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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Skiparque, Sameiro (Manteigas)

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Academic year: 2021

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Relatório de Estágio

Licenciatura em Desporto

Hugo Miguel Duarte Martins

(3)

I ´

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Hugo Miguel Duarte Martins

Relatório para a obtenção da Licenciatura em Desporto

(4)

II

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Skiparque

Orientador de Estágio: Bernardo Santos Orientado: Hugo Miguel Duarte Martins Orientador de ESECD: Jorge Casanova

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III

Ficha Técnica

Instituição: Instituto Politécnico da Guarda

Escola: Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto Endereço: Av. Dr. Sá Carneiro 50, 6300-559 Guarda

Telefone: 271220135; Fax: 271220111; E-mail: directoresecd@ipg.pt

Docente orientador de estágio: Jorge dos Santos Casanova E-mail: jcasanova@ipg.pt

Discente: Hugo Miguel Duarte Martins Nº de aluno: 507442

Telemóvel: 961060279; E-mail: hugomiguel28@gmail.com

Instituição de Estágio

Endereço: Largo Relva da Reboleira Sameiro,6260-311 Sameiro - Manteigas Telefone: +351 275980090; Telefone: +351 963832726 ;

E-mail: skiparque@saboresaltaneiros.pt Web: www.skiparque.pt

Orientador na Instituição: Bernardo Santos E-mail: bernardo.santos@saboresaltaneiros.pt

Duração do Estágio: 36 semanas Data de Início: 3 de Outubro de 2013 Data de Fim: 16 de Junho de 2014

(6)

IV

Agradecimentos

Quero deixar aqui os meus agradecimentos a todos aqueles que tornaram toda esta aventura possível.

Em primeiro lugar quero agradecer à minha companheira, por todo o apoio, por ter estado sempre ao meu lado .

Á minha família pelo apoio prestado.

À professora Natalina Casanova por ter sugerido o local para estagiar e pelo apoio sempre prestado.

Ao professor Casanova, orientador no IPG, por me ter guiado nesta aventura. Ao professor Bernardo Santos, orientador no Skiparque, pela compreensão e conhecimentos transmitidos durante o estágio.

À Professora Rosa Chuva por me ter providenciado transporte na fase inicial do estágio. E principalmente ao professor Carlos Sacadura, por ter providenciado transporte o resto do ano para o local de estágio.

Quero também agradecer a todos os colaboradores do Skiparque, principalmente ao Zé Luís que foi aquele com quem passei mais tempo, dentro e fora do estágio. Aprendi muito com ele, tanto a nível profissional como a nível pessoal.

Por fim agradecer aos meus colegas de curso com quem partilhei muitas experiências e cresci muito com eles.

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V

Resumo

Este relatório de estágio está inserido na Unidade Curricular Estágio e, tem como objectivo desenvolver a autonomia e permite a passagem dos conhecimentos teóricos para os práticos.

Na área do desporto, esta foi a primeira experiência em contexto profissional. O estágio no Skiparque permitiu adquirir novos conhecimentos e aprofundar outros na área de Desportos de Natureza. O Skiparque está localizado no concelho de Manteigas.

Durante o estágio realizei diversas actividades, como por exemplo: leccionar aulas e iniciação de esqui, segurança no slide, atender os clientes, confeccionar comida, servir bebidas, manutenção e limpeza do material das actividades, preparação das casas de xisto, limpeza da zona de aluguer de material e casas de banho.

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VI

Resume

This report is inserted in the internship subject and has as purpose to develop autonomy and it allows the transition of theorical knowledge to particle.

In the Sports field, this was my first experience in professional context. The internship in Skiparque allowed me to acquire new knowledge and deepen others in the nature sports field. Skiparque is located in the county of Manteigas.

During this internship i did several activities, such as: teaching ski, safety in slide, serve the clients, prepare food and serve beverages, maintenance and cleaning the material for the activities, preparation of the shale houses, cleaning of the rent material zone and bathrooms.

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VII

Índice

Índice de Ilustrações ... X Índice de Tabelas ... XII

Introdução ... 1

Parte I – Contextualização do local de estágio ... 3

1 - Caracterização – Manteigas ... 3

1.1 - Potencialidades Turísticas do concelho de Manteigas ... 4

1.2 - Património Natural ... 4 2 - Caracterização – Skiparque ... 8 2.1 - Sabores Altaneiros ... 8 2.2 - Recursos ... 9 2.2.1 - Recursos Humanos ... 9 2.2.2 - Recursos Físicos ... 10 2.2.3 - Recursos Materiais ... 11 2.3 - Actividades ... 11

Parte II - Revisão da Literatura ... 13

1 - Desporto de Natureza ... 13

1.1 - Orientação ... 14

1.2 – Bicicleta todo o terreno (BTT) ... 15

1.3 - Slide ... 16

1.4 - Tiro com arco e Zarabatana ... 16

1.5 - Esqui ... 17

1.5.1 - Técnicas de esqui alpino ... 17

1.5.1.1 - Descida Directa ... 18

(10)

VIII

1.5.1.3 – Descida com viragens em Cunha... 19

1.5.1.4 – Aprendizagem ... 19

1.6 – Pedestrianismo/Trekking ... 21

Parte III – Objectivos, Fases e Actividades ... 22

1 - Estágio ... 22 1.1 - Objectivos ... 22 1.2 - Fases ... 23 1.2.1 - Observação ... 24 1.2.2 - Co-orientação ... 24 1.2.3 - Orientação ... 25 1.3 - Horário ... 25 1.4 - Actividades Desenvolvidas ... 25 1.4.2 - Actividades ... 29

1.4.1 - Aulas de iniciação de esqui ... 30

1.4.1.1 – Reflexão das aulas de iniciação de Esqui ... 31

1.4.2 - Propostas ... 32

1.4.2.1 - Percursos (Anexo 5) ... 32

1.4.2.2 - Actividade (Anexo4) ... 33

1.4.3 - Formações ... 34

Parte IV – Reflexão Final ... 35

1 – Aplicação prática dos conhecimentos teóricos durante o estágio ... 35

2 – Reflexão Geral ... 37

Conclusão ... 39

Referências Bibliográficas ... 40

Anexos ... 1

(11)

IX

Plano de estágio ... 2

Anexo 2 ... 3

Plano de aula - Esqui ... 3

Anexo 3 ... 5 Proposta Actividade ... 5 Anexo 4 ... 6 Formações ... 6 Monitor de Esqui ... 6 Meteorologia ... 7 Anexo 5 ... 8

(12)

X

Índice de Ilustrações

Ilustração 1 - Localização geográfica do concelho de Manteigas no distrito da Guarda

em Portugal Continental ... 3

Ilustração 2 - Vale Glaciar do Zêzere ... 5

Ilustração 3 - Poço do Inferno ... 6

Ilustração 4 - Locais de interesse turístico do concelho de Manteigas ... 7

Ilustração 5 - Localização Skiparque ... 10

Ilustração 6 - Skiparque ... 10

Ilustração 7 - Praia Fluvial... 10

Ilustração 8 - Casas de Xisto ... 10

Ilustração 9 - Zona de aluguer de material ... 11

Ilustração 10 - Pista de Ski ... 11

Ilustração 11 - Tiro com arco e Zarabatana ... 12

Ilustração 12 – Slide ... 12

Ilustração 13 – Orientação ... 14

Ilustração 14 – BTT ... 15

Ilustração 15 – Slide ... 16

Ilustração 16 - Tiro com arco ... 16

Ilustração 17 - Tiro com Zarabatana... 16

Ilustração 18 - Material de Esqui ... 17

Ilustração 19 - Como calçar o baston ... 17

Ilustração 20 - Como calçar os esquis ... 18

Ilustração 21 - Posição base de esqui ... 18

Ilustração 22 – Cunha ... 18

Ilustração 23 - Viragem em Cunha ... 19

Ilustração 24 - Plano de estágio ... 2

Ilustração 25 - Plano de aula de iniciação de esqui ... 3

Ilustração 26 - Plano de aula de iniciação de esqui ... 4

Ilustração 27 - Proposta de actividade ... 5

Ilustração 28 - Panfleto - Formação de Esqui... 6

(13)

