• Nenhum resultado encontrado

Extensão de uma solução K-Jato de uma estrutura tubular

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Extensão de uma solução K-Jato de uma estrutura tubular"

Copied!
64
0
0

Texto

(1)Extens˜ ao de uma Solu¸c˜ ao k−Jato de uma Estrutura Tubular Beto Rober Bautista Saavedra TESE APRESENTADA AO ´ DEPARTAMENTO DE MATEMATICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO PARA ˜ DO GRAU DE DOUTOR OBTENC ¸ AO EM ´ MATEMATICA. ´ Area de Concentra¸c˜ao :Matem´ atica Orientador: Prof. Dr. Joaquim Tavares de Melo Neto Recife, dezembro de 2004.

(2) Extens˜ ao de uma Solu¸c˜ ao k−Jato de uma Estrutura Tubular. Este exemplar corresponde `a reda¸ca˜o final da tese devidamente corrigida e defendida por Beto Rober Bautista Saavedra e aprovada pela comiss˜ao julgadora.. Recife,16 de dezembro de 2004.. Banca examinadora: • Prof. Dr. Joaquim Tavares (Orientador) (DMat-UFPE) • Prof. Dr. Fernando Cardoso (DMat-UFPE) • Prof. Dr. Cl`audio Cuevas (DMat-UFPE) • Prof. Dr. Jorge Guillermo Hounie (DM-UFSCar) • Prof. Dr. Paulo Domingos Cordaro (IME-USP). 1.

(3) Resumo Na presente tese introduzimos os conceitos de uma Solu¸c˜ao k−Jato e de uma (Φ, κ)−Envolt´oria Convexa para provar a vers˜ao semi-local do Teorema de Extens˜ao Tubular de Bochner para categoria das estruturas tubulares anal´ıticas reais dando uma representa¸c˜ao integral para a extens˜ao .. Palavras-chaves: K-Jato; Estrutura Tubular; Teorema de Extens˜ao de Bochner. 2.

(4) Abstract In the present work we introduce the notions of a k−Jet Solution and of a (Φ, κ)−Convex Envelope to prove a semi-local Bochner’s Tube Extension Theorem for the category of real analytic tubular structures giving a integral representation for the extension.. Keywords: K-Jet; Tube structure;Theorem Bochners extension. 3.

(5) Agradecimentos. Agrade¸co ao meu orientador, professor Joaquim Tavares, pela dedica¸c˜ao e paciˆencia demonstrados durante a orienta¸ca˜o deste trabalho. Agrade¸co tamb´em aos professores do Departamento de Matem´atica da Universidade Federal de Pernambuco pela ajuda matem´atica e compreens˜ao profissional dos problemas por mim enfrentados nestes cinco anos de doutorado. N˜ao posso esquecer de agradecer aos professores do Departamento de Matem´atica da Universidade Federal da Bahia por sua amizade e apoio.. Finalizando, dedico este trabalho a meus filhos que d´a sentido `a minha existˆencia.. 4.

(6) Conte´ udo. Introdu¸ c˜ ao. 6. 1 Solu¸ c˜ ao k−Jato e (Φ, κ)−Envolt´ oria Convexa. 10. 1.1 A Estrutura Tubular: defini¸c˜ao e generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....10 1.2 Solu¸ca˜o k−Jato. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . 12 1.3 (Φ, κ)−Envolt´oria Convexa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . 15 2 O Teorema de Extens˜ ao do Tubo de Bochner Truncado. 21. 2.1 Dados assumidos neste cap´ıtulo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . ....21 2.2 Preliminares do Teorema de Extens˜ao do Tubo de Bochner Truncado. . . . . . . . . . . . .....22 2.2.1 Nota¸co˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . .....22 2.2.2 Constru¸ca˜o de uma cole¸c˜ao de fun¸c˜oes {v² : ² > 0} : defini¸c˜ao e propriedades...23 2.3 Teorema de Extens˜ao do Tubo de Bochner Truncado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . ....30 2.3.1 Extens˜ao de uma Solu¸c˜ao k− Jato de uma Estrutura Tubular Anal´ıtica L.... . . .30 2.3.2 Extens˜ao de uma Solu¸c˜ao Distribu¸c˜ao de Sobolev de uma Estrutura Tubular Anal´ıtica L . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..33 2.4 Demonstra¸ca˜o do Teorema 2.2.7. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...40 Simbologia. 57. Bibliografia. 60. 5.

(7) Introdu¸c˜ ao Em 1906, Hartogs [26] provou um not´avel teorema de extens˜ao . Teorema 1. Sejam Ω um subconjunto aberto de Cm , m ≥ 2, e o subconjunto compacto K ⊂ Ω tal que o subconjunto Ω \ K ´e conexo. Se u ´e uma fun¸ca ˜o holomorfa sobre Ω \ K, ent˜ ao existe uma fun¸ca ˜o holomorfa u b sobre Ω tal que u b |Ω\K = u.. Em particular, o teorema 1 afirma que toda fun¸c˜ao holomorfa sobre o subconjunto aberto e conexo Cm − K, m ≥ 2, onde K ´e um subconjunto compacto, pode ser estendida a todo Cm como uma fun¸ca˜o holomorfa. Recentemente, Skawarczy´ nski [33] d´a uma prova elementar deste teorema quando K = Ω ´e um dom´ınio aberto e limitado com bordo ∂Ω conexo. Em 1943, Bochner [9] provou que toda fun¸c˜ao holomorfa u, definida num aberto tubular conexo b onde R + iΩ j Cm , m ≥ 2, estende-se como uma fun¸c˜ao holomorfa u b, definida sobre Rm + iΩ, m. b ´e a Envolt´oria Convexa de Ω em Rm . Este Teorema de Extens˜ao Tubular de Bochner nos Ω permite provar o caso particular do Teorema de Extens˜ao de Hartogs, mencionado acima, como esbo¸caremos a seguir. P. Se a aplica¸ca˜o Cm −→ Rm ´e a proje¸c˜ao sobre a parte imagin´aria, P (x + it) = t, ent˜ao Cm − K ⊃ Rm + i[Rm − P (K)] Como Rm − P (K) ´e um subconjunto aberto conexo, e sua envolt´oria convexa ´e Rm , ent˜ ao o caso particular do Teorema de Extens˜ao de Hartogs ´e demonstrado.Observamos que no esbo¸co da prova n˜ao precisamos que K seja limitado sen˜ao somente fechado. Tamb´em, Bochner [9] prova um refinamento do Teorema de Extens˜ao de Hartogs. Ele demonstra que se Ω ⊂ Cm , m ≥ 2, ´e um aberto limitado com bordo ∂Ω ∈ C ∞ , tal que Cm − Ω ´e conexo, ent˜ ao. qualquer fun¸ca˜o u ∈ C ∞ (∂Ω; C) que satisfaz as equa¸c˜oes tangenciais de Cauchy-Riemann pode ser 6.

(8) estendida suavemente como uma fun¸c˜ao que ´e holomorfa sobre Ω. Registramos este teorema como a Vers˜ ao de Bochner do Teorema de Extens˜ ao de Hartogs. Anteriormente, Severi [32] prova que se Ω ⊂ Cm ´e um aberto com bordo ∂Ω real anal´ıtico ent˜ ao qualquer fun¸ca˜o real anal´ıtica de ∂Ω que satisfaz as equa¸c˜oes tangenciais de Cauchy-Riemann pode ser estendida a uma vizinhan¸ca de Ω como uma fun¸c˜ao holomorfa. Para subconjuntos abertos Ω com bordo conexo ∂Ω de classe C 2 , Fichera [20] prova que podemos estender uma C 1 −fun¸ca˜o u que satisfaz as equa¸co˜es tangenciais de Cauchy-Riemann como uma fun¸c˜ao que ´e holomorfa sobre Ω. Usando a f´ormula de Bochner e Martinelli, Harvey e Lawson [23] estendem o anterior resultado de Fichera para a C k −categoria. Em 1961, Ehrenpreis [15] deu uma nova prova do Teorema de Extens˜ao de Hartogs. A prova de Ehrenpreis ´e notavelmente simples e sua principal id´eia ´e um argumento cohomol´ ogico. Uma completa descri¸ca˜o desta prova com todas as implica¸c˜oes dentro da an´alise complexa em Cm , m ≥ 2, encontram-se em [34]. Hounie e Tavares [27], usando este m´etodo de Ehrenpreis, provaram a Vers˜ao de Bochner do Teorema de Extens˜ao de Hartogs para qualquer C ∞ −Estrutura Tubular N L j C T (Rm × Rm ), m ≥ 2. Tais estruturas s˜ao finas generaliza¸c˜oes da Estrutura Cauchy-. Riemann em Cm . A hip´otese necess´aria na prova de Hounie e Tavares ´e o Principio do M´aximo [14] que deve satisfazer a parte real de toda solu¸c˜ao homogˆenea da Estrutura Tubular.Esta propriedade,. v´alida na Estrutura Cauchy-Riemann em Cm , ´e equivalente [27] a integrabilidade do 1-n´ıvel da cadeia cohomol´ogica( cadeia complexa )induzida pela Estrutura Tubular (ver [40]). Provaram que para um dom´ınio limitado Ω, com bordo ∂Ω ∈ C ∞ , toda fun¸c˜ao u ∈ C ∞ (∂Ω; C) anulando-se sob a a¸ca˜o de campos vetoriais tangenciais de L pode ser estendida suavemente como uma solu¸c˜ao u b de. L sobre Ω.. Malgrange e Zerner demonstraram uma vers˜ao do Teorema de Extens˜ao Tubular de Bochner. para subconjuntos tubulares R2 × iX ⊂ C2 , onde X ´e uma curva poligonal em R2 . A extens˜ ao ´e. cont´ınua sobre R2 × Xb, onde Xb ´e a envolt´oria convexa, e holomorfa no interior ( ver um resumo da prova em [17]). Em 1979, Kazlow [28] estende este u ´ltimo resultado para fun¸c˜oes cont´ınuas CauchyRiemann definidas numa subvariedade mergulhada Rm × iX sob certas restri¸c˜oes t´ecnicas sobre X. Os mesmos tipos de resultados anteriores aparecem recentemente nos trabalhos de BoivinDwilewicz [3] e nos trabalhos de Boggess [11], [12], [13]. Em particular, Boggess demonstra a existˆencia destas extens˜oes com o M´etodo de Discos Anal´ıticos.Por´em o inconveniente do M´etodo dos 7.

