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ANUÁRIO Finanças Estruturadas

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ANUÁRIO

Finanças Estruturadas

2012

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Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2 Caro leitor,

O ano de 2011 foi de crescimento tímido para a economia brasileira como um todo, tendo sido os números gerais influenciados para baixo pela indústria e puxados para cima pelo consumo. O mercado de crédito, por sua vez, cresceu mais do que a economia. Dois segmentos de destaque dentro da expansão do crédito, em linha com o perfil de crescimento da economia, foram o imobiliário e o de consumo pessoal. O desempenho do mercado de finanças estruturadas refletiu, em boa parte, a tendência dos mercados de crédito. Por isto, 2011 registrou alguns recordes importantes na expansão de seus mercados de títulos de securitização, principalmente aqueles vinculados aos setores imobiliário e de crédito pessoal.

Um marco jurídico-regulamentar sólido e em contínuo aprimoramento na busca da transparência e padronização, em conjunto com as necessidades de alternativas que viabilizem financiamento de longo prazo e que atendam a demanda por investimentos com retornos diferenciados, são fortes razões para se acreditar no crescimento da importância deste mercado em um futuro próximo.

A Uqbar acredita plenamente nesta perspectiva de curto prazo e, mais, acredita que o equacionamento da solução para as necessidades apontadas acima passa pelo desenvolvimento do mercado de finanças estruturadas no Brasil. É neste contexto que temos o prazer de entregar a edição 2012 do Anuário Finanças Estruturadas.

Capturando a expansão e transformação em curso deste mercado, esta publicação traz um levantamento completo do desempenho em 2011 de todos os principais títulos de finanças estruturadas e da atuação de veículos, empresas e participantes dedicados a este segmento do mercado financeiro.

Através de nossas publicações, como este Anuário, procuramos trazer nossa contribuição para o desenvolvimento deste mercado, ampliando a base de dados e de análises disponíveis. Esperamos que os futuros Anuários continuem a refletir um mercado em franca e sólida expansão e que agrega cada vez mais valor para a economia brasileira.

Como de costume, agradecemos críticas e elogios como parte essencial do processo contínuo da busca de melhoria de qualidade de nossas publicações.

Desejamos a todos uma boa leitura!

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Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2 Pa tr O n

iO A BrAziliAn SECUritiES foi criada em 2000 para desenvolver o mercado

brasileiro de títulos imobiliários. Foi a primeira empresa no Brasil a receber a classificação AA1.Br da Moody’s investors Service, referente sua emissão de Certificados de recebíveis imobiliários (Cris). As emissões da Brazilian Securities totalizaram r$ 9,8 bilhões em dezembro de 2011, o que representava 27,8% do mercado brasileiro.

www.braziliansecurities.com.br

Somos um dos principais Bancos de investimentos da América latina, com foco em Investment Banking, Asset Management e Wealth Management. trabalhamos com excelência, preservando o patrimônio, honrando a confiança e a alinhando objetivos aos interesses dos nossos clientes. nossa missão é ser o catalisador do setor produtivo e compartilhar nosso conhecimento, nossa agilidade e auxiliar na solidez de seu crescimento.

www.btgpactual.com

ArBCAPitAl é uma empresa independente, especializada em operações de crédito estruturado e gestão de investimentos imobiliários, que se diferencia pela sua capacidade de desenvolver e entregar soluções inovadoras e eficientes aos seus Clientes e investidores e, ao mesmo tempo, comprometer o capital necessário para o desenvolvimento dos negócios.

www.rbcapital.com.br

Fundado em 1992, o MAttOS FilhOADvOgADOS é um dos maiores escritórios do Brasil. O escritório oferece uma ampla gama de serviços e atende a solicitações e demandas específicas dos clientes. Além da equipe altamente qualificada de sócios e advogados, o Mattos Filho Advogados possui reconhecida experiência no ambiente jurídico brasileiro.

www.mattosfilho.com.br

O PMKA combina qualidade técnica, vasta experiência em negócios imobiliários e profundo conhecimento da dinâmica empresarial do setor, que contribuem para uma melhor performance na identificação, avaliação, discussão e proposição de soluções eficazes.

www.pmka.com.br

tKS ADvOgADOS é um escritório focado no atendimento a clientes do mercado imobiliário, nas áreas contratual, societária, tributária e de mercado de capitais, cuja atuação concilia capacitação técnica a uma ampla compreensão do negócio imobiliário como um todo, oferecendo, assim, soluções jurídicas inovadoras e de alto valor agregado.

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Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2 ÍNDICE DE CONTEÚDO intrOduçãO gEral 9

CaPÍtulO um – tÍtulOs gErais 16

Introdução 18

Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) 24

resumo dos termos e Condições 26

Emissões 27 registros 29 Desempenho 31 Spreads 33 investidores 33 Mercado Secundário 34 Cedentes 34 Classificação de risco 35

Cédulas de Crédito Bancário (CCB) 36

resumo dos termos e Condições 37

registros 38

Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB) 39

resumo dos termos e Condições 40

registros 41

CaPÍtulO dOis – tÍtulOs imObiliáriOs 42

Introdução 44

Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) 49

resumo dos termos e Condições 51

Emissões 51 Emissores 52 registros 53 investidores 55 Mercado Secundário 56 Cedentes 56 Classificação de risco 57

Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) 58

resumo dos termos e Condições 59

registros 59

CaPÍtulO três – tÍtulOs dO agrOnEgóCiO 61

Introdução 62

Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) 64

resumo dos termos e Condições 65

Emissões 66

Emissores 66

registros 67

Cédulas de Produto Rural (CPR) 69

resumo dos termos e Condições 70

registros 71

Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) 72

resumo dos termos e Condições 73

registros 74

Ín

d

iC

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Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2

CaPÍtulO QuatrO – Rankings dE 2011 75

Introdução 77 FIDC 82 Emissões 83 Emissores 83 terceiros 85 Administradores 85 Advogados 87

Agências de Classificação de risco 88

Auditores 89 Custodiantes 91 Estruturadores 93 gestores 94 líderes de Distribuição 96 Securitizadoras Imobiliárias 97 Emissões 99 Emissores 99 terceiros 102 Advogados 102

Agências de Classificação de risco 103

Agentes Fiduciários 104 Auditores 106 líderes de Distribuição 107 Índ iC E

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Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2 Índ iC E ÍNDICE DE FIGURAS

Os dados das figuras desta publicação têm como data base 31 de dezembro de 2011. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias sobre este mercado, utilize o Orbis.

FigUrA 1 Emissões por Categoria (geral, imobiliário, Agronegócio) – 2011 (em r$ milhões) 12

FigUrA 2 negociações por Categoria (geral, imobiliário, Agronegócio) – 2011 (em r$ milhões) 12

FigUrA 3 Pl dos FiDC de Fornecedores 13

FigUrA 4 Crescimento do Pl dos FiDC Multi-cedentes Multi-sacados e da indústria (Base 100 - Janeiro 2010) 14

FigUrA 5 Emissões de Cotas de FiDC - Montante (em r$ milhões) 27

FigUrA 6 Composição das Emissões de Cotas de FiDC por Ativo-lastro – 2010 e 2011 (% do Montante Emitido) 28

FigUrA 7 Ofertas Públicas de Cotas de FiDC 29

FigUrA 8 número de FiDC registrados na CvM 29

FigUrA 9 Depósitos de Cotas de FiDC na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 30

FigUrA 10 Estoque de Cotas de FiDC na CEtiP - Evolução histórica (em r$ milhões) 30

FigUrA 11 Atrasos, PDD e PDD/Atrasos 31

FigUrA 12 Evolução dos Índices Atrasos/DC e PDD/DC (%) 31

FigUrA 13 PDD/DC por Ativo-lastro – 2010 e 2011 (%) 32

FigUrA 14 variação de PDD normalizada das maiores classes de Ativo-lastro (%) 32

FigUrA 15 Composição do Montante Emitido de Cotas de FiDC em 2011 por Classe de investidor (% de Montante) 33