XI

Ilustração 30 - Acção de formação de iniciação ao esqui - IPG ... 7

Ilustração 31 - Orientação (mapa) ... 8

Ilustração 32 - Perfil de elevação (azul) ... 9

Ilustração 33 - Perfil de elevação (amarelo) ... 9

Ilustração 34 - - Perfil de elevação (vermelho) ... 9

Ilustração 35 - Percurso pedestre (média) ... 10

Ilustração 36 - Percurso pedestre (média/difícil) ... 10

Ilustração 37 - Percurso pedestre (média/difícil) ... 11

Ilustração 38 - Percurso pedestre (difícil) ... 11

Ilustração 39 - Percurso pedestre (difícil) ... 12

Ilustração 40 - Percurso de btt (média) ... 13

(14)

XII

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Actividades de Aventura ... 29

Tabela 2 – Actividades Fonte: Própria ... 29

Tabela 3 – Aulas de iniciação de esqui (individual) ... 30

(15)

XIII

Lista de Abreviaturas

IPG – Instituto Politécnica da Guarda

ESECD – Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão

(16)

1

Introdução

Como refere Caires & Almeida (1997), o Estágio pode ser uma experiência de formação organizada e fundamental na formação preparando os alunos para a entrada no mundo profissional. (Torres, Z. (2011)).

O estágio relatado neste presente relatório está inserido na licenciatura em Desporto, na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do Instituto Politécnica da Guarda. Este teve início no mês de Outubro e terminou em Junho.

O local de estágio escolhido foi sugerido pela professora Natalina R. Casanova. Depois tive que ter em conta um conjunto de factores como a distância, as actividades que oferecia para ver se havia condições mínimas para realizar um bom estágio.

Quando decidi estagiar na área de desportos de natureza, a primeira preocupação foi ser capaz de aplicar os conhecimentos adquiridos na unidade curricular de desportos de natureza e na de opção de treino desportivo – especialização em desportos de natureza. Escolhi esta área pois penso que tem a ver com a minha filosofia e estilo de vida. Escolhi o Skiparque, devido à proximidade e por oferecer um vasto conjunto de actividades que se encaixavam nos objectivos formulados inicialmente, e a maior parte delas já as tinhas experienciado anteriormente nas unidades curriculares de desportos de natureza. Inicialmente defini alguns objectivos, como conhecer a organização e gestão de uma empresa de desportos de natureza, a logística envolvida na preparação das actividades, aprender áreas diferentes das experienciadas no curso bem como leccioná-la.

Segundo Vasconcelos, P. (s.d.). ”Um relatório é um documento que descreve

em detalhe um trabalho técnico, como uma experiência científica ou a implementação de uma tecnologia. No contexto da disciplina de Estágio, o relatório é escrito pelo aluno no final do semestre como uma síntese do trabalho efectuado na instituição de acolhimento.” Assim sendo, nas próximas páginas vou tentar ir ao encontro da definição

de relatório do autor.

Na parte inicial do relatório é apresentada e caracterizada a região de Manteigas, onde está inserido o local de estágio, falando um pouco sobre o seu património e as potencialidades turísticas. De seguida é caracterizado o local de estágio,

(17)

2 onde está localizado, os recursos que possui, o que tem para oferecer e todos os colaboradores que trabalham na empresa.

Em seguida, segue-se uma breve revisão de literatura sobre desportos de natureza e das diferentes modalidades abordadas durante o estágio.

A parte seguinte está relacionada com o estágio em si. Apresentando os objectivos de estágio, as fases de estágio, o horário durante todo o ano lectivo. Posteriormente apresento as actividades que foram desenvolvidas durante o estágio, bem como as propostas de actividades e as formações pertinentes à área de estágio que frequentei.

Não menos importante, uma breve introdução às unidades curriculares, que penso, terem sido as mais úteis. Com isto, não pretendo menosprezar as restantes unidades curriculares, refiro estas pois foram as que mais informação retirei.

Na reflexão final é onde são apresentados todos os aspectos positivos e aqueles menos bons que precisam de ser melhorados.

Por fim, na conclusão apresento as expectativas/objectivos que foram ou não concretizados, uma breve opinião sobre esta experiência e sobre a empresa de estágio.

(18)

3

Parte I – Contextualização do local de estágio

1 - Caracterização – Manteigas

1

O concelho de Manteigas encontra-se integrado na área da Cordilheira Central, totalmente inserido no Parque Natural da Serra da Estrela e na Rede Natura. Localizado na Região da Beira Interior, é o Município mais pequeno do Distrito da Guarda, com uma área

aproximada de 122km2, repartidos por quatro freguesias: São Pedro, Santa Maria

(constituem a Vila de Manteigas), Sameiro e Vale da Amoreira (anexas à Vila de Manteigas). O concelho é delimitado pelos municípios da Guarda, Covilhã, Seia e Gouveia.

1 - Lazer, Turismo E Desenvolvimento Local em Território de Montanha – O Exemplo do Concelho de Manteigas – David Saraiva

Ilustração 1 - Localização geográfica do concelho de Manteigas no distrito da Guarda em Portugal Continental

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4

1

O concelho constitui, por si só, uma zona privilegiada, dadas as suas condições naturais, ecológicas e paisagísticas. Apresenta sob o ponto de vista morfológico três unidades distintas que compreendem a área planáltica, o Vale Glaciar do Zêzere e zonas xistosa do nordeste. Grande parte do território é ocupado por matas e “incultos” (acima dos 1500 metros de altitude), e nas zonas florestadas predomina entre outras, o pinheiro bravo, o castanheiro.

1.1 - Potencialidades Turísticas do concelho de Manteigas

O concelho de Manteigas, a 700 metros de altitude, é uma região típica de montanha. Inserido no Vale Glaciar do Zêzere, é considerado um território único e singular em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, cujas condições naturais, ecológicas e paisagísticas deslumbram naturais e visitantes. Destaca-se, também, pelo património construído, ligado à religião e fé que sempre fizeram parte da história do povo manteiguense.

1.2 - Património Natural

A Torre (Ilustração 4 – 01), partilhada com os concelhos da Covilhã e de Seia, é o ponto mais alto de Portugal Continental (1.993 metros). Em 1949, com a implantação da célebre “Torre do Cume”, passa a completar os conhecidos 2.000 metros de altitude. Cerca de 6 quilómetros mais abaixo, seguindo a direcção «Manteigas» encontra-se a Nave de Santo António (Ilustração 4 - 02). Este “monumento natural”, localizado a cerca de 1.550 metros de altitude, não é mais do que uma “planície arenosa de aluvião” (Ferreira, et al., 1999) (cervunal com rochas graníticas), que noutros tempos teria sido uma lagoa glaciária.

1 - Lazer, Turismo E Desenvolvimento Local em Território de Montanha – O Exemplo do Concelho de Manteigas – David Saraiva

(20)

5

1

Na descida do Vale Glaciar do Zêzere avistam-se os Cântaros (Ilustração 4 – 03), três grandiosos maciços rochosos em granito. A população local afirma que aquelas rochas têm tanta água lá dentro que parecem cântaros. Devido aos diversos tamanhos que eles apresentam foram designados de cântaros - Magro, Raso e Gordo. É no sopé do Cântaro Magro que nasce o Rio Zêzere. Neste trajecto é ainda possível visualizar o perfil perfeito em «U» do Vale Glaciar do Zêzere (Ilustração 2). O Vale Glaciar do Zêzere (Ilustração 4 - 06) é, sem dúvida, uma maravilha da natureza que mostra bem a acção do gelo há milhares de anos. No ano de 2010 foi finalista no Concurso 7 Maravilhas Naturais de Portugal, na categoria grandes relevos.

