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DEZEMBRO DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS C OMPLETAS EM IFRS

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D

EMONSTRAÇÕES

C

ONTÁBEIS

(2)

Banco do Estado do Rio

Grande do Sul S.A.

Demonstrações Financeiras

Consolidadas para Propósito Especial em

31 de dezembro de 2010

(3)

2 Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.

Porto Alegre – RS

Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. e suas controladas (“Banco”), que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Essas demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial foram elaboradas de acordo com o item I da Carta-Circular no 3.435, do Banco Central do Brasil, utilizando as práticas contábeis descritas na nota explicativa no. 2, considerando 1o de janeiro de 2010 como sendo a data do balanço de abertura para fins da elaboração das primeiras demonstrações contábeis consolidadas de acordo com os pronunciamentos do International Accounting Standards Board – IASB e são consideradas “demonstrações financeiras para propósito especial” porque não atendem a todos os requerimentos constantes do IFRS 1.

Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras consolidadas A Administração do Banco é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial de acordo com as práticas contábeis descritas na Nota Explicativa no. 2 e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras consolidadas livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação das demonstrações financeiras do Banco para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos do Banco. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

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3

Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2010 foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com as práticas contábeis descritas na nota explicativa no. 2 às demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial em conformidade com o item I da Carta-Circular no 3.435, do Banco Central do Brasil.

Ênfase sobre a base de elaboração das demonstrações financeiras consolidadas

Sem modificar nossa opinião, chamamos a atenção para a nota explicativa no. 2 às demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial, que descreve a sua base de elaboração. As demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial foram elaboradas pela administração do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. para cumprir os requisitos da Carta-Circular no 3.435, do Banco Central do Brasil. Consequentemente, essas demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial podem não ser adequadas para outro fim.

Outros assuntos

O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. elaborou um conjunto completo de demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, apresentado separadamente, sobre o qual emitimos relatório de auditoria independente, não contendo qualquer modificação, datado de 7 de fevereiro de 2011.

Porto Alegre, 28 de abril de 2011.

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Fernando

Carrasco

Auditores Independentes

Contador

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As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial.

Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Demonstrações Contábeis Completas em IFRS – 31 Dezembro de 2010

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Em Milhares de Reais Nota Em 31 de De zem bro de 2010

Receitas com Juros e Similares 4.596.645

Despesas com Juros e Similares (1.925.824)

RECEITA LÍQUIDA COM JUROS 8 2.670.821

Receita de Dividendos 2.700

Ganhos Líquidos com Ativos e Passivos Financeiros 55.657

Ativos Financeiros Designados ao Valor Justo no Resultado 55.657

Resultado de Variação Cambial de Transações no Exterior 23.661

Receita de Prestação de Serviços 9 668.334

Perdas com Ativos Financeiros (344.426)

Provisão para Impairment 16 (g) (479.865)

Recuperação de Crédito Baixado para Prejuízo 135.439

Outras Receitas/(Despesas) Operacionais (1.949.114)

Despesas de Pessoal 10 (1.016.062)

Outras Despesas Administrativas 11 (726.238)

Despesas Tributárias (203.998)

Outras Receitas Operacionais 12 176.839

Outras Despesas Operacionais 13 (179.655)

Res ultado Antes dos Tributos Sobre o Lucro 1.127.633 Im pos to de Re nda e Contribuição Social Sobre o Lucro 14 (367.380)

Corrente (372.518)

Dif erido 5.138

Lucro Líquido do Exercício 760.253

Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas Controladores 760.031

Lucro Líquido Atribuível aos Acionistas Não Controladores 222

LUCRO POR AÇÃO

Lucro Básico por 1.000 ações (em Reais - R$)

Ações Ordinárias 1,86

Ações Pref erenciais A 2,00

Ações Pref erenciais B 1,86

Lucro líquido Atribuído (em Reais Mil)

Ações Ordinárias 380.779

Ações Pref erenciais A 7.513

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As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial.

Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Demonstrações Contábeis Completas em IFRS – 31 Dezembro de 2010

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Em Milhares de Reais Nota Em 31 de Dezembro de 2010

Lucro Líquido do Exercício 760.253

Componentes do Resultado Abrangente

Ajuste ao Valor Justo de Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 16(b) 724 Variações Cambiais de Investimentos no Exterior (4.961) Imposto de Renda Relacionado aos Componentes do Resultado Abrangente (326) Resultado Abrangente do Exercício Líquido de Imposto de Renda

e Contribuição Social (4.563)

Total do Resultado Abrangente do Exercício, Líquido de Imposto de Renda 755.690 Resultado Abrangente Atribuível aos Acionistas Controladores 755.468 Resultado Abrangente Atribuível aos Acionistas Não Controladores 222

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As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial.

Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Demonstrações Contábeis Completas em IFRS – 31 Dezembro de 2010

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Em Milhare s de Reais

31 de Dezem bro 1º de Janeiro

ATIVO Nota de 2010 de 2010

DISPONIBILIDADES E RESERVAS NO BANCO

CENTRAL DO BRASIL 15 4.790.260 6.997.488

ATIVOS FINANCEIROS 16 26.492.421 21.299.408

TÍTULOS DE INVESTIMENTOS 8.642.402 7.377.115

Aplicações Financeiras Avaliadas a Valor Justo 3.785.266 2.956.118 Títulos Mantidos para Negociação 2.072.460 1.886.134 Títulos Disponíveis para Venda 1.712.806 1.069.984 Aplicações Financeiras Avaliadas ao Custo Amortizado 4.857.136 4.420.997 Títulos Mantidos até o Vencimento 4.857.136 4.420.997

EMPRÉSTIMOS E RECEBÍVEIS 17.850.019 13.922.293

Recebíveis Designados ao Valor Justo no Resultado - 566.705 Empréstimos e Recebíveis Avaliados ao Custo Amortizado 17.850.019 13.355.588 Empréstimos e Outros Valores com Instituições de Crédito 2.197.091 1.348.646 Empréstimos e Adiantamentos a Clientes 13.963.359 11.247.369 Outros Ativos Financeiros 1.689.569 759.573

TRIBUTOS DIFERIDOS 22 528.847 521.513

Imposto de Renda e Contribuição Social Dif eridos 528.847 521.513

OUTROS ATIVOS 17 500.783 444.961

Ativos não Correntes a Venda 9.707 16.973 Outros 491.076 427.988

INVESTIMENTOS 7.660 7.758

IMOBILIZADO 18 196.214 178.690

INTANGÍVEL 19 172.206 180.129

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As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial.

Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Demonstrações Contábeis Completas em IFRS – 31 Dezembro de 2010

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Em Milhare s de Reais 31 de Deze m bro 1º de Janeiro

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Nota de 2010 de 2010

PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO 20 27.011.655 24.603.863 PROVISÕES 673.911 651.036

Provisões para Riscos Fiscais,

Trabalhistas, Cíveis e Outros 21 (d) 673.911 651.036

PASSIVOS FISCAIS 239.877 135.806

Correntes 228.241 126.366

Dif eridos 22 11.636 9.440

OUTROS PASSIVOS 23 767.383 705.966 TOTAL DO PASSIVO 28.692.826 26.096.671

PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONSOLIDADO 26 3.995.565 3.533.276

Capital Social 2.900.000 2.600.000

Reservas de Capital 6.171 6.171

Reservas Lucros 956.177 808.138

Resultado Acumulado 141.948 123.159

Resultado Abrangente Acumulado (10.410) (5.847)

Participação dos Acionistas Não Controladores 1.679 1.655

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As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial.

Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Demonstrações Contábeis Completas em IFRS – 31 Dezembro de 2010 8

Em Milhare s de Re ais

Ajuste de

Res ervas Dis poníve l Convers ão de Res e rvas Total Participação Total do Capital de Capital para Inves tim ento Lucros de Lucros Atribuíve l aos dos Não Patrim ônio Nota Social (Nota 26) Venda no Exte rior Acum ulados (Nota 26) Acionis tas Controladore s Líquido Em 1º de Janeiro de 2010 6.1712.600.000 (5.847) - 123.159 808.138 3.531.621 1.655 3.533.276

Resultados Abrangentes

Lucro Líquido - - - - 760.031 - 760.031 222 760.253 Outros Resultados Abrangentes

no Exercício - - 398 (4.961) - - (4.563) - (4.563) Aumento de Capital Social 26 300.000 - - - - (300.000) - - -Aquisição de Participação de

Acionistas Não Controladores - - - - - - - (198) (198) Transf erência para Reservas 26 - - - - (448.039) 448.039 - - -Juros Sobre o Capital Próprio 26 - - - - (204.858) - (204.858) - (204.858) Dividendos 26 - - - - (88.345) - (88.345) - (88.345)

Em 31 de Dezem bro de 2010 6.1712.900.000 (5.449) (4.961) 141.948 956.177 3.993.886 1.679 3.995.565 Atribuível aos Acionis tas da Controladora

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As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial.

Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Demonstrações Contábeis Completas em IFRS – 31 Dezembro de 2010

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Em Milhares de Reais Nota 31 de Dezembro de 2010 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 1.435.088

Lucro Líquido Consolidado do Exercício 760.253

Ajuste para:

Depreciação e Am ortização 95.858

Provis ão Benefício Empregos 266

Variação Cambial sobre Inves timentos no Exterior (4.961)

Perdas por Impairment de Ativos Financeiros 479.865

Provis ão para Perdas de Securitização (2.522)

Provis ões para Ris cos Fis cais , Trabalhis tas e Cíveis 111.467

Impos to de Renda e Contribuição Social - Diferidos (5.138)

Fluxos de Caixa Antes das Alterações nos Ativos e Passivos Operacionais

Variações nos Ativos e Passivos (4.067.348)

Ajustes de Avaliação Patrim onial 398

(Aum ento) Redução em Títulos de Inves tim entos (1.263.946)

(Aum ento) Redução em Em prés timos e Recebíveis

com Ins tituições de Crédito (848.445)

(Aum ento) Redução em Emprés tim os e Recebíveis com Clientes (3.252.912)

(Aum ento) Redução em Outros Ativos (1.189.539)

Aumento (Redução) em Pas s ivos Financeiros 2.128.682

Aumento (Redução) em Outros Pass ivos 358.414

Caixa Líquido Aplicado nas Atividades Operacionais (2.632.260)

Fluxos de Caixa das Atividades de Investimento

Alienação de Inves tim entos 296

Alienação de Im obilizado de Uso 172

Aquis ição de Inves tim entos (198)

Aquis ições de Imobilizado de Us o e Intangível (99.907)

Caixa Líquido das Atividades de Investimento (99.637)

Fluxos de Caixa das Atividade de Financiamento

Dividendos Pagos (65.000)

Juros Sobre o Capital Próprio Pagos (204.858)

Variação na Participação dos Acionis tas Minoritários (198)

Caixa Líquido Aplicado nas Atividades de Financiamento (270.056) Aumento (Redução) Líquido de Caixa e Equivalentes de Caixa (3.001.953)

Caixa e Equivalentes de Caixa no Início do Exercício 15 5.647.948

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Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Demonstrações Contábeis Completas em IFRS – 31 Dezembro de 2010

10 1. INFORMAÇÕES GERAIS

O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. ("Banco") é uma sociedade anônima de capital aberto que atua sob a forma de banco múltiplo, com sede no Brasil, domiciliado na Rua Capitão Montanha, 177 – 4° andar, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e opera nas carteiras comercial, crédito, financiamento e investimento, crédito imobiliário, desenvolvimento, arrendamento mercantil e de investimentos, inclusive nas de operações de câmbio, corretagem de títulos e valores mobiliários e administração de cartões de crédito e consórcios. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro. O Banco atua, também, como instrumento de execução da política econômico-financeira do Estado do Rio Grande do Sul, em consonância com os planos e programas do Governo Estadual.

Estes serviços são oferecidos no Brasil aos clientes por intermédio da rede de agências do Banrisul, e no exterior são oferecidos por intermédio de agências em New York e Grand

Cayman.

As Demonstrações Financeiras Consolidadas para Propósito Especial elaboradas para o exercício apresentado foram aprovadas pelo Conselho de Administração do Banrisul em 28 de abril de 2011.

2. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

As principais práticas contábeis aplicadas na preparação destas Demonstrações Financeiras Consolidadas para Propósito Especial estão descritas abaixo.

2.1. Base de Preparação

As Demonstrações Financeiras Consolidadas para Propósito Especial do Banco foram preparadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 e está de acordo com a opção I da Carta Circular nº 3.435 de 18 de março de 2010 do Banco Central do Brasil – Bacen, sendo considerada para propósito especial porque não atende a todos os requerimentos constantes do IFRS1.

A reconciliação e a descrição dos efeitos da transição das práticas contábeis adotadas no Brasil para o IFRS, relativas ao patrimônio líquido e ao resultado, estão demonstradas na Nota 7.2.

As Demonstrações Financeiras Consolidadas para Propósito Especial foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ajustadas para refletir a reavaliação dos ativos financeiros disponíveis para venda e ativos e passivos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado.

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Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Demonstrações Contábeis Completas em IFRS – 31 Dezembro de 2010

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A preparação das demonstrações financeiras de acordo com os IFRS requer o uso de certas estimativas contábeis por parte da Administração. As áreas que envolvem julgamento ou o uso de estimativas, relevantes para as Demonstrações Financeiras Consolidadas para Propósito Especial, estão demonstradas na Nota 4.

2.2. Consolidação Controladas

Controladas são todas as entidades cujas políticas financeiras e operacionais podem ser influenciadas pelo Banco, acionista controlador do Grupo Banrisul, e nas quais há uma participação acionária de mais da metade dos direitos de voto.

