RICARDO ANTUNES
MODELAGEM
PELO
MÉTODO
DE
ELEMENTOS
FINITOS
DE
SERVOMOTOR
CC
SEM
ESCOVAS
E
SEU
ACIONAMENTO
~FLORIANÓPOLIS
-PROGRAMA
DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELÉTRICA
MODELAGEM
PELO
MÉTODO
DE
ELEMENTOS
FINITOS
DE
SERVOMOTOR
CC
SEM
ESCOVAS
E
SEU
ACIONAMENTO
Dissertação submetida à Universidade Federal de Santa Catarina
como
parte dos requisitos para a obtençãodo
grau deMestre
em
Engenharia Elétrica.Mestrando: Ricardo
Antunes
Orientador:
Prof.Patrick
Kuo-Peng,
Dr.
Co-Orientador:
Prof.Walter
Pereira
Carpes
Jr.,Dr.
MODELAGEM
PELO
MÉTODO
DE
ELEMENTOS
FINITOS
DE
SERVOMOTOR
CC
SEM
ESCOVAS
E
SEU
“Esta Dissertação foi julgada adequada para obtenção do Título de Mestre
em
EngenhariaElétrica, Área de Concentração
em
Sistemas de Energia, e aprovadaem
sua forma finalpelo Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Santa Catarina.”ACIONAMENTO
Ricardo
Antunes
Prof. a 'cKu
- e g, Dr. “ Orientador I/
Prof. Eds obertÍ)e Pieri, Dr.
Coordenador do Programa de ós-Gradua ão
em
Engenharia EletricaBanca Examinadora: .
Prof. Pafrick Kuo-Pen Dr.
'
Presidente
Prof. Walter Pereirašarpes Jr., Dr.
Eng. S Fried KreutzFeld, MLSc. -
WEG
M/
P~n
Sadowski, Dr.Agradecimentos
Ao meu
orientador, Patrick Kuo-Peng, e aomeu
co-oreintador, Walter PereiraCarpes Jr., pelo apoio prestado e pela gratificante oportunidade de convívio.
Aos
professoresdo
GRUCAD,
em
especial ao Prof. Nelson Sadowski, pela atençãoe disposição nos
momentos
críticos e decisivos.À
empresaWEG,
pelo fornecimento de protótipos e ao Eng. Solon pela valiosa disponibilidade.À
Ana
Margarida de Oliveira, pela prestatividade e pelas contribuições vitais queinfluenciaram diretamente
no
curso da pesquisa desenvolvida.Aos
colegas Jhoe e Evandro, pela primordial ajudana
aquisição de componentes eequipamentos,
além
doacompanhamento
durante a etapa demontagem
da bancadaexperimental.
Aos meus
irmãos Orlando e Ja ueline elo recioso a oio e aos cole as Jean3Resumo
da
Dissertação apresentada àUFSC
como
parte dos requisitos necessários para a obtençãodo
grau deMestre
em
Engenharia.Elétrica.MODELAGEM
PELO
MÉTODO
DE
ELEMENTOS
FINITOS
DE
SERVOMOTOR
CC
SEM
ESCOVAS
E
SEU
ACIONAMENTO
Ricardo
Antunes
Fevereiro/2002
Orientador: Patrick
Kuo-Peng
Co-orientador: Walter Pereira Carpes Jr.
Área
de Concentração: Análise eConcepção
de Dispositivos EletromagnéticosPalavras-chave:
Sewomotor
CC
sem
escovas,Acoplamento
Campo -
Circuito Elétrico,Equacionamento
Mecânico.Número
de páginas: 58O
presente trabalho abordao
estudo e a implementaçãoda
equação mecânica aum
método
de análise de máquinas elétricas associadas a circuitos elétricos externos.A
máquina
émodelada
peloMétodo
de Elementos Finitosem
duas dimensões.O
equacionamento
do
circuitoé feitoem
variáveis de espaço de estados.Um
acoplamento forte entre os dois sistemas de equações é obtido utilizando-se as grandezascomuns
a ambos, isto é, as correntes e as tensões nos enrolamentosdo
dispositivo eletromagnético.A
fim
de validaro
método
proposto, foi desenvolvidauma
Bancada
Experimental.ii
Abstract
of
Dissertation presented toUFSC
as a partia] fiilfillment of the _requirements for the degree
of Master
in Electrical Engineering.MODELING
OF
A
BRUSHLESS
DC
SERVOMOTOR
AND
ITS
DRIVE
BY
THE
F.
E.
METHOD
Ricardo
Antunes
February/2002
Advisor: Patrick
Kuo-Peng
Co-advisor: Walter Pereira Carpes Jr.
Area of
Concentration: ElectricalMachines
E
Keywords: Bmshless
DC
Motor,
Field~
Electrical Circuit Coupling, Mechanical EquationNumber
of
Pages: 58.This
work
deals with the study and the implementationof
the mechanical equations in theanalysis
of
electrical machines associated to extemal circuits.The
machine ismodeled by
the Finite Elements
Method
intwo
dimensions.The
circuit equations are presented in termsof
state variables.A
strong couplingof
thetwo
equations systems is obtainedusing their
common
variables, namely, the currents and the voltagesof
the electromagnetic device windings. In order to validate the proposed methodology, aSUMÁRIO
INTRODUÇÃO GERAL
... ..11 ` ~ '
CAPITULO
1:SERVOMOTOR
CC
SEM
ESCOVAS:
VISAO
GERAL
... ..41.1 INTRODUÇÃO ... ..4
1.2
COMPARAÇÃO
ENTRE SERVOMOTORES SÍNCRONOSA
ÍMÃS PERMANENTESE
SERVOMOTORES TRADICIONAIS ... ..41.3 CARACTERÍSTICAS Dos MATERIAIS MAGNETICOS PARA ÍMÃS PERMANENTES ... ..6
1.4 ANÁLISE
DO
PONTO DE OPERAÇÃO Dos ÍMÃS PERMANENTES ... ..81.5 INFLUÊNCIA
DO
TIPO DE MAGNETIZAÇÃO Dos ÍMÃSNA
DISTRIBUIÇÃO DE FLUXONO
ENTREPERRO ... .. 101.6 BLAC
E
BLDC: ANÁLISE COMPARATIVA ... .. 111.7 CONPIGURAÇOES UNIPOLAR E BIPOLAR
EM
MOTORES
BLDC
... .. 171.8 TÉCNICAS
COMUNS
DE ACIONAMENTO ... .. 181.9 CONCLUSÃO ... ..20
CAPÍTULO
2;ACOPLAMENTO
ENTRE
DISPOSITIVO
ELETROMAGNETICO E
CIRCUITO
EXTERNO
... ..212.1 INTRODUÇÃO ... ..21
2.2
MODELAGEM
DE CIRCUITOS EXTERNOS ... .. 21 2.3MODELAGEM
DE DISPOSITIVOS ELETROMAGNETICOS ... .. 242.4 ACOPLAMENTO DE DISPOSITIVOS ELETROMAGNETICOS E CIRCUITOS EXTERNOS ... ..27
2.5 CONCLUSÃO ... ..28
CAPÍTULO
3:MOVIIVIENTO
E
EQUACIONAIVIENTO
MECÂNICO
... ..3O 3.1 n\ITRODUcÃO ... .. 303.2
MÉTODO
DABANDA
DE MOVIMENTO
... ..303.3 EQUACIONAMENTO MECÂNICO . . . . . . . . . _. 32 3.4 CÁLCULO
DO
TORQUE ... .. 333.5 IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL ... .. 36
3.6 CONCLUSÃO ... ..38
CAPÍTULO
4:VALIDAÇÃO
DA
METODOLOGIA
IMPLEMENTADA
... ..394.1 INTRODUÇÃO .... ... ..39
4.2 GERAÇÃO
DOS
PULSOSDE COMANDO
... ..404.3 TRATAMENTO
DOS
Sn×1A1SDE
