CC
1911
LUÍS FELIPE
PIOVESAN
ESTUDO
URODLNÂMICO
EM
PACIETES
SUBMETIDOS
A
DERIVAÇÃO
URINÁRIA
ORTOTÓPICA CONTINENTE
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.FLQRIANÓPOLIS
LUÍS
FELIPE
PIOVESAN
ESTUDO URODINÃMICO
EM
PACIETES
SUBMETIDOS
A
DERIVAÇÃO
URINÁRIA
ORTOTÓPICA CONTINENTE
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.Coordenador do Curso: Prof. Dr. Edson José Cardoso
Orientador: Prof. Dr. Reginaldo Pereira Oliveira
FLORIANÓPOLIS
Piovesan, Luís Felipe. Esrudo urodinâmico em pacientes submetidos a derivação
urinária ortotópica continente . Florianópolis, 1998. _
30p.
~ Trabalho apresentado
a Universidade Federal de Santa Catarina, paraa
conclusão do Curso de Graduação em Medicina - Universidade Federal de
SantaCatarina.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, a todos os
médicos
e funcionáriosdo
UltralithoCentro
Médico
e dos HospitaisGovernador
CelsoRamos
e Regional deSão
José que, diretaou
indiretamente, contribuíram para a realização deste.Ao
meu
orientador, pelotempo
amim
despendido e por toda sua sapiência compartilhada. ›=Ao
meu
co-orientador, Dr.Aguinel
José Bastian Jr., que, antes deuma
grande fonte de conhecimento, fez-se
um
amigo
eum
exemplo
a ser seguido.À
minha
família (Luiz, Regina, Renata, Fabiana e Alexandre), oque há
de mais importante naminha
vida, pelo caráter e carinho amim
transmitidos,sem
esquecer
do
apoio financeiro destes anos todos.Aos
amigos
LucioMauro,
Dickson, Fabinho,Nenén,
Felipe, Faraco e aosEduardos (Mané,
Duda
e Natural),também
à Irmandade.Aos
irmãos gaúchos Biancini, Fábio e Elton.À
Clarissa,com
carinho.A
Deus,acima
de tudo.1 .Introdução ... .. 2.0bjetivo...
3.Método
... .. 4.Resultados.. 5 .Discussão... 6.Conclusão.. 7.Referências.8.Resumo
.... .. 9.Summary.... z z . . . . › z › . . . - ¢ . . . ¢ . . . › .. . . . ¢ . ¢ . . -z . ¢ › ¢ - » - . . ¢ ¢ . . . - . . . -. ¢ - › ¢ . . u - ¢ z ¢ ¢ - ‹ . ¢ ¢ ¢ - › « › › » › ‹ . ¢ ‹ › z ¢ z uzÍNDICE
| « z . à « . ¢ | › › ¢ z z» . . . ú . . - . . . zu . - . . - - . . . .- - › . . . . ¢ › › - . . . .› . . . - - - . ‹ ~ ‹› . . . » . . . › . . . z ¢ ¢ z › › z z z z . » . .- . . . - . . . . - - - . . . - . - - . . . . . › . › . ¢ z . . z . . . › . ¢ .- . . . « . . . z . ‹ ¢ ¢ ‹ . ¢ . . . - . . . . .- . . . - . . . . - . . . ...l.INTRo1›UÇÃo
~
A
bexigaannazena normalmente
urina sob baixas pressoes esem
refluxo,mesmo
quando
cheia,mantendo
preservada a função renal.As
remoções
vesicais (parciais
ou
totais)requerem
a reconstruçãodo
trânsito urinário, quer por ampliação, substituiçãoou
derivação urinária. Entretanto, estesprocedimentos
tomaram
inicialmente a= reconstruçãodo
trato urinário baixopouco
atrativa devido a alta probabilidadedo
desenvolvimento decomplicações
como
alterações metabólicas, infecçãodo
trato urinário alto,formação de
cálculos,
comprometimento da
função renal e risco de malignizaçãol.A
primeira descrição deuma
derivação urinária data de 1852,quando
Simon
realizou
uma
anastomose
uretero-retalem
urna criançacom
extrofia de bexiga,com
a tentativa de obter continência urináriaz.Nos
anos subseqüentes, váriasnovas técnicas
foram
sendo experimentadas,sendo que
nenhuma
obteve grandesucesso
ou
foi aceita largamente.As
que tentavam
criar condutos ou.reservatórios
sem
contatocom
o trato gastrointestinalforam temporariamente
abandonadas, devido ao alto índice de mortalidade e complicações,
que
chegavam
a50%
nas ureterostomias cutâneas”.Em
1911, Coffey introduziuo
conceito de tunelização
do
ureter atravésda
musculaturado
sigmóidecomo
forma
de diminuir orefiuxo na
ureterosigmoidostomia2. Esta tornou-se, então, aforma dominante
de derivação urinária por várias décadas,embora
também
apresentasse muitas complicações, principalmente infecciosas e metabólicas
graves e recidivantes3'4.
