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Uso das mídias sociais digitais como forma de disseminação da informação: um estudo de caso na Biblioteca Central Zila Mamede da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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Academic year: 2021

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

LUCAS MATIAS DE AMORIM

USO DAS MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS COMO FORMA DE DISSEMINAÇÃO DA INFORMAÇÃO:

UM ESTUDO DE CASO NA BIBLIOTECA CENTRAL ZILA MAMEDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

NATAL/RN 2019.1

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USO DAS MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS COMO FORMA DE DISSEMINAÇÃO DA INFORMAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO NA BIBLIOTECA CENTRAL ZILA MAMEDE DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Monografia apresentada ao curso de graduação em Biblioteconomia do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de bacharel em Biblioteconomia.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Andréa Vasconcelos Carvalho.

NATAL/RN 2019.1

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Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA

Amorim, Lucas Matias de.

Uso das mídias sociais digitais como forma de disseminação da informação: um estudo de caso na Biblioteca Central Zila Mamede da Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Lucas Matias de Amorim. - 2019.

74f.: il.

Monografia (Graduação em Biblioteconomia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Ciências da Informação. Natal, RN, 2019.

Orientador: Profa. Dra. Andréa Vasconcelos Carvalho.

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USO DAS MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS COMO FORMA DE DISSEMINAÇÃO DA INFORMAÇÃO:

UM ESTUDO DE CASO NA BIBLIOTECA CENTRAL ZILA MAMEDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Monografia apresentada ao curso de graduação em Biblioteconomia do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de bacharel em Biblioteconomia.

Aprovada em: ____/____/____.

___________________________________________________________ Profª. Drª. Andréa Vasconcelos Carvalho

Universidade Federal do Rio Grande do Norte / UFRN Orientadora

___________________________________________________________ Prof. Dr. Fernando Luiz Vechiato

Universidade Federal do Rio Grande do Norte / UFRN Membro Interno

___________________________________________________________ Fernando Antonny Guerra Alves

Universidade Federal do Rio Grande do Norte / UFRN Membro Externo

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Gostaria e agradecer, primeiramente, a minha família, por todo o apoio durante a minha trajetória acadêmica, e em especial para minha mãe Avelineide Amorim, meu pai Antônio Amorim e minha namorada Roberta Larissa que sempre me apoiaram.

Em seguida, a minha professora e orientadora Drª. Andréa Vasconcelos Carvalho, que sempre esteve disposta a ajudar e contribuir para um melhor aprendizado e elaboração desta monografia, além de estar à disposição para elucidar as dúvidas.

Agradeço ao Prof. Dr. Fernando Luiz Vechiato e ao Bibliotecário Fernando Antonny Guerra Alves que aceitaram compor a banca de avaliação desta monografia e pela contribuição no aperfeiçoamento do trabalho.

Aos meus colegas de classe que participaram e contribuíram para minha formação acadêmica.

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Objetiva analisar o uso das ferramentas da Web 2.0 no processo de disseminação da informação, com o foco na Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com destaque para as mídias sociais digitais Facebook, Twitter e Instagram. Enfatiza que as mídias sociais digitais permitem uma interação maior com o usuário, além de permitir a divulgação dos seus serviços e produtos dentro das ferramentas da Web. Analisa as diretrizes e uso das ferramentas da Web Social na BCZM como recurso de comunicação. Para tanto, este estudo adota uma abordagem qualitativa, incluindo pesquisa bibliográfica e estudo de caso com entrevista estruturada acerca das mídias sociais e a análise das diretrizes para uso das mídias sociais da biblioteca. Salienta que as mídias sociais podem contribuir na melhoria da comunicação com os usuários e ampliar as atividades das bibliotecas universitárias, além de contribuir para alcançar os objetivos precípuos de disseminar a informação.

Palavras-chave: Mídias Sociais Digitais. Biblioteca Universitária. Biblioteca 2.0. Disseminação da Informação. Web Social.

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It aims to analyze the use of Web 2.0 tools in the information dissemination process, focusing on the Zila Mamede Central Library (BCZM) of the Federal University of Rio Grande do Norte, highlighting the social media Facebook, Twitter and Instagram. It emphasizes that social media allows greater interaction with the user, as well as al-lowing the dissemination of its services and products within the Web tools. It ana-lyzes the guidelines and use of Web 2.0 tools in BCZM as a communication re-source. Therefore, this study adopts a qualitative approach, including bibliographic research and case study with a structured interview about social media and analysis of guidelines for the use of social media in the library. It stresses that social media can contribute to improving communication with users and expanding the activities of university libraries, as well as helping to achieve the primary objectives of dissemi-nating information.

Keywords: Digital Social Media. University Library. Library 2.0. Dissemination of In-formation. Social Web.

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Figura 1- Fanpage da Biblioteca Central Zila Mamede na rede social Facebook...40

Figura 2 - Atendimento através do Chat na Fanpage da BCZM...43

Figura 3– Avaliação pelos usuários da Fanpage da BCZM no Facebook...44

Figura 4– Perfil Oficial da BCZM no Instagram...45

Figura 5- Pagina Oficial da BCZM no Twitter...48

Figura 6- Uso de hashtags para a representação e recuperação da informação no Facebook...52

Figura 7- Uso de hashtags para a representação e recuperação da informação no Instagram...52

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Gráfico 1– Quantidade de publicações da BCZM durante o ano de 2018 no Facebook...41 Gráfico 2 - Comparativo entre a quantidade de curtidas e comentários no Facebook durante o ano de 2018...42 Gráfico 3- Quantidade de publicações da BCZM durante o ano de 2018 no Instagram...46 Gráfico 4- Comparativo entre a quantidade de curtidas e comentários no Instagram durante o ano de 2018...47 Gráfico 5- Tendências de publicações no Twitter ao longo do ano de 2018...49 Gráfico 6 - Comparativo entre a quantidade de curtidas e comentários no Twitter ao longo do ano de 2018...50

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Quadro 1 – Técnicas utilizadas para obtenção dos dados..Q.Q..QQQ.QQQQ..33 Quadro 2 – Evolução histórica das mídias sociais digitais da BCZM...37

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BCZM - Biblioteca Central Zila Mamede CAU – Coordenadoria de Apoio ao Usuário DSI – Disseminação Seletiva de Informações SIR – Setor de Informação e Referência

TICs – Tecnologias de Informação e Comunicação UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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WEB E MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS ... 16

2.1 Evolução da Web ... 16

2.2 Principais ferramentas de Mídias Sociais Digitais ... 19

2.2.1 Facebook ... 19

2.2.2 Twitter ... 20

2.2.3 Instagram ... 21

3 BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS NA WEB SOCIAL ... 22

3.1 Conceitos e Histórico ... 22

3.2 Bibliotecas Universitárias e mídias sociais digitais ... 27

3.2.2 Disseminação da informação nas mídias sociais digitais ... 29

4 PERCURSO METODOLÓGICO ... 32

4.1 Procedimentos ... 32

4.2 Caracterização da Biblioteca Central Zila Mamede ... 34

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: A BCZM E AS MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS ... 36

5.1 Uso do Facebook na Biblioteca Central Zila Mamede ... 39

5.2 Uso do Instagram na Biblioteca Central Zila Mamede ... 43

5.3 Uso do Twitter na Biblioteca Central Zila Mamede ... 46

5.4 Conteúdo Informacional ... 49

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 53 APÊNDICE A – ENTREVISTA

ANEXO A – DIRETRIZES DE USO DAS MÍDIAS SOCIAIS DA BIBLIOTECA CENTRAL ZILA MAMEDE

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1 INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como tema o uso das mídias sociais digitais como forma de disseminação da informação por bibliotecas universitárias. O ambiente da biblioteca sofre uma evolução natural em consequência das mudanças sociais, culturais e tecnológicas.

