_
. /
\
ANÃLISE DA RELAÇÃ04 FETO-PLACENTARIA EM 217 CASOS `.
.NA MATERNIDADE' CARMELA DUTRA
r
I
CARMEN SCHAEDLER KARAM *
ROSAMARIA MEDEIROS *
THEREZA CRISTINA â'ÃvILA WINCKLER *
I©
2éL:3
* DOUIORANDAS EA II? EASE Do cURso DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA-FLORIANOPOLIS.
A0 ~DY'. JORGE -ABI SAAD,
PELA ORIENTAÇÃO E COLABORAÇÃO NESTE TRABALHO, NOSSOS AGRADE
Nossos AGRADECIMENTOS Aos coLE-
GAS, DOUTORANDOS DA 11? FASE Do
_ I N D 1 c_E RESUMO . . . . . . . . . .. INTRODUÇAO . . . . . . . . . . . . . ... . . . . .. CASUÍSTICA E MÉTODOS ... RESULTADOS . . . . . . . . . . . .. COMENTÃRIOS . . . . . . . .. CONCLUSOES . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . .. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Vó/ o Q U q Q n ¢ u ¢ Q ooonnuuuu u o o Q Q o o o o ø o o n o o o o eo n o o n | ø o o u o ¢ u ‹ n u Q I no | u o Q o n ¢ u u Q oconuouuo Pág 5 6 7 11' 28 31 32
\ 'Í *Í ¿\ ;~«§ef\ 'íëf
Foram analisados pesos corporais e pla- centãrios de 217 recëm-nascidos na Maternidade; Carmela Du tra de Florianopolis, Santa Catarina, durante o periodo de
18/O3/81 a 22/O5/81, correlacionando-os a fatores maternos
como: paridade, idade, tabagismo, patologias, nutrição&¡UNe
acompanhamento prë-natal. A relação feto-placentária media encontrada foi de 5,19. Os pesos fetal e placentãrio e a re
lação feto-placentária aumentaram com a idade gestacional.///
.ú ~ ~ ~
Os pesos de recem nascidos de maes.fumanteqÍe de maes que
que não tiveram acompanhamento prë-natal foram menores.M{ O
peso placentãrio em gestantes hipertensaãífoi inferior '
ao
. ,éh
'
. .
das normotensas. Na maiâíia `_,,___ dos casos a renda per capitafoi .
z - . -4 . 4 . . 4 (V
igual ou inferior a um salario minimo. O maior numero Wñšde '*í*`._..«
gestantes concentrou-se na faixa etária de 20 a 25 anos. A baixa idade materna foi fator que contribuiu para o baixo peso de recém nascido de pré-termo e de termo. Qmpeso de re
cem-nascido de termo e de pôs-termo aumentou com a paridade.
A forma de placenta mais encontrada foi a circular. O tipo
~ 4 ~
de inserçao placentaria do cordao mais freqüente foi o in- termediãrio. A maior_parte dos cordoes teve um comprimento
_5_
I:NTRoDuçÃo
QL Q Óffwva
Considerando/fetoeplacentafuma unidmkzfun cionalgtem-se demonstrado interesse crescente na anãlise da
placenta para a Verificaçao de influências maternas nas con
A
dições do desenvolvimento fetal`í£$ff:ífi:fl3::_
A redução do peso placentãrio, tanto no
Egmem como em animais, foi observadotpor vãrios autores. BAÊ
GRQFT, conforme TRINDADEl, sugeriu em 1947 que a função pla-
centãria poderia ser avaliada pelo seu peso, correlacionando a capacidade da placenta na transferência de nutrientes e omi
~
gênio, fato este que explicaria a relaçao entre o peso pla-
centãrio e fetal. Atualmente, sabe-se que o grau de transfe- rência de vãrios elementos difusiveis não ë função apenas do
^
í?seu taman , embora a importância deste parametro para a ava
'
liação do crescimento fetal ainda prevalesça.