FigUrA 16 negociações de Cotas de FiDC na BM&FBOvESPA e CEtiP - Evolução histórica (em r$ milhões) 34

FigUrA 17 Emissões de cotas de FiDC por Atividade Econômica do Cedente – 2011 34

FigUrA 18 Depósitos de CCB na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 38

FigUrA 19 Estoque de CCB na CEtiP - Evolução histórica (em r$ milhões) 38

FigUrA 20 negociações de CCB na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 38

FigUrA 21 Depósitos de CCCB na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 41

FigUrA 22 Estoque de CCCB na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 41

FigUrA 23 negociações de CCCB na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 41

FigUrA 24 Emissões de Cri - Montante (em r$ milhões) 51

FigUrA 25 Ofertas Públicas de Cri 53

FigUrA 26 Emissões de Cri de 2011 por tipo de registro (% montante emitido) 53

FigUrA 27 número de Securitizadoras imobiliárias registradas na CvM 54

FigUrA 28 Depósitos de Cri na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 54

FigUrA 29 Estoque de Cri na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 54

FigUrA 30 Composição do Montante Emitido de Cri em 2011 por Classe de investidor (% de Montante) 55

FigUrA 31 Pl dos Fii que investem em Cri 55

FigUrA 32 negociações de Cri na BM&FBOvESPA e CEtiP – Montante (em r$ milhões) 56

FigUrA 33 número de Cedentes de Crédito residencial por Atividade Econômica – Ano 2011 56

FigUrA 34 número de Cedentes de Crédito Corporativo por Atividade Econômica – Ano 2011 57

FigUrA 35 Depósitos de CCi na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 59

FigUrA 36 Estoque de CCi na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 59

FigUrA 37 Estoque de CCi na CEtiP – Composição por indexador (% do Montante) 60

FigUrA 38 negociações de CCi na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 60

FigUrA 39 Emissões de CrA – Montante (em r$ milhões) 66

FigUrA 40 Depósitos de CrA na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 67

FigUrA 41 Estoque de CrA na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 67

FigUrA 42 negociações de CrA na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 68

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Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2 Índ iC E

FigUrA 44 negócios de CPr Financeira na CEtiP em 2011 por Produto – ( % do Montante) 71

FigUrA 45 Depósitos de CDCA na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 74

FigUrA 46 Estoque de CDCA na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 74

FigUrA 47 negociações de CDCA na CEtiP – Evolução histórica (em r$ milhões) 74

ÍNDICE DE TABELAS

Os dados das tabelas desta publicação têm como data base 31 de dezembro de 2011. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias sobre este mercado, utilize o Orbis.

tABElA 1 Definições das Classes de Ativo-lastro de FiDC 28

tABElA 2 Spreads por Classificação de risco 33

tABElA 3 Spreads por Ativo-lastro 33

tABElA 4 Elevações de Classificação de risco de Cotas de FiDC em 2011 35

tABElA 5 rebaixamentos de Classificação de risco de Cotas de FiDC em 2011 35

tABElA 6 Definições das Classes de Ativo-lastro de Cri 51

tABElA 7 Securitizadoras imobiliárias que Emitiram em 2011 52

tABElA 8 Elevações de Classificação de risco de Cri em 2011 57

tABElA 9 rebaixamentos de Classificação de risco de Cri em 2011 57

tABElA 10 Securitizadoras do Agronegócio registradas na CvM 67

tABElA 11 Ranking de Emissões de Cotas de FiDC por Montante Emitido em 2011 83

tABElA 12 Ranking de FiDC por Montante Emitido em 2011 83

tABElA 13 Ranking de FiDC por Montante de Pl em 2011 84

tABElA 14 Ranking de FiDC por Montante de Pl – Consolidado 84

tABElA 15 Ranking de Administradores de FiDC por Montante de Pl em 2011 85

tABElA 16 Ranking de Administradores de FiDC por número de Operações em 2011 85

tABElA 17 Ranking de Administradores de FiDC por Montante de Pl - Consolidado 86

tABElA 18 Ranking de Administradores de FiDC por número de Operações - Consolidado 86

tABElA 19 Ranking de Advogados de FiDC por Montante Emitido em 2011 87

tABElA 20 Ranking de Advogados de FiDC por número de Operações em 2011 87

tABElA 21 Ranking de Agências de Classificação de risco por Montante Classificado de Cotas de FiDC em 2011 88

tABElA 22 Ranking de Agências de Classificação de risco por número de Cotas de FiDC Classificado em 2011 88

tABElA 23 Ranking de Agências de Classificação de risco por Montante Classificado de Cotas de FiDC – Consolidado 88

tABElA 24 Ranking de Agências de Classificação de risco por número de Cotas de FiDC Classificado – Consolidado 89

tABElA 25 Ranking de Auditores de FiDC por Montante de Pl em 2011 89

tABElA 26 Ranking de Auditores de FiDC por número de Operações em 2011 90

tABElA 27 Ranking de Auditores de FiDC por Montante de Pl - Consolidado 90

tABElA 28 Ranking de Auditores de FiDC por número de Operações - Consolidado 90

tABElA 29 Ranking de Custodiantes de FiDC por Montante de Pl em 2011 91

tABElA 30 Ranking de Custodiantes de FiDC por número de Operações em 2011 91

tABElA 31 Ranking de Custodiantes de FiDC por Montante de Pl - Consolidado 92

tABElA 32 Ranking de Custodiantes de FiDC por número de Operações - Consolidado 92

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Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2 Índ iC E © 2012 Uqbar

A Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. empregou seus melhores esforços na obtenção e verificação dos dados apresentados neste documento. Nossas informações foram obtidas de fontes que consideramos fidedignas, mas sua exatidão e seu grau de integralidade e integridade não estão garantidos. A Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. não se responsabiliza por quaisquer perdas ou prejuízos que possam advir de informações equivocadas. Esta publicação não é uma recomendação de compra ou venda.

Todos os direitos autorais inerentes ao presente documento são de propriedade da Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. Nenhuma das informações desta publicação pode ser copiada, reproduzida, divulgada ou transmitida, no todo ou em partes, em qualquer formato, por qualquer razão, ou por qualquer pessoa, sem citar Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. como fonte.

tABElA 38 Ranking de gestores de FiDC por número de Operações – Consolidado 95

tABElA 39 Ranking de líderes de Distribuição de Cotas de FiDC por Montante Emitido em 2011 96

tABElA 40 Ranking de líderes de Distribuição de Cotas de FiDC por número de títulos em 2011 96

tABElA 41 Ranking de Emissões de Cri por Montante Emitido em 2011 99

tABElA 42 Ranking de Securitizadoras imobiliárias por Montante Emitido em 2011 99

tABElA 43 Ranking de Securitizadoras imobiliárias por número de Operações em 2011 100

tABElA 44 Ranking de Securitizadoras imobiliárias por Montante Emitido – Consolidado 100

tABElA 45 Ranking de Securitizadoras imobiliárias por número de Operações – Consolidado 101

tABElA 46 Ranking de Securitizadoras imobiliárias por Preço Unitário dos Cri 101

tABElA 47 Ranking de Securitizadoras imobiliárias por número de Operações de Cri a vencer 102

tABElA 48 Ranking de Advogados de Securitizadoras imobiliárias por Montante Emitido em 2011 102

tABElA 49 Ranking de Advogados de Securitizadoras imobiliárias por número de Operações em 2011 103

tABElA 50 Ranking de Agências de Classificação de risco por Montante de Cri Classificado em 2011 103

tABElA 51 Ranking de Agências de Classificação de risco por número de Cri Classificado em 2011 103

tABElA 52 Ranking de Agências de Classificação de risco por Montante de Cri Classificado - Consolidado 104

tABElA 53 Ranking de Agências de Classificação de risco por número de Cri Classificado - Consolidado 104

tABElA 54 Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de Cri em 2011 104

tABElA 55 Ranking de Agentes Fiduciários por número de Operações de Cri em 2011 105

tABElA 56 Ranking de Agentes Fiduciários por Preço Unitário dos Cri 105

tABElA 57 Ranking de Agentes Fiduciários por número de Operações de Cri a vencer 105

tABElA 58 Ranking de Auditores de Securitizadoras imobiliárias por Preço Unitário dos Cri 106

tABElA 59 Ranking de Auditores de Securitizadoras imobiliárias por número de Operações de Cri a vencer 106

tABElA 60 Ranking de líderes de Distribuição de Cri por Montante Emitido em 2011 107

