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A Escola Primaria, 1918, anno 3, n. 1, out., RJ

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(1)

• • ,,

,

,

• • • "'

Anno

3.

0 -

N.

1

Numero

avulso -

1 $000

réis

.

15

de

Outubro de

1918

• •

-•

-•

lVIENSAL

Sob a direcção de inspectores escolares do Dislricto F ede·raJ

.

\

-

...

Editores:

FRANCISCO ALVES

&

e.

ASSIGNATURAS:

'

..

Rua do Ouvidor, 166 - Rio de Janeiro.

Rua

Libero

Badaró,

129 -

S.

Paulo.

; Para

o

Brasil. União Postal.

.

• • • • • • • • um

,,

anno

,,

1"1$000

7SOOO

Rua da Bahia. 1055 - Bello Horizonte.

REDACÇÃO: - RUA DA QUITANDA,

72

S U M M A R I O

Infiltração technica ... .

Mocidade e Velhice ... ... .

11 de Outubro ... .

Ensino Primario ... . .. . . Fins da educação - Caracter•

• e objectivo da instrucção primaria - Organizaçã9 e . d o ensino o I anno ... . • Frota Pessôa Fabio I1uz F. C'abrita ~IalY& f F. l\t endes Vianna.

..

l

..

-Os dois ultimos annos de Arithmetica • .na escola pri-maria, segundo a Commis .. são dos Quinze ... ~

A Musica e o Canto Escola

O:

Coryntho da Fonseca

de S0t1za Reis

LIÇÕES

E

EXERCICI°OS

... ,

INFIL TRAÇAQ TECHNICA

,

O

segundo

anniversario

-

desta

Revista i,npõe

unia rtfc-rencia ao

ad1niravcl cspirito

que a creou e a

superinlcn<ie.

Do pouco que e.riste

hoje

de viva::, e

pro111is,sor

na

nossa ÍJlStrucção

n1unicif>al,

do que

He/la

se sal-:.,•a,

na.

bn11carrôt1i

,c. l}IIC

a

tinha

burocratictt a a/'rastou, eslâ e;n

pri,nciro lo[lar a obra pcrtina:: e sz'./cnciosa

e

.

rccutada

tor

D. lfsther

Pedreira

de 1.vfello e pelo

tiuclco

de

inspcctOrfs

e pyofessores

<JllC

e(la soube attrahir

pa1·,1 suei orbita da

actividade.

· Essa obra é

conce11trica.

Pri11ieira111e1Ltc

1

dentro

do dislricto

escolar

.,·,rjeito

â sua

inspecr:iío,

e/la

itifundiu

cntlzusias,no Pelas

desintere,rsadas

qllestücs

do

ensino

e[,::;

das prof

cssoras

que nelle .ser1.1

e1n

u

1n

corpo

ltonzogeHco,

co111posto

de ;nolleculas vcti·vas, ·autononzas, entl,usiastica.r:,

coni

q11e11z

está

enz contacto

pcrnzanc11,te

e

âs

quaes

trausnzitte

e co11111zu11ica sua

e seu

ard.ot·.

Ha

110 2.i>

dLsfricfo ·1t11i

s

_

\'stcn1a

e 11J11a c>rientação, e o S1,ft'l-ÇO

publico

é

nellc

e.1·ecutado

co1n. u111

r:yt/11no

eguql e

resul-tado p}o[icuo.

·

·

I

En1,

seguida

fzt11clou, co1ti zcni grupo de

collegas,

esta

Rei:ista, q11e

venceu.

faciln1entc,

quando

tantas 01ttrns

t~ntafi'i.·as

analogas

tê1n

succunibido. A capacidade de

trabalho de que tcni

dado proz.

1

a

na sua

direcçJo

é

in1prcs-siollante,

porque, ao

1nes1110 f(!111po

que

o,·ganisa

a purte

1.if.aterial, e collige

os

trabalhos de cada

1u,11zero,

el/a

'

intervcni'

ua confecção

de

toda a

parte

pcdagogica e

fre-qucnte111ente

nella collabora,

·

redigindo os pontos especiaes

que

não

tâni

collabor.adores

de occasião. Aléni disso, graças

a

1t11i

largo espirita de tolerancia,

que poucos

lhe

c

gnhe-ce111,

e ao prestigio e ascendencia

que

·

conqu.istou

pelo

sc11

'i'alor

pessoal,

fe:: da

Revista

u11i

orgão de

ideias

liberaes,

aberta

a

todos os

pareceres, de

sorte

que

dentro

della todas as

le1Jiti11ias

opiniões

se

acha11i

representadas,

conztanto que vcnliani e.i·pressas co,n bôa fórnia.

Sua

rectidão,

sua

coragc111, seti

tenlperanzento conibativo,

suas

altas f1rcoc'cupações' >nentaes

e

1.noraes

encontrarani

ainda

nesta

Rc1:ista l!JJ~

ca1npo de e.rpa11são,

porque,

se11L

nunca

1'11,correr

ern.

e:rccssos, que

t

ornar

iani

.

parcial sua

attitude,

e/la

leni

pcrn1ittido, e

1nes1no offerecido

conz sua

penna, co,nbate aos

abusos,

ás

pu.rilani111idade~~.

aos

erros,

que,.invaain:do

:.

·;-~:~·,z de 'll1,, serviço tão

i,npor-tonte,

co1110

a

da instrucção

publica,

infundenz o

desani,no,

acoroçoa,n o parasitisnzo e

dtio

viço ao

Cl!Pini

burocratico,

que

destróe

seu

arcabouço.