É ainda possível apreciar o Covão d’Ametade (Ilustração 4 – 04). Trata-se de uma antiga lagoa de origem glaciar situado a 1420 metros de altitude. É um local revestido por relvados naturais (cervunais), sendo, por isso, privilegiado para o campismo, respeitando a sensibilidade do local. (Ilustração 4 - 06) é, sem dúvida, uma maravilha da natureza que mostra bem a acção do gelo há milhares de anos. No ano de 2010 foi finalista no Concurso 7 Maravilhas Naturais de Portugal, na categoria grandes relevos.

Ilustração 2 - Vale Glaciar do Zêzere Fonte: David Saraiva

1 - Lazer, Turismo E Desenvolvimento Local em Território de Montanha – O Exemplo do Concelho de Manteigas – David Saraiva

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6

1

A meio da descida em direcção a Manteigas encontra-se a Fonte Paulo Luís Martins (Ilustração 4 – 05), onde corre um dos mais caudalosos cursos de água que afluem do Rio Zêzere.

No mesmo trajecto, seguindo a estrada florestal (antes de chegar ao Viveiro das Trutas – Ilustração 4 – 08) encontra-se o Poço do Inferno (Ilustração 4 – 07). Situado a 1.080 metros de altitude, trata-se de uma queda de água cristalina e gélida com cerca de 11 metros, que rasga por força da natureza o rochoso granito e o xisto (Ilustração 3).

1 - Lazer, Turismo E Desenvolvimento Local em Território de Montanha – O Exemplo do Concelho de Manteigas – David Saraiva

Ilustração 3 - Poço do Inferno Fonte: David Saraiva

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7

1

Percorrendo a EN 232 em direcção a Gouveia e Seia é possível visitar o Covão da Ponte (Ilustração 4 – 09). Situado a 960 metros de altitude, é banhado pelo Rio Mondego, fronteira natural do concelho de Manteigas com Gouveia. O Covão da Ponte simboliza mais um dos rios portugueses, com nascente no Mondeguinho (Gouveia), a escassos quilómetros do local. Este local possui um parque de campismo (apenas funciona na época de Verão), equipado com sanitários, parque de merendas e bar.

No mesmo percurso (EN 232) é possível vislumbrar outro local emblemático do concelho de Manteigas, as Penhas Douradas (Ilustração 4 – 10). Localizadas a 1475 metros de altitude, foi procurado, em tempos, para curar doenças do foro respiratório, como as doenças pulmonares. Caracterizadas pela sua tranquilidade, nas Penhas Douradas é ainda possível admirar belíssimas e raras paisagens, através do Miradouro do Fragão do Corvo (Ilustração 4 – 11). Daqui pode avistar-se o casario da Vila de Manteigas, a magnitude do Vale Glaciar do Zêzere, o Campo Romano e a imponência da Fraga da Cruz5. Tal contemplação só é possível devido à altitude montanhosa em que

se situa.

1 - Lazer, Turismo E Desenvolvimento Local em Território de Montanha – O Exemplo do Concelho de Manteigas – David Saraiva

Ilustração 4 - Locais de interesse turístico do concelho de Manteigas Fonte: David Saraiva

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8

2 - Caracterização – Skiparque

2.1 - Sabores Altaneiros

2

O Grupo Sabores Altaneiros tem a sua sede em Manteigas e tem como ambição ser reconhecido como uma referência no desenvolvimento sustentável e na disseminação do valor da Serra da Estrela.

Para isso desenvolve actividades económicas que oferecem de modo sustentável experiências memoráveis de Sabor, Lazer e Aventura.

Presentemente a actividade do grupo tem 3 vertentes de actuação:

Na área do Turismo de natureza e aventura materializando a actuação na gestão do Skiparque (aberto todos os dias das 10h00 às 18h00, em alguns fins-de-semana com horário alargado, e durante a época balnear (Verão) das 8h00 às 22h00) e na oferta diversificada de programas “chave na mão” que incluam experiências na Serra da Estrela (percursos pedestres, passeio, raids, programas combinados para grupos, empresas, etc);

Na área da criação de rebanhos de cabras, contando neste momento com algumas centenas de animais destinados à produção de carne ou leite;

Na área da produção e comercialização de produtos regionais da Serra da Estrela nomeadamente:

o Bolos tradicionais – esquecidos, biscoitos de azeite, lauras, bolos de leite, lagartas, etc;

o Queijo – cabra, ovelha, mistura; o Mel puro;

o Cabritos.

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9 2.2 - Recursos

Abaixo seguem os recursos do Skiparque. A quantidade de colaboradores que possui no complexo bem como as instalações e material para a prática das actividades.

2.2.1 - Recursos Humanos

Director: Luís Marques (responsável pela gestão do Grupo Sabores Altaneiros)

Sócios: Bernardo Santos, Cláudia Massano, Nuno Rabaça (assistentes na gestão do Grupo Sabores Altaneiros)

Colaboradores:

Jorge Carvalho (responsável pelo bar);

Luís Quaresma (responsável pela manutenção do equipamento e do complexo);

Zé Luís (responsável pelo escritório, organização e gestão das actividades);

Susana Saraiva (responsável pela contabilidade);

Luís Marques

Bernardo Santos Cláudia Massano Nuno Rabaça

Jorge Carvalho Luís Quaresma Zé Luís Susana Saraiva

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10 2.2.2 - Recursos Físicos

O Skiparque está localizado no Largo Relva da Reboleira, Sameiro.

Na ilustração 6 é possível observar as pistas sintéticas para a prática de esqui/snowboard e o complexo do aluguer de material/recepção. E também o parque de campismo. Na ilustração 7 temos a praia fluvial.

Na ilustração 8 podemos ver as casas de xisto que estão inseridas dentro do parque de campismo. Duas casas para famílias (Casa oliveira (T1) e Casa Altaneira (T2)) e uma casa para grupos (Casa do alpendre (T2)).

Ilustração 7 - Praia Fluvial Fonte: Skiparque

Ilustração 8 - Casas de Xisto Fonte: Skiparque Ilustração 5 - Localização Skiparque

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11 2.2.3 - Recursos Materiais

No edifício ao lado das pistas, no piso de baixo, encontramos a zona de aluguer com material para a prática das modalidades oferecidas pelo Skiparque. (Ilustração 9)

Desde os esquis, as pranchas de snowboard, os arcos e as zarabatanas, os boldriés, as btt, os capacetes, as botas, etc.

2.3 - Actividades

O Skiparque, dentro do seu complexo, oferece um conjunto de actividades, sejam elas terrestres ou aéreas.

Esqui/Snowboard

Uma pista de esqui sintética de aprendizagem com uma inclinação média de 15%;

Um Half-Pipe com uma inclinação média de 35%;

Uma pista de descida de 400m de comprimento com uma inclinação média de

25% com um sistema de iluminação que permite a prática de esqui nocturno;

Um Telesqui de 300m de longitude com uma saída intermédia.