Principais informações sobre os investimentos em controladas:

Em Milhares de Reais Controladas Participação % Patrimônio Líquido Lucro Líquido

Banrisul Armazéns Gerais S.A. 99,498 24.893 1.059

Banrisul S.A. Corretora de Valores

Mobiliários e Câmbio 98,693 71.335 11.032

Banrisul S.A. Administradora

de Consórcios 99,683 130.987 11.460

Banrisul Serviços Ltda. 99,785 96.637 13.867

Armazéns Gerais: Localizada em Canoas (RS), atua como permissionária da Secretaria da Receita Federal para administrar o Porto Seco da região metropolitana, atuando nos regimes de importação e exportação e de armazém geral.

Banrisul Consórcios: Explora serviços de administração de grupos de consórcios para pessoas físicas e jurídicas, para aquisição de imóveis, automóveis e motocicletas, veículos automotores para uso agrícola e outros bens móveis, inclusive para pessoas que não sejam nossos correntistas.

Banrisul Corretora: Explora serviços de corretagem e intermediação em operações envolvendo títulos e valores mobiliários negociados na Bovespa, câmbio e commodities. A Banrisul Corretora administra, ainda, fundos de renda variável e fundos de aposentadoria programada individual (FAPI) e distribui certificados de investimento audiovisual.

Banrisul Serviços: Administra o tíquete Refeisul nas modalidades de vale alimentação, tíquete refeição e cesta alimentação, tíquete-combustível e cartões de crédito próprios.

2.3. Segmentos Operacionais

O relatório por segmentos operacionais é apresentado de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, representado pela

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Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Demonstrações Contábeis Completas em IFRS – 31 Dezembro de 2010

12 Diretoria Executiva (Nota 6).

2.4. Conversão em Moeda Estrangeira

(a) Moeda Funcional e Moeda de Apresentação

Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das empresas do Banco são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual a empresa atua ("a moeda funcional").

As Demonstrações Financeiras Consolidadas para Propósito Especial estão apresentadas em reais, que é a moeda funcional e, também, a moeda de apresentação do Banco. Exceto quando indicado, as demonstrações foram arredondadas para o milhar mais próximo.

(b) Transações e Itens do Balanço Patrimonial

Transações em moeda estrangeira são contabilizadas, no seu reconhecimento inicial, na moeda funcional, aplicando-se, a taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira na data da transação.

As variações cambiais que surgem da liquidação de tais transações e da conversão dos ativos e passivos monetários em moeda estrangeira por taxas cambiais de fechamento são reconhecidas como ganho ou perda na demonstração do resultado.

As alterações no valor justo dos títulos e valores mobiliários em moeda estrangeira, classificados como disponíveis para venda, são separadas entre as variações cambiais relacionadas ao custo amortizado do título e as outras variações no valor contábil do título. As variações cambiais do custo amortizado são reconhecidas no resultado, e as demais variações no valor contábil dos títulos e valores mobiliários são reconhecidas no patrimônio líquido.

2.5. Ativos e Passivos Financeiros

O Banco classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo através do resultado, empréstimos e recebíveis, mantidos até o vencimento e disponíveis para venda. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.

(a) Ativos Financeiros Mensurados ao Valor Justo Através do Resultado

Nessa categoria são incluídos os ativos financeiros mantidos para negociação e aqueles que são designados, no reconhecimento inicial, como mensurado ao valor justo através do resultado.

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Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Demonstrações Contábeis Completas em IFRS – 31 Dezembro de 2010

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Os ativos financeiros são classificados como mantidos para negociação quando são adquiridos ou incorridos principalmente com o objetivo de negociação no curto prazo. Os derivativos também são categorizados como mantidos para negociação e, dessa forma, são classificados nesta categoria, a menos que tenham sido designados como instrumentos de hedge (proteção). Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mantidos para negociação são apresentados na demonstração do resultado em "Ganhos (Perdas) Líquidos com Ativos e Passivos Financeiros" no período em que ocorrem, a menos que o instrumento tenha sido contratado em conexão com outra operação. Nesse caso, as variações são reconhecidas na mesma linha do resultado afetada pela referida operação.

Instrumentos Financeiros Derivativos, inicialmente reconhecidos pelo valor justo, são subsequentemente mensurados pelos seus valores justos com as variações reconhecidas no resultado. Os valores justos são obtidos das cotações de mercado no caso de mercados ativos, incluindo transações de mercado recentes, e técnicas de avaliação, incluindo modelos de fluxo de caixa descontado e modelos de precificação de opções, como for apropriado. Todos os instrumentos financeiros derivativos são contabilizados como ativos, caso o valor justo seja positivo, e como passivo, caso o valor justo seja negativo.

Ativos e passivos financeiros são designados ao valor justo por meio do resultado quando: i) Tal designação reduz significativamente inconsistências de mensuração que ocorreriam se os instrumentos financeiros derivativos relacionados fossem tratados como mantidos para negociação e os instrumentos financeiros subjacentes fossem contabilizados pelo custo amortizado, no caso de empréstimos concedidos; e

ii) Certos investimentos, tais como, investimentos em títulos patrimoniais, que são gerenciados e avaliados com base no valor justo conforme estratégia de investimento ou gerenciamento de risco de mercado documentado e apresentados ao pessoal-chave da Administração com tal base citada, são designados ao valor justo por meio do resultado.

(b) Empréstimos e Recebíveis

Incluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. Os empréstimos e recebíveis do Banco compreendem operações de crédito, repasses interfinanceiros, aplicações interfinanceiras e demais contas a receber. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva.

(c) Ativos Financeiros Mantidos até o Vencimento

São ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos e para os quais a Administração tem intenção positiva e capacidade de manter até o vencimento.

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Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Demonstrações Contábeis Completas em IFRS – 31 Dezembro de 2010

14 (d) Ativos Financeiros Disponíveis para Venda

São classificados como disponíveis para venda, os ativos financeiros não derivativos que serão mantidos por um período indefinido, que podem ser vendidos em resposta à necessidade de liquidez ou à mudança de taxa de juros, taxa de câmbio ou preços de ações.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são contabilizados pelo valor justo. Os juros de títulos disponíveis para venda, calculados com o uso do método da taxa de juros efetiva, são reconhecidos na demonstração do resultado como receitas financeiras. A parcela correspondente à variação no valor justo é lançado como componentes do resultado abrangente, na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial, sendo realizada contra resultado quando da sua liquidação ou por perda quando for considerada permanente (impairment).

(e) Reconhecimento, Mensuração e Desreconhecimento

As compras e vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data da negociação (data em que é assumido o compromisso de compra ou venda dos ativos).

Os ativos financeiros não mensurados pelo valor justo através do resultado são inicialmente reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos de transação. Os ativos financeiros mensurados pelo valor justo através do resultado são inicialmente reconhecidos pelo valor justo, sendo os respectivos custos de transação reconhecidos como despesa na demonstração do resultado.

Ativos financeiros são desreconhecidos quando os direitos sobre o recebimento dos fluxos de caixa se expiram, ou quando o Banco transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. Passivos financeiros são desreconhecidos quando eles forem extintos, ou seja, quando forem pagos, cancelados ou expirados.

