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Vista do Os desafios de se implantar a educação inclusiva: formação do professor – EFI

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Adequação da organização do

ambiente escolar e da proposta

pedagógica no atendimento das

necessidades dos alunos autistas

Alessandra Soriani Guedes Gama

Graduada em Pedagogia pelo UNIFATEA

Maria Laura Batista Custodio de Melo

Graduada em Pedagogia pelo UNIFATEA

Profª Me. Silvana Soares

Doutora em Educaç ão, Professora dos Cursos de Pedagogia, Arquitetura e coordenadora de Pastoral do UNIFATEA

RESUMO

O referente artigo teve como problema de pesquisa a seguinte pergunta: “qual a estrutura pedagógica que as escolas precisam ter para receber alunos autistas?”. O objetivo é verificar a opinião de docentes que atuam com alunos autistas. A realização do trabalho empírico foi feita em contexto de escola privada e pública nas cidades de Guaratinguetá e Aparecida. Os dados foram coletados por meio de um questionário com questões abertas sobre o referente tema. Os resultados encontrados indicam que as implementações de práticas inclusivas são diferenciadas nas escolas apresentadas com pontos negativos e positivos, assim contribuindo ou não para um progresso significativo do desenvolvimento da criança de acordo com as propostas pedagógicas e as adequações do ambiente escolar.

Palavras-chave:

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INTRODUÇÃO

A inclusão escolar das pessoas que procuram a educação como meio de inserção no mundo em que vivemos por meio da inclusão escolar nos preocupa. Essas pessoas procuram por escolas regulares que presam o bem-estar do aluno, proporcionam uma educação de qualidade, visam a formação dos cidadãos, seguem as leis da educação, realizam propostas educativas, e que zelam pelo melhor desenvolvimento integral do aluno de inclusão, através de discussões e aprofundamentos que são realizados em torno da questão da inclusão escolar. Sendo assim, percebemos a necessidade de verificar e conhecer melhor as condições pedagógicas para a inclusão escolar com o enfoque nas necessidades do aluno autista. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um assunto que precisa ser abordado e estar presente nas escolas. Na atualidade, os profissionais da área da educação precisam estar atualizados e preparados para receber alunos de inclusão e apresentar a preparação dos profissionais para o atendimento desse aluno com dificuldades de aprendizagem. De acordo com a Norma Técnica nº 24/2013, que objetiva orientar à implementação da Lei nº 12.764/2012, ela substitui o acompanhante especializado por um profissional de apoio. A atuação deste profissional é assim definida:

O serviço do profissional de apoio, como uma medida a ser adotada pelos sistemas de ensino no contexto educacional deve ser disponibilizado sempre que identificada a necessidade individual do estudante, visando à acessibilidade às comunicações e à atençãoaos cuidados pessoais de alimentação, higiene e locomoção. (BRASIL, 2013).

Mesmo que a atuação do profissional não seja especificamente baseada nas necessidades fundamentais de sua formação, falta uma maior clarificação sobre quais são as suas funções primordiais no espaço escolar para a efetivação da inclusão.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é classificado na categoria de Transtornos do Neurodesenvolvimento, na 5a edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-5 (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014). Nesta edição do manual, o TEA é descrito como um quadro clínico caracterizado por sinais e sintomas relacionados à interação e

comunicação social e à presença de padrões comportamentais restritos e repetitivos com prejuízos no funcionamento adaptativo e possibilidade de verificação antes dos 2 anos de vida (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).

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Os primeiros indícios de uma criança com espectro autista podem ser percebidos pela própria família, nos primeiros anos de vida, por meio de observação nos relacionamentos da criança. Consideramos ainda, que a criança com esse espectro, tem maior dificuldade para se desenvolver e consequentemente aprender.

Sendo assim, observamos a necessidade de aprofundar os estudos sobre os aspectos que envolvem o papel da escola e do professor para facilitar o desenvolvimento sócio afetivo, psicomotor e cognitivo deste aluno. Bem como a necessidade da escola estar preparada para atender os alunos, tanto no âmbito funcional quanto educacional, por meio de qualificação dos professores que precisam estar preparados para acolher os alunos autistas.

Quando abordamos o tema sobre alunos autistas na escola de ensino regular, levantamos a seguinte questão para o problema de pesquisa: “Qual a estrutura pedagógica que as escolas precisam ter para receber alunos autistas?”. Caracterizar o autismo e analisar a temática da inclusão de educandos que são autistas, considerando os aspectos da adequação da organização do ambiente escolar e da proposta pedagógica, pode favorecer o processo de atendimento às necessidades que são apresentadas do aluno autista.

