I I 2 i i Í z ! ~
Proieto
Catarinense
~de
Desenvolvimento
~ ~F
iorestai
E
iorestas
Produtivas:
,__í_. _;__ _____ _í_._ _í__.._ ___í_ ,_._í_- IIIIIIIII ,___._- ,___1.. _._1---'_- 843-4
Õ
äãã UFSC-BUUNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA
CATARINA
CENTRO
DE
CIENCIAS
AGRARIAS
-CCA
DEPARTAMENTO
DE
ENG.
RURAL
ENR
5130
J
I
r
“FLORESTAS
NATIVAS”
RELATÓRIO
DO
ESTÁGIO
LIVRE
DE
CONCLUSÃO
DE
CURSO
PAULO
OTÁVIO
PICOLLI
8628621-8`
1
§§¿l~l°‹
.Orientador:
Antônio Ayrton Auzani UbertiSupervisor:
MiltonRamos
Banca
Examinadora:
Prof. Antonio Ayrton Auzani Uberti
João Lídio Sprada Cidinei Cordini
Base
Bibliográfica:Este relatório foi elaborado
com
base nos seguintesdocumentos
doPrograma
Estadualde
Geração
e Difusãode
Tecnologiasde
EssênciasFlorestais
da EPAGRI:
_1- Proieto
de
Pesquisada
Epaqri - Avaliaçãode Métodos de
Interferência naRegeneração
Secundária daMata
Atlântica. _'2- Apostila Florestal n° 2 - Florestas Primãrias, Floretas Secundárias .e o
Reflorestamento Conservacionista.
3- Apostila Florestal n° 7 - Plantio
de
Eucaliptos.4- Apostila Florestal n° 8 - Plantio
de
Pinus.5- Apostila Florestal n°
4
-Grupos
Ecológicosde
Espéciesde
SantaCatarina. _
6- Apostila Florestal n° 9 - Plantio de Espécies Florestais Folhosas.
7- lnstrugo Técnica n°1 - Consen/ação
de
Sementes. , '8- Folder -
Desrama
de
Pinus.9- Agostila Floretal n° 10 - Plantio de Espécies Florestais Coníferas e Casuarináceas.
10 - Folder_- Tratamento
de
Mourões.11 - Apostila Florestal n° 1 - Planejamento e
Condução
de
ViveirosFloretais. 1
”
A Floresta precede os povos e o deserto os segue
'
CHATEAUBRIAND
A
Dedico este trabalho:
À
esposa Silvana,meu
irmão Hélio“in
memorian”
emeus
pais, pelo incentivo.Aos
colegas e profissionaisque
convivemos durante o curso.
AGRADECIMENTOS
Ao
Professor Uberti, pela orientação, ecompreensao
recebida.-
Aos
Professores e Funcionáriosdo
departamentode
Engenharia Rural eCCA-
Centro
de
Ciências Agrárias-pelo apoio e dedicação.-
Ao
Sr. Artêmio Frasson, pela aula ministrada e orientaçãode
como
proceder.-
Ao
professor Sprada, pelaamizade
e participação de minha formação.-
Ao
Sr. Cidinei Cordini pela orientaçãodo
estágiode
conclusãode
curso. -Ao
Sr. MiltonRamos
pela supervisao no periodoque
foi realizado o estágio.suMÁRio
1-Introdução 6
2-Revisão
de
Literatura 9 3- Desenvolvimento do Estágio 133.1-Avaliação
de métodos
de interferênciana regeneração
da
vegetação secundária da mata Atlântica. 15 ObjetivosHipóteses Capoeirinha
Capoeira Capoeirão
3.2-Grupos ecológicos
de
espécies vegetaisde
Santa Catarina 18Espécies pioneiras
Espécies secundárias iniciais
Espécies secundárias tardias
Espécies Climax
3.3-Florestas primárias, florestas secundária e reflorestamento
25
conservacionista
Florestas primárias Florestas secundáris
Intervenção, domesticação
Estágio das ervas pioneiras i
Estágio da capoeirinha (vassourais)
Estágio
da
capoeira (capororoca)Estágio do capoeirão( jacatirão-açú)
Mata secundária
Reserva legal
Floresta
ou
vegetação permanenteReflorestamento conservacionista Conceito « Técnicas conservacionistas Àrea
de
capóeirinha Àreade
capoeira Áreade
capoeirãoCaso
especialde mata
ciliar4-
Conclusao
ANEXOS
5.Atividades extras desenvolvidas durante
o
Periodode
Estágio1
5.1 .Plantio
de
Eucaliptos5.2.PIantio
de
Pinus5.3.PIantio
de
espécies Florestais folhosasApostila Florestal
usado
nos cursos/treinamento5.4.PIantio
de
espécies Florestais coniferas e casuarináceas5.5.Conser\/ação
e
utilizaçàode
sementesde
espéciesFlorestais
5.6.