Deste modo, o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) dentro deste espaço “resultou em padronização, aumento da eficiência, interligação por redes e melhores serviços” (ROWLEY, 2002, p.5), proporcionando aos usuários ampliação das oportunidades para busca e obtenção de novos conhecimentos e habilidades.

À vista disso, surge no final do século XX o termo sociedade da informação, para descrever esse período onde a informação está no centro das necessidades econômicas da sociedade, além disso, é definido pelo avanço das tecnologias de comunicação na internet, essas tecnologias passam a serem utilizadas para a comunicação das informações.

Logo, essa sociedade demanda de acesso instantâneo à informação para poder gerar conhecimento no indivíduo, em seu grupo ou sociedade. O acesso a essa informação não é mais feito, somente, nos suportes físicos das bibliotecas, eliminando eventuais barreiras geográficas entre o usuário e a informação.

A partir da concepção da sociedade da informação as bibliotecas universitárias têm papel de realizar ações de promoção do acesso à informação, prestando suporte informacional a seus usuários, além de incentivar o desenvolvimento da ciência, da educação e da cultura.

Desta forma, as Bibliotecas Universitárias e suas interações com as novas tecnologias e, em especial, com as ferramentas de mídias sociais apresentam promissor objeto de estudo, visto que é necessário conhecer os conceitos que abordam essas ferramentas, de modo a serem utilizadas de forma eficiente para a disseminação da informação.

Este estudo busca compreender o uso das mídias sociais da Biblioteca Central Zila Mamede, que integra o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal

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do Rio Grande do Norte (UFRN), em relação à divulgação de conteúdos e à relação com os usuários.

Neste sentido, esta pesquisa busca responder o seguinte questionamento: de que maneira as mídias sociais digitais são utilizadas como instrumentos de disseminação da informação pela Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte?

Diante de tal questionamento, o objetivo geral deste estudo é: analisar como as mídias sociais digitais estão sendo usadas para a disseminação da informação e interação com os usuários por parte do Setor de Informação e Referência da Biblioteca Central Zila Mamede da UFRN.

Nessa perspectiva, objetivou-se, de modo específico:

a)Identificar os objetivos da criação das páginas oficiais da BCZM e o perfil do público-alvo.

b)Conhecer as dificuldades enfrentadas para realizar efetivamente a disseminação da informação nas mídias sociais;

c)Analisar a interação dos usuários com o conteúdo das publicações.

A realização deste estudo se justifica pela observação de uma nova perspectiva para a biblioteca universitária utilizar as mídias sociais para atingir os seus objetivos fundamentais de disseminar informação e interagir com seus usuários em tempo real.

Esse assunto foi escolhido devido ao interesse por compreender essa tendência internacional, pela sua relevância no atual cenário das bibliotecas universitárias e pela possibilidade de contribuir com o uso eficaz das mídias sociais para alcançar os objetivos da instituição.

A relevância desse assunto se deve ao fato do constante crescimento no número de usuários das ferramentas de mídias sociais, sendo inevitável a inserção das unidades de informação na Web social.

Dessa forma, espera-se contribuir para uma maior compreensão acerca desse novo meio de disseminar a informação, bem como, contribuir para um melhor entendimento das vantagens e desvantagens das ferramentas de redes sociais, mas também, colaborar, especialmente com os profissionais da informação, para um

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melhor entendimento dos obstáculos que se encontra para aprimorar a disseminação da informação dentro desse ambiente.

No que se refere à estrutura, este trabalho de conclusão de curso está dividido em seis capítulos: além desta introdução, faz uma conceituação sobre a web e as mídias sociais e a suas fases de evolução, além de apresentar as principais ferramentas de mídias sociais.

O terceiro capítulo descreve a biblioteca universitária dentro do ambiente da web, apresenta os seus conceitos e seu histórico, além do mais, contextualiza a disseminação da informação através das mídias sociais realizadas pelas unidades de informação. Dando prosseguimento, o quarto capítulo traz o percurso metodológico da pesquisa, mostrando as fases, identificando o estudo, abordando os métodos e procedimentos utilizados para realização da pesquisa.

Em seguida, no quinto capítulo é apresentada a análise e discussão dos resultados coletados por meio da análise das mídias sociais e da entrevista com a bibliotecária responsável pelo Setor de Informação e Referência, abordando o conteúdo disseminado nas páginas. Por último, são apresentadas as considerações finais do estudo, indicando de forma sintetizada os assuntos abordados e os resultados obtidos.

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2 WEB E AS MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS

Neste capítulo são apresentados os aspectos inerentes a web, buscando esclarecer os seguintes pontos: expor os conceitos; comentar a sua origem; caracterizar a web 1.0, 2.0, 3.0 e tratar dos recursos de mídias sociais, s, apresentando as possibilidades de uso pelos bibliotecários para disseminar informação.

2.1 Evolução da Web

A Word Wide Web surge em 1989, criada pelo físico britânico Tim Berners-Lee, com o objetivo de interligar os computadores que existiam e que não se comunicavam entre si, possibilitando o compartilhamento de informações mediante o emprego da tecnologia denominada hipertexto. A web começou a crescer, e a propor a descentralização, a universalidade e o consenso de utilizarem os mesmos padrões.

Posteriormente, com o desenvolvimento da Web e o desenvolvimento de outras características, o período inicial foi denominada de Web 1.0 por caracterizar o período em que a internet estava se popularizando, em que os usuários eram apenas consumidores de conteúdo, incapazes de modificá-lo ou de construir novas versões, um exemplo clássico seria o surgimento dos portais de busca: Google, Uol e Yahoo. Eles marcaram a chegada da Web 1.0, a primeira fase da web. Destaca-se nessa fase a baixa interatividade entre o produtor e o consumidor do conteúdo, dessa forma, o usuário tinha apenas o acesso às informações disponibilizadas pelos sites, não havia comunicação, implicando em ambientes virtuais estáticos, configurados mais como catálogos e guias. Porém, vale ressaltar que esses portais se atualizaram para a maior interação com os usuários, disponibilizando novas ferramentas para os usuários.

Neste sentido, Jorente et. al. (2016, p.66) enfatizam que na

[...] passagem de Web 1.0 e para Web 2.0, altera-se a forma com que a informação se apresenta no ambiente digital. Se na Web 1.0 a característica era a da textualidade ou a da imagem, na Web 2.0

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diferentes linguagens convergem: textual, imagética ou audiovisual; além dessas convergências, as pessoas são consideradas como centrais no desenvolvimento do ambiente.

O termo Web 2.0 foi criado por Tim O'Reilly e Dale Dougherty, respectivamente o dono e vice-presidente da empresa americana O'Reilly Media, a empresa trabalha com a publicação de livros, website, além de organizar conferências com a temática de informática.

Desse modo, o conceito começou a ser difundido em uma sessão de brainstorming entre O’Reilly e MediaLive International no ano 2004. Inicialmente o objetivo do termo era retratar os modelos de negócios das empresas do setor de tecnologia que sobreviveram ao colapso da bolsa de valores no final dos anos 90 e a partir daí o termo se popularizou.

Assim sendo, Tim O’Reilly identificou características comuns a essas instituições: elas eram colaborativas, interativas, dinâmicas e tinham uma forte participação dos usuários na elaboração dos produtos (O’REILLY, 2005).

A Web 2.0 ou Web Social disponibiliza aos usuários diversos serviços que incentivam a participação dos indivíduos e estimulam a: interação, colaboração e comunicação entre os usuários, além de incluir novos serviços que permitem a disseminação de conteúdos nos mais diversos formatos.