REFERENCIAL TEÓRICO

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Na atualidade, vemos que em muitos espaços sociais são discutidos o tema educação inclusiva. Ele não se restringe somente a espaços e ambientes que só são frequentados por profissionais na área da educação escolar, como professores ou pesquisadores. Indivíduos e suas comunidades estão informados sobre

a existência de pessoas com necessidades educativas especiais em classes comuns, graças ao instrumento de divulgações e discussões existentes atualmente. Há diferentes teorias que servem como base de uma educação inclusiva, como documentos técnicos, manuais de orientação produzidos por órgãos governamentais e pelas universidades.

A convivência entre alunos com e sem deficiência, principalmente em redes públicas deensinosãocadavezmaisfrequentes,trazendo assim realidades diferentes em estados brasileiros. Porém, nem todos profissionais da educação tem a clareza teórica e muito menos prática das propostas de educação inclusiva na realidade do sistema de ensino. Jovens e crianças com deficiência tem participação nas atividades comuns escolares, a partir das ações tomadas pela política educacional como cita Paula (2006, p.7-8). Dentre elas,destaca-se que:

Desse movimento surgem fatos novos, como: a necessidade de reflexão, de mudança de atitudes, de estruturas, de dinâmicas e de novas formas de organização e gestão dos serviços disponíveis na comunidade.

Atualmente, não estamos mais na fase de afirmar positivamente o direito à educação de todos os alunos, inclusive daqueles com deficiência, no sistema regular de ensino e, sim, de procurar criativamente avançar na prática, garantindo o crescimento e desenvolvimento de todos. Para tal é importante refletir sobre as ideias que frequentemente ouvimos. Toda a prática é decorrente dessas concepções. (PAULA, 2006, p.8)

Devemos buscar na prática do cotidiano escolar estar sempre procurando informações e conhecimentos para traçar os objetivos positivamente. Para o desenvolvimento de mudança de hábitos, atitudes e maneiras de

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olhar sobre o outro deve estar presente em nosso cotidiano para alcançarmos uma busca constante.

CARACTERÍSTICAS DO ALUNO

AUTISTA

O autismo nasceu a partir do seguinte contexto:

O autismo foi descrito pela primeira vez em 1943 pelo Dr. Leo Kanner (médico austríaco, residente em Baltimore, nos EUA) em seu histórico artigo escrita originalmente em inglês: Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo. Nesse artigo, disponível em português no site da AMA, Kanner descreve 11 casos, dos quais o primeiro, Donald T., chegou até ele em 1938. (MELLO, 2005, p.15)

Os estudos realizados mostram que:

Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação (MELLO, 2005, p.16)

Foram definidos por Lorna Wing e Judith Gould, em seus estudos realizados em 1979 de “Tríade”, os desvios que caracterizamo autismo. Ele é um padrão de comportamento repetitivo e restrito, que pode variar do retardo mental até níveis de inteligência acima da média.

É muito difícil imaginar estes três desvios juntos. Um exercício que pode ajudar é o proposto em palestra no Brasil pela pesquisadora Francesca Happé, de imaginar-se na China, ou em um país de cultura e língua desconhecidas, com as mãos imobilizadas, sem compreender os outros e sem possibilidades de se

fazer entender. É por isso que o autismo recebeu também o nome de Síndrome de “Ops! Caí no Planeta Errado!”

(MELLO, 2005, p.16)

O indivíduo que possui a síndrome do autismo tem uma dificuldade muito grande em se comunicar com os demais. Os autistas podem estar no mesmo ambiente que outras pessoas, porém sua interação social é muito restrita, não se integram e não se comunicam com todos. A comunicação visual também é restrita, e eles não olham olhos nos olhos, além de serem resistentes a essa ação. É muito difícil para crianças autistas, o compartilhamento de objetos, brinquedos, a troca de ideias, experiências e o uso da imaginação. Assim, o tratamento e o estímulo precoce podem ajudar na questão da resistência de todos os desvios e é muito positivo no desenvolvimento dessas crianças.

As causas do autismo são desconhecidas. Acredita-se que a origem do autismo esteja em anormalidades em alguma parte do cérebro ainda não definida de forma conclusiva e, provavelmente, de origem genética. Além disso, admite-se que possa ser causado por problemas relacionados a fatos ocorridos durante a gestação ou no momento do parto. (MELLO, 2005, p.17)

Quando pequeno, a criança já começa a dar indícios da síndrome, não atendendo pelo nome, não olhando para os pais e não estando atento as coisas ao seu redor, dando impressão de viver “no mundo da lua”. Os pais precisam estar atentos e buscar uma equipe médica para fazer uma avaliação. Porém, se os exames que são realizados na criança não apresentarem nenhuma anormalidade, os sinais da síndrome só aparecerá nas avaliações de comportamento

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da criança. E é nesse contexto de vida dos alunos autistas, que a escola por meio da educação inclusiva, precisa se orientar.