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Quando os livros de finanças contarem a história da evolução do mercado de finanças estruturadas brasileiro, o verbete dedicado ao ano de 2011 deverá indicar como destaques os novos volumes recordes de emissões de títulos, a participação significativa de algumas instituições, antes com presença modesta ou insignificante neste mercado, como é o caso da participação do Fundo de garantia do tempo de Serviço (FgtS) como investidor, e a da Caixa Econômica Federal (CEF) como captadora de recursos, e a continuidade das transformações do marco regulamentar visando o aumento de transparência e de padronização.

indicarão também que, no Brasil, o segmento do mercado de finanças estruturadas que continuou a se destacar foi o de securitização de ativos, operações financeiras realizadas no país primordialmente através de Fundos de investimento em Direitos Creditórios (FiDC) e Companhias Securitizadoras de Crédito imobiliário (Securitizadoras imobiliárias).

Em 2011, estes dois veículos foram responsáveis por 99,6% do total de títulos de securitização emitidos durante o ano. A diferença ficou para o terceiro tipo de emissor, as Companhias Securitizadoras de Direitos Creditórios do Agronegócio, que começaram a dar seus primeiros sinais de existência.

Este Anuário apresenta uma cobertura completa da evolução deste mercado de finanças estruturadas durante o ano de 2011. três capítulos trazem um amplo conjunto de dados quantitativos e qualitativos dos títulos deste mercado, organizados por atividade econômica. neles são apresentados os títulos gerais, onde se destacam as cotas de FiDC, seguidos pelos títulos imobiliários, com os títulos emitidos pelas Securitizadoras imobiliárias - os Certificados de recebíveis imobiliários (Cri) - em evidência, e, por fim, os títulos do agronegócio, entre eles os Certificados de recebíveis do Agronegócio (CrA).

Além destes, outros títulos também são incluídos em cada um destes capítulos. As justificativas para a inclusão encontram-se nas características que eles carregam per se, as quais estão ligadas a conceitos basilares das finanças estruturadas, como a transferência de risco e o agrupamento de ativos; e pelo fato deles muitas vezes constituírem o lastro ou ativo das operações de securitização.

O conjunto dos títulos gerais, basicamente devido a sua natureza não específica e consequente aplicação em uma larga gama de segmentos, são os títulos do mercado de finanças estruturadas que, por mais um ano, tiveram o maior montante de emissão, equivalente a r$ 68,83 bilhões. Os títulos

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que este setor ainda tem pela frente em termos de evolução no mercado de capitais. A figura 1 apresenta estes montantes emitidos em 2011.

Se mensurados através do montante consolidado de negociações em 2011, o conjunto de títulos imobiliários esteve à frente do de títulos gerais, r$ 13,63 bilhões e r$ r$ 11,60 bilhões respectivamente, seguidos por último pelos títulos do agronegócio com apenas r$ 1,57 bilhão. O número de montante de negociações contabiliza todas as negociações registradas na CEtiP e/ou ocorridas na BM&FBOvESPA que aconteceram imediatamente a partir do final do processo de subscrição das emissões primárias dos títulos. A

figura 2 apresenta estes montantes negociados em 2011.

Emissões por Categoria

(Geral, Imobiliário, Agronegócio) – 2011 (em R$ milhões) FIG. 1

Fonte: Uqbar

Títulos Gerais Títulos Imobiliários Títulos do Agronegócio 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000

Negociações por Categoria

(Geral, Imobiliário, Agronegócio) – 2011 (em R$ milhões) FIG. 2

Fonte: Uqbar 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000

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no conjunto de títulos gerais, o mercado de cotas de FiDC demonstrou em 2011 um forte ritmo de expansão em alguns de seus subgrupos e segmentos, dentre eles dois já apontados na edição do ano passado deste Anuário. O primeiro subgrupo inclui aqueles fundos dedicados a financiar os fornecedores de grandes empresas (FiDC de Fornecedores). Em 2011, três novos FiDC deste tipo foram estruturados e um foi liquidado, elevando o total destes fundos de sete para nove. O patrimônio líquido consolidado deste subgrupo saltou de r$ 155,6 milhões no final de 2010 para r$ 452,7 milhões no término do ano passado. A figura 3 apresenta a evolução histórica do número de fundos e do patrimônio líquido (Pl) dos FiDC de Fornecedores.

O outro tipo de FiDC que também aumentou sua participação no mercado é aquele que conta com vários cedentes que, por sua vez, pertencem a diversos segmentos da economia. São os já conhecidos fundos multi-cedentes multi-sacados cuja origem é, na sua maioria, do segmento de factoring. A evidência é de que as sociedades de fomento mercantil continuam a migrar suas atividades para o universo de FiDC por razões fiscais e pela possibilidade de alavancagem na captação de recursos. Os fundos deste segmento cresceram de um patrimônio líquido consolidado de r$ 1,91 bilhão em janeiro de 2010 para um de r$ 4,60 bilhões em dezembro de 2011. na figura 4 é exibido um comparativo entre o ritmo de crescimento do setor de FiDC como um todo e do subgrupo dos fundos multi-cedentes multi-sacados nos últimos dois anos a partir de janeiro de 2010.

PL dos FIDC de Fornecedores FIG. 3

Fonte: Uqbar Número de FIDC PL (R$ milhões) Se t 0 6 D ez 0 6 M ar 0 7 Ju n 07 Se t 0 7 D ez 0 7 M ar 0 8 Ju n 08 Se t 0 8 D ez 0 8 M ar 0 9 Ju n 09 Se t 0 9 D ez 0 9 M ar 1 0 Ju n 10 Se t 1 0 D ez 1 0 M ar 1 1 Ju n 11 Se t 1 1 D ez 1 1 PL (R$ milhões) Númer o de FIDC 0 100 200 300 400 500 50 150 250 350 450 0 2 4 6 8 10 12

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O mercado de títulos ligados ao setor imobiliário mostrou expansão ainda mais forte no ano e, entre estes títulos, o Cri, que é o principal título de securitização vinculado a este setor, figurou em destaque. Mesmo assim, apesar de mais um ano de crescimento marcante, o mercado de Cri ainda representa uma fatia pequena da quantidade consolidada de crédito imobiliário na economia. Em outros países com grau de desenvolvimento do mercado de capitais comparável ou mesmo inferior ao do Brasil, a participação relativa deste tipo de títulos no financiamento do setor é bem mais alta. O destaque do ano foi a participação do FgtS como comprador destes títulos. no total foram mais de r$ 2,50 bilhões de títulos lastreados em créditos cedidos por importantes instituições financeiras como CEF, Banco itaú e Banco Santander. Estas operações, diferentemente da maioria realizada no mercado, tiveram como indexador a taxa referencial (tr) de juros e como lastro créditos originados de acordo com o Sistema Financeiro de habitação (SFh).

Entre os títulos do agronegócio, o único título de securitização, o CrA, continua tendo seu montante consolidado de emissões crescendo a taxas relevantes, porém ainda sobre uma base muito pequena, principalmente se levados em conta a importância e tamanho deste setor na economia brasileira.

Em seguida aos primeiros três capítulos referentes aos mercados de títulos, o Anuário traz o capítulo referente aos rankings de emissões, emissores e prestadores de serviços para este mercado, uma vasta compilação de informações que oferece um outro tipo de análise sobre o ocorrido ao longo de 2011.

