguém com uma ideia salvadora: fazer uma carambola de cestos que chegasse até ao céu.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 16

Era mesmo de desesperar, havendo tantos cestos na aldeia como não se haviam lembrado disso antes? Muitas preocupações se poderiam ter já evitado.

Entretanto reuniram todos os cestos e começaram a pô-los uns em cima dos outros. Dias e dias de trabalho se iam consumindo na construção da alta carambola que se ia formando. Num belo dia, depois de terem trabalhado durante várias semanas, sem parar, foi com grande angústia que verificaram que os cestos se tinham acabado e os cesteiros não podiam fazer mais por falta de matéria prima. Um enorme desespero invadiu os construtores da carambola e dos que se preparavam para começar a subir.

As nuvens há muito que tinham sido ultrapassadas pela altura da carambola e azar dos azares faltava apenas um cesto para atingir a abóbada celeste e entrar no paraíso.

Foi então que um dos presentes, ao olhar angustiado para a inútil carambola que à sua frente se erguia até às alturas, encontrou a solução. Tão simples e afinal ali tão perto. Rapidamente, retiraram o cesto que estava no fundo da carambola, para o colocarem no cimo, a ocupar o lugar daquele que os separava do paraíso.

O resultado deste ato facilmente se pode adivinhar, por este processo os Matenses nunca chegarão ao céu… em vida (Município de FCR, 2018 f).

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 17

Curiosidade:

 “A Cegonha Joana”

Em julho de 1991, na Igreja Matriz de Figueira, a 30 metros de altura, uma das pequenas cegonhas viu a sua primeira tentativa de voo frustrada, pois uma queda do ninho para o telhado da igreja não foi fatal, mas teve como consequência uma asa partida.

Durante mais de três semanas, a Joana, nome pelo qual foi batizada, teve honras de hóspede no Quartel dos Soldados da Paz, e de um modo quase espontâneo conquistou a simpatia de todos, uma vez que se fazia passear pelo espaço circundante do quartel onde as aparas de carne e de peixe, cedidas pelos estabelecimentos comerciais abundavam. Apesar de todos os cuidados a cegonha não conseguia recuperar por completo dos ferimentos sofridos na asa e, como tal foi levada para o Parque Natural da Serra da Estrela através do Instituto de Conservação da Natureza, a fim de lhe ser ministrada a assistência necessária.

Logo após o tratamento, regressou a Figueira de Castelo Rodrigo, e foi acolhida de bom grado entre os Bombeiros, os quais se comprometeram a tratá-la de forma condigna, ao ponto de lhe terem construído um poiso, ou seja, um ninho feito à medida no interior do quartel com uma portinha para entrar e sair quando lhe apetecesse, fazendo dela uma autêntica princesa.

Pelo amanhecer, a Joana preparava-se para dar os seus passeios pela Vila sempre sem destino certo, recolhendo ao cair da noite como mandava a rotina.

Não ignorava os cumprimentos dos seus concidadãos, mas também não era “senhora” de grandes confianças, pois toda a gente sabia que gostava de uma palavrinha, mas nada mais do que isso, porque qualquer intimidade podia acabar com uma valente “bicada” da elegante cegonha.

Em novembro de 2001, a vida acaba de forma inesperada para a cegonha mais conhecida do concelho, ao ser atacada por um ou mais cães vadios.

Os Bombeiros Voluntários face ao sucedido e como forma de lhe prestaram uma homenagem no sentido de jamais ser esquecida, tomaram a decisão de a embalsamarem e assim poder ser apreciada por todos quantos mostrarem interesse, na casa que a acolheu,

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 18

mas temporariamente poderá ser visitada no posto de Turismo de Figueira de Castelo Rodrigo (Município de FCR, 2018 g).

Fonte: Município de FCR (2018 g)

Face a este episódio da Joana, que sensibilizou o coração de todos os Figueirenses, as cegonhas são consideradas o seu Ex-Libris, assim como um pouco por todo o concelho nutrem a simpatia da população que sempre as acarinhou e protege.