3.3 A INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA

E AS ADEQUAÇÕES PEDAGÓGICAS

Quando se trata de direitos educacionais das pessoas com deficiência no Brasil, há um documento que faz o direcionamento das ações escolares que é chamado de Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008).

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais. (BRASIL, 2008, p.14)

Esse documento ressalta também, que não existe permissão para que as crianças com deficiência com idade escolar estejam fora do ensino regular. Lembrando, que, nenhuma escola pode negar vaga a este público.

Art. 7o O gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de aluno com transtorno do espectro autista, ou qualquer outro tipo de deficiência, será punido com multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos. (BRASIL, 2012).

De acordo com Alves (2002), uma educação inclusiva deve ser igualitária para todos, tendo em vista também a qualidade, e não somente quantidade. Os alunos devem apreender os

conhecimentos disponíveis no mundo e as formas de possibilidades de novas produções para sua inserção criativa no mundo.

Tendo em vista o pensamento de Alves, a escola precisa atender as necessidades dos alunos como um todo, adaptar o currículo de forma geral para o melhor desenvolvimento de seus alunos. O professor precisa ser um instrumento de auxílio, em relação ao aluno com deficiência, para que os demais alunos consigam enxergar a autoimagem e praticar involuntariamente o apoio e a solidariedade para com o outro. Obtendo, assim, resultados que garantem o avanço no processo educacional.

Kupfer (2004) afirma que deve haver um modo diferente de representação diante da sociedade sobre a criança com espectro autista. Tanto a escola como o professor têm papel fundamentalaousarsuapráticaescolar, a partir da compreensão das diferentes questões que estão relacionadas ao transtorno, e vislumbrar suas consequências para o desenvolvimento infantil. Além disso, Bosa (2006) diz que, o planejamento do atendimento ao aluno autista deve ser feito e baseado de acordo com o desenvolvimento do mesmo. A interação social e a linguagem na educação são prioridades na fala, e são ferramentas importantes para promover a inclusão da criança autista.

Ao abordar a inclusão, nos lembramos das leis que nos dão norte para os direitos e deveres do indivíduo com espectro.

Lei nº 12.764 de 27 de dezembro de 2012, intitulada - Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista – institui que: “§ 2o A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais”. (BRASIL, 2012).

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Assim, pode-se afirmar que as pessoas com TEA têm os mesmos direitos que pessoas com deficiência.

A criança com o transtorno do espectro autista quando inserido na rede regular de ensino tem o direito de receber um mediador, para que o acompanhe e o auxilie em suas atividades escolares e promova a sua autonomia. No documento da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, em seu Parágrafo único diz: “Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do art. 2o, terá direito a acompanhante especializado”. (BRASIL, 2012).

Para que se obtenha resultados em seu processo pedagógico, no tratamento da criança com espectro autista, o profissional mediador é muito importante, pois, ele será o elo entre educadores, pais e o estudante. O mediador trabalhará com a criança sempre a auxiliando em suas tarefas cotidianas escolares, como regulador das regras sociais. É importante, que o mediador estimule no aluno autista, a se comunicar, corrigindo estereotipias, comportamentos repetitivos, acompanhando sua interação social com as outras crianças e acalmando o aluno em momentos de irritabilidade (TEIXEIRA, 2016).

O mediador escolar precisa estar sempre por perto do aluno com espectro, não necessariamente ao seu lado ou segurando sua mão, pois, o aluno precisa criar uma independência que será de suma importância para seu desenvolvimento em sala de aula e no ambiente escolar.

Assim, sucessivamente, aprenderá regras, ir ao banheiro sem ajuda física, vestir-se, manter- se sentado, entre outros aspectos importantes que será realizado na escola e se estenderá também fora da mesma.

Um ponto importante sobre o trabalho do mediador escolar é que ele deve ser iniciado após a intervenção do psicólogo comportamental, que terá identificado as limitações da criança, seus potenciais e poderá coordenar e orientar o trabalho do mediador escolar. (TEIXEIRA, 2016, p.70)

De acordo com Teixeira (2016), o psicólogo comportamental auxiliará o trabalho do mediador com a criança, trazendo informações sobre o aluno autista e clareando a forma de auxiliar o mesmo em sala de aula. O psicólogo falará sobre o comportamento da criança, suas limitações, os pontos que será mais importante para observar e realizar o trabalho de forma correta e positiva.