Ilustração 9 - Zona de aluguer de material

Fonte: Skiparque

Ilustração 10 - Pista de Ski Fonte: Skiparque

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12 Aventura Escalada/Rapel Passeios Pedestres Pontes de Cordas Slide

Tiro com Arco e Zarabatana BTT

Orientação

Ilustração 11 - Tiro com arco e Zarabatana Fonte: Skiparque

Ilustração 12 – Slide Fonte: Skiparque

(28)

13

Parte II - Revisão da Literatura

1 - Desporto de Natureza

Segundo Costa (1998), os desportos de aventura de natureza são uma tendência social de fazer coisas fora do comum e escapar às pressões urbanas das cidades, numa intenção desesperada de recuperar o contacto com a natureza.(Marques (2004))

Segundo Fonseca (2001), os valores que levam as pessoas à prática de actividades desportivas de aventura na natureza são: o contacto com a natureza, o gosto pela aventura, ver lugares diferentes, divertimento e ver paisagens e horizontes diferentes. Segundo Guay (1993), os atletas de orientação procuram na competição sensações de liberdade, determinação e outras sensações ainda por descobrir. (Marques (2004))

“Segundo (Carvalhinho, 2006; Wurzinger e Johansson, 2006; Juric, Cornwell

e Mather,2002), assistimos ao aparecimento de novos desportos e a formas renovadas de praticar os desportos já existentes, mas presenciamos sobretudo uma alteração na utilização do corpo. A água, a terra e o ar transformam-se assim num verdadeiro ginásio de grandes dimensões. O crescente interesse pela prática de actividades de ar livre, a nível quer nacional, quer internacional, aparece compactado com o desenvolvimento do turismo de natureza, que tem precisamente como objecto da actividade turístico-recreativa a própria natureza. A este desenvolvimento, podem associar-se motivações de ordem muito diversa, entre as quais é comum destacar a “necessidade de evasão do quotidiano urbano, a importância conferida ao desporto informal, o gosto pelo contacto com a natureza e o desafio que constituem alguns desportos chamados de aventura” (Barbosa e Rego, 1999). Por estas razões, podemos distinguir, no contexto do turismo de natureza, a emergência de um novo vector que denominamos “desporto de natureza”.

“Com enquadramento nas modalidades consignadas no Programa Nacional de Turismo de Natureza, o desporto de natureza apresenta-se, actualmente, como um importante depositário das novas aspirações surgidas em matéria de turismo e recreio, constituindo, talvez, um dos fenómenos mais emblemáticos dos novos conceitos de lazer e também das novas formas de praticar desporto ou fazer turismo. A modalidade

(29)

14

desporto de natureza inclui todas as actividades desportivas que sejam praticadas em contacto directo com a natureza e que, pelas suas características, possam ser exercidas de forma não nociva à sua conservação. (Decreto-Lei n.º 47/99, de 16 de Fevereiro alterado pelo Decreto-Lei n.º 56/2002, Artigo 9º, de 11 de Março).

No n.º 3 do artigo 3.º do referido diploma, constam as actividades de desporto de natureza, que são as que, seguidamente, se enunciam: a) pedestrianismo; b) montanhismo; c) orientação; d) escalada; e) rapel; f) espeleologia; g) balonismo; h) parapente; i) asa-delta sem motor; j) bicicleta todo-o-terreno (BTT); l) hipismo; m) canoagem; n) remo; o) vela; p) surf; q) windsurf; r) mergulho; s) rafting; t) hidrospeed; u) outros desportos e actividades de lazer cuja prática não se mostre nociva para a conservação da natureza.” (Alves, A. (2010))

1.1 - Orientação

"A tarefa da Orientação está em navegar através de um terreno desconhecido,

ao longo de um percurso delimitado por determinado número de postos de controlo, usando somente o mapa e a bússola" (Ottosson, 1996).

Para Seiler (1994), " a Orientação é um desporto com

grandes exigências tanto físicas como psicológicas. A questão do equilíbrio entre correr rápido e navegar com precisão é uma das mais desafiantes neste desporto"

(Marques, F. (2004))

Ilustração 13 – Orientação

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15 1.2 – Bicicleta todo o terreno (BTT)

A Bicicleta todo o terreno (BTT) pode ser utilizada com vários objectivos, onde a mesma pode preencher várias vertentes:

Vertente utilitária – este tipo de vertente deveria ser a mais habitual, principalmente devido às deslocações que poderíamos realizar com a mesma, o que permitia uma melhoria na saúde e também no ambiente; Lazer/condição física – esta vertente está a ganhar cada vez mais

adeptos, devido ao objectivo da manutenção da forma física e onde se aproveita para visitar novos locais;

Competitiva – Como modalidade está também a crescer em Portugal e a ganhar cada vez mais atletas.

Esta modalidade pode ser praticada em estradas de terras, trilhos montanhosos, em serras e parques. (Adaptado de Alpiarça, M.

(2012))

Ilustração 14 – BTT

(31)

16 1.3 - Slide

O slide é uma manobra com corda de transposição oblíqua descendente, com zona de saída situada acima da zona recepção. O utilizador transpõe o aparelho suspenso (abaixo do nível das cordas), onde não existe contacto corporal com as cordas e roldanas para evitar entalamentos e queimaduras.

Para esta actividade são necessários vários monitores com qualificados. Um deles estará no ponto e saída, onde irá colocar o sujeito no slide e verificar a segurança. Os outros dois estarão no ponto de chegada a realizar segurança dinâmica, ou seja, cada um com uma corda a suavizar a travagem.(Adaptado de Silva, F.,

Sousa, J. C., Lopes, S., & Lopes, J. P. (s.d.).)

1.4 - Tiro com arco e Zarabatana

Tiro com Arco - este tipo de tiro é realizado com um arco e uma seta, em que o objectivo é acertar no alvo, obtendo várias pontuações consoante a cor onde a seta é colocada.

Tiro com Zarabatana - uma zarabatana (tubo comprido) e um dardo onde o objectivo é acertar no alvo com o dardo. (Fonte: própria)

Ilustração 15 – Slide

Fonte: Skiparque

Ilustração 16 - Tiro com arco

Fonte: Skiparque

Ilustração 17 - Tiro com Zarabatana

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17 1.5 - Esqui

A nível de lazer, o esqui alpino é uma modalidade que pode ser praticada em pistas, sejam elas naturais ou sintéticas.

A nível de competição consiste em percorrer um percurso com pontos de passagem obrigatórios (chamados de portas), sendo o principal objectivo realizar o percurso em menos tempo. Existem vários tipos de descidas que são: downhill (percurso mais longo onde se atingem maiores velocidades), slalom (têm de passar obrigatoriamente pelos pontos obrigatórios em menos tempo possível), slalom gigante (prova contra-relógio por onde os atletas têm de passar pelos pontos obrigatórios em menos tempo possível, porém e mais rápido que o slalom normal, devido a pista) e supergigante (prova de pura velocidade).

Para a prática deste desporto é necessário material especifico: esquis, botas, bastons, capacete, luvas e roupa adequada.

1.5.1 - Técnicas de esqui alpino

Baston

Para calçar o baston colocamos a mão por dentro da fita e depois agarramos a mesma e o punho do baston. Deste modo iremos ficar com a fita entre a mão e o punho. Em caso de queda, quando nos defendemos da mesma, a mão irá abrir, o baston irá ficar pendurado e a mão livre para nos apoiarmos.

Ilustração 18 - Material de Esqui Fonte: Quinta do anjo (olx)

(33)

18 Esquis

Para calçar os esquis, colocamos primeiro a saliência que se encontra na biqueira da bota e só depois é que fazemos força no calcanhar para calçar o resto da bota.

1.5.1.1 - Descida Directa

Descida na máxima pendente.

Tronco inclinado para a frente; Braços ligeiramente separados e

para a frente;

Joelhos e tornozelos ligeiramente flectidos;

Esquis sempre paralelos;

1.5.1.2 – Descida em Cunha

Esta técnica tem como objectivo controlar a velocidade.

A posição é diferente da técnica anterior:

Os esquis são colocados de forma convergente;

Os tacões separados;

E as espátulas de forma a que

se as prolongássemos, se iriam juntar (porem nunca se devem tocar).