Por tudo isto é que até hoje está uma estátua mesmo em frente ao edifício do município, em sua simbologia, como mostra a figura 8.

Fonte: Município de FCR (2018 h) Figura 7 - Cegonha Joana

Figura 8 - Estátua da Cegonha Joana em Frente ao Município de FCR

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 19

1.5- Economia

O Concelho de FCR é predominantemente dedicado à agricultura e à pecuária. A propriedade predominante é a policultura. Produz-se o vinho e o azeite, e cultiva-se a amendoeira. Existem pequenas indústrias, principalmente ligadas à transformação de carnes e lanifícios e ao setor de extração e transformação do granito. O comércio e os serviços também caracterizam a economia deste concelho (Porto Editora, 2018).

O município de Figueira de Castelo Rodrigo, como se pode verificar na figura 9, em 2015 tinha um poder de compra per capita de aproximadamente 66% da média de Portugal. Salienta-se que o poder de compra em Portugal fixou-se em 77,3% da média da União Europeia em 2016, acima do ano anterior (76,8%), ocupando o 14.º lugar entre os Estados-membros, divulgou o INE.

Figura 9 - Índice do Poder de Compra de FCR

Fonte: Pordata (2017 d)

Em relação às empresas existentes no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, como pode ser visível na tabela 1, verifica-se que a densidade de empresas é bastante baixa, cerca de 1,8 por Km2. Maioritariamente o concelho é constituído por empresas individuais

(79,84%) e todas as empresas existentes têm menos de 250 pessoas ao serviço, como se pode ver na tabela 1.

Quanto ao indicador de proporção de empresas com menos de 10 pessoas ao serviço esta ronda os 99,2%, o que equivale a dizer que, a grande maioria das empresas são microempresas.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 20

Por sua vez, o indicador de pessoal ao serviço por empresas é de 1,4 o que indica que a maioria tem apenas uma pessoa ao serviço, alguns com dois ou mais, mas o grande número é um.

O volume de negócios por empresa ronda os 51,4 milhares de Euros (Tabela 1).

Tabela 1- Indicadores de Empresas por Município em 2015

Densidade de Empresas Proporção de Empresas Individuais Proporção Empresas c/ menos de 250 pessoas ao serviço Proporção de Empresas c/menos de 10 pessoas ao serviço Pessoal ao serviço por Empresa Volume de negócios por Empresa Nº/Km2 % % % Nº Milhares de Euros FCR 1,8 79,84 100,0 99,2 1,4 51,4 Fonte: (INE, 2017)

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 21

Capítulo II - Caracterização da

Instituição de Estágio

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 22

2.1- Enquadramento

Este capítulo pretende dar a conhecer a instituição acolhedora do estágio, a sua caracterização, os seus valores, a sua localização, o seu organograma, entre outros assuntos materialmente relevantes.

Importa ainda referir que maioritariamente a informação apresentada neste capítulo está disponível na entidade no site do Município de FCR Http://cm-fcr.pt.

A figura 10 ilustra a arquitetura do edifício do Município de Figueira de Castelo Rodrigo.

Figura 10 - Município de Figueira de Castelo Rodrigo

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2.2- Localização e Contactos do Município de Figueira de Castelo Rodrigo

Na tabela 2 são apresentados os contactos e a localização da instituição.

Tabela 2 - Localização e Contactos do Município de FCR

Concelho: Figueira de Castelo Rodrigo Telefone: 271 319 000 Fax: 271 319 009 Morada: Largo Dr. Vilhena, nº 1 Figueira

de Castelo Rodrigo 6440-100

E-mail: cm-fcr@cm-fcr.pt

Coordenadas: Latitude: 40.8964841, Longitude: -6.9630897

Site: http://cm-fcr.pt/

Fonte: Site Oficial do Município 7

2.3- Organograma do Município de Figueira de Castelo Rodrigo

Segundo Oliveira (2014 a) o organograma é um gráfico que representa os órgãos da organização e as relações de autoridade e de responsabilidade existentes entre si. Nesse gráfico, todos os membros da organização estão dispostos em níveis hierárquicos; quanto mais elevado for o nível, maior será a importância desse membro. A ligação hierárquica entre os membros de uma organização é representada por linhas verticais e linhas horizontais, e caixas que representam os membros.