SCHAEFFER, conforme LITTLE2,;de'sc`reveu'em 1819.8;
aumento da relação feto-placentãria com o decorrer da gesta
ção. Em l925, ADAIR e THELANDER, citados por LITTLE2, revi- ram a literatura e notaram que-a maioria dos autores obsamwu
varia ão do eso lacentãrio com o eso fetal , en uanto ou-
.
tros não notaram tal correlação. '
A Muitos trabalhos têm sido feitos para re
A ~ 4
lacionar peso placentario e relaçao feto-placentaria em di ferentes idades gestacionais, mas os resultados variaramcnn sideravelmente dependendo dos métodos iwad®snt§¶anak›dasiPL&
centas. .`
'
As Procuramos no presente trabalho verüficar
a relação entre os pesos placentãrios e pesos de recem- nas
cidos, comparando suas variações em função de fatores mater
nos, como paridade, idade, tabagismo, patologias, nutriçao
,-7-
C A S U Í S T I C A E M É T 0 D O S
Foram analisados 217 recem-nascidos e placentas ,
frutos de prenhez simples, ocorridos na Maternidade Carmela
Dutra, no periodo de 18 de março de 1981 a 22 de maio de
1981. ~ -
' .
Foi elaborado um protocolo com os seguintes da- dos: nome, idade, pressão arterial, peso, dados importantes
do exame fisico, numero de gestaçoes, numero de partos, data
da ultima mestruação, data provãvel do parto da paciente. A parturiente foi indagada sobre a realizaçao de prë-natal, o-
^ z o ^' n o › 4 z
correncias e medicaçoes utilizadas neste periodo, sorologia para Lues, tipagem sangüínea, tabagismo (numero de cigarros
por dia), alcoolismo (dose por dia), condição_sÕcio-econõmi-
ca. Constou ainda do protocolo, data e tipo de parto: sexo,
peso e indice de apgar no primeiro.minuto do recém-nascido;
forma, peso e alterações da placenta; comprimento e inserção
~ ~ .ú , , ~
do cordao umbilical; relaçao feto-placentaria e avaliacao da
idade gestacional.
_ Consideramos como prë-natal realizado, um 'minimo
de quatro consultas durante a gestação. .
vv 4 7
A . ¡ .
A condiçao socio¬economica foi avaliada pela ren
da per'capíta, tendo esta sido obtidaiatravës da divisão da
renda familiar pelo numero de pessoas dependentes da mesma. Foi considerada, como um salário minimo, a renda de seis mil CPL1ZelI*OS .
'
As placentas foram.acondicionadas em sacos plãsti
cos e pesadas logo apos o parto, em balança tipo "pesa-bebê? incluindo sangue das vilosidades, membranas e cordao, sendo este seccionado a aproximadamente 10 cm da parede abdominal-
do recem-nascido. ~ ~
+8-
55 placentas foram agrupadas quanto ã forma e ã ,
' ~ ~
. . ~
insercao do cordao umbilical, de acordo com a classificaçao- adotada por RESENDE 3. '
~
A relaçao feto-placentária foi obtida a partir da
divisão do peso do recëm-nascido (em gramas) pelo peso pla:
centãrio (em gramas). -
A idade gestacional foi determinada atraves de se
manâslde ameporrëia atpartiíudoyprimeiroköiaidoLfiltimoú§erÍodo‹menstrual
quando a data era informada com certeza. Nos casos em que ha via duvida e, quando possivel, foi utilizada a idade gesümio nal determinada pelo método de USHER.
Os recem-nascidos foram classificados de acordo com a idade gestacional em três grupos: recem nascido de prš -termo, idade gestacional menor ou igual a 37 semanas; recem -nascido de termo, idade gestacional entre 38 a M2 semanas e recem nascido de pôs-termo, idade gestacional maior que U2 S Gmõl naS
'
_g_
|3RoTocoLo
\
NOME:
IDADE:
DATA DA INTERNAÇAO: N9 REGISTRO:
P.A,:. › PESO:
Exame Fisico:
GESTA:, PARA:
DUM: DPP z
Pre-natal: Sim (A)
Não (A) ~
Exames de Pbëznatalz VDRL
.