Consequc11cia

da

creução -tla Escola Pritnaria, surgill o

co11se//zo

do.s i11spectores,

1·dta · original,

gue se

apresentou

"cxP.ontanc(1111e1ltC,

e

logo

fo·i'

beni.

recebida. Foi

por

certo

a

.

appro.i·i111açüo

dos

inspectores, dcter111i11ada

pel<i, ol'ra.

con11nu ,,.,,

feita 11a Rei1ist<1,

q,te

a

s1tggeriu1 co1,zo

re11tedio

ao abandono cnz

que fica,z:a,u certos prob/e1nas pcdngo

..

gicos.

por

falta

d e u

,u

cc

ntro

d

irector ,,

u

e os.

verifi'ca.)'Sf!' e re.solvcssc . . De facto,

era

inco,zcebivet

que

unta

corpo-raç,io de f eclznicos, in.cun1bida de lllJZ<t funcção .idcutica

a/1c11as

rcpartiJa

por circll1nscripçõe..s fer:ritoriat·s

dif~

'

ferentes,

podesse agir

coni

cfficacia, sc1n

unia

coordenaçtio-dc

c.eforços,

e

se;n

que

coustruissc

1t1na

nornia

conli-1nurn de conducta qitc se

applú:as1e

c1 todos os •cas'os

Particulare

.

~ q1te

surgissc,rz nos di~vcr,ços districtos. ·

~ Se o intuito (Íessa aggrc11iiação

fosse

robustecer o

·

·prestigio

da

corporação,

constitufndo

e

vioorand o

o cspiritú

de classe,

Hão

lznt.•cria que

louvar

e,n tal iniciativa; >na~·

o objt·ctit•o e,"a

m,tro, era o espírito de ordcnz, era.

a

co1Zt1crgcncia da acção, era, eni S;H~ 1.11zci; o cstabelecin1cnto de 111,i

01·gão

central/ d~

orienta4s·üo,

i,idispensa.1

,

cl

cio l•ont

e~i:ito de qualquer

sar1_iiço publiro.

D. 13sther

nI

e/lo

foi esrollzida

co,no

a

p

.

rcsi(1c1zte.,

a

·

lcader

dos

i,isftectores

e se esse

facto

attesta

o

se1t valor,

doctt1>lentcn

ta-11ibcf111, o

descortino

e o criterio de seits

c

ollcgas

.

·

Enzbora

não investida

de

1111za

autoridade

legal, a

acção

intclligente

e ardorosa

de D.

Esther

1.1

ello

se fez logo

sentir,

fundando as

conferencias pedagogicas,

que., outras ..

adnzinistraçõe.s

a1iteriores

te

utaran1,

.

crcar

scnz successo

aprecit17.1el.

~

.. O tr11fl1npho

dessas

conferencias

hon.ra

o

nosso

corpo

docellte,

que enche o salão

onde

cll,,s s"e

realisan1,

1n(ls

é

incontesta·z•él

que

o prestigio

dos

inspe-ctores.

act-ua11do

nos respecti

vo

s

districtos e a infatigavcl

-

.

constancia

de

sua dircctoria

têni

concorrido

de

nianeirtJ ~icicufe para. esse brilhante resultado.

ln1porta11tes questões já se tê111, debatido

,zessas

Palestras.

Elias al1,•otocan1,

e

interessan, qztinhentas

ou.

seiscentas

,Pessoas, que

-

be,n enten.deni

que

o

officio

de

ensinar

é

de

eterna aprendizagenz. Otti·ir e~rplanar· idéas é sernpre

· util, 1nes11zo

quando

se

não co11corda

coni

o

e:rpositor.

Assini, partindo da

funcção

restricta de inspectora de

seu.

districto,

D. Esther n-lello,

co1n

1tni

ardor,

que

ne-11i.lzu11za

11-icissitude

a11zortece, e coni 111na energia que

nen7iunza

injustiça a1nqlga,

vae estendendo

sua acção

clarividente

a

todas

as

grandes

.

necessidades

do ensino

pri 111ario.

_

'

·

. Está

ussi,n

realr'.satzdo

co1n

felicidade, co1n

enthusiasnio,

couz ef

f

icacia,

a

ser11111tlz

'

erapia por que está

cla,nando

o

or.gauisnzo

avariado do nosso

.

ensiJZo

priniario,

pe11,etrado-oté

a nzedula

pela

infecção burocratic

,

a

e outras

111azellas

1 que só 11111a infiltraçiio- teclrr.ica

rigorosa

póde co1nbater

co,n

scguranç'l..,

,

...

FROTA PESSô.'\.

Tocla

a

correspondencia

cte,~e ser dirigida a F.RANCISGO ALVES

&

C. -

Rua

do

Ouvidor,

166 -

RIO

OE

JANE

I

RO

'

• \ I • • • • • • '

'

i I ' \ •

(2)

'

,

-•

•• • •

2

A E'SCGLA PRIMARIA

• •

1

IDEAS E FACTOS

• •

.

• •

MOCIDADE E VELHICE

Las pre11das dei espírito f

ove

n,

e

l

en,tlu,siasn-io l' la esPeran,ça corre s-Potiden, en, l.as ar1no1iias dela

h

i

.Jt

or

i

a

:y

la Nat,

,

re

z

a, ai ,n

oi

,n

e

11t

o

y

a

la l

it

z .

Ado1,de qniera q

1t

e

v

ol

va

is l

o

s

ojo

s

las e11co1itrareis, con-i al an1biente

1ia-t11ral de t

od

as las

cou

.

s

a

s

f1<ertes

y

liern,osas.