POSIÇÃO ... ..404.4
COMPARAÇÃO
DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS E SIMULAÇOES ... ..434.5 CONCLUSÕES ... . . 56
CONCLUSAO
GERAL
... ..-. ... ..57
ANEXO
2
_
BANCADA
EXPERIMENTAL
LISTA
DE
FIGURAS
Figura 1:
Dimensões do
rotor de dois servomotorescom
ímãs distintos ... ..7Figura 2:
Comportamento
de alguns imãs comerciais para as temperaturas de25
e 125°C. ... ..8Figura 3: Relação torque
X
ângulo de carga ... ..8Figura 4:
Ponto
de operação dos imãsem
funçãoda
força magnetomotriz desmagnetizante ... _ .9 Figura 5: Magnetização paralela e radial ... ..1O Figura 6: Magnetização paralela e radial-Máquina
de
quatro pólos. ... ..11Figura 7:
BLDC
-
enlaces defluxo
efcem
... .. 12Figura 8:
BLAC
-
enlaces defluxo
efcem
... .. 13Figura 9:
Configuração
Bipolar ... .. 17Figura 10: Figura 11: Figura 12: Figura 13: Figura 14: Figura 15:
Configuraçao
unipolar ... .. 17Modo
decondução
de 120° ... .. 19Modo
decondução
de 180° ... .. 19Circuito
exemplo
para definição dos elementosramo
e elo ... ..22Caso
com
deformação esem
deformação dos elementos dabanda
... ..31Contribuição dos elementos quadrilaterais divididos
em
dois conjuntosde
triângulos ... .. 31 Figura 16: Figura 17: Figura 18: Figura 19: Figura 20: Figura 21: Figura 22: Figura 23: Figura 24: Figura 25: Figura 26: Figura 27: Figura 28: Condições de (anti) periodicidade ... ..32Superficie escolhida para o cálculo
do
torque. ... ..34Superficies criadas para cada sentido de corte. ... ..35
. › Cálculo
do
campo
em
funçãoda média
doscampos
... ..36Vetor braço de alavanca. ... .; ... ._
36
Fluxograma do programa
... ..37
Esquema
simplificadoda
bancada experimental ... ..39Decomposição
deum
ângulo atravésdo
resolver ... ..4O Resolver ... ..4l Aspecto das saídasdo
resolver para algumas posiçõesdo
rotor ... ..42Modulação
e demodulaçãodos' sinais de saídado
resolver ... ..42Domínio
discretizado e circuito de acionamento ... .;...43Figura 29: Figura
30
Figura 31 Figura32
Figura 33 Figura34
Figura35
Figura36
Figura37
Figura 38 Figura39
Figura 40: Figura 41 Figura42
Figura 43 Figura44
Figura 45 Figura46
Figura47
Figura48
Figura 49: viSimulação de deslocamento instável para
1A
... ..44Distribuição
da
induçãosem
corrente nos enrolamentos ... ..45Deslocamento
único de 15° ... ..46Corrente
na
faseA
durante a transição ... ..46Corrente
na
faseB
durante acomutação
... ..47Corrente
na
faseC
durante acomutação
... ..47Tensão
de linhaVca
durante acomutação
... ..48Deslocamento
único de 15° (simulação considerando atrito) ... ._49 Correntena
faseA
durante acomutação
(simulação considerando atrito)50
r Correntena
faseB
durante acomutação
(simulação considerando atrito)50
Correntena
faseC
durante acomutação
(simulação considerando atrito) 51Tensão
de linhaVca
durante acomutação
(simulação considerando atrito).. 51Distribuição dos
campos
e induçãona
partida (a) eem
regime permanente (b)52 Seqüência dechaveamento
- controlede
velocidade ... .. 53Posição angular
do
rotor ... _. 53Aproximação
parao
cálculoda
velocidademédia
... ..54
Velocidade
média
aproximada × velocidade simulada ... ..54Corrente de fase ... .. 55
Tensão
de linha ... _. 55Curva
B
×H
(servomotor swa-56) ... ..61l
1NTRoI›UÇÃo
GERAL
A
busca pela generalização dosprogramas
de simulação de dispositivoseletromagnéticos interagindo
com
os seus circuitosextemos
de alimentaçãotem
sidoalvo de inúmeras atividades de pesquisas científicas,
bem como
de grande interesseindustrial.
O
curso naturalda
evolução tecnológicapropõe
a investigação de sistemas deautomação
e controle que ofereçamdesempenho
e rendimento excelentescom
omenor
custo possível.
Todas
estas características estão intimamente atreladas às etapas iniciaisde projeto, sendo imprescindível, portanto, o desenvolvimento de ferramentas
de
simulação capazes
de
reproduzir, precisamente, aampla
gama
defenômenos
fisicos presentes nestes sistemas.Assim
sendo, destaca-seo
método
de elementos finitos(MEF),
consolidadocomo
uma
poderosa ferramenta de análise de estruturaseletromagnéticas, vastamente utilizado
na
comunidade
científica.Nas
máquinas elétricas,em
específico, ométodo
de elementos finitos bidimensionalpode
representaruma
porçãoconsiderável de
fenômenos
fisicoscomo
o efeito de correntes induzidasem
partes condutoras,o
cálculo de forças eletromagnéticas e a conversão eletromecânica-de
energia, consideração
da
saturaçãoem
materiais ferromagnéticos, dentre outros [l].Em
se tratando de circuitos de acionamento e controle, encontram-se os mais variados tipos de componentes, desdecomponentes
passivoscomo
capacitores e indutores, atécomponentes
não linearescomo
transistores, diodos, etc.Além
destes aspectos, freqüentemente apresentam laços de realimentação e topologias relativamentecomplexas. Deste
modo,
as ferramentas de simulaçãodevem
partir deum
acoplamentotal entre as equações
do
circuitoextemo
de alimentação e dispositivo eletromagnéticoque
garanta flexibilidade aoprograma
e, principalmente, robustez aométodo
de
resolução.
Tendo
em
vista o mencionado, algoritmos para resoluçãode
problemasenvolvendo acoplamento de dispositivos eletromagnéticos e seus circuitos externos de
alimentação
vêm
sendo desenvolvidos pelo laboratórioGRUCAD
(Grupo
deConcepção
e Análise de Dispositivos Eletromagnéticos- EEL/UF
SC).A
versão inicial desteelementos finitos bidimensionais alimentados por circuitos monofásicos de alimentação
[2].