Nessa nova fase, diferentemente da anterior, incentiva-se a participação dos usuários e a produção de novos materiais, na Web social todos os usuários são potencialmente produtores de conteúdo, tornando-se uma mídia colaborativa e sustentada no tripé plataforma – usuário – conteúdo. Dessa forma, Curty (2008, p. 55) descreve Web social como sendo

[...] mais social, pois envolve mais pessoas; mais colaborativa, porque todos são partícipes potenciais e têm condição de se envolver mais densamente; mais apreensível, pois desmistifica que conhecimentos técnicos sejam necessários para interação; uma web que se importa menos com a tecnologia de informação e mais com pessoas, conteúdos e acesso.

Portanto, na Web social a tecnologia deixa de ser o pilar principal para se tornar auxiliar. Nesta na nova versão da web são as produções coletivas que

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sustentam o desenvolvimento da internet, a tecnologia tornou-se, apenas, o meio utilizado pelos usuários para se conectarem e trocarem informações.

Deste modo, a evolução da Internet nos conduziu à Web social e o aparecimento de ferramentas e aplicações online, cada vez mais interativas e colaborativas, de que são exemplos os recursos como: blog, microblogging, RSS, ferramentas de compartilhamento, Wikis e as Redes Sociais.

Cada ferramenta da Web tem características e serviços que as diferenciam uma das outras, servindo a propósitos diferentes de comunicação. Porém, todas partem do princípio de serem participativas e integrativas, tornando-se espaços em que todos emitem e recebem informação.

Entretanto, a maior parte do conteúdo produzido hoje na Web é destinado para a leitura por parte dos humanos, e não para que as máquinas possam compreender, analisar e processar a semântica dessas informações. Logo, a ampliação das possibilidades de utilização e infraestrutura tecnológica de comunicação tornam possível a Web 3.0, também denominada, Web Semântica.

Esta nova fase da Web se relaciona principalmente com a organização das informações produzidas pelos usuários, de forma que os sistemas interpretem o conteúdo e que sejam vinculados com os diferentes dispositivos, podendo ser caracterizado “como uma rede social semântica que surge com o novo paradigma social das redes e compartilhamento do conhecimento disperso e descentralizado” (SILVA, 2014, p.26).

De acordo com Bernes-Lee, Hendler e Lassila (2001, p.2) “a Web Semântica não é uma Web separada, mas uma extensão da atual, na qual a informação recebe um significado bem definido, permitindo a melhor interação entre os computadores e as pessoas”.

Souza e Alvarenga (2004) destacam a necessidade da criação de “peças e programas” que auxiliem na coleta de conteúdo da Web nas mais diversas fontes, além de possibilitar que diferentes sistemas interajam, diante disso é que a Web Semântica efetivamente seria colocada em prática.

Souza e Alvarenga (2004, p. 139) acrescentam que “tudo indica que os padrões que estão sendo desenhados para esta nova Web também sejam adotados na arquitetura de bibliotecas digitais e de novos sistemas de informação”.

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2.2 Principais ferramentas de Mídias Sociais Digitais

As mídias sociais digitais formam canais de relacionamento na internet nos quais os usuários são potencialmente capazes de produzir mídia, além de permitir que eles interajam e colaborem uns com os outros de uma forma social.

À vista disso, elas permitem o intercâmbio de conteúdos e o diálogo, dentro das comunidades virtuais, com os criadores das matérias, em contraste a sites em que os usuários estão limitados à visualização passiva do conteúdo.

Portanto, as mídias sociais utilizam-se das aplicações da internet fundamentadas nos conceitos da Web social, portanto, abarca as redes sociais, os blogs, wikis e sites de compartilhamento.

Tendo em vista que as mídias sociais digitais utilizadas pela BCZM são as ferramentas Facebook, Instagram e Twitter, apresenta-se a seguir uma breve caracterização de cada uma delas.

2.2.1 Facebook

O Facebook foi criado por estudantes da Universidade de Havard: Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Eduardo Saverin e Dustin Moskov. O objetivo era proporcionar aos estudantes da universidade uma espécie de catálogo com os perfis pessoais e informações sobre os alunos. Inicialmente estava restrito a membros da universidade, porém, devido ao enorme sucesso, logo após sua criação tiveram que expandir para outras instituições.

De acordo com Partrício e Gonçalves (2010, p. 594): “O Facebook é uma das redes sociais mais utilizadas em todo o mundo para interagir socialmente. [...] é um espaço de encontro, partilha, [e] discussão de ideias”.

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O Facebook permite que seus usuários através de um perfil on-line acumulem “amigos”, eles podem postar comentários e visualizar os perfis uns dos outros. Os membros do Facebook também podem participar de grupos/comunidades baseados em interesses comuns.

Esta rede social disponibiliza diversas ferramentas que permitem aos usuários divulgar produto, notícia e informação, bem como, compartilhar vídeos e imagens, além de permitir que o usuário controle quem possa ter acesso à informação específica ou realizar determinadas ações.

O Facebook tornou-se não só num canal de comunicação e de partilha da vida pessoal dos usuários, mas também uma ferramenta que oferece oportunidades para as bibliotecas. “A função principal de qualquer biblioteca é adquirir, armazenar e disseminar as informações, da mesma forma o Facebook também explora as informações de maneiras variadas” (GOAL, KABANE e SONWANE, 2012, p.89).

Segundo Goal, Kabane e Sonwane (2012), o Facebook pode funcionar como um canal de comunicação entre os bibliotecários e usuários. A popularidade das ferramentas de redes sociais tem aumentado entre os docentes e discentes das faculdades e universidades.

2.2.2 Twitter

O Twitter é uma ferramenta de microblogging lançada em março de 2006 por Evan Williams, Jack Dorsey, Biz Stone e Noah Glass. Ele permite aos usuários construir perfis públicos, articular suas redes de contatos e enviar e receber informação por meio da plataforma e por softwares específicos de gerenciamento.

Segundo Recuero e Zago (2009), o Twitter é usado tanto pelos usuários quanto pelos veículos de mídia para terem acesso à informação constante, investindo tempo na obtenção e partilha desses conteúdos.

De acordo com Santaella e Lemos (2010, p.66), o Twitter “possibilita o entrelaçamento de fluxos informacionais e o design colaborativo de ideias em tempo real, modificando e acelerando os processos globais da mente coletiva”. Trata-se de uma rede social que tem o objetivo de disseminar mensagens curtas e objetivas de

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forma rápida. Além de tudo é possível compartilhar links de outras redes sociais, fotos, vídeos, gifs, localização e muito mais.

2.2.3 Instagram

O Instagram foi concebido em 2010 pelo norte-americano Kevin Systrom e pelo brasileiro Mike Kriegerm, surge quando ambos começaram a trabalhar em um aplicativo denominado Burbn. O objetivo era disponibilizar uma plataforma que possibilitasse as pessoas a compartilhar experiências e histórias fora do ambiente do trabalho e de casa. Em outubro do mesmo ano, após atualizações o aplicativo foi lançado como “Instagram”.

O Instagram é uma rede social on-line para relacionamento e compartilhamento de fotos e vídeos. Os usuários podem submeter às imagens a vários tipos de filtros antes de publicá-las nas redes sociais virtuais, além de utilizar as hashtags para associar determinada palavra-chave ou termo ao conteúdo compartilhado, facilitando sua recuperação. Portanto, torna-se um ambiente propício à disseminação de informações.

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3 BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS NA WEB SOCIAL

O capítulo a seguir tem como objetivo caracterizar sucintamente a Biblioteca Universitária e seu surgimento até os dias atuais. Abordará também o uso das TICs por parte das bibliotecas, em especial as universitárias, a fim de compreender as estratégias organizacionais para alcançar os objetivos de disseminar informação e democratizar o acesso à informação.