Os ganhos ou perdas acumulados na conta específica do patrimônio líquido de ativos financeiros disponíveis para venda são transferidos para o resultado do período como ajuste de reclassificação. Contudo, os juros calculados por meio da utilização do método da taxa efetiva de juros e os ganhos e perdas de variação cambial de ativos monetários categorizados como disponíveis para venda são reconhecidos no resultado do exercício. Os dividendos de título patrimonial registrado como disponível para venda são reconhecidos no resultado no momento em que é estabelecido o direito da entidade de recebê-los.

O valor justo dos ativos financeiros cotados em mercado ativo é baseado nos preços atuais de oferta de compra (bid price). Se o mercado para um ativo financeiro não for ativo, o Banco estabelece o valor justo por meio da utilização de técnicas de avaliação. As técnicas de avaliação incluem o uso de transações de mercado recentes entre partes independentes com conhecimento do negócio e interesse em realizá-lo, sem favorecimento; fluxo de caixa descontado; modelos de precificação de opções e outras técnicas de avaliação geralmente utilizadas pelos participantes de mercado.

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Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Demonstrações Contábeis Completas em IFRS – 31 Dezembro de 2010

15 (f) Passivos Financeiros

Os passivos financeiros são inicialmente reconhecidos pelo seu valor justo, adicionados os custos de transação diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão. Após o reconhecimento inicial, o saldo é mensurado pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva de juros.

2.6. Apresentação de Instrumentos Financeiros pela Posição Líquida entre Ativos e Passivos

Um ativo financeiro é compensado com um passivo financeiro, e o valor líquido é reportado no balanço patrimonial se o Banco possui direito ou obrigatoriedade legal de compensar os montantes reconhecidos no mesmo e pretende liquidar em uma base líquida ou realizar um ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

2.7. Receitas e Despesas de Juros

Receitas e despesas de juros para todos os instrumentos financeiros com incidência de juros, exceto daqueles mantidos para negociação ou designados ao valor justo por meio do resultado, são reconhecidos dentro de "Receitas com Juros e Similares" e "Despesas com Juros e Similares" da demonstração do resultado usando o método da taxa de juros efetiva. Método da taxa de juros efetiva é o método utilizado para calcular o custo amortizado de ativo ou de passivo financeiro e de alocar a receita ou a despesa de juros no período. A taxa de juros efetiva é a taxa de desconto que, aplicada sobre os pagamentos ou recebimentos futuros estimados ao longo da expectativa de vigência do instrumento financeiro ou, quando apropriado, por um período mais curto, resulta no valor contábil líquido do ativo ou passivo financeiro. Ao calcular a taxa de juros efetiva, o Banco estima os fluxos de caixa considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (opções de pagamentos antecipados, por exemplo), mas não considera perdas de crédito futuras. O cálculo inclui todas as comissões pagas ou recebidas entre as partes do contrato, os custos de transação e todos os outros prêmios ou descontos.

Quando o valor de um ativo ou um grupo de ativos financeiros similares for reduzido, em caso de perda por impairment, a receita de juros é reconhecida usando a taxa de juros efetiva, utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros para fins de mensuração do impairment.

2.8. Receita de Prestação de Serviços

Receita de honorários e comissões é geralmente reconhecido conforme o regime contábil de competência no período em que os serviços são prestados.

2.9. Receita de Dividendos

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16 receber o pagamento é estabelecido.

2.10. Aplicação e Captação no Mercado Aberto

Os títulos e valores mobiliários vendidos com o acordo de recompra (repos) são categorizados nas demonstrações financeiras como ativos (bens) em garantia. O valor do passivo desta captação está na rubrica captações no mercado aberto. Os títulos e valores mobiliários comprados conforme o acordo de revenda (reverse repos) são categorizados nas demonstrações financeiras como aplicações no mercado aberto como equivalentes de caixa. A diferença entre o preço de venda e recompra (compra e revenda) é tratada como juros que são reconhecidos ao longo do período da vigência do acordo usando o método da taxa de juros efetiva.

2.11. Impairment de Ativos Financeiros

(a) Ativos Contabilizados pelo Custo Amortizado

O Banco avalia, em cada data de balanço, a existência de qualquer evidência objetiva de que um ativo ou um grupo de ativos financeiros estejam impaired. Um ativo ou um grupo de ativos financeiros está impaired e são incorridas perdas por impairment se, e apenas se, existir evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos que ocorreram após o reconhecimento inicial do ativo ("evento de perda") e se esse evento (ou eventos) de perda tiver um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados que possa ser confiavelmente estimado. O critério que o Banco utiliza para determinar que há evidência objetiva de perda por

impairment inclui:

- inadimplência nos pagamentos do principal ou juros; - renegociações ou composições de dívidas no Banco; - demissão; e

- óbito.

O período estimado entre o evento de perda e sua identificação é definido pela Administração para cada carteira identificada. Geralmente, os períodos utilizados são entre 1 e 12 meses. Nos casos excepcionais períodos mais longos podem ser usados, limitados a 24 meses.

O Banco avalia se a evidência objetiva de impairment existe individualmente para ativos financeiros que sejam individualmente significativos e coletivamente para ativos financeiros que não sejam individualmente significativos. Se não houver evidência objetiva de impairment para um ativo financeiro individualmente avaliado, seja significativo ou não, este é incluído num grupo de ativos financeiros com características semelhantes de risco de crédito e avaliado coletivamente. Os ativos que são individualmente avaliados e para os quais uma perda de

impairment é ou continua a ser reconhecida não são incluídos na avaliação coletiva.

O montante da perda é mensurado como a diferença entre o valor contábil do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo as perdas de crédito futuras que não

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tenham sido incorridas) descontados à taxa de juro efetiva original do ativo. O valor contábil do ativo é reduzido através do uso de uma conta de provisão (redutora) e o montante da perda é reconhecido no resultado. Se um empréstimo ou um investimento mantido até o vencimento possui a taxa de juros variável, a taxa de desconto a ser usada para fins de mensuração de qualquer perda por impairment é a taxa de juros efetiva corrente estabelecida pelo contrato. O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de ativo financeiro para o qual exista garantia reflete os fluxos de caixa que podem ser resultantes da execução da garantia menos custos para obter e vender a garantia caso a execução da mesma seja provável ou não.

Para fins de avaliação coletiva de impairment, ativos financeiros são agregados com base em características semelhantes de risco de crédito. Essas características são relevantes para estimar os fluxos de caixa futuros para os grupos de tais ativos pelo fato de poderem ser um indicador de dificuldade do devedor em pagar os montantes devidos de acordo com as condições contratuais do ativo que está sendo avaliado.

Os fluxos de caixa futuros num grupo de ativos financeiros que sejam coletivamente avaliados para fins de impairment são estimados com base nos fluxos de caixa contratuais de ativos no Banco e na experiência de perda histórica para os ativos com características de risco de crédito semelhantes. A experiência de perda histórica é ajustada com base na data corrente observável para refletir os efeitos de condições correntes que não tenham afetado o período em que a experiência de perda histórica é baseada e para excluir os efeitos de condições no período histórico que não existem atualmente.

A metodologia e as premissas utilizadas para estimar os fluxos de caixa futuros são revistas regularmente pelo Banco para reduzir qualquer diferença entre estimativas de perda e a experiência de perda atual.