Bricker,
em
1950, descreveuuma
técnica de ureteroileostomia cutâneana
qual
um
segmento
de íleo era utilizadocomo
conduto euma
bolsa coletora eraacoplada ao estoma, e esta técnica foi então, juntamente
com
a2
~
ureterosigmoidostomia, aceita
como
opçao
primária para a reconstruçãodo
trânsito urinário, condição
em
quepermaneceu
até ofim
da década de
705”6.Com
o
objetivo de produziruma
derivação continente, Gilchrist et al,no
mesmo
ano,haviam
criadouma
neobexiga utilizandoum
segmento
ileocecal,anastomosando
ambos
os ureteres no ceco e a porção ilealna
pele,mantendo
aválvula ileocecal para prevenir o extravasamento de urina
do
reservatório cecal, e os pacientesusavam
da
cateterização intermitente para retirar a urinado
ceco.Esta técnica foi suplantada pela derivação de
Kock
e suas derivadasó.As
derivações urinárias continentes resultaramem
considerávelmelhora na
qualidade de vida dos pacientes quando, pela primeira vez,
em
1975,Khafagy
et al, preservaram o esñncter estriado parapromover
continência,usando
a válvulaileocecal para prevenir o refluxo7.
Em
1979,Camey
descreveuuma
técnica de substituição vesicalcom
aanastomose
deum
segmento
de íleocom
a uretra (derivação ortotópicacontinente).
Embora
não
tenha tido sucessoem
obter continênciacom
a suacirurgia, o seu trabalho teve grande importância, pois
demonstrou
à urologiamundial que
o íleo poderia ser utilizadocomo
reservatório”.Durante a experiência
com
as derivações ortotópicas continentes, algunsestudos indicaram
que
contrações sustentadaspodem
ocorrerquando segmentos
fechados são usados, criando reservatórios de capacidade funcional
pequena
epouco
complacente,mas
que poderiam
ser abolidas pela detubularização atravésda
musculatura lisado segmento
intestino, a qual resultavaem
um
reservatóriode baixas pressões, alta complacência e
que
acomoda
grandesvolumesm°“.
Em
1982,Kock
desenvolveuum
modelo
de reservatório urinário continenteno
qualuma
bolsa foi construída através deum
segmento
ileal, detubularizaçãoem
formato deU
eformação
deuma
válvula para a cateterização intermitentel 1.Em
1988,o
mesmo Camey
demonstrou
a facilidade eo
sucessocom
que
se3
técnica foi aperfeiçoada e o
que
eraum
simplessegmento
de íleopassou
a seruma
bolsaformada
de intestino detubularizadow.Desde
então, mais de duzentos procedimentos diferentestêm
sido realizadoss, utilizandouma
ampla
variedade desegmentos
intestinais para aconfecção de
pouches
em
derivações cutâneasou
ortotópicas continentes”.A
derivação ortotópica continente pela técnica deLe
Bag
foi descrita originalmente por Lightand
Engelmann
em
1985, constituindo-seem
uma
bolsaileocolônica detubularizada
que
interrompe a peristalse direcional e criaum
reservatório de baixas pressõesl,podendo
ser executado o reimplante ureteralcom
mecanismo
anti-refluxo pela técnica deLe
Duc,
como
descritoem
198715.Atualmente,
o
reservatório intestinalcom
anastomose na
uretra (neobexigaortotópica continente) é o tratamento
gold standard
edeve
ser a primeiraopção
sempre
que possível, por ser aque mais
seaproxima anatômica
efuncionalmente da condição nonnal8'9.
Também,
como
vantagem da
reposição vesical ortotópica, os pacientestêm
melhor
aceitação,podendo
a cistectomia ser realizada mais precocemente,com
aumento
da
chance de curado
câncerda
bexiga,
mas
mantendo
uma
boa
qualidade de vida2'16.Indiferente ao tipo de derivação urinária, os princípios básicos e objetivos
do
tratamento são os
mesmos:
não deve
comprometer
o
controledo câncer
(principal indicação para a cistectomia total) edeve
ter índices de complicaçõese taxa de reoperação aceitáveis.
Além
disso, o reservatóriodeve
proveradequado armazenamento
de urinaem
baixas pressões para proteger o tratourinário alto, ter
boa
performance de continência urinária e proporcionar função miccional tãopróxima do normal
quanto possível2”l6.Com
relação à urodinâmica, estapode
ser descritacomo
o estudoda
funçãoe disfunção
do
trato urinário,compreendendo
métodos
morfológicos, fisiológicos, bioquímicos e hidrodinâmicosdo
transporte earmazenamento de
urina”.4 Sobre as técnicas, os avanços
têm
sido seguidos de descobertas e registrosdas observações da fisiologia vesical. 4As primeiras observações permitiram demonstrar flutuações espontâneas
no
volume
vesical à pressões constantes. Estas técnicasforam
descritascomo
registro isotônicode
volume, jáno
século passado. Registros utilizando aparelhos de canais simples continuaramsendo
usados por vários anos.