Na figura 11, é apresentado o organograma do Município de Figueira de Castelo Rodrigo. Como é possível verificar, este é um organograma vertical ou clássico, onde se tornam claros os níveis de hierarquia, ou seja, quanto mais alto for o cargo, mais autoridade e responsabilidade lhe corresponde.

O organograma apresentado na figura 11 contempla todos os departamentos incluídos no Município de Figueira de Castelo Rodrigo, os quais comportam um total de 141 Funcionários.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 24 Figura 11 - Organograma do Município de FCR

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 25

O departamento no qual foi realizado o estágio foi na divisão de Contabilidade, designado por Subunidade de Gestão Financeira, Contabilidade e Tesouraria, que de acordo com a estrutura orgânica do Município de Figueira de Castelo Rodrigo faz parte da Divisão Administrativa, Financeira e Sociocultural (Figura 11).

Como é possível verificar na figura 11, o presidente surge no topo da hierarquia assessorado pelo Gabinete de Apoio ao Presidente e pelo Gabinete da Proteção Civil. No nível hierárquico imediatamente inferior estão as unidades orgânicas flexíveis que são:

- A Divisão Administrativa, Financeira e Sociocultural; - A Divisão de Obras, Planeamento, Ambiente e Urbanismo.

Cada divisão está repartida em subunidades (como se pode ver no organograma da figura 11), para facilitar o funcionamento do município, para a atribuição de responsabilidades e para uma melhor, eficaz e eficiente comunicação entre elas.

A Divisão Administrativa, Financeira, SocioCultural é composta por:  Balcão Único;

 Subunidade de Gestão Financeira, Contabilidade e Tesouraria;  Subunidade de Recursos Humanos;

 Subunidade de Psicologia, Saúde e Ação Social;  Subunidade de Educação e Cultura;

 Serviço de Turismo e Animação Cultural;  Serviço de Desporto e Tempos Livres;

 Subunidade de Aprovisionamento e Património;  Serviço de Biblioteca, Museu e Arquivo;

 Serviço de Informática;

 Gabinete de Desenvolvimento Rural, Investimento e Empreendedorismo;  Gabinete de Comunicação e Relações Públicas;

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Segundo Assembleia Geral do Município de FCR (2014), a Divisão Administrativa, Financeira, Social e Cultural é compreendida por várias subunidades orgânicas flexíveis e compete à respetiva divisão:

a) Promover as tarefas inerentes à receção, classificação, expedição e arquivo dos documentos;

b) Conceder medidas que permitam uma maior integração e rentabilidade dos meios humanos disponíveis;

c) Gerir os recursos humanos mantendo atualizado o arquivo de elementos sobre o pessoal que presta serviço na autarquia, organizar os processos de recrutamento e acesso e assegurar o cumprimento das normas legais sobre o estatuto do pessoal em todos os seus aspetos;

d) Organizar os processos referentes aos utentes de saneamento básico e acompanhar os serviços que lhe são prestados.

e) Assegurar a atividade administrativa não cometida a outros serviços da autarquia; f) Zelar por uma correta e fácil comunicação entre os serviços da autarquia e entre

estes e os cidadãos;

g) Zelar pela higiene, segurança e abastecimento dos edifícios onde funcionam serviços da autarquia, assim como, coordenar as funções e propor medidas que proporcionem maior eficácia aos métodos de funcionamento dos serviços que integram a respetiva divisão;

h) Coordenar a atividade financeira, desde a elaboração de planos plurianuais de investimento, orçamentos e restantes documentos contabilísticos, de acordo com as normas de execução contabilística em vigor;

i) Preparar as modificações orçamentais, nos termos em que forem definidas; j) Elaborar, organizar e dar publicidade aos documentos de prestação de contas e

preparar os elementos indispensáveis à elaboração do respetivo relatório;

k) Elaborar, até ao dia 20 de cada mês, o plano de tesouraria referente ao mês seguinte;

l) Promover a execução de, pelo menos, quatro conferências anuais e aleatórias aos valores à guarda da tesouraria, para além das que se encontrem definidas por lei ou regulamento;