3.1 Conceitos e Histórico

As bibliotecas universitárias estão intrinsecamente ligadas às instituições de ensino superior, as faculdades e universidades, essas instituições são caracterizadas pelo modelo fundado no tripé ensino, pesquisa e extensão.

Diante disso, Cunha e Cavalcanti (2008, p. 53) definem a BU como sendo aquela que “[Q] é mantida por uma instituição de ensino superior e que atende às necessidades de informação dos corpos docente, discente e administrativo [Q]”, bem como estimula a cooperação e o intercâmbio de ideias e conhecimentos científicos.

De acordo com Figueiredo (1992), a BU está voltada para o atendimento das necessidades informacionais da comunidade acadêmica, elas funcionam como elo entre as necessidades de informação dos professores e alunos com o recurso informacional, fornecendo informações precisas e confiáveis no momento exato em que forem solicitadas, além de acompanhar o desenvolvimento do conhecimento de maneira mais abrangente possível.

Nesse sentido, a biblioteca universitária apresenta um acervo criteriosamente selecionado e atualizado, considerando as especificidades de cada área do conhecimento, compatível com os programas dos cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela instituição.

Dessa forma, Nunes e Carvalho (2016) destacam que as bibliotecas universitárias se caracterizam, também, como locais de memória científica dentro da universidade mantenedora, por ser um espaço onde é armazenado e recuperado a produção científica produzida no âmbito da entidade.

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Percebe-se que a biblioteca universitária tem mudado consideravelmente sua forma desde o seu surgimento até os dias atuais, entretanto, o seu objetivo de promover o acesso à informação e apoiar as atividades da instituição de ensino superior permanece o mesmo. O ensino e a biblioteca não se excluem, completam-se, para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem dos usuários.

Portanto, incumbe a biblioteca universitária prover a disseminação da informação. Além disso, existe a real necessidade de oferecer produtos e serviços relevantes e precisos, de modo a auxiliar o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão (ALCÂNTARA; BERNARDINO, 2012).

Desta forma, é importante conhecer o percurso percorrido pela biblioteca universitária para poder entender as mudanças que influenciaram no papel desempenhado nos dias atuais pelas BU.

A história das bibliotecas universitárias pode ser descrita como um processo gradativo, ininterrupto e simultâneo de transformações, marcado essencialmente por características que lhes são peculiares tais como: democratização, especialização, socialização, e mais recentemente a digitalização e virtualização (NUNES; CARVALHO, 2016).

Entretanto, a biblioteca universitária de fácil acesso e disseminadora da informação que conhecemos nos dias atuais não foi sempre assim. As bibliotecas universitárias foram criadas como espaço de armazenamento e preservação do conhecimento. O objetivo era depositar e não disseminar informação para a sociedade, ficando restrita a uma minoria de usuários (ALCÂNTARA; BERNARDINO, 2012).

Atualmente, a informação existe sob muitas formas: texto, gráfico, som, e simulação da realidade virtual e, distribuído em redes mundiais, em representações digitais, acessíveis a aos indivíduos em tempo real.

Segundo Nunes e Carvalho (2016), é no período da Idade Média que surge o esboço para a criação das primeiras universidades, foram diversos os fatores sociais que influenciaram a formação dessas instituições de ensino superior, agregados a elas erguem-se as bibliotecas universitárias oferecendo serviços ao público da instituição e servindo de “polo aglutinador de saberes”. Durante esse período, a Igreja era o topo da estrutura social feudal, e sendo assim, as primeiras bibliotecas e

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acervos informacionais se encontravam dentro de mosteiros e conventos, e o acesso era permitido somente aos religiosos e participantes do clero.

Com relação ao desenvolvimento do acervo nesse período, Carvalho (2004, p. 78) descreve que

[Q] foram sendo acumulados no decorrer do tempo pelas doações feitas por reis, aristocratas, autoridades religiosas, professores e alunos das próprias universidades que, ao fazerem minuciosas anotações durante as aulas, terminaram produzindo uma forma de registro do conhecimento, pois até o século XIII o ensino era basicamente oral.

No momento em que a Idade Média entrava em decadência dando espaço ao Renascimento, difundiu-se na Europa a tecnologia dos tipos móveis, criada por Gutenberg. “Essa nova situação de acessibilidade dos livros de papel e impresso – acabou sendo um estímulo ao conhecimento das letras e à absorção de conhecimento” (MILANESI, 2002, p. 25).

Dessa forma, o conhecimento era difundido mais rapidamente e a relação entre usuário, biblioteca e universidade eram criadas. A partir de então, somente com o período conhecido como Renascença, que viria o conceito de biblioteca a ser mais aprimorado, o apego aos livros seria maior e o dinamismo e facilidade de acesso à informação seria evidenciado.

É no Renascimento que as bibliotecas universitárias iniciaram, de fato, o seu papel de disseminadoras da informação, além de ser nesse momento que o bibliotecário assume de fato, a posição de agente central da sustentação das bibliotecas.

No período da Idade Moderna as instituições de ensino e suas bibliotecas passam por significativas mudanças quanto a seu papel perante a sociedade, sua principal função, suas características e seu funcionamento. Nota-se durante esse período o início do uso da informática para automatizar os serviços técnicos, com foco na redução do trabalho manual.

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García-Rivadulla (2010, p. 6, nossa tradução) descreve mudanças no uso da tecnologia pelas bibliotecas de finais do Século XX até os dias atuais

os sites estáticos eram úteis para apresentar informações sobre horários e serviços, mas agora os usuários esperam mais de sua presença on-line. As bibliotecas devem estar preparadas para responder às necessidades de uma sociedade em constante evolução e criar novos serviços, aproveitando a rede social. Em vez de restringir as programações e ter que ser transportado para um local físico específico para obter informações, a biblioteca 2.0 permite aos usuários acessar a partir do local de sua escolha e quando necessário, respondendo às suas necessidades reais em tempo.

A partir do século XXI, o acesso de todo e qualquer ser humano à informação passa a ser um direito universal (Unesco, 1998), além disso, as bibliotecas deixam “[Q] de ser apenas um repositório de livros para se transformar em fornecedora de cultura e criadora de serviços e produtos que possam atrair novos usuários” (CARMO, 2015, p.7).

No século XXI, o acesso à informação passa a ocorrer de forma remota, o foco torna-se: a informação, o acesso on-line e a autonomia dos usuários. Dessa forma, Santos e Assunção (2012, p.6) afirma que “o avanço da tecnologia, proporcionou o surgimento e o aprimoramento da biblioteca digital, ocasionando assim a facilidade no acesso à informação confiável”.

Portanto, “o sistema de bibliotecas digitais dá acesso às diversas áreas do conhecimento, oferecendo sempre um norte para que o usuário possa ter uma pesquisa mais aprofundada e confiável”. (SANTOS; ASSUNÇÃO, 2012, p.6)

Essas mudanças no perfil das bibliotecas fazem-nos adentrar no momento da biblioteca 2.0, a aplicação do pensamento e das tecnologias Web social. A biblioteca deixa de ser um depósito de obras para se transformar em verdadeira unidade de informação complexa, ativa e mutante.

Para Maness (2007, p. 43) a biblioteca 2.0 “é a aplicação de interação, colaboração e tecnologias multimídias baseadas na Web para serviços e coleções de bibliotecas baseadas em Web”. Entretanto, a biblioteca pode fazer o uso da Web de diferentes formas e com objetivos distintos.

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Merlo Vega (2007, p. 2, nossa tradução) classifica de três maneiras a relação das bibliotecas com a tecnologia

[Q] existem as bibliotecas passivas, que, como não poderia ser de outra forma, usam tecnologia e recursos de informação eletrônica, mas sem reverter para serviços para usuários; além disso, existem bibliotecas ativas que usam tecnologias como um recurso e para fornecer serviços e, finalmente, há bibliotecas interativas, onde as tecnologias são um meio de interagir com os usuários.