Uma
exceção se fez ao ensaio clínico de1933
que
utilizou
um
método
de registro fotográfico paramedir
a pressão e osmovimentos
da
paredeabdominal
edo
peritônio. Seus registros poligráficos estabeleceramuma
compreensão
dos padrões básicosda
micção.De
qualquerforma, os avanços
foram pequenos no conhecimento da
fisiologiada micçäo
desde estas exposições iniciais"'l8'l9.
O
advento dos transdutores eequipamentos
de registro de baixo custo,boa
acurácia e confiáveis proporcionouum
novo
e expressivopanorama
para aurodinâmica
da década
de 60.No
final desta, centros de referênciacomeçaram
asurgir, realizando importantes trabalhos clínicos, padrão que se
manteve na
década
seguintew'mg.
Já
na década
de 80, iniciou-se o uso deequipamentos
urodinâmicosem
hospitais gerais e consultórios.
O
problema
da diluiçãoda
experiênciacom
taisprocedimentos foi o surgimento de várias vias
na execução
e interpretaçãodos
testes.
Nos
anos 90, os sistemas diagnósticos baseadosem
dados
computadorizados
tomaram-se
uma
realidade, principalmente após a tentativade padronização dos testes pela International Incontínence Society (ICS),
tornando o estudo urodinâmico
uma
importantearma
dentroda
urologia eda
2.OBJET1vo
No
presente estudo,temos
como
objetivo avaliar os resultados obtidosna
performance miccional, incluindo estudo urodinâmico, dos primeiros sete pacientes submetidos,
no
estado de Santa Catarina, à derivação urinária ortotópica continente pela técnica deLe
Bag
associado ao reimplante ureteral3.MÉToDo
No
periodocompreendido
entre abril de 1995 e fevereiro de 1998, sete pacientesforam
submetidos à derivação urinária ortotópica continente pela técnica deLe
Bagl pelo Serviço de Urologia dos HospitaisGovernador
CelsoRamos
e Regional deSão
J oséHomero
deMiranda
Gomes.
Todos
os pacientes,sendo seis
do
sexo masculino euma
do
sexo feminino, tiveram substituição vesical por câncerda
bexiga.Os
seis pacientesdo
sexo masculinoforam
submetidos à cistoprostatectomia radical, tendo
como
critério de inclusão aausência de invasão
da
uretra prostática pelo tumor,confirmada
pela biópsia exisional trans-uretral realizadacom
alça de ressecção para excluir aquelescom
riscoaumentado
para recorrência uretral.A
pacientedo
sexo feminino foi submetida à cistectomia radicalcom
preservaçãoda
uretra emanutenção do
esfincter uretral estriado, tendo
como
critério de inclusão a ausência de invasãodo
colo vesical e uretra proximal,confirmados
por biópsia a frio realizadacom
pinça de biópsia trans-cistoscópica.
Todos
os pacientesforam
submetidos à ressecção. trans-uretral(RTU)
do
tumor
de bexigacom
confirmação anatomopatológicada
invasão muscular peloreferido tumor, tipo histológico
do tumor
e grau de diferenciação celular.O
estadiamento clínico
da doença
foi concluídoem
todos os pacientescom
a realização detomografia computadorizada (TC)
deabdome
e pelve, radiografiasimples de tórax,
dosagem
de transaminases hepáticas e urografia excretora(UE).
O
preparo intestinal pré-operatório foi realizadocom
manitol20%,
via oral,7
horas antes
da
cirurgia.Os
antimicrobianosforam
mantidos até 48 horas após acirurgia.
Sob
anestesia geral, os pacientesforam
submetidos à cistectomia radical através deuma
incisãomediana
supra e infra-umbilical”.A
dissecção bilateraldos linfonodos pélvicos
obedeceu
os limites definidos para tal procedimento: aartéria ilíaca intema, o nervo obturador e os
ramos
do
púbis.Os
homens
foram
submetidos à cistoprostatectomia radical,
sendo
a dissecção apicalcom
preservação
do comprimento
uretral eo
esfincter uretral realizadosidenticamente à técnica descrita para a prostatectomia retro-púbica radical”.
Na
pacientedo
sexo feminino foi realizada a ressecçãoem
blocoda
bexiga, útero, ovários e terço superiorda
vagina, preservando-se auretra até seu limitecom
o
colo vesical.Para a confecção
do
reservatório,20cm
de íleo terminal e20cm
de ceco-colo ascendenteforam
isolados (figura 1).Todos
pacientesforam
submetidos àapendicectomia pela técnica habitual.
A
continuidadedo
trânsito intestinal foirestaurada por
anastomose
íleocolônica término-terminal.O
íleo e osegmento
do
ceco-colo ascendenteforam
abertosna
suaborda
anti-mesentérica, resultandona
detubularização de todo osegmento
(figura 2).O
ureter esquerdo foidissecado preservando sua vascularização e
conduzido
para o lado direitodo
abdome
pelo espaço retroperitoneal sobo
meso
do
sigmóide, cranialmente àartéria mesentérica inferior.