Desrama
em
Pinus5.7. Tratamento
de Mourões
5.8. Viveiros para produção
de
mudas
de
essências florestais5.9.TrabaIho
em
Microbacias hidrográficasBibliografia
1-
INTRODUÇÃO
A
retirada indiscriminadada
cobertura florestalem
áreas impróprias para aimplantação de lavouras e pastagens aliado ao
emprego de
práticasque
deterioram a capacidade produtiva dos solos, constituem-se nas principais
causas
do
desequilíbrio ambientalem
extensas áreas do Planeta.Segundo
aONU(1988), "cerca de
29%
da superfície terrestredo
Planeta sofremdesertificação branda,
moderada ou
grave.O
excessivo desflorestamento e o uso inadequado das terrascausaram
sério
danos
àordem
econômica, ambiental e social, despertandouma
novaconsciência ecológica a nível mundial.
Autores
como
SACHS(1986
a e b) eBROWN(1993)
e organismosinternacionais
como
aONU(1988) defendem
a necessidadedo aumento da
atualcobertura florestal
como
formade
Proteção ambiental, fontede
riqueza e geraçãode empregos. _
O
elevadovolume
e altos custo dos insumos requeridos pela agriculturamoderna
vem
exigindo retornos financeiros a curto prazoe
provocando adeterioração da base física produtora
da
agricultura,que tem no
soloe na
água
os seus principais recursos naturais.
As
conseqüências, amédio
prazo,com
crescente artificializaçãodo
processo produtivo agrícola,
na
tentativade
aumentar a produtividade e‹ou
mesmo
compensar
aqueda da
capacidade produtiva dos solos, são a elevaçãodos custos de produção e a perda
da
competitividade para sistemas produtivosmais equilibrados energeticamente e ecologicamente ajustados.
Entre os atuais requisitos para
uma
agricultura saudável e competitiva,de
alta produtividade, durabilidade e lucratividade estão'
os
necessários avançoscientíficos,
uma
abordagem
multidisciplinar e amudança
dos padrões culturaisdos seus agentes.
O
reflorestamentoem
áreasabandonadas
pela agricultura nômade,atualmente cobertos por capoeiras
ou
matas degradadassegundo
KLElN(1968)deve ser fomentado e
que
poderiam ser recuperadas mediante a implantaçãode
reflorestamento
de
espécies autóctones. ›Cerca
de
89%
das propriedades rurais catarinensetêm
menos
de
50hectares, sendo portanto
pequenas
propriedades.Um
estudo preliminar sobre aaptidão dos solos destas propriedades mostrou
que
a maioria caracteriza-secomo
de
preservação permanenteou
aptos para o reflorestamento. EEcomum
nesta propriedades haver áreas
em
descanso geralmente cobertacom
capoeirinhas(estágio dos vassourões), capoèiras(estágio das copororocas) e
capoirões(estágio
de
Miconieto) todasem
regeneração natural, apresentando nagrande maioria, espécies florestais
com
valoreconômico
desconhecido eIsto se explica pelo fato
de
se implantar inicialmente, nesta área, espéciespioneiras e heliófitas
que
apesarde
nãoserem
árvoresde
grande valoreconômico, são importantes para o
sombreamento
ede
criar condições parraque
outras espécies mais importantes, economicamente, se implantem e se
desenvolvam no local.