Além disso, também será importante os encontros entre escola, a família e o psicólogo comportamental para o desenvolvimento da criança. Neles o mediador e as pessoas envolvidas no processo de mediação devem ser treinados para documentar a evolução da criança. Assim, todos trabalharão juntos em busca do mesmo objetivo para identificar, os comportamentos e as situações problemáticas, tentando realizar as adaptações necessárias para o aluno. Seguindo todas as orientações e estratégias, o trabalho ajudará constantemente na elaboração de metas e implementação de novas maneiras de ajudar o aluno.

HANS ASPERGER (1944) psiquiatra e pesquisador austríaco, nos deixa uma mensagem muito valiosa:

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“Nós estamos convencidos de que as pessoas autistas têm seu papel na comunidade. Elas preenchem seu papal bem, talvez melhor que qualquer outra pessoa conseguiria, e nós estamos falando de pessoas que quando crianças apresentavam as maiores dificuldades e causavam preocupações incontáveis aos seus cuidadores.”

MATERIAL E MÉTODO

Foi-se a campo, conhecer a realidade de duas escolas com realidades diferentes, que recebem alunos com autismo.

Os dados foram coletados por meio de um questionário com questões abertas visando explorar dados sobre o contexto de adaptação do ambiente escolare da organização curricular no atendimento de educandos autistas.

O questionário foi respondido por 2 professores, um em cada escola, pública e privada. Os professores responderam as questões individualmente por meio de uma

ficha com as questões apresentadas.

O local de pesquisa foi em um colégio privado do município de Guaratinguetá (SP) e em uma escola da rede pública do município de Aparecida (SP).

A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em Pesquisa da UNIFATEA via plataforma Brasil Nº CAAC 78527317.6.0000.5431.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Questionou-se aos professores se há alunos de inclusão no ambiente escolar: um professor confirmou que há alunos de inclusão e outro negou.

Segundo Rubia (2007) de maneira significativa, está sendo discutida por meio de artigos científicos, palestras, congressos, livros, seminários entre outros, a inclusão

escolar de alunos autistas, por autores como: Jerusalinsky (1997), Cavalcanti e Rocha (2002), Petri (2003), Kupfer (2001), Bastos (2003), Rossi e Carvalho, Lasnik-Penot (1998).

Ainclusãoescolarestásealastrandocadavez mais, e isso é positivo para os alunos autistas, pois os mesmos estão se tornando paradigmas eestão influenciando outras pessoas no sentido de uma convivência saudável na sociedade em relação as diferenças.

Foi solicitado aos professores que nos contassem quantos alunos autistas tinham na escola: Quantos alunos? Um professor marcou a alternativa “Mais de 3” e o outro negou ter alunos autistas na escola em que leciona.

Hoje a incidência do espectro autista está presente com mais frequência. Teixeira (2016) registra que:

Vale destacar um grande estudo publicado em 2014 pelo Center for Disease Control and Prevention (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), órgão governamental americano com sede em Atlanta que divulgou dados impressionantes acerca da incidência de autismo nos Estados Unidos. Segundo o levantamento americano, cerca de uma criança a cada 68 é portadora do transtorno do espectro autista.

As crianças com o espectro estão chegando nas escolas regulares. O ambiente escolar precisa estar adequado e preparado para a recepção dos alunos, bem como, os professores e equipe escolar precisam estar dispostos e abertos às mudanças. Essa transformação precisa trazer novidades, formas dinâmicas de ensino e atender as necessidades de todos os alunos incluídos em sala de aula. Em meio

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a essas preparações do ambiente escolar encontramos o facilitador que é um direito do aluno de inclusão, como já foi apresentado anteriormente no presente artigo.

Solicitou-se aos sujeitos que respondessemà questão: os alunos autistas de sua escola possuem facilitador? um professor confirmou e ressaltou que para um aprendizado eficaz e que atenda às necessidades do aluno é preciso um facilitador para traçar uma ponte entre o conhecimento e o aprendizado. O outro professor negou e comentou que existe um aluno na escola, porém, não existe laudo que confirme o diagnóstico de autismo. (Quadro 1)

P1

“Sim”; “Para que o trabalho do professor atenda às necessidades do aluno autista e para que o aprendizado seja eficaz, é importante

e necessária à presença do facilitador para fazer parte entre o conhecimento e o aprendizado”.

P2 “Não”; “Temos um aluno com espectro, mas sem laudo. ”

A resposta do professor em relação a falta de um laudo, que possa indicar e confirmar as características do aluno autista é muito importante, pois pela realidade social desigual e a pobreza de muitas famílias, o acesso a um diagnóstico nem sempre é realizado nas crianças que apresentam alterações no seu comportamento social. E assim, a escola convive com o educando sem realizar um procedimento adequado às suas reaisnecessidades educativas. Outras vezes, os pais não assumem as dificuldades e necessidades dos filhos.

