• Nenhum resultado encontrado

Vista do O desenvolvimento das competências do aprendiz por meio das músicas nas aulas de língua inglesa

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Vista do O desenvolvimento das competências do aprendiz por meio das músicas nas aulas de língua inglesa"

Copied!
20
0
0

Texto

(1)

97

O desenvolvimento das competências do aprendiz por

meio das músicas nas aulas de língua inglesa

Neide Aparecida Arruda de Oliveira Mestre em Linguística Aplicada pela Universidade de Taubaté. Professora das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila e da rede pública do estado de São Paulo.

Larissa dos Santos Pós-graduanda em Educação, mídia e novas tecnologias. Graduada em Letras Português/ Inglês e Pedagogia pelas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila.

Resumo

Este estudo tem como objetivo promover uma reflexão sobre os três níveis de competência (interativa, gramatical e textual) por meio das músicas nas aulas de Língua Inglesa de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais. Como vivemos em um mundo globalizado, não há como conceber um indivíduo que seja incapaz de fazer uso da Língua Inglesa em situações da vida contemporânea, nas quais se exige a utilização de informações, por isso esta pesquisa se justifica. O método dar-se-á por meio de revisão bibliográfica e também por propostas de atividades com música a serem aplicadas nas aulas de Língua Inglesa do 1° ano do Ensino Médio nas quais as competências interativa, gramatical e textual foram trabalhadas através das músicas.

Palavras-Chave

Música; Competências, Parâmetros Curriculares Nacionais; Língua Inglesa; Desenvolvimento.

Abstract

This study has as objective to promote a reflection about the three levels of competence (interactive, grammatical and textual) through music in the English Classes according to the Parâmetros Curriculares Nacionais. Because we live in a globalized world, there isn’t a way to conceive an individual who is unable to use of the English Language in situations of contemporary life, in which one requires the use of information, so this research is justified. The method will be through literature review and also proposals of activities with songs to be applied in English Classes of the 1st year of

high school in which the interactive, grammatical and textual competences were worked through songs.

Keywords

Music; Competences; Parâmetros Curriculares Nacionais; English Language; Development.

Introdução

Vivemos hoje em um mundo moderno e globalizado que a cada dia tende a modernizar-se mais. Essas atualidades estão modificando o cotidiano dos seres humanos, fazendo com que nós tenhamos que acompanhá-las para não ficarmos para trás, obsoletos e retardatários. Porém existem várias coisas, assuntos, objetos que estão inseridos no dia-a-dia do ser humano não importando a época, o desenvolvimento, as modernidades no mundo, elas são essenciais e vitais para todos nós.

(2)

98

A música é um desses bens que são fundamentais para o homem. Por meio dela, ele pode pensar, sonhar, criar, emocionar, ensinar, aprender, envolver, enfim, pode realizar várias ações apenas ouvindo uma música.

Ela tem a capacidade de mexer com nossos sentidos e emoções, ou seja, ela destaca-se em meio a vários momentos de nossa vida, sejam eles alegres ou tristes. Então por essa razão é importantíssimo que ela esteja presente também na nossa educação.

Felizmente, o Ministério da Educação vem concordando com a inclusão do ensino da música em sala de aula e dessa forma reformulou o PCN do Ensino Médio (BRASIL, 1999) que já incluía esse tópico, criando o PCN+ Ensino Médio (BRASIL, 2006) que vem dar uma base ainda maior para o conceito de Arte, envolvendo não só a música como também a dança, as artes visuais, as representações, entre outros.

Gobbi (2001) desenvolve um estudo que relaciona a música e o ensino da Língua Inglesa, já que, se a educação faz parte da vida de um grande número de pessoas e toma uma parte considerável de seu tempo, avaliamos que a música também deve fazer parte da nossa formação.

Dessa forma, relacionar a música com o ensino da Língua Inglesa é relevante e significativo, pois essa se tornou a língua de comunicação mundial. Podemos perceber que no mundo profissional, saber essa língua estrangeira é um dos requisitos para conseguir uma vaga de trabalho.

Portanto, para que o ensino da Língua Inglesa seja constituído efetivamente, e para que não aconteça como na grande maioria das escolas brasileiras, em que as aulas baseiam-se no domínio formal da língua objeto que segundo os PCN (2000) pretendem somente levar o aluno a entender, falar, ler e escrever, acreditando que, a partir disso, ele será capaz de usar o novo idioma em situações reais de comunicação, é preciso que o ensino envolva três níveis de competências, a interativa, a textual e a gramatical, resultando, ainda que parcialmente, em um domínio linguístico.

Fundamentação Teórica

A qualidade da educação no Brasil

A educação é um assunto que é discutido fortemente no contexto social brasileiro, pois cabe a ela moldar o ser humano e transformá-lo em um cidadão e, frequentemente, tal assunto é deixado à margem da sociedade por inúmeros motivos, fazendo com que o ensino público muitas vezes não apresente a qualidade esperada.

Infelizmente no Brasil podemos perceber que a educação ainda é um grande desafio a ser vencido, pois envolve quatro partes fundamentais: as instituições escolares (escolas), os profissionais da área educacional (principalmente os professores), os alunos e as famílias.

Frequentemente vemos a preocupação do Estado com o aluno, proporcionando materiais escolares, uniformes, livros, merenda, transporte. E, somam-se a esses benefícios, bolsas como a Bolsa Família, a Bolsa Escola, o Cartão Alimentação, o Auxílio Gás e a Bolsa Alimentação – programas criados para amparar as famílias mais pobres garantindo a elas o direito à alimentação e o acesso à educação e à saúde.

Por outro lado, as famílias têm o dever de garantir a frequência da criança na escola, manter o cartão de vacinação da mesma em dia e também deve fazer a inscrição no Sistema Nacional de Emprego de todos os membros da família que estão desempregados e aptos a serem inseridos no mercado de trabalho. Porém, esse direito tem se confundido com os deveres dessas famílias, pois muitas vezes as pessoas acomodam-se com o recebimento desses

(3)

99

benefícios e não procuram por empregos e os alunos só vão para escola a fim de receber tal abono. Portanto, o governo deve preocupar-se com esse ponto, ou seja, deve manter uma fiscalização dessas famílias, para que haja o cumprimento de direitos e deveres por parte do estado e do cidadão.

Outro fator importante é a valorização do profissional da área. A profissão docente foi deixada à margem pelo Estado, e por essa razão torna-se cada dia mais difícil encontrar profissionais competentes no campo educacional. É estranho perceber que uma profissão que era tão apreciada e desejada tornou-se hoje uma das últimas opções para qualquer indivíduo. O professor é rotulado atualmente como o infeliz, o pobre, o desanimado, o estressado, tudo em razão das circunstâncias em que o mesmo está inserido.