(9) Discos Anal´ıticos ´e conseguir em geral extens˜oes n˜ao -tangenciais. Nestes trabalhos demonstram como estender um CR−dado de uma subvariedade real de Cm ao interior de sua envolt´oria convexa fechada em Cm quando tais subvariedades s˜ao da forma X + iRm , onde X ´e uma subvariedade. conexa em Rm . Al´em disso, consideram impl´ıcitamente que a subvariedade M ⊂ Rm n˜ao ´e um hiperplano. Pois, n˜ao ´e verdade, em geral, que cada CR−fun¸c˜ao ,definida num hiperplano real, estende−1. se a um lado como uma fun¸ca˜o holomorfa. Por exemplo, a fun¸c˜ao u(z1 , . . . , zm ) = e [<(zm )]2 ´e uma CR−fun¸ca˜o sobre o hiperplano real M = {=(zm ) = 0} (Ver exemplo 1.2.5 em [40]). Mas, n˜ ao ´e estendida por uma fun¸ca˜o holomorfa definida ao menos sobre um lado de M em qualquer vizinhan¸ca de 0.Para verificar isto, basta considerar o Principio de Reflex˜ ao de Schwarz e confrontar −1 2 . Por outro lado, observa-se que com a fun¸ca˜o holomorfa u(z1 , . . . , zm ) = e zm. {(z1 , . . . , zm ) ∈ Cm : zm = 0} ⊂ M. Verificando assim, a condi¸ca˜o excludente de Tr´epeau [37] que garante a existˆencia de um germe de uma hiperf´ıcie complexa, contida em M, passando pelo ponto 0. O exemplo do hiperplano real M nos faz lembrar que para estender CR-fun¸c˜oes tangenciais,nos u ´ltimos 50 anos, foi necess´ario introduzir certas condi¸co˜es ( algumas delas relacionadas `a Forma de Levi) que s˜ao extensivamente estudadas no livro [8]. Antes de continuar nossa introdu¸c˜ao , precisamos estabelecer as seguintes nota¸c˜oes : o s´ımbolo BR (0) denota a bola de raio R e centro 0 em Rm ; o conjunto das fun¸c˜oes holomorfas, definidas sobre uma vizinhan¸ca de um subconjunto qualquer F ⊂ Cm , denotaremos por O(F ); e o s´ımbolo TFR denota o subconjunto tubular BR (0) + iF, onde F ⊂ Rm ´e um subconjunto qualquer.. Andronikof [1] apresenta a Propiedade Local de Bochner dada por Komatsu [29] como segue: Teorema 2. Seja real 0 < ² <. V. 1 2,. a uni˜ ao de dois segmentos [a, b[∪[a, c[ sobre Rm . Para cada n´ umero sejam E² a envolt´ oria convexa fechada do conjunto {a, (1 − 2²)b, c} e. A² = E² − {c}. Ent˜ ao a aplica¸ca ˜o restri¸ca ˜o 0. O(TVR ∪ TAR² ) −→ O(TVR ). q 0 ´e um isomorfismo se R − R > 2 1−² ² sup(|b − a|, |c − a|). O resultado mencionado acima de Malgrange e Zerner nos motiva a pensar que pode refinar-se o Teorema 2 como segue: 8.

(10) Teorema 3. Seja. V. a uni˜ ao de dois segmentos [a, b[∪[a, c[ sobre Rm . Sejam E a envolt´ oria. convexa fechada de {a, b, c} e A = E − [b, c]. Ent˜ ao a aplica¸ca ˜o restri¸ca ˜o O(TAR ) −→ O(TVR ) ´e um isomorfismo. Mas, confrontando com o contra-exemplo de Ye [41], podemos provar que o Teorema 3 n˜ ao ´e v´alido. De fato, Ye nos deu um exemplo de uma fun¸c˜ao holomorfa sobre o subconjunto tubular R b e a envolt´oria convexa de Ω; Por´em, aberto TΩR ⊂ C2 que n˜ao pode ser estendida a TΩ b , onde Ω ´. se o Teorema 3 for v´alido, podemos provar que o contra-exemplo de Ye ´e errˆoneo.. Por´em, Andronikof [1] consiguiu provar, baseando-se no Teorema 2, uma vers˜ao semi-local do Teorema de Extens˜ao Tubular de Bochner para a estrutura Cauchy-Riemann em Cm . Teorema 4. Sejam Ω ⊂ Rm um subconjunto aberto, K ⊂ Ω um subconjunto compacto e conexo. 0 b a envolt´ e K oria convexa de K. Ent˜ ao , existe um n´ umero real R > 0 tal que cada fun¸ca ˜o. R holomorfa sobre TΩR pode ser prolongada holomorficamente a uma vizinhan¸ca de TK b √ 0 R − R > 2 3 diam(K).. 0. se. Observamos que este teorema 4 n˜ao d´a uma representa¸c˜ao da extens˜ao , mas garante a existˆencia de tal. Em nosso trabalho, como primeiro passo, introduziremos os conceitos de Solu¸c˜ao k−Jato e de (Φ, κ)− Env´oltoria Convexa. Logo, desenvolvendo o M´etodo Cohomol´ogico de Extens˜ ao de Ehrenpreis apresentaremos uma vers˜ao semi-local do Teorema de Extens˜ao Tubular de Bochner para as estruturas tubulares anal´ıticas.No caso particular da estrutura Cauchy-Riemann de Cm , m ≥ 2, o teorema 4 de Andronikof diferencia principalmente de nossa vers˜ao porque n´os usamos o in´edito conceito de (Φ, κ)− Env´oltoria Convexa em lugar de Envolt´oria Convexa fechada.Mas, conseguimos uma representa¸ca˜o integral para a extens˜ao .Por outro lado,mostraremos que a (Φ, κ)− Env´oltoria Convexa de um compacto est´a contido na Envolt´oria Convexa fechada do mesmo compacto (ver corol´ario 1.3.5).Al´em disso, estenderemos parcialmente o resultado de Bogges [11](ver corol´ario 2.3.4). Finalmente,gostar´ıamos de dizer que esta introdu¸c˜ao n˜ao ´e uma completa revis˜ao desta ´area da Teoria das Fun¸co˜es Complexas de V´arias Vari´aveis,sen˜ao uma apresenta¸c˜ao de resultados que formam um alicerce ao nosso trabalho. 9.

(11) Cap´ıtulo 1. Solu¸c˜ ao k-Jato e (Φ, κ)−Envolt´ oria Convexa Em todo o presente trabalho, as coordenadas globais do espa¸co produto RN = Rm × Rn , sendo n ≥ 2, denotaremos por (x, t) = (x1 , . . . , xm , t1 , . . . , tn ). Neste cap´ıtulo lembraremos a defini¸ca˜o da Estrutura Tubular e apresentaremos alguns resultados b´asicos relacionados. Introduziremos as defini¸co˜es de uma Solu¸ca˜o k-Jato de uma Estrutura Tubular e uma (Φ, κ)−Env´oltoria Convexa. Al´em disso, mostraremos que uma C k −Solu¸c˜ao da Estrutura Tangencial induzida de uma dada. Estrutura Tubular, que ´e definida sobre uma subvariedade fechada tubular Rm ×F, onde F ⊂ Rn ´e uma subvariedade fechada, pode ser assumida como uma Solu¸c˜ao (k − 1)-Jato.. 1.1. A Estrutura Tubular : defini¸c˜ ao e generalidades.. Os espa¸cos fibrados complexificados tangente e cotangente de RN denotaremos por CT (RN ) e CT ∗ (RN ) respectivamente.. Defini¸c˜ ao 1.1.1 Dada a aplica¸ca˜o de classe C ∞ , Φ : Rn 7→ Rm , Φ = (φ1 , . . . , φm ), o subfibrado vetorial complexo L ⊂ CT (RN ) gerado globalmente pelos campos vetoriais complexos: Lι. =. m X ∂ ∂φj ∂ −i , ι = 1, . . . , n, ∂tι ∂tι ∂xj j=1. 10. (1.1.1).

(12) denomina-se Estrutura Tubular definida sobre RN . Associamos as seguintes fun¸co ˜es da classe C∞ a ` Estrutura Tubular L : Zj (x, t) = xj + iφj (t),. j = 1, . . . , n.. (1.1.2). No presente trabalho lidaremos com Estruturas Tubulares Anal´ıticas. Isto ´e, assumiremos que a fun¸ca˜o Φ : Rn 7→ Rm ´e anal´ıtica. Denotaremos o subfibrado vetorial complexo ortogonal de L com respeito `a dualidade entre vetores. tangentes e formas por L⊥ ⊂ CT ? (RN ). Por um c´alculo simples sobre as equa¸c˜oes (1.1.1)-(1.1.2) obtemos dZ1 ∧ ... ∧ dZm 6= 0;. (1.1.3) 1 ≤ ι, l ≤ n, 1 ≤ j ≤ m .. Lι Zj = 0, Lι tl = δι,l ,. (1.1.4). Interpretamos as equa¸co˜es (1.1.3)-(1.1.4) como segue. As 1-formas diferenciais linearmente independentes dZ1 , ..., dZm geram globalmente L⊥ . Al´em disso, das equa¸c˜oes (1.1.3)-(1.1.4) decorremos que as 1-formas diferenciais {dZ1 , ..., dZm , dt1 , ..., dtn }. (1.1.5). formam uma base de CT ? (RN ) e os campos vetoriais {L1 , . . . , Ln ,. ∂ ∂ ,..., } ∂x1 ∂xm. (1.1.6). formam uma base de CT (RN ). Quando a aplica¸ca˜o Φ : Rn 7→ Rm ´e uma submers˜ao temos L⊥ ∩ L⊥ = 0; isto ´e, a Estrutura Tubular. L. ´e El´ıptica. Quando a aplica¸c˜ao. Φ : Rn 7→ Rm. ´e imers˜ao temos. CT ∗ (RN ) =. L⊥ + L⊥ ; isto ´e, a Estrutura Tubular L ´e Cauchy-Riemann. E, quando a aplica¸c˜ao Φ : Rn 7→ Rm ´e um difeomorfismo local diremos que a Estrutura Tubular L ´e Complexa. Por outro lado, a derivada exterior covariante induzida de L age nas potˆencias exteriores de C k (RN ; E), k = 1, . . . , ∞ ,onde E = CT ? (RN )/L⊥ , construindo o associado complexo diferencial p ^. ^ ¡ ¢ ¡ ¢ dL p+1 C k−1 RN ; E C k RN ; E −→. (1.1.7). Como exemplo vejamos como age sobre as 0-formas: se u ∈ C k (RN ; C), a 1-forma diferencial du podemos expressar como du. =. n X. m X ∂u dZj Lι u dtι + ∂x j ι=1 j=1. 11. (1.1.8).