No Brasil, surgiram várias expressões para nomear o mediador, tais como: facilitador escolar, tutor escolar, assistente educacional e mediador escolar. A palavra mediador faz menção àquele indivíduo que media e mediar significa ficar no meio de dois pontos (MOUSINHO et al, 2010, p.93).

(...) o mediador escolar deve ter a aptidão e habilidades interpessoais necessárias para desenvolver e manter relações de trabalho eficazes com as crianças, famílias e demais profissionais que as assistem, que inclui saber respeitar e compreender as dificuldades da família e da criança, ter flexibilidade para se adequar à dinâmica do ambiente escolar que estará se inserindo, disponibilidade para aprender e muita criatividade. O mediador é aquele que no processo de aprendizagem favorece a interpretação do estímulo ambiental, chamando a atenção para os seus aspectos cruciais, atribuindo significado à informação recebida (MOUSINHO et al, 2010: p.94).

Quadro 1 – Facilitador Fonte: Autoras

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Quadro 2 – Trabalho Conjunto Fonte: Autoras

O mediador estará junto do aluno de inclusão em variados ambientes escolares, assim como pátio, sala de aula, brinquedoteca, parque, entre outros.

O mediador será o intermediário do aluno quando o mesmo se encontrar em dificuldades de interpretação e ação, ou quando se tratar de questões comportamentais, sociais, de comunicação e linguagem, nas brincadeiras, nas atividades escolares, e nas atividades pedagógicas.

Sobre o mediador, segundo Serra, (2010, p. 173):

Uma desordem aguda do desenvolvimento requer tratamento especializado para o autista por toda a sua vida, por isso a importância da presença de um mediador ou facilitador para auxiliar o professor no processo de inclusão.

O mediador tem grande importância para com a vida escolar do aluno com espectro autista. Ele é quem auxiliará e mediar as tarefas do dia a dia do aluno e estar junto dele ensinando-o as regras, acalmando-o em momentos de irritabilidade, mostrando, incentivando e estimulando esse aluno a todo momento em busca de um desenvolvimento positivo. Sabemos que juntamente com o facilitador, é de suma importância o trabalho família/equipe/escola para uma constante evolução do aluno de inclusão.

Na escola, o trabalho casa X escola X equipe multidisciplinar está presente para com o aluno de inclusão? Para o professor 1 (P1), o trabalho conjunto é realizado e o mesmo é feito por meio de atendimentos em que é dado o feedback de ambas partes. Já o professor 2 (P2) assinalou duas alternativas (sim e não) assim nos trouxe uma divergência, porém o professor optou por “deixar” do mesmo jeito a questão, sem justificar a questão assinalada. (Quadro 2)

P1

“Sim”; “Através de atendimentos realizados pela escola com os pais e os professores, onde é dado o retorno de todo trabalho feito com o aluno e

a devolutiva dos resultados apresentados em casa pelos pais. ”

P2 “Sim”; “Não”.

As escolas possuem características e ações diferentes no tratamento que dão a realização de um trabalho conjunto com as famílias.

Frequentemente, os pais têm a perspectiva de longo prazo; preocupam- se com o que será de seu filho ou filha com dificuldades quando adultos, pois o processo de aprendizagem das crianças com autismo, por vezes,

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é lento. Por isso é muito importante eleger as prioridades entre pais e a equipe que atende a criança (Nilsson, 2003). Completando o que Nilsson (2003) comenta, os pais precisam estar trabalhando junto da escola para o melhor desenvolvimento de seu filho, com um trabalho em equipe a criança autista tem maior probabilidade de aprender e estar estimulada todo tempo. Assim como, o professor e a equipe inclusiva estão em busca do mesmo objetivo paraa criança.

As respostas que estão apresentadas no quadro 3 são decorrentes da questão que visava verificar se o currículo para o aluno de inclusão era adaptado pela rede, equipe pedagógica, professores ou facilitadores.

P1 “Equipe pedagógica e facilitadores”. De acordo com a necessidade do aluno e as observações do professor e facilitador, o material é adaptado.

P2 “Professores”. O correto pela equipe pedagógica x Rede x Professor.

As escolas têm ações diferentes na organização curricular, visando o ensino e aprendizagem do aluno.

Inclusão é uma palavra que está em foco, ultimamente, no nosso cotidiano, com isso, devemos saber como essas pessoas com deficiência devem ser

chamadas de acordo com as suas necessidades, para que não venhamos a ser mal interpretados quando nos direcionarmos a elas.

Correia (1999) define como adaptações curriculares, as modificações, alterações ou transformações que os professores e a escola fazem nas propostas curriculares, a fim de atender às necessidades de seus alunos.

A questão apresentada no quadro 4, se referia a alimentação oferecida aos alunos, e de quem era essa responsabilidade, se dos pais ou da escola.