`
TIPAGEM SANGUÍNEA
Ocorrências do prë-natal e medicação utilizada:
\
Fumo: Sim ( ) 'Näo ( ) N9 Cig/dia:
Aicooi : Sim ( ) Não ( ) Dose/dia:
Cond. Sõcio econômica: '
Renda: N9 de pessoas: Pacto: Data: ` ~ 'Tipoz Nofmai ' “( ) fokceps ( ) cesãrea ( ) “ indicaçaoz' L
RN: Masc ( ) Fem ( peso: 'Apgar P1acenta: formaš cordão: peso: a1terações: _ _lg_ I Re1ação feto-p1acentãria: Avaliação da IG por USHER
\
T
' R E S U L T A D O § , ‹ _l1_ v . - N z .
Analisando peso do recem-nascido,0peso de
, 61 ~
*
placenta e relaçao feto-placentãria, apõs aplicar media sim-
ples, observamos_que estas variãveis aumentaram com o trans- correr da gestação (TABELA If .
A relação feto-placentãria A relaçao feto-placentãria sivamente de acordo com a idade gestacional
1nëdia foi_de 5,19. aumentou progres
no grupo de re-
cem-nascidos de maes nao fumantes. No grupo das maes fumamafi houve aumento na relação feto-placentãria dos recem-nascidos
de termo em relação aos de pré-termo. No grupo dos recém-nas
cidos de pos-termo houve diminuição da relação feto-placentã
ria em comparação com a dos recém-nascidos de termo, À sendo
que, no grupo de maes fumantes de mais de 10 cigarros, a que
da foi mais acentuada_CUBELA]I). .
J
~ ` A - -
'
Com relaçao a influencia do fumo sobre o peso dos conceptos, notamos que os recém-nascidos de termo e
~
de pôs-termo de maes fumantes apresentaram peso menor q que
os de mães não fumantes. Enquanto que nos recem-nascidos de
4 , , . ~ ~
pre-termo houve diminuiçao do peso, apenas quando a mae era
fumante de mais de IO cigarros por dia (TABELA III).
'Das 209 gestantes analisadas com dados com-
pletos, verificamos que 65,55% fizeram acompanhamento prê-na
tal, enquanto que 34,H5% não o fizeram; sendo que, a relação
feto-placentãria: aumentou em ambos os casos, de acordo com a idade gestacional. Observamos, no entanto, um aumento naior
_ 4
. A
_
~
\
dos recem-nascidos de pre-termo_em relaçao aos de termo, nas
pacientes que _ fizeram pré-natal.'Com referência ao peso dos
ç
_ __¬ ç
recem-nascidos, verificamos um decrescimo naqueles cujas maes
~ , , ^ . 'A4
'
, 4
nao tiveram assistencia pre-natal, mais acentuado nos de pos
\ -12-
_Notamos que, quanto â paridade,hQwmëawmmto¿
na .relação fifeto.-í-p`1acen`tãria.'para itodos -*os grupo s de i dade g e s tac imal,
independente do numero de partos anteriores. Entre as primi-
paras, a relação feto-placentária teve pequeno aumento 7: de
acordo 'com a idade gestacional, enquanto que nas secundipa-
ras e multiparas, o aumento foi maior. A relação feto-placen'
tãria dos recem-nascidos de pré-termo foi maior nas primipa¬
ras; nos recem-nascidos de termo e de pôs-termo foi maior
nas multiparas. (TABELA V). - '
O peso dos recem-nascidos de termo e de pos #t€rmo›aumentou‹com;a.paridadezíTa1;achado:näo~foi^vístofnos;deƒprë-terë
no, `“ onde;o peso foi maior nos recém-nascidos de aes prinfiparas.(TABELA
vii)
_ O maior numero das gestantes (H0,9%) concen
~
trou-se na faixa etária de 20 a 25 anos. Nao foi verificada
influência da idade materna nas variações da relação feto-pla centãria (TABELA VII).
Observamos que os recem-nascidos de prë-ter
mo e de termo apresentaram menor peso, em mães cuja idade va
riou de 15 a 20 anos. (TABELA VIII); f
A renda per capita foi igual ou inferior a um salario minimo, em 132 (71,35%) dos casos com dados com - pletos. (TABELA IX).