Um capítulo, presente em todas as demais edições deste Anuário, foi eliminado nesta publicação: aquele que abordava o mercado de Derivativos de Crédito. A razão é evidente. Apesar de diversas tentativas de alguns

Crescimento do PL dos FIDC Multi-cedentes Multi-sacados e da Indústria (Base 100 - Janeiro 2010)

Fonte: Uqbar

FIG. 4

FIDC Multi Cedentes Multi Sacados Indústria FIDC 50 100 150 200 250 Ja n 10 Fe v 10 M ar 1 0 A br 1 0 M ai 1 0 Ju n 10 Ju l 1 0 A go 1 0 Se t 1 0 O ut 1 0 N ov 1 0 D ez 1 0 Ja n 11 Fe v 11 M ar 1 1 A br 1 1 M ai 1 1 Ju n 11 Ju l 1 1 A go 1 1 Se t 1 1 O ut 1 1 N ov 1 1 D ez 1 1

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participantes de mercado, este é um segmento do mercado de finanças estruturadas ainda inexistente no Brasil.

Ao se adentrar o ano de 2012, dois diagnósticos parecem presentes em boa parte das análises do cenário econômico-financeiro brasileiro. Por um lado, o quadro de baixo nível de investimento em capital fixo na economia e as limitações operacionais e regulatórias do setor bancário para atender, diretamente de seu balanço, de forma eficiente e maximizadora, toda a demanda e oferta de recursos existentes na economia, indicam a necessidade de alternativas de mercado que possibilitem o financiamento de longo prazo, voltado principalmente para os setores de infraestrutura e imobiliário. Por outro, se prevê o surgimento de um mercado mais amplo de títulos de crédito privado, como reação a uma demanda crescente dos investidores por retornos diferenciados em um ambiente de taxas de juro declinantes.

Estas duas necessidades resultam em um promissor cenário para o desenvolvimento do mercado de capitais além das fronteiras historicamente estabelecidas. É justamente neste contexto que surge a importância do mercado de finanças estruturadas, que tenta aproximar de forma direta e objetiva tomadores e doadores de recursos. veículos como o FiDC e as Securitizadoras imobiliárias e títulos como as cotas de FiDC e os Cri se apresentam, na evolução do mercado de capitais brasileiro, como opções atraentes que podem contribuir exatamente para o atendimento de questões prementes como as diagnosticadas acima.

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tÍtulOs gErais

C

a

tul

O

um

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tu lO s g Er a is Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2 INTRODUÇÃO

Este é o primeiro de três capítulos dedicados a diferentes categorias de títulos mobiliários. neste capítulo são abordados os títulos gerais, aqueles que não são associados especificamente a um setor de negócios, como nos casos dos títulos imobiliários e dos títulos do agronegócio. Fazem parte da categoria dos títulos gerais relacionados ao mercado de finanças estruturadas as cotas de Fundos de investimento em Direitos Creditórios (FiDC), as Cédulas de Crédito Bancário (CCB) e os Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB).

As cotas de FiDC têm representado, há quase uma década, o principal título de securitização no Brasil. Os FiDC são veículos que podem e são usados como forma de captação de recursos nos mais variados setores da economia. O montante consolidado de emissões de cotas de FiDC tem crescido ininterruptamente desde 2003, com exceção para o ano de 2009. nos últimos dois anos, o montante total emitido cresceu a taxas bastante altas, tendo saltado de r$ 12,52 bilhões em 2009 para r$ 22,87 bilhões em 2010, e atingido r$ 36,52 bilhões no último ano.1

Um ponto a destacar neste crescimento é a forma pela qual foram realizadas as distribuições destes títulos no mercado. A maior parte das emissões de 2011 foi distribuída com esforços restritos, de acordo com a instrução CvM nº 476 (iCvM 476), ou tiveram dispensa de registro. O montante de ofertas públicas registradas reguladas pela instrução CvM nº 400 (iCvM 400) não exibiu tendência de crescimento no último ano. Em 2011, o montante emitido de acordo com a iCvM 400 foi de r$ 6,30 bilhões, nível comparável ao dos anos anteriores, com exceção de 2009, quando o montante foi substancialmente menor.

Assim como tem sido há alguns anos, os recursos captados pelos FiDC em 2011 foram investidos predominantemente em quatro tipos de ativos, compostos por créditos decorrentes: (i) de financiamentos para a aquisição de veículos automotores, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas; (ii) de financiamentos para consumo não específico a pessoas físicas, incluindo operações com e sem consignação em folha de pagamento, cartão de crédito e cheque especial; (iii) de financiamentos a pessoa jurídica para a aquisição de bens (excluindo imóveis e veículos, já pertencentes a outras classes) e outros fins como comércio exterior, infraestrutura e desenvolvimento; e (iv) da venda financiada de um bem ou serviço realizado por pessoas jurídicas, sendo o financiamento geralmente de curto prazo, 30 a 90 dias.

1 Este número não considera as emissões do FiDC Sistema Petrobras nP. A Uqbar exclui esse fundo em todas as suas análises sobre o mercado de FiDC devido às suas características particulares, seu tamanho totalmente desproporcional com relação ao restante do mercado e o fato de que a inclusão de seus dados comprometeria seriamente a análise de desempenho do mercado. informações sobre este fundo podem ser encontradas no Orbis.

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Conforme critério estabelecido pela Uqbar, estes créditos compõem, respectivamente, as seguintes classes de ativos investidos por FiDC (ativos-lastro): Financiamento de veículos, Crédito Pessoal, Crédito Pessoa Jurídica e recebíveis Comerciais. Apesar do setor de FiDC ter mantido a concentração típica histórica nestas quatro classes de ativos-lastro em 2011, houve um pequeno movimento no sentido de diminuição desta concentração no último ano. Em 2010, as quatro classes de ativos-lastro dominaram 82,4% das emissões de cotas, enquanto que em 2011 esta preponderância caiu para 73,6%. Se levada em conta a classe denominada Multiclasse, a qual é composta por fundos que, em sua maioria, também investem nestas quatro maiores classes de ativo, a participação de mercado destes ativos foi de 95,3% em 2010 e 92,8% em 2011. Este pequeno recuo no grau de concentração se explica pelo crescimento em emissões da classe Prestação de Serviços Públicos, a quinta maior classe, que é formada por créditos decorrentes da prestação de serviços públicos como, por exemplo, saneamento básico. Fundos pertencentes a esta classe emitiram r$ 1,48 bilhão em 2011, contra apenas r$ 128,5 milhões no ano anterior.

Fundos cujos ativos pertencem à classe Financiamento de veículos foram os que mais emitiram no último ano, r$ 7,39 bilhões, acima dos r$ 6,32 bilhões em 2010. Porém, no ranking de ativos-lastro, esta classe perdeu participação relativa no ano, tendo sua fatia do total caído de 27,6% para 20,2%. Ao mesmo tempo, a classe recebíveis Comerciais, mesmo tendo aumentado ligeiramente seu volume de emissão de r$ 5,62 bilhões para r$ 5,74 bilhões, foi a que mais perdeu participação relativa em 2011, decrescendo de 24,6%, quando era a segunda maior classe em 2010, para 15,7% do total, se tornando assim a quarta classe em 2011. Finalmente, a classe que mais ganhou participação relativa neste período foi Crédito Pessoa Jurídica, subindo de 13,5%, na quarta colocação em 2010, para 18,3% do total, passando para a terceira colocação em 2011, tendo seu montante de emissão crescido de r$ 3,10 bilhões para r$ 6,68 bilhões.