Podemos começar a ver essa desvalorização através do salário do professor da rede pública, que segundo a Revista Veja, de 27 de fevereiro deste ano, o novo piso salarial nacional do profissional da educação está em 1.451 reais com uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. Porém, se contarmos que tal profissional não exerce sua função somente na escola, e sim trabalhando também em casa preparando as aulas, os materiais, corrigindo provas e atividades, podemos perceber que tal salário é extremamente baixo para cobrir todas as atividades exercidas por ele. Além disso, os próprios alunos têm feito com que alguns professores sejam desestimulados e desistam de sua prática pedagógica, pois muitas vezes estão tratando-os com falta de respeito e até em casos mais graves com agressões verbais e físicas.

Outro participante de grande valor nesse meio é a escola, que vem para mediar a relação aluno-professor e que tem a função de formar continuamente esses indivíduos. O governo tem investido em algumas escolas, proporcionando equipamentos tecnológicos, livros, materiais didáticos, melhorando a infraestrutura das mesmas. Porém, isso ocorre em pouquíssimas, privando grande parte dos alunos de tais benefícios.

Outro dado importantíssimo em relação à educação brasileira é a taxa de analfabetismo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE), senso de 2010, o Brasil possui uma população de 14,61 milhões de analfabetos com mais de 10 anos, o que representa 9% da população nessa faixa etária. Entre os anos de 1992 e 2009, a taxa de analfabetismo de pessoas de 10 anos ou mais de idade felizmente caiu, como podemos ver na tabela abaixo:

Ano 1992 1998 2002 2005 2009

Brasil 16,44% 12,86% 10,9% 10,05% 8,9%

TABELA 1 – Taxa de analfabetismo no Brasil

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1992/2009.

Contudo, essa taxa não se reflete em todo país, e sim em algumas regiões como o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste onde o número de analfabetos é maior do que nas regiões Sudeste e Sul.

(4)

100 TABELA 2 – Taxa de analfabetismo por regiões do Brasil

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1992/2009.

Podemos perceber dessa forma que há uma preocupação maior com a educação nas regiões mais urbanas e industrializadas do país.

Além disso, o número de estudantes que desistem da escola é também muito maior nas regiões Norte e Nordeste e, às vezes, tal abandono é decorrente do trabalho infantil e adolescente, já que segundo Cieglinski (2012) da Agência Brasil em reportagem para revista Exame, esse é um dos fatores que representa uma das causas mais significativas sendo que, de acordo com um levantamento do relatório Todas as Crianças na Escola em 2015 - Iniciativa Global pelas Crianças Fora da Escola, divulgado pela Unicef, existem no Brasil 638 mil crianças entre 5 e 14 anos nessa situação, embora a legislação brasileira vete o trabalho para menores de 16 anos. Na tabela abaixo encontramos a percentagem de alunos do Ensino Médio que foram matriculados nas escolas e que deixaram de frequentar as aulas durante o ano letivo, tido como abandono.

Região 2007 2008 2009 2010

Norte 16,4% 17,5% 16,4% 14,7%

Nordeste 19,3% 18,1% 16,4% 14,2%

Sudeste 8,9% 8,3% 7,4% 7,1%

Sul 10,2% 10,6% 9,2% 8,3%

Centro-Oeste Não disponível

TABELA 3 – Taxa de abandono escolar por regiões do Brasil Fonte: MEC/INEP/Censo Escolar

De modo geral, o governo federal está investindo na educação na medida em que pode e consegue, promovendo projetos que têm o objetivo de melhorar e proporcionar o ensino a todos. Como exemplos destas melhorias temos o Prouni, o Fies, Bolsa Pesquisa, Escola da Família que têm a finalidade de proporcionar estudo universitário para todos.

Além disso, existem várias bolsas de auxílio aos estudantes das escolas públicas, que objetivam trazer o maior número de crianças para as escolas, acabando com o analfabetismo no Brasil, a evasão escolar, entre outros problemas.

O governo também tem construído mais escolas, para que todos tenham acesso,

Região 1992 1998 2002 2005 2009 Norte urbana 12,6% 10,8% 9,1% 8,2% 9,6% Nordeste 32,1% 25,8% 21,4% 20% 17% Sudeste 9,9% 7,3% 6,5% 6% 5,2% Sul 9,2% 7,3% 6,1% 5,4% 5% Centro-Oeste 13,2% 9,9% 8,7% 8% 7,3%

(5)

101

disponibilizando transporte gratuito para os que ainda moram longe, criando, dessa forma, planos em favor da sociedade.

Portanto, cabe tanto ao governo quanto à sociedade valorizar e dar apoio à educação brasileira, a fim de que as nossas crianças de hoje sejam os adultos conscientes e críticos de amanhã, que exerçam sua função de cidadão verdadeiramente, e que almejem tornarem-se profissionais competentes nas áreas que desejarem, trazendo benefícios para si e para o próprio país.

Parâmetros Curriculares e o ensino da Música

Antigamente as aulas dadas aos alunos da rede pública não possuíam um currículo que deveria ser seguido por todos os professores. Dessa forma o Ministério da Educação em 1995 começou a elaborar os Parâmetros Curriculares Nacionais, que servem de referência para todos os professores dos Ensinos Fundamental e Médio em todo Brasil.

Assim, de acordo com o PCN do Ensino Médio (BRASIL, 2000, p.4),

Partindo de princípios determinados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o Ministério da Educação, num trabalho conjunto com educadores de todo o País, chegou a um novo perfil para o currículo, amparado em competências básicas para a inserção de nossos jovens na vida adulta, já que possuíamos um ensino descontextualizado, repartido e baseado no acúmulo de informações.

Portanto, os elaboradores de tal currículo tiveram a preocupação em abordar temas, enfoques e métodos diferenciados na aplicação dos conteúdos nas salas de aula.

Alguns desses enfoques já estavam inseridos na LDB, como o ensino de música, de dança, de teatro, e de linguagens visuais, por possuírem caráter cultural no desenvolvimento dos alunos. Porém uma nova legislação retomou a importância do ensino da Música tanto no Ensino Fundamental quanto no Médio tornando-o obrigatório nas escolas públicas e particulares.Logo, a Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que dispõe a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica foi reeditada de acordo com a Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008.

Falar de música pode despertar diferentes sentimentos e reações nos alunos, pois cada um tem seu ritmo, cantor e instrumentos favoritos, e trabalhar isso em sala de aula pode fazer com que ocorra uma interação entre esses gostos diversos.

Por essa razão o Ministério da Educação teve a preocupação de inserir os conhecimentos de Arte nos Ensinos Fundamental e Médio de todo país, já que segundo o PCN (BRASIL, 1999, p.169),

Conhecer arte no Ensino Médio significa os alunos apropriarem-se de saberes culturais e estéticos inseridos nas práticas de produção e apreciação artísticas, fundamentais para a formação e o desempenho social do cidadão, ou seja, é indispensável inserir no currículo do aluno do Ensino Médio conhecimentos culturais que retratam a cultura e tradição nacional e internacional, fazendo com que o mesmo tenha uma gama de interesses que possibilitem um aprendizado de qualidade e dessa forma o aluno poderá sair da escola com conhecimentos que ele levará ao longo da vida.