Por esse motivo, qual seja o
de
agressividade das espécies pioneiras seinstalarem no local, pela falta
também
de
árvores portasementes
etambém
pelaausência na capoeira, da fauna responsável pela dispersão
de
sementes, éque
geralmente as áreas
em
crescimento e regeneração natural são diferentesem
espécies(tipo e quantidade)da mata
primitiva originária.Finalmente é imprescindível, para o
avanço
da civilizaçãohumana
oestabelecimento
de
uma
relação harmoniosa campo-cidade ehomem
natureza,através
do
planejamento e uso racionaldo espaço
vital.O
principal objetivodo
estágio ser realizadoem
ltajaí -EPAGRI
-Administração Regional
do
Baixo Vale, foi ode
acompanhar
experimentosflorestais desenvolvidos pela equipe
de
pesquisade
essências' florestaisda
EPAGRI,
principlamente na áreade
enriquecimentode
florestas secundáriascom
essências nativas
em
très estágios distintosde
regeneração, na área derecomposição
de
mata ciliar etambém
nas atividadesde
recuperqaçãode
áreasdegradadas.
O
estágiode
conclusãode
curso foi realizadoem
01de
agosto a 31de
agosto
de
1995.I
\
2- Revisão
de
LiteraturaA
soluçãodo
impasseem
que
encontrava a selvageria foiuma
revoluçãoeconómica
e científicaque
transformou seus participantesde
parasitasem
sócios ativos da natureza.A
crise climáticaque
encerrou o Pleistoceno constituiu aoportunidade para essa revolução.
A
liquefação dos lençóisde
nevedo
Nortenão
só transformou as estepes e tundrasda Europa
em
Selvas temperadas,mas
também
iniciou a transformação das planíciesao
Suldo
Mediterrâneo eda
ÁsiaMenor
em
desertos interrompidos por oásis.Os
revolucionáriosnão
foram osselvagens mais adiantados da Antiga Idade
da
Pedra-os madalenianos estavamdemasiado
bem
adaptados ã exploraçãodo
ambiente Pleistoceno-e sim grupos mais humildes,que
haviam criado culturasmenos
especializados emenos
brilhantes
no
extremo sul. Entre eles enquanto oshomens
caçavam, as mulheresé
que
supomos-tinham colhido entre outros comestíveis as sementesde
ervassilvestres precursoras
do
nosso trigoe
cevada._O passo decisivo foi plantar taissementes
deliberadamente,num
terreno próprio, e cultivar a terra semeada,limpando-as
de
ervas daninhas e executando outras operações.Uma
sociedadeque
assim agia produzia alimentos ativamenteaumentando
portanto seus viveres. Potencialmente, podia aumentá-los paramanter a população
que
crescia.Foi esse o primeiro passo
da
revolução neolítica. e é suficiente distinguir abarbárie da selvageria.
No
registro arqueológico, tal passo tem sua ilustraçãoprovavelmente
em
certascavemas
do
Monte
Castelo e outros locaisda
Palestina.Os
Netufitanos,nome
dado
aos habitantes das cavernas,caçavam
com
um
equipamentode
pederneira muito semelhante ao encontrado entre os povos mesolíticosda
Europa.Usavam
porém,algumas
pedemeirasmontadas
em
ossos
de
costelacomo
foices para cortar omato ou
palha-um peculiarmas
pederneiras evidências isso,
sem
revelar, infelizmenteque
espéciede mato
secortava e muito
menos
se eraum
pasto cultivadoou
selvagem.Muitas das sociedade arbóreas hoje conhecidas dos etnógrafo
não
foramalém
do
cultivode algum
cerealou
outra planta.Mas
as sociedades neolíticasda
Asia Menor,
da
região mediterrâneo eda
Europa cisalpinade
cuja culturasomos
herdeiros,
também
domesticavam certos animais comestíveis.Nessa
regiãoda
Asia Anterior,
onde
cresciamespontaneamente
as plantas precursorasdo
trigo eda cevada, viviam
também
ovelhas, cabras, vacas e porcos selvagens.Os
caçadores, cujas mulheres cultivavam a terra, tinham algo a oferecer a certos
animais
que
até entãocaçavam
os restolhos das plantações e as cascas doscereais.
Como
os animais seaproximavam
cada vez mais dos oásis,pressionados pelo avanço
do
deserto, oshomens
puderam
estudar seus hábitose,
ao
invésde
matá-los, domesticá-los e dominá-los. Alguns etnográficos afirmamque
a criaçãode
animais veio diretamenteda
caça,sem
haver participaçãode
cultivo.