O
domínio de estudo é definidocom
o auxílio dos pré-processadoresEFD
eEFM,
pertencentes ao
programa
EFCAD.
A
partir destes programas, são declaradas aspropriedades fisicas dos materiais, as condições
de
contomo,
a geometria, etc.O
equacionamento
do
circuitoextemo
é realizado automaticamenteem
funçãode
suas variáveis de estado, a partir da declaração de sua topologia.O
acoplamento direto entre as estruturastoma
possível a resolução simultâneado
sistema de equações,o
que
garante a robustezdo
método
[2].As
não-linearidades dos materiaisdo
circuitomagnético são consideradas a partir da inclusão de suas respectivas curvas
B-H.
Uma
das limitações da primeira versão é a aplicaçãoem
dispositivoseletromagnéticos
com
múltiplos enrolamentos,como
no
caso de transformadorestrifásicos.
As
pesquisas seguintes ampliaram a abrangênciado programa
EFCIR
paraestruturas polifásicas garantindo-se a independência linear entre as equações
do
sistema[3].
No
decorrer dos estudos, tornou-se possível o estudo de estruturasque
incluemmovimento
rotacional à velocidade constante, sendo criadoo programa
EFROT.
A
modelagem
demáquinas
girantes foi possívelcom
o emprego da
técnica conhecidacomo
Banda
de
Movimento
[4], [5], [6].Com
o emprego
de condições de periodicidadee anti-periodicidade, os nós criados à
medida que o
rotor se desloca são referenciados a nós antigos. Desta forma, conserva-se adimensão
do
sistema final de equações,poupando-se
esforço computacional.Como
contribuição aosoñware
EFROT,
propõe-se a implementaçãodo
acoplamentomecânico
ao sistema conversor estático/dispositivo eletromagnético.Assim
sendo, oprograma
terá a capacidade de reproduzir a interação entre grandezas elétricas,magnéticas e mecânicas, de
modo
a possibilitaro
estudodo comportamento
dinâmicode
máquinas elétricas girantes, tais
como
transitórios de partida e oscilações de carga.O
trabalho é
fundamentado no
usodo
Método
do
Tensor deMaxwell
parao
cálculodo
torque eletromagnético e sua posterior utilização
no
equacionamento mecânico.A
título de validação,um
servomotordo
tipoCC
sem
escovas éempregado. Para
o
propósito de análise das grandezas mecânicas, este tipode
servomotor possibilitaum
controle relativamente simples de posição e de velocidade,3
rotor é fornecida por
um
sensordo
tipo resolver. Tal sensor possibilita amedida
contínua e precisa da posição. .
De
acordocom
o
exposto anteriormente, a divisão dos capítulosdo
presente trabalho de dissertação se faz da seguinte forma:Primeiramente, são discutidos aspectos gerais referentes a
motores
síncronos a imãs permanentes.São
expostos desde alguns fatores ligados às características construtivas,como
tipo de materiais magnéticos, tipo de magnetização dos imãs, etc., até a análise simplificadado comportamento
destas máquinas.No
segundo capítulo, é feitauma
rápida revisãoda
formulaçãoempregada
que
tratado
acoplamento direto entre dispositivo eletromagnético e circuitode
alimentação. Enfatiza-se a automatizaçãodo
processo de resolução, o que dispensao
conhecimento
a
priori das grandezas relacionadas ao circuito externo.No
terceiro capitulo, a implementaçãodo
movimento
é abordada.Os
métodos da
Banda
deMovimento
e Tensor deMaxwell
são discutidos.A
seguir,evidencia-se
0
acoplamentodo
equacionamentomecânico ao
sistema.Por fim, no
quarto capítulo, é apresentada a metodologiade
validação dosresultados obtidos. Explora-se o tipo de sensor de posição
empregado
bem
como
o
modelo
de acionamentodo motor
e tratamento das medidas.VISÃO
GERAL
1.1
INTRODUÇÃO
A
evolução dos acionamentosem
razãodo
avanço da tecnologia dos semicondutores de potência, e a redução de seus custos de desenvolvimento e produção, tornaram possível a utilização eficiente de motoresnão
convencionais, que anteseram
limitados a usos específicos devidoao
elevado custo,em
um
maiornúmero
de
aplicações.Como
exemplo
pode-se citar os motores de imãs permanentessem
escovas,que
hoje sãoamplamente
utilizadosem
acionadores de discos rígidosde
microcomputadores,
em
máquinas ferramentas e nos automóveis,além
de aplicaçõesaeroespaciais. Este tipo de
motor
se subdivideem
duas classes: os motores de corrente continuasem
escovas (brushlessdc motors
-
BLDC)
e os motores de corrente altemadasem
escovas (brushlessac
motors-
BLAC),
dependendo
seO
formatoda
força contra- eletromotriz é trapezoidalou
senoidal, respectivamente. Este últimotambém
é conhecidocomo
servomotor síncrono a imãs permanentes (S SIP). Percebe-sena
literaturaalgumas
variações quanto à nomenclatura destes motores.
Segundo
[7], osBLDC's
recebem
estenome
devido a alguns aspectoscomuns
com
os motoresCC
clássicos,como
a relaçãoentre torque/corrente e tensão/velocidade. Outros autores, porém, se referem ao
BLDC
como
sendoum
servomotor síncrono a imãs pennanentescom
força contra-eletromotriz trapezoidal (SSIPT) [8].Dependendo
do
enfoque, alguns textos utilizam Otermo
genérico “servomotor síncrono a imãs permanentes” (SSIP)
como
referência aambos
osmodelos
(BLAC
eBLDC).
Neste trabalho, estas duas classes de motores serão tratadascom
distinção.1.2
COMPARAÇÃO
ENTRE
sERvOMOToREs
síNcRoNOs
A
í1vIÃsPERNIANENTES
E
sERvoMOToREs
TRADICIONAIS
Cada
tipo de servoacionamento apresenta suas características próprias5
acionamento
podem
ser divididosem
três grupos: servoacionamentoCC,
servoacionamento
CA
assíncrono e servoacionamentoCA
síncrono.O
tradicionalmotor
CC
com
escovas apresenta vantagens frente aos motoresCA
quando
comparamos
seus respectivos circuitos de acionamento e controle, por exemplo, a simplicidade eo
baixo custo.Todos
estes beneficios sedevem,
principalmente, ao fato de a velocidade ser diretamente proporcional à tensãode
armadura
enão
à freqüência, jáque
circuitos controladores de tensão são mais simples e baratos que circuitos de controle de freqüência.As
desvantagensdo
servomotorCC
estão ligadas principalmente ao fato deque
a correntede armadura
é transmitida pormeio de
escovas e deum
comutador
mecânico, sendo inerente os seguintes problemas: desgaste e necessidade de
manutenção
freqüente; dificuldade
em
gerar altos torquescom
amáquina
parada devidoao
aquecimento localizado
do
comutador; problemasna
geraçãode
elevados torquesem
altas velocidades devido à produção de arcos e ruido eletromagnético.