(6)

102

Por volta do século XX, os alunos do Ensino Médio no Brasil não tinham conhecimento ou instrução acerca da matéria de Arte, de sua real importância na sociedade e da história na humanidade. Ela não era tratada de maneira dinâmica pelos professores, fazendo com que as aulas fossem deixadas de lado, sendo só trabalhados assuntos envolvendo pintores, artistas plásticos, produção de desenhos.

O PCN (BRASIL, 1999, p.169) cita que, embora haja exceções, muitos dos adolescentes, jovens e adultos, estudantes do Ensino Médio em nosso país, não puderam nas escolas, conhecer mais sobre música, artes visuais, dança e teatro, principalmente como linguagens artísticas e códigos correspondentes. Essa matéria, por outro lado, não trata somente desses pontos, ela envolve uma variedade de conceitos e objetos que podem sim e devem ser estudados em sala de aula.

Quando o professor traz para sala de aula o conceito de arte e o contextualiza com temas do cotidiano do aluno, ele facilita na integração da prática e da teoria com as diversas linguagens artísticas, já que a área Linguagens, Códigos e suas Tecnologias é dinamizada e liga outras áreas do conhecimento, como Informática, Língua Portuguesa e Língua Estrangeira. Dessa forma não só o professor de Artes pode trabalhar nesse campo, mas outros professores de diversas matérias podem trazer para suas aulas o conceito de Arte ligado a sua área específica e explorar a interdisciplinaridade na sua ação pedagógica.

O ensino da música deve ser enfatizado em várias áreas do conhecimento do aluno, pois através desse ensino segundo o PCN (BRASIL, 1999, p.173),

[...] os estudantes que frequentam a escola média, ao desenvolverem fazeres artísticos por meio das linguagens e códigos da música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais, podem aprender a desvelar uma pluralidade de significados de interferências culturais, econômicas, políticas atuantes nessas manifestações culturais.

Portanto, cabe a qualquer professor exercer a função de mediador do ensino de artes, pois, dessa forma, o aluno poderá aprender não só através de aulas teóricas, que segundo Santos (2005, p.29), baseado na abordagem tradicional de Mizukami (1986), o aluno é um ser passivo que deve assimilar os conteúdos transmitidos pelo professor e o professor por sua vez é o transmissor dos conteúdos aos alunos.

Pelo contrário, segundo o próprio PCN, é através de um ensino dinâmico que o aluno terá um maior aproveitamento e aprendizagem e o professor irá estudar e aprimorar a aplicação de um conteúdo de maneira motivadora.Ensinar através de músicas pode levar o educador a pensar que sua aula ficará sem fundamentos teóricos, ou que ela não será reconhecida como uma atividade acadêmica, porém com essa abertura que a lei de obrigatoriedade do ensino da música dá, o professor é autônomo para criar uma atividade que envolva tal objeto, explorando-o de múltiplas maneiras. Isso fará com que o aluno conheça músicas que fizeram parte da história do Brasil e do mundo, pois existem várias que foram fundamentais em determinados períodos de nossa sociedade, além de poder ser trabalhada a gramática nas letras das músicas.

Podemos encontrar motivação para o ensino da música no PCN (BRASIL, 1999, p.174), em que é desejável para o Ministério da Educação que,

[...] os estudantes do Ensino Médio adquiram competências de produção em música, como a criação de interpretações de músicas presentes na heterogeneidade das manifestações musicais que fazem parte do universo cultural dos jovens incluindo também músicas de outras culturas, bem como

(7)

103 as decorrentes de processos de erudição e as que resultam de novas estruturas comunicativas, ligadas ao desenvolvimento tecnológico.

Aprender por meio de músicas contribui para a forma de pensar e agir do aluno, pois elas fazem com que o mesmo desenvolva uma reflexão crítica acerca das diversas letras e dos diferenciados estilos e gêneros, fomentando o seu desempenho pessoal e social como cidadão. Deixando de lado a importância do ensino e da introdução da música na vida dos alunos, devemos também elencar a preocupação em preparar os docentes para tal método de ensino, pois para aplicar tal atividade, o professor deve ter uma formação ou uma orientação de como deve levar tal meio para sala de aula. Essa deveria também ser uma inquietação por parte do MEC, já que muitas vezes o professor tem uma defasagem cultural ou uma formação limitada que o impede de enxergar a abrangência que a música proporciona quando utilizada em sala de aula.

O ensino de música é uma obrigatoriedade. Contudo o docente deve estar preparado para lidar com essa ferramenta, portanto é necessário que o governo invista na formação do professor, dando a ele constantes cursos, oficinas, workshops que tratem não só desse assunto, mas de outros relacionados à arte. Também deve ser função do professor querer buscar a cada dia mais informação a respeito de música, dança, teatro entre outros métodos de ensino, pois segundo Heidrich (2012), escritor da revista Nova Escola, a necessidade de haver formação continuada só surge quando o professor é visto como um profissional que deve sempre aperfeiçoar sua prática ao fazer um trabalho de reflexão sobre ela e ter contato com o conhecimento didático, mantendo-se atualizado e estudando firmemente para desempenhar bem a sua função pedagógica.

O educador, concretizando essa ação de contínua formação, conseguirá criar novas maneiras de ensinar um conteúdo, seja ele gramatical ou literário, e contribuirá com o processo de instrução do aluno, que só será beneficiado, ocasionando um enriquecimento de conhecimento de ambas as partes. Por essa razão o PCN (BRASIL, 1999, p.174) vem pedir que:

[...] realizando produções artísticas, individuais e/ou coletivas, nas linguagens de arte (música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais) analisando, refletindo e compreendendo os diferentes processos produtivos, com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações socioculturais e históricas.

Podemos ver, portanto, que tal ensino trará e mostrará a abrangência que as produções artísticas proporcionam ao aluno.

Os PCN de Língua Estrangeira e o ensino da Música

Com o mundo globalizado, tornou-se de extrema importância a aprendizagem de uma Língua Estrangeira, devido à comunicação e à interação que ocorre entre todos os seres humanos, independentemente do país, já que hoje não existem fronteiras para que tal convívio aconteça. Além disso, é de grande relevância conhecer informações sobre a cultura e grupos sociais que possuem outro idioma, pois ocorrerá o enriquecimento não só da aprendizagem de uma língua, como também tal relação trará conhecimentos diversos acerca de países estrangeiros e suas respectivas tradições e costumes. Podemos tratar tal interação como um assunto para qualquer indivíduo, porém vamos nos centralizar no contexto de uma sala de aula. Dessa forma, concentrando a nossa atenção no ensino de uma Língua Estrangeira para

(8)

104

os alunos do Ensino Médio pensamos em um universo de possibilidades para introduzir a eles essa matéria tão significante.