Quando um empréstimo é incobrável ele é baixado contra provisão para impairment. Tais empréstimos são baixados uma vez que todos os procedimentos necessários sejam completados e o montante de perda seja determinado.

(b) Ativos Categorizados como Disponíveis para Venda

O Banco avalia em cada data de balanço a existência de evidências objetivas de que um ativo ou um grupo de ativos financeiros estejam impaired. Um declínio significativo ou prolongado no valor justo de um título e valor mobiliário categorizado como disponível para venda abaixo do seu custo é considerado para determinar se os ativos estão impaired. Quando tal evidência objetiva existe para os ativos financeiros disponíveis para venda a perda cumulativa (que é mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo corrente, menos qualquer perda por impairment resultante desse ativo financeiro anteriormente reconhecido no resultado) é removida do patrimônio líquido e reconhecida no resultado. As perdas por

impairment reconhecidas no resultado para um investimento em título patrimonial classificado

como disponível para venda não são revertidas por meio do resultado. Se, num período subsequente, o valor justo de um título de dívida classificado como disponível para venda aumentar e o aumento for relacionado com um evento que ocorra após o reconhecimento da perda de impairment no resultado, esta perda é revertida por meio do resultado.

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2.12. Ativo Imobilizado

Imóveis de uso compreendem principalmente terrenos e edifícios. Os imóveis de uso estão demonstrados pelo custo histórico deduzidos da depreciação, assim como todos os demais itens do ativo imobilizado. O custo histórico inclui gastos diretamente atribuíveis à aquisição ou construção dos bens.

Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do mesmo possa ser mensurado com segurança. Todos os outros reparos e manutenções são reconhecidos no resultado do exercício como despesas operacionais, quando incorridos.

Os terrenos não são depreciados. A depreciação de outros bens é calculada usando o método linear para alocar seus custos aos seus valores residuais durante a vida útil estimada, às taxas divulgadas na Nota 18.

Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício.

Os ativos que estão sujeitos à depreciação são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se o valor contábil do ativo for maior do que seu valor recuperável estimado. O valor recuperável é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o valor em uso.

Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor contábil e são reconhecidos em "Outras Receitas\Despesas Operacionais" na demonstração do resultado.

2.13. Ativos Intangíveis

São compostos basicamente por aplicações de recursos cujos benefícios decorrentes ocorrerão em exercícios futuros reconhecidos inicialmente pelo custo. Esse grupo está representado por contratos de prestação de serviços bancários e aquisição de softwares com vida útil definida, amortizados pelo método linear às taxas divulgadas na Nota 19.

O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se o valor contábil for maior do que o valor recuperável estimado, revisados anualmente.

2.14. Arrendamentos

Operações de Arrendamento Mercantil (como Arrendatário)

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como arrendamentos operacionais. Os pagamentos efetuados para arrendamentos operacionais são reconhecidos na demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento.

Quando um arrendamento operacional é encerrado antes do término do período de contrato qualquer pagamento a ser efetuado ao arrendador sob a forma de multa é reconhecido como despesa no período em que o encerramento ocorre.

Os arrendamentos mercantis de imobilizado e os aluguéis de imóveis nos quais o Banco fica substancialmente com todos os riscos e benefícios de propriedades são classificados como arrendamento financeiro. Os arrendamentos financeiros são registrados como se fossem uma compra financiada, reconhecendo, no seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento (arrendamento). O imobilizado adquirido nos arrendamentos financeiros é depreciado pelas taxas definidas na Nota 18.

Operações de Arrendamento Mercantil Financeiro (como Arrendador)

Quando os ativos são mantidos em um arrendamento mercantil financeiro, onde o Banco atua como arrendador, o valor presente dos pagamentos é reconhecido como um recebível na rubrica de Operações de Crédito conforme a Nota 16(e).

Os custos diretos iniciais, quando incorridos pelo Banco, são incluídos na mensuração inicial do recebível do arrendamento, reduzindo o valor da renda reconhecida pelo prazo do arrendamento. Tais custos iniciais geralmente incluem comissões e honorários legais.

O reconhecimento da receita de juros reflete uma taxa de retorno constante sobre o investimento líquido do Banco e é reconhecida na rubrica “Receita com Juros e Similares”.

2.15. Caixa e Equivalentes de Caixa

Caixa e equivalentes de caixa para fins de demonstração dos fluxos de caixa incluem disponibilidades com vencimentos em menos de três meses desde a data de aquisição, incluindo o caixa e aplicações no mercado aberto.

2.16. Provisões

As provisões para riscos sobre valores discutidos judicialmente são reconhecidas quando o Banco tem uma obrigação presente ou não formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos passados; é provável que a saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e o valor é estimado confiavelmente.

Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de o Banco liquidá-las é determinada, levando-se em consideração o grupo de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído no mesmo grupo de obrigações seja pequena.

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As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação.

2.17. Benefícios a Empregados (a) Obrigações de Aposentadoria

O Banrisul é patrocinador de planos do tipo “benefício definido” e de “contribuição variável”. Um plano de benefício definido é diferente de um plano de contribuição definida. Em geral, os planos de benefício definido estabelecem um valor de benefício de aposentadoria que um empregado receberá em sua aposentadoria, normalmente dependente de um ou mais fatores, como idade, tempo de serviço e remuneração.

O passivo reconhecido no balanço patrimonial com relação aos planos de pensão de benefício definido é o valor presente da obrigação de benefício definido na data do balanço, menos o valor justo dos ativos do plano, com os ajustes de ganhos ou perdas atuariais e de custos de serviços passados não reconhecidos. A obrigação de benefício definido é calculada anualmente por atuários independentes, usando o método da unidade de crédito projetada. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado mediante o desconto das saídas futuras estimadas de caixa, usando taxas de juros condizentes com os rendimentos de mercado, as quais são denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e que tenham prazos de vencimento próximos daqueles da respectiva obrigação do plano de pensão. Os ganhos e as perdas atuariais, decorrentes de ajustes com base na experiência e nas mudanças das premissas atuariais, são debitados ou creditados ao patrimônio, na demonstração consolidada do resultado abrangente, no período em que incorrerem.

Os custos de serviços passados são imediatamente reconhecidos no resultado, a menos que as mudanças do plano de pensão estejam condicionadas à permanência do empregado no emprego, por um período de tempo específico (o período no qual o direito é adquirido). Nesse caso, os custos de serviços passados são amortizados pelo método linear durante o período em que o direito foi adquirido.

(b) Participação nos Lucros

O Banco reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados (apresentado na rubrica "Despesas de Pessoal" na demonstração do resultado) com base em acordo coletivo. O Banco reconhece uma provisão quando está contratualmente obrigado ou quando há uma prática nos acordos coletivos passados que criem uma obrigação não formalizada (constructive obligation).

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2.18. Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes e Diferidos

As despesas fiscais do período compreendem o imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiver relacionado com itens reconhecidos diretamente em outros resultados abrangentes ou patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no mesmo grupo.