ENRJ.::o Rooó

(Ariel

)

.

·

As

,

crianç

-

as

-

se11te-

m-se desl111nbradas

·1

p

,

elos

aspectos viarios

da

natur>eza em torno, o

s

_

quaes

as

impressi

,

onam

pelo

conj1111to

mag11ifico

de

Sttas

1

pers;p;ectivas

1

ipelo

maravilhoso

ie

ffeito de

suas co:111binações,

no 1natiz

variegado das

flones,

11as tonalidades da

verauPa dos

campos,

pela mag,estad

,

e

da vegetaçã

,

o

fL

o,

restal,

pelo

n1imo car

.

icioso dos

,

_poentes a!laranjado

·

s, pelos

esplendores

,

da

lttz

110 zenith, pelo n1,1r1nuri.o

das lymipl1as 011de1antes

,

e il)elo -crebro fragor

elas

vagas 11as

longas

;

praias arenosas e b

·

ra11-cas.

Tttdo

o

q11

,

e

na

Natureza as

desl11mbra,

as

al:err

.

oriza

tamben1.

Ten1end

0

aggressões ien1

tt1do, eJ.las S1e

tor11am

aggresr 1

·

as ipor s11a v

,

ez,

rel:rahen1-s

·

e en1 s

·

et1 fero

-

z

1

egoisn10.

Depois q11e

ll1-es v

:

en1

mell1or discer11imento

das

cousas,

a

cttriosidade de

·

é'.011h

,

eoer

,

o

,

s

meca11is1nos

de setts

jogos

e

dos

trabalhos

alheios q1re

as

i11trigam,

começa ,de as

,

im

,

pellir

a

eve11trar

-

e

,

extirpar

os boo1ecos e ab

·

rir

os

bojas das

1

Toco1notivas

de

foll1a

·

de Flandres, ,para

lhes ir bt1scar 11as

,,isceras

,

e

,

11as

eii1gr

-

enagens a explicação do

m

,

oviment'o

dos

olhos

dos

prim

,

eiros e a

rázão

H

o r

:o

<lar

rapido das

segundas sob-re

trilhos

circulares. Se a

-

lguma

chega a comprehencler

a

ca11sa

meca11ica

dos

n1ovimentos tem logo

o

desejo de

,

tentar

o.brar

melh

,

or e

n1ais

com

,

pl'e-ta.

1

0

deli11eame11to cfe

um

wpparelho

aperfei-çoado &e .desdobra

no cerebro

do

travesso

que

11ão co11hece ai11da

o 111undo

de

difficuidades

a

ve11cer, desde

as opipostas

,

pelas

leis da

gravi-dade

até as

inheren

,

tes á

resistencia dos

mate-ria

·

es.

Quando consegu

·

e algo faz

,

er

que

&'e

assen1elhe

a um movimento muito rudimenta

,

.,

novo Archim

·

ed

;

es

passêa,

pelas

rua:s

do

jardi1n,

stta

gloria, e aos bicha11oi5

ela

casa

p110

1

clama

sua genialida<lie.

De1pois, quando

,

os

asipectos da

·

N

a:tureza, q:i1elo

habito oonti

,

n110 da

-

visão, se

lhe

aipresentam

mais detalhados,

,

quando c:i-da

obj,ectó lhe traz um oonhecimento

iparticular

que não fora

,

percebi,do no conjunto geral,

·

quando

a obr

·

a effect11ada

,pelos ~riedecessones

o irnpress~on

·

a como 11ealizada de ttm arranco

e

indepe11de11te d

,

e meditação,·

estudo

,

e esforço;

quat1Jdo o mecanismo da

i

}oQOin1>otiva se reduz

a t~n1a fita de elastico,

.

movimenta

·

ndo

ipe,Ja

re-tracção, sem

com.iplicação mai

,

01·, todo o

con1-boio, e o peso do chumbo lhe dá a

·

chave dv

.

e

11igma d

,

o abrir

,

e f

e

char d

e

,

olho

s

do bon

e

c

o,

tu

,

do lhe

p

arec·

e de uma facilidade

innomina-v

,

el. D.eso

o

,

11,

si9era os esforço

s

, as n1editações·

e

o trabalho me.

e

lido

·

e

,

combina

,

do para chegar

a taes re

s

t1lta·

dos, fican

·

do-lhe patente a

inca-1

)

acidade das g·erações ,passadas

,

para

tenta-tiva

s

g

e

nia,

es. Rcesultam

,

desse exame ape11as

a 1

)

ttlhice do elastico e a bola de chumbo

10

,

scilla11do entr

,

e os globos occulares da figur,a

·

inerte.

Q11·

en1 11ão s

,

erá capaz de r

,

eali.zar taes

ni11ha-rias? Na.da

de

1

extr

.

a:ordinario naqt1illo.

\

E'

e11tão n

,e

c

e

s.sari·

o

,

destruir aqu

e

lla

sandice,

fa-zer desa

lj)/

par

ê

cer

6

ridicuJ.o de um tal invento

e

tentar a co11sa n1tti

,

to nova

,

e mt1ito sublimada

q11e

lhe

,

está fazendo cooeg,as no cereb

rro

. F

..,s

-q11ecida fica

,

a alegria que o

,

m

,

ecanismo

sim-a ínefficsim-acisim-a dsim-a destrt1ição <le un1 ex

e

mplar,

. 1

ples o

o

nti11 úa

·

a ca11sar a

1

011tros, deslemb1

1

ada

_

q11and

·

o milhares

,

estão em circ11J

,

ação para goso

de ot1tros

,

me11os genia,es.