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 27

m) Arrecadar as receitas municipais e proceder ao pagamento das despesas, nos termos definidos no despacho n.º 8350/2014 e nas demais normas legais e regulamentares aplicáveis;

n) Apresentar, à direção do departamento, balancetes mensais referentes ao cumprimento do plano plurianual de investimentos e do orçamento, bem como fazer a respetiva apreciação técnica, sobre os aspetos mais relevantes;

o) Apreciar os balancetes diários de tesouraria e informar a direção, tendo em atenção o plano mensal apresentado;

p) Acompanhar o movimento de valores e comprovar, mensalmente, o saldo das diversas contas bancárias;

q) Efetuar conferências periódicas ao armazém e apresentar superiormente o relatório das ocorrências;

r) Manter organizada a contabilidade, com registos atempados;

s) Promover todos os procedimentos relativos à aquisição de bens e serviços e à execução de empreitadas de obras públicas, nos termos legais e de acordo com as normas do despacho n.º 8350/2014;

t) Fiscalizar as responsabilidades do tesoureiro e das chefias das secções, bem como acompanhar as respetivas atividades profissionais na autarquia;

u) Preparar os documentos financeiros cuja remessa a entidades oficiais seja legalmente determinada;

v) Promover o desenvolvimento cultural da comunidade, fomentando e implementando centros de cultura, bibliotecas e museus municipais;

w) Estudar e executar ações de conservação e defesa do património cultural e paisagístico do Município;

x) Planear e executar programas de educação e ensino da competência do Município; y) Fomentar a construção de instalações e o desenvolvimento de equipamentos para

a prática desportiva e recreativa de interesse municipal;

z) Fazer o diagnóstico das necessidades sociais da comunidade, desenvolvendo as ações de dinamização previstas nos planos;

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À Subunidade de Gestão Financeira, Contabilidade e Tesouraria compete especificamente:

a. Garantir que os registos contabilísticos se façam atempadamente:

b. Promover os registos inerentes à execução orçamental e do plano plurianual de investimento;

c. Promover o acompanhamento e controlo do orçamento e do plano plurianual de investimentos;

d. Emitir periodicamente os documentos obrigatórios inerentes à execução do orçamento e do plano plurianual de investimentos, nos termos definidos no despacho n.º 8350/2014 e nas demais normas legais e regulamentares aplicáveis;

e. Promover a verificação permanente do movimento de fundos da tesouraria e de documentos de receita e despesa;

f. Apresentar relatório de ocorrência, sempre que tal se justifique, por incumprimento de normas legais ou regulamentares;

g. Emitir os documentos de receita e de despesa, bem como os demais documentos que suportem registos contabilísticos;

h. Coligir todos os elementos necessários à execução do plano plurianual de investimentos e das respetivas modificações;

i. Proceder à arrecadação de receitas e ao pagamento de despesas, nos termos legais e regulamentares e no respeito das instruções de serviço;

j. Liquidar juros moratórios, referentes à arrecadação de receitas; k. Proceder à guarda de valores monetários;

l. Proceder ao depósito, em instituições bancárias, de valores monetários excedentes em tesouraria, nos termos definidos no despacho n.º 8350/2014;

m. Movimentar, em conjunto com o Presidente da Câmara, ou Vereador com competência delegada para o efeito, os fundos depositados em instituições bancárias;

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A Divisão de Obras, Planeamento, Ambiente e Urbanismo é composta por:  Subunidade de Apoio Administrativo;

 Subunidade de Planeamento e Gestão Urbanística e Obras Municipais;  Serviços de Sistemas de Informação e Cartografia;

 Subunidade de Contratação Pública e Candidaturas;  Serviços de Vias Municipais e Trânsito;

 Subunidade de Ambiente, Serviços Urbanos e Energia;  Gabinete Veterinário;

 Unidade Funcional Gestão de Viaturas e Armazém (Assembleia Municipal de FCR, 2014).