(13) Logo, conforme a defini¸ca˜o do operador diferencial induzido dL , obtemos dL [u]. ≡. n X. Lι u dtι mod(L⊥ ).. Em todo nosso trabalho usaremos a seguinte identifica¸c˜ao :. 1.2. (1.1.9). ι=1. dL [u] :=. Pn. ι=1. Lι u dtι .. Solu¸c˜ ao k-Jato.. Nesta se¸ca˜o , apresentaremos uma defini¸c˜ao alternativa de uma solu¸c˜ao de uma Estrutura Tubular L, definida sobre subconjuntos fechados F que n˜ao necessariamente s˜ao subvariedades do espa¸co. produto RN = Rm × Rn . Precisaremos das seguintes nota¸c˜oes :. ∂σ = ( onde. ∂ σm ∂ σm+1 ∂ σN ∂ σ1 ...( ) ...( ) ( ) ) ; σx1 ∂xm ∂t1 ∂tn. (x, t) = (x1 , . . . xm , t1 , . . . , tn ) ∈ RN ,. |σ| = σ1 + · · · + σm + σm+1 + · · · + σN ,. σ = (σ1 , . . . , σm , σm+1 , . . . , σN ) ∈ NN . Dado o. subconjunto fechado F ⊂ RN , podemos definir uma rela¸c˜ao de equivalˆencia sobre os espa¸cos C k (RN ; C), k = 0, 1, . . . , ∞, como segue : se u, v ∈ C k (RN ; C) temos. u ∼ v ⇔ ∂ σ u(x, t) = ∂ σ v(x, t), ∀(x, t) ∈ F, ∀|σ| ≤ k. Denotaremos o espa¸co quociente respectivo desta rela¸c˜ao de equivalˆencia por J k (F; C). Os elemen-. tos deste espa¸co chamaremos k−Jatos e denotaremos por J k = [u], u ∈ C k (RN ; C). Sem perigo de ambig¨ uidade, podemos identificar um k−Jato qualquer, J k ∈ J k (F; C),. com uma fun¸ca˜o. u : F → C que ´e estendida por uma fun¸c˜ao u ∈ C k (RN ; C) tal que J k = [u]. Os campos. vetoriais L1 , . . . , Ln , definidos em (1.1.1), que geram a Estrutura Tubular L interpretaremos como operadores diferenciais sobre os k−Jatos como segue :. Lι : J k (F; C) [u]. −→ J k−1 (F; C), ι = 1, . . . , n 7−→ [Lι u]. Pode-se verificar facilmente que nossa interpreta¸c˜ao est´a bem definida. Portanto, procede a seguinte defini¸ca˜o .. 12.

(14) Defini¸c˜ ao 1.2.1 Seja a Estrutura Tubular L ⊂ CT (RN ), gerada pelos campos vetoriais complexos L1 , . . . , Ln , definidos na equa¸ca ˜o (1.1.1). Seja o subconjunto fechado F ⊂ RN de forma tubular F = V × F, onde o subconjunto V ⊂ Rm ´e aberto e o subconjunto F ⊂ Rn ´e fechado. Se. o k−Jato u : F −→ C ´e estendido por uma fun¸ca ˜o u ∈ C k (RN ; C) tal que Lj u(x, t) = 0, ∀(x, t) ∈ F, j = 1, . . . , n.. (1.2.10). ent˜ ao dizemos que u ´e uma Solu¸ c˜ ao k-Jato da Estrutura Tubular L sobre F. O subconjunto de J k (F; C), formado por todas as Solu¸co ˜es k-Jatos da Estrutura Tubular L sobre o k (V × F ). Tamb´em, denotaremos o conjunto subconjunto fechado F = V × F, denotaremos por HL. das solu¸co˜es de classe C k da Estrutura Tubular L sobre o aberto tubular V × W ⊂ Rm × Rn por k HL (V × W ).. A seguir, definiremos a Estrutura Tangencial de uma subvariedade F ⊂ RN que ´e induzida. de uma dada Estrutura Tubular L. Para isto, ser´a necess´ario enunciar um caso particular da proposi¸ca˜o I.3.1 dada em [40] que mostra quando ´e poss´ıvel defin´ı-la.. Proposi¸c˜ ao 1.2.2 Sejam a Estrutura Tubular L, definida sobre RN , e uma subvariedade. F ⊂ RN .Ent˜ ao , as seguintes condi¸co ˜es s˜ ao equivalentes:. i. Os espa¸cos L⊥ ∩ CT ? (F), L ∩ CT (F) s˜ ao fibrados vetoriais complexos sobre F. ? e constante. ii. Quando p varia em F, a dimens˜ ao da fibra L⊥ p ∩ CTp (F) ´. iii. Quando p varia em F, a dimens˜ ao da fibra Lp ∩ CTp (F) ´e constante.. Defini¸c˜ ao 1.2.3 Diremos que L ∩ CT (F) ´e uma Estrutura Tangencial de F induzida de L quando quaisquer das condi¸co ˜es (ii),(iii) da proposi¸ca ˜o 1.2.2 ´e satisfeita.. Defini¸c˜ ao 1.2.4 Seja a Estrutura Tubular L ⊂ CT (Rm × Rn ) gerada pelos campos vetoriais. L1 , . . . , Ln , definidos em (1.1.1). Seja F = Rm × F ⊂ Rm × Rn uma subvariedade tubular fechada de classe C k , k ≥ 2, munida da Estrutura Tangencial L ∩ CT (F). Dizemos que uma fun¸ca ˜o. u : F → C, de classe C k , definida sobre a subvariedade F, ´e uma C k −Solu¸ca ˜o Tangencial de. L ∩ CT (F) se para toda se¸ca ˜o local L de L ∩ CT (F) temos Lu = 0. Denotaremos o conjunto destas solu¸co ˜es por ZLk (F).. 13.

(15) A seguinte proposi¸ca˜o prova que uma C k −Solu¸c˜ao Tangencial de uma Estrutura Tubular, que ´e definida sobre uma subvariedade tubular fechada Rm × F, pode ser assumida como uma Solu¸ca˜o (k − 1)-Jato.. Proposi¸c˜ ao 1.2.5 Seja a Estrutura Tubular L ⊂ CT (Rm × Rn ) gerada pelos campos vetoriais. L1 , . . . , Ln , definidos em (1.1.1). Seja F = Rm × F ⊂ Rm × Rn uma subvariedade tubular fechada de classe C k , k ≥ 2, munida da Estrutura Tangencial L ∩ CT (F). Ent˜ ao , para cada Solu¸ca ˜o k−1 Tangencial uo ∈ ZLk (F), existe uma Solu¸ca ˜o (k − 1)−Jato u ∈ HL (F) tal que u0 = u sobre F.. Demonstra¸c˜ ao .Podemos assumir, depois de uma mudan¸ca de coordenadas de classe C k numa vizinhan¸ca aberta W ⊂ Rn de um ponto t ∈ F, que o conjunto W ∩ F est´a determinada pelas equa¸co˜es td+1 = · · · = tn = 0, onde d ´e a dimens˜ao da subvariedade F. Sobre a vizinhan¸ca aberta Rm × W de Rm × {t} est´a definida uma base de se¸c˜oes da estrutura tubo L : Lι =. m X ∂φj ∂ ∂ −i , ι = 1, . . . , n, ∂tι ∂tι ∂xj j=1. Pelas condi¸co˜es da proposi¸ca˜o , podemos escrever Lι u0 = 0, ι = 1, . . . , d,. sobre Rm × W ∩ F.. Sejam as coordenadas t = (t0 , t00 ) = (t1 , . . . , td , td+1 , . . . , tn ) da vizinhan¸ca W. Seja a fun¸ca˜o u1 ∈. C k (Rm ×W ; C) definida por u1 (x, t) = u0 (x, t0 , 0). Logo, a fun¸c˜ao u2 ∈ C k−1 (Rm ×W ; C), definida por u2 (x, t) = u1 (x, t) − m. n X. Lι u1 (x, t0 , 0)tι ,. ι=d + 1. que coincide com a fun¸ca˜o u0 sobre R × W ∩ F, satisfaz Lι u2 (x, t) = 0,. ι = 1, . . . , n,. ∀(x, t) ∈ Rm × W ∩ F.. Assim, por meio de uma parti¸ca˜o da unidade, subordinada a uma cobertura enumer´avel de abertos {Wj ⊂ Rn : F ∩ Wj 6= ∅} da subvariedade fechada F, podemos encontrar finalmente uma Solu¸c˜ao k−1 (k − 1)−Jato global u ∈ HL (Rm × F ) que ´e igual a u0 sobre F = Rm × F. 14.

(16) 1.3. (Φ, κ)−Envolt´ oria Convexa.. k No pr´oximo cap´ıtulo estenderemos uma Solu¸c˜ao k−Jato, u ∈ HL (V × K), onde V ⊂ Rm ´e. um subconjunto aberto e K ⊂ Rn ´e um subconjunto compacto e conexo, como uma solu¸ca˜o. b κ , onde K b κ ´e diferenci´avel da Estrutura Tubular L definida sobre o interior do conjunto Rm × K a (Φ, κ)−Envolt´oria Convexa de K relativa a um subconjunto aberto e conexo Rn ⊃ W ⊃ K. Para definir esta envolt´oria precisaremos das seguintes nota¸c˜oes . Com o s´ımbolo Sm−1 denotaremos a. esfera (m − 1)−dimensional com centro na origem e raio 1 e com a vari´avel θ denotaremos um. elemento qualquer de Sm−1 . Com o s´ımbolo Sm−1 t,κ,θ denotaremos a esfera (m−1)−dimensional com θ centro Φ(t)− 2κ e raio. 1 2κ .. O produto interno Euclideano dos vetores x, y ∈ Rm , denotaremos por. x.y; e a norma Euclideana do vetor x ∈ Rm denotaremos por |x|. Dado um subconjunto aberto e conexo W ⊂ Rn , para cada κ ∈ Z+ , para cada θ ∈ Sm−1 , e para cada t ∈ W denotaremos por. Wt,θ,κ a componente fechada e conexa que cont´em o ponto t do conjunto ½ ¾ © ª θ 2 1 s ∈ W : θ.[Φ(t) − Φ(s)] − κ|Φ(t) − Φ(s)|2 = 0 = s ∈ W : |Φ(s) − (Φ(t) − )| = 2 2κ 4κ. Da igualdade de conjuntos acima observamos tamb´em que podemos definir Wt,θ,κ como a componente fechada e conexa que cont´em o ponto t do conjunto ³ ´ Φ−1 Sm−1 t,κ,θ ∩ W. (1.3.11). Com estas nota¸co˜es dadas acima podemos definir a (Φ, κ)-Envolt´oria Convexa como segue :. Defini¸c˜ ao 1.3.1 Seja a Estrutura Tubular L ⊂ CT (Rm × Rn ) gerada pelos campos vetoriais complexos L1 , . . . , Ln , definidos na equa¸ca ˜o (1.1.1). Seja o subconjunto compacto e conexo K contido num conjunto aberto e conexo W ⊂ Rn . Definiremos a (Φ, κ)-Envolt´ oria Convexa de b κ , como a componente conexa que cont´em K do conjunto K relativa a W, denotaremos por K { t ∈ W : Wt,θ,κ ∩ K 6= ∅,. ∀θ ∈ Sn−1 }.. (1.3.12). Observa¸c˜ ao 1.3.2 Pode-se observar da defini¸ca˜o de Wt,θ,κ , dada em (1.3.11), que se Φ(K) b κ = K relativa a qualquer aberto K ⊂ W ⊂ Rn . est´ a contida num hiperplano de Rn ent˜ ao K. No corol´ario 1.3.5 daremos uma caracteriza¸c˜ao geom´etrica da (Φ, κ)−Envolt´oria Convexa, usando. a defini¸ca˜o seguinte:. 15.