Co11s

·

eqtrencia

c10;

esforço de destr11ição vem

a necessi

-c

iade de

reconstruir,

mas

reco

,

nstr11ir

11ovo

,

e

,

perfeito. Então

ttmas

vezes verifica a

stta i.nca

1

pacidade de ada,ptar o eiastico s,em o

a11xilio da

,

experi

1

encia e

das

o

,

bs,ervações dos

011tr,os q11e

o

precederam; outras vezes

conse-g11

,

e dar moví1nento

á

10

,

con1otíva,

n1as com

fr

e

que11tes <lescarrilhamentos; ai11da ot1

,

tras

,

,

,

ezes, 0011&'e

,

g11

·

e movimentar os oihos da bo-

·

11eca,

mas

vierifíc

ã

nd

,

o c0111 desgosto e dasa11imo

que

,

os olhos são

caôlhos

e

,

o

,

s

movimentos

<las

palpebras, irreguJares, se fazem

isocl1rona-.

1nenl:ie. Para

ii,ns

a

desillusão

é trem

.

enda,

obri-gando-os a

,

desistir da candidatttra a genios.

co11str11ctores;

em outros a

razã:o

pr

,

od11z os

effeiti

OJ

s beneficos d

,

e forçal-os a

reconhecer

a

r!ellativ.idadie

das oousas

humanas

.

e a,preciar

oom sen

.

tin1e11to de

1n

·

ai

,

or

justiç

,

a o

,

esf

:

o

,

rço

,

e

o

trabalho

elos predecess

,

ores

nas trilhas

esca-

·

br'osas da virda

e

do

saber.

Aos

pouco

.

s,

com o

vigor da

111l0

1

cidade, longe

das. faixas

da

infancia, do

,

s

ardories da

pu

ericia,

s

'

e vã

-

o aconchegando .aos

velhos

ex:perien.tes.

Gon1 os ~lementos

_

que

·

elles

acc11m11laram,

par-tindo

do estadiio em

qtte

el1es

·

pararam,

desven-darã

,

o

l1orisor1

,

tes novos, co1no

,

eram

novas

para

os v

-

elho

,

s aq11ella

,

s ,p

.

aradas 011-de es

,

tacionam,

i

,

11dicando

as

impossi!Jijirlé'rle~

d::

::ovas

mar-chas, mas acompanha11do

oom

,

olhares

carinho-sos e so-Jicitos

os rom

,

eiros

de ideaes que vã

-

o

[ll10

1

seguir a

obPa

1

por elles

enoetada. O

espírito

aggressivo e d

1

estr11idor

é

st1bstit11ido pelo

a;preço respeit

1

000

pe1os trabalhador,es que

,

enca11ece1n

e

s,e

vão, e uma tern

.

a sym

·

pathia

ponderada

os liga

,

rá ás tradições honrosas do

traba1lho efficaz

ie

ttt~I,

sem

pr

.

ooçcupa<.;ões

de

• •

.

-• • • •

A

ESCOLA

PRIMARIA

3

escolas, sem a obsessá/Q do nov

-

o, por ser

·

novo

e inedi

,

bo, ai11da qtie extravagante. Como se

a.Jgurrna cousa houv

,

esse de

1zovo d

e

b,i

i:,

o d

o

Sol.

A idade reJSfria

,

o

s

temperamento

s

.

Quando dim

,

iní1e o oolor das alegrias e o

geill() dos temipos cahe

,

em f\lócos brancos, :1i

v

e-lando

as aspe11ezas do

ter11eno,

dando um

aspe-cto uniforme

,

e morto á

,

paiz

,

ag;em encan

e

cida,

crescem

as maguas. A al

,

eg

·

ri

a,

,

de viver, -

que

&e

f

,

Qge á iaai,proximação do

i11verno

tri

s

te

:.e

tropego da :velhiae,

á

chegada

dos anno

1

s

_

qu

·

e

caducam, nãio é

co~pativ

.

el com

!Oi

,

estado d' al1na

q11e

soff

,

p

e

u

1

e que embór,

a não tenha rn

~

·

guas

·

acr

,

escidas, á ultima hora

,

i

tem

1

a tristeza

·

das

feridas q11e surpuram, ou <las

.

cicatrizes que d

e

-forman1. E.!1

,

tretanto

a v:

e

lhice é Otptimista e

,..

affirrnam

-

que o pessimism

,

o

-

de Gcethe no

W

e

r-tlie1·

se tram.sformmt n

o

,

lottção optimismo

di

a

segundo

Fausto.