Em relação à classe Financiamento de veículos, a Bv Financeira foi a instituição que mais captou recursos através de FiDC com este tipo de lastro. Os FiDC Bv Financeira i, ii, iv e vi emitiram aproximadamente r$ 4,20 bilhões em cotas no ano, sendo que somente o Bv Financeira vi, lançado em 2011, emitiu r$ 2,65 bilhões. Entre os fundos pertencentes à classe Crédito Pessoal, o FiDC F ACB Financeiro teve a liderança isolada por montante emitido, equivalente a r$ 4,27 bilhões. Apesar do montante emitido ser significativo, o

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dos dois maiores FiDC do mercado e, assim como o outro grande fundo do mercado, o FiDCBCSul verax Multicred Financeiro, tem o Banco Cruzeiro do Sul como cedente e como investidor majoritário através de posição em cotas subordinadas.

na classe Crédito Pessoa Jurídica tiveram destaque as emissões do FiDC insumos Básicos da indústria Petroquímica, que totalizaram r$ 1,02 bilhão, tendo como cedente a Petrobras. na classe recebíveis Comerciais, a que apresentou o maior número de fundos emissores em 2011, um total de 85, duas operações merecem menção pelos valores e por serem de fundos que já estão em funcionamento há alguns anos. O FiDC For-te, que tem como cedentes empresas fornecedoras de bens e serviços para as empresas do grupo telefônica, devedoras dos créditos do fundo, emitiu r$ 1,62 bilhão em cotas no ano; enquanto que o FiDC Caterpillar do Segmento industrial ii, que tem a Caterpillar como cedente, emitiu r$ 1,57 bilhão, sendo r$ 858,6 milhões em cotas sênior e r$ 709,5 milhões em cotas subordinadas –outro fundo com um alto índice de subordinação. Finalmente, vale também destacar o FiDC Cedae, da classe Prestação de Serviço Público, que emitiu r$ 1,22 bilhão, sendo r$ 1,14 bilhão em cotas sênior e r$ 76,2 milhões em cotas subordinadas.

Outro indicador de crescimento no mercado de cotas de FiDC como um todo é o referente ao montante consolidado anual de emissões de novos fundos, ou seja, emissões apenas de FiDC que emitiram pela primeira vez no respectivo ano. Em 2011 este indicador alcançou r$ 22,84 bilhões (62,6% do total), contra r$ 12,66 bilhões em 2010 (55,4% do total) e r$ 6,06 bilhões em 2009 (48,4% do total). O número de fundos registrados na Comissão de valores Mobiliários (CvM) também vem subindo anualmente, atingindo 110 em 2011, contra 99 no ano anterior.

Os registros de depósitos e de estoque de cotas de FiDC na CEtiP indicaram forte expansão em 2011. Já tendo saltado de r$ 1,85 bilhão em 2009 para r$ 9,06 bilhões em 2010, o nível de depósitos atingiu r$ 12,97 bilhões em 2011. Já o montante em estoque, que se encontrava em r$ 14,54 bilhões no final de 2010, pulou para r$ 25,42 bilhões em dezembro do ano passado.

Entre as principais classes de ativo-lastro, as alterações mais significativas entre 2010 e 2011 são de aumento de PDD/DC para Crédito Pessoa Jurídica e diminuição do mesmo indicador para recebíveis Comerciais. Conforme ilustrado por dois tipos de gráficos neste capítulo, estas mudanças podem ser detectadas tanto através da leitura deste índice para estas classes no final de cada ano, como pela interpretação do comportamento da variação mensal deste índice normalizado ao longo do ano.

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na avaliação do rendimento esperado das emissões de cotas de FiDC em 2011 com classificação de risco AAA e AA e duration entre 1,5 e 3,5 anos das principais categorias de ativo-lastro, percebe-se um pequeno aumento do spread mínimo registrado em relação a 2010. A exceção ficou por conta da classe Crédito Pessoal, que teve seu spread mínimo para as emissões AAA reduzido de 193, em 2010, para 127 no último ano. Este spread em 2011 ocorreu em uma emissão da cota sênior do FiDC Fênix de varejo, cujos cedentes são as lojas Americanas e a empresa B2W e cujos recebíveis são contratos de cartão de crédito que tem pessoas físicas como devedores. vale apontar também que, para as emissões de cotas em 2011 da classe recebíveis Comerciais, as duas emissões AAA saíram com um spread superior àquele de todas as emissões AA.

Analisando-se a composição dos investidores de cotas de FiDC no mercado primário em 2011, tomando como base 55,6% do total das emissões no ano, referente às informações às quais a Uqbar teve acesso, percebe-se uma pequena diminuição da participação relativa à categoria dos fundos de investimento em relação a 2010. naquele ano esta participação tinha sido de 34,0% do total, caindo agora para 27,7%. Por outro lado, a participação da categoria das instituições ligadas à distribuição das cotas e pessoas físicas e jurídicas e instituições financeiras vinculadas aos originadores dos créditos ficou em 30,1%. Ainda relevante, entidades de previdência tiveram mais uma vez uma participação tímida, de 3,5%, e o Fundo garantidor de Crédito se viu detentor de 1,7% das cotas emitidas no ano.

no ambiente de mercado secundário, o montante anual de cotas negociadas registrado na CEtiP e BM&FBOvESPA voltou a subir um pouco depois de três anos em queda. De 2007 a 2010, o montante negociado anual caiu de forma aproximadamente linear de r$ 4,36 bilhões para r$ 1,24 bilhão. Em 2011, o montante aumentou para r$ 2,61 bilhões.

O mercado secundário de cotas de FiDC continua com um nível de liquidez muito reduzido, principalmente se medido pelo número de negócios. Este comportamento diverge da tendência de expansão no mercado apontada pelos números de emissão, patrimônio líquido, depósitos e estoque. há fatores estruturais que podem explicar este fenômeno como, por exemplo, a ausência de participantes dedicados ao mercado secundário. Mas o principal avanço necessário para a evolução do secundário está relacionado aos aspectos informacionais deste setor. O efetivo monitoramento de investimentos nestes títulos e a capacidade

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mensalmente dados mais detalhados sobre o desempenho de seus ativos, através do novo formato de informe Mensal estipulado pela instrução CvM nº 489, uma importante barreira tenha sido vencida. vale, no entanto, frisar a dificuldade ainda existente de obtenção de forma simples e prática de dados elementares como, por exemplo, os valores patrimoniais das cotas, na frequência compatível com a dinâmica de um mercado secundário robusto, ou seja, diariamente.

Em 2011, mais uma vez, instituições financeiras brasileiras predominaram no papel de cedentes de direitos creditórios no setor de FiDC. Desta vez, este segmento de atividade econômica correspondeu a uma fatia de 65,3% do mercado quando medido pelo montante total emitido, uma expansão desta participação se comparada aos 57,0% referentes a 2010. Esta preponderância advém do peso das classes Financiamento de veículos e Crédito Pessoal no setor como um todo. vale aqui a observação de que, apesar da utilização crescente da securitização, por parte das instituições financeiras, como forma de captação de recursos, esta tendência não tem sido constatada, no mesmo passo, em relação ao crédito imobiliário. Conforme será abordado no capítulo de títulos imobiliários, no Brasil, diferentemente de outros países, os principais cedentes de créditos imobiliários para operações de securitização são as empresas do setor imobiliário.

Finalizando a parte referente às cotas de FiDC, no que diz respeito à qualidade de crédito dos ativos investidos por estes fundos, dois grupos de indicadores apresentam conclusões divergentes.

A análise do grupo de indicadores que relatam a evolução dos montantes consolidados de provisões para devedores duvidosos (PDD) e de créditos vencidos e não pagos (Atrasos) do setor de FiDC aponta para uma tendência de ligeira melhora no desempenho deste mercado ao longo de 2011. PDD e Atrasos são indicadores associados aos níveis de inadimplência e crescem de forma inversamente proporcional ao bom desempenho. Em 2011, ambos indicadores cresceram, de forma paralela, em termos absolutos, mas decresceram em termos relativos, tanto em comparação ao montante consolidado de direitos creditórios (DC) como ao de patrimônio líquido. Os quocientes PDD/DC e Atrasos/DC caíram, respectivamente, de 5,7% e 8,0%, em dezembro de 2010, para 4,9% e 6,5%, no final de 2011.