Em razão da tecnologia, das comunicações, da vida contemporânea, do mundo globalizado, da internet o jovem está intensamente ligado com tudo o que acontece no mundo e deste modo sem que ele perceba está aprendendo uma Língua Estrangeira através dos mais variados meios, tais como as redes sociais, jogos online, músicas, vídeos, séries de TV, filmes, entre outros.

Portanto, já que temos vários meios de aprender a Língua Estrangeira, fica mais fácil para o professor ensiná-la, pois vários métodos de ensino foram criados para facilitar o trabalho do mesmo em sala de aula. Além disso, o professor tem a função de fazer com que o aluno sinta a necessidade de aprender uma Língua Estrangeira, já que a cada dia saber e falar outros idiomas é de extrema obrigação de todos, principalmente dos jovens que estão intimamente inseridos nesse contexto de globalização e devem ter conhecimento e domínio desses recursos.

No Brasil, podemos perceber que não é dada a devida importância ao ensino da Língua Estrangeira, no caso a Língua Inglesa, já que segundo Oliveira (2012),

[...] o fraco ensino de línguas estrangeiras está longe de ser o principal problema da educação brasileira, mas é certamente um deles. Recentemente, um estudo feito pela Global English mostrou que o inglês falado por profissionais brasileiros que trabalham em multinacionais equivale a de iniciantes, bem abaixo da média mundial. Em outro ranking da Education First, o nível de proficiência em inglês dos brasileiros foi apontado como baixo.

Podemos assim perceber que o ensino de línguas deve ser uma preocupação do Ministério da Educação, para formar cidadãos que estejam conectados com o mundo e que saibam realizar uma real interação perante nossa situação atual de modernização.

Mostrando essa preocupação, o MEC criou os Parâmetros Curriculares Nacionais – Conhecimentos de Língua Estrangeira Moderna, que vem para ajudar os professores da rede pública e particular a desenvolver um trabalho cultural através da Língua Estrangeira com seus alunos, já que segundo o PCN (BRASIL, 1999, p.147),

Assim, integradas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, as Línguas Estrangeiras assumem a condição de serem parte indissolúvel do conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de várias culturas e, conaproximar-sequentemente, propiciam sua integração num mundo globalizado.

Por essa razão, devemos estimular em nossos alunos a vontade de aprender um novo idioma, pois através dele podem ser abertas várias portas tanto para a vida pessoal quanto profissional. Então, para que essa relação entre o professor e o aluno, nas aulas de Língua Estrangeira, seja proveitosa e resulte em uma ampla aprendizagem, no caso da Língua Inglesa, o professor deve sair do tradicional, do monótono, daquelas constantes aulas sobre o verbo To be e,

[...] em lugar de capacitar o aluno a falar, ler e escrever em um novo idioma, as aulas de Línguas Estrangeiras Modernas nas escolas de nível médio,

(9)

105 acabaram por assumir uma feição monótona e repetitiva que, muitas vezes, chega a desmotivar professores e alunos, ao mesmo tempo em que deixa de valorizar conteúdos relevantes à formação educacional dos estudantes. (PCN, BRASIL, 1999, p.147)

Dessa forma, o educador deve preparar o aluno para que ele consiga através da utilização de uma Língua Estrangeira comunicar-se com pessoas de outros países ou até brasileiras com autonomia, para que essa partilha e diálogo de informações interessantes para ambos os lados aconteça.

Assim sendo, criar métodos de ensino para as aulas de Língua Estrangeira, que sejam atrativas aos nossos alunos não é fácil, como confirma Gobbi (2001, p.40),

É comum ouvirmos professores de língua inglesa questionarem que estratégias devem adotar para que seus alunos demonstrem mais interesse em estudar inglês ou de que poderiam valer-se para tornar a aula emocionalmente engajadora, envolvente e prazerosa e, ao mesmo tempo, eficaz para a aprendizagem de um novo idioma.

Portanto, o professor deve sempre buscar, pesquisar e criar estratégias dinâmicas para a aplicação em sala de aula, ainda mais no Ensino Médio, e por esse motivo apresentamos uma estratégia de ensino da Língua Inglesa.

É difícil encontrar pessoas que não gostem de música, uma vez que essa tem um papel importantíssimo na vida do ser humano, ela ativa nossas emoções, nossos pensamentos, nossos sentimentos, não importando se são positivos ou negativos, elas nos fazem lembrar de algo que nos motivou e afetou, interior ou exteriormente.

A música além de ser parte integrante da nossa vida cotidiana, tanto no meio afetivo como no emocional, pode também nos ajudar a motivar nos alunos, o ensino do idioma por seu caráter vivo e cativante.

Todos os dias são lançados novos cantores, novas músicas, novas bandas e os jovens e adolescentes de hoje estão inteiramente veiculados com esse mundo musical, por seu estilo atual e envolvente, já que na maioria das vezes tal seguimento tem como público alvo os mesmos. Por essa razão, a música é uma ferramenta extremamente útil e eficaz na hora de se ensinar uma Língua Estrangeira, no caso a Língua Inglesa. O professor possui amplas possibilidades de trabalhar com esse recurso, já que através de uma letra de música ele pode explorar a escrita, a pronúncia e a audição.

Contudo, cabe ao professor escolher músicas familiares aos alunos, para que seja despertado o interesse nos mesmos, e o trabalho dos aspectos linguísticos presentes nas letras das músicas, explorando o vocabulário e a escrita correta.

Além de ser uma ferramenta de aprendizagem de uma Língua Estrangeira, ela pode também ajudar o professor a trabalhar a parte afetiva dos alunos, que muitas vezes encontra-se desestruturada. Por essa razão, a música tem uma significativa importância no contexto escolar, na vida pessoal e estudantil do aluno.

Além disso, devem ser trabalhadas estratégias de ensino e aprendizagem de uma Língua Estrangeira envolvendo pontos cruciais como a interação aluno-professor, pois o educador precisa desenvolver, na sua prática pedagógica, elementos como a comunicação interativa, a autoconfiança do educando e um diálogo dinâmico, ou seja, trabalhar a desinibição do aluno, já que muitas vezes essa é uma barreira para a real aprendizagem da Língua Estrangeira.

(10)

106

A Língua Estrangeira, no caso a Língua Inglesa, por ser às vezes considerada um tabu na vida dos estudantes, apesar de estar totalmente inserida no cotidiano dos mesmos, deve ser introduzida pelo professor como um assunto que não é complicado, difícil e complexo, trabalhando o comportamento do aluno em relação à língua estrangeira.