Os
ureteresforam anastomosados
à bolsana
porçãocecal pela técnica de
Le
Ducls,que
consisteem
mecanismo
anti-refluxotunelizado,
com
fio
de cat-gutcromado 000
em
pontos separados (figura 3).Após
o término das anastomoses ureterais, realizou-se aanastomose da
bolsa àuretra,
usando
para tal a porção. mais distaldo
ceco (figura 4),com
fio de cat-gutcromado
000.A
bolsa foi então suturada deforma
esféricacom
fio
Vicryl® 00,em
sutura contínuana
forma
de chuleio simples (figura 5).Um
catéter deFoley
8
`
rizados juntamente
com
o
catéterda
cistostomiaacima
nos ureteres e exterlo
citado (figuras 6 e 7).
Um
catéterde
Foley de24Fr
foi posicionadona
uretra.Os
catéteres ureteraisforam
retiradosno
12° dia de pós-operatório (PO).O
catéter uretral foi retirado
no
21° dia dePO,
quando
uma
cistografia era realizada,não
demostrando vazamento do
reservatório (figuras 8 e 9).O
catéter`
h
d desde então,sendo
retiradono
22° diade
de cistostomia
permaneceu
fec a oela uretra.
Os
pacientesurinado
espontaneamente p
PO,
apóso
paciente ter'd s ara urinar
com
contribuiçãoda
prensaabdominal
e realizaro
`
l
ou
na
foram
instruro
vpauto-cateterismo intermitente
na
eventualidade de dificuldademicciona
necessidade de irrigação
da
bolsa por excesso demuco.
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Í
fi\*`¡\\\\\\ ×\\
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Q E _ _, V /_ ¬` \ ` r ,` / /;"^I ¡/ z/ \\ ss \\ \\\\ lll \š\\ \\ il ×~/iiW\
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'Í' S i\\'O
t Ç, » B. ~ |‹ "'~ Ior College ol Mean: e 1986
to intestinal
com
lô 'A
seleção do segmenC
ara a bolsa ileoco nica, ,
o da borda antimesentérica
Figura 1. Técnica operatória p
pedículo vascular simples. B, início da detubularização ao long sutura do segmento ileal e colônico.
9
Figura 2. Segmento ileocolônico detubularizado (à esquerda),
com
trânsito intestinal refeito direita)A
B \ \ ..«*¬ 2 ' Ó/ l //" \//
(,/ Ê» `¬ z`~ Í/ ” \ 1 A » \ ' .. .›/ /. ae '¿'* \. . _5%;
,f
ze «I ›§\.M lä se zzz- -~ ‹-. -~>;~; `\ » =` ' 1.--*f fi ;‹" *é¬ i s v~». - ~ ¬. '"?.‹"-".-.fâ;'f;*~,' \ V H » -'_ V 'E4 `_.í.-¬¿ _,_~.`_C
Ú
\Figura 3. A, exposição da mucosa intestinal e formação do sulco mucoso. B, aproximação do
ureter dentro do sulco e fixacão das bordas mucosas. C, corte transversal mostrando o ureter
Figura 4. Fundo do coco, onde se realiza a anastomose
com
a uretra.ua,
iii'-7-`¡.~
if _ _.
\
_ _\\\
6 ll /' ,Q*nx
"
í
_,
\ _ J . - ç éyf'quematlco da bolsa (6) e aspecto da ottotdplea s
catéteres de cistostomia e ureterais, à direita (7).
Figuras 8 e 9. Cistografias reaiizadas no 21° PO, não demonstrando vazamento.
¡
.Figuras 6 e 7. Desenho es ' '
V Í
' ' ' J
12
A
continência dos pacientes foi avaliada pelaanamnese.
Os
pacientesforam
considerados continentes
quando não
foi reportada perdade
urina.Aqueles que
usavam
pequenos
protetoresou
que
tinham
acidentes infreqüentesforam
considerados
como
tendo incontinência leve.Os
pacientes querequeriam
dispositivos de
drenagem
extema,como
um
catétercom
condom,
foram
considerados incontinentes.
O
estudourodinâmico
foi realizadoem
cinco dos sete pacientes, todosdo
sexo masculino,
com
7 a39
meses
dePO
(média
de 24), dentro dosmétodos
enomenclatura utilizados por
recomendação da
ICS
para a realizaçãoda
cistometria e urofluxometria, especificando o tipo de acesso ao reservatório, tipo
do fluido
infundido e temperatura, posiçãodo
paciente e o tipo efluxo
de
enchimentol8'19.