Ilustração 21 - Posição base de esqui Fonte: Skiparque Ilustração 22 – Cunha Fonte: Skiparque Ilustração 20 - Como calçar os esquis

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19 1.5.1.3 – Descida com viragens em Cunha

Quando já se tem autonomia suficiente na técnica de controlo de velocidade, podemos dar início às viragens.

Esta técnica é semelhante à anterior, porém quando se pretende virar para um dos lados temos de exercer força/ou colocar o peso do corpo na perna oposta. Por exemplo, se pretendo virar para a direita, coloco o peso do corpo todo na perna esquerda e o mesmo acontece para a outra direcção.

(Adaptado de Rodriguez, P. J., & Wilhelmi, F. J. (s.d.).)

1.5.1.4 – Aprendizagem Objectivos – Crianças 1. Êxito 2. Diversão 3. Competição 4. Aprendizagem Objectivos – Adultos 1. Aprendizagem 2. Diversão 3. Êxito 4. Competição

Ilustração 23 - Viragem em Cunha Fonte: Skiparque

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20 Exercícios

o Variam conforme:

o A inclinação da pista; o Nível de ajudas;

o Complexidade dos mesmos;

Aprendizagem - Etapas

Segundo Castilho, C (2001) até que se domine a técnica passamos por três fases: A primeira é de contacto e compreensão;

A segunda, mais demorada, de prática e perfeição;

E a terceira em que automatizamos os movimentos, a direcção e a sua regulação já ocorrem de maneira automática, sem a participação da consciência.

Conselhos

Segundo Castilho, C. (2001), este refere que existem três aspectos fundamentais quando este ensina o esqui:

“Piensa cuesta abajo” – ou seja pensa que vais a deslizar pela pista até ao fundo;

“Mira hacia delante” – ou seja, olha para a frente; “Siente los pies” – ou seja, sente os pés.

Isto vai de encontro ao principal erro no esqui, a meu ver, que é olhar para os pés. Como consequência as pessoas vão-se esquecer de visualizar a descida e têm a tendência de olhar para os esquis e corrigir a trajectória, esquecendo os possíveis obstáculos que podem encontrar. Entre outros erros, temos o peso corporal projectado para a retaguarda, falta de movimento articular, rotações, falta de coordenação de movimentos. Porém estes são independentes do nível de dificuldade e/ou técnica.

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21 1.6 – Pedestrianismo/Trekking

O pedestrianismo pode ser definido como o trajecto a pé dos chamados Percursos de Grande Rota, uma rede de caminhos catalogados e sinalizados que atravessam a Europa em todas as direcções.

O trekking tem também outras actividades como excursionismo ou montanhismo. A grande diferença é que no montanhismo, o alpinista define uma meta, que seja alcançar o cume, o caminheiro não tem uma meta fixa. O caminho é um meio e não um fim.

No trekking foram aparecendo variações nos percursos:

Percursos de Grande Rota – com sigla GR, são os percursos com extensão igual ou superior a 50 km. Poderiam definir-se como os percursos principais em redor dos quais se estendem todos os restantes; Percursos de Pequena Rota – costumam estar ligados ao GR, criando

em redor destes uma rede de caminhos mais local. A sua extensão raramente alcança os 50 km;

Percurso de Pequena Rota Circulares ou Percursos Circulares – caracteriza-se por começar e terminar num mesmo ponto. Neste tipo de percurso, o caminheiro está condicionado pelos meios de transporte; Percursos Internacionais Europeus – têm continuidade em vários países

vizinhos e podem alcançar extensões muito grandes. Estes costumam coincidir na passagem de percursos de GR de outros países.

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22

Parte III – Objectivos, Fases e Actividades

1 - Estágio

Esta parte do relatório incide mais nos objectivos, as fases e as actividades desenvolvidas ao longo do estágio. Nesta parte podemos encontrar os objectivos formulados por mim e pela empresa na fase inicial do estágio. As fases pelas quais passei, desde a fase de observação (o objectivo desta fase foi, principalmente, perceber o funcionamento das actividades e da instituição), co-leccionação (onde já realizei as actividades em conjunto com um colaborador ou o orientador) e a fase da orientação (onde realizava com a autonomia suficiente as actividades). O horário durante todo o período de estágio. Por fim actividades desenvolvidas ao longo do estágio bem como as formações adquiridas durante o ano.

1.1 - Objectivos

Quando sabia que ia estagiar para o Skiparque fui ver as actividades que tinham para poder formular alguns objectivos de base, que são:

Adquirir experiência nas modalidades de esqui, escalada/rapel, slide e pedestrianismo:

o Conseguir elaborar um plano de aula de iniciação de esqui bem como dar a mesma de forma autónoma;

o Realizar a segurança na escalada/rapel e slide; o Acompanhar uma caminhada;

Ganhar autonomia em todas as tarefas: o Na preparação das casas; o Atendimento dos clientes; o Atendimento no bar.

Aplicar os conhecimentos adquiridos durante o curso bem como no local de estágio;

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23 Os objectivos propostos pela empresa foram os seguintes:

Promover a inserção do formando no mundo de trabalho, através de acções de formação, formação em contexto de trabalho, conversas informais e observação directa de outros colaboradores/monitores; Aplicar conhecimentos adquiridos ao longo da formação académica,

para que haja transferência e partilha de conhecimento com os colaboradores da empresa;

Promover hábitos através do desenvolvimento de capacidades, do espirito critico e empreendedor, sentido de responsabilidade, cooperação e autonomia;

Dotar o formando de ferramentas essenciais para que este preste um serviço de excelência (atendimento a clientes, leccionação de aulas de ski/snowboard, orçamentar, planear e organizar).

Segundo o Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais (2013), o objectivo do estágio curricular é “complementar a formação académica através do exercício de

tarefas e funções práticas em Instituições, proporcionando ao estudante a aprendizagem de competências profissionais num contexto real de trabalho.”

1.2 - Fases

No início do estágio, tinha noção que iria ser principalmente observar as tarefas e actividades. Numa primeira fase tentei compreender o funcionamento do Skiparque. A segunda fase era a fase de transição, em que ia realizar tarefas em conjunto com os colaboradores. Na terceira fase tinha noção que iria realizar as tarefas praticamente sozinho.

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24 1.2.1 - Observação

Os primeiros dois meses (Outubro e Novembro) foram principalmente de observação. Nesta fase a preocupação foi principalmente perceber o funcionamento da empresa.

No bar, escritório e no atendimento aos clientes, tinha o cuidado de observar o modo de como eram preparadas as refeições, a postura dos colaboradores e linguagem a ter perante o atendimento aos clientes. Como responder a uma chamada de telefone, como repor o stock de bebida e comida, as limpezas antes e depois de abrir o bar.

Na preparação das casas tive o cuidado de lembrar a ordem de execução. Primeiro retirava-se a roupa suja das camas, sofá, casa de banho e cozinha, depois varria-se e lavava-se a loiça caso houvesse, retirar a cinza do recuperador. Ainda limpar o pó, colocar roupa lavada nas camas, casa de banho, sofá e cozinha, shampoos e sabonetes na casa de banho. Por fim colocar lenha no cesto, acendalhas, fósforos e as ofertas de boas vinda, garrafa de água e um saco de bolos e no fim passar a esfregona.

No que diz respeito as actividades, inicialmente foi-me referido que iria leccionar aulas de esqui, então a preocupação foi observar com detalhe as aulas dos outros monitores. Comecei por observar a postura, linguagem e comportamentos dos monitores com os clientes. Os termos técnicos, os exercícios realizados, as progressões, os incentivos e também a reacção dos clientes perante os comportamentos do monitor.