Um
outro aspectonegativo está relacionado
com
seucomportamento
dinâmico, sendo limitado pela altainércia
do
rotor e pelas limitações de corrente.V
No
grupo dos servoacionamentos
CA
assíncronos encontram-se os motoresde
indução. Estes motores, secomparados
aos motoresCC,
apresentam maior robustez, simplicidade e baixo custo de construção e manutenção. Estes fatoresfazem
com
que amáquina
assíncrona sejaamplamente
utilizadaem
acionamentoscom
velocidade constante. Entretanto, a sua utilização
em
servoacionamentoscom
controleem
malha
fechada necessita de circuitos mais complexos, geralmente utilizando microprocessadores rápidosou
DSP
(Digital Signal Processor).O
servomotor de indução quasesempre
precisa dealgum
tipo de ventilação forçada pelo fato deo
calor geradono
rotor ser de dificil dissipação, assimcomo
nos motoresCC.
Os
servomotores síncronos a imãs permanentes,BLDC
eBLAC,
pertencem à classe dos servoacionamentos
CA
síncronos.São
depequeno tamanho
etêm
alta relação torque/volume, competindo diretamentecom
os motoresde
induçãopara faixa de potência entre 1
-
10kW.
Acima
desta faixa, otamanho
dos imãs eleva oscustos de
produção
deste tipo de motor,tomando
inviável a sua utilização.O
SSIP
possui maior eficiência, maior relação torque por
ampère
e maior fator de potência, pois praticamentenão
tem
perdasno
rotor enão
requer qualquer correntede
magnetização.Considerando-se motores de indução e SSIP”s de iguais dimensões,
o
rendimento e o fator de potência são daordem
de20
'a50%
maiores nos SSIP”s.Em
decorrênciado
melhor rendimento, os circuitos retificador e inversor
do SSIP
sãode
menor
porte.A
eficiência deste tipo de
motor
variade
90
a96%
e ado
acionamento giraem
torno de97%,
oferecendouma
eficiência total maiordo que
qualquer outro conjunto motor-acionamento.
Os
enrolamentos se encontramno
estator,onde
o calorpode
serremovido
mais facilmente. Estas característicaslevam
oSSIP
a setomar
a melhoropção
em
sistemas
onde
se exige elevadodesempenho
dinâmico,como
em
robótica emáquinas
ferramentas,ou
em
aplicações aeroespaciais,onde
os aspectos de baixo peso evolume
são essenciais.
É
importante notar que, apesar das várias pesquisas sobremotores não
convencionaisem
nível mundial,nenhum
motor
desenvolvido até omomento tem
condições de suplantar
o motor
de induçãoem
termosde
relação custo/desempenhoem
aplicaçoes gerais.
1.3
CARACTERÍSTICAS
Dos
MATERIAIS
MAGNÉTICQS PARA
i1vrÃs1>1‹:RMANENTEs
O
sucesso das pesquisas e desenvolvimento denovos
materiais para imãs impulsionou sua utilizaçãoem
servomotores síncronos. Atualmente, os SSIP”s de utilização geral são fabricadoscom
ligas de Neodímio-Ferro-Boro, cuja principalqualidade é o alto produto energético. Entretanto, são consideravelmente mais caros e
apresentam tendência à corrosão, devido_à presença
do
Ferro.Um
breveresumo
daspropriedades de alguns imãs comerciais é abordado
na
Tabela 1.TABELA
1:Propriedade
Unidade Alnico
FerriteSmzCo¡7
NdFeB
B,
T
1.35 0.405 1.06 1.12;z0H,
T
0.074 0.37 0.94 1.06(BH)..,.,.
kl /m3
59.7 30.6 206.9 238.7um
1.9 1.1 1.03 1.17
Na
Figura 1,comparam-se
as dimensõesdo
rotor de dois servomotores~ ~
com
imas distintos para asmesmas
condiçoesde
fluxo
e de correntes,ou
seja,de
torque.O
servomotor cujo rotor é constituido por terras raras (Samário-Cobalto),tem
um
diâmetro consideravelmente
menor
do que
um
servomotorcom F
errite [22].ff-"'-~
.Í
g"
Fernte
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S¡n2(_¬,017/
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_ Ç ~,
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V
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\
Ú
/
\
/
\
,
`
/
Í .vw .-ef” ' -_-6' "'~ln_z-nf'Figura 1: Dimensões do rotor de dois servomotores
com
imãs distintos.Os
imãs cerâmicos ede
NdFeB
são sensíveis à temperatura e cuidados especiaiscom
relação à. desmagnetizaçãodevem
sertomados
para operaçãoem
temperaturas acima de 100°C. Para temperaturas elevadas, geralmente são
empregados
imãs de Alnico e de Samário-Cobalto.
1.3.1
FAIXA
DE
TEMPERATURA
EM
SERVIÇO
Com
o objetivo de proteger os imãs contra a degradação da densidadede
indução remanente, a escolha
do
material edo volume do ímã
é determinadacom
basena
mais elevada temperatura de operação. Felizmente, os SSIP's
têm
perdas rotóricas muitobaixas e facilidade de refrigeração devido à estreita
camada
do
estator.Como
resultado, estes motoresoperam
geralmente a temperaturas inferiores a 100°C.A
Figura2
apresentao comportamento
de alguns imãs comerciais para as temperaturasde 25
eA B[T) / /1.0
o
smzcow à 25°CO
Sm2C°]7 Õ 125%: - os -o.óÉ
FGÍÍÍÍG (E 25°C /0.4 ' @F€|'|'Íie (1 125°Ç/-
0.2 ‹ .z z I v ‹ . _¡_¡0HU¡1.o os 0.ó 0.4 o.2 0Figura 2: Comportamento de alguns imãs comerciais para as temperaturas de 25 e 125° C.
1.3.2
SUSCEPTIBILIDADE ÀS
CONDIÇÕES DE FALTA
Os
imãspodem
ser desmagnetizados por correntes de faltacomo,
porexemplo, correntes de curto-circuito provocadas por falha
na
operação dos inversores. Geralmente, esteproblema
écontomado
com
medidas de proteçãotomadas no
inversore
no
circuitode
controle, aumentando-se a liberdadena
escolhado
tipo deímã
para O motor.Mas
existeuma
situação específicaonde O
curto-circuito étomado
como
medida
preventiva contra sobrecargas, conhecidacomo
freio dinâmico. Neste caso,o
aquecimento produzido
pode
levar àqueima
e aorompimento
da isolação e,conseqüentemente, ao curto-circuito entre espiras
ou
enrolamentos. Portanto,em
taiscasos, a integridade dos imãs é assegurada pela escolha de materiais
com
coercitividadesuficiente para operação
com
segurançana
região de desmagnetização.1.4
ANÁLISE
DO
PONTO
DE
OPERAÇÃO
DOS
i1vLÃsPERMANENTES
Nas
máquinas a imãs permanentes, assimcomo
nas máquinas síncronastradicionais, a defasagem entre os
campos (também
conhecidacomo
ângulo de carga),para
um
fimcionamento
estável, deve permanecer entre O e90
graus elétricos,como
mostrado na Figura 3. T
)
1 -90" 0° +90” +190” Gngm, de carga (_-_ __.. gerador motor9
No
funcionamentocomo
motor
7um
ân lo de car a maiorue
90° acarreta a erda desincronismo. Para
um
ângulode
carga igual a 0°, cada pólo suldo
rotor localiza-seinteiramente sob
um
pólo nortedo
estator e vice-versa, correspondendo à operação dos imãsno
primeiro quadrantedo
laço de histerese,onde
campo
magnético e induçãocirculam
no
mesmo
sentido.No
ponto crítico (90°), cada pólodo
rotor situa-se exatamente entre dois pólosdo
estator,onde metade do ímã
operano
primeiro quadrantedo
laço de histerese e a outrametade no
segundo quadrante. Entre estes dois pontos,uma
atenção especial édada
à região situadano
segundo quadrante,também
chamada
de “curva de desmagnetização”.Um
dos objetivos de projetodo motor
égarantir que,
em
condições normais eem
predeterminados níveis de sobrecarga,o
ponto de operação destas regiões dos imãs se situe auma
distância segurado
campo
coercitivo,
H
C ,com
o intuito de proteger os imãsda
desmagnetização permanente.A
Figura
4
ilustra, qualitativamente, amudança
do
ponto de operação para imãs de diferentes coercitividades, parao
mesmo
aumento da
força magnetomotriz,na
regiãode
desmagnetização.