P1 “Pais de alunos”. Os pais enviam de casa o lanche para seus filhos.

P2 “Pais de alunos”. Autistas são seletivos na alimentação fazendo rotina do seu cardápio, difícil variação.

O papel da alimentação escolar é reconhecido como um programa para atendimento das necessidades nutricionais da comunidade. A merenda, além de alimentar e nutrir as crianças, também proporciona interação social entre colegas da escola e as cozinheiras.

Quadro 3 – Currículo Escolar Fonte: Autoras Quadro 4 – A alimentação Escolar Fonte: Autoras

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Cada estado ou município deverá possuir um Conselho de Alimentação Escolar (CAE), que é um órgão colegiado e está inscrito no INEP Gestão da alimentação escolar nos estados e municípios. Ou seja, a Prefeitura ou a Secretaria Estadual de Educação tem o objetivo de acompanhar e fiscalizar todo o processo da alimentação escolar. Isto é, desde a compra dos gêneros alimentícios até a distribuição da alimentação escolar para os alunos.

A Resolução FNDE/CD n. 32, art. 14, recomenda que o cardápio da alimentação escolar deve cobrir, no mínimo, 15% das necessidades nutricionais diárias dos alunos do ensino regular e para os estudantes indígenas e quilombolas, no mínimo 30%. Isso significa, por exemplo, para alunos de 1º ano ao 9º ano do ensino regular, há uma necessidade em média de 350 calorias.

Foi questionado aos professores qual a responsabilidade da Escola, pensado na alimentação saudável para os alunos. Mas ambas professoras não responderam a questão.

Em ambas escolas observou-se que o aspecto da alimentação é de responsabilidade dos pais do aluno.

A alimentação e nutrição adequadas são requisitos essenciais para o crescimento e o desenvolvimento de todas as crianças. Com estímulo a uma alimentação saudável, o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, Merenda escolar, tem como objetivo suprir, parcialmente, as necessidades nutricionais dos alunos da educação infantil e do ensino fundamental da rede pública e das escolas mantidas por entidades filantrópicas durante a sua permanência na escola. Hábitos alimentares saudáveis aprendidos na escola são levados por toda a vida e para que isso aconteça é necessário que sejam implantadas estratégias para a promoção de uma alimentação saudável permitindo a formulação de ações e atividades de acordo com a realidade de cada local, tendo esta entidade como protagonista deste processo, na viabilização e apoio à implantação das mesmas.

A questão que representa o quadro 6 visava verificar se a escola faz o preparo para a adaptação do aluno de inclusão antes de ser incluído em sala de aula.

Observamos nas respostas que as professoras, a partir de suas vivências demonstram que algumas escolas se preocupam em realizar uma preparação para incluir os alunos, e outras não.

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P1 “Sim” Após realizado a matrícula do aluno autista na escola, é de responsabilidade da mesma oferecer um facilitador.

P2 “Não”.

Para que a inclusão seja realizada de forma eficaz e a criança seja atendida em suas necessidades é importante, verificar como a escola está realizando o diagnóstico e o conhecimento do aluno.

Umaescola inclusiva éumaescola queinclui atodos, semdiscriminação, sendo cada um, com suas diferenças. Ela é uma escola que persegue a aprendizagem de forma ampla e colaborativa, oferecendo oportunidades iguais para todos e estratégias diferentes para cada um, de modo que todos possam desenvolver seu potencial.

Vygotsky (1984) enfatiza que a condição humana não é dada pela natureza, mas construída ao longo de um processo histórico-cultural, pautado nas interações sociais realizadas entre o homem e o meio. O preparo do professor, no contexto da educação inclusiva é o resultado da vivência e da interação cotidiana com cada um dos educandos, com e sem deficiência. É a partir de uma prática pedagógica dinâmica, que se reconhece e valoriza as diferenças. Não há especialização capaz de antever o que somente no dia a dia poderá ser revelado.

Lei n°. 8.069/90. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. O Estatuto da Criança e do Adolescente, entre outras determinações, estabelece, no § 1º do Artigo 2º: ƒ “A criança e o adolescente portadores de deficiências receberão atendimento especializado.”

No quadro 7, foi questionado aos professores se eles passaram por uma capacitação oferecida pela Escola.

Constatamos que os professores estão preocupados coma suaformação e a preparação para atender os casos de inclusão escolar e outros, não.

P1 “Sim” Através de Reuniões, HTPC’S, vídeos oferecidos pela rede com o tema TEA.

P2 “Não”.

Além do conhecimento dos alunos é importante verificar como os professores se preparam a nível teórico e pedagógico para receber os alunos.