Segundo Gobbi (2001, p.54), a atividade comportamental trabalhada através da música parece resultar em mudanças de comportamento do aprendiz, tais como maior descontração, motivação e interação no uso do novo idioma. Assim, o professor deve ser o mediador da interação dessas partes, e por meio das músicas, que é de conhecimento contínuo na vida de nosso público, trabalhar competências que contribuam para a aprendizagem dessa Língua Estrangeira.Segundo o PCN+ Ensino Médio (BRASIL, 2006, p.90),

As múltiplas interfaces da língua estrangeira com outras disciplinas do currículo e da vida cotidiana, a heterogeneidade das classes e o pequeno número de aulas semanais devem alertar o professor do ensino médio para a importância de:

•definir metas de aprendizado;

•estabelecer etapas sequenciais de encadeamento dos módulos de aprendizado;

•definir critérios para a seleção de competências e conteúdos a serem privilegiados nos três anos do curso;

•selecionar procedimentos que possibilitem a aquisição e a ativação de competências aliadas à aquisição dos conteúdos mínimos necessários; •articular os saberes em língua estrangeira com outros saberes do currículo, de modo a mobilizar o conhecimento do aluno para o enfrentamento de situações desafio da vida social, dentro e fora da escola.

Deste modo, fica sob responsabilidade do professor realizar tal trabalho levando em consideração todos esses pontos, evitando exercícios repetitivos e monótonos. Além de que a Língua Estrangeira é muito ampla para ser estudada profundamente apenas nos três anos do Ensino Médio e ela sempre proporcionará algo novo a ser explorado e aplicado em sala de aula.Em concordância com isso, o PCN+ Ensino Médio (BRASIL, 2006, p.90) vem dizendo que o objetivo primordial do professor de língua estrangeira deve ser o de tornar possível a seu aluno atribuir e produzir significados, meta última do ato de linguagem.

Consequentemente Gobbi (2001, p.77) vem concordando com o que o PCN+ afirma, dizendo que:

[...] o professor tem um papel fundamental para que haja progresso nessa área. O sucesso no uso da música na aquisição de segunda língua parece depender do bom uso do material no desenvolvimento de atividades musicais pelo professor. Nossa opinião é de que a falta de habilidade musical não representa um fator decisivo para ensinarmos através da música. Cabe ao professor buscar artifícios que o auxiliem a ser, cada vez mais, uma pessoa conhecedora de música.

Assim sendo, as músicas internacionais estão em todos os lugares podendo e devendo estar inseridas na prática de sala de aula. O professor não deve somente querer trabalhar a música no ensino de uma Língua Estrangeira, ele deve entender, ouvir, pensar e repensar no material musical que irá utilizar, para que não se torne uma aula vaga, solta em meio às demais. Para Gomes e Chaves (2012, p.3) as músicas representam valiosa ferramenta para o professor de línguas, uma vez que se constituem em elemento incentivador nas aulas e através delas os alunos desenvolvem a habilidade linguística e obtêm conhecimento.

(11)

107

As competências da Língua Estrangeira Moderna desenvolvidas através das músicas de acordo com os PCN

Ensinar a Língua Inglesa utilizando a música pode ser, à primeira vistam, complicado e até mesmo arriscado quando esse trabalho não é preparado anteriormente pelo professor, pois se não houver uma organização prévia, a utilização da música pode tomar caminhos indesejados, fazendo com que os resultados esperados não sejam alcançados. Além de que tal aplicação é muitas vezes vista como perda de tempo, apesar de ser citada e requisitada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais. Uns dos problemas e preocupações enfrentados pelos professores na utilização das músicas segundo Gobbi (2001, p.11) são:

 A música pode atrapalhar as salas de aula vizinhas;  O professor não gosta de cantar ou não é musical;  É difícil encontrar a letras das músicas;

 Há falta de equipamento adequado para fazer uso da música;  Os alunos só querem ouvir música e não querem realizar as tarefas.

Por essa razão é tão importante realizar um planejamento dessas aulas, em que o professor observe os Parâmetros Curriculares Nacionais, para que possa estar amparado por um documento prescrito pelo Ministério da Educação.De acordo com o PCN + Ensino Médio (BRASIL, 2006, p. 90),

[...] o processo de aprendizagem de uma Língua Estrangeira envolve obrigatoriamente a percepção de que se trata da aquisição de um produto cultural complexo. Esse aprendizado, iniciado no ensino fundamental, implica o cumprimento de etapas bem delineadas que, no ensino médio, culminarão com o domínio de competências e habilidades que permitirão ao aluno utilizar esse conhecimento em múltiplas esferas de sua vida pessoal, acadêmica e profissional.

Assim, no Ensino Médio o aluno irá desenvolver competências e habilidades da Língua Inglesa que norteiem seu aprendizado para um real domínio da língua. Porém, para que isso aconteça o professor deve recorrer aos três níveis de competências que são segundo o PCN + Ensino Médio (BRASIL, 2006, p. 93) a:

• competência interativa, que se desenvolve por meio do uso da linguagem em situações de diálogo entre falantes que partilham o mesmo idioma, pautado por regras comuns e reciprocamente convencionadas;

• conhecimento das regras e convenções que regem determinado sistema linguístico no âmbito do uso de recursos fonológicos, morfológicos, sintáticos e semânticos.

• competência de ler e produzir textos, articulados segundo sentidos produzidos ou objetivados intencionalmente, de acordo com normas estabelecidas nos vários códigos estrangeiros modernos, percebendo contextos de uso bem como diferenças entre os diversos gêneros textuais.

Quando trabalhadas juntamente essas competências, o aluno conseguirá encontrar o real caminho para o aprendizado da Língua Estrangeira, pois ele não estará sendo guiado por uma ideia ou teoria infundada, e sim por experiências de professores que já tentaram e realizaram essa aplicação e perceberam que tal conteúdo resultou em um aprendizado significativo da Língua Inglesa.O PCN (BRASIL, 2000, p.30) relata que:

(12)

108 [...] é preciso pensar-se o ensino e a aprendizagem das Línguas Estrangeiras Modernas no Ensino Médio em termos de competências abrangentes e não estáticas, uma vez que uma língua é o veículo de comunicação de um povo por excelência e é através de sua forma de expressar-se que esse povo transmite sua cultura, suas tradições, seus conhecimentos.

Desse modo, não basta trabalhar as competências soltas e individualizadas, elas devem ser aplicadas abrangendo várias áreas do conhecimento, relacionando-as até mesmo com outras disciplinas, realizando a interdisciplinaridade, pois assim estará sendo criado um conhecimento total de um conceito pelo aluno. Consequentemente ele poderá e terá bagagem suficiente para dar sua opinião acerca do mesmo e comunicar-se com falantes da Língua Inglesa, já que seu conhecimento não foi decorado e sim construído. Assim, segundo o PCN (BRASIL, 2000, p. 31), “Entender-se a comunicação como uma ferramenta imprescindível no mundo moderno, com vistas à formação profissional, acadêmica ou pessoal, deve ser a grande meta do ensino de Línguas Estrangeiras Modernas no Ensino Médio”.