Diante disso, a biblioteca 2.0 caracteriza-se por ser uma unidade receptora de informação eletrônica, mas também transmissora da mesma, quando presta serviços de informação eletrônica baseado nas TICs e nas redes de telecomunicação. Sendo uma biblioteca dinâmica, que explora as possibilidades das ferramentas da Web social para oferecer serviços de informação à comunidade de usuários.

Segundo Maness (2007), a Biblioteca 2.0 pode ser representada pelos seguintes elementos essenciais: “é centrada no usuário”, “oferece uma experiência multimídia”, “é socialmente rica” e “é comunitariamente inovadora”. Tendo como alicerce fundamental o desenvolvimento de serviços dinâmicos a seus usuários, adequando-se as necessidades da sociedade.

Reis (2008, p. 47) descreve que a sociedade atual demanda de “serviços integrados, customizados e interativos. Novos modelos de gerenciamento, processamento, armazenamento e disseminação da informação para o ensino e pesquisa [Q]”. Os usuários estão cada vez mais exigentes e dinâmicos devido às constantes mudanças sociais, culturais e tecnológicas.

As bibliotecas estão buscando alternativas para se adequar a essa sociedade, se modernizando e cada vez mais utilizando a tecnologia a seu favor. Nesse cenário de transformações, as bibliotecas universitárias, “[...] por serem centros de pesquisa e de produção de conhecimento foram as primeiras a se modernizarem” (MORIGI; SILVA, 2005, p.124) aproveitando dos benefícios das tecnologias da informação e comunicação.

Atualmente com o avanço das TICs, a existência da denominada Sociedade da Informação e a evolução da Internet, destacando-se a chamada Web 2.0 ou Web social possibilitam a colaboração entre usuários e a disseminação da informação.

(27)

Sendo um espaço interativo de: troca, produção, consumo e armazenamento de conteúdo, tornando-se uma importante ferramenta para a divulgação dos serviços das bibliotecas e um canal de interação com os usuários.

Assim sendo, o uso das TICs ocasiona grandes benefícios para as bibliotecas universitárias oferecendo agilidade, além da redução do tempo gasto para prestação de serviços, como também de serem responsáveis por diversas mudanças em relação ao tipo de acervo e suporte informacional disponível aos usuários.

3.2 Bibliotecas Universitárias e mídias sociais digitais

As mídias sociais digitais são ambientes disponibilizados na internet que permitem aos indivíduos compartilhar opiniões, ideias, experiências e perspectivas com os outros indivíduos. Essas mídias podem permitir tanto a construção das redes sociais como a construção de comunidades virtuais. (BATISTA, 2011).

De uma forma simplificada, Batista (2011) descreve as mídias sociais como uma ferramenta de comunicação que permite a emergência das redes sociais, e que é formada por incontáveis sites que promovem a comunicação e conversações entre milhões de pessoas, mas também pode ser usada para atingir um determinado público-alvo, assim sendo, existe disponível na internet várias formas de mídias sociais, entre elas destacam-se os blogs, microblogs, fóruns de discussão e as redes sociais.

À vista disso, uma rede social é analisada por Tomáel e Marteleto (2006, p. 75) como sendo

um conjunto de pessoas (ou organizações ou outras entidades sociais) conectadas por relacionamentos sociais, motivados pela amizade e por relações de trabalho ou compartilhamento de informações e, por meio dessas ligações, vão construindo e reconstruindo a estrutura social.

Nesse contexto surgem as Redes Sociais Virtuais – RSV que “são essencialmente produtos da web 2.0, que com uma faceta de interatividade, têm permitido uma troca de conteúdos de forma ubíqua, gerando importantes alterações nas atividades humanas e na ciência como um todo” (GALLOTTI, 2017, p.85).

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De acordo com Pereira e Carvalho (2012), os recursos que compõem a Web 2.0 podem ser adequados para o Serviço de Referência das bibliotecas, as características que formam a Web social ampliam as possibilidades de comunicação com os usuários e aproxima a biblioteca a eles.

“Dessa forma, as unidades de informação podem e devem usar os recursos da Web 2.0 para dinamizar os seus serviços, visando à fidelização do usuário” (PEREIRA; CARVALHO, 2012, p.106).

Diante disso, Valentim (2017, p.37) descreve que

as bibliotecas têm se transformado em produtoras de informação, no que tange ao uso e reúso de dados e informações disponíveis em diferentes mídias, gerando novos conteúdos, produtos e serviços informacionais, bem como disponibilizando seu acesso desde os sistemas de informação formais até as redes sociais.

As mídias sociais digitais tornaram-se uma importante ferramenta de comunicação do mundo moderno, caracteriza-se por ser um ambiente dinâmico e colaborativo, além de incentivar o compartilhamento de: experiências; ideias e informações. Sendo assim, torna-se uma importante ferramenta para as bibliotecas universitárias apoiando seus objetivos e serviços em relação a instituição.

O uso das Redes Sociais nas Bibliotecas Universitárias contribui enquanto estratégia no gerenciamento e disseminação dos recursos informacionais, na comunicação ativa e participativa, na percepção acerca das necessidades dos usuários e, conseguintemente, na tomada de decisão, uma vez que as informações relevantes estarão direcionadas a públicos específicos, com uma linguagem acessível, informal e direta (PONTES; SANTOS, 2011, p.5).

Assim, as bibliotecas universitárias utilizam as mídias sociais digitais para a promoção e compartilhamentos de conteúdos relevantes e confiáveis, que contribuam para o desenvolvimento do conhecimento dos usuários da instituição. Neste sentido, de acordo com Maness (2007, p. 48), as

redes sociais permitiriam que bibliotecários e usuários não somente interagissem, mas compartilhassem e transformassem recursos dinamicamente em um meio eletrônico. Usuários podem criar vínculos com a rede da biblioteca, ver o que outros usuários têm em

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comum com suas necessidades de informação, baseado em perfis similares, demografias, fontes previamente acessadas, e um grande número de dados que os usuários fornecem.

Para Ribeiro, Leite e Lopes (2014), diante deste cenário de mudanças e inovações as bibliotecas universitárias têm que buscar se adequar, focando seus serviços nos usuários. Para isso, encontrar ferramentas que as auxiliem no desenvolvimento de serviços que “encurtem o seu tempo de busca às informações e atendam efetivamente suas necessidades” (RIBEIRO; LEITE; LOPES, 2005, p. 6). Nascimento e Burin (2006, p.138) destacam que a

[...] biblioteca que der um passo em direção a esse cenário informacional onde as tecnologias, em especial a Internet, são essenciais para a disseminação e o uso da informação, irão garantir seu espaço na sociedade contemporânea. Porém, as outras que se mantiverem defendendo o status quo, correrão grande risco e terão pouca chance de serem reconhecidas como instituições necessárias a sociedade da informação.

Segundo Goal, Kabane e Sonwane (2012, p.88), as redes sociais tendem a “aumentar a conscientização e a reflexão sobre a importância das redes informais e formais [Q]”, no apoio aos pares e na redefinição de estratégias de disseminação de informações e notificações online entre os jovens.

Assim, percebe-se que as mídias sociais digitais ganharam notoriedade dentro das bibliotecas, ao mesmo tempo em que ampliaram a possibilidade de produção, disseminação e acesso à informação.

3.2.2 Disseminação da informação nas mídias sociais digitais

A disseminação, do latim disseminatore, quer dizer: ato ou efeito de disseminar e dispersão, difusão, distribuição, vulgarização. De acordo com Oliveira (2000, p. 2), “o termo é antigo, sendo a disseminação considerada por muitos autores como o ato de levar a informação ao usuário por meio dos canais de comunicação”.