(17) Defini¸c˜ ao 1.3.3 Dado um subconjunto qualquer X ⊂ Rm , definiremos a Envolt´oria Convexa Fechada de X , denotaremos por Xb, como o fecho do conjunto {x ∈ Rm : x =. m+1 X. λι yι , onde. m+1 X ι=1. ι=1. λι = 1, λι ≥ 0 e yι ∈ X }. Na seguinte proposi¸ca˜o 1.3.4, demonstraremos que podemos definir de outro modo a Envolt´oria Convexa de qualquer compacto K ⊂ Rm .. Proposi¸c˜ ao 1.3.4 Dado um compacto qualquer K ⊂ Rm . Ent˜ao b K. = {x ∈ Rm : x.θ ≤ max{ y.θ } ∀θ ∈ Sm−1 }. y∈K. (1.3.13). Demonstra¸c˜ ao . Seja o subconjunto convexo e fechado definido por K] = {x ∈ Rm : x.θ ≤ max{ y.θ }, ∀θ ∈ Sm−1 }. y∈K. b ⊂ K . Falta demonstrar que K] ⊂ K. b Suponhamos que existe x0 ∈ K] Como K ⊂ K , temos K ]. ]. b Como K b ⊂ Rm ´e um subconjunto compacto e convexo , existe um hiperplano que tal que x0 ∈ \ K.. b Isto ´e , existe θ0 ∈ Sm−1 e um ²0 > 0 tal que separa x0 e K.. b y.θ0 ¡ ²0 + x0 .θ0 , ∀y ∈ K. b chegamos a uma contradi¸c˜ao com a defini¸c˜ao de K] . Logo, podemos escrever Como K ⊂ K,. b K] ⊂ K. Esta proposi¸ca˜o nos d´a como corol´ario uma caracteriza¸c˜ao geom´etrica da (Φ, κ)−Envolt´oria. Convexa :. Corol´ ario 1.3.5 Seja a Estrutura Tubular L ⊂ CT (Rm × Rn ) gerada pelos campos vetoriais. complexos L1 , . . . , Ln , definidos na equa¸ca ˜o (1.1.1). Seja o subconjunto W ⊂ Rn aberto e conexo. Seja K. o subconjunto compacto e conexo com sua (Φ, κ)-Envolt´ oria Convexa relativa a W,. b κ . Ent˜ denotada por K ao ,. \ b κ ) ⊂ Φ(K) Φ(K. b κ . Ent˜ao para qualquer θ ∈ Sm−1 existe sθ ∈ K Demonstra¸c˜ ao . Seja qualquer t ∈ K. tal que −θ.Φ(sθ ) \ Φ(t) ∈ Φ(K). ≥. Φ(t).θ ≤ maxy∈Φ(K) y.θ ∀θ ∈ Sm−1 . Logo,. −θ.Φ(t). Isto implica. 16.

(18) Observa¸c˜ ao 1.3.6 A partir do corol´ario 1.3.5, podemos dizer que se o aberto W cont´em a \ que cont´em o compacto K, ent˜ componente fechada de Φ−1 (Φ(K)) ao a (Φ, κ)−Envolt´ oria Convexa b κ relativa a W ´e igual a K ` (Φ, κ)−Envolt´ oria Convexa relativa a todo o espa¸co Rn .. Para ilustrar esta defini¸ca˜o da (Φ, κ)−Envolt´oria Convexa daremos um exemplo trivial sobre uma Estrutura Tubular El´ıptica qualquer, definida sobre o espa¸co produto R4 = R2 × R2 . Observamos que este primeiro exemplo nos mostra um (Φ, κ)-Envolt´oria Convexa com interior n˜ao vazio.. Exemplo 1.3.7 Seja a Estrutura Tubular L ⊂ CT (R4 ) associada a uma aplica¸ca˜o sobrejetora de classe C ∞ , Φ : R2 −→ R2 . Seja a circunferˆencia unit´ aria S1 ⊂ R2 . Seja o subconjunto compacto K = Φ−1 (S1 ). Verifica-se facilmente que a envolt´ oria convexa fechada de S1 ´e o disco D = {τ = (τ1 , τ2 ) ∈ R2 : τ12 + τ22 ≤ 1} b 1 . Afirmamos oria Convexa de K relativa a todo o espa¸co R2 por K Denotaremos a (Φ, 41 )−Envolt´ 4. que a componente fechada e conexa da imagem inversa de D, abusando nota¸co ˜es denotaremos por b1. Φ−1 (D) , que cont´em o compacto K ´e igual a K 4. De fato, para provar nossa afirma¸c˜ao mostraremos que para cada ponto t ∈ Φ−1 (D) e cada θ ∈ S1. existe uma curva conexa γ ⊂ Wt,θ, 41 que liga t a algum ponto tθ ∈ K. Denotaremos o produto interno Euclideano de R2 por <, > . Das seguintes equivalˆencias,. 1 < θ, [Φ(t) − Φ(s)] > − |Φ(t) − Φ(s)|2 = 0 ⇔ 4. 1 1 < θ − [Φ(t) − Φ(s)] , [Φ(t) − Φ(s)] > = 0 4 4 < 4θ − [Φ(t) − Φ(s)] , [Φ(t) − Φ(s)] > = 0, θ ∈ S1 ,. ⇔ podemos dizer que γ ⊂ Wt,θ, 14 se. < 4θ − [Φ(t) − Φ(s)] , [Φ(t) − Φ(s)] > = 0, ∀s ∈ γ. A curva diferenci´avel Φ(γ) denotamos por γ1 e observamos que mostrar a existˆencia de γ ´e equivalente mostrar a existˆencia de γ1 ⊂ D que liga o ponto Φ(t) ∈ D a algum ponto de τθ ∈ S1 tal que < 4θ − [Φ(t) − τ ]. ,. [Φ(t) − τ ] > = 0, ∀τ ∈ γ1 . 17. (1.3.14).

(19) Por outro lado, denotamos uma segunda curva diferenci´avel fechada conexa γ2 definida por γ2 = {Φ(t)+ < 4θ, θb > θb : θb ∈ S1 }. e observamos trˆes fatos. O primeiro fato :. Φ(t) ∈ γ2 ∩ D e Φ(t) + 4θ ∈ γ2 . Para ver isso,. ´e suficiente tomar um θb ∈ S1 ortogonal a θ e tomar outro θb = θ. O segundo fato: γ2 n˜ ao est´a contida no disco D. Para ver isso, ´e suficiente observar que a distˆancia dos pontos Φ(t) + 4θ ∈ γ2 ao ponto Φ(t) ∈ D ´e igual a 4. O terceiro fato : a curva γ2 satisfaz a equa¸c˜ao (1.3.14).Isto ´e, < 4θ − [Φ(t) − τ ] , [Φ(t) − τ ] > = 0, ∀τ ∈ γ2 . Para verificar isto, ´e suficiente notar que < 4θ+ < 4θ, θb > θb , < −4θ, θb > θb >. = =. [< 4θ, θb >]2 − [< 4θ, θb >]2 0, ∀ θb ∈ S1. Do primeiro e do segundo fato podemos afirmar que existe uma curva conexa γ1 ⊂ γ2 ∩ D que. liga o ponto Φ(t) a um ponto τθ ∈ γ2 ∩ S1 . Ver figura 1.1 .. S. 1. M(t) .. (2. Figura 1.1: A curva γ2 que passa pelo ponto Φ(t) corta a circunferˆencia S1 . b 1 . E, pelo Do terceiro fato, podemos afirmar que γ1 satisfaz (1.3.14). Logo, Φ−1 (D) ⊂ K 4. b 1 . Assim terminamos provando nossa afirma¸ca˜o ♦ corol´ario 1.3.5, podemos escrever Φ−1 (D) = K 4 18.

(20) \ Mas, este segundo exemplo tamb´em nos b κ ) 6= Φ(K). Agora,vejamos outro exemplo onde Φ(K. mostra uma (Φ, κ)-Envolt´oria Convexa com interior n˜ao vazio.. Exemplo 1.3.8 Seja a Estrutura Tubular L ⊂ CT (R3 ×R3 ) associada a aplica¸ca˜o identidade,. Φ : R2 −→ R3 , Φ = Id. Isto ´e, a Estrutura Tubular L ´e a conhecida Estrutura Cauchy-Riemann sobre C3 . Seja o subconjunto compacto K ⊂ R3 definido por. K = {(t1 , t2 , t3 ) ∈ R3 : 0 ≤ t3 = t21 + t22 ≤ 4}. Seja a esfera S de raio 2 e centro (0, 0, 4) definido por S = {((t1 , t2 , t3 ) ∈ R3 ) : t21 + t22 + (t3 − 4)2 = 4} b (defini¸ca Podemos verificar facilmente que a envolt´ oria convexa fechada de K, denotada por K ˜o 1.3.3), ´e o conjunto definido por :. b = {(t1 , t2 , t3 ) ∈ R3 : 0 ≤ t2 + t2 ≤ t3 ≤ 4} K 2 1. b ´e a regi˜ Isto ´e, K ao fechada limitada pelo plano, t3 = 4 e o parabol´ oide t3 = t21 + t22 . A partir. da figura 1.2, tendo em mente a defini¸ca ˜o de Wt,θ,κ dada em (1.3.11), induzimos claramente que b 1 , relativa a R3 , ´e a regi˜ a (Φ, 41 )− Envolt´ ao fechada limitada pela esfera S e o oria Convexa K 4. parabol´ oide t3 = t21 + t22 . Para cada ponto t = (t1 , t2 , t3 ) que est´ a dentro da esfera S existe um subconjunto , Vt ⊂ S3 , aberto n˜ ao vazio tal que S3t,θ, 1 4. \. K = ∅, ∀θ ∈ Vt .. Pois a partir t3 > 2 podemos introduzir uma esfera de raio 2 dentro do parabol´ oide sem cortar o b κ → K. b parabol´ oide.Neste exemplo observamos que se κ → 0 ent˜ ao K. Agora daremos um exemplo de dif´ıcil verifica¸c˜ao .Pois, sua verifica¸c˜ao consiste, em essˆencia,. encontrar raizes reais de uma fam´ılia `a 5-parˆametros de polinˆomios de grau 4.. Exemplo 1.3.9 Seja a Estrutura Tubular L ⊂ CT (R3 × R2 ) associada a` aplica¸ca˜o anal´ıtica,. Φ : R2 −→ R3 , Φ(t) = (t1 , t2 , t21 − t22 ). Seja qualquer aberto 2. unit´ ario D = {t = (t1 , t2 ) ∈ R :. t21. +. t22. W ⊂ R2 2. ≤ 1}. O compacto K ⊂ R. que cont´em o disco. ´e a circunferˆencia unit´ aria. b Isto ´e b 1 , relativa ao aberto W ´e igual a K. S1 ⊂ W. Ent˜ ao , o (Φ, 41 )−Envolt´ oria Convexa, K 4 b1 = K b = D. K 4 19.

(21) Z. S 4. 2. Z=X +Y. 2. 2. X. Y. Figura 1.2: A esfera S de raio 2 e centro (0, 0, 4) dentro do parabol´oide Z = X 2 + Y 2 .. 20.