O
ponto deuoperação dos ímãs é determinadoem
fiinçãode
seu laçode histerese,
que
depende exclusivamente dos imãs, e da reta de carga, que é amesma
para ambos, considerandoo emprego do
mesmo
circuito magnético. Nota-seque
o
material “2” é completamente desmagnetizado
com
amudança
no
ponto de operação, enquanto a remanênciado
material “1”, de maior coercitividade,não
é afetada.ÁB
/
8,4 Material 1desiooomento do reto de cargo
com
o aumento do
fmm
desmogneflzonte‹~_
/
Material 23r2
/Ha
/íazz
\
1.5
INFLUÊNCLA
Do
Trvo
DE
MAGNET1zAÇÃo
Dos
ÍMÃS
NA
DISTRIBUIÇÃO
DE
FLUXO
No
ENTREFERRO
Existe
um
grandenúmero
de variaçõesna
disposição eno tamanho
dosimãs
empregados
em
SSIP”s [9]. Estes aspectos são determinantesno
rendimento,desempenho
e, sobretudo, na técnica de servo-acionamento.O
trabalho desenvolvido está relacionado a motoresCC
sem
escovastrifásicos,
com
imãsmontados
superficialmente.Para SS]P”s
com
imãs colocadosna
superficiedo
rotor existe apossibilidade de magnetização paralela
ou
radial.Na
Figura 5, ilustra-seuma
máquina
dedois pólos.
A
distribuiçãodo
fluxo
no
entrefeiroda máquina
éaproximadamente
retangularou
senoidal,dependendo
se a magnetização dos imãs é radialou
paralela,respectivamente. fi;-sê indução zztëâzm paralela
1!]
Í!!!
_ _Í
*fz
grnugellgoteioosFigura 5: Magnetização paralela e radial.
Contudo,
como
pode
ser observadona
Fig. 6, namáquina
de quatropólos, a magnetização paralela já não
conduz
auma
distribuição defluxo
senoidal, poisas linhas paralelas tomaram-se, sensivelmente, mais radiais.
A
magnetização radial, porsua vez, continua levando a
uma
distribuição retangular. Então, pode-se concluirque
amagnetização radial levará sempre a
uma
distribuição quase retangulardo
fluxo
independentementedo número
de pólos, enquanto a magnetização paralela tende all ingiáçõo
~
rddiuvl ¡§¿¡|›¢|¢|g 'C paralela radial fl ' O O 9'o‹› 1ao‹›> grauselètricosFigura 6: Magnetização paralela e radial
-
Máquina de quatro pólos.1.6
BLAC
E
BLDC: ANÁLISE
COMPARATIVA
O
servomotor síncrono a imãs permanentes eo
servomotorCC
sem
escovas apresentam muitas semelhanças, sendo tratados
sem
distinçãoem
algumasocasiões [19].
Ambos
têm
imãsno
rotor erequerem
corrente, de certa forma, alternadanos enrolamentos
do
estator paraprodução
de torque.No
entanto, algumas “pequenas” diferenças, relacionadas a aspectos construtivos, são determinantesno desempenho de
cada
um
destes motores econduzem
a estratégiasde
operação e controle distintas, cadaqual
com
suas vantagens e desvantagens. Estas caracteristicas construtivas visam àprodução
de forças contra-eletromotrizes peculiares [7] [10] [1 1],como
visto a seguir.1.6.1
FORMATO
DAS
FORÇAS CONTRA-ELETROMOTRIZES
O
servomotorCC
sem
escovas apresentafcem
com
formato trapezoidal. Este formato é determinadoem
funçãoda
variação linear dos enlaces defluxo
das fasesdo
estator,em
meio
período elétrico, provenientes dos imãs,com
relação à posiçãoespacial
do
rotor.As
características construtivasque
resultam nestecomportamento
são as seguintes:Í
imãs
e ranhurassem
inclinação;Í
distribuição simétrica dos imãs;Í
enrolamentos concentradoscom
passo
pleno; çÍ
imãs
com
magnetização radial;Í
imãs
com
magnetização paralelaem
máquinas
com,no
mínimo, quatro pólos. 'Na
Fig. 7, ilustra-seum
BLDC,
fiincionandocomo
geradorem
vazio,com
ascaracterísticas mencionadas anteriormente.
A
linha tracejada,com
aspecto trapezoidal, na curvada fcem
representa a tendência real considerando o espraiamento nas extremidades dos ímãs. O :: Wa 'Ya mw-
0P
1šo° :gw 9 ea .Õ Ó. .Q ó ó ,_!
1
I:P
° 1500 5500 6 IO 0. .Ó QIFigura 7:
BLDC
-
enlaces de fluxo e fcemNo
casodo
BLAC,
os enlaces defluxo
das fasesdo
estatorcom
relação àposição espacial
do
rotor variam defomia
senoidal (ver Figura 8). Suas característicasconstrutivas, citadas a seguir, são
combinadas
entre si de talmodo
queo
conteúdoharmônico da
fcem
seja significativamente reduzido:Í
ímãs
e/ou ranhuras inclínadas;Í
distribuição assimétricados
imãs;Í
enrolamentos distribuídos;/
imãscom
magnetização radialou
paralela;Í
rotorcom
leve saliência entre osímãs
(imãscom forma
de
paralelepípedos).