Com
o objetivo de avaliar a capacidade, acomplacência
e o esvaziamentodo
reservatório, e a presença de contrações involuntárias (ondas peristálticas),
iniciou-se o estudo
com
o pacienteem
decúbito dorsal, sendo realizada aantissepsia local e anestesia da uretra
com
lidocaína gel,com
introduçãode
um
catéter uretral
urodinâmico
Porgés® de 6Fr,com
duplo lúmen:um
parao
enchimento
e outro para amedida da
pressão dentro do reservatório(considerada pressão vesical). Introduziu-se
um
catéter retal de l0Fr para amensuração da
pressão retal,que
representa amedida da
pressão abdominal.Em
seguida, os catétereseram
conectados aos transdutores de pressão.Todo
o
sistema era zerado à pressão atmosférica para transdutores extemos,
sendo o
ponto de referência a borda superior
da
sínfise púbica.O
reservatório passou então a ser enchidocom
água
destilada à temperaturaambiente, por
bomba
de infusão,com
fluxo
médio
(60ml/min), sendo aferidas as pressões pelo sistema urodinâmicoUROBYTE
5000
E.Durante o estudo, o paciente era solicitado a tossir
ou
contrairo
abdome
periodicamente,ambos
para checar a operaçãodo
aparato e para verificar se13
qualquer atividade da
neobexiga
eradesencadeada
por talmanobra.
'A
primeira sensação de vontade de urinar e a sensação de bexiga cheia,bem como
a urgência miccional e sensação demicção
iminenteeram
dados
importantes aserem
anotados.À
primeira sensação de bexiga cheia, o pacienteassumiu
posição ortostática e o
exame
prosseguiu normalmente.Quando
o
paciente referiu plenitude vesical (sensaçãode micção
iminente),atingiu-se a capacidade vesical cistométrica, sendo solicitado
o
inícioda micção
da
mesma
forma
como
é executadaem
seu cotidiano.Nesta
ocasiãoestavam
sendo
medidas
a pressão vesical (pm), pressãoabdominal
(pabd) e ofluxo
urinário (Q).
Caso
o pacientenão
conseguisse urinar, os catétereseram
retirados e era realizadauma
urofluxometria
simples.Durante o
primeiroano
dePO,
o
followup
era realizado a cada4
meses,incluindo
exame
físico,TC
deabdome
e pelve, radiografia simples de tórax,hemograma,
glicemia,dosagem
de transaminases hepáticas e fosfatase alcalina,gasometria arterial,
dosagem
de eletrólitos (sódio, potássio, cálcio,magnésio
e fósforo), provas de função renal (uréia e creatinina), urocultura e exame, parcialde urina;
uma
UE'era
realizadana
primeira consulta, sendo repetida anualmente.Do
segundo
ao quintoano
dePO,
o followup
era realizado a cada seismeses
4.REsULTADos
A
idade dos pacientes variou de 65 a 73 anos (média de 69).O
followup
médio
foi de25
meses
(9 a 39).Dos
sete pacientes, seisapresentavam
carcinoma
de células transicionais eum
apresentouadenocarcinoma
aoexame
anatomopatológico
(AP) da peça
cirúrgica.As
complicações pós-operatóriasforam
divididasem
precoces e tardias, e estas subdivididasem
maiores emenores,
conforme
a tabela l demonstra.PRECOCES
N°
MAIORES
TEP
y.-âO Deiscência O
Abscesso
y.-ASangramento
OMENORES
Extravazamento
de urinaO
O
Extravazamento da anastomose
intestinal¡._¡
Vazamanto
pela cistostomiaTARDIAS
*MAIORES
Obstrução ureteral OO
Deterioração
da
função renal-D-
MENORES
-Infecçãodo
trato urinárioO Diarréia incoersível O Alterações eletrolíticas p_¡
Hémia
incisional l\JEsclerose
da anastomose
uretralTabela 1. Complicações pós-operatórias V
Como
complicações precoces maiores tivemos dois casos:o
primeiropaciente,
do
sexo masculino, teveum
sangramento
de vaso peri-ureteral,motivando
reintervenção cirúrgica exploradorano
4°PO,
com
resoluçaodo
15
tromboembolismo
pulmonar (TEP) no
4°PO,
evoluindo para o óbito.Não
tivemos complicações tardias maiores.
Nos
dois pacientesque
apresentaramesclerose
da anastomose da neobexiga
com
a uretracomo
complicação tardiamenor, o
tratamento realizado foi a dilataçãocom
dilatador de Beniquê,com
resultado efetivo e duradouro.
Em
um
pacientedo
sexo masculinohouve
drenagem
persistente pelo orificioda
cistostomia, levando àpermanência da sonda
uretral portempo
maior do que
o
habitual (complicação precoce menor).Em
um
pacientedo
sexomasculino
houve
o desenvolvimento de hérnia incisional, caracterizadacomo
complicação
tardia menor.