O imposto de renda e contribuição social diferido é reconhecido sobre as diferenças temporárias. O imposto de renda e contribuição social diferido é determinado, usando alíquotas de imposto (e leis fiscais) promulgadas, na data do balanço, e que devem ser aplicadas quando o respectivo fato gerador do imposto for realizado ou liquidado.

O imposto de renda e contribuição social diferido ativo é reconhecido quando for provável que lucros tributáveis futuros estarão disponíveis contra os quais possam ser usadas essas diferenças temporárias.

O imposto de renda e contribuição social diferido relacionado com mensuração de valor justo dos ativos financeiros disponíveis para venda é creditado ou debitado ao resultado abrangente, e subsequentemente é reconhecido no resultado quando da venda junto com os ganhos e a perdas diferidos.

3. NORMAS, ALTERAÇÕES E INTERPRETAÇÕES DE NORMAS EXISTENTES QUE AINDA NÃO ESTÃO EM VIGOR

As normas e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para os períodos contábeis iniciados em 1o de janeiro de 2011, ou para períodos subsequentes. Todavia, não houve adoção antecipada dessas normas e alterações de normas por parte do Banco.

. IFRS 1 Revisado - Primeira Adoção das Normas Internacionais de Contabilidade: Isenção limitada de divulgações comparativas da IFRS 7 na primeira adoção. Aplicável a exercícios anuais com início em ou após 1º de julho de 2010. Eliminação de datas fixas quando da primeira adoção das IFRSs. Aplicável a exercícios anuais com início em ou após 1º de julho de 2011.

. IAS 12 Revisado – Impostos diferidos: recuperação dos ativos subjacentes quando o ativo é mensurado pelo modelo de valor justo. Aplicável a exercícios com início em ou após 1º de janeiro de 2012.

. IFRS 9 - "Instrumentos Financeiros": Emitido em novembro de 2009, esta norma é o primeiro passo no processo para substituir o IAS 39 ("Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração"). O IFRS 9 introduz novas exigências para classificar e mensurar os ativos financeiros e, provavelmente, afetará a contabilização do Banco para seus ativos financeiros. A norma não é obrigatória até 1o de janeiro de 2013, mas está disponível para adoção prévia.

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O Banco ainda avaliará o impacto total do IFRS 9. Entretanto, as indicações iniciais são de que ele poderá afetar a contabilização do Banco para seus ativos financeiros disponíveis para venda relativos à dívida, uma vez que o IFRS 9 permite somente o reconhecimento dos ganhos e perdas do valor justo em outros resultados abrangentes, se estes se relacionarem com investimentos patrimoniais que não são mantidos para negociação. Portanto, os ganhos e perdas de valor justo sobre os títulos de dívida disponíveis para venda, por exemplo, terão de ser reconhecidos diretamente no resultado. No atual período de apresentação dos relatórios, o Banco reconheceu R$5.449 mil relativos a esses ganhos em outros resultados abrangentes.

. IAS 24 Revisado - "Divulgações de Partes Relacionadas": Emitido em novembro de 2009, substitui o IAS 24, "Divulgações de Partes Relacionadas", emitido em 2003. O IAS 24 (revisado) é obrigatório para períodos iniciando em ou após 1o de janeiro de 2011. A aplicação prévia, no todo ou em parte, é permitida.

A norma revisada esclarece e simplifica a definição de parte relacionada e retira a exigência de entidades relacionadas com o governo de divulgarem detalhes de todas as transações com o governo e outras entidades relacionadas do governo. O Banco aplicará a norma revisada a partir de 1o de janeiro de 2011. Não é possível, divulgar o impacto, se houver, da norma revisada sobre as divulgações de partes relacionadas.

. "Classificação das emissões de direitos" (alteração ao IAS 32) - Emitida em outubro de 2009, a alteração aplica-se a períodos anuais iniciando em ou após 1o de fevereiro de 2010. A aplicação prévia é permitida. A alteração aborda a contabilização de direitos de ações denominados em outra moeda que não a funcional do emissor. Contanto que determinadas condições sejam atendidas, esses direitos de ações agora são classificados como patrimônio, independente da moeda em que o preço de exercício é denominado. Anteriormente, as ações tinham de ser contabilizadas como passivos derivativos. A alteração aplica-se retroativamente, de acordo com o IAS 8 "Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativas Contábeis e Erros". O Banco aplicará a interpretação a partir de 1o de janeiro de 2011. Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações financeiras do Banco ou de suas controladas.

. IFRIC 19 - "Extinção dos Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais": Esta norma está em vigor desde 1o de julho de 2010. A interpretação esclarece a contabilização por parte de uma entidade quando os prazos de um passivo financeiro são renegociados e resultam na emissão, pela entidade, dos instrumentos patrimoniais a um credor da instituição para extinguir todo ou parte do passivo financeiro (conversão da dívida). Isso requer que um ganho ou perda seja reconhecido no resultado, que é mensurado como a diferença entre o valor contábil do passivo financeiro e o valor justo dos instrumentos patrimoniais emitidos. Se o valor justo dos instrumentos financeiros emitidos não puder ser mensurado de maneira confiável, os instrumentos patrimoniais devem ser mensurados para refletir o valor justo do passivo financeiro extinto. O Banco aplicará a interpretação a partir de 1o de janeiro de 2011. Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações financeiras do Banco ou de suas controladas.

. IFRIC 14 (Alteração) - "Pagamentos Antecipados de Requerimentos Mínimos de Provimento de Fundos" . As alterações corrigem uma consequência não intencional do IFRIC 14, IAS 19 - "Limite de Ativo de Benefício Definido, Exigências Mínimas de Provimento de Recursos e sua Interação". Sem as alterações, as entidades não podem reconhecer como um ativo alguns pagamentos antecipados voluntários para contribuições mínimas de provimento de

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fundos. Essa não era a intenção quando o IFRIC 14 foi emitido, e as alterações corrigem isso. As alterações entram em vigor em períodos anuais iniciando em 1º de janeiro de 2011. Aplicação prévia é permitida. As alterações devem ser aplicadas retroativamente ao primeiro período comparativo apresentado. O Banco aplicará essas alterações no período de apresentação dos relatórios financeiros que iniciará em 1º de janeiro de 2011. Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações financeiras do Banco ou de suas controladas.

4. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS

A Administração estabelece estimativa e premissas que afetam os valores de ativos e passivos reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e estão baseados na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros considerados razoáveis para as circunstâncias.

(a) Perdas por Redução ao Valor Recuperável (Impairment) em Ativos Financeiros Mensurados ao Custo Amortizado

O Banco examina periodicamente os ativos financeiros classificados como empréstimos e recebíveis, com o objetivo de avaliar a existência de qualquer evidência objetiva de redução ao valor recuperável. O Banco usa estimativas baseadas na experiência histórica de perda em ativos com características de risco de crédito semelhantes e com evidência objetiva de redução ao valor recuperável. A metodologia e premissas utilizadas para estimar a perda são revisadas regularmente para reduzir as diferenças entre as perdas estimadas e as efetivas. A prática contábil atual encontra-se detalhada na Nota 2.11.