Nas actividades realizadas, como o challenger altaneiro, que consistia numa prova de orientação com várias modalidades em diversos pontos (esqui, btt, tiro com arco e zarabatana, slide), observei principalmente a preparação da actividade em questão e como era gerido o grupo quando realizavam a mesma.

1.2.2 - Co-orientação

O mês de Dezembro foi quando já comecei a realizar as tarefas que observei anteriormente, mas sem total autonomia. Já ia recebendo os clientes, já atendia pedidos no bar, já era capaz de preparar o material para quem ia realizar alguma actividade. Foi também neste mês onde em ajudei o orientador numa aula de iniciação de esqui, onde o objectivo desta era só colocar as pessoas a realizar descidas directas na pista de

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25 iniciação devido ao tamanho do grupo. Nesta aula fiquei ao lado do orientador no local de estágio, a ajudar as pessoas a calçar os esquis, a dar instruções e dar inicio à descida das pessoas.

1.2.3 - Orientação

Foi em Janeiro que considerei que realizava a maior parte das tarefas com autonomia. Já conseguia ficar sozinho no atendimento do bar, dos clientes, na zona de aluguer de material, leccionar aulas de esqui, fosse individual ou de grupo.

1.3 - Horário

No primeiro mês fui sempre à quinta e sexta de manhã, como tinha boleia (da professora Rosa Chuva) aproveitava e ainda não sabia muito bem o funcionamento do Skiparque e qual a melhor solução. Então o horário era das 10h até às 16h.

No início de Novembro já percebia melhor o funcionamento do Skiparque, cheguei a conclusão que não tinha muitas actividades durante a semana, então comecei a ir (com o professor Carlos Sacadura) à quinta-feira à noite e regressava domingo por volta das 17h/18h. Ou seja, era praticamente três dias das 10h até as 18h, o horário de funcionamento normal.

Até ao fim do estágio a rotina foi esta, porém houve semanas em que me foi pedido para ir mais cedo, principalmente para a preparação de actividades.

1.4 - Actividades Desenvolvidas

Das primeiras tarefas que realizei, e possivelmente aquela com mais frequência devido a uma campanha (lançada pelo Skiparque em conjunto com a Odisseias), foi a preparação das casas de xisto que envolve: varrer a casa, mudar a roupa das camas e da casa de banho, desinfecção e limpeza da casa de banho e cozinha, colocar shampoos e sabonetes nas casas de banho, limpeza da salamandra, colocação de lenha nos cestos, fazer as camas e no fim passar a esfregona. Como pernoitei no complexo, também me competia receber os clientes. Por vezes havia clientes que chegavam depois da hora de

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26 funcionamento do Skiparque, então tinha que recebê-los, levá-los até à respectiva casa, dar uma breve explicação do funcionamento da casa e esclarecer dúvidas.

No edifício principal, começando pelo escritório, só passado algum tempo é que já possuía os conhecimentos e autonomia para atender o telefone, esclarecer dúvidas e receber os papéis relativos às campanhas que houve. No bar atendia os clientes, desde servir bebidas até refeições bem como os respectivos pagamentos. Na zona de aluguer de material preparava os clientes que iam realizar as actividades: esqui/snowboard (verificar o tamanho correspondente ao calçado e altura); escalada/rapel/slide (ajudar a vestir os boldriés); btt (manutenção das bicicletas); tiro com arco e zarabatana (preparação do arco e zarabatana bem como os respectivos alvos) bem como alguns pagamentos. No que diz respeito à limpeza, o bar todos os dias que ser limpo e desinfectado, por uma questão de higiene. A zona de aluguer de material sempre que havia esqui, tinha que ser limpa, devido ao pelo do tapete de pista que vinha nos esquis e botas, então era necessário limpar tanto o material, bem como a zona de aluguer. E por fim as casas de banho que semanalmente tinham também que ser limpas e desinfectadas.

Na parte final do estágio com o tempo a melhorar, houve uma crescente na actividade do slide. Houve dias em que realizava segurança a mais de 20 descidas, estas descidas não eram todas seguidas (excepto grupos) mas sim desfasadas durante o horário de funcionamento da empresa

A actividade que mais se realizou foi mesmo o esqui. Inicialmente só ficava a observar. Ouvia quais os termos mais adequados para o ensino, as técnicas de como ensinar a usar o material e o que não fazer. Observava também a disposição do professor bem como dos alunos.

Quando fui para o Skiparque, transmitiram-me que ia leccionar aulas de esqui, então a minha preocupação além de observar as aulas dos outros monitores, foi praticar a técnica. Por volta de Novembro, começou a vir a chuva e começou a haver gente a praticar esqui, foi quando dei início à prática da técnica de esqui sempre que o tempo me permitia. Penso que por fim de semana praticava sempre no mínimo uma hora, claro se possível praticava mais. Este tempo de prática foi essencial na evolução da aprendizagem do esqui. Ao início do estágio só fazia descidas directas com cunhas e no fim deste, já descida a fazer paralelas (descida em diagonal na pista).

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27 Challenger Altaneiro

Esta actividade está mais direccionada para grupos/turmas. Esta actividade consiste em realizar diversas actividades, como: esqui, orientação, tiro com arco e zarabatana, escalada/rapel, btt. A duração desta actividade é incerta pois está dependente da quantidade de pessoas que a realiza, mas regra geral demorava sempre mais que duas horas, devido ao ponto do slide, onde se demorava mais (por vezes era necessário que os clientes retirassem o boldrié para que outros pudessem realizar a actividade em questão). Geralmente o grupo é divido em dois (depende da quantidade de pessoas), e enquanto uns realizam a actividade de esqui (com duração de uma hora) os outros vão realizar o percurso de orientação onde este possui vários com pontos com algumas actividades que foram referidas anteriormente. Porém a escalada e o rapel nunca entraram nos percursos de orientação devido às condições atmosféricas nunca terem permitido a prática da mesma. Não havia condições de segurança suficientes.

Esta actividade envolvia a preparação dos mapas para a orientação, das bicicletas, colocação dos alvos para o tiro com arco e zarabatana, e quando chegavam os clientes para a realização da actividade, eram colocados os boldriés, antes de começar a mesma para o slide. No geral, inicialmente só ajudava na preparação da actividade. Mas depois já comecei a realizar a segurança no slide, a dar a aula de esqui e quando era preciso ficar de vigia noutro posto.

Actividades Extra

Durante o estágio houve actividades que realizei sem estarem contabilizadas, devido ao orientador ter pedido para não o fazer, pois havia remuneração.

Na primeira semana de férias do natal, de segunda-feira a domingo, o horário era das 10h até as 20h e dava uma média de duas aulas por dia, fora as tarefas que tinha que realizar (ajudar a arrumar o material, na limpeza, no bar, etc.). A segunda semana já foi mais calma. O horário era semelhante, mas só dei, mais ou menos, três aulas essa semana. Estas semanas foram onde evolui mais na leccionação de aulas de esqui.

Na semana da páscoa leccionei três aulas de grupo de iniciação ao esqui e ajudei/participei em três challenger altaneiros. No horário, houve dias em que tivemos

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28 que nos levantar mais cedo, e às 9h já tínhamos que estar presentes para a organização do material de esqui e do challenger altaneiro.

Por fim estive presente na Feira Ibérica de Turismo (FIT) onde ajudei na tenda de restauração do Skiparque. As tarefas eram principalmente, lavar a loiça, confeccionar comida, recolher a loiça das mesas, servir bebidas, atender pedidos. O horário foi desde as 12h da manhã até à 01h da noite.

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29 1.4.2 - Actividades

Na tabela 1, podemos observar a quantidades de vezes que foram realizadas as actividades de aventura. A maior parte delas estão inseridas no challenger altaneiro (slide, btt, orientação, tiro com arco e zarabatana) pois este está mais direccionado para grupos, porém o slide, o tiro com arco e zarabatana e o btt foram realizadas também fora do challenger altaneiro. Principalmente o slide, foi a actividade mais realizada.