A estagiária não teve qualquer tipo de tarefas exercidas na Divisão de Obras, Planeamento, Ambiente e Urbanismo, por isso não apresenta as tarefas que competem a esta divisão.

2.4- Visão e Missão do Município

De seguida apresentar-se-á a Visão e a Missão do Município de Figueira de Castelo Rodrigo.

Visão

A visão de uma organização traduz, de forma abrangente, um conjunto de intenções e de aspirações para o futuro, servindo de inspiração a todos os seus membros. Geralmente a Visão não está escrita, é antes transmitida em conversas, apresentações públicas e atos comemorativos. (Oliveira, 2014 b): 45).

A Visão do Município de Figueira de Castelo Rodrigo vem definida como: “o Município de FCR é o órgão autárquico do concelho e cabe-lhe promover o desenvolvimento do Município em todas as áreas da vida, como a saúde, a educação, a ação social e habitação, o ambiente e saneamento básico, o ordenamento do território e urbanismo, os transportes e comunicações, o abastecimento público, o desporto e cultura, a defesa do consumidor e a proteção civil.” (Portal do Cidadão, 2015).

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 30

Missão

A missão consiste numa declaração escrita que traduz os ideais e orientações globais da organização: a missão constitui assim o instrumento estratégico da doutrina ou filosofia organizacional que deve desenvolver junto dos seus públicos internos e externos. (Oliveira 2014 b): 46).

A missão do Município de Figueira de Castelo Rodrigo é a seguinte: “Definir e executar políticas tendo em vista a defesa dos interesses e satisfação das necessidades da população local.” (Portal do Cidadão, 2015).

2.5- Atividades do Município

O município de Figueira de Castelo Rodrigo procura proporcionar uma melhor qualidade de vida aos idosos do concelho, visto que esta é uma faixa etária com grande peso no município como se verificou no capítulo 1. Para tal cria inúmeros projetos.

Um dos principais projetos pensado em prol do envelhecimento ativo e do combate ao isolamento da população do concelho é a Academia Sénior Figueirense.

 Academia Sénior Figueirense

A Academia Sénior Figueirense (Figura 12) é a resposta socioeducativa, que visa criar e dinamizar atividades sociais, culturais, educacionais e de convívio, preferencialmente para e pelos maiores de 50 anos.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 31 Figura 12 - Academia Sénior Figueirense

Fonte: Município de FCR (2018 i)

A Academia Sénior Figueirense nas suas atuações tem como principais objetivos: • Oferecer aos alunos, um espaço de vida socialmente organizado e adaptado às

suas idades, para que possam viver de acordo com a sua personalidade e a sua relação social;

• Proporcionar aos alunos a frequência de aulas e cursos onde os seus conhecimentos possam ser divulgados, valorizados e ampliados;

• Desenvolver atividades para e pelos alunos;

• Criar espaços de encontro na comunidade que se tornem incentivos e estímulos a um são espírito de convivência e de solidariedade humana e social;

• Divulgar e preservar a nossa história, cultura, tradições e valores; • Fomentar e apoiar o voluntariado social;

• Desenvolver ações de formação social, pessoal e profissional para toda a comunidade.

A Academia Sénior Figueirense organiza os seguintes serviços de animação sociocultural:

1. Aulas teóricas e práticas de diversas disciplinas 2. Seminários e cursos multidisciplinares

3. Passeios e viagens culturais 4. Grupos recreativos

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 32

6. As atividades sócio culturais que os alunos desejarem.

Os destinatários são adultos com idade igual ou superior a 50 anos, independentemente do seu nível de escolaridade (Município de FCR, 2018 i).

Apoio ao Idoso

O Programa de “Apoio ao Idoso” (Figura 13) destina-se a apoiar idosos através da prestação de apoio domiciliário gratuito na área das pequenas reparações de construção civil. Destina-se a residentes no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo com 65 anos ou mais de idade, com carências económicas e que sejam portadores de deficiência, devidamente comprovada ou que sofram de doença prolongada.