Competência Interativa e a Música

É próprio do ser humano relacionar-se com o outro, pois ele é um ser inteiramente social precisando sempre de alguém para realizar tarefas e ações comuns do dia-a-dia, não conseguindo viver sozinho. Por essa razão, a competência interativa é tão importante e significativa no aprendizado da Língua Estrangeira.De acordo com o PCN+ Ensino Médio (BRASIL, 2006, p. 54), através da competência interativa é feito o uso da língua, possibilitando a interação e comunicação, sendo que por meio dela pode-se demandar e realizar ações, agir e atuar sobre interlocutores, ou seja, se utilizarmos e aprofundarmos essa competência nos nossos alunos, conseguiremos criar situações que envolvam o emprego da Língua Inglesa.Portanto, essa competência deve estar bem enraizada na prática pedagógica do educador, para que quando ele estiver empregando e estimulando-a através da música em sala de aula, o aluno consiga sentir-se motivado e preparado para compartilhar o aprendizado fornecido por essa competência. Além disso, conforme o PCN+ Ensino Médio (BRASIL, 2006, p. 54),

Cabe à escola desenvolver essa competência no aluno, de forma progressiva, sem perder de vista o lugar social que ele ocupa e pode ocupar. A base para a construção dessa competência é o diálogo, lugar de falar e ouvir, de concordar e discordar, de opinar e respeitar, de elaborar argumentos. Se internalizada, a postura de quem dialoga não se perde ao fim da prática escolar e pode estender-se pelos outros círculos sociais de que o aluno participa.

O docente necessita fazer esse trabalho de interação deixando que os discentes deem suas opiniões acerca do conteúdo estudado, mantendo esse constante diálogo, porque através dessas ações ele estará praticando essa competência com os demais colegas.

Ainda de acordo com o PCN+ Ensino Médio (BRASIL, 2006, p. 91),

O caráter prático do ensino da língua estrangeira permite a produção de informação e o acesso a ela, o fazer e o buscar autônomos, o diálogo e a partilha com semelhantes e diferentes. Para isso, o foco do aprendizado deve centrar-se na função comunicativa por excelência, visando prioritariamente a leitura e a compreensão de textos verbais orais e escritos – portanto, a

(13)

109 comunicação em diferentes situações da vida cotidiana.

E para que ocorra essa comunicação em diferentes situações da vida cotidiana, cabe ao educador buscar atividades diferenciadas e diversificadas para que o aprendizado ocorra e que essa comunicação seja evidente na vida do aluno. E com isso a música torna-se um forte elo de comunicação entre as pessoas. Por meio dela o professor poderá trabalhar a compreensão auditiva e oral resultando na aplicação dessa competência interativa nos educandos.

Competência Gramatical e a Música

Quando o aluno ouve falar em gramática de uma Língua Estrangeira já pensa que isso dificultará na aprendizagem dessa língua. Infelizmente quando essa competência não é bem estudada e aplicada de maneira compreensível, isso pode ser o ponto chave para o desinteresse do estudante. Por essa razão essa se torna uma competência de intrincada aplicação, já que, além disso, ela é indispensável no momento de aprendizagem da Língua Estrangeira.Segundo o PCN+ Ensino Médio (BRASIL, 2006, p. 92),

Como objeto de aprendizagem, a gramática pode ser considerada como o conjunto de noções que devem ser aprendidas pelo estudo das leis que regulam um sistema linguístico, em seus aspectos morfológico, sintático, semântico e fonológico.

Esses elementos, organizados de forma convencionada, permitem a comunicação, por meio do discurso oral e escrito, entre indivíduos que conhecem e partilham o sistema.

É imprescindível para que ocorra uma comunicação adequada em Língua Estrangeira, no caso a Língua Inglesa, a concordância e a preocupação com a Gramática. É ela que norteia a norma culta da língua, e um aluno do Ensino Médio que estará saindo para o mercado de trabalho deve ocupar-se com esse tópico na aprendizagem da mesma, pois assim terá um diferencial na hora de concorrer a uma vaga no mundo profissional.O PCN+ Ensino Médio (BRASIL, 2006, p. 101) diz que:

O professor do ensino médio deve ter clareza quanto ao fato de que o objetivo final do curso não é o ensino da gramática e dos cânones da norma culta do idioma. O domínio da estrutura linguística envolve, todavia, o conhecimento gramatical como suporte estratégico para a leitura e interpretação e produção de textos.

Portanto, cabe ao professor conseguir trabalhar a Gramática da Língua Estrangeira, de maneira que ela não seja passada só em aulas teóricas e maçantes, e sim buscar meios e atividades variados em que ela esteja inserida, porém que não seja vista pelo aluno como ponto crucial no momento da aprendizagem.

Por essa razão, a música pode ser aproveitada. Através dela, o professor poderá explorar a gramática, trabalhando a compreensão escrita e oral por meio das letras das mesmas, comparando diferentes aplicações de tempos verbais, ampliando o vocabulário dos alunos, trabalhando o significado de certas expressões idiomáticas e gírias, entre outros.

Dessa forma, a aprendizagem da Gramática será vista de maneira dinâmica, e o aluno nem perceberá que adquiriu um conhecimento apenas utilizando um elemento que faz parte do seu dia-a-dia.

(14)

110

Competência Textual e a Música

Muitas vezes pensamos que a música não compõe um texto, já que ela é cantada, possuindo sons que a integra, porém ela não deixa de sê-lo. Dessa forma, podemos através das letras das mesmas trabalhar a competência textual.Porém, para termos clareza dessa conceituação, trazemos o ponto de vista de Koch e Travaglia (1997 apud PCN+ Ensino Médio, 2006, p. 74) afirmando que,

Quando se pensa no desenvolvimento da competência textual, é recomendável que se tenha clareza sobre sua conceituação. Adotamos a perspectiva de Koch & Travaglia, segundo os quais

[...] o texto é uma unidade linguística concreta (perceptível pela visão ou audição), que é tomada pelos usuários da língua (falante, escritor e ouvinte, leitor), em uma situação de interação comunicativa específica, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente de sua extensão. (1997)

Fica evidente a necessidade de explorar essa competência, já que ela colabora para que exista essa comunicação interativa, contribuindo para a aprendizagem da Língua Inglesa.

Quando o aluno escreve o que pensa e o que sente a respeito de algum assunto é bem enriquecedor, pois ele conseguiu utilizar a competência textual na sua língua materna. Já quando trabalhamos a Língua Estrangeira ele deve ter a mesma autonomia para fazer uma construção textual, que poderá ser feita de várias formas, utilizando diversos gêneros textuais.

Dessa maneira, a música possibilita esse engajamento com o texto, pois quando trabalhamos uma letra de música, ela poderá estar carregada de conhecimentos, que poderão levar o aluno a uma pesquisa prévia sobre a mesma, já que as letras podem ter uma história por trás da mesma, representando os sentimentos do autor.

Metodologia

Esse estudo recorre ao método de revisão bibliográfica, explorando as propostas de autores como Gobbi (2001), Gomes e Chaves (2012), e sendo amparado pelas proposições dos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1999 e 2000) e PCN + Ensino Médio (2006). Ele também contará com algumas atividades para serem aplicadas em sala de aula utilizando a música nas aulas de Língua Inglesa, dando assim sugestões para que o professor acolha e introduza em sua prática pedagógica.