Por outro lado, tomando-se como base exclusivamente o número de ações de elevação e de rebaixamento das agências de classificação de risco, chega-se à conclusão de que em 2011 o quadro geral apresenta tendência de ligeira piora. Enquanto cinco cotas (quatro sênior e uma mezanino), todas de fundos diferentes, tiveram um total de cinco elevações de classificação realizadas por duas agências, dezesseis cotas (sete sênior, cinco mezanino,

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duas subordinadas e duas únicas), de oito fundos diferentes, tiveram um total de 18 rebaixamentos realizados por quatro agências.

É importante ressaltar que os dois grupos de indicadores aplicam-se a universos diferentes. Enquanto que o primeiro cobre todos os fundos em operação no país, o segundo aplica-se apenas àqueles fundos que têm suas cotas classificadas pelas agências.

Avançando a análise para os outros dois títulos gerais, o mercado de CCB voltou a dar demonstração de força em 2011, retomando trajetória ascendente em seus níveis de depósito, estoque e negociações registrados na CEtiP. Este movimento de alta reflete, de certa forma, a tendência de aumento no nível geral de crédito na economia. A CCB é um título de crédito geral, não vinculado a um setor de negócios específico, e muito utilizado para operações de crédito em geral. Este título está associado ao mercado de Finanças Estruturadas tanto por fazer parte de carteiras de recebíveis de FiDC como por se caracterizar como um instrumento per se de captação de recursos com possíveis estruturas de garantias atreladas.

O nível de depósitos anuais de CCB na CEtiP subiu pelo segundo ano consecutivo, estabelecendo novo recorde histórico. Em 2011 foram depositados r$ 31,87 bilhões, contra r$ 21,39 bilhões no ano anterior. A cifra recorde até então era de r$ 23,15 bilhões, referente a 2008. O montante em estoque na mesma câmara também atingiu novo recorde histórico, registrando r$ 22,53 bilhões em dezembro de 2011, versus r$ 18,18 bilhões no final do ano anterior. Finalmente, o montante anual de negócios registrados na CEtiP voltou a crescer depois de três anos de queda, alcançando r$ 8,48 bilhões em 2011, contra r$ 6,57 bilhões no ano anterior. A cifra anual recorde permanece sendo a de 2007, com r$ 11,95 bilhões.

O mercado de CCCB, por sua vez, continuou apresentando tendência de queda em todas as suas variáveis no último ano. Os CCCB funcionam como instrumento de transferência de risco, ao permitir que instituições financeiras possam agrupar e vender as cédulas que estas detêm em seus ativos. A leitura que se faz, frente ao comportamento em expansão do mercado de CCB, é a de que houve não só uma menor demanda no mercado pelos certificados de cédulas, como também uma menor necessidade, por parte das instituições financeiras, de transferência de risco de seus balanços através desta ferramenta financeira de agrupamento. Em 2011, depósitos de CCCB na CEtiP somaram r$ 445,7 milhões, contra r$ 1,06 bilhão em 2010. O nível de estoque fechou o

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COtas dE FundOs dE inVEstimEntO

Em dirEitOs CrEditóriOs (FidC)

Esta seção apresenta informações sobre cotas de FiDC. inclui um resumo dos principais termos e condições destes títulos e dados e estatísticas sobre emissões, registros na CvM e na CEtiP, desempenho dos direitos creditórios, spreads, investidores, negociações no mercado secundário, cedentes e as elevações e rebaixamentos realizados pelas agências de classificação de risco para este mercado no ano de 2011.

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Resumo dos Termos e Condições

Descrição Fração ideal de patrimônio do Emissor.

Emissor Fundos de investimento em direitos creditórios (FiDC), uma comunhão de recursos que destina parcela preponderante do respectivo patrimônio líquido (acima de 50,0%) para a aplicação em direitos creditórios. Os FiDC podem ser constituídos sob a forma de condomínio aberto ou fechado e ter prazo de duração determinado ou indeterminado.

Ativos Direitos e títulos representativos de crédito, originários de operações realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas, de arrendamento mercantil e de prestação de serviços, bem como em outros ativos representativos de crédito.

garantia Os créditos subjacentes poderão ter garantias reais ou fidejussórias. regime Fiduciário não aplicável.

Forma e registro Escritural, mantida em conta de depósito em nome de seus titulares. As cotas de fundo fechado colocadas junto a investidores qualificados poderão ser registradas para negociação secundária em bolsa de valores ou em mercado de balcão organizado.

Classe São admitidas cotas de classe sênior, que possuem preferência para efeitos de amortização e resgate, e cotas de classe subordinada, que se subordinam às cotas sênior para efeito de amortização e resgate.

Pagamentos Fundo aberto – Cotas podem ser resgatadas a qualquer momento, de acordo com os termos e condições especificados no regulamento do fundo.

Fundo fechado – Cotas só podem ser resgatadas em situações específicas, tais como: (i) no término do prazo de duração de cada série ou classe das cotas ou do fundo, conforme estabelecido em seu regulamento; ou (ii) em virtude da liquidação do fundo. Além disso, são amortizadas: (a) em datas preestabelecidas no regulamento do fundo; ou (b) em virtude de decisão da assembleia geral de cotistas.

rentabilidade Estimada As cotas sênior podem ter um parâmetro de rentabilidade estimado, que não representa nem pode ser considerado como uma promessa, garantia ou sugestão de que a cota atingirá tal rentabilidade. representa o limite máximo de remuneração possível para os investidores destas cotas.

Distribuição Por intermédio de instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários autorizadas a exercer esta atividade pelo Banco Central do Brasil. no caso de fundo fechado, ofertas públicas dependem de prévio registro na CvM, exceto se cumprirem com os requisitos previstos nas normas da CvM para dis pensa de registro.

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Somente investidores Qualificados podem subscrever ou adquirir cotas de FiDC, conforme instrução específica da CvM que define o termo.

Apesar das cotas de FiDC não possuírem um valor unitário mínimo estabelecido, o investimento mínimo para aplicação em cotas de FiDC é de r$ 25.000,00.

transferência Fundo aberto – as cotas não podem ser objeto de cessão ou transferência, salvo por decisão judicial, excussão de garantia ou sucessão universal. Fundo fechado – as cotas podem ser transferidas mediante termo de cessão e

transferência, assinado pelo cedente e pelo cessionário, e registrado em cartório de títulos e documentos, ou através de bolsa de valores ou entidade de mercado de balcão organizado onde as cotas do fundo sejam admitidas à negociação.

liquidação Financeira CEtiP ou BM&FBOvESPA. Ambiente de negociação Cetipnet, Somafix e BovespaFix.

EmISSõES

As figuras 5 e 6 apresentam, respectivamente, o histórico de emissões de cotas de FiDC e as composições por ativo-lastro destas emissões para os anos de 2010 e 2011. A tabela 1 descreve os critérios utilizados pela Uqbar para classificar os FiDC por tipo de ativos investidos.

Emissões de Cotas de FIDC - Montante (em R$ milhões) FIG. 5

Fonte: Uqbar

Sem o FIDC Sistema Petrobrás Emissões ICVM nº 400 (R$ milhões) Montante Total (R$ milhões)

2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000

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Definições das Classes de Ativo-lastro de FIDC tABElA 1

Ativo-lastro Definição

Crédito imobiliário Créditos decorrentes de financiamentos para a aquisição ou desenvolvimento de imóveis residenciais ou comerciais. inclui operações realizadas no Sistema Financeiro imobiliário (SFi) e Sistema Financeiro

da habitação (SFh), tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas.

Crédito Pessoa Jurídica Créditos decorrentes de financiamentos a pessoa jurídica, geralmente têm como finalidade a aquisição de bens (excluindo imóveis e veículos, já pertencentes a outras classes), mas podem incluir outros fins

como, por exemplo, comércio exterior, infraestrutura e desenvolvimento.