Nenhum
paciente apresentou distúrbio ácido-básico que exigisse a administração de bicarbonato de sódio. Bacteriúria assintomática ocorreuem
quatro pacientes,
porém
em
nenhum
delescom
tradução clínica naforma
de dorlombar
e/ou febre.Apesar da
função intestinal pré-operatórianão
ter sidoacessada
com
detalhes,somente
distúrbios intestinais ocasionais (diarréia primária)foram
encontrados. Estes episódiosforam
transitórios, resolvidosespontaneamente
enão tomaram-se
um
problema
a longo prazoem
nenhum
deles. Dois pacientes
do
sexo masculino apresentaram hidronefrose unilateralpré-operatoriamente (
um
à esquerda e outro à direita), quadro que semanteve
inalterado
no
PO,
sem
prejuízoda
unidade renal contra-lateral.Nenhuma
lesão renalnova
foi evidenciada.Nenhum
paciente apresentou recorrência neoplásica uretraldocumentada
_Uma
pacientedo
sexo feminino apresentou recidiva pélvica epulmonar da
neoplasia (carcinoma de células transicionais), sendo este o único casoque
apresentou linfonodos ilíaco-obturatórios positivos para malignidade ao
exame
AP,
evoluindo para óbito aos 8meses
dePO.
Com
relação à continência urinária, todos os pacientes mantiveram-secontinentes, à exceção de
um
pacientedo
sexo masculinoque
apresentou perdas16
paciente
do
sexo masculino necessitou temporariamente da auto-cateterização realizadauma
vez à noitecomo
forma
de eliminar a perda urinária noturnaocasional.
O
estudo urodinâmico foi realizadoem
cinco pacientes.A
capacidadedo
reservatório variou de
352
a501ml
(média de 418ml).A
complacência
foiconsiderada
nonnal
em
todos os pacientes.As
pressões vesicais deenchimento
ficaram abaixo de
40cm
de água
em
todos os pacientes,com
picosmáximos
variando de 14 a
40
(média de 28).Dos
cinco pacientes, quatronão
~ apresentaram perdas urinárias ao
exame;
um
paciente,sem
contraçoesinvoluntárias, teve perda urinária
com
DLPP
- detrusor leak point pressure ~(pressao de
vazamento do
detrusor) de30cm
de água.O
esvaziamentoda
neobexiga foi avaliado, sendoque
em
todos os pacientes este se fez por esforço abdominal,com
um
fluxo
urinário variando de 9 a 29ml/s (média de 14,8)com
resíduo urinário variando de 0 a300ml
(média de 138).Os
dados obtidos encontram-se
na
tabela 2.VARIAÇÃO
MÉDIA
CAPAC1ÍDADE(ml)
352
- 501418
FLUXO
URINÁRIO
MÁXIMO
(mi/S) 9 _ 29 14,3REsÍDUo
U1uNÁ1uo(m1)
0 _300
133PRESSÃO
VESICAL
(zm de àgua) 14 _40
zg
5.DIsCUssÃo
Certos objetivos
devem
ser atingidosna
avaliação de qualquerforma de
derivação urinária continente. Primeiramente, a operação
não
devecomprometer
o controle
do
câncer edeve
ter índices aceitáveis de complicações. Secundariamente,mas
não
menos
importante, a derivação deve, por elamesma,
promover
adequada
continência e nãocomprometer
o trato urinário alto.Com
o
objetivo de avaliar os resultados relacionados à continência e à preservação
do
trato urinário alto (realizados pelo estudo urodinâmico),
podemos
afirmarque
nossa experiência
com
as técnicas descritastem
atingido tais objetivosem
pacientes apropriadamente selecionados durante estes últimos três anos.Com
relação à técnica utilizada,quando
acomparamos
com
as derivaçõesortotópicas
usando
somente
intestino delgado (representadas principalmentepela bolsa ileal), certas vantagens e desvantagens
merecem
considerações.As
bolsas de intestino delgado evitam o usodo
íleo terminal, ecom
isso o teóricoproblema
de deficiênciade
absorçãoda
vitamina Blz e amá
absorção de saisbiliares (ocasionando diarréia).
Além
disso, as bolsas de intestino delgado sãohábeis
em
assumiruma
forma
mais esférica e, portanto,exibem
uma
tensãode
parede diminuída, de acordo
com
a lei de Laplace (tabela 3).=~ Cilindro Esfera
Volume
1:h
12 4/3 rc rsÁrea da
superfície2
1:h
r4
1: r218
As
principais vantagensda
técnica deLe
Bag
residemna
familiaridade técnicacom
a construção de bolsas íleocolônicas eda
experiênciacom
as bolsasde Indiana.
Mas, mais
importantedo que
isto, as bolsas deLe
Bag
possuem
maior
capacidade a curto prazo, jáque
possuem
menor
distensibilidadeque
ospouches
ileaisque distendem muito
e, para teremum
tamanho
adequado,devem
ser confeccionados inicialmente
com
um
volume
reduzido,prevendo
as futuras alterações plásticasque
levarão aotamanho
ideal. Destaca-se o detalheanatômico
da
utilizaçãodo
fundodo
ceco para aanastomose
com
a uretra proximal, sendoum
local ideal para tal procedimento(em
contrastecom
osegmento
ileal), jáque
possuium
formato cônico, épouco
vascularizado(sem
vasos calibrosos) e
permanece na
porção mais distalda
neobexiga, favorecendoa dinâmica urinária.