Segundo Lara e Conti (2003, p. 26), as TICs aumentam a gama de possibilidades em relação à “disseminação das informações [Q], mas é prudente

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verificar em que medida há efetivamente transmissão de informação e como ela atinge efetivamente a sociedade”. Sendo necessário compreender o perfil dos usuários, para que as informações a serem disseminadas sejam relevantes para seu público. Desta forma, de acordo com Ribas e Ziviani (2008, p 1),

compreender a mediação, a circulação e o uso da informação no contexto das redes sociais, através das relações estabelecidas por meio das tecnologias, acabam por se constituir numa rede de informação em que a interação se faz presente e, por conseguinte, o fluxo de informação cada vez mais intenso. [Q] O Grande potencial existente no contexto das redes se refere ao fato de que a informação não se encontra mais centralizada, o seu detentor não é mais uma única pessoa, ou seja, ampliam-se as fontes de informação.

Para Carvalho (2001), a disseminação da informação e do conhecimento dentro das unidades de informação depende essencialmente do setor de referência. É o profissional bibliotecário deste setor que seleciona as fontes e os conteúdos a ser disseminado para o seu público-alvo, por ter o conhecimento necessário para lidar com a informação, além disso, é de sua responsabilidade atendimento direto aos usuários e a resolução de dúvidas.

À vista disso, as tecnologias de informação disponibilizam subsídios para o desenvolvimento do serviço de referência virtual, de forma a agregar relevância para a biblioteca e para os usuários que estão conectados as mídias sociais da instituição. (DAMIAN; CASTRO FILHO, 2018)

Barreiro (1978, p. 139) certifica que a “Disseminação Seletiva de Informações (DSI) tem como objetivo primordial canalizar novos itens de literatura para os pontos da instituição onde a probabilidade de utilização seja grande”. Portanto, justifica-se o uso das mídias sociais como recurso estratégico na disseminação da informação.

As bibliotecas universitárias por intermédio dos profissionais da informação estão, cada vez mais, disseminando os seus materiais em ambientes virtuais, em grande parte, motivado pelo alcance e publicidade que as mídias sociais digitais proporcionam.

Dessa forma, os bibliotecários vêm desenvolvendo técnicas e critérios para cuidar da qualidade das informações transmitidas pelas mídias e vem instigando os

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usuários para que se tornem bem informados e saibam como e onde encontrar informações pertinentes a ele e ao público de modo geral, tornando todos os cidadãos usuários das mídias sociais, potenciais usuários da unidade de informação. Desta forma, “a utilização dessas ferramentas de comunicação virtual na contemporaneidade propicia a disseminação da informação atingindo um número maior de pessoas na Internet do que por meio dos métodos tradicionais desenvolvidos de modo offline” (ARAÚJO; PINHO NETO; FREIRE, 2016, p.8).

Portanto, é necessário identificar o perfil do usuário para elabora um serviço de disseminação da informação efetivo compatível com as necessidades dos usuários.

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4 PERCURSO METODOLÓGICO

Este capítulo busca caracterizar como ocorreu o percurso metodológico da pesquisa. A metodologia é uma etapa essencial na produção de um trabalho científico, segundo Marconi e Lakatos (2003, p. 83) “[Q] a utilização de métodos científicos não é da alçada exclusiva da ciência, mas não há ciência sem emprego de métodos científicos”.

Diante disso, Marconi e Lakatos (2003, p. 83) definem método como sendo o agrupamento “[Q] das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permitem alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista"

O presente estudo analisou as mídias sociais no âmbito da Biblioteca Central Zila Mamede, descrevendo seu histórico de criação, suas peculiaridades e aspectos essenciais para administração das páginas, além de identificar a utilização dessas mídias para a disseminação da informação, observando seus métodos e suas práticas como recurso por parte da biblioteca.

Para isso, realizaram-se pesquisas em fontes primárias e secundárias, através do uso de livros, artigos de periódicos eletrônicos especializados, dissertações, teses sobre o uso de mídias sociais por bibliotecas, além de consultas a documentos oficiais e sites da instituição.

Diante disso, após o levantamento bibliográfico iniciou-se a leitura dos documentos pertinentes à pesquisa que compõe a revisão de literatura, em seguida, partiu-se para a pesquisa de campo na Biblioteca Central Zila Mamede, tanto no ambiente virtual quanto no físico, com o objetivo de realizar a coleta de dados, obtendo informações mais aprofundadas do objeto de pesquisa.

4.1 Procedimentos

Para produzir esta pesquisa, foi escolhido o método monográfico, esse método recolhe numerosa quantidade de dados e informações com o objetivo de compreender de forma minuciosa a totalidade do objeto, Prodanov e Freitas (2013,

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p. 60) descreve o objeto como sendo o “estudo de uma unidade de forma aprofundada, podendo tratar-se de um sujeito, de um grupo de pessoas, de uma comunidade, etc.”

O método monográfico é amplamente aceito dentro das Ciências Sociais Aplicadas, por permitir que sejam feitas inferências com base em um teste empírico, que o pesquisador se aprofunde nas coletas de dados. Além disso, possibilita exaurir as possibilidades do que foi delimitado, bem como, permite que sejam utilizadas diferentes técnicas para as coletas dos dados e as abordagens específicas para a análise dos achados.

Segundo Marconi e Lakatos (2003), o estudo de caso possibilita ao pesquisador que a partir da compreensão em profundidade do objeto pesquisado torna-se possível induzir a conclusão a outros casos semelhantes.

Quadro 1 – Técnicas utilizadas para obtenção dos dados.

Objetivos Técnicas

Identificar os objetivos da criação das páginas oficiais da BCZM e o perfil do público-alvo

Entrevista

Conhecer as dificuldades enfrentadas

para realizar efetivamente a

disseminação da informação nas mídias sociais

Entrevista

Analisar a interação dos usuários com o conteúdo das publicações.

Observação

Fonte: Elaborada pelo autor, 2019.

Dessa forma, foi utilizado o método indutivo por partir de uma análise de um único caso para poder inferir que tantas outras unidades do Sistema de Bibliotecas da UFRN passam por desafios iguais ou parecidos com relação às mídias sociais para a disseminação da informação.

Prodanov e Freitas (2013, p. 52) relatam que “a pesquisa exploratória possui planejamento flexível, o que permite o estudo do tema sob diversos ângulos e aspectos”. Em sua maioria, envolve o levantamento bibliográfico, entrevista com pessoas chaves com o problema pesquisado e a análise de exemplos

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Desse modo, a pesquisa consistiu no tipo descritiva, por permitir quantificar os aspectos qualitativos coletados durante a entrevista, portanto, o emprego equilibrado de metodologias qualitativas e quantitativas possibilitou ampliar a compreensão acerca do determinado objeto. Além disso, foi utilizado a pesquisa documental, através da consulta dos documentos da instituição.

Durante a coleta de dados foi empregado o instrumento de entrevista, que conforme Marconi e Lakatos (2003, p. 195) “é um procedimento utilizado na investigação social, para a coleta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social”.

Diante disso, foi utilizada uma entrevista (APÊNDICE A) não estruturada com o ator-chave, a bibliotecária responsável pelo Setor de Informação e Referência da Biblioteca Central Zila Mamede.

A entrevista permitiu, a partir dos envolvidos diretamente com as mídias sociais da BCZM, identificar os objetivos da criação das páginas e o perfil do público-alvo, além disso, também possibilitou conhecer as dificuldades enfrentadas para realizar efetivamente a disseminação da informação nas mídias sociais digitais.

A pesquisa prática compreendeu o estudo e a observação das mídias sociais da BCZM, tais como, Facebook, Instagram e Twitter, analisando os tipos de publicações e a interação dos usuários com as páginas e com as publicações, com o objetivo de reconhecer de que forma ocorre a disseminação da informação.