Crédito Pessoal Créditos decorrentes de financiamentos para consumo não específico. inclui operações de financiamento com e sem consignação em folha de pagamento, cartão de crédito e cheque

especial.

Direitos Créditos decorrentes da cobrança de direitos trabalhistas ou cobrança de uma patente de produto, processo de produção, marca, etc. para permitir seu uso ou comercialização.

Financiamento de veículos Créditos decorrentes de financiamentos para a aquisição de veículos automotores, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas.

Prestação de Serviço

Público Créditos decorrentes da prestação de serviços públicos (e.g. saneamento básico).

recebíveis Comerciais

Créditos de curto prazo, geralmente de 30 a 90 dias, decorrentes da venda de um bem ou serviço realizado por pessoas jurídicas. Estes ativos são regularmente utilizados por empresas como fonte de geração de capital de giro através de desconto destes junto a instituições financeiras (e.g. desconto de duplicatas ou cheques).

recebíveis do Agronegócio Créditos decorrentes de financiamentos rural e agroindustrial, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas. Finalidades para estes financiamentos incluem investimento, custeio ou

comercialização da produção.

recebíveis Educacionais Créditos incluem financiamentos a pessoa física com fins educacionais (e.g. pagamento de empréstimo para cursar uma universidade) e pagamentos decorrentes da prestação de serviços

educacionais (e.g. mensalidade escolar).

recebíveis Médicos

Créditos incluem (i) contratos de prestação de serviços médico-hospitalares, celebrados entre prestadores de serviços médicos (entidades hospitalares, clínicas, laboratórios de diagnósticos, etc.) e administradoras de planos de saúde, cooperativas médicas e odontológicas, seguradoras especializadas em saúde e instituições equivalentes (operadoras); e (ii) contratos de seguro saúde celebrados entre operadoras e empresas para o fornecimento de planos de saúde a seus empregados.

Setor Público Créditos que têm como devedor o governo federal, estadual ou municipal, ou empresas cuja totalidade do controle acionário é detida pelo poder público, decorrentes da emissão de instrumentos de dívida,

assunção e/ou reestruturação de passivos.

títulos Mobiliários Créditos decorrentes do investimento em valores mobiliários (e.g. debêntures, commercial papers, etc.).

tributos Créditos decorrentes de impostos devidos ao setor público por pessoas físicas e jurídicas.

Multiclasse Créditos que incluem duas ou mais classes de ativo-lastro dentre as mencionadas nesta tabela.

Composição das Emissões de Cotas de FIDC

por Ativo-lastro – 2010 e 2011 (% do Montante Emitido) Fonte: Uqbar

Sem o FIDC Sistema Petrobrás

FIG. 6

0 5 10 15 20 25 30

Financiamento de Veículos Crédito Pessoal Multiclasse Crédito Pessoa Jurídica Recebíveis Comerciais Prestação de Serviço Público Setor Público Crédito Imobiliário Recebíveis do Agronegócio Recebíveis Educacionais Títulos Mobiliários Direitos 2011 2010

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tu lO s g Er a is Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2 REGISTROS

Esta seção consolida dados de registro junto à Comissão de valores Mobiliários (CvM) e à CEtiP – Câmara de Custódia e liquidação (CEtiP). informações incluem a evolução histórica de registros de FiDC e das ofertas públicas de cotas na autarquia e dados sobre custódia destes títulos junto à CEtiP.

CVM

A figura 7 apresenta a evolução histórica dos registros de ofertas públicas de cotas de FiDC concedidos pela CvM e a figura 8 apresenta a evolução histórica dos registros de FiDC junto à mesma.

Ofertas Públicas de Cotas de FIDC Fonte: Uqbar

FIG. 7

Montante Registrado Quantidade de Registros

M on tan te R eg istr ado (R$ milhões) Q uan tidade de R eg istr os 0 6.000 4.000 2.000 8.000 10.000 12.000 14.000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002

Número de FIDC Registrados na CVM Fonte: Uqbar FIG. 8 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 0 20 40 60 80 100 120

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tu lO s g Er a is Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2 CETIP

As figuras 9 e 10 apresentam, respectivamente, a evolução histórica dos depósitos e do estoque referentes ao mercado de cotas de FiDC.

Depósitos de Cotas de FIDC na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP FIG. 9 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 0 6.000 4.000 2.000 8.000 10.000 12.000 14.000

Estoque de Cotas de FIDC na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP FIG. 10 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 Ju n 05 Se t 0 5 D ez 0 5 M ar 0 6 Ju n 06 Se t 0 6 D ez 0 6 M ar 0 7 Ju n 07 Se t 0 7 D ez 0 7 M ar 0 8 Ju n 08 Se t 0 8 D ez 0 8 M ar 0 9 Ju n 09 Se t 0 9 D ez 0 9 M ar 1 0 Ju n 10 Se t 1 0 D ez 1 0 M ar 1 1 Ju n 11 Se t 1 1 D ez 1 1

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tu lO s g Er a is Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2 DESEmpENhO

A figura 11 mostra a relação percentual entre Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) e Atrasos e os respectivos montantes. Já a figura 12 mostra as trajetórias de PDD e de Atrasos em relação ao montante consolidado de Direitos Creditórios (DC) do setor.

Atrasos, PDD e PDD/Atrasos FIG. 11

Fonte: Uqbar PDD (R$ milhões) PDD/Atrasos Atrasos (R$ milhões) 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 0 10,0 % 20,0 % 30,0 % 40,0 % 50,0 % 60v % 70,0 % 80,0 % 90,0 % Ja n 06 M ar 0 6 M ai 0 6 Ju l 0 6 Se t 0 6 N ov 0 6 Ja n 07 M ar 0 7 M ai 0 7 Ju l 0 7 Se t 0 7 N ov 0 7 Ja n 08 M ar 0 8 M ai 0 8 Ju l 0 8 Se t 0 8 N ov 0 8 Ja n 09 M ar 0 9 M ai 0 9 Ju l 0 9 Se t 0 9 N ov 0 9 Ja n 10 M ar 1 0 M ai 1 0 Ju l 1 0 Se t 1 0 N ov 1 0 Ja n 11 M ar 1 1 M ai 1 1 Ju l 1 1 Se t 1 1 N ov 1 1 M on tan te (R$ milhões) PDD / A tr asos (%)

Evolução dos Índices Atrasos/DC e PDD/DC (%) Fonte: Uqbar FIG. 12 PDD/DC Atrasos/DC 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 1,0 3,0 5,0 7,0 9,0 Fe v 06 A br 0 6 Ju n 06 A go 0 6 O ut 0 6 D ez 0 6 Fe v 07 A br 0 7 Ju n 07 A go 0 7 O ut 0 7 D ez 0 7 Fe v 08 A br 0 8 Ju n 08 A go 0 8 O ut 0 8 D ez 0 8 Fe v 09 A br 0 9 Ju n 09 A go 0 9 O ut 0 9 D ez 0 9 Fe v 10 A br 1 0 Ju n 10 A go 1 0 O ut 1 0 D ez 1 0 Fe v 11 A br 1 1 Ju n 11 A go 1 1 O ut 1 1 D ez 1 1

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tu lO s g Er a is Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2

As figuras 13 e 14 em conjunto apresentam, respectivamente, as razões percentuais entre PDD e DC para os anos de 2010 e 2011 e as variações mensais de PDD normalizada em 2011 segregadas por Ativo-lastro. A PDD normalizada de um determinado mês é calculada através da divisão entre a variação mensal de PDD e o montante de DC do mês anterior.