A
A analise dos dados de gestantes hipertafias
revelou ¬ aumento progressivo do peso medio placentãrio com
o aumento da idade gestacional, porem, foi inferior ao < en-
~ -.~ ~ 4
contrado nas maes normotensas. A relaçao feto-placentaria au
mentou com a idade gestacional até os recém-nascidos de termo e diminúiu para os de põs»termo. (TABELA X e XI).
A
Placenta com forma circular foi muito rmáis freqüente (88,02%), sendo seguida pelas formas ovalar (6J%%) e súcenfuriaâa (1,8u%). (TABELA X11). _
“ A maior parte dos cordões umbilicais F teve
um comprimento que variou de 50 a 70 cm (64,03%), sendo que 90,88%, variou de 50 a 60 cm. Dos 217 casos estudados, 17 a-
presentaram circular de cordão (7,83%), ocorrendo em gvmaior
~zf . .__
_l3-Í
A inserção intermediária do cordão foi vis ta fz em
H5,89% dos casos, sendo segu rica (8,2l%) e marginal (
ida da central-(38,92%), perife
5,98%). (TABELA XIV). '
1
_1q_
T A B E L A I
¿¿__~
VVALORES MEDIOS DO PESO DOS RECEM-NASCIDOS, . PESO DAS PLACENTAS E DA RELAÇÃO FETO-PLA-
CENTÃRIA DE ACORDO COM A IDADE GESUKIONAL:
,
.
GESTACIONAL CASOS DOS DAS PLACENTARIA
Z RECEM-NASCIDOS(gJ PLACENTAS(gJ MEDIA 18 _ ;21§8;8> . - (šššššš p ' #458 Prëlflflmn Termo 188 822q,8 A' 1 818,12 5,uo ¬ 2u 8u81,2 8u1,25 5,48 ' Põs-Termo IDADE l 'N9 ¡
PESO MEDIO PESD MEDIO RELAÇÃO FETO-
- Foram excluídos sete (7) pacientes por apresentarem dados inf
_15_
T A B E L A II
ANÁLISE DA RELAÇÃO FETOAPLAQENTÃRIA EM “
FUNÇÃO DO TABAGISMO MATERNO É
FUMO IDADE GESTA- CIONAL NAO FUMANTES _ 0 ( FUMANTES A A / Pré-Termo flflmo Põafihnmn 8 ` 3,90 8 5,31 2 u,us¬\ ¡.» \ \ 5 119 A 5,33 25 A 5,58 23 3 5,3H-5/
ATE 10 c1GARROs Ao DIA ACIMA DE 10 c1GARR0sVA0 D1A//
No RFP No \RFP 1 NQ RFP f>>
17 5,72 3 5,32 eu 4,50'
-Ébrwn excluídos oito (8) parturieotes por não apresen- tarem dados completos.
\
_15_
T A B E L A III
ANÁLISE Do PESO Do RECÊM-NAscIo EM FUNÇÃO Ao ~
gi*
TABAGISMO MATERNO. ><
\
FUMO NÃO FUMANTES FUMANTES
IDAD ATÉ IO ÇDGARRQS/DIA ACIMA DE IO CBGÃHRUS/DIA
ʧã§Ê£
Í
NQ so DU"§EcE¶ No PESO Do KÉCEM- NO PESU"DU“RECEMf"
cAsos NAsc1Do (g) cAsos NAscIDo'(g) ^fcAsos NAsc1Do (g)
Pré- Termo 8 2.3s7,5 8 Íš.o17,5f\_ 2 2.o15,o
Iêrmo 119 3.33u,5 ~
25 2.9õ1,õ×\ 23 3.o57,3
Pós-íermo 17 3.59o,5\ 3 f3z190,o 4 3.235,o
-foram excluídos oito (8) gestantes por apfesentarem da-'
dos incompletos. ‹
'
T A B E L A IV
VERIFICAÇAO DA INFLUÊNCIA Do PRÉ-NATAL NA RELAÇÃO FETO-PLACENTÃRIA E PESO Do RECEM-
- NASCIDO. . \` -17¬ “PRE-NATAL IDAD GESTACIONAL SIM í- " NÃO NO CASOS
/
\ . -0 f ¬\ 'fitso Dö*RECEM4"5N0 ' ,E ¿// RFP; -NAsc1Do cg) cAsos ¿" RFP PESO
DU RECEN- NASCIDO (Q) Prëübrma flflnw . Põs-Termo 13 107 17 5,22 5,341 2.782,51 45 ~ 2,39 51,20 _5,46` §,258,6 61 29,19 8,13 E 5,78\ 3.635,8 6 `~2,87 5,23 5,31 5,52 2;590,o » 3,225,5 3.09o,o T`OÍFA L 137 55,55 1 72 3545
-' Foram excluídas oito (8) pacientes por não apre-
sentarem dados completos.