Esta última é utilizada, principalmente,
em
decorrência da dificuldade de se construirimãs
em
forma
de arcos, sendoempregada
também
nosBLDC”s
com, no
mínimo, 6 pólos.13 "›.›¿¬ <rnen1o dsrnoutco `¿,~.,,f :, f-:if-" senoicxozmeme LP _ wa max *_
P
° 1!so° :gov 6 ea 0›
' 18 600 9Figura 8:
BLAC
-
enlaces de fluxo e fcemA
inclinação das ranhuras e/ou imãs, etambém
imãs espaçados deforma
não uniforme são
comumente
utilizados. Diferentementedo
BLDC,
a versão senoidalopera
como
uma
máquina
decampo
girante e requer formas deonda
senoidaisda
tensãoe corrente
no
estator para a produção de torque constante,como
será visto adiante.1.6.2
EQUAÇÕES
DE
TORQUE
E
TENSÃO
Nesta seção, serão analisadas as equações simplificadas
de
torque e tensão de motoresCC
sem
escovas. Demonstra-seque o comportamento
do torque eda
força contra-eletromotriz destes motores é semelhante ao dos motoresCC
tradicionais(com
escovas).Como
mencionado
anteriormente, os motoresCC
sem
escovas são caracterizados por fcem's trapezoidais,ou
idealmente retangulares, devido à distribuiçãolinear dos enlaces de fluxo. Para o
motor
de dois pólos apresentado na Fig. 7, afcem na
fase a, por exemplo, é expressa
como:
e
:_õ*Pa :_õ*Pa '60 :_ô*Pa
(Ú“
õz
õâ
õfôâ
” (1)onde
*Ya é o enlace defluxo
da fase a,G
é a posição relativado
rotor e rn, a velocidadeO
trecho lineardo
enlace defluxo
da
fase a, para o intervalo entre 0° e 180° édado
por:9
~1{,(e)
z
[1-
,(2)
onde o
enlacemáximo
de fiuxo, *Ya mzzz,pøde
seraproximado
por:Tam
=
N,Bgzrrl,(3) sendo
Na
onúmero
de espirasda
fase a,Bg
omódulo
da
induçãona
camada
definidana
região central
do
entreferro, r a distância desta última à origem e l a profundidade .A
força contra-eletromotriz pode,enfim,
ser reescritaem
função de (2) e(3):
ea
=
2NaBglrú›,V (4) Esta última expressão representa a magnitude
da
fcem
ilustradana
Figura 7.Os
motoresCC
sem
escovasoperam
com
duas fases ativas euma
inativa
em
cada seqüênciade
operação,como
será vistono
final deste capítulo.O
torqueeletromagnético, então,
pode
ser representado, a partirda
potência elétricafomecida
porduas fases,
como:
P
=
ÚJT,=
2eI,(5) sendo e e
I
a força contra-eletromotriz e a correnteem uma
das fases ativas,respectivamente.
Substituindo-se (4)
em
(5), obtém-se a seguinte relação parao
torqueeletromagnético: Í;
=
4NBglrI. (6) Reescrevendo-se (4) e (6), tem-se: 1 e:
=
CDI :TeK
›onde
K=4N/fr
e <I>=Bgrm'.Desprezando-se a
queda
de tensão nos interruptores de potência, a tensão nos terminaisdo motor
pode
ser expressacomo:
15
V
=
es+
RI, (9)onde
V
é a tensão de alimentação eR
é asoma
das resistências de dois enrolamentosem
série, assim
como
es é asoma
das fcem”s.A
relação entre torque e velocidade é obtida apartir das equações (7) (8) e (9):
ú,zL[rz1L.ff
. (10)K<I>
KCD
V
Nota-se,
enfim, que
ocomportamento
de motoresBLDC
é similar aode
motores
CC
shunt tradicionais.A
velocidade é essencialmente controlada pela atuaçãona
tensão de alimentação.Com
o aumento da
tensão de alimentação, a corrente nos enrolamentos se eleva, adaptandoo
torque à velocidade.O
aumento do
torque de cargaconduz
aum
decréscimo de velocidade proporcional à resistência e ao torque.A
equação (5), escrita genericamente,assume
o seguinte aspecto:T
:
(ea 'ía+eb
'ib+ec
8
aa i (11)
onde:
I ea ,eb
, ec - forças contra-eletromotrizes nas fases;
I ímíbyíc - correntes nas fases.
Pela expressão (ll), conclui-se
que
a operação auma
velocidade constante, isenta de oscilações de torque, leva a estratégias de acionamento distintas,dependendo do
formato das forças contra-eletromotrizes.Nos
motoresCC
sem
escovas,como
já mencionado, afcem
é trapezoidal; sendo assim, a produção de torque constantedepende da
aplicação de correntescom
formas deonda
quadradas eem
fasecom
as respectivas fcem's. Já nosBLAC's,
as correntesdevem
ser senoidais.1.6.3
HARMÔNICOS
DE
TORQU1:
Os
efeitos decorrentes de harmônicos de torque são particulannenteindesejáveis
em
aplicações especíñcasonde o
controle precisode
velocidade e posiçãosão essenciais.
As
ondulações de torquegeram
flutuações de velocidade deteriorando a dinâmicado
sistema, além de produzirem ruído acústico e vibrações mecânicas. Existem várias fontes geradoras de harmônicos de torque nos motoresBLDC
eBLAC.
Dentre asmais
comuns
citam-se:o
cogging torque,ou
torque ondulante, o torque oriundo de harmônicos de enlaces defluxo
e os harmônicos causados pelo circuitode
acionamentoem
conjuntocom
a influência dacomutação
das correntes entre as fases [12] [13] [14].O
coggíng torque é criado pela interação entre as irregularidadesdo
entreferro, devido às ranhuras, e ocampo
magnético provenientes dos ímãs. Estacomponente
de torque independe das correntes estatóricas. Suas pulsaçõesocorrem
auma
freqüênciaem
fimção
do número
de ranhuras,dado
pela equação (12):fcogging
:w'Nr>
onde:
(12)
I fwggmg - freqüência de oscilação
do cogging
torque;I (0 -velocidade angular mecânica; I
N
,
-número
de ranhurasdo
estator.O
cogging
torque é a principaldesvantagem
dosBLDC°s
frente aosBLAC”s
em
sistemas
de
controle de posiçãoou
em
baixas velocidades pois nosBLAC's,
ocoggíng
torque praticamente inexiste [15]. Estacomponente
de torque é praticamente desprezívelem
BLDC's
de grande porte [16].Os
harmônicos de freqüências inferiores resultamde
interaçao entre ímas desbalanceados magneticamente.
No
BLDC
ideal, a densidade defluxo
é constante sobre os pólos,passando a zero entre os
mesmos
e assumindo polaridade opostano
pólo adjacente.Na
prática, no espraiamento gera deformações
também
na parte plana da fcem, gerandoharmônicos de enlace de fluxo,
que
por sua vez criamuma
fonte adicionalde
torque ondulante sobre o torquemútuo
[13].Os
harmônicos de enlacesde
fluxo
podem
alcançar
de 2
a4%
do
torque nominal e o coggtng torque giraem
tomo
de3%
[12].A
impossibilidade de se injetar correntes perfeitamente retangulares nosenrolamentos
do
estatorprovém
do fenômeno da comutação
[17].A
comutação da
corrente entre as fases
do
estator requerum
tempo
mínimo, durante o qual o torque sofre brusca queda, alcançandoem
certos casos até25%
do
torqueem
regime ecom
freqüência seis vezes maiorque
a freqüência elétricado
estator [12]. Isto se deve àsindutâncias dos enrolamentos e à diferença entre a tensão
do
barramentoCC
e a força17
a
comutação
entre as chavesdo
mesmo
braçodo
inversor, o circuito de acionamento fazuso
do
chamado
tempo
morto, oque
acarretaum
aumento de
depressãono
torque.1.7
CONFIGURAÇÕES UNIPOLAR
E BIPOLAR
EM
MOTORES
BLDC
Na
configuração
bipolar as chavesconectam
as fases ora ao barramento +E, ora ao terminal de referência (Fig. 9).As
fases são geralmente conectadas aum
ponto neutro
comum. Dependendo
decomo
os transistores são chaveados, a correntenos enrolamentos
pode
circular tantonum
sentidocomo
no
oposto; eis a razãoda
Figura 9: Configuração Bipolar
denominação
bipolar.Ãzíí
j<_7iA
configuração
unipolar (Fig. 10) é mais convenienteem
sistemas de baixa tensãoque requerem
correntes elevadas,como
em
aplicações automotivas, devidoà possibilidade de
menor
dissipação de potência.Ao
contrário da configuração anterior, existesomente
uma
chaveem
sériecom
as fasesdo
estator, oque
toma
o sentidoda
corrente unidirecional.