(22) Cap´ıtulo 2. O Teorema de Extens˜ ao do Tubo de Bochner Truncado Apresentaremos uma vers˜ao semi-local do Teorema de Extens˜ao Tubular de Bochner para as estruturas tubulares anal´ıticas, definidas sobre Rm × Rn . Para a apresenta¸c˜ao , consideraremos a. Estrutura Tubular Anal´ıtica L ⊂ CT (Rm × Rn ) associada, como no cap´ıtulo anterior, com a aplica¸ca˜o anal´ıtica Z : Rm × Rn −→ Cm , Z(x, t) = x + iΦ(t) = (Z1 , . . . , Zm ), onde Zj (x, t) = xj + iφj (t),. j = 1, . . . , n;. Al´em disso, a Estrutura Tubular L ´e gerada pelos campos vetoriais Lι. 2.1. =. m X ∂φj ∂ ∂ −i , ι = 1, . . . , n. ∂tι ∂tι ∂xj j=1. Dados assumidos neste cap´ıtulo.. Neste cap´ıtulo consideraremos somente subconjuntos compactos K ⊂ Rn na categoria de subconjuntos uniformemente convexos retific´aveis de Rn que definimos agora :. Defini¸c˜ ao 2.1.1 Dizemos que um conjunto compacto K ⊂ Rn ´e uniformemente convexo retific´ avel se existe para cada par p, q ∈ K um caminho retific´ avel γ ⊂ K ligando p, q tal que seu comprimento |γ| ≤ C0 (K), onde a constante C0 (K) depende u `nicamente do compacto K . 21.

(23) Exemplos de conjuntos conexos fechados com a propriedade acima s˜ao os conjuntos fechados semianal´ıticos [22] e subconjuntos compactos de C k -subvariedades de Rn com k ≥ 2. Seja o aberto. tubular limitado U = V × W ⊂ Rm × Rn , onde o compacto K ⊂ W ´e uniformemente convexo retific´ avel. Consideramos os seguintes n´ umeros reais D = sup |x − y| ; d = sup |Φ(s) − Φ(t)| x,y∈V. (2.1.1). s,t∈W. Sejam os abertos n˜ao vazios , VR ⊂ V0 ⊂ V, tais que. VR = {x ∈ V0 : dist(x, ∂V0 ) ≥ R}, onde o. n´ umero real positivo R > 0 satisfaz o seguinte dado assumido: R2. d 1 p 2 < −d d + 2d2 + D2. (2.1.2). Um exemplo da existˆencia de n´ umeros reais D, d, R, que satisfazem o dado assumido, pode ser √ √ D = 14d; R = 7d.. 2.2. Preliminares do Teorema de Extens˜ ao do Tubo de Bochner Truncado.. 2.2.1. Nota¸c˜ oes .. Fixamos uma fun¸ca˜o real. χ ∈ Cc∞ (V ; R), onde. χ ≡ 1 em V0 e χ ≡ 0 em V \ V0 . Com. γ denotaremos o caminho contido em Rn que liga um ponto fixo t0 ∈ K a um ponto qualquer t ∈ Rn . Seja a fun¸ca˜o. G² (ξ) = exp(−²4−1 ξ 2 ), onde. ξ ∈ Rm ,. 2 , que ξ 2 = ξ12 + · · · + ξm. m. ´e a transformada Fourier-Laplace da fun¸c˜ao holomorfa E² (z) = (²π)− 2 exp(−²−1 z 2 ), onde z ∈ 2 . Precisaremos das seguintes nota¸c˜oes t´ecnicas, Cm , z 2 = z12 + . . . zm. ∂ α1 |α| = α1 + · · · + αm ; |β| = β1 + · · · + βn ; ∂xα = ( ∂x ) . . . ( ∂x∂m )αm ; Lβ = Lβ1 1 . . . Lβnn ; 1. ∂tβ = ( ∂t∂1 )β1 . . . ( βt∂n )βn , onde α = (α1 , . . . αm ) ∈ Nm e β = (β1 , . . . , βn ) ∈ Nn . De qualquer fun¸ca˜o. u ∈ C 1 (Rm × Rn ; C) obtemos a seguinte 1-forma diferencial dL [u](x, t). =. n X ι=1. Lι u(x, t)dtι , (x, t) ∈ Rm × Rn .. k No caso de uma solu¸ca˜o k-Jato u ∈ HL (V × K) com sua extens˜ao u ∈ C k (Rm × Rn ; C) temos. que a 1−forma diferencial dL [u] com coeficientes de classe C k−1 se anula sobre V × K. Por 22.

(24) comodidade usaremos a seguinte nota¸c˜ao para a (m + 1)−forma diferencial : dx ∧ dL [u](x, t). 2.2.2. =. n X ι=1. Lι u(x, t) dx ∧ dtι , (x, t) ∈ Rm × Rn .. (2.2.3). Constru¸c˜ ao de uma cole¸c˜ ao de fun¸c˜ oes {v² : ² > 0} : defini¸c˜ ao e propriedades.. Neste par´agrafo, para cada u ∈ C k (Rm × Rn ; C) definiremos uma correspondente cole¸c˜ao de fun¸co˜es. {v² } ⊂ C ∞ (Rm × Rn ; C). Para isto, precisaremos da seguinte proposi¸c˜ao .Logo, demonstraremos algumas propriedades b´asicas desta cole¸c˜ao {v² } de utilidade para nosso trabalho.. Proposi¸c˜ ao 2.2.1. Seja qualquer fun¸ca ˜o u ∈ C k (Rm × Rn ; C). Seja qualquer α ∈ Nm , onde. |α| ≤ k − 1. Ent˜ ao , para cada z ∈ Cm e cada ² > 0, temos ¸ ·Z n X ∂ E² (z − Z(y, s))[∂yα χu](y, s)dy dsι = ) ( ∂sι Rm ι=1 Z E² (z − Z(y, s))dy ∧ dL [∂yα χu](y, s). (2.2.4). Rm. Em outras palavras, o segundo membro da equa¸ca ˜o (2.2.4) ´e uma 1-forma diferencial exata em rela¸ca ˜o a vari´ avel s ∈ Rn .. Demonstra¸c˜ ao . Fixamos as vari´aveis z ∈ Cm , α ∈ Nm , |α| ≤ k − 1, e ² > 0. Observamos. que a fun¸ca˜o χu tem suporte compacto em rela¸c˜ao a vari´avel y ∈ Rm . Verificamos a equa¸ca˜o. (2.2.4) com os seguintes c´alculos. ·Z ¸ n X ∂ ( ) E² (z − Z(y, s))[∂yα χu](y, s)dy dsι ∂sι Rm ι=1 ¸ ·Z n X ¤ ∂ £ ) E² (z − Z)[∂yα χu] dy dsι ( = Rm ∂sι ι=1 Z X Z m n X ¤ ∂φj (s) ∂ £ α = Lι [E² (z − Z)[∂y χu]]dy ∧ dsι + i ( ) E² (z − Z)[∂yα χu] dy ∧ dsι . ∂s ∂y m m ι j R j=1 ι=1 R ·Z ¸ Z n m X X ∂φj (s) ¤ ∂ £ = ( ) E² (z − Z)[∂yα χu] dy ∧ dsι . Lι [E² (z − Z)[∂yα χu]]dy ∧ dsι + i ∂sι m Rm ∂yj ι=1 R j=1. Aplicando o teorema de Stokes, o u ´ltimo membro da u ´ltima igualdade anula-se.E, observando que Lι E² (z − Z(y, s)) = 0, ι = 1, . . . , n, segue-se ·Z ¸ n X ∂ α ( ) E² (z − Z(y, s))[∂y χu](y, s)dy dsι ∂sι Rm ι=1 23. =. n Z X ι=1. Rm. E² (z − Z)Lι [∂yα χu]dy ∧ dsι ..

(25) Conforme a nota¸ca˜o dada em (2.2.3), conseguimos ·Z ¸ n X ∂ α ) ( E² (z − Z(y, s))[∂y χu](y, s)dy dsι ∂sι Rm ι=1. = =. Z. n X. Lι [∂yα χu]dy ∧ dsι. Rm. E² (z − Z). Rm. E² (z − Z)dy ∧ dL [∂yα χu](y, s). Z. ι=1. Com estas u ´ltimas igualdades terminamos a demonstra¸c˜ao Agora podemos definir a cole¸c˜ao de fun¸c˜oes de classe C ∞ , v² : Rm × Rn −→ C, associada a uma. fun¸ca˜o dada u ∈ C k (Rm × Rn ; C), como segue Z E² (Z(x, t) − Z(y, s))dy ∧ dL [χu](y, s), v² (x, t) =. (2.2.5). γ×Rm. onde. γ ⊂ Rn. ´e qualquer curva retific´avel que liga os pontos t a um ponto fixo t0 . Pela. proposi¸ca˜o 2.2.1, a fun¸ca˜o v² ´e bem definida e independente da escolha de γ. A seguir, demonstraremos algumas propriedades b´asicas da fun¸c˜ao v² .. Proposi¸c˜ ao 2.2.2 (1-propriedade) Para cada (α, β) ∈ Nm × Nn , onde |α| + |β| ≤ k −. 1, para cada (x, t) ∈ Rm × Rn e para cada ² > 0, podemos formular o seguinte:  Z  E² (Z(x, t) − Z(y, s))dy ∧ dL [∂yα χu](y, s), se |β| = 0    γ×Rm     β α Lt ∂x v² (x, t) =     Z     6 0 E² (x − y)[Lβ ∂yα χu](y, t)dy, se |β| = Rm. Demonstra¸c˜ ao .Conforme a nota¸c˜ao dada em (2.2.3) podemos escrever. Lβ ∂xα v² (x, t). =. Lβ ∂xα. Z Z. Rm. γ. =. n X. Lβ. ι=1. =. n X ι=1. Como. ∂xα Lβ. =. Lβ ∂xα. Lβ. Z Z. Rm. γ. Z Z γ. Rm. E² (Z(x, t) − Z(y, s)). n X ι=1. Lι [χu](y, s)dy ∧ dsι. ∂xα [E² (Z(x, t) − Z(y, s))]Lι [χu](y, s)dy ∧ dsι. −∂yα [E² (Z(x, t) − Z(y, s))]Lι [χu](y, s)dy ∧ dsι. e integrando por partes, obtemos Z Z n X Lβ E² (Z(x, t) − Z(y, s))Lι [∂yα χu](y, s)dy ∧ dsι Lβ ∂xα v² (x, t) =. = Lβ. Z. γ×Rm. ι=1. γ. Rm. E² (Z(x, t) − Z(y, s))dy ∧ dL [∂yα χu](y, s) 24. (2.2.6).