Desta forma, todos os dados com os quais elaborou os gráficos foram obtidos através dessa análise, compreendendo o recorte de tempo de janeiro a dezembro de 2018.

A pesquisa será norteada pelas seguintes questões: tipos de redes sociais utilizados pela biblioteca; identificação dos tipos de informações veiculadas nesse ambiente; vantagens e desvantagens para a unidade com o uso das mídias sociais.

4.2 Caracterização da Biblioteca Central Zila Mamede

O ambiente de estudo desta pesquisa é a Biblioteca Central Zila Mamede, que faz parte do Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (SISBI), sendo o órgão central executivo do Sistema, além de ser responsável

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pela coordenação, planejamento e fiscalização das atividades técnicas das vinte e duas bibliotecas setoriais que constitui o SISBI.

A Biblioteca Central Zila Mamede é uma unidade suplementar da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, diretamente subordinada a Reitoria, criada através da resolução nº 14/1959 do CONSUNI. A BCZM tem como missão fornecer suporte informacional às atividades educacionais de ensino, pesquisa e extensão. De acordo com o Regulamento Interno da Biblioteca Central Zila Mamede (2013), a biblioteca tem sua estrutura organizacional dívida em cinco coordenadorias, nove setores e duas seções.

No ano de 1974 houve a mudança da nomenclatura do Serviço Central de Bibliotecas que passou a ser chamado de “Biblioteca Central da UFRN”, entretanto, em 1985, através da Resolução 120/1985 do CONSUNI, a biblioteca passou a ser chamada de Biblioteca Central Zila Mamede, homenagem a Zila da Costa Mamede, primeira bibliotecária do Rio Grande do Norte e responsável pela estruturação do Sistema de Bibliotecas da UFRN.

A BCZM tem sua atuação regida pelos seguintes princípios: “a universalização do acesso às informações, especialmente as necessárias para o desenvolvimentismo das atividades de ensino, pesquisa e extensão da UFRN”, a “manutenção da Política de Formação e Desenvolvimento das Coleções da Universidade” e a “preservação e controle bibliográfico universal”. (BCZM, 2013)

A Biblioteca tem o horário de funcionamento de Segunda a Sexta, das 07h30min às 22h00min e aos Sábados das 07h30min às 13h30min. O acervo da Biblioteca é composto pelas coleções: circulante, de desbaste, de referência, especiais (Publicações de Autores do RN; Necessidades Educacionais Especiais; Coleção Zila Mamede; Dissertações e Teses; Eventos; Folhetos, Hemeroteca; Literatura de Cordel; Monografia; Multimeios; Obras raras; Periódicos; Periódicos de referência; Publicações da UFRN e a Coleção Mossoroense). Diante disso, o acervo físico da BCZM, até outubro de 2018, contava com um total de mais de 434.500 volumes distribuídos por suas coleções.

A biblioteca disponibiliza serviços voltados à comunidade universitária (corpo docente, discente e técnico administrativo) como: empréstimos (domiciliar, entre bibliotecas, especial, para fotocópia, etc.), consulta local, devolução, agendamento

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de visita programada, de orientação à normalização, de orientação à pesquisa, de treinamento no Portal de Periódicos CAPES, comutação bibliográfica, etc.

(37)

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: A BCZM E AS MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS

As mídias sociais da Biblioteca Central Zila Mamede foram criadas a partir do ano de 2009, por iniciativa dos servidores da própria instituição para que fossem divulgadas as atividades e notícias da biblioteca de forma rápida aos usuários.

Dessa forma, observa-se que, naquele momento, o intuito de promover o acesso à informação científica e oferecer suporte informacional para a pesquisa, o ensino e a extensão não foi o ponto central para a criação das mídias sociais. A seguir são apresentadas, na ordem cronológica de criação, as ferramentas de rede socais utilizados pela BCZM.

Quadro 2 - Evolução histórica das mídias sociais da BCZM. Mídias Sociais Ano de criação Objetivo Status de atividade Institucional Orkut 2009 Canal de comunicação entre

funcionários Desativa Não

Twitter 2009 Canal de comunicação entre a

biblioteca e os usuários Ativa Sim Flickr 2010 Servir de memória institucional Desativa Sim Facebook 2012 Canal de comunicação entre a

biblioteca e os usuários Ativa Sim Instagram 2013 Canal de comunicação entre a

biblioteca e os usuários Ativa Sim

Fonte: Elaborada pelo autor, 2019.

Com a participação da biblioteca nas principais mídias sociais digitais, no ano de 2018 foi elaborado um documento normativo intitulado Diretrizes para uso das mídias sociais na Biblioteca Central Zila Mamede (ANEXO A), que apresenta os seguintes elementos:

•Os princípios de utilização das ferramentas Facebook, Instagram e Twitter; •Os tipos de conteúdo a serem publicados;

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•Quais os perfis a seguir;

•A equipe responsável pelo gerenciamento das redes sociais; •Orientações para respostas;

•A identidade visual das páginas.

De acordo com tais diretrizes, a gestão das mídias sociais é de responsabilidade do Setor de Informação e Referência (SIR), integrante da Coordenadoria de Apoio ao Usuário (CAU). Entre as atribuições do SIR estão a gestão da informação disseminada, para tanto, é necessário a atuação dos profissionais bibliotecários dos outros setores na produção dos conteúdos, bem como, profissionais que possuam habilidade com as ferramentas tecnológicas.

Conforme entrevista realizada com a chefe do SIR, a equipe responsável pela administração das ferramentas de rede sociais da BCZM é formada por: “um bibliotecário e dois assistentes administrativo, sendo que um é formado em direito e outro em arquitetura”. (Informação verbal)1

Dessa forma, quando questionada sobre a ocorrência de alguma qualificação e capacitação desses profissionais que estão diretamente envolvidos com as mídias socais da biblioteca, a chefe do SIR destaca que “não teve uma capacitação para essas pessoas” (Informação verbal).

As mídias sociais da biblioteca possuem juntas cerca de nove mil seguidores que estão divididos entre as ferramentas: Facebook, Instagram e Twitter. Com isso, é missão dos responsáveis pelas páginas produzir conteúdo, manter os perfis ativos, interagir com os usuários e disponibilizar informações relevantes aos mesmos.

Os servidores da BCZM estão voltados a estes objetivos e amparados por uma ferramenta de regulamentação e oficializa o uso das mídias dentro da instituição, o que tem contribuindo para o crescimento e manutenção das páginas, além de destinar para o Setor de Informação e Referência a responsabilidade para gerir e desenvolver os conteúdos publicados.

(39)

Diante disso, a chefe do SIR destaca que entre as principais barreiras enfrentadas pela Biblioteca para a implementação e manutenção das ferramentas de redes sociais é a questão de

você (não) ter uma equipe voltada apenas para isso. Então, muitas bibliotecas deixam as mídias sociais em segundo plano, porque todos as pessoas que desejam que isso vá para frente, que as redes sociais sejam canal de comunicação de informação para o usuário, estão sempre ocupadas com outras coisas, não tem uma pessoa voltada, apenas, para isso. (Informação verbal)2

Ainda de acordo com a Chefe do SIR, as barreiras e obstáculos enfrentados na BCZM

[...] desde o início e continua, é fazer com que as pessoas que estão no Setor de Informação e Referência além de terem suas atividades do setor tenham que fazer, também, as atividades voltadas para mídias sociais. Nós [BCZM] não temos ainda uma equipe voltada apenas para as mídias sociais. Essa é uma barreira de implementação, todos sofrem com essa. É fazer as mídias sem amadorismo, tratar as mídias como elas devem ser tratadas, sem amadorismo e com profissionalismo. Portanto, essa é uma barreira de implementação e, também, de manutenção. Não adianta só você implementar e você ter uma rede sem postar nada, a manutenção é o mais difícil, é você fazer a rede se perpetuar com conteúdo e com periodicidade. (Informação verbal)

As ferramentas de mídias sociais digitais têm diversas formas de serem utilizadas para aumentar as possibilidades de interação, estreitando o relacionamento entre o bibliotecário e o usuário, tornando possível o compartilhamento de informações, esclarecimento de dúvidas, a localização de novos usuários e simplificando o processo de disseminação da informação

A seguir são apresentados os perfis e fanpages encontradas das mídias sociais utilizadas pela BCZM.