Proposta de Sequência Pedagógica

Nesse tópico elaboramos um plano de aula para ser aplicado em sala de aula aos alunos de 1° ano de Ensino Médio. Nesse plano estará sendo explorada a competência interativa, gramatical e textual, na qual estaremos abordando as compreensões auditiva, oral e escrita.

Trabalhando as competências interativa, gramatical e textual através da música Hey Jude, The Beatles

(15)

111

Justificativa

Esta atividade justifica-se perante a necessidade da aprendizagem da Língua Estrangeira, no caso a Língua Inglesa, no 1º ano do Ensino Médio, sendo que as competências interativa, gramatical e textual devem ser trabalhadas visando à compreensão escrita, auditiva e oral na língua inglesa, resultando em uma ampla aprendizagem, ajudando o aluno na hora da comunicação oral com um falante ou não da Língua Inglesa.

Objetivos

 Refletir sobre a influência que as músicas fazem no dia-a-dia do aluno;

 Trabalhar a competência interativa, gramatical e textual na Língua Inglesa, utilizando a compreensão escrita, auditiva e oral;

 Explorar os conhecimentos acerca da banda e da história por trás da música;  Associar diálogos do cotidiano na Língua Inglesa com a letra da música.

Conteúdo

Vocabulário: expressões, abreviações e gírias utilizadas por falantes de Língua Inglesa presentes nas músicas.

Contexto da história da música escrita por Paul McCartney, dedicada a Julian Lennon, filho de John Lennon.

Tempo Estimado

O processo total desse plano de aula terá a duração de 5 aulas.

Materiais Necessários

Cópias da música Hey Jude do The Beatles;  Notebook;

 Aparelho de Datashow;  Caixas de Som.

Introdução

A banda The Beatles foi uma banda britânica, muito aclamada até os dias atuais, formada em Liverpool em 1960. Eles começaram suas apresentações em pubs de Liverpool e Hamburgo, e mais tarde com a criatividade do produtor George Martin, alcançaram o estrelato imediato no Reino Unido. Eles tornaram-se muito conhecidos e eram percebidos pelas ideias progressistas e influência em revoluções sociais e culturais da década de 1960. Seus integrantes foram Paul McCartney, John Lennon, George Harrison e Ringo Starr. E aproveitando essa música, iremos aproximar os alunos da Língua Inglesa, explorando a compreensão auditiva, escrita e oral.

Desenvolvimento Aula 1

Iniciaremos a aula com uma apresentação prévia do conteúdo a ser abordado, a música, perguntando:

 Você gosta de música? Qual estilo você mais ouve?  Você ouve mais bandas nacionais ou internacionais?  Qual são seus cantores (as) ou bandas favoritos (as)?

 Direcionando para o estilo rock, você acha que as bandas de rock tiveram importância em algum momento na história mundial?

(16)

112

Você conhece a banda The Beatles? Já ouviu alguma música dessa banda?

Essa discussão poderá ser feita na Língua Inglesa, fazendo com que os alunos possam verbalizar suas opiniões através da Língua Estrangeira. O educador pode auxiliá-los durante esse debate.

Em seguida apresentaremos um vídeo da música Hey Jude mostrando a banda e a música a ser estudada em sala para os alunos.

Depois passaremos a música novamente e pediremos aos alunos que prestem atenção na letra. No final perguntem sobre o que eles acham que a música trata. Para que a banda torne-se mais conhecida para os alunos, mostraremos um vídeo com um medley da banda clássica dos anos 60 e 70.

Aula 2

Em uma segunda aula, depois de apresentar a banda para sala, levaremos para os alunos cópias da letra da música Hey Jude, The Beatles:

1. Hey, Jude, don't make it bad, Take a sad song and make it better Remember to let her into your heart, Then you can start to make it better.

5. Hey, Jude, don't be afraid,

You were made to go out and get her, The minute you let her under your skin, Then you begin to make it better.

9. And anytime you feel the pain, Hey, Jude, refrain,

Don't carry the world Upon your shoulders.

13. Well you know that it's a fool, Who plays it cool,

By making his world a little colder. Na na na na na na na na na.

17. Hey, Jude, don't let me down, You have found her now go and get her, Remember to let her into your heart, Then you can start to make it better.

(17)

113

21. So let it out and let it in, Hey, Jude, begin,

You're waiting for someone to perform with. And don't you know that is just you?

25. Hey, Jude, you'll do, The movement you need Is on your shoulder.

Na na na na na na na na na.

29. Hey, Jude, don't make it bad, Take a sad song and make it better, Remember to let her under your skin, Then you'll begin to make it better.

33. Better, Better, Better, Better, Better.

Na, na, na, na na na na, na na na na, Hey Jude. (5x)

Nessa letra estarão faltando algumas palavras. Eles deverão ouvir a música e completar as palavras faltantes, que no caso são verbos em vários tempos verbais, trabalhando, assim a compreensão auditiva e escrita.Depois de passar a música, o professor perguntará o número de palavras que os alunos conseguiram escrever, e se necessário, passará a música novamente.Em seguida irá corrigir com os alunos a letra da música, escrevendo na lousa as palavras faltantes para que eles possam completá-las em suas folhas.

Aula 3

Em uma próxima aula, o professor irá explorar com os alunos os verbos que contêm na letra da música, já que eram os mesmos as palavras que eles deveriam completar. Dessa forma o professor irá caracterizar os tempos verbais, percebendo a diferença entre eles, e juntamente com a música, o educador poderá aplicar algumas atividades paralelas tratando desse assunto, sendo assim trabalhada a competência gramatical. Posteriormente, podem ser apontadas as demais palavras que eles não conhecem da música, ajudando na conceituação do significado de alguns termos.

Aula 4

Logo, como todos já possuem a letra da música, os alunos irão debater em inglês as emoções do cantor, sendo mediados pelo professor, que estará auxiliando durante a interação dos mesmos. Nessa aula o educador irá fazer algumas perguntas acerca do contexto da música, e pedirá que os alunos respondam como tarefa em uma folha suas opiniões, fazendo pesquisas sobre a banda e a música em questão, tudo sendo escrito na Língua Inglesa, nesse momento estaremos trabalhando a competência textual.

(18)

114

 What do you know about this song? (O que você sabe sobre essa música?)  Who is Jude? (Quem é Jude?)

 What are the main ideas of this song? (Quais são as ideias principais dessa música?)  Why did Paul McCartney compose this song to Julian Lennon? (Por que Paul

McCartney compôs essa música a Julian Lennon?)

 What does the composer mean by lines 1 and 5 of the song in your opinion? (O que o compositor quer dizer com as linhas 1 e 5 da música em sua opinião?)