(26) Se |β| = 0, est´a demonstrado o primeiro caso na equa¸c˜ao (2.2.6) . Para |β| = 6 0, ´e suficiente provar o caso particular |β| = 1. Pois, usando este caso particular um n´ umero finito de vezes demonstraremos o caso geral.Pela proposi¸ca˜o 2.2.1 e integrando por partes, temos Z E² (Z(x, t) − Z(y, s)) ∧ dy ∧ dL [∂yα χu](y, s) = Lι γ×Γs ·Z ¸ Z = Lι E² (Z(x, t) − Z(y, t0 ))[∂yα χu](y, t0 )dy E² (Z(x, t) − Z(y, t))[∂yα χu](y, t)dy − m Rm ¸ ·ZR E² (x − y)[∂yα χu](y, t)dy = Lι =. Z. Rm. ∂ α E² (x − y) [∂y χu](y, t)dy − ∂t m ι R. =. Z. Rm. =. Z. Rm. =. Z. Rm. E² (x − y) E² (x − y). ¸ · m X ∂ . ∂φj i E² (x − y) [∂yα χu](y, t)]dy ∂xj Rm j=1 ∂tι. Z. ∂ α [∂ χu](y, t)dy + ∂tι y. Z. i. Rm. ∂ α [∂ χu](y, t)dy − i ∂tι y. Z. Rm. · ¸ m X ∂φj ∂ E² (x − y) [∂yα χu](y, t)dy ∂tι ∂yj j=1 E² (x − y). m X ∂φj ∂ α [∂ χu](y, t)dy ∂tι ∂yj y j=1. E² (x − y)[Lι ∂yα χu](y, t)dy. Com esta u ´ltima igualdade podemos concluir a demonstra¸c˜ao Nas duas proposi¸co˜es seguintes, usaremos a anterior proposi¸c˜ao 2.2.2(1-propriedade) para estudar a C k −convergˆencia uniforme, sobre subconjuntos compactos de Rm × Rn , da cole¸c˜ao de fun¸co˜es {v² }, quando ² −→ 0.. Proposi¸c˜ ao 2.2.3 (2-propriedade) Seja (α, β) ∈ Nm × Nn , onde |α| + |β| ≤ k − 1 e. |β| = 6 0. Ent˜ ao , as fun¸co ˜es {Lβ ∂xα v² } convergem uniformemente a Lβ ∂xα (χu), sobre qualquer subconjunto compacto K ⊂ Rm × Rn , quando ² −→ 0.. Demonstra¸c˜ ao . Se |β| = 6 0, pela proposi¸c˜ao 2.2.2, podemos escrever Lβ ∂xα v² (x, t). =. Z. Rm. E² (x − y)[Lβ ∂yα χu](y, t)dy. Logo, como a fun¸ca˜o Lβ ∂xα (χu) ´e uniformemente cont´ınua sobre qualquer subconjunto compacto K ⊂ Rm × Rn e pelas propriedades conhecidas de E² , podemos afirmar que a cole¸c˜ao de fun¸co˜es {Lβ ∂xα v² } converge uniformemente a Lβ ∂xα (χu), sobre K, quando ² −→ 0 25.

(27) A seguinte proposi¸ca˜o pode ser considerada em essˆencia como uma Generaliza¸ca ˜o do Teorema de Aproxima¸ca˜o de Baouendi-Treves sobre subconjuntos fechados do tipo V R × K.. Proposi¸c˜ ao 2.2.4 (3-propriedade) Seja a Estrutura Tubular L ⊂ CT (Rm × Rn ). Seja. α ∈ Nm , onde |α| ≤ k − 1. Se a fun¸ca ˜o. u ∈ C k (Rm × Rn ; C) representa a uma Solu¸ca ˜o. k k−Jato u ∈ HL (V × K), i.e. u = u, ent˜ ao as correspondentes fun¸co ˜es {∂xα v² } convergem unifor-. memente a 0 sobre V R × K, quando ² −→ 0.. Demonstra¸c˜ ao . Sejam quaisquer (x, t) ∈ V R × K, α ∈ Nm , onde |α| ≤ k − 1.. Pela. proposi¸ca˜o 2.2.2, podemos escrever. ∂xα v² (x, t). =. Z. γ×Rm. E² (Z(x, t) − Z(y, s))dy ∧ dL [∂yα χu](y, s). (2.2.7). A proposi¸ca˜o 2.2.1, e como o compacto K ⊂ Rn ´e uniformemente convexo retific´ avel, nos permite assumir a curva γ ⊂ K, que liga os pontos t0 e t, de comprimento menor que uma constante,|γ| < C0 (K). Observamos que a constante K. A 1-forma diferencial. dL [∂yα χu]. C0 (K). depende somente do compacto. expressaremos como a soma de duas 1-formas diferenciais ,. dL [∂yα χu] = χ∂yα dL [u] + ω,. (2.2.8). onde ω(y, s) ≡ 0, se y ∈ V0 ou y ∈ Rm \V. A partir das equa¸c˜oes (2.2.7) e (2.2.8), segue que Z E² (Z(x, t) − Z(y, s))dy ∧ χ∂yα dL [u](y, s) + ∂xα v² (x, t) = γ×Rm. (2.2.9). Z. γ×Rm. E² (Z(x, t) − Z(y, s))dy ∧ ω(y, s). Denotaremos as duas integrais em (2.2.9) por I²α (x, t) e II²α (x, t) respectivamente,. I²α (x, t). =. II²α (x, t). =. Z. γ×Rm. E² (Z(x, t) − Z(y, s))dy ∧ χ∂yα dL [u](y, s);. γ×Rm. E² (Z(x, t) − Z(y, s))dy ∧ ω(y, s).. Z. Como γ ⊂ K, ent˜ao segue-se I²α (x, t) = 0, ∀² > 0, ∀(x, t) ∈ V R × K. 26. (2.2.10).

(28) Para demonstrar esta proposi¸ca˜o resta mostrar que II²α → 0, uniformemente sobre V R × K, quando ² → 0. Pela defini¸ca˜o da fun¸c˜ao E² e como o suporte da 1-forma diferenci´avel est´a contida. no conjunto V ⊂ Rm , podemos escrever II²α (x, t). =. −m 2. (²π). Z. Rm. =. m. (²π)− 2. Z. V. Z. Z. e. −(x−y+i(Φ(t)−Φ(s)))2 ². γ. e. −(x−y+i(Φ(t)−Φ(s)))2 ². γ. dy ∧ ω(y, s). dy ∧ ω(y, s). (2.2.11). Entretanto, notamos que o valor absoluto da exponencial na equa¸c˜ao (2.2.11) ´e e. −|x−y|2 +|Φ(t)−Φ(s)|2 ². Pela condi¸ca˜o da 1-forma ω, para estimar a integral II²α ´e suficiente estimar esta exponencial quando (x, t) ∈ V R × K e (y, s) ∈ [V \V0 ] × K. Neste caso, considerando o dado assumido deste cap´ıtulo (2.1.2), obtemos −|x − y|2 + |Φ(t) − Φ(s)|2 ≤ −R2 + d2 < −d2 Logo, se (x, t) ∈ V R × K e (y, s) ∈ (y, s) ∈ [V \V0 ] × K, resulta |e. −(x−y+i(Φ(t)−Φ(s)))2 ². |. ≤ e. −d2 ². (2.2.12). Por outro lado,como o comprimento da curva γ ⊂ K ´e limitada por C0 (K), podemos escrever Z (2.2.13) | ω(y, s)| ≤ M (V, K, k), ∀ (y, t) ∈ V × K, γ. onde M (V, K, k) ´e uma constante que depende do aberto V, do compacto K e do inteiro positivo k > 0. Ent˜ao , pelas equa¸co˜es (2.2.11),(2.2.12) e (2.2.13), obtemos Z −d2 m |II²α (x, t)| ≤ M (V, K, k)(²π)− 2 e ² ( dy), ∀(x, t) ∈ V R × K.. (2.2.14). V. Com a equa¸ca˜o (2.2.14), mostramos II²α −→ 0, uniformemente sobre V R × K, quando ² → 0. Observa¸c˜ ao 2.2.5 E´ importante notar que para a demonstra¸ca˜o da proposi¸ca˜o 2.2.4 precisamos somente da rela¸ca ˜o. R2 > d2 , que ´e uma conseq¨ uˆencia direta do dado assumido neste. cap´ıtulo (2.1.2). O seguinte corol´ario nos mostra porque a proposi¸c˜ao 2.2.4 ´e em essˆencia uma Generaliza¸ca ˜o do Teorema de Aproxima¸ca˜o de Baouendi-Treves sobre subconjuntos fechados do tipo V R × K. 27.

(29) Corol´ ario 2.2.6 Seja t0 ∈ K o ponto fixado arbitrariamente. Ent˜ao , para qualquer Solu¸ca˜o k-Jato. k u ∈ HL (V × K), existe o seguinte limite com convergˆencia uniforme sobre V R × K Z lim (2.2.15) E² (Z(x, t) − Z(y, t0 ))[χu](y, t0 )dy = u(x, t), (x, t) ∈ V R × K. ²−→0. Rm. Demonstra¸c˜ ao .As proposi¸c˜oes (2.2.1)-(2.2.4) e a defini¸c˜ao da fun¸c˜ao v² garantem a existˆencia do seguinte limite com convergˆencia uniforme sobre V R × K ¸ ·Z Z E² (x − y)[χu](y, t)dy = 0 E² (Z(x, t) − Z(y, t0 ))[χu](y, t0 )dy − lim ²−→0. Rm. Rm. Logo, como a fun¸ca˜o χu ´e uniformemente cont´ınua sobre V × K,. χu ≡ u sobre VR × K,. e. pelas propriedades conhecidas de E² , podemos afirmar que existe o seguinte limite com convergˆencia uniforme sobre V R × K Z lim E² (Z(x, t) − Z(y, t0 ))[χu](y, t0 )dy = u(x, t), ²−→0. Rm. (x, t) ∈ V R × K. Assim terminamos a demonstra¸ca˜o. As duas proposi¸co˜es anteriores (2-propriedade e 3- propriedade)nos motivam a perguntar se a cole¸ca˜o {∂xα v² }, correspondente a uma Solu¸c˜ao k−Jato, ´e uniformemente convergente sobre qualquer subconjunto compacto K ⊂ Rm × Rn , quando ² −→ 0. Em geral, a resposta ´e negativa. Pois, caso contr´ario, podemos demonstrar que toda Solu¸c˜ao k−Jato pode ser estendida como uma solu¸ca˜o diferenci´avel definida globalmente sobre Rm ×Rn . Seguindo os resultados de Joaquim Tavares [36], somente conseguimos provar a convergˆencia uniforme da cole¸c˜ao de fun¸c˜oes {∂xα v² },. b κ , correspondente a uma Solu¸ca˜o ao menos sobre subconjuntos compactos convexos de V R × K. k−Jato, k > m + 3. Apresentaremos este fato no seguinte teorema, que consideramos como a 4-propriedade, cuja longa demonstra¸c˜ao daremos na se¸c˜ao 2.4.. 28.