A
agricultura mista seria conseqüênciada
conquista dos plantadorespelos pastores,
que
produziu as sociedades mistasou
estratificadas.Mas
associedades neolíticas mais antigas
que
seconhecem
no registro arqueológicosão formadas por agricultores mistos
que domesticavam
alguns ou todos osSua
sobriedade, sua perspicácia para encontrarágua e
planícies, eem
afastar os animais selvagens, permitiram a multiplicação
de
rebanhos e manadas.Para realizar a revolução neolítica, os homens, ou mais exatamente as
mulheres,
não
só tiveram de descobrir plantasadequadas
emétodos
apropriadosde
cultivo,mas também
de inventar ferramentas especiais para lavrar o solo,regar a
armazenar
a colheita e transforma-laem
alimento.Esse
nomadismo
agrícola éum
obstáculo a qualquer aperfeiçoamento daarquitetura doméstica ou mobiliária das moradias,
mas
essas desvantagensnão
eram
notadas enquanto a terra parecia ilimitada.Durante milênios, o
homem
viveu da coletade
frutos e produtos animais ede
plantas silvestres.Com
aumento
crescente da população, estes meiosde
sobrevivênciapassaram
a escassear.O homem
foi obrigado a passardo
extrativismo àagricultura, e›‹traindo
do
solo alimentos, madeiras, fibras, energia e outros bens.A
história demonstraque
nos primórdiosdo
desenvolvimentode
uma
civilização, a floresta
sempre
contribuiude
forma decisiva, principalmente sob oponto
de
vistada
formaçãodo
capital inicial. Infelizmente,na
maioria dos casos,esta capitalização
tem
sido realizado atravésdo
simples extrativismo da floresta e posterior transferência para outros setoresda
economia,sendo
muitas vezes processadode
forma exagerada, gerandoum
desequilíbrio drástico na economiaglobal(HOSOKAWA,
1982).O
processode
industrializaçãoem
acelerado desenvolvimento, nos últimos anos, constante preocupaçãodo
homem
na
procurade
novas áreas, tem provocadouma
demanda
muito grande esempre
crescentede
produtosflorestais, contribuindo para a devastação e extermínio das florestas naturais.
As
essências florestais nativas vão paulatinamente desaparecendo, constituindo
motivo
de
preocupação entre os pesquisadores, industriais, madeireirase
ecologistas, os quais desejam a continuidade
da
produçãode
madeiras de autovalor comercial
e
a perpetuação daschamadas
essências "de madeira-de-Iei"(GARRlDO,
POGGIANI,
1970/80).O
território catarinense tinha originalmenteuma
coberturaque
abrangia85%
de
sua área total(8.158.700 hectares).Da
cobertura florestal originalrestaram
apenas 6%(545.91O
hectares), concentrando-se nas áreasde
difícilacesso e localizadas nas encostas da Serra do
Mar
e
Serra Geral(MataAtlântica). Resultante da interferência
do
homem,
hoje24%
doterritório(2.203.640 hectares) está
ocupado
por florestas secundárias(capoeirase
capoeirões),
de menor
valor econômico, resultantede
uma
exploração florestaldescontrolada, provocado por
um
seleção negativa dos maciços existentes, principalmentena
regiõesde
colonização mais antigado
Litoral e Valedo
Rio doPeixe,
em
área degradadas pela agricultura.A
área reflorestadacom
espéciesexóticas alcança, hoje,
4,5% do
territÓrio(431.932 hectares),e
encontra-se naregião
do
Planalto(FRASSON, 1990).Se computarmos
as áreasde
florestasnativas remanescentes, de 'florestas secundária e a
do
reflorestamento, acobertura florestal catarinense decresceu
de 85
para 34,5%.Antes
do
descobrimento, o território catarinense eraocupado
porpopulações indígenas
que
viviamda
caça,da
pesca,de pequenos
cultivos e da catade
produtos florestais. Para satisfazer as suas necessidadesde
moradia ealimentação, abriam
pequenas
clareiras na floresta,sem
o poderde
causardanos ao
ecossistema.Com
a chegada, apartirdo
descobrimento e até ametade do
século XIX,dos colonizadores espanhóis e portugueses, a cobertura florestal sofreu poucas
alterações.