(b) Valor Justo dos Instrumentos Financeiros não Cotados em Mercado Ativo

O valor justo de instrumentos financeiros que não são cotados em mercados ativos são determinados através de técnicas de avaliação (por exemplo, modelos) que são validadas e periodicamente revisadas por pessoal qualificado independente da área que as criou. Antes de serem utilizados, todos os modelos são certificados e validados para assegurar que os resultados reflitam dados reais e preços de mercado comparativos. Em termos práticos, os modelos usam apenas dados observáveis; no entanto, áreas com volatilidade e correlações de risco de crédito (próprias e da contraparte) requerem estimativas por parte da Administração. Alterações nas premissas construídas sobre estes fatores poderiam afetar o valor justo reportado de instrumentos financeiros.

(c) Planos de Pensão de Benefício Definido

O valor atual de obrigações de planos de pensão de beneficio definido é obtido por cálculos atuariais, que utilizam uma série de premissas. Entre as premissas usadas na determinação do custo (receita) líquido para esses planos, está a taxa de desconto. Quaisquer mudanças nessas premissas afetarão o valor contábil das obrigações dos planos de pensão.

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O Banco determina a taxa de desconto apropriada ao final de cada exercício, e esta é usada para determinar o valor presente de futuras saídas de caixa estimadas, que devem ser necessárias para liquidar as obrigações de planos de pensão. Ao determinar a taxa de desconto apropriada, o Banco considera as taxas de juros de títulos do Tesouro Nacional, sendo estes denominados em Reais, a moeda em que os benefícios serão pagos, e que têm prazos de vencimentos próximos dos prazos das respectivas obrigações.

Outras premissas importantes para as obrigações de planos de pensão se baseiam, em parte, em condições atuais do mercado. Informações adicionais estão divulgadas na Nota 24.

(d) Provisões para Riscos Fiscais, Cíveis e Trabalhistas

O Banco revisa periodicamente suas provisões para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas. Essas provisões são avaliadas com base nas melhores estimativas da Administração, levando em consideração a opinião de assessores legais, através da utilização de modelos e critérios que permitam a sua mensuração da forma mais adequada possível, apesar da incerteza inerente ao seu prazo e valor de desfecho de causa. A prática contábil atual encontra-se detalhada na Nota 2.16.

5. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

A gestão de riscos é ferramenta estratégica e fundamental para qualquer instituição financeira. Os riscos intrínsecos a uma empresa desse ramo abrangem desde aqueles facilmente identificáveis na área financeira, como os riscos de mercado, de liquidez, de crédito, assim como os não diretamente identificados como tal, mas também de extrema importância, como risco operacional e de imagem, dentre outros.

O Banrisul procura alinhar suas atividades aos padrões recomendados pelo Novo Acordo de Capital - Basileia II, adotando as melhores práticas de mercado para maximizar a rentabilidade e garantir a melhor combinação possível de aplicações em ativos e uso de capital requerido. São processos contínuos nesse escopo, o aprimoramento sistemático de políticas de risco, sistemas de controles internos e normas de segurança integradas aos objetivos estratégicos e mercadológicos do Banco.

5.1. Risco de Crédito

A estrutura de avaliação de riscos do Banrisul está alicerçada no princípio de decisão técnica colegiada, sendo definidas alçadas de concessão de crédito correspondentes aos níveis decisórios que abrangem, desde a extensa rede de agências, com suas diversas categorias, até as esferas diretivas e seus comitês de risco e crédito na Direção-Geral. Esse processo objetiva agilizar a concessão com base em limites tecnicamente predefinidos, que determinam a exposição que o Banco esteja disposta a operar com cada cliente, atendendo o binômio risco/retorno.

A utilização de metodologias estatísticas para avaliação de risco de clientes, com a parametrização de políticas de crédito e regras de negócios, aliada à otimização dos controles sobre as informações cadastrais através de um modelo de certificação, intensifica e fortalece a

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avaliações. O Banco adota o sistema de credit score e behaviour score para o estabelecimento de créditos pré-aprovados à pessoa física de acordo com classificações de risco previstas nos modelos estatísticos, que são conceitualmente mais atrativos para manejo com crédito massificado.

Para o segmento corporativo o Banco adota técnicas que avaliam as empresas sob os prismas financeiro, de gestão, mercadológico e produtivo, com revisões periódicas que ainda observam cenários econômico e concorrencial contemporâneos e prospectivos, inserindo as empresas nestes ambientes.

A gestão da exposição ao risco de crédito tem como diretriz postura seletiva e conservadora do Banco, seguindo estratégias definidas pela Administração e áreas técnicas da corporação.

5.1.1. Mensuração do Risco de Crédito

(a) Operações de Crédito Diretas e Operações de Repasse por Meio de Agentes Financeiros

Empréstimos e Adiantamento a Clientes

Ao mensurar o risco de crédito, a Administração considera três componentes com relação à contraparte (i) a probabilidade de inadimplência por parte do cliente ou contraparte com respeito às suas obrigações contratuais; (ii) as exposições atuais com a contraparte e seu provável desenvolvimento futuro, a partir das quais se identifica a exposição à inadimplência; e (iii) o provável índice de recuperação das obrigações não cumpridas (perdas por inadimplência).

Estas mensurações de risco de crédito, que refletem as perspectivas de perdas ("modelo de perdas esperadas") e são exigidas pelo Comitê da Basiléia, são mensalmente incorporadas à gestão operacional do Banco. As mensurações operacionais podem ser comparadas às provisões para perda por impairment exigidas pelo IAS 39, as quais são baseadas em perdas que tenham sido incorridas à data do balanço patrimonial ("modelo de perdas incorridas") e não nas perdas esperadas (Nota 5.1.3).

O Banco avalia a probabilidade de inadimplência de contrapartes individualmente, por meio de ferramentas de classificação projetadas para diferentes categorias de contrapartes. Essas ferramentas, que foram desenvolvidas internamente e combinam análise estatística com a opinião da equipe de crédito, são validadas, quando apropriado, através da comparação com dados externos disponíveis. A escala de classificação do grupo, mostrada a seguir, reflete as várias probabilidades de inadimplência para cada categoria. Isto significa que, em princípio, as exposições migram entre as categorias e a avaliação da probabilidade de inadimplência também muda. As ferramentas de classificação são mantidas sob análise e atualizadas quando necessário. Regularmente, a Administração valida o desempenho da classificação e de seu poder de previsão com relação a eventos de inadimplência.

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26 Classificações Internas

Classificação do Banco Descrição do Grau

1 - AA Risco Baixíssimo 2 - A Risco Baixo 3 - B Risco Reduzido 4 - C Risco Moderado 5 - D Risco Normal 6 - E Risco Médio 7 - F Risco Elevado 8 - G Risco Elevadíssimo 9 - H Risco Severo

A exposição à inadimplência baseia-se nos valores que podem ser devidos ao Banco no momento da inadimplência. Por exemplo, no caso de um empréstimo, é o valor nominal. Nos compromissos de empréstimo, são incluídas todas as quantias sacadas além do valor que poderá ter sido retirado à época da inadimplência, se esta vier a ocorrer.