Tabela 1 - Actividades de Aventura Fonte: Própria

Na tabela 2, temos as actividades normais. Devido à campanha que houve, relacionada com as casas de xisto, houve uma grande adesão à mesma, então sensivelmente dia sim, dia não era preciso preparar as casas.

Na zona de aluguer de material, preparava os clientes para as práticas que pretendiam, fossem elas esqui, snowboard, slide. Havia também a necessidade de

limpar a zona devido ao lixo que vinha nos esquis e botas da pista sintética de esqui.

O atendimento aos clientes era uma tarefa diária, inclusive no bar. A manutenção do material era realizada todos os meses.

Actividades Quantidade

Slide +100

BTT +11

Orientação +10 Tiro com arco

e zarabatana +15 Challenger

Altaneiro +10

Actividades Quantidade Preparar -

Casas de Xisto Semanalmente

Limpar WC Bar

Zona de aluguer de material

Semanalmente Atendimento Semanalmente Manutenção do material Mensalmente Tabela 2 – Actividades Fonte: Própria

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30 1.4.1 - Aulas de iniciação de esqui

Na tabela 3 temos a quantidade de aulas de esqui leccionadas bem como as respectivas horas. Por exemplo, analisando a tabela 3 temos que foram leccionadas 11 aulas de ski com um elemento, ou seja, foram leccionadas 11 aulas a 11 pessoas diferentes. Não foram obrigatoriamente todas a diferentes pessoas pois houve pessoas que quiseram voltaram para repetir. O mesmo se aplica ao resto da tabela.

Nº de elementos Quantidade de aulas de esqui leccionadas Quantidade de horas de esqui leccionadas 1 11 11 2 5 5 3 3 3 4 5 5 7 2 2 Total 26 26

Tabela 3 – Aulas de iniciação de esqui (individual) Fonte: Própria

Na tabela 4 temos o mesmo esquema. Foram leccionadas 5 aulas, de 1 ou 2 horas, a grupos diferentes com mais de 10 pessoas.

Nº de pessoas Quantidade de aulas Quantidade de horas

10 5 8

Tabela 4 - Aulas de iniciação de esqui (grupo) Fonte: Própria

Somando tudo, perfaz um total de trinta e quatro horas de leccionação de iniciação ao esqui e trinta e uma aulas de esqui.

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31 1.4.1.1 – Reflexão das aulas de iniciação de Esqui

Desde que comecei a leccionar aulas de esqui, fui apontando o que no meu entendimento podia melhorar nas aulas, que conhecimentos ainda faltavam, em suma as principais dificuldades encontradas durante a leccionação das mesmas.

No que diz respeito às idades, as crianças não estão muito preocupadas em realizar o que o monitor pede mas sim simplesmente descer a pista. Já os adultos estão mais preocupados em aprender, para que principalmente possam aventurar-se em outras estâncias. Recorrem mais ao Skiparque com o intuito de aprender o básico.

Na aula em geral, quando o grupo era grande (sendo da mesma idade ou não) gerava-se uma grande confusão, pois regra geral tinham que esperar pela sua vez para praticarem mais, tornando-se um pouco impacientes.

Quando ensinava o modo de subir na pista, sem ser pelo meio mecânico, encontrei em idades inferiores, dificuldades em utilizar método de escada devido à baixa coordenação motora. Sempre que era pedido para realizarem uma “fatia de pizza” (termo técnico do Skiparque, basicamente uma viragem em cunha no mesmo sítio) para se virarem para iniciar a descida, a maioria não fazia a “fatia de pizza” logo, caso o instrutor não estivesse presente iniciavam a descida antes de estarem preparados para realizar a mesma.

Na técnica em si, quando ensinava com os bastons, a tendência era “darem às asas”, ou seja, em vez de manterem os bastons a apontar para trás, estes apontavam para os lados como se tivesse a acelerar uma mota. Com muita frequência colocavam o peso do corpo para traz em vez de projectarem o mesmo para a frente. Também, por lesão, ou em alguns casos nunca cheguei a perceber, as pessoas tinham a tendência de colocar demasiado peso numa das pernas e como consequência a direcção mudava. Já na cunha, a tendência é afastarem os joelhos em vez dos calcanhares. Houve casos em que aprendizagem foi positiva, porém quando se aumentava a dificuldade (neste caso era ir para a pista de dificuldade média) estas demonstravam dificuldade em controlar a velocidade.

No que diz respeito aos aspectos positivos houve vários. Nas aulas um dos objectivos era dotar o cliente de autonomia suficiente para que este pudesse praticar esqui em outras estâncias sem grande auxílio. Em percentagem, diria que à volta de

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32 30/40% dos clientes a quem leccionei aulas de iniciação de esqui, ganharam a autonomia pretendida. O resto nem tanto, devido à idade, número de aulas leccionadas ao mesmo cliente ou devido à facilidade com que estes tinham em aprender. Acima de tudo, procurava que o cliente se divertisse e não que este visse esta experiência como um trauma. Pois a maioria dos clientes tinha muito receio em experimentar esqui, devido ao medo/vergonha de cair. Penso que a minha maior conquista foi uma aula que leccionei a uma família de quatro adultos e três crianças, em que no mesmo dia tiveram três aulas comigo. Os pais explicaram que o principal motivo foi devido às crianças terem engraçado comigo e a diversão que tiveram em aprender. Mais tarde, a Matilde (umas das três crianças referidas anteriormente) e os pais voltaram na páscoa para ter mais uma aula comigo. Só tive pena foi não ter progredido mais devido às condições atmosféricas que se fizeram sentir nesse dia.

1.4.2 - Propostas

Em seguida, são apresentadas um conjunto de propostas, como levantamento de percurso pedestres e de btt, novas vias de escalada e pontes de cordas.

1.4.2.1 - Percursos (Anexo 5)

Na parte inicial do estágio, o orientador – Bernardo Santos, pediu-me para elaborar alguns percursos pedestres, de btt e em orientação. Todos os percursos foram elaborados usando a ferramenta Google Earth.

Para a orientação, inicialmente elaborei três percursos diferentes, tendo sempre em atenção os seguintes aspectos:

Mostrar o complexo da empresa (ou seja, todos os locais onde se realizam as actividades que a empresa possui), bem como um pouco da área em redor;

Todo o tipo de idades que poderão vir a realizar a actividade em questão;

Todo o tipo de experiência, ou seja, percurso para pessoas com pouca ou muita experiência

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33 Também, inconscientemente, a distância e o relevo dos percursos faz

com que as pessoas de alguma forma realizem uma caminhada ligeira Os percursos possuem muitos pontos, um dos objectivos é também dar

algum descanso aos concorrentes, devido ao relevo da região.

Posteriormente, o orientador referiu que se pretendia implementar um percurso permanente e com pontos fixos, ou seja, um percurso que a qualquer dia do ano pudesse ser praticado, sem haver necessidade de preparar o mesmo anteriormente. Através da criação do percurso fácil, acrescentei novos pontos com diferentes cores consoante a dificuldade, deste modo iria permitir a marcação do percurso na sua íntegra, e quando alguém pretendia dificuldades diferentes só havia a necessidade de entregar o mapa com os pontos da cor pretendida.

Para o pedestrianismo e btt, foram também elaborados diferentes percursos com diversas dificuldades.

Foram também sugeridas duas vias para a escalada e dois locais para realizar pontes de cordas.

1.4.2.2 - Actividade (Anexo4)

Na parte final do estágio propus uma actividade que visava juntar, a meu ver o melhor da região, pedestrianismo e parapente.