(30) Teorema 2.2.7 (4-propriedade) Seja a Estrutura Tubular Anal´ıtica L ⊂ CT (Rm × Rn ).. Sejam o tubo aberto limitado V ×W ⊂ Rm ×Rn e o subconjunto compacto K ⊂ W uniformemente convexo retific´ avel.Consideramos os seguintes n´ umeros reais D = sup |x − y| ; d = sup |Φ(s) − Φ(t)|, x,y∈V. s,t∈W. e fixamos os abertos n˜ ao vazios , VR ⊂ V0 ⊂ V, tais que VR = {x ∈ V0 : dist(x, ∂V0 ) ≥ R}, onde o n´ umero real positivo R > 0 satisfaz o seguinte dado assumido neste cap´ ıtulo (2.1.2): 1 d p < R 2 − d2 d + 2d2 + D2. k Sejam a Solu¸ca ˜o k−Jato u ∈ HL (V × K) e sua correspondente cole¸ca ˜o de fun¸co ˜es de classe C ∞. b κ a (Φ, κ)-Envolt´ {Lβ ∂xα v² : |α| + |β| ≤ k}. Seja K oria Convexa de K relativa a W. Assumimos. os inteiros positivos k, ν ∈ Z+ tais que k > 2 + 2ν, 2ν > m. Ent˜ ao , se fixamos qualquer n´ umero real positivo. d R2 −d2. < κ <. α, β, onde |α| + |β| ≤ k − 2 − 2ν, podemos afirmar que a cole¸ca ˜o de. √1. e quaisquer. 2d2 +D2 fun¸co ˜es {Lβ ∂xα v² } d+. converge. b κ a Lβ ∂xα v; onde a uniformemente sobre qualquer subconjunto compacto convexo Ξ ⊂ V R × K. b κ ]; C) tem derivadas parciais Lβ ∂ α v cont´ınuas sobre qualquer fun¸ca ˜o v ∈ C k−2ν−2 (VR × int[K x subconjunto compacto convexo Ξ, e tem a representa¸ca ˜o integral seguinte. −m. v(x, t) = (2π). Z. Rm. onde θ :=. ξ |ξ| , ξ. Z. γθ ×Rm. exp(i[Z(x, t) − Z(y, s)].ζκ ) dy ∧ dL [(1 − ∆y )ν χu] ∧ dζκ (1 + ζκ2 )ν. ∈ Rm ; ζκ := ξ + iκ|ξ|[Z(x, t) − Z(y, s)]; o s´ımbolo ∆y denota o operador de. Laplace sobre Rm ; o s´ımbolo γθ denota uma curva diferenci´ avel por partes, dependente de θ, que b κ ao ponto fixo t0 ∈ K; e o s´ımbolo dy ∧ dL [(1 − ∆y )ν χu] ∧ dζκ denota a liga o ponto t ∈ K (2m + 1)−forma diferencial h.. " n # i X −1 Lι [(1 − ∆y )ν χu](y, s)dy ∧ dsι ∧ dξ . Πm [xι + iφι (t) − yι − iφι (s)]) ι=1 (1 + iκξι |ξ| ι=1. Al´em disso, se p ∈ Ξ ∩ [V R × K] ent˜ ao lim. Ξ 3 q→p. ∂xα v(q) =. 0, ∀|α| ≤ k − 2ν − 2.. 29. (2.2.16).

(31) 2.3. Teorema de Extens˜ ao do Tubo de Bochner Truncado.. 2.3.1. Extens˜ ao de uma Solu¸c˜ ao k−Jato de uma Estrutura Tubular Anal´ıtica L.. ´ Registramos a seguinte afirma¸ca˜o como o Teorema de Extens˜ao do Tubo de Bochner Truncado. E uma vers˜ao semi-local do Teorema de Extens˜ao Tubular de Bochner.. Teorema 2.3.1 Seja a Estrutura Tubular Anal´ıtica L ⊂ CT (Rm × Rn ) . Sejam o tubo. aberto limitado V × W ⊂ Rm × Rn e o subconjunto compacto K ⊂ W uniformemente convexo retific´ avel. Consideramos os seguintes n´ umeros reais D = sup |x − y| ; d = sup |Φ(s) − Φ(t)|, x,y∈V. s,t∈Ω. e fixamos os abertos n˜ ao vazios , VR ⊂ V0 ⊂ V, tais que VR = {x ∈ V0 : dist(x, ∂V0 ) ≥ R}, onde o n´ umero real positivo R > 0 satisfaz o seguinte dado assumido neste cap´ ıtulo (2.1.2): R2. 1 d p 2 < −d d + 2d2 + D2. b κ a (Φ, κ)-Envolt´ Seja K oria Convexa de K relativa a W. Assumimos os inteiros k, ν ∈ Z+ tais que k > 2 + 2ν, 2ν > m.. Ent˜ ao , para qualquer n´ umero real positivo. d R2 −d2. <κ<. d+. √1. 2d2 +D2. , podemos definir uma. aplica¸ca ˜o k−2ν−2 k b κ ]), b ∈ HL (VR × int[K (V × K) 3 u 7−→ u HL. onde a fun¸ca ˜o u b, com derivadas parciais ∂tβ ∂xα u b cont´ınuas sobre qualquer subconjunto compacto b κ , onde Ξ1 j V R ´e um subconjunto compacto convexo e Ξ2 ⊂ K b κ ´e um Ξ = Ξ1 × Ξ2 ⊂ V R × K subconjunto compacto e convexo, estende a Solu¸ca ˜o k-Jato u no seguinte sentido: lim. Ξ 3 q→p. b(q) ∂xα u. = ∂xα u(p),. se p ∈ Ξ ∩ [V R × K], ∀|α| ≤ k − 2ν − 2.. (2.3.17). Al´em disso, Se λ ´e uma curva diferenci´ avel fechada e conexa, de comprimento finito, com um k−2ν−2 b κ ] ent˜ extremo τ ∈ K, tal que λ − {τ } ⊂ int[K ao , para quaisquer u1 , u2 ∈ HL (V × λ) com. a condi¸ca ˜o u1 = u2 = u sobre o subconjunto fechado V × {τ }, temos u1. = u2 sobre V R × λ 30. (2.3.18).

(32) Demonstra¸c˜ ao . Considerando o fato que os campos vetoriais. ∂ ∂ ∂x1 , . . . , ∂xm ,. L1 , . . . , Ln geram. o fibrado tangente complexificado CT (Rm × Rn ), podemos expressar o teorema 2.2.7 como segue. Existe a aplica¸ca˜o b κ ]; C), b = u − v ∈ C k−2ν−2 (VR × int[K Hk (V × K) 3 u 7−→ u. onde a fun¸ca˜o u b e suas derivadas parciais ∂tβ ∂xα u b s˜ao cont´ınuas sobre qualquer subconjunto. b e estende u no seguinte sentido : compacto convexo Ξ ⊂ V R × K lim. Ξ 3 q→p. ∂xα u b(q) = ∂xα u(p) − = ∂xα u(p),. lim. Ξ 3 q→p. ∂xα v(q). se p ∈ Ξ ∩ [V R × K], ∀|α| ≤ k − 2ν − 2.. (2.3.19). A seguir, usando a proposi¸c˜ao 2.2.3 (2-propriedade), mostraremos que a fun¸c˜ao diferenci´avel k−2ν−2 b κ ]) . u b pertence ao conjunto HL (VR × int[K. Lι u b(x, t). = Lι u(x, t) − Lι v(x, t). b κ ], ι = 1, . . . , n. = lim²→0 Lι v² (x, t) − Lι v(x, t) = 0, (x, t) ∈ VR × int[K. A equa¸ca˜o (2.3.18) ´e uma conseq¨ uˆencia imediata do corol´ario 2.2.6. Com todos os argumentos dados acima conclu´ımos a demonstra¸c˜ao. Observa¸c˜ ao 2.3.2 Na demonstra¸ca˜o do teorema 2.3.1, notamos que ub tem uma representa¸ca˜o integral, consequˆencia imediata da representa¸ca ˜o integral de v dada no teorema 2.2.7.. Por sua vez este teorema implica o seguinte corol´ario 2.3.4. Para o enunciado deste corol´ario, precisaremos da seguinte defini¸c˜ao. Defini¸c˜ ao 2.3.3 Seja a Estrutura Tubo Anal´ıtica L ⊂ CT (Rm × Rn ) . Seja a subvariedade. \) a envolt´ \ a envolt´ fechada conexa N ⊂ Rn . Seja Φ(N oria convexa fechada Φ(N ). Seja Φ(K) oria. convexa fechada Φ(K), onde K ⊂ N ´e um subconjunto compacto qualquer. Denotaremos com. \)] que cont´em a subvariedade o s´ımbolo N M a componente conexa da imagem inversa Φ−1 [Φ(N \ que cont´em o subconjunto compacto N. Denotaremos por K M a componente conexa de Φ−1 [Φ(K)]. K ⊂ N. Dizemos que uma fam´ılia enumer´ avel de subconjuntos compactos uniformemente convexos retific´ aveis { Kι ⊂ N : ι = 1, 2, . . . , ∞} satisfaz a 4−propriedade se 31.

(33) i.. K1 ⊂ K2 ⊂ · · · ⊂ Kι ⊂ . . . . . . N ;. S∞. ι=1. Kι = N ;. ii. Cada KιM ´e um subconjunto compacto.. S∞. ι=1. Kι4 = N 4 ;. ι→∞. iii. Existe uma seq¨ uˆencia de n´ umeros reais positivos { κι ∈ R : ι = 1, 2, . . . , ∞} tal que κι −→ 0; S∞ M b κ denota a (Φ, κι )−Envolt´ b κ ], onde cada s´ımbolo K b b oria Kκι ⊂ Kκι+1 ; e int[N ] = ι=1 int[K ι ι b κ ] 6= ∅. Convexa do compacto Kι , em rela¸ca ˜o a Rn , com interior n˜ ao vazio,isto ´e, int[K ι. Corol´ ario 2.3.4 Seja a Estrutura Tubular Anal´ıtica L ⊂ CT (Rm × Rn ). Seja a subvariedade. fechada conexa N ⊂ Rn . Seja a fam´ılia enumer´ avel de subconjuntos compactos uniformemente. convexos retific´ aveis { Kι ⊂ N : ι = 1, 2, . . . , ∞} que satisfaz a 4−propriedade. Assumimos os inteiros positivos k, ν ∈ Z+ tais que k > 3 + 2ν, 2ν > m.. Ent˜ ao , para cada Solu¸ca ˜o Tangencial u ∈ ZLk (Rm × N ) existe uma u ´nica solu¸ca ˜o diferenci´ avel. k−2ν−3 b s˜ ao cont´ınuas u b ∈ HL (Rm × int[N M ]), onde a fun¸ca ˜o u b e suas derivadas parciais ∂tβ ∂xα u. b κ , para algum ι = 1, . . . , ∞; e estende sobre qualquer subconjunto compacto convexo Ξ ⊂ Rm × K ι. a Solu¸ca ˜o Tangencial u no seguinte sentido: lim. Ξ 3 q→p. b(q) ∂xα u. = ∂xα u(p),. se p ∈ Ξ ∩ [Rm × N ], ∀ |α| ≤ k − 2ν − 3.. (2.3.20). Demonstra¸c˜ ao . Para esta demonstra¸c˜ao , consideramos o corol´ario 1.2.5, e o corol´ario 1.3.5.Como o espa¸co. Rm ´e de diˆametro ilimitado, para cada um dos subconjuntos compactos. Kι , podemos escolher os correspondentes abertos limitados, de acordo `a se¸c˜ao 2.1, Kι ⊂ KιM ⊂ Wι ⊂ Rn ; VRι ⊂ V0,ι ⊂ Vι ⊂ Rm tal que : ι→∞. 1. Os subconjuntos abertos VRι , Rι −→ ∞, s˜ao bolas abertas de raio Rι , de centro 0, e V ι ⊂ VRι+1 e. ∞ [. VRι = Rm. (2.3.21). ι=1. 2. O dado assumido neste cap´ıtulo, 1 dι q < Rι2 − d2ι dι + 2d2ι + D2ι. de modo que Rι2. dι 1 q , ι = 1, . . . , ∞. 2 < κι < − dι dι + 2d2ι + D2ι 32. (2.3.22). (2.3.23).