Perda por inadimplência ou severidade da perda representa a expectativa do Banco com relação ao montante da perda estabelecido por uma ação, se a inadimplência ocorrer. Este montante é expresso como perda percentual por unidade de exposição e normalmente varia de acordo com a categoria da contraparte, com o tipo e o nível da ação e com a disponibilidade de garantias ou outras formas de mitigação de crédito.

Operações com Instituições de Crédito

O Banco, com o objetivo de manter o acompanhamento e a devida gestão da Carteira Adquirida, adota como parâmetro de aquisição, no máximo, 20% do valor correspondente à sua carteira de crédito e, ainda, considera como limitador para cada instituição cedente o montante de 25% do seu capital de referência, efetuando para tal processo a correspondente análise da capacidade econômica e financeira da instituição cedente. Salientamos que a Cessão de Crédito é sempre realizada com Coobrigação do cedente, uma vez que a referida liquidez desses créditos junto ao Banrisul são de sua competência.

(b) Títulos Públicos e Outros Títulos de Dívida

A Unidade de Política de Crédito e Análise de Risco elabora relatórios contendo pareceres de análise para concessão de Limites Operacionais de risco de crédito para instituições financeiras e para aquisições de títulos e valores mobiliários emitidos por empresas que operam no Mercado. Para títulos públicos, o Banco considera que quando possuírem risco soberano, não há limitador para sua aquisição.

O Limite Operacional constitui o valor máximo ao qual o Banco aceita estar exposto quando da aquisição de títulos privados, emitidos por companhias ou instituições financeiras, e da participação em Operações Compromissadas. O Limite Operacional é destinado tanto a operações envolvendo a Tesouraria do Banco, por intermédio da Unidade Financeira, quanto a operações no âmbito da alocação de recursos de terceiros, por meio da participação dos

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fundos de investimento do Banrisul administrados pela Unidade de Administração de Recursos de Terceiros.

A extensão da análise técnica compreende o aspecto econômico-financeiro da contraparte; ambiente econômico; perfil; estudo sobre o conglomerado e rating externo. Dentre as informações que subsidiam os estudos técnicos, estão presentes prospectos de emissão, análises prospectivas de cenários (inclusive disponibilizadas pelos coordenadores das emissões), além de sistemáticas consultas aos organismos reguladores, demonstrações financeiras, como Bacen e CVM.

5.1.2. Controle do Limite de Risco e Políticas de Mitigação

O Banco administra, limita e controla concentrações de risco de crédito sempre que estas são identificadas - particularmente, em relação a contrapartes e grupos.

A Administração estrutura os níveis de risco que assume, estabelecendo limites sobre a extensão de risco aceitável com relação a um devedor específico, a grupos de devedores e a segmentos da indústria. Esses riscos são monitorados rotativamente e sujeitos a revisões anuais ou mais frequentes, quando necessário. Os limites sobre o nível de risco de crédito por produto e setor da indústria são aprovados pela Diretoria e pelo Conselho da Administração, se for o caso.

A exposição a qualquer tomador de empréstimo, inclusive os agentes financeiros, no caso de contraparte, é adicionalmente restrita por sublimites que cobrem exposições registradas e não registradas no balanço patrimonial. As exposições reais de acordo com os limites estabelecidos são monitoradas mensalmente.

A exposição ao risco de crédito é também administrada através de análise regular dos tomadores de empréstimos, efetivos e potenciais, quanto aos pagamentos do principal e dos juros e da alteração do limite quando apropriado.

Outras medidas específicas de controle e mitigação são descritas abaixo.

Garantias

O Banco possui orientações e políticas sobre a aceitação de classes específicas de garantias ou mitigação de risco, firmadas nos contratos de empréstimos ou financiamentos, como, por exemplo, o direito de vender ou reapresentar a garantia na ausência de cumprimento por parte do devedor de suas obrigações, sendo as mesmas avaliadas e analisadas no momento da concessão do crédito.

O Banrisul emprega a tomada de garantias sobre a liberação de recursos como uma das medidas de mitigação de risco de crédito. O Banco admite o recebimento de garantias de natureza real e fidejussória, obedecendo às peculiaridades inerentes ao tipo de contrato. A exposição máxima de risco de crédito corresponde ao montante total do compromisso firmado entre as partes. Ainda, cabe salientar que o Banrisul efetua o controle de todas as garantias contratadas, com destaque nas operações que possuem o mitigador de garantias de

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Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – Demonstrações Contábeis Completas em IFRS – 31 Dezembro de 2010

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títulos de crédito, efetuando a gestão durante todo o andamento da operação, recompondo a garantia quando assim se fizer necessário durante a vigência da operação/contrato, baixando o excedente quando de seu encerramento.

Para os casos de execução das garantias atreladas a um contrato insolvente, o Banco realiza a devida retomada dos bens garantidos pela contraparte, realizando, posteriormente, a venda dos mesmos através de leilões.

Excepcionalmente, a garantia pode ser considerada de difícil conversão em valores monetários. Essa contextualização leva em conta a ocorrência de contingências que impossibilitem a realização dessa garantia, como, por exemplo, a ocorrência de fenômenos naturais, a obsolescência e/ou deterioração desses bens, tornando inviável a sua liquidez no mercado.

(a) Compromissos Relacionados a Crédito

Compromissos Relacionados a Crédito representam porções não utilizadas pela contraparte de limites contratados, tipicamente atribuídos a modalidades de capital de giro, cheque especial, cartões de crédito, entre outros. Ainda, referem-se a contratos cujos recursos serão liberados mediante o cumprimento de alguma exigência contratual, conforme cronograma de etapas de construção, como ocorre em alguns contratos imobiliários.

O valor contratual representa o risco de crédito máximo nessas modalidades, no caso de a contraparte efetivamente utilizar o recurso disponível. Contudo, a exposição a perdas resultantes desses contratos é inferior ao total de compromissos a liberar, visto que uma parte destes expira sem a sua completa utilização, seja por decisão do cliente, seja por determinação do Banco que adota critérios para a disponibilização desses recursos, conforme exigência de cumprimento de determinadas cláusulas contratuais.

5.1.3. Políticas de Impairment e Provisionamento

Os sistemas de classificação interno descritos na Nota 5.1.1 dão mais ênfase ao mapeamento da qualidade de crédito do que às atividades iniciais de empréstimos e investimento. Em contraste, as provisões para perda por impairment são reconhecidas para fins de elaboração de relatórios financeiros apenas para perdas que tenham sido incorridas na data do balanço patrimonial com base em evidência objetiva de impairment (ver Nota 2.11).

A ferramenta interna de classificação auxilia a Administração a determinar se existe evidência objetiva de impairment de acordo com o IAS 39, com base nos seguintes critérios estabelecidos:

- Inadimplência nos pagamentos de principal ou juros;

- Dificuldades financeiras do devedor (por exemplo, índice patrimonial, porcentagem da receita líquida de vendas);

- Violação de cláusulas ou termos de empréstimos; - Início de processo de falência; e

- Deterioração da posição competitiva do devedor.

Referências

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