A
base econômica desses novos habitantes era a pescaao
longo dolitoral e a criação de gado,
em
sistema extensivo, nas pastagens naturais doplanalto.
A
floresta só era derrubada para dar lugar apequenas
lavouras desubsistência, vilas e caminhos ou para a extração de madeira destinada à
construção de habitações,
embarcações
e seus reparos.Foi a partir
da
metade do
século passado,com
achegada
dos imigrantesitalianos e alemães, colonizadores dos vales litorâneos,
que
este quadro sealterou significativamente.
Seus
descendentes, provenientesdo
RioGrande
doSul e
em
menor
escala do litoral catarinense,povoaram
a partirdo
início desteséculo as regiões do Planalto, vale
do
Rio do Peixe e Oeste Catarinense.Sua
cultura era predominantemente agrária. Provinham
de
famílias numerosas. Detinham conhecimentos e instrumentos mais eficazesde
intervençãono
meiodo
que
os nativose
luso-açorianosque
já habitavam o território.Os
novos habitantespromoveram
a retirada indiscriminadada
coberturaflorestal que, aliada ao manejo inadequado do solo e
da
água, resultounum
desgaste prematuro da sua capacidade produtiva dos recursos naturais. Este fato
deveu-se:
.À Lei
de
Terrasde
1850,que ao
limitar otamanho da
propriedadeem
25
hectares, estabeleceu o minifúndio no Estado;
.À
chegada
em
grande escala enum
curto períodode tempo
dos colonizadores, principalmente no Oeste,que
promoveram
uma
rápida edesordenada ocupação
do território;
.Ao grande
número de
filhos por familia,que
levou à divisão das propriedades,aumentando
com
isto a pressão sobre os recursos naturais;.Ao descobrimento, por parte dos novos habitantes, das diferenças
de
clima esolo
em
relação ao continente europeu;.Ao
emprego
das práticasde
queimada
e rotaçãode
terras;.A falta de orientação técnica sobre as práticas agrícolas
adequadas
àscondições naturais existentes.
A
construçãoda
estradade
ferroSão
Paulo-RioGrande do
Sul,passando
pelo vale
do
Riodo
Peixe e sua variante atéSão
Franciscodo
Sul, foium
fator importante na exploração florestalno
Estado.A
obra foi executada pelaempresa
norte-americana South Brazil Railway entre 1908 e
1910(FUNDAÇÃO
CATARINENSE
DECULTURA,
1987).Como
formade
pagamento, recebeu aconcessão para colonizar,
com
imigrantes europeus e extrair a madeira,de
15quilômetros
de cada
lado dos trilhos. Trouxe para estas tarefas sua subsidiária aSouthern
Lumber
Corporationand
Colonization-naépoca
a maior serraria domundo.
Sua
filial aqui, tornou-se a maior serraria .da América Latina.Além
de explorar as reservas florestaisda
referida área, aLumber passou
a comprar grandes extensõesde
terrano
Planalto Norte, cobertasde
pinheiros e imbuiaspara
serem
exportadas posteriormente.Este fato despertou o interesse pela exploração
da
imensa riquezaflorestal do Estado,
também
por partede empresas
nacionais, cujoauge
foi nadécada de
1950,quando
a atividade florestalchegou
a representar50%
da arrecadaçãode
tributosdo
Estado.Com
o términoda
Guerra do Contestadoem
1916, a atividade extrativamadeireira estendeu-se para toda a região
do
planalto, valedo
Riodo
Peixe eoeste catarinense,
acompanhando
a sua colonizaçãocom
os excedentespopulacionais das zonas coloniais italianas e alemãs do Rio
Grande do
Sul elitoral catarinense.
Como
regra, asempresas
colonizadorasvendiam
os lotesde
terra para os colonos
sem
a madeirade
vaior neles existentes, reservando-seum
prazo para e›‹traí-la.