Inicialmente havia duas ideias:

Uma actividade com inscrições limitadas pois o que se pretendia era uma colaboração com o clube vertical. Nesta actividade as pessoas iam até ao topo da montanha, que é um dos pontos de partida do parapente, e onde poderiam voar com um piloto experiente. E regressavam novamente

A outra ideia, que parecia a mais viável era aberta ao público em geral, era tentar planear a actividade para um dia em que houvesse competição de parapente ou ter sorte e planear para um dia que providenciasse as condições favoráveis à prática de parapente para que as pessoas pudessem observar os pilotos a voar sobre a região.

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34 1.4.3 - Formações

Durante o estágio houve algumas formações pertinentes no âmbito do mesmo. A primeira foi no local do estágio e planeada pelo Skiparque. Esta visou a criação de monitores de esqui para a época alta ou em tempos de necessidade. A formação teve lugar nas pistas sintéticas do Skiparque e ocorreu nos dias 23 e 24 de Novembro de 2013.

A segunda formação foi com o conceituado meteorologista da região, o Sr. Vítor Baía. Esta formação tinha como objectivo disponibilizar algumas ferramentas que permitem a previsão da meteorologia e também como calcular a cota de neve. Esta formação teve lugar na ESTG no IPG e ocorreu no dia 22 de Fevereiro de 2014.

Houve também uma acção de formação de iniciação ao esqui organizada pelo IPG que estava marcada para o dia cinco de Fevereiro, mas devido às condições atmosféricas só foi possível realizar a mesma no dia catorze de Março.

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Parte IV – Reflexão Final

Por fim, apresentamos as unidades curriculares que tiveram mais influência durante o estágio curricular e uma breve conclusão do presente relatório.

1 – Aplicação prática dos conhecimentos teóricos durante o

estágio

Durante os três anos da licenciatura de Desporto foram várias as Unidades Curriculares que desempenharam um papel fundamental na aprendizagem e desenvolvimento das competências desenvolvidas ou aplicadas durante o estágio, não menosprezando as restantes.

Traumatologia – Esta unidade curricular tem como objectivo aquisição de conhecimentos que permite ao aluno identificar uma lesão, como estabilizar uma hemorragia, como minimizar a dor bem como realizar o Suporte básico de Vida. A título de um exemplo, um dos dias de estágio o treinador da escola de Vale Formoso, Sr. Matias como é chamado, fracturou a tíbia ao escorregar no tapete. Então em conjunto ajudei no transporte do material, a mantê-lo consciente.

Pedagogia – Esta unidade curricular tem como objectivo dotar o aluno de conhecimentos na área do ensino. Quais os estilos de ensino existentes, como ensinar, o que ensinar, diferentes métodos de comunicação, bem como a postura em contexto de ensino ou trabalho. Como elaborar um plano de aula para qualquer modalidade, onde neste têm que estar inseridos os objectivos, os conteúdos, a descrição das actividades, o tempo de aula, quem é o professor, onde se realiza a aula. Esta unidade curricular foi útil na elaboração do plano de aula e na forma de como lidamos com o erro, este não é o mau da fita, este ajuda-nos a perceber o que está mal e permite uma recuperação mais rápida.

Orientação e Percursos Pedestres- Esta unidade curricular tem como objectivo preparar os alunos a nível de levantamento de percursos pedestres bem como a realização dos mesmos. Procura também mostrar o funcionamento do material de orientação, como interpretar mapas e elaborar de provas de orientação. Como tive que

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36 elaborar percursos pedestres, esta unidade curricular provou-se muito útil na elaboração dos mesmos.

Desportos de Natureza e Treino Desportivo – Desportos de Natureza – estas unidades curricular tem como objectivo aumentar o património motor do aluno na área de desportos de natureza. Estas unidades curriculares permitem ao aluno experimentar modalidades como o btt, a escalada, o rapel, o slide, a canoagem, a orientação, as caminhadas. Esta foi a unidade curricular que mais conhecimentos e experiência transmitiu pertinentes para o estágio pois foi onde apliquei os conhecimentos adquiridos das unidades curriculares e coloquei em prática no estágio.

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2 – Reflexão Geral

Em qualquer tipo de processo, a meu ver, a fase mais importante é a da observação. Durante este período fui capaz de compreender o funcionamento do Skiparque, a filosofia, o funcionamento das aulas, como são organizadas e geridas as actividades de grupo. Só, realmente, depois deste período, e com os conhecimentos que me foram transmitidos inicialmente, me senti minimamente preparado para começar a conquistar os objectivos formulados.

A segunda fase foi a fase de adaptação. Nesta fase inicialmente estava um pouco condicionado devido ao nervosismo. Não falava muito sem ser o essencial, só conseguia desenvolver mais o diálogo a meio da aula, quando já tinha alguma confiança com aos clientes. Com o tempo fui ficando mais conversador.

Na última fase, já tinha mais à vontade nas tarefas que requeriam interacção com os clientes. As aulas de esqui foram a tarefa mais realizada, sendo estas as que mais me ajudaram a reduzir o nervosismo. Contudo. as aulas de grupo foram sempre complicadas e com as crianças mais ainda, pois não conseguia ter controlo suficiente no grupo. Apesar de se terem divertido e realizarem o básico, as crianças por vezes não obedeciam.

Nos primeiros 3 meses não realizei muitas actividades devido ao facto de ainda não possuir a prática, à vontade e conhecimentos para realizar algumas delas. Os primeiros objectivos a serem atingidos foram ao nível das tarefas de atendimento e preparação das actividades ou casas. Só mais tarde é que foram atingidos outros objectivos como elaborar um plano de aula bem e leccionar a mesma de forma autónoma ou realizar a segurança no slide.

E no fim do estágio propus uma actividade. Infelizmente não foram atingidos objectivos como realizar a segurança na escalada, no rapel pois as condições atmosféricas nunca o permitiram. Nunca fui a uma caminhada porque não havia gente suficiente e muitas vezes ficava como o único monitor de esqui de serviço tendo de ajudar também no atendimento aos clientes.

Todas as experiências vividas ajudaram ao crescimento tanto pessoal como profissional. A maioria delas permitiu por em prática os conhecimentos adquiridos

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38 durante o curso. Isto tudo não seria possível sem os colaboradores do Skiparque e os professores do curso de desporto.

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Conclusão

Penso que no geral esta experiência foi positiva. Este estágio permitiu-me ganhar experiência profissional na área de eleição e aprofundar os conhecimentos que trazia provenientes do curso de desporto. As modalidades leccionadas nas unidades curriculares de desportos de natureza bem como adquirir conhecimentos de novas modalidades ou tarefas.

Os objectivos propostos inicialmente por ambas as partes foram atingidos. Houve responsabilidade por parte do estagiário propondo uma actividade, sendo correto no atendimento aos clientes, participação activa nas actividades realizada, colaboração e leccionação de aulas de iniciação de esqui. É com muita pena que digo que os objectivos que mais esperava realizar, pois são as modalidades predilectas (a escalada, o rapel, o pedestrianismo), não foram realizadas pelos motivos referidos anteriormente.

É de salientar o apoio e ajuda do orientador na escola. Este sempre questionava as actividades realizadas, sugestão de participação em actividades, às quais não participei devido a ter entrega de trabalhos, frequências ou outros.

O Skiparque na área de esqui tem muito para oferecer, a quantidade de aulas que se dá são razoáveis e a diversidade de clientes é grande o que torna a experiência enriquecedora. Porém a falta de pessoal torna necessária a polivalência, ou seja, não podemos realizar só uma tarefa. A entre ajuda e camaradagem dos colaboradores é fantástica.

Quero, só mais uma vez, agradecer a todos os docentes do curso, colegas e colaboradores do Skiparque.

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Anexo 1

Plano de estágio

Ilustração 24 - Plano de estágio Fonte: Própria

Referências

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