PDD/DC por Ativo-lastro – 2010 e 2011 (%) Fonte: Uqbar

FIG. 13

Dez 2011 Dez 2010 Recebíveis do Agronegócio

Crédito Pessoa Jurídica Recebíveis Educacionais Títulos Mobiliários Multiclasse Financiamento de Veículos Crédito Pessoal Recebíveis Comerciais Crédito Imobiliário Setor Público 0 10 20 30 40 50 60 70 80

Variação de PDD Normalizada das maiores classes de Ativo-lastro em 2011 (%) Fonte: Uqbar

FIG. 14

Crédito Pessoa Jurídica Crédito Pessoal Financiamento de Veículos Multiclasse Recebíveis Comerciais -8,0 -6,0 -4,0 -2,0 0,0 2,0 4,0 6,0

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tu lO s g Er a is Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2 SpreadS

As tabelas 2 e 3 mostram os spreads calculados, em pontos bases, como o excedente da taxa de retorno do título frente à taxa Di de duração equiva lente. Foram considerados os títulos que possuíam na data de emissão dura ção estimada dentro do intervalo de 1,5 a 3,5 anos.

Spreads por Classificação de Risco tABElA 2

2009 2010 2011

Classificação mínimospread máximospread mínimospread máximospread mínimospread máximospread

AAA 217 217 92 307 113 397

AA 243 540 121 557 212 491

Fonte: Uqbar

Spreads por Ativo-Lastro tABElA 3

Ativo-lastro Classificação

2009 2010 2011

spread

Mínimo Máximospread Mínimospread Máximospread Mínimospread Máximospread

recebíveis Comerciais AAA 217 217 92 191 380 397 AA 214 540 138 456 250 257 Financiamento de veículos AAA - - - - 138 195 AA 148 148 123 123 341 341

Crédito Pessoal AAA - - 193 307 127 299

AA - - 121 249 -

-Fonte: Uqbar

INvESTIDORES

A participação por classe de investidor em cotas de FiDC é apresentada na figura 15. Essa estatística está baseada em dados coletados pela Uqbar nos anúncios de encerramento de distribuição, que representaram aproximadamente 55,6% do total emitido no ano.

Composição do Montante Emitido de Cotas de FIDC em 2011

por Classe de Investidor (% de Montante) FIG. 15

Fonte: Uqbar 10,2 % 3,5 % 2,0 % 30,1 % 1,7 %1,3 % 1,6 %

Pessoas (físicas ou jurídicas) Ligadas ao(s) Originador(es) dos Créditos Fundos de Investimento Instituições Intermediárias Participantes do Consórcio de Distribuição Instituições Financeiras Ligadas a(os) Originador(es) dos Créditos Entidades de Previdência Privada

30,1 % 27,7 % 21,9 % 10,2 % 3,5 %

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tu lO s g Er a is Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2 mERCADO SECUNDÁRIO

A figura 16 mostra a evolução histórica do montante negociado de cotas de FiDC realizado na BM&FBOvESPA e registrado na CEtiP.

CEDENTES

A figura 17 apresenta a distribuição dos cedentes de ativos para FiDC por tipo de atividade econômica destes. As participações foram calculadas tendo como base o montante de títulos emitidos durante o ano de 2011.

A categoria Multisegmento inclui cedentes de dois ou mais setores econômicos.

Negociações de Cotas de FIDC na BM&FBOVESPA e CETIP -

Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 16

Fonte: Uqbar 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 CETIP BM&FBOVESPA

Emissões de cotas de FIDC por Atividade Econômica do Cedente – 2011 FIG. 17

Fonte: Uqbar 6,9 % 4,4 % 4,1 %3,8 % 12,8 % 65,3 % Intermediação Financeira Multisegmento Industria Eletricidade, Gás e Água Comércio Outros 65,3 % 12,8 % 6,9 % 4,4 % 4,1 % 3,8 %

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tu lO s g Er a is Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

As tabelas 4 e 5 apresentam a lista das elevações e rebaixamentos de classificação de risco realizadas pelas agências de classificação de risco em 2011 para cotas de FiDC.

Elevações de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2011 tABElA 4

FIDC Título Classificação Anterior Nova Classificação ClassificaçãoAgência de Data

Celesc i Mercantis Sênior Série 1 AA+(bra) AAA(bra) Fitch 01/08/2011

Crédito Universitário Mezanino Série 1 brAf brA+f S & P 23/11/2011

MPD KC imobiliários Sênior Série 1 A+(bra) AA(bra) Fitch 12/08/2011

Multisetorial hope

lP Sênior Série 2 brAAf brAAAf S & P 03/02/2011

Omni veículos iv Sênior Série 1 AA-(bra) AA+(bra) Fitch 04/11/2011

Fonte: Uqbar

Rebaixamentos de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2011 tABElA 5

FIDC Título Classificação Anterior ClassificaçãoNova ClassificaçãoAgência de Data

Ático imobiliários Única AA(bra) AA-(bra) Fitch 14/12/2011

BBiF Master lP Única A- BBB Austin 13/05/2011

Comanche Clean Energy Mercantis Sênior Série 1 AA- A- lF 15/02/2011

Comanche Clean Energy Mercantis Sênior Série 1 A- BBB- lF 07/06/2011

Comanche Clean Energy Mercantis Sênior Série 1 BBB- BB- lF 15/08/2011

DB Master de Precatórios Federais nP Sênior A A- Austin 22/03/2011

Dulcini-Baldin Agroindustrial Sênior Série 1 A BBB lF 29/09/2011

Kobold Mercantis e Financeiros ii nP Subordinada brBf brCCf S & P 21/02/2011

Multisetorial Silverado Fornecedores

do Sistema Petrobras Sênior Série 1 AA AA- Austin 15/08/2011

Multisetorial Silverado Fornecedores

do Sistema Petrobras Mezanino Série 1 BBB- BB+ Austin 15/08/2011

Multisetorial Silverado Maximum Sênior Série 2 AA AA- Austin 15/08/2011

Multisetorial Silverado Maximum Sênior Série 3 AA AA- Austin 15/08/2011

Multisetorial Silverado Maximum Sênior Série 4 AA AA- Austin 15/08/2011

Multisetorial Silverado Maximum Mezanino Série 1 BBB+ BBB Austin 15/08/2011

Multisetorial Silverado Maximum Mezanino Série 2 BBB+ BBB Austin 15/08/2011

Multisetorial Silverado Maximum Mezanino Série 3 BBB BB+ Austin 15/08/2011

Multisetorial Silverado Maximum Mezanino Série 4 BBB BB+ Austin 15/08/2011

Multisetorial Silverado Maximum Subordinada BBB- BB- Austin 15/08/2011

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CÉdulas dE CrÉditO banCáriO (CCb)

Esta seção apresenta informações sobre as Cédulas de Crédito Bancário (CCB). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos aos registros destes títulos na CEtiP, como montantes anuais de depósitos e negócios, assim como a evolução histórica do estoque das cédulas nesta câmara.

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tu lO s g Er a is Fi n a n ç a s Estr utu r a d a s | 2 01 2

Resumo dos Termos e Condições

Descrição título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer moda lidade.

A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro nacional, sendo admitida a emissão da CCB em favor de instituição domiciliada no exterior, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei e ao foro brasileiros. CCB em favor de instituição domiciliada no exterior poderá ser emitida em moeda estrangeira.

Emissor Pessoa física ou jurídica, que tem uma instituição financeira credora como contraparte.

garantia Poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, cedularmente constituída. A constituição de garantia poderá ser feita na própria CCB ou em documento separado, neste caso fazendo-se, na cédula, menção a tal circunstância.

Forma Cartular ou escritural.

registro A validade e eficácia deste título de crédito não dependem de registro, mas as garantias reais, por ele constituídas, ficam sujeitas, para valer contra terceiros, aos registros ou averbações nos cartórios competentes, conforme previsto na legislação aplicável.

Pagamento do Principal Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Pagamento de Juros Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Os

juros podem ser capitalizados.

negociação Diretamente entre as partes interessadas.

transferência na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros das negociações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autoriza dos pelo Banco Central do Brasil.

A negociação de CCB que constitua crédito, sem coobrigação da instituição cedente, contra órgão ou entidade do setor público, diretamente ou por meio de certificado, deve ser objeto de comunicação ao Banco Central do Brasil, sempre que o comprador for pessoa não integrante do Sistema Financeiro nacional.

Referências

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