(34) Por outro lado, aplicando o teorema 2.3.1 sobre cada subconjunto fechado V ι × Kι , obtemos uma k−2ν−3 b κ ]) com a condi¸c˜ao dada em (2.3.17). solu¸ca˜o diferenci´avel u bι ∈ HL (VRι × int[K ι. Al´em disso, a fun¸ca˜o u bι com derivadas parciais ∂tβ ∂xα u bι s˜ao cont´ınuas sobre qualquer sub-. b κ ´e um subconjunto b κ , onde Ξ2,ι ⊂ K conjunto compacto convexo Ξι = V Rι × Ξ2,ι ⊂ VRι × K ι ι. compacto convexo, estende a Solu¸c˜ao Tangencial u no seguinte sentido: lim. Ξι 3 q→p. ∂xα u b(q). = ∂xα u(p),. se p ∈ Ξι ∩ [V Rι × N ], ∀|α| ≤ k − 2ν − 3.. (2.3.24). Logo, se λ ´e uma curva diferenci´avel fechada e conexa, de comprimento finito, com extremo b κ ] ent˜ao podemos assumir que τ ∈ Kι , tal que λ − {τ } ⊂ int[K ι Isto, implica. u bι+1 = u bι+2 , sobre VRι × λ. u bι+1 (x, t) = u bι+2 (x, t),. b κ ]. ∀(x, t) ∈ V Rι × int[K ι. Assim, a equa¸ca˜o (2.3.25) nos permite provar a existˆencia de. (2.3.25). k−2ν−3 u b ∈ HL (Rm × int[N M ]).. Tamb´em, a unicidade ´e uma conseq¨ uˆencia da equa¸c˜ao (2.3.25). Com estes argumentos terminamos a demonstra¸ca˜o. Observa¸c˜ ao 2.3.5 Se n = m e a aplica¸ca˜o Φ : Rn → Rm ´e a identidade, i.e. Φ = Id, o corol´ ario 2.3.4 ´e um resultado parcial de Bogges [11] para CR-Solu¸co ˜es Tangenciais u de classe C k , k > 3 + m. Mas, nossa extens˜ ao ´e ao menos de classe C k−3−2ν enquanto a outra extens˜ ao ´e n˜ ao -tangencial.. 2.3.2. Extens˜ ao de uma Solu¸c˜ ao Distribu¸c˜ ao de Sobolev de uma Estrutura Tubular Anal´ıtica L .. Nesta se¸ca˜o , consideraremos o aberto tubular, U = V × W ⊂ Rm × Rn , limitado e simplesmente conexo, onde o subconjunto fechado W ´e uniformemente convexo retific´ avel. Assumimos o aberto tubular limitado V × Ω ⊂ Rm × Rn , onde o aberto Ω cont´em a componente conexa de \) ], que, por sua vez, cont´em W . Como na se¸c˜ao 2.1, consideramos os seguintes n´ Φ−1 [ Φ(W umeros reais D = sup |x − y| ; d = sup |Φ(s) − Φ(t)|, x,y∈V. s,t∈Ω. 33. (2.3.26).

(35) e fixamos os abertos n˜ao vazios , VR ⊂ V0 ⊂ V, tais que VR = {x ∈ V0 : dist(x, ∂V0 ) ≥ R}, onde o n´ umero real positivo R > 0 satisfaz o seguinte dado assumido neste cap´ ıtulo (2.1.2):. R2. 1 d p 2 < −d d + 2d2 + D2. (2.3.27). O inconveniente do teorema 2.3.1 ´e a necessidade de ao menos m + 4 derivadas da Solu¸c˜ao k b da Estrutura Tubular k−Jato u ∈ HL (V × W ) para estende-la como uma solu¸c˜ao diferenci´avel u c ]. Como o aberto tubular limitado U ´e simplesmente conexo, o L, definida em VR × int[W κ. seguinte teorema 2.3.8 supera este inconveniente. Para demonstrar este teorema faremos uso dos operadores diferenciais de segunda ordem, introduzidos na se¸c˜ao II.4 de [40], definidos por ∆x = (. ∂ 2 ∂ 2 ) + ··· + ( ) ∂x1 ∂xm. ; ∆L,% := L21 + · · · + L2n + %2 ∆x , % > 0.. (2.3.28). E, assumiremos ρ suficientemente grande para considerar o operador diferencial ∆L,% el´ıptico. Lembramos que, usando a nota¸ca˜o dL , a derivada exterior agindo sobre uma C 1 −fun¸c˜ao u podemos expressar como. m m n X X X ∂u ∂u Lj udtj + du = dL [u] + dZι = dZι . ∂x ∂x ι ι ι=1 ι=1 j=1. Denotaremos o Espa¸co de Sobolev de ordem s ∈ R definido sobre Rm × Rn por H s (Rm × Rn ; C). Como referˆencia mencionamos o conhecido lema de Sobolev : seja k ∈ N; se s >. m+n 2. + k ent˜ ao. H s (Rm × Rn ; C) ⊂ C k (Rm × Rn ; C). Denotaremos por H s (V × W ; C) o espa¸co quociente H s (V × W ; C) = H s (Rm+n ; C)/N s (V × W ; C), onde N s (V × W ; C) = {f ∈ H s (Rm × Rn ; C) : f = 0 em V × W }. Isto ´e, se f, g ∈ H s (V × W ; C) ent˜ao , f = g ⇔ < f, υ >=< g, υ >, ∀υ ∈ C0∞ (V × W ; C). Este espa¸co quociente ´e chamado o Espa¸co das Distribu¸c˜oes de Sobolev de ordem s ∈ R sobre o aberto V × W. Aplicando o lema de Sobolev, conclu´ımos que se s >. m+n 2. + k, onde k ∈ N, ent˜ ao. s (V × W ) denotaremos o espa¸co das solu¸co˜es H s (V × W ; C) ⊂ J k (V × W ; C). Com o s´ımbolo BL. da estrutura tubo L que s˜ao elementos de H s (V × W ; C). Observamos que se s >. m+n 2. + k, onde. k s (V × W ). Para a demonstra¸c˜ao do seguinte teorema precisaremos k ∈ N, ent˜ao BL (V × W ) ⊂ HL. dos lemas a seguir.. 34.

(36) Lema 2.3.6 Seja a Estrutura Tubular Anal´ıtica L ⊂ CT (Rm × Rn ). Seja o subconjunto aberto. U = V × W ⊂ Rm × Rn tal que Z(V × W ) ⊂ O, onde O ⊂ Cm ´e um subconjunto aberto. De qualquer fun¸ca ˜o f : O × W −→ C, holomorfa em rela¸ca ˜o a vari´ avel z ∈ O e de classe C 1 , obtemos a seguinte identidade [. ∂ f ](Z(x, t), t) ∂tι. = Lι [f (Z(x, t), t)], ι = 1, . . . , n.. (2.3.29). Demonstra¸c˜ ao . Verificamos este lema com o seguinte c´alculo. Lι [f (Z(x, t), t)]. = df |(Z(x,t),t) [Lι |(x,t) ] =. [. =. [. n X ∂f ∂f ](Z(x, t), t))dZ[Lι ] + ](Z(x, t), t))dtj [Lι ] [ ∂Z ∂tj ι=1. ∂ f ](Z(x, t), t), ∂tι. ι = 1, . . . , n.. Assim terminamos a verifica¸ca˜o. Lema 2.3.7 Seja P = P (x, t, −i ∂x∂ 1 , . . . , −i ∂x∂m , −i ∂t∂1 , . . . , −i ∂x∂n ) um operador diferencial. el´ıptico homogˆeneo, de ordem µ ∈ N, de coeficientes anal´ıticos, definido sobre RN = Rn × Rm .. Seja U = V × W ⊂ RN. um aberto com fecho compacto. Ent˜ ao , para cada s ∈ R, o operador. diferencial P:. H s (U ) −→ H s−µ (U ). (2.3.30). g → Pg ´e sobrejetor.. Demonstra¸c˜ ao .Na realidade, este lema ´e um caso particular do Teorema 13.52, demonstrado em [25]. Pois, o operador P tem constant strength ( Defini¸c˜ao 13.1.1 , dada em [25]). Para garantir o anterior, mostraremos que existem constantes positivas C0 , C1 , dependentes do aberto U, tal que C0 |ξ|µ ≤ |P (x, t, ξ)| ≤ C1 |ξ|µ ,. ∀(x, t) ∈ U , ∀ξ ∈ RN .. De fato, como P ´e el´ıptico, o ´ınfimo inf (x,t,ξ)∈U ×SN |P (x, t, ξ)|, onde SN ´e a esfera unit´aria Ndimensional, ´e positivo.Logo, como P ´e homogˆeneo encontraremos uma constante C0 > 0 tal que C0 |ξ|2ν ≤ |P (x, ξ)|,. ∀(x, t) ∈ U , ∀ξ ∈ RN . 35.

Referências

Documentos relacionados

F REQUÊNCIAS PRÓPRIAS E MODOS DE VIBRAÇÃO ( MÉTODO ANALÍTICO ) ... O RIENTAÇÃO PELAS EQUAÇÕES DE PROPAGAÇÃO DE VIBRAÇÕES ... P REVISÃO DOS VALORES MÁXIMOS DE PPV ...

Este artigo está dividido em três partes: na primeira parte descrevo de forma sumária sobre a importância do museu como instrumento para construção do conhecimento, destaco

Local de realização da avaliação: Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação - EAPE , endereço : SGAS 907 - Brasília/DF. Estamos à disposição

A estabilidade do corpo docente permanente permite atribuir o conceito muito bom, segundo os parâmetros da área, para o item 2.2 (pelo menos 75% dos docentes permanentes foram

Quadros em sua mensagem ao Congresso Nacional em 15 de março de 1961, na qual procurou definir as linhas da política exterior do Brasil e deixou claro que a

Esta dissertação tem como título “ Dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio aos Objetivos Desenvolvimento Sustentável- trajetórias, perceções e desafios nas

Segundo Cheng (2007) a casa da qualidade (planejamento do produto) é utilizada para traduzir a qualidade demandada pelos clientes em requisitos técnicos do produto

Diante dos discursos levantados por tais instituições, sejam elas, os Museus, os Institutos, ou as Faculdades, a obra de Schwarz 1993, fornece amplo conhecimento sobre a formação