As
derivaçõesusando segmentos
de ceco-colo ascendentetambém
possuem
uma
vantagem
quanto à utilizaçãodo
reimplante ureteralcom
mecanismo
anti-refluxo pela técnica deLe
Duc, que
se executacom
maior
facilidade
no
intestino grossodo que no
íleo, pois,como
demonstrado
porKristjansson et al”, existe
um
aumento
na
probabilidade de lesão renalcom
anastomoses
que
não previnem
o refluxo.Do
ponto de vista urodinâmico, os objetivosdo
tratamento são osde
proporcionar
um
reservatório deboa
capacidade, continente,com
baixa pressãode
enchimento
(complacência vesical) ecom
esvaziamento adequado, condiçõesque
proporcionam
uma
boa
qualidade de vida ao paciente,não
comprometendo
o trato urinário superior.
Neste
estudo, amanutenção da
continência foi efetiva,o
que
pode
ser creditado à coerência fisiológica da técnica aqui exposta,juntamente
com
a preservaçãoda
funcionalidadedo
mecanismo
esfincterianouretral.
O
esvaziamentodo
reservatório, por esforço abdominal, eo
resíduo urinário são esperados, haja vista a completa desvinculaçãoda
fisiologiada
micção
com
o
comportamento da
alça intestinal utilizada na confecçãoda
19 decorrência direta
do
efeito de detubularizaçãodo segmento
intestinal utilizado,o que
leva ao completo desarranjoda
peristaseda
citada alça, fazendocom
que
amesma
perca sua capacidadede
contração e propulsão de seu conteúdo.Vale
dizer
que
este é exatamente o intuito de talprocedimento
que, se assimnão
fosse, levaria ao
completo
e involuntário esvaziamentodo
reservatório acada
contração peristáltica
da
alça intestinal interpostano
trato urinário.As
contrações involuntárias dos reservatórios construídoscom
segmentos
intestinais, ao contrário
do que
ocorre nas contrações involuntáriasda
bexiganativa (secundárias a hipersensibilidade
do
detrusor), são decorrentesda
atividade remanescenteda
peristalse que,embora
muito
embotada
peladetubularização,
pode
ofereceralguma
atividade decompressão do conteúdo do
reservatório,
em
alguns casosculminando
com
a perda involuntária de urina.Em
última análise, alcançar a continência urinária nos paciente submetidos àsubstituição vesical
com
segmento
intestinaldepende
principalmente de se construirum
reservatório deboa
capacidade,adequadamente
detubularizado,associado à
manutenção do
esfíncter estriado externo intocadono que
diz respeito à sua função, oque poder
ser conseguidoobedecendo-se
os princípiosde dissecção cuidadosa
do
ápice prostático noshomens
edo
colo vesical nas mulheres.Já
que
virtualmente todas as formas de derivação urináriapodem
obterum
controleadequado da doença
e preservaçãodo
trato urinário superior, talvezo
ponto
mais
crucial das neobexigas atualmente seja a qualidade de vida e,em
particular, a continência urinária.A
idadedo
paciente parece ter grandeimportância
no
desenvolvimentoda
continência pós-operatória, alcançadaem
90%
dos pacientescom
menos
de70
anos eem
apenasmetade
dos pacientescom
mais de70
anos”.Em
nossa série, os índices de continência diurna enotuma
foram
similares àquelesde
outras séries M.Todos
os pacientepermaneceram
secos duranteo
dia,20
sugerindo
que
a técnica por nós utilizada realizaadequada
preservaçãodo
esfincter estriado externo. Estedado
também
sugereque
a incontinência noturna observadaem
um
paciente é provavelmentenão
uma
incontinência secundária auma
lesãodo
esfíncter estriado,mas
provavelmente devido àcombinação da
intenupção
do
controledo reflexo
noturnono
esfincter, elevadas pressõesda
bolsa e troca de fluidos
com
aumento
da oferta de líquidos para dentroda
neobexiga.