Aula 5

Nesse último momento o professor recolherá as tarefas feitas pelos alunos e fará uma pequena discussão sobre as informações pesquisadas pelos mesmos, tudo sendo discutido na Língua Inglesa. Nessa aula o professor pode fazer uma avaliação do que os alunos aprenderam no decorrer dessas aulas, percebendo se foram adquiridos os três níveis de competência almejados. O importante é avaliar se os alunos ampliaram seu vocabulário estudando a letra da música, e se melhoraram compreensão auditiva, escrita e oral na Língua Inglesa. O educador deve ficar atento a esses pontos nos momentos de apresentação e discussões durante a aula percebendo se estão sendo exploradas as competências interativa, gramatical e textual.

Considerações Finais

Este estudo teve como objetivo geral promover uma reflexão sobre os três níveis de competência - a interativa, a gramatical e a textual - adotados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio quando estudamos a Língua Inglesa por meio das músicas. Abordamos nesse estudo os seguintes objetivos específicos: realizar, através da música, a interação dos alunos, desenvolvendo a conversação entre eles, partilhando os conhecimentos da Língua Estrangeira trabalhada em sala de aula e estudar a gramática através da música e estabelecer a diferença entre a língua falada e a língua escrita, favorecendo no momento da produção de textos dos estudantes. Dessa forma, entendemos que tais objetivos estavam prescritos pelos PCN (1999/2000) e PCN + (2006), já que para o Ministério da Educação, aprender uma Língua Estrangeira é de suma importância, pois em decorrência do nosso contexto moderno atual, o aluno deve sair dos seus 3 anos de Ensino Médio sabendo e cultivando na sua vida tanto pessoal quanto profissional os três níveis de competências, pois unidos trarão ao indivíduo um conhecimento completo, não individualizado ou repartido.

Compreendemos também, que o Governo Federal pode trabalhar muito mais intensamente para melhorar a educação no Brasil, pois o país ainda possui um número elevado de analfabetos, e isso é ruim para um país que busca desenvolver-se para chegar a ser de primeiro mundo. Uma das primeiras áreas que devem ser investidas para que isso aconteça é a Educação, que forma conceitos e opiniões, criando um cidadão crítico e preocupado com sua posição na sociedade.Assim sendo, percebemos que a música pode ser um objeto nas mãos dos educadores no momento de se ensinar uma Língua Estrangeira, no caso a Língua Inglesa. E para que isso aconteça o professor deve romper barreiras e obstáculos para sua aplicação em sala de aula. Sua única preocupação deve envolver apenas a preparação bem feita de uma aula utilizando esse recurso. O professor pode elaborar uma proposta de sequência pedagógica semelhante ao proposto nesse estudo, visto que este é apenas um modelo, criando diversas maneiras de aplicar a música em sala de aula, resultando em alunos adquirindo dia-a-dia os três níveis de competência na Língua Estrangeira.

(19)

115

uma fonte de pesquisa inesgotável, principalmente diante de um mundo tão globalizado.

Referências

BRASIL. Lei n° 11.769, de 18 de agosto de 2008. Dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino da música na Educação Básica. Diário Oficial da União, Brasília, DF. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11769.htm> Acesso em: 30 Jul. 2012.

CIEGLINSKI, Amanda. Trabalho infantil é causa significativa de abandono escolar.

Revista Exame. Brasília, 31 Ago. 2012. Disponível em: <

http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/trabalho-infantil-e-causa-significativa-de-abandono-escolar?page=1> Acesso em: 26 Out. 2012.

GOBBI, Denise. A música enquanto estratégia de aprendizagem no ensino de língua

inglesa. Disponível em: <www.lume.ufrgs.br/handle/10183/3066> Acesso em: 27 Jan. 2012.

GOMES, Yeda Carneiro. CHAVES, Maria Inês. Música na sala de aula de inglês: Uma

proposta para e série. Disponível em: <www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1557-8.pdf> Acesso em: 15 Mar. 2012. HEIDRICH, Gustavo. Os caminhos para formação de professores. Revista Nova Escola Gestão Escolar. Jun. 2009. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/coordenador-pedagogico/caminhos-formacao-professores-476133.shtml> Acesso em: 20 Ago. 2012.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa. Taxa de analfabetismo de pessoas de

10 anos ou mais de idade – Brasil. Disponível em: <http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=PD330&t=taxa-analfabetismo-pessoas-10-anos-mais#P1> Acesso em: 26 Out. 2012.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa. Aprovação, reprovação e abandono -

Ensino Médio – Norte, Nordeste, Sudeste, e Sul. Disponível em:

<http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=M12&sv=57&t=aprovacao-reprovacao-abandono-ensino-medio-serie#P1> Acesso em: 26 Out. 2012.

NOVO PISO NACIONAL DE PROFESSORES FICA EM 1.451 REAIS. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/novo-piso-nacional-de-professores-fica-em-1-451-reais> Acesso em: 12 Out. 2012.

OLIVEIRA, Jonas. Como é que se diz bem-vindo em Inglês? Revista Veja. 2012. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/olimpiadas/um-conto-de-duas-cidades/como-e-que-se-diz-bem-vindo-em-ingles/> Acesso em: 13 Set. 2012.

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Ensino Médio. Brasília: Ministério da

Educação, 2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf> Acesso em: 30 Jul. 2012.

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Ensino Médio. Brasília: Ministério da

Educação, 1999.

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN +) – Ensino Médio. Brasília: Ministério da

Educação, 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/linguagens02.pdf > Acesso em: 12 Set. 2012.

SANTOS, Roberto Vatan dos. Abordagem do Processo de Ensino e Aprendizagem. Disponível em: <ftp://ftp.usjt.br/pub/revint/19_40.pdf> Acesso em: 15 Ago. 2012.

(20)

116

THE BEATLES. Hey Jude (1988). [Paul McCartney]. In: The Beatles: Past Masters – Vol.

2. EMI Records Ltd., faixa 7. Disponível em:

Referências

Documentos relacionados

A existência da referida relação é obtida no contexto de um modelo pós-key- nesiano de crescimento a dois setores no qual se assume que (i) existe completa es- pecialização

A seleção portuguesa feminina de andebol de sub-20 perdeu hoje 21-20 com a Hungria, na terceira jornada do Grupo C do Mundial da categoria, a decorrer em Koprivnica, na

As concentrações plasmáticas de T3 e T4 devem ser monitoradas e, se necessário, a dosagem de hormônio tireoidiano deve ser ajustada durante a coadministração e após a

 Supervisor Responsável pelo Estágio, indicando a qualificação acadêmica do mesmo. 5.4 Todas as atividades a serem desenvolvidas pelo estagiário deverão constar do

INDICADORES AMBIENTAIS ESSENCIAIS: UMA ANÁLISE DA SUA UTILIZAÇÃO NOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS EMPRESAS DO SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA SUL AMERICANO, ELABORADOS

[r]

Nas fraturas subtrocantéricas instáveis, como Seinsheimer IV-V com fragmentos que não podem ser reduzidos pelo método fe- chado em mesa de tração, a parte lateral da porção

No entan- to, na análise comparativa das respostas obtidas para cada questão do protocolo QVV entre os sujeitos do GP e do GNP que perceberam a mu- dança vocal, foi encontrada