O

,

optimismo

dos

velhos

é

aipeg

,

o á vi

,

da; é taJv

,

ez 11m outro sentimento nã

.

o

ben1 definido, mixto de duvida

,

e sust,o

,

, que os

faz

t

emer a

morte

e

recear um

recomeçar d

,

e

dores

soffridas

_

q11e serão de DJOVo

affronta-das

,

em outra existencia. Sett optimismo vem

do anceio de gos

,

ar a f

,

elicidade ft1gidia que se

lhe

antolha nos

ultimo

-

s quarteis da vida, 011

.

vetn da e5ipterança de ainda encontr~l:a nos

estreitos

~

sfi-Jad

,

eiros das monta

,

nhas ainda

cobertos de

flor

,

es oulloniças, nas ga

·

rganta

s

a11gt1stas 011de cascateiam ainda aguas claras e

cantantes e os praclo

-

s 11ão

estão coberti

o

1, pela

geada flooosa

1

e

alvinitente

do

inverno

impie-doso. Seus olh

.

os

nul:ilados 11ãio

veem rnais o

°>ªJ,

,

e

,

o olhar,

toclio

v

,

oltado

1

para dentro,

r

,

eca-iprtula

·

e esmiuça as paizag

.

e11s da

mocidade,

cio11de

resalta a

r

alegria, suµp1antando desgos•

tos, sobr

,

e ós

quaes

dança o

véu

d

,

o esqu

1

oci-mento, q11e

os

transforma

em prazerosos

quad-ros

de fttz

1

attenuada pela di

stancia,

a1Pre-ci,ac4o

:

s sob

outr

,

os p0:11tos de vista. Tirem-lh

,

e a

1noer

,

teza de

outra

existencia

i

e de outra

·

s

dôres ; desilludam

a velhice da

idéa

ipreconoe-bida de

11m

outro

mundo

de

1

purificações e

castigos graves

,

por failtas

leves

e dre um ajuste

de

contas impla

.

cavel,

,

e a vida

não

s

·

erá encargo

ao ve,Jho

,

e

o

seu 01ptimismo

s

erá

maior, mais

sereno e

rn_ais

,

augustOJ.

Sua

alegria não será

sem calor,

não caducará.

·

A alegria

não

diminúe

com

os annos, apenas

'

é

mais bem

·

g

-

ozada,

mais

sabor

,

eada. O

modo

·

de n1a11if

.

estar-se e de s

·

er

sentida

é

_

que

são

,

outros. Ha mais

~aber,

mais consciiencia,

.

mais

vagar

·

e

mais com

postura

no

g;oso e

em

sua

exipressão. A

faculdade de bem g.osar a

vjda,

de 1Pha,ntasia

,

J-a fecunda,

;

amorosa

,

e

silenciiosa,

creadora e inspiradora, bella

e

digna, não é

bem qualidade da maci

i

dade, que a não sabe

co111ceber

011

interpr

,

e,tar

de accordo

,com

um

senticliQ elevado

ie

magnanimo, e

a

1

penas gosa

con10 a

,e,

n

oo

n

ú

ra,

s

.

em

'

ainda o

IP

r

ei

paro e a

e

x

1P

·

e

ri

,

encia n

,

e

,

ct

eis

sarios para modific

1

aJ

-;

a e

adaptai-a á sua índole

r

e ás suas a

S1p

iraçõ

e

s.

La po

e

sia

é

la r

e

altá assol

i

tt

a,

é

l

' es

s

en

z

a

stessa d

e

ll'U

t

iiv

e

rso

...

diss,e D' A1munzi

o,

em

''

Piú

che l' amar

e''

.

Para chegar a

e

ssa

11

eali-c

ia

c

le

ab

sio

Luta é

,

pr

,

eci,

s

o ter vivi.do

e

o

ter

a.pen

·

as

Passado p

e

la vida.

A ~

oic

idade é o d

e

-vaneio e a despr

e

occupação, satisfaz-

s

e com a

-

"ero

e

pção

i

externa

,

e deslttmbradora das

cou-sas,

,

delicia-

s

e co1n

,

os

,

cam·

biantes

i

p

ri

s

m

,

atic

o

,

s

d

os

,

crysta

,

e

s

, sem ver

·

a dec

,

om

-

posiçã

,

o

d

o

e

sp

e

ctro sola

·

r. Sua alegria é rui

drors

a e

á

f

;

Jor

,

dos lahio

s

;

é o

ommunic

a.

tiva

e ip

r

e

c

is

a d

e

qu

e

m

a ,partilh,

e. A alegria da i

,

da

de

madur

,

a

,

e da

velhice tem uma visão

.

inv

e

rna d

e

mai

o

r

alcance, mais commedida, mais

:P

rofu11da, mais

p0111d

·

er,

a,

da, mais du,

radoura, mais consciente.

E'

,

o

·

pr>olongada co

·

n110 a

·

dor, e

tã,

Oi

d

es

ejada

e tão comipens

,

ad:ora como

à

ausencia do

sof-f11ef. Au

s

encia de dor

,

não é alegria; n1ais é

alliv:io, exipansão, s.o

,

oegi

O!

s11a ces

.

S'

ação. A

n

egria

é sinceridade; ningu

i

em occttlta uma

satisfa-ção, ninguem se peja de ser feliz, de ser

alegre, de viv:er

contente

e <lie estar e

.

antiente

de viver. P

i

or isso Ibs

en escl'eveu na

Come,iia

do A tno

r: ''

O fim do homem é se1· sincero,,.

Sim, faç

,

am-no feliz

,

e elle será si11

.

c

,

ero, nãio

terá lag~imas q11e

IOl

OCu:lúar, não terá

sentimen-tos

_

qtte

,

esconder, nã,o t

,

erá odios, nem

invejas,

sen1 sentimentos máus e

,

oond

·

emna veis.

Habituado á ~elicidade, isto é, á sinooridade,

a alegria

lh

,

e será igual na mocidade e quando

os annos cadttquem.

O

m

,

esrno caJor aquecerá

a aQma

juvenil

e a senilida

-

de, fl)Orque dores

nã,o

hav

,

el'á

·

a caripir d

,

o pr.,-ssaido de

experie1i-cias feito,

nem soffrimeintos estarão

,

embosc

·

a-d

·

os nas

·

nevoas do futuro,

1

p.r

,

om

,

ptos a

,

o assalto

fenoz

,

e ao esmagamento im4>iedosio

.

das almas.