_l8_
'
1
1;_A B E L. A v-
OBSERVAÇÃO DA RELAÇÃO PETO-PLAcENTÃRIA.€É*”
DE ACORDO COM A PARIDADE NAs.D;1ERsASƒ§,5§
_IDADEs GESTACIONAIS. \- _ \ ` PARIDÀDE IDAD GESTACIO PRIMÍPARA Pf*ë¿Tèr1`ñõ Termo Põs-Termo 57 5,37 - SEOUNDTPARA `¿MuLTTPARA No` RFP _ No 5' RFP No , RFP 8 5,Ou Q A 3,53 6* 4,70 9 5,H5 "¶ 5 5,39 }› 10 O 3 A 5,55 X1 5 ' J 3m 5,25 67 'I 5,52 pletos
-fbnm1emfluí¢§;sete(7) por apresentarem dadog íncog
7
T xxps E 1. A~ v1
COM A PARIDADE.
ANÁLISE Do PESO Do RECÉM-NASCIDO DE ACORDO Wsfi:áÊÍ
-lg-
PÃRÍDADE
IDADE
GESTACIONAL
`
PRIMTPARA _ ..sEcUNDTPARA MULTÍPARA t
No ' PEso RECEM- No P550 RECEM- -NAsc1Do (g) _ -NAsc1Do(g) PEsopREcÉM- -NAsc1Do (g) Pré-¶brmo flamn Pos-Term ev s.1s2,a su 3.252,9 8 2.89o,o u 2.uõ2,5 õ As 9 3.u28,8 5 3.498,0 10 2.õ91,ô 3.377,1 3.52o,o
- Foram excluídos sete (7) pacientes por apresentarem
T A B E L A VII
,V ~
DISTRIBUIÇAO DA RELAÇAO FETO PLACENTÃRIA`COÉ FORME A IDADE MATERNA.
\
_20._
Im-\DE GESTB
IDAD oNAL PRÉ-TERMO TERMO PÕS-TERMO TOTAL
MATERNA " "
N55
RFP N9 RFP NO RFP 10L-~
15 15 F-_*'2Ú<55`f<:_ë
ao *-_- 35 35 F-~-3 10 2 1 2 3,a|+' 5,15 4,77 5,50 L›,77 37 67 35 20 2 5,53-,z 9 w 5,29 õ <,Í\5¡)3 \. M. ( w oz CD _,.:L\9 5,H4 , 6 1 5,3 5,2 5,7 5,L+ 5, 9 2 2 4 5 T O T A.L 18 168 24-Ebnwn excluídos sete (7) parturientes por apresen- tarem dados incompletos.
LEGENDA - RFP= Relação feto-placentária.
I 5 86 43 * 27 - 11 210
DISTRIBUIÇÃO DO PESO DO RECÊMÍÍ-NASCIDO DE
T A B E LIA VIII
ACORDO COM A .IDADE MATERNA. -
...2l_
_
/"
_\,
,J
~¬, IDADE GESIAH PRÉ-TERMO '
TERMO PÕS-TERMO IOTAL
10AOÉ ONAL I
_ PEs0 RECEM- Peso RECEM
MATERNA N° NAsc100 (g) N° NAsc1D09g7 N9 Raso RECEA NAsc10o(g _ 10
P-
15 - 155-
20 i 3 20›f- 25 10 25'-- 30 2 305-
35 1 35|_- 2 2.s00,0 2.e51,0 2.us0,0 2.8õ0,0 2.995,0 770,0 120,5 290,0 242,5 250,0 035,2 2 9 6 6 1 -- 1 3.5a0,0 42 _ 3.358,8 85 a.35õ,õ us' 3.775,0 227 e.310,0 11 T 0 T A L 18 ' _ _ 105 24 210- Rnem excluídos sete (7) pacientes por apresentarem
DISTRIBUIÇÃO DO PESO DOS RECÊM-NASCIDOS T A B E L A "*'~r×
'
DE ACORDO coM`A RENDAe PER cAP1TA.