Figura 13 - Apoio ao Idoso

Fonte: Município de FCR (2018 j)

No âmbito deste programa os apoios prestados e as reparações realizam-se nas seguintes áreas de intervenção:

• Eletricidade – substituição de lâmpadas, interruptores; casquilhos, reparações de pequena instalação elétrica; “puxada” de eletricidade para uma divisão; substituição de contador;

• Canalização – substituição ou reparação de torneiras, autoclismos, canos e afins, substituição de equipamento sanitário, acessórios de bancada de cozinha, lavatório;

• Serralharia – Pequenos trabalhos de reduzida complexidade técnica como substituição de fechaduras e colocação de vidros;

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 33

 Projeto Social “Cegonha Móbil”

O Município de Figueira de Castelo Rodrigo lançou também um projeto de cariz social “Cegonha Móbil” (Figura 14). No concelho de FCR era notória a falta de uma rede de transportes públicos que servisse as populações, e isso era mais evidente junto da população idosa que tem muitas dificuldades nas deslocações à sede de freguesia, onde estão os serviços essenciais, tais como os cuidados de saúde, as lojas para efetuarem as suas compras, entre muitos outros. Este projeto contempla a disponibilização de meio de transporte inteiramente grátis e ao dispor de toda a população (Município de FCR, 2018 k).

Figura 14 - Projeto Cegonha Móbil

Fonte: Município de FCR (2018 k)

2.6- Eventos

O município procura atrair pessoas para o concelho, através da realização de algumas atividades/eventos realizados ao longo do ano. Assim sendo, destacam-se dois eventos que se realizaram no ano de 2016: Rainha da Amendoeira em Flor e Figueira com Vida.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 34

A “Rainha da Amendoeira em Flor”

As Amendoeiras em Flor são dos postais mais apelativos de FCR. Por todo o concelho desabrocham as pequenas, mas belas flores da amendoeira, que de rosa e branco salpicam os campos e anunciam o prenúncio de uma Primavera antecipada.

As Amendoeiras em Flor são o maior e o mais apelativo cartaz turístico da região de Figueira. A Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo para assinalar esta força viva da natureza, em ambiente festivo e dinâmico, preparou um cartaz como é visível na figura 15, onde a cultura, o desporto, a caça, a música e a gastronomia são alguns dos ingredientes desse programa que se realizou nos fins semana entre 19 de fevereiro e 13 de março de 2016 (Município de FCR, 2018 l).

Fonte: Município de FCR (2018 l)

“Figueira Com Vida”

A Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo organiza todos os anos a edição da “Figueira Com Vida”. Esta é uma clara aposta da autarquia na promoção e divulgação do que melhor se faz em FCR, dos seus produtos endógenos de excelente qualidade, do património arquitetónico e paisagístico, entre muitos outros encantos.

A “Figueira Com Vida” teve lugar no Largo Serpa Pinto, de 12 a 15 de agosto de 2016 (Figura 16), e contou com grandes concertos e muita animação nas noites quentes de

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 35

Verão. Para além dos concertos salienta-se também a feira de produtos regionais que decorreu em simultâneo (Município de FCR, 2018 m).

Fonte: (Município de FCR, 2018 m)

Para que toda a população do concelho tenha conhecimento dos diversos eventos que decorrem no concelho, é enviada uma revista gratuitamente, como ilustra a figura 17, onde são divulgados todos os pontos importantes que decorreram ou vão decorrer ao longo do ano.

Figura 17 - Boletim Municipal

Fonte: Elaboração Própria Figura 16 - Cartaz da Figueira com Vida

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2.7- Análise SWOT

Depois de se proceder à análise do meio envolvente e à análise da organização, a análise SWOT surge para apresentar de forma integrada o resultado do processo de análise estratégica.

A expressão SWOT resulta das palavras Strengths (pontos fortes), Weaknesses (pontos fracos), Opportunitties (oportunidades) e Threats (ameaças).