As
elevações de pressão dentrodo
reservatório, decorrentesdo
complexo
intrincado de fatoresacima
expostos,pode comprometer
o trato urinário superior se esta pressão vencer omecanismo
anti-refluxo dos reimplantesureterais, refletindo-se sobre o
parênquima
renal. Para que estareflexão
retrógrada
da
onda
pressóricadesencadeada
dentrodo
reservatóriovença o
mecanismo
anti-refluxo deum
ureteradequadamente
implantado há necessidade deuma
grandeza superior a40cm
de água.Na
nossa casuística esse nível só foiatingido
em
eventuais contrações involuntárias.O
acompanhamento
evolutivo das unidades renais de nossos pacientesdemonstra que
nãohouve
qualquerdeterioração total
ou
focal destas unidades.Os
fatos deste breve relatovêm
justificar nosso acentuado entusiasmo nastécnicas ortotópicas continentes
no que
tange à qualidade de vidado
pacientesubmetido a
procedimento
cirúrgico radicalcom
intuito curativo parao
câncer da bexiga, qualidade de vida esta proporcionadapredominantemente
pela real continência urinária e liberdadesocial decorrente de não usar qualquer aparato coletor de urina.6.CoNcLUsÃo
Nosso
estudodemonstrou que
a derivação urinária ortotópica continente pela técnicaLe
Bag
associada ao reimplante ureteralcom
mecanismo
anti-refluxopela técnica de
Le
Duc
é tecnicamente factível.Demonstrou
também
que o
principal objetivo
com
relação à qualidade de vida foiadequadamente
atingidocom
tal técnicaem
comparação
a outras formas de derivação urinária,pennitindo afirmar, calcado nos parâmetros urodinâmicos encontrados
em
nossa casuística,que
asmetas
não
relacionadas ao tratamentoda doença
primária
foram
alcançadas, resultandoem
um
reservatório deboa
capacidade, continente a baixas pressões ecom
esvaziamento adequado.7
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8.REsUMo
Revisamos
nossa experiênciacom
a derivação urinária ortotópica continentede
Le
Bag
em
7 casos, observando a continência e os aspectos urodinâmicos.Entre abril de 1995 e fevereiro de 1998, 7 pacientes
foram submetidos
àcistectomia radical e derivação urinária ortotópica continente de
Le
Bag com
implantação ureteral anti-refluxo por câncer de bexiga.
Aproximadamente
20cm
de íleo e 20 de ceco detubularizados
foram
usados para construir a bolsa.A
abordagem
sobre continência e estudo urodinâmicoforam
realizadosem
7 e 5 pacientes, respectivamente.As
complicações maiores incluíramtromboembolismo pulmonar
(1 caso) esangramento
(1).As
complicaçõesmenores
incluíramvazamento
da cistostomia(1), infecção
do
trato urinário (4), hérnia incisional (1) e escleroseda
anastomose
uretral (2).O
índice de continência diária foi total,com
apenasum
caso de incontinência leve
notuma.
Os
estudos urodinâmicosmostraram
valoresmédios da
capacidade de418ml
e de pressão de enchimento vesical de28cm
deágua
(abaixo de40
em
todos pacientes), sendo observadoum
caso de contraçõesinvoluntárias da bolsa, o esvaziamento
da
neobexiga foi realizado por esforçoabdominal,
com
média
de fluxo urinário de 14,8ml/s e urina residual pós-miccional de 138m1.
Nós
concluímosque
a técnica deLe
Bag
com
implantação ureteral anti-refluxo
deLe
Duc
éuma
forma
factível de derivação urinária.Nossos dados
sugerem
que os objetivos principaisda
qualidade de vida sãoadequadamente
atingidos
com
este procedimento,com
resultados urodinâmicosmostrando
um
reservatório de
boa
capacidade, continente, à baixas pressões ecom
9.SUMMARY
Pourpose:
We
rewiwed
our experience withLe
Bag
orthotopic continent urinary diversion in 7 cases, observing continenceand
theurodynamics
aspects.Method:
Between
april 1995and
february 1998, 7 patientsunderwent
radicalcystectomy
and
Le
Bag
urinary diversion withLe
Duc
ureteral anti-refluximplantation for bladder cancer.
Approximately
20cm
eachof
detubularizedileum
and
cecum
were
used to construct the pouch.Approach
about continenceand
urodynamic
studiewere performed
in 7and
5 patients, respectively.Results:
The
major
complications includepulmonary troboembolism
(1case)
and
bleeding (1).The
minor
complications include cistostomy leak (1),urinary tract infectin (4), incisional hernia (1) and uretheral
anastomose
sclerosis (2).The
daytime
continence ratewas
total, With a single caseof mild
incontinence at night.
The
urodynamics
studiesshowed
mean
values to capacityof
418ml
and
to intravesical filling pressureof
28cm
water (under40
in allpatients), reporting a case
of
involuntarypouch
contractions; the neobladderemptying
was
accomplished by abdominal
effort, withmean
urinaryflow
of
l4,8ml/sec
and
mean
post-void residual urineof
138ml.Conclusion:
We
conclude that theLe
Bag
technique withLe
Duc
ureteral anti-reflux implantation is a feasibleform
of urinary diversion.Our
dates suggests that themain
issueof
qualityof
life is adequately addressed with thisprocedure, with
urodynamics
results presenting agood
capacity, continent, withTCC
UFSC
CC
0191 Ex.l | 5 . N‹CMm~ TCC UFSC CC 0191 Autor: Piovesan 7 Luís FelTítulo: Estudo urodinâmico em pacientes
IIIIII IIIII II IIIIII IIIIIIII
/ 972805153 Ac. 253013
Ex.l UFSC BSCCSM