O
fato de se utilizarmetade
das chaves é interessanteem
aplicações de potências elevadas
onde
os custos doscomponentes
e a complexidade dos circuitos envolvidos são relevantes.Uma
desvantagem
desta configuração é anecessidade de mais cobre e ferro para motores de
mesma
potência,uma
vez que,em
qualquer instante de tempo, somente
uma
fase é acionada.1.8
TÉCNICAS
COMUNS
DE
ACIONAMENTO
As
característicasque dão
destaque a estes motores frente aos motoresconvencionais,
como
o desempenho
dinâmicocom
precisãono
controle de posição e velocidade, estão intimamente relacionadascom
o tipo de acionamento e sensores deposição/velocidade envolvidos.
O
controle busca, basicamente, injetar corrente nas fasesem
funçãoda fcem do
respectivo tipo de motor.Nos
motoresCC
sem
escovas, emprega-seo
chamado
“modo
de
condução
de 120°”(também denominado
six step: seis seqüências dechaveamento
em
um
período elétrico) vistona
Fig. ll.Em
qualquer posiçãodo
rotor,uma
faseconduz
correnteno
sentido positivo, outrano
sentido negativo e a terceirapermanece
inativa.A
produção de
torque depende, portanto, de duas fases.Cada
chavedo
inversorpermanece
ligada por 120° elétricos, provendo, idealmente, corrente contínua
ao
enrolamento correspondente durante este intervalo.Os
circuitos de controle típicos [18]possuem
um
laço interno que controla a corrente nas duas fases ativas pela aplicação correta detensão ao estator.
O
controlede
tensão é usualmente realizado porChopper
ou
porPWM,
sendo este últimoamplamente
utilizadoem
sistemas de baixa potência.Um
resistor shunt é geralmente colocadono
barramentoCC
para prover a realimentaçãode
corrente deste laço intemo.Um
laço externo controla a velocidadedo motor
aplicando areferência correta
de
correnteao
laço intemo.As
correntes sãocomutadas
às fases corretas baseadasna
posiçãodo
rotor.Como
acomutação
entre as fases ocorre a cada60° elétricos, a informação de posição
não
requer sensores de alta precisão, sendocomumente
utilizados os circuitos de efeito hall e contadores bidirecionaisde
giro19 { Í É I E
_
V2 T4~
'* W“¬L¬.i'¬-:_._r
P|:¬¬__r'¬¬_
Í1¬.1
'TT-L¬¬r:T
.TT TT T3 T3 T5. T5 T1 TT T3' 'T3 T5 T5 Tó T2 T2 T4 T4 Tó Tó T2 T2 T4 T4 TÓÍlügura 11:
Modo
de condução de 120°Nos
motoresCA
sem
escovas, utiliza-se omodo
decondução
de 180°,onde
cada chaveconduz
durantemetade
do
período. Nestes motoresnão
há fase inativa,sendo o torque
composto
pela contribuição das três fases (Fig. 12).e1111|§1iÍmiil|¡‹1fl_
f1nn~
pim
luz mznimmfriui naum T ~H
~ ¿ez”
1% 1 âmsw inn iz ~ I i Iez
mn
T nn im 1 ~iÊ
lí; em £__ 4 ~ í ,_ 4 2Figura 12:
Modo
de condução de 180°O
controlecomumente
utilizado nestes motores possui dois laçoscorrente, conhecido
como
“controle vetorial”.A
componente
de quadratura é controladapara se alcançar
o
torque desejado.A
componente
de eixo direto é usualmente forçada a zero,mas
também
pode
ser controlada afim
de se obter elevadas velocidadescom
a técnica de enfraquecimento decampo
[19],ou
seja, operaçãocom
potência constanteacima da velocidade nominal.
Um
terceiro laço extemo,que
comanda
a velocidade, criaa referência de torque.
O
controle eficaz destes motores é feitocom
modulação do
tipoPWM
e exige sensores de maior precisão,como
os resolvers e encodersde
altaresolução.
1.9
coNcLUsÃo
Neste capítulo,
foram
apresentados alguns conceitos básicos e características principais parao
estudo de servomotoresCC
sem
escovas. Aspectos gerais envolvendo os materiais utilizados, rendimento, custo, desempenho, etc,foram
facilmente absorvidos através de
um
estudo paralelo aos servomotoresCA
sem
escovas,embora não
seja esteo
tipo demotor
alvo deste trabalho.As
equaçõesde
torque e força eletromotrizforam
expostas de maneira simplificada para fins decomparação
e analogiacom
motoresCC
tradicionais.A
origem e a influência dos principais harmônicosde
torque,
que degeneram o desempenho
destes motores,foram
brevemente discutidas.Por
fim, foram comentados
os tipos de acionamentoscomumente
empregados
na indústria.CAPÍTULO
2:
ACOPLAMENTO
ENTRE
DISPOSITIVO
ELETROMAGNÉTICO
E CIRCUITO
EXTERNO
2.1
INTRODUÇÃO
Como
mencionado no
início deste trabalho, a análise de sistemas,principalmente de servoacionamentos
onde
a topologia dos circuitos é relativamentecomplexa, exige ferramentas de simulação versáteis e robustas. Para tanto, neste capítulo
serão tratados os princípios
que
descrevemuma
metodologia de forte acoplamento entre estruturas eletromagnéticasmodeladas
por elementos finitos e circuitosextemos de
alimentação.
1
2.2
MODELAGEM
DE
CIRCUITOS
EXTERNOS
Os
circuitos de alimentaçãopodem
conter diversos elementosem
sua estrutura,como
componentes
ativos' e passivos, linearesou
não.Sua
modelagem
édesenvolvida
com
auxílioda
Teoria de Grafosem
conjuntocom
a Teoriade
Circuitos Elétricos.A
partirda
declaração da topologiado
circuito, todas as grandezas elétricaspodem
ser calculadas aplicando-se as teorias mencionadas.Inicialmente, o processo de equacionamento
do
circuito ocorrecom
adeclaração
da
posição relativa doscomponentes
através de seus nós.De
posse destasinformações, é possível, então,
compor
sua matriz de incidência [20].A
automatizaçãodo
processo é,em
parte, vinculada à aplicaçãodo
algoritmo deWelsh
sobre a matrizde
incidência, pela qual deterrnina-se
uma
possivel árvoredo
circuitocom
os correspondentes elementosramo
e elo,bem
como
as matrizes de laços fundamentais,B1,
e de cortes fundamentais,K2
[3].[Ve
]="B1[Vr
l (13)[Íz
l=“Kz
[Íz (14)A
matriz de laços fundamentais relaciona as tensoes entre elementosramo
e elementos elo para cada
caminho
fechadodo
circuito, traduzindo-sena
Leide
correntes entre elementos
ramo
e elo para cadanó do
circuito, referindo-se à Lei de Kirchhoff dos Nós.Das
equações apresentadas acima, apenasuma
delas deve ser incorporadaao equacionamento
do
circuito, considerando-se a complementaridade de seusprincípios.