“ A visão conjunta da análise do meio envolvente com a análise da empresa é gerado um conjunto de possíveis medidas estratégicas que permitam à empresa aproveitar as oportunidades, tentar transformar as ameaças em oportunidades, ou, pelo menos, diminuir o seu impacto, bem como reforçar os seus pontos fortes e minimizar os seus pontos fracos” (Lisboa et al., 2011).

A partir da informação recolhida (no interior e exterior do município) realizou-se a análise SWOT para o Município de Figueira de Castelo Rodrigo, identificando as oportunidades e ameaças (análise externa) e em simultâneo os pontos fortes e fracos, (análise interna da organização). Esta análise está esquematizada na tabela 3.

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Relatório de Estágio no Município de Figueira de Castelo Rodrigo 37 Tabela 3 - Análise SWOT do Município de FCR

Pontos Fortes Pontos Fracos

Equipa de colaboradores qualificados;

Modernização e inovação administrativa;

Serviços de qualidade prestados aos munícipes; Boa planificação da oferta turística;

Boa localização do edifício; Boa integração de novos colaboradores.

Ausência de formação aos profissionais;

Falhas constantes no serviço informático;

Instalações um pouco antigas;

Falta de comunicação entre diferentes seções;

Insuficiente apoio aos jovens;

Oportunidades Sugestões Sugestões

Parcerias com municípios vizinhos;

Condições reconhecidas nacionalmente dos produtos típicos, maioritariamente o vinho; Mais valorização do concelho; Novas tecnologias. Continuar a apostar na contratação de profissionais qualificados e na valorização do concelho.

Apostar mais na formação dos profissionais e apostar na remodelação das

infraestruturas.

Ameaças Sugestões Sugestões

Zona no interior com pouco investimento;

Envelhecimento da população;

Má acessibilidade; Muitos conflitos entre os partidos políticos do concelho.

Continuar a apostar na valorização do concelho e nos serviços prestados aos munícipes.

Apostar em facilidades de investimentos para as

empresas, para com isso criar mais empregos e tentar valorizar o interior (beira alta).

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Capítulo III - Atividades

Realizadas no Estágio

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3.1- Enquadramento Geral do Estágio

No início desta caminhada, foi dito à estagiária que o protocolo estabelecido pelo IPG, permitia ser escolhida a entidade para fazer o estágio curricular. Foi então que a estagiária antes de qualquer decisão tomada, não hesitou em fazer um primeiro contacto pessoalmente na entidade do Município de Figueira de Castelo Rodrigo. Depois da troca de informações, e de ser aceite, foram acordados os detalhes, entre o Município e o IPG e a estagiária.

O estágio teve início no dia 27 de junho de 2016 e terminou no dia 16 de setembro de 2016. O horário cumprido ao longo do estágio foi das 9.00h às 17.30h, com interrupção para almoço do 12.30h às 14h, de segunda a sexta feira.

No primeiro dia de estágio, o supervisor acompanhou a estagiária numa visita às instalações e apresentou os futuros colaboradores de trabalho.

No presente capítulo irão ser apresentadas as atividades realizadas ao longo do estágio. Estas atividades centraram-se na Divisão Financeira, chamada de Departamento de Gestão Financeira, Contabilidade e Tesouraria do Município de Figueira de Castelo Rodrigo.

3.2- Objetivos do Trabalho Desenvolvido

A concretização deste estágio teve como objetivo primordial assegurar todas as tarefas e atividades que foram propostas de forma a garantir um bom estágio, tentando sempre ser proveitosa, eficaz, eficiente, autónoma e profissional e simultaneamente aumentar as competências da estagiária.

Com este estágio a estagiária pretendeu também desenvolver posturas e condutas adequadas às tarefas desempenhadas, aperfeiçoar o conhecimento dos conteúdos adquiridos nas unidades curriculares e utilizá-los na prática do seu trabalho. Conjuntamente pretendia aplicar os saberes adquiridos nas atividades práticas.

Referências

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