Para construir de fato, um sistema educacional inclusivo na definição ampla deste conceito, é preciso partir do princípio de que o indivíduo com TEA pode aprender desde que se respeite e reconheça suas particularidades, interesses e necessidades. E esse conhecimento a respeito das possibilidades da

Quadro 6 – Preparo adequado Fonte: Autoras Quadro 7 – Capacitação para professores Fonte: Autoras

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pessoa é fundamental. Outro aspecto da formação do professor é que deve ser considerada é a questão metodológica na preparação do professor. Não basta somente ações destinadas a educação inclusiva, cada professor deve analisar seus conceitos acerca do aluno com deficiência, para permitir que novas ideias influenciem na sua metodologia.

Nos encontros de HTPC’s, os professores são orientados pelos seus respectivos coordenadores, visando mostrar um mundo de experiência para cada dia.

Cunha (2009) defende um importante posicionamento a respeito do papel docente quanto à inclusão. Entre outras argumentações o autor enfatiza como é fundamental o envolvimento profissional, para que o professor não esgote fontes de pesquisa para auxiliar seu aluno, como é mostrado na seguinte afirmação:

Quando estamos envolvidos em algo que amamos, parece que nada nos importuna. Quando direcionamos nossos afetos em temas que nos fascinam, não economizamos forças até conhecermos os caminhos que nos levam a respostas. (CUNHA, 2009, p.100).

Nesta frase do autor, percebe-se que não existe uma maneira de se falar em qualquer caso de inclusão escolar, sem mencionar o papel fundamental do professor.

Foi questionado aos professores, qual seria em sua opinião, a melhor forma de ajudar no desenvolvimento do aluno autista? (Quadro 8).

As duas respostas dadas apresentam compreensão sobre as características do aluno autista. As respostas demonstram clareza de como o aluno autista deve ser ajudado.

Quadro 8 – Ajuda no desenvolvimento do aluno autista

Fonte: Autoras P1

Como professora, acredito que a melhor forma de ajudar no desenvolvimento do aluno, é trabalhar com aquilo que ele já sabe, promover adaptação da- quilo que é mais difícil do aluno abstrair e

realmente incluí-lo na sala de aula de forma ativa.

P2

A inclusão ainda é uma utopia. A criança, que está deficiente, no caso com o atraso global enfrenta muitos obstáculos e dificuldades.

1° Horário diferente do intervalo, ou retirado do sinal (barulho de mais) 2° Facilitador/cuidados

3° Apoio terapêutico

4° Professores e funcionários preparados/capacitados

Ensinar na perspectiva inclusiva requer uma ressignificação no sentido do que é educar, de qual é o papel do professor e da escola neste processo. Isso porque uma preparação voltada para esse tipo de atuação

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provoca uma reforma dentro da proposta escolar. Se fosse diferente, não haveria necessidade desse aperfeiçoamento profissional, bastaria manter tudo como está.

Trata-se ainda de um processo que necessita constantemente de uma avaliação de qualidade referente aos seus serviços, seja na sala regular ou no atendimento especializado, essa necessidade se deve ao fato que:

É muito comum, em cursos de formação continuada, professo- res de ambos os contextos de ensino revelarem as mesmas dúvidas e inseguranças quando questionados sobre as práticas mais adequadas a determinados grupos de alunos. O fato de terem uma experiência no atendimento aos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, não confere aos professores especialistas a última palavra sobre as práticas pedagógicas mais adequadas a serem adotadas. (PARANÁ, 2008, p.6)

A melhor maneira de ajudar uma autista é primeiramente, por meio da prática do professor que precisa estar preparado para lidar com essa situação. Com relação à escola como apresentado no quadro 9, se o professor não estiver preparado terá que adaptar-se para um melhor empenho, fazendo com que o aluno se sinta motivado para estar junto aos demais colegas de classe. A lei determina que as escolas devam oferecer monitores quando necessário aos autistas, mas é preciso que eles tenham o cuidado de não excluir o aluno do convívio com o restante da turma. Entendendo que eles possuem dificuldades sócio comunicativas e buscando conhecer as qualidades que podem ser desenvolvidas. Esses procedimentos são fundamentais.

A questão apresentada no quadro 9 visava verificar na opinião dos professores se as escolas estão preparadas para receber os alunos de inclusão.

Pelas respostas verificamos que as escolas não estão preparadas para receber os alunos com TEA.

Quadro 9 – Escolas estão preparadas para receber alunos (TEA) Fonte: Autoras P1

“Não” De modo geral, ainda falta preparo pedagógico, físico e especializado para o atendimento destes alunos.

Algumas escolas buscam melhorias e qualificação na recepção dos mesmos, promovendo um ensino de qualidade e igual para todos,

favorecendo

assim o desenvolvimento integral de todo e qualquer aluno.