.

.

FABIO LUZ.

• ! •

-11 DE OUTUBRO DE 1881

-T~ta data recorda um

dos abn

,

egado;, serviços

1

pnestados á

cidade

do

Rio

d

-

e Janeiro pelo

gramde patriota, o

,

excelso amigo do

!P/ÕlV-O,

F

·

rancisco J~aquim

B

,

ethenoourt da Si

,

lva.

Recorda

a faustosa soilemnidad

,

e da

ina11gu-ração

das aulas

,

para o sexo

feminino no Lyceu

d!e Artes- e Officios, henemerita escoJ

,

a,

cr

,

eada

em

9

de

J

aneir

,

o d'e 1858,

ha

sessenta

,

annos

!

e

mantida

até

hoje -

esCjOJa

livre

e gratuita

-em

cuj

,

o

portico se

lê:

Aqiti o pobre ao

rico

não

se

hitmilha,

São

igrtaes tiesta escola

os cida

·

dãos;

Aqiti

vale a

gl:oria do trabalho,

Nas

aitlas do Lyceit ha só

irmãos.

(3)

'

'

1

• •

4

A ESCOLA PRIMARIA

Si ttn1 cataclysm,o abatess

,

e as torres

·

da

fgreja do Sacrame11tJ0

1,

de

,

moliss

,

e o edifício da

Esc

,

ola da GJ.ori

1

a (hoje Escola José de

Alen-car), o ela ele Santa Rita ( actt1al Escola

J

,

o

·

B

,

onifaci

,

o), arrasass

'

e a sttn1!ptt1osa Praça do

Com111ercio, si o

tempo

011 1não s

1

a:cril

1

ega

i11u-tilisasse o e11galar1ado salãio

1

cLo

IJacha

·

te'lado

cLo

Coil1

egio Pedr

,

o

II,

si tttdo

,

emfim qtte B1e

·

-therucot1rt

planejou 11-0 domi

,

nio d

·

a Architect

,

ura

em

que foi

:

po11tifice sttblime, desai])lpar

1

ecesse,

para gloria do sett

11om

,

e,

,

para s

agrá-lo a

1

po

1

stoa

,

o

da bem

.

011 cLe11odacLo

,

operaria da civil,ísação

brasileira, bastaria que se salvasse aipena§ da

dePno

cada

a gl

1

0

,

riosa tradição

.

do .J.,yceu de

·

Artles

,

e Officios, 011de todas as 11

,

oites se

r

etinem,

11a mell1or

o

·

rdem, 11

.

a mais severa

,

e

es,ponta11

1

ea disc~plina, mais de

n1il

al11n111os,

de

,

ambos

os

sexos,

·

de

todas

as

11aci-onalidades,

de todas as

raças,

de

todas

,

as

idades,

sob a

d

,

ir

,

ecçã

1

0

1

grat11ita ·ete benem

·

eritos

1

professores.

Para ser a1lunu1,o do

·

Lyce11

basta dizer

:

''

Qt1tero é11pre11der''.

P

.

or a1no

·

r á Estatística

registra-se lá

a idaele,

a nacion

'

alidad

,

e,

o

estado

e

a

1

pr

,

ofissão elo

candidato

á

n1atric11la

ie

só-1ne11te

se

lhe

exig

,

e qtte se a.ppli

_

qtie ao

t1,abaJh

.

o,

ao estúdo, e qt1te,

110

.

proceelimento, siga o

exem1J1o qtte

rei11a

J1a oo1meia.

Bemdi

,

ta'.

i11stituição !

Magestos

·

o teml!)lo d

.

e

.

c11ja 11av

,

e a

111e1noria

sacrosanta de

Bethe11-cot1rt

g·ttia,

na conti11uidadle

daqttelle

labor

q

'

11otidi

,

a110 da prática do

lJetn,

o filho ill11stre,

ci

,

0

1

so das gilo

·

rias

,

paternas

!

F. CABRITA.

• •

---•:•---ENSINO PRIMARIO

'

Antes que o ferro esfrie, tratemos de malhar

.

,.

• •

CELLULAS

NOVAS

Dizen1

sabios

_

qtte no!sas

cell11las

gastam-se

con1 a actividat1e vital; q11e, no decorrer

ape-nas de alguns

annos, se

opera a inteira

trans-fQrmação do ser

vivo.

E gasta,

e

morta, cada

cellula velha

é s1,1bstit11ida

por u1na cellula

nova.

Assim

sendo,

cada i11dividuo se torna nttm

.

individuo

_

novo

elentro

de curto prazo.

Não é de

,

extra11har, pois, que

essas

1n11ta-ções

,periodicas

de orde111 material

acarretetn

co11s

·

eque11te1nente a variabi

-

lidade de ordem

n1

oral no ho111em. Não ! De extra11har 'Seria que

se

·

a-drnitisse

a immtttabilidad:e de 111na das

par-tes quando tão v

,

ariavel é a 011tra.

'

·

J 11s

·

ti ficada está

,

portaríto pelos sabias

a

di-versidade de opi11iões qµe, de ten1pos a tetnpos,

se verificam nos hon1e11s.

·

'

Nós

mesn1os já

oonstatán1os

esse facto:

n1u-damos de gostos, d

1

idéás, de

,

prefere11cias, de

quanclo etn quanelo.