pVÚí;/
M
_22_
DÀDE GESTACLQI PRE-TERMO - HITERMO bõs-TERMO “%f.;UIoTAL
NAL 1 . _ _ PERCAPI¡A A O Ne '
Peso 00 RECEM NQ *Peso oo RECEÉ -No 0550100 REcEM
CASOS NAsc100 (9) zCA5OS NAsc10o (g) ~›CASOsNA
(C›^$) SCIDO (g) até 3000 8 3000 ›- 5000 0 0000 P- 9000 2 $9000 k- 12.000 2 12.000F- ' 1 2.733,2 01 s.125,1 na 2.õ55,u 20 . 2.290,3 10 s.000,5 O 9 3.285,1 7 .s.195,s 0 3.ä1032 4 3.007,? 4 3.5uõ,2 2 3.28õ,6 3.5i7,s 3.3u5,1 3.3u5,0 3.630,7 76 \56 25 16 12
_T0TAL-
U
148 ' 20 185- Ponmn excluídos trinta e
sentarem dados completos.
dois (32) pacientes
A
‹ ~
/
_23_
1ABELA.x
A
DISTRIBUIÇÃO DO PESO DO RECEM-NASCIDO, PESO DA PLACENTA E RELAÇÃO FETO-PLACENTÃRIA, DE
ACORDO COM A IDADE GESTACIONAL NAS RACHDHES I
N@@TÉM¶§
IDADE N9 _. ~
PESO MEDIO DOS RE
GESTACIONAL CASOS A
CEM-NASCIDOS (g)
PESO MEDIO DAS RELAÇÃO FEIQ
PLACENTAS (g) PLACENTÃRIA Termo 159' 3.2l5,5 Pós-Termo 20 3.u9s,o Pré-Termo } 15 I 2.õ7o,o O 610,3 u¿uõ` 613,8 5,38 ' . õu7,o `5,u5
›- Foram excluídos sete
dos incompletos.
da-_2q_
.
¡..A_B E 1;.A 2, XI
DISTRIBUIÇÃO DO PESO DO RECÊM-NASCIDO, PESO DA PLACENTA E RELAçAo FETO PLACENTÃRIA, -DE. AcoRDo coM A IDADE GESTACIONAL NAS PAcIE1\rItEs _
HIPERTENSAS.
\___./-f“' _* .
IDADE-
GESTACIONAL
N9 PESO MÉDIO PESO MÉDIO DA RELAÇÃO FETO- CASOS
\
RECÊM-ÁNASCIDO (g) PLACENTA (g) PLACENTÃRIA
Pré-Termo Termo .PÕSfTermo 2 3.200-OO 9 › 3.uuõ,õ 592,2 5,88»T1f _ .,. A ' 3.u22,5 612,5 - /25,65”-“ 1 , 580 5,6l “_ Í z \ ‹./
\
‹
T A B E L A XII
. _25_
FREQUÊNCIA DAS FORMAS DA PLACENTA NOS CASOS *_`
ESTUDADOS /
FORMA PLACENTÃRIA N9 DE CASOS %
Circular Ovalar Sucenturiada Membranosa Bilobada Circunvalada Reniforme Treviforme Triangular 191 14 4 3 1 1 1 1 1 88,02 8,88 1,8L+ 1,38 0,86 o,uõ 0,L+ô 0,48 o,uõ . T O T A L 217 100
T
r
*A B E L A x111
.DISTÉIBUIÇÃO D0 c0MPR1MENT0fD0 c0RDA0 Nos ”
CASOS ESTUDADOS ›'.›
Ú
_25_ COMPRIMENTO* D0 N9 c0RDÃ0 ( em ) _ 1 - PERCENTAGEM 20 P- _301 30 F- 40 40 #- 50 50 hà 00 60 P- 70 70 P-3 15' 33 83 47 22 1,08 7,39 10,20 00,88 23,15 10,84 T O T A L 203 100,00- Foram excluídos quatorze
(liü) pacientes por apresentarem
T A B E L A
_"XIV
FREQUÊNCIA DO LOCAL DE INSERÇÃODO CORDÃO UMBILICAL.