Elementos de circuito
como
capacitores e fontesde
tensão sãopreferencialmente arbitrados
como
elementos ramo, pois nestes elementos a tensão é mais facilmente determinávelque
a corrente.O
oposto ocorreem
elementoscomo
indutores, fontesde
corrente e enrolamentos, sendo naturalmente candidatos a elosde
circuito.
A
escolha preferencial de determinados elementosdo
circuito aramos ou
a elosé determinada durante a formação da matriz de incidência
do
circuito, haja vistaque
oalgoritmo
de Welsh
atribui, preferencialmente, aramos
os primeiros elementos inseridosnesta matriz, e a elos os últimos elementos.
Desta
forma, os dados de entrada para a formaçãoda
matrizde
incidênciaseguem
a seguinte prioridade: fontesde
tensão,capacitores, interruptores, resistores, indutores, enrolamentos e, finalmente, fontes
independentes de corrente.
Como
exemplo, o circuitoda figura
13 representa a escolhados elementos
ramos
e elo de acordocom
a seqüência de entrada adotada.C1
|_i
R
2 -*,,'¡ƒ. ___ __fan.›.:.-__›----~
---F¡I.|I¡|rfyvvol
3L
+
E
'1
C2
Ramos:
E, C1,C2
I
1 Elos: R.LFigura 13: Circuito exemplo para definição dos elementos ramo e elo
Os
interruptores sãomodelados
deforma
binária, apresentando resistênciapequena quando
em
condução ou
elevadaquando
bloqueados.As
transiçõesde
estadossão feitas automaticamente e o tipo de monitoramento
depende
domodelo do
23
O
aspecto final das equaçõesdo
circuito é representadono
espaço de variáveis de estado, a saber, tensão nos capacitoresramo
e corrente nos indutores elo,sendo expressas
como:
Ê-
X
-
G
X
+
G
E
+G
I
dt
_
1 2 3 ›(15)
onde:
I
X
- vetor de variáveis de estadodo
circuito;I
G1
- matrizque
relaciona as variáveis de estadodo
circuito às suas derivadas;I
G2
- matrizque
relaciona as fontes independentesdo
circuito elétrico às derivadasde suas variáveis de estado;
I
E
- vetor de fontes independentes presentesno
circuito;I
G3
- matn`z que relaciona as correntes nos enrolamentosdo
dispositivo àsderivadas das variáveis de estado
do
circuito elétrico;I
I
- corrente nos enrolamentosdo
dispositivo eletromagnético.Fisicamente,
o
acoplamento entre circuito elétrico e dispositivoeletromagnético se
dá
em
termos de seus terminais comuns. Portanto, é convenienteque
se formule as grandezas elétricas,
comuns
aos dois sistemas, vistas tanto pelo circuitoelétrico
como
pelo dispositivo eletromagnético.Do
ponto de vistado
circuito, tem-se:U=G,,X+G5E+G6I,
(16)onde:
I
U
- vetor das tensões nos enrolamentosdo
dispositivo eletromagnético;I
G4
- matrizque
relaciona as tensões nos enrolamentosdo
dispositivo às variáveisde estado
do
circuito elétrico;I
G5
- matrizque
relaciona as tensões nos enrolamentosdo
dispositivo às fontesindependentes
do
circuito elétrico;I
G6
- matrizque
relaciona as tensões às correntes nos enrolamentosdo
dispositivo.
É
interessante notar que,em
circuitos contendo interruptores, as matrizes2.3
MODELAGEM
DE
DISPOSITIVOS
ELETROMAGNÉTICOS
Os
dispositivos eletromagnéticos são representados pelas equações de Maxwell, simplificadas para osfenômenos
de baixa freqüência,onde
a correntede
deslocamento
pode
ser desprezada frente à corrente de condução. Isto implicana
divisãoda
abrangência das equaçõesem
dois grupos principais: eletrostática e magnetismo.Assim
sendo,o
conjunto de equações deMaxwell
e relações complementares abordadassão:
rotH
=
J
(17) (13)divÊ
=
O ._› -› rotE=
-É
Ô' (19)divñ
=
0 (20)âz
,i<â>z;f+â, (21)Õ
= âÊ
(22)izzfâ.
(23)Utiliza-se, ainda,
em
conjuntocom
as demais equações, o conceitode
_»
potencial vetor magnético,
A
, oque
possibilita a análise de dominios incluindo apresença de correntes.
Ê
=
ro1Ã
(24)A
representaçãoem
duas dimensõesdo
campo
magnético eda
indução magnética é efetuadano
planoOxy
[1]. Conseqüentemente, o potencial vetor, assimcomo
a corrente elétrica, apresentacomponente somente na
direção z. Portanto, neste25
O
condicionamento doscampos
magnéticos, tanto nas fronteiras entre materiais distintoscomo
nos limitesdo
domíniode
estudo, é atribuído à imposição das condições de contorno deNeumann
e Dirichlet, oque
confereuma
distribuição doscampos
maispróxima da
real. Adicionalmente,em
estruturas simétricas,o
domíniopode
ser reduzido consideravelmente pela aplicação conveniente destas condições de
contomo,
diminuindo a dimensão e otempo
de resoluçãodo
sistema de equações.Outro aspecto relevante,
que
também
proporciona a reduçãodo
domínio, é a aplicação das condições de (anti)periodicidadeem
estruturas providas de repetição geométrica.Em
estruturas caracterizadas pela presença de periodicidade, são aplicados potenciais iguais às fronteirasque
delimitam as porções periódicas.No
casode
estruturas antiperiódicas, são impostos potenciais simétricos,ou
seja, iguaisem
módulo
esinais contrários.
O
estudo de toda a estrutura pode, portanto, ser resumidoao
estudo deuma
de suas porções (anti)periódicas.As
estruturas eletromagnéticaspodem
conter condutoresdo
tipofino
e/oumaciço.
A
diferença entre estes condutores se deve à relação entre a freqüência doscampos
aque
estão submetidos e a seção transversal dos condutores.Os
condutoresonde
a penetração doscampos
não sofre atenuação considerável ao longode
sua seção,ou
seja,quando
a profundidade de penetração doscampos
é muito maiorque
asdimensões transversais
do
condutor, sãodenominados
de condutoresfinos, ou
multzfilamentares. Neste tipo de condutor, supõe-seque
a corrente elétrica fluiuniformemente ao longo
de
sua seção.U,=Rf1,+N,,š-j['š_^Íds,
(fs, 28)
onde:
U
f - diferença de potencialno
conjunto dosN
DO condutoresfinos
[V];R
f - resistência total dosN
W
condutoresfinos
[Q
];If - corrente elétrica [A];