'

'

'

E

isso

se passa com todo o m11ndo. A

dif-ferença está e

.

m q11e ttns se

tra11sforma1n

mais

prom

,

ptamente, 011tros

mais

lentan1e11te.

Entre os elo primeir

,

o grttpo estan1os 11ós, os

brasileiros, e, m11ito principalmente aq11elles

que c11idam ele instrucção primaria no

Dis-tricto Federal. Hoje

_

condemnan1os e

destr11i-n1os aq11illo qtte ainda

ho11ten1

defe11diamos

con1 ardor! Idéas sttrgem, enthusiasman1, pr

·

O-n1etten'I

. ,

exceJ.le11fes frttctos; mas tên1 a

dtt-ração

ephem

,

era das

rosas: murcham,

fe11ecem,

de

·

sap

parecem

...

E

logo

nossas cell11las novas nos trazen1

idéas no,

,

as

_

que, as mais das vezes, são peiores

que as v

,

elhas.

·

Entretanto vetn

dahi

l11cro algL1111as vezes.

Gellulas

tivemos já

que apontaram á escola

pri1naria as exce

,

pcionaes va11tagens da ertt-

,

<lição. E ahi tivemos programn1as q11e, de anno

para anno,

'

arrumaram nas acanhadas

prate-J,éiras encephalicas elo i11fante, dóses fortes de

..

.

.

~

sc1e11c1a.

Era preciso fazer clelle 1,m poço ele saber,

11111

,

erudito, e po11co

importava

que o alumno

habitasse

os

conforta

veis palacetes dQs bons

bairros 011 111al se abrigasse nas mansarelas

• •

da Favella; que freq11e11tasse os

,

centros

c1v1-lizados da cidade ou se perdesse pelos ermos

reca11to~

ele G11aratiba e

J

acarépag11á.

-Era111 feitos da mesma

massa ...

e, si a ttm

faltava o

tra

,

q11ejo da civilização, tinha, por

elen1e11to compe11sador, os esplenciores da

11a-tureza brasilica.

S11ppo11

_

do-nos se111pre seres s11periores ( é

presumpção q11e

110s

11ão desapparece com as

cellLtlas

velhas),

fomos

110s

entregando ás

de-licias

ele t1J're1Jarar pequenos sabios em

nqssas

escolas.

,

·

'

.

As

111ais

disti11ctas

111estras

se têm

111sso

e1n

·

penhado:

cada

anuo, Sttrgem

ba11dos de

li-teratos,

.

de 111athematicos,

,

toda 11ma mt1ltidão

'

de

creanças prodígios, presum

.

pçosas de

sa-ber, a

-

engrossar

o

exercito ele proletarios

i11-·

,

tellectuaes, com.o já disse algtlem.

Quç

vantage11s

traz á Patri~

.

, á

sociedade,

á

familia J.tn1a tão

fâlsa erudição?

Será ella

pre•

·

ferível

ao saber

bem ler,

,

escrever e

_fazer

as

q11atro operações?

.

E emq11a11to cada n1estra distincta

zelosa-1ne11te ct1ida de meia duzia

.

de

,

portentos,

e11che1Jdo-se

de glorias, outras

clisti11ctas

mes-·

tras

esteriln1e11te

gastan1-se, definham,

esn10-recen1. a 111etter

o A B

C

nos

distrahidos

ce-relJros

ele

milhares de

,

i11

.

felizes qtte, e111 casa,

não tên1

pa1Jae 11em mamãe capazes de os

aj11-dar

a

sahir dos

labyrinthos da cartill1a e

per-detn dois,

tres e

mais

annos

na classe

ele-me11tar,

sempre em

lotes 1111merosos recebendo

a lição q11e não

percebem.

'

• • 1 • • 1

A ESCOLA PRIMARIA

5

E,

,

por fim, crescidos, a11alphabetos! tendo

d

,

e ganhar o

,

pão da familia, lá se vão ,elles, os

desamparaelos, cami11ho do

rude

trabalho,

-emqua11to n1eia

·

dt1zia de collegas felizes e

sa-bias corre aos bancos dà Escola Normal ou

á

cata dos em1Jregos

,

publicas!

E dizem q11e a escola primaria não cttida só

da ge11te abastada, que todos lá se

,

egualam

...

Felizmente essas 11ossas cellulas já se vão

1nostrando velhas, em caminh

,

o de

s11bsti-.

-t111çao.

.

Já se notam aq11i e além cellulas novas q11e

reclamam a

,

escola

,

prin1aria

·

para as

,

clas

se

s

elementares, para o ,po,

,

o mit1do q11e não qtter

literatices,

nen1 geometras.

Feliz111e11te

! ...

MALVA.

• •

--'---···

-QUESTÕES DE LINGUAGEM

-MAO E11 GARRA

Por exageração de p11rismo, alguns

críticos

censorinos, n1al avisados e

1

po11co

instruídos

em cot1sas da

li11g11a,

estan1pam o ferrête de

gallicanas e111 varias

,

palavras e phrases

lidi-1namente portuguezas.

Ha

te1npos,

11n1

,

plumitivo

11ão tnuito

cursado

1~as

boas obras elas

literat11ras !11sitana

,

e

bra-sileira,

condemno11

como estrangeiras as

ex-pressões

ti1bo

etti

·11,

iiif

lorescencia

em

attveti-t!io,

e outras semelhantes, q11e se

1

encontram

1111ma

Botanica Geral, escripta

.

por

11n1

dos

mais

11ovos

professores da Fac11ldade de Me-·

dicina. Tambem se este11det1 a censura a 011tro

professor

da 1n1esma

Faculdade,

,

por

ter

dei-xado escripto, em

·

um

de sct1s

livros,

o

termo

111ão

em

garra .