_27_
0/_
'TIP0 DE 1NsERçÃ0 _
DO CORDÃO No DE cAs0s PERCENTAGEM
Intermediário 95 Central" ` 79 Periférico 17 Marginal 16 05,00, 30,92 V 8,21 0,90 \ T O T A L 207 100,00
- Foram excluídos dez (10) pacientes por apresentarem
-_28__
C O M E N T Ã R I O S
`
(fifiervamos aumento do peso dos recem-nascidos
e da placenta de acordo com a idade gestacional, concordando
com os dados da literatura2° H” 5° 6. É sabido que o peso pla
-.`
- ,a_..
~'
`
centario aumenta ate a 36+ semana por multiplicaçao celular, a partir da qual o crescimento se faz por aumento do tamanho
celular. TRINDADE e COL.l verificaram que o peso da placen
ta aumenta com a idade gestacional até a 36? semana, apos a
~ ~
qual notaram que nao havia correlaçao nos recem-nascidos “de
peso adequado para a idade gestacional. A
A relação feto-placentária obtida pela divi- sao do peso fetal pelo peso placentãrio acresce com o aumen-
to da idade gestacional, sendo o acréscimo mais lento no 39
. 2 5 ~
trimestre °
. Em nossos achados houve aumento da relaçao fe to - placentária com a idade gestacional. coincidindo com o citado. Na maioria dos relatos a relaçao feto-placentária ë
. z 4 6 7 8
maior do que a por nos encontrada ° 2 °
.
~
Nos casos em que as maes fizeram acompanhamg
to prë-natal, o peso dos recem-nascidos foi maior,
traduzin-~
do a importância de sua realizaçao. salientada na literatum-
9,10
^.-..~
~ra . Com referencia a realizaçao ou nao de acompanhamen-
.z ~ , ^ , ,¬ ~
to pre-natal; notamos que nao houve influencia na variaçao
da relação feto-placentária. ` H
O tabagismo materno ê causa de diminuição do
peso de nascimento, sendo os autores unânimes em afirmar que hã uma baixa do peso fetal de aproximadamente 200 g em maes que têm o habito de fumar durante a gestacão8°IO5Lhl2”l3°1H.
Taüsafbmnçoes foram confirmadas pelos nossos achados em re-
cem-nascidos_de termo e de pôs-termo; no entanto em recem - nascidos de prê-termo o peso foi menor apenas quando a mae
»
~.
_2g_
KARN e PENROSE, citados por RAMOS8, conclui- ram que o peso fetal aumenta com a paridade e diminui com o aumento de idade. É também descrito que o maior numero de re-
z . . . . 7, 9
cem-nascidos de baixo peso ocorre em primiparas . Na pre
sente série, houve aumento do peso dos recem-nascidos com -a
W 4
paridade nos de termo e de pos-termo, contrastandocomcmidepre
termo, em que o peso foi maior em recëm-nascidos de mães pri-
miparas. .
` '
O maior numero de gestações na faixa etária
de 20 a 25 anos (HO,9%) concorda com a referida na literatu-
7 15 A . . - . z .
ra °
. Com freqüencia, baixo peso de recem-nascido e visto
~ . 9,15 . . z
entre as maes jovens , coincidindo com os nossos resulta -
dos.
'
PITKINS, conforme reiara ALBUQUERQUE 12, a-
firma que a saude futura do ser humano dependeria, em grande
parte, das bases nutritivas existentes durante sua evoluçaoin
tra-uterina.. As ckfimes menos favorecidas têm filhos de me-
nor peso e freqüentemente prematuros. Em nosso estudo notamos
ø z . z ú -4 ø 1' u
que renda per capita~ foi igual ou inferior a um salario mini
mo na maioria dos casos (71,35%). f
.Admitë-se que a deficiência nutritiva da
mãe precisa ser muito grave para que o recém-nascido seja afe
. . 8 . ~_
tado de maneira importante _ Nos casos estudados, a variaçao
~ - -
do peso do recêm-nascido nao foi proporcional ao aumento da
> ~
renda per capita, tendo havido muitas oscilagoes.