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5.1 Uso do Facebook na Biblioteca Central Zila Mamede

A Biblioteca Central Zila Mamede iniciou a utilização do Facebook, em 6 de setembro de 2012, essa conta foi criada com o intuito de ser um canal de comunicação com o usuário.

A partir de coletas de dados realizadas no mês de março de 2019 na própria fanpage da BCZM, foi possível quantificar as curtidas e o total de seguidores, respectivamente, 3.958 curtidas e 3.987 seguidores.

Em relação ao conteúdo das publicações, foi observada a divulgação de informações relacionadas ao funcionamento dos setores, dos serviços oferecidos aos usuários e dos eventos que acontecem na biblioteca, além disso, dicas das normas da ABNT e dicas literárias de livros do próprio acervo da biblioteca.

Figura 1- Fanpage da Biblioteca Central Zila Mamede na rede social Facebook.

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Na análise realizada foi constatado um aumento no quantitativo de publicações na ferramenta de Rede Social Facebook, embora tenha iniciado a utilização da fanpage, em setembro de 2012, somente com a implantação das Diretrizes de uso das mídias sociais é que aumentou o volume de publicações.

Gráfico 1– Quantidade de publicações da BCZM durante o ano de 2018 no Facebook.

Jane iro

Feve

reiro Março Abril Maio Junh o Julh o Agos to Sete mbr o Outu bro Nove mbr o Deze mbr o 0 5 10 15 20 25 30 35 Publicações

Fonte: Produzido pelo autor, 2019.

Desse modo, observa-se que a página da BCZM durante os meses de janeiro a dezembro de 2018 apresentou crescimento no quantitativo de publicações, reflexo da implementação das Diretrizes para uso das mídias sociais na Biblioteca Central Zila Mamede, no total foram feitas 216 publicações.

O desenvolvimento de ações de incentivo à leitura, ao uso e preservação das coleções e das dicas da ABNT foi identificado nesta fanpage, com as hashtags “#FicaDicaABNT”, “#PreservaBCZM”, “#DicaLiterária”, “#AcontecenaBCZM”.

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Gráfico 2 - Comparativo entre a quantidade de curtidas e comentários no Facebook durante o ano de 2018.

Ja n. Fe v . M a r . A br . M a io Jun. Jul . A g o. Se t . Out . N ov . D e z .

74 157 257 824 334 474 371 566 558 495 257 269 1 15 13 44 22 27 28 44 44 23 6 12 Cur<das Comentários

Fonte: Produzido pelo autor, 2019.

Diante disso, o número de curtidas e comentários também chamou atenção, foram 4.636 curtidas e 279 comentários, nos meses janeiro a dezembro de 2018. Observa-se, também, o aumento a partir de abril em comparação aos meses de janeiro a março.

A fanpage no Facebook da BCZM presta o serviço de atendimento ao usuário, quando o usuário procura o serviço através do chat ou dos comentários nas publicações, sendo respondidas pequenas dúvidas.

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Figura 2 - Atendimento através do Chat na Fanpage da BCZM

Fonte: https://www.facebook.com/bczm.oficial/

Portanto, o Facebook é utilizando como uma extensão do tradicional serviço de referência realizado pelas bibliotecas, respondendo as dúvidas quando solicitado pelos usuários.

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Figura 3– Avaliação pelos usuários da Fanpage da BCZM no Facebook

Fonte: https://www.facebook.com/bczm.oficial/

Além disso, por ser um espaço interativo, os usuários têm a possibilidade de compartilhar informações entre si, além de avaliar a página e deixar novas sugestões.

O uso da fanpage tem a vantagem de aumentar o contato direto com os usuários. A utilização de vídeos, eventos, fotos e transmissões ao vivo, além de realizarem as atividades de: divulgação do período de aquisição de livro, horário de expediente, data comemorativa e notas.

5.2 Uso do Instagram na Biblioteca Central Zila Mamede

A conta da BCZM na mídia social Instagram foi criada no ano de 2013, sendo desde o início um canal de comunicação com o usuário. O perfil da BCZM conta, atualmente, com 2.989 seguidores. No tocante ao conteúdo publicado, em sua grande maioria, são os mesmos divulgados nas outras mídias sociais da biblioteca,

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destacam-se as dicas das normas da ABNT, divulgação dos serviços oferecidos aos usuários, eventos que ocorrem na BCZM e compartilhamento de campanhas de conscientização do uso da biblioteca.

Figura 4– Perfil Oficial da BCZM no Instagram.

Fonte: https://www.instagram.com/bczm_ufrn/

Durante a análise dessa página foram localizados ‘stories’ com apresentação de vídeos e fotos de eventos realizados na BCZM, além da divulgação dos serviços oferecidos pelos setores da biblioteca, além de sugestões de livros de literatura.

Na análise do Instagram observou-se o crescimento, surpreendente, no quantitativo de publicações na ferramenta, demostrando a ativa utilização desta ferramenta para a comunicação com os usuários.

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Gráfico 3- Quantidade de publicações da BCZM durante o ano de 2018 no Instagram.

Jane iro

Feve

reiro Março Abril Mai o Junh o Julh o Agos to Sete mbr o Outu bro Nove mbr o Deze mbr o 3 3 9 15 14 20 11 23 23 29 15 8 Publicações

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Embora, o perfil da BCZM tenha sido criado em 2013 o quantitativo de publicações nos três primeiros meses de 2018 ficou abaixo da média do ano de publicações.

A partir da implementação das diretrizes para uso das mídias sociais da BCZM no mês de abril de 2018, nota-se o aumento do quantitativo de postagens, seguindo uma tendência de crescimento durante os outros meses, no final dos 12 meses ocorreu o total de 173 publicações.

Observa-se que durante os meses que compreendem o término do período letivo e o início do período subsequente a quantidade de publicações diminui.

Diante disso, constatou-se o aumento na quantidade de curtidas nas publicações, refletindo a maior participação do perfil dentro da ferramenta.

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Gráfico 4-Comparativo entre a quantidade de curtidas e comentários no Instagram durante o ano de 2018. J an e i ro F ev e r ei r o Ma r ç o Abr i l Ma i o J un h o J ul h o A go s t o S et e mb r o Ou t ub r o No v em b ro Dez em br o 263 433 639 858 868 1311 675 1120 1088 1210 658 543 13 11 8 16 114 37 30 46 25 23 16 6 Cur<das Comentários

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

No que diz respeito ao quantitativo de curtidas e comentários, analisou-se respectivamente o total de 9.666 e 345 interações entre os seguidores e a página, no recorte de tempo entre os meses de janeiro a dezembro, foi percebido um aumento na interação com os usuários.

Dessa forma, observa-se que a interação com as publicações se restringem as curtidas, apesar do elevado quantitativo de curtidas, o feedback através dos comentários deixa a desejar.

5.3 Uso do Twitter na Biblioteca Central Zila Mamede

A página da BCZM na mídia social Twitter foi criada em fevereiro de 2010 e em março de 2019 contava com 2.559 seguidores. A página tem como objetivo publicar material informacional, eventos, dicas, dicas literárias, dicas da ABNT e

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