Fez

o critico, no caso

sujeito,

deploravel

co11f11são.

Provavelmente

let1 na Gramn1atica

de

Vasconcellos

011 em

-

outra,-que são

vergo-nhosos

gallicismos as l

,

oc11ções

-

movei

em

castanho, imagem em

barro, saJ,,a

·

em

prata,

vestido em secla, etc.,. e

imaginou que

se

de-,,essem

banir da

língua todas as exprt'ssões

onde surgisse a preposição

cm.

Foi

desastra-da1nente

irreflectido.

Ha u111 se1n

conto de

casos,

e alg1111s

n1t1ito

,parecidos

-

c

,

om os

es-tranhos, como letra

gravada em bron,:e,

in-elisc11tivelme11te

,

portuguezes do

melhor

qui-late.

N

,

esta

hora,

é

i11tento me11 c11idar

scitnente

da

,

preposição em, no

caso

em que ella clesigna

for1na, accepção

explicita

,!

clura1nente

repro-vada pelo analysta,

do

q11al ponho em

esc11ro

o

11ome,

para

li,,ral-o

da

tarefa

de

co

·

1tradi-tar-me. Veremos, no rodar deste

cscripto, q11e

se encontrà111 exe1nplos

ig11aes

aos

reft tgados

desde o período chan1ado

_

quinl1entista. Já no

latim a

,

preposição

,

em ( i11) designa foi n1a.

Como prova deste asserto basta att

e

1

1

tarn1os

para a origen1 da palavra íngreme q11

c

,

lite-ralme11te, se compõe d

,

e

i1i

(em) e gr11mos

(ladeira). I11gren1e e em

,

ladeira s

ã

o formas

q11e se correspon

c

lem, donde o ser

plt'c>11astica

a expressão ladeira ingren1e, em

p

reg

;

1

c

la pelo

,

povo e da q11al fizera 11so Herc11lano, no

Eu-rico, a paginas 236, e Rebello da

Si! va,

se-gundo exe1nplifica At1lete.

Virgílio escreve11 -

''

Ity

_

reos ta:ti

torq11e11-t11r

i1i

arc11s'',

o qtte assim foi tirado em

lin-guag

e

m por M. O

d

orico M

-e

nd

e

s -

''Et11 arcos

Ityreos dobra-se o teixo'' (Virgilio

Brazi-leiro. Paginas 126). Em outra passage111 de

s

te

'

mo

·

do se ex

·

prin1i11

.

o rot1xinol mant11ano

-'' ma'g1i11n1 mixto glot11era11t11r i1i orbeni -'', -''

mis-tos agglomeran1-se em globo'', confor1ne

tra-duzit¾

.

E. Leoni.

Cit~mos, antes de revistar exemplos de

es-criptores

,

port11gt1ezes, alg11ns logares do

Vir-gílio Brazileiro. ''E em orbe coagulou-se o

te11ro m11ndo''. (Bucolicas,

,

p.

41).

''E1n 1nó

jt1ntavam-se

Corynd0n e Thyrsis''.

( Ib., 43)

.

'' J ove clesce e111 criadora chuva. (Ib., 45) .

Frei Heitor Pinto

, -

,; ...

que queria signi•

ficar Christo cr11cificado con1 os braços em

arcados

...

'' (

I1t1agem da Vida Cliristã,

pa•

gina 30Q, V. I. Ed. Rolland) .

A1

·

1dré de Resende -

''cabellos lo11ros, vol•

tados

em anneis'' (

Vida do I1ifa11te D. D1

.

1arte,

P. 9; Ed. de 1789). ''

... rezava...

con1 os

giolhos em

terra

e os braços em cr11z ante 11m

cr11cifixo''.

(Ib., P. 51).

Do

seculo passado -todos os bons prosadores

port11guezes

usavam

constrttcções igt1al á de

que estot1 cuidando. Recito apenas exen1.plos

de

cinco

dos mais notaveis

-

Castilho, H

,

er·

c11,Jano,

Rebello,

Latino

,

e Gamillo.

Castilfio, Antonio

-

''

...

bibliothecas pa·

redes recobertas

de imb11tidos de marfim, de

vidro, de crystal ou de

doirados,

,

em

ovaes, em

liso11ja,

em quadro ou e111 paralelogrammos''.

(Fastos.

Pags.

327, tomo 1).

Herc1tla110 -

As

tinphadias

vergavam em

semicirc11lo para a banda do Chrys11s''.

(Eii-rico.

P., 118.

Ed.

7•),

''

...

artnas ordenadas

em feixe''. (H., Pags. 75 e 175), ''

... lanças

voava1n em·

rachas''

(Ib.

roo, 102, 257),

'' ...

111na

escaela.

. .

lança ela em espiral

... '

1

(Ib. 272) ''

...

torrentes em

catadupas ...

"

(Ib. 230) ''

...

esq11adrões en1

111ó''

(Ib. 232),

''

...

as ag11as do

céo começavam. . .

a

unir-se

em

torrentes

(Jb.

235). ''

...

verdejavam as

,,inhas

que descian1 em a1nphytheatro

... '1

(Ib.

Mo11ge

de

Cistér,

pags. 63. Ed. de 1902).

'' ... haviam

se

levantado

e de pé em

circ11lo ... "

(

Ib.

207). ''

...

ao tôpo da

escada

em espi·

'

-•

'

'

'

Referências

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