, _
_ ›
O peso das placentas de gestantes portadoras
de hipertensão arterial sistêmica leve foi menor do que o das
normotensas, porem tal dado tem valor relativo devido ao pe-
queno numero de casos obtidos (15 casos - 6,91%).
~
A placenta tem sido descrita como Õrgao dis-
coidal, circular ou ovalar. Na realidade, sua forma ë extrema
.z 3 6 à
mente variavel °
, Em nossas observaçoes foram catalogadas
-30: reni- \l -JI O3 c\° \./ 'J o (D
da: (l,8H%); membranosa: (l,38%); triangular: (0,46%)
forme (U,46%); treviforme: (O,U6%); bilobada: (O circunvalada: (O,H6%). `
É assinalada, nos cordoes longos, a nmior a- siduidade de prolapsos, nos e circulares. A brevidade de
cordão ê causa de apresentações anõmalas, falta de progres-
~ ø ~ V
sao, anoxia do feto, roturas do cordao, deslocamento prema-
turo de placenta e, no secundamento, inversão do utero. Í O
~
comprimento médio dos cordaos citado na literatura ë 59 cm,
. 3
sendo que 80% entre 41 e 70 centimetros , o que se assemelha
aos nossos reafitados. Quanto â inserção placentária dos cor
~ - ~
does, ë referido que 31% sao centrais, 47% intermediários e
. - . 3 . - ..¬
, -..z-H' " J '\ ü .'\ z Â. I 1 z .› \ C O N C L U S Õ E S \ `
l - As mães fumantes tiveram recem - nasci
dos de menor peso. ' `
'Í
2 - O peso dos recêm~nascidos foi,maiorrns
as maes tiveram assistencia pre-natal) CÕISOS GIII (1116
~
3 - Maes na faixa etária de l5 a 20 anos
\\_,/
apresentaram recém-nascidos_de termo e de prê-termo de menor
V if
peso.
4 - O aumento da paridade foi acompanhado
pelo aumento de peso do recem - nascido de Termo e de Pos-Ter .
` 2), -_
mo. _, _
V p _, __
5 - Não houme influencia da idade materna
~ .- na relaçao feto-placentaria. ' _“W l _ ._...,-..-- -`__ .,.-»
\
‹ Ç- Ú”-_ V _ 6- O peso medio das placentas aumentoucwm
a idade gestacional. ' » _ . pf _ (zft w '
7 - Em gestantes hipertensas o peso plaxnr
tario foi inferior ao das normotensas.. L
~ l ¿_V ~ e. I _ . I __.,/.L//i i ' .- , y
V/. 8 - A relaçao feto-placentaria em fl“nosso
. ø › J
meio (5,l9) foi menor que a descrita na literatura, sendo que‹
os valores médios nos recém-nascidos de prëëtermo foi de 4,59; nos recem-nascidos de termo 5,40 e nos de pos-termo 5,%8. ,×
--
_ _ ....~_.' ~ ›.-.._._____,¢ _ ¡,..
f
r _ i“_..~ 9 A relaçao feto placentaria`aumentou1no
gressivamente de acordo com a idade gestacional no grupo de mães não fumantes.
*
10 - No grupo de recem-nascidos de pÕs-ter- mo de mães fumantes houve diminuição da relação feto-placenta
ria em relação aos recem-nascidos de termo, sendo mais acemma
da-a queda no grupo de maes fumantes de mais de l0 cigarrosao
dia. i
'
z
'
¡B2-
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-
UFSQ 1
' t .Aut¡o_r: Karam,Cannçm Sçha
4 ' '
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Título: Análise da relação feto-placentá
Aõizszmv - Í* ' ' 972810251 _ -_ Em UFSC Bsccsm . ~ 'i `