P2 “Não”. Infelizmente professores e funcionários em sua maioria não estão preparados!

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O que o professor geralmente faz é dar um suporte maior para esse aluno, valorizar seus acertos, incentiva-o diante dos acertos e promover um ambiente socializador com os colegas. Mas, ainda não é o bastante. Falta muito. Falta de fato a inclusão na prática para que essas crianças e adolescentes se sintam de fato incluídas na escola.

Considerando que a escola deve ser o lugar onde as crianças desenvolvem e ressignificam competências cognitivas, a partir das quais transformará seu universo e construirá seu processo de formação acadêmica e, consequentemente, formará um cidadão autônomo, aliar as áreas da saúde e da educação, se torna extremamente necessário para a mudança deste cenário.

Lei de Diretrizes e Bases 9394/1996 determina que as instituições de ensino tenham estrutura física, mecanismos e profissionais capacitados para atender as peculiaridades dos alunos com necessidades especiais.

Porém a transposição da teoria para a prática ainda não se aplica à realidade. Muitas escolas demonstram um grande despreparo para acolher e integrar o aluno com deficiência, a fim de que possam participar das atividades es- colares, independentemente de suas limitações.

Por isso, mais do que a aprendizagem em si, é preciso se ater à qualidade da inclusão oferecida. É necessário, um plano de ensino que respeite a capacidade de cada aluno e que proponha atividades diversificadas para todos e considere o conhecimento que cada aluno traz para a escola. Sendo assim, a escola se prepara para melhor ajudar o aluno autista e inclui-lo na sociedade em que vive. A escola

precisa saber ouvir a família e fazer algumas readequações estruturais como forma de integrar a criança e o adolescente ao ambiente. A arte de ensinar nunca foi uma tarefa tão simples como muitos pensam. Ao contrário, tal processo exige uma série de habilidades e competências, para que o educador consiga diferenciar e articular fatores sociais, individuais, internos e externos, que influenciam o tempo todo no ensino. Como no caso do autismo, há uma restrição ao domínio da linguagem, mas há também uma percepção visual muito apurada. É necessário que o professor selecione atividades e métodos visuais concretos. Percebe-se a importância de refletir sobre esse tema e podemos perceber que trabalhar com crianças especiais é muito gratificante, mas é um desafio para os educadores. O projeto de inclusão escolar favorece a construção de uma gestão democrática participativa e assegura o direito de toda a equipe escolar e comunidade interagir de maneira ativa em todas as ações desenvolvidas na escola.

O projeto educativo é reconhecido como elemento máximo para construção e reconstrução por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. Exigi uma profunda reflexão sobre a finalidade dos caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos com compromisso de fazer com que as crianças tenham um aprendizado como todos os alunos, sem excluir das propostas ocorridas.

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CONCLUSÃO

Com base nas escolas estudadas, podemos ver que ainda falta um preparo adequado das escolas e professores quando se trata do assunto inclusão escolar.

Constatamos que alguns aspectos do ambiente escolar em geral, são adequados, como a organização curricular e a alimentação escolar. Não foi isso, que foi constatado pela pesquisa. Porém, outros aspectos da estrutura como o preparo dos professores, a organização e procedimentos para a acolhida do aluno de inclusão, o atendimento às suas necessidades em relação ao processo de ensino aprendizagem existente no ambiente escolar, ainda é uma minoria.

As escolas precisamdeumolharmais atento e amplo sobre a inclusãoe como ela é praticada no ambiente escolar junto com o preparo de toda equipe pedagógica embusca deummelhor desenvolvimento do aluno autista. Porém, assim como já citamos, a falta de investimentos faz com que as escolas, principalmente as públicas, não tenham o apoio para os alunos que demonstram comportamentos diferentes ou tenham um acompanhamento, a partir de um diagnóstico adequado, nas atividades pedagógicas apropriadas para cada caso. Existem escolas que estão buscando o melhor ensino e preparo, para atender os alunos autistas e estão cada vez mais preocupados com a questão da inclusão escolar. Porém, a inclusão precisa ser praticada. Precisamos aceitar e colocar o aluno totalmente incluso em sala de aula, estando ativos nas atividades juntamente com os demais alunos, auxiliados por um mediador.

Deixamos aqui uma frase de CUNHA (2012, p.15) para refletir:

“Acredito sempre que nunca devemos desistir de ninguém e que milagres, todos os dias, acontecem e nós, simples mortais, estamos sempre buscando esses milagres. A fé é fundamental e, quando temos fé, acreditamos realmente naquilo que fazemos, e o milagre da vida pode acontecer. Estamos sempre fazendo e presenciando esses milagres.”

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Referências

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