Os
colonos derrubavam equeimavam
oque
restavada
mata,
num
ritmo crescente, para cultivar principalmente milho destinado àalimentação
de
suínos. Hoje, a região oeste, apesarde
ser aocupação
maisrecente
do
Estado, possuiuma
dasmenores
coberturas florestais.Passada
a fase pioneirada ocupação do
território, a cobertura florestalprimitiva
da
Santa Catarina que, por ocasiãodo
descobrimentodo
Brasil, erade
81,5% da
superficie do Estado, estava reduzida a33,6%
em
1980(EMBRAPA-
CNPF,
1988). Nestamesma
ocasião, a área reflorestada representavasomente
3,94% da
superfíciedo
território.3- Desenvolvimento do Estádio;
OV periodo de O1 à 31 de Agosto de
1995,em que
foi desenvolvido oestágio junto
ao
grupo de pesquisadores de Essências Florestais daEPAGRI,
localizado na Rodovia António Heli sin
KM-6
em
Itajaí.O
grupo depesquisadores, desenvolvem trabalhos na àrea
de
Florestas Nativas,em
atividades
de
enriquecimento Florestal ( adensamento), recuperação) erecomposição
de
àreas ciliares etambém
na
recuperaçãode
áreas e Florestasdegradadas, desenvolvem
também
atividadesde
pesquisacom
Florestasplantadas (Eucaliptos, Pinos e outras) além
de
pesquisas na àreade
sementes,com
atividades relacionadascom
técnologias, processamento earmazenagem
de
sementes Florestais.
Os
trabalhos desenvolvidos peloGrupo
de pesquisa sãofinanciados pelo Projeto .Microbacias/BIRD e todos os experimentos se encontram
em
andamento,não
apresentando aindanenhuma
conclusão.O
primeiro projetoque
acompanhamos
no
estágio foio
de:3.1- Avaliação
de Métodos
de interferência naRegeneração da Vegetação
Secundária
da
Mata
Atlântica. (Cidinei Cordini, 1991).Que
passamos
a descrever na forma oriqinal:Os
efeitosde
devastação da matas nativastem
sido observadosdesde
ospróprios locais
ao
macroambiente e entra estes destaca-se a perturbação daságuas.
A
reversão do quadro atual passa pela preservação dos fragmentosinexplorados
de mata
nativa, quer pela interferênciana
regeneração dassucessões vegetais
que
ocorrem a partirdo abandono
das áreas devastadas.As
florestas
em
crescimento e regeneração naturaltendem
a formarcomunidades
diferentes
da
estrutura original, devido à dominânciade
espécies agressivas,que
aparece
em
funçãodo
“habitat", da quebrada
estruturada
floresta primária,enfim da
mudança
do
ecossistema., Haveráconsequentemente umrrepovoamento
natural de espécies
não
desejáveisde
baixo valor.O
povoamento
erepovoamento
manejado
podem
promover o equilíbrio entre as espécies,aproximando
ao
máximo
de suacomunidade
original, e- favorecendo oaparecimento de
espécies nativasde
interesse econômico-científico. Estetrabalho pretende avaliar o efeito
de métodos de
interferência para aregeneração
de comunidade denominadas
capoeirinhas, capoeirase
capoeirões,avaliando-se o comportamento das espécies utilizadas e
da
própria estruturaPAULO
ERNANI
eGERHARD
STOHR
(1978), afirmamque
nestes casos,o
método
de enriquecimento de florestastem
grandevantagem
quando
comparado
ao reflorestamentocom
exóticas,que não
precisam a eliminação totalda vegetação existente
com
os consequentes transtornos ecológicos, pois énecessária
somente
a aberturade
pequenas
faixas(em
linhas) ou clareiras (emgrupos-Anderson)
que
se alternamcom
faixas mais longas nas quais semantém
a vegetação existente. Desta maneira, consegue-se reincoorporar áreas
abandonadas e
sucetíveis à erosão, auma
atividade produtivasem
perder partedo
solo pois,segundo
BRUNIG
(1974), pode-se chegar nos trópicos a taxasde
erosão
de
32-80 tlha/anoquando
se cultivam terrenosquase
planos e 600-1.200t/ha/ano
quando
se aplica a agriculturanômade,
nas encostas.O
método de
plantio de enriquecimento é
uma
técnicaque
vem
sendo usada
em
áreastropicais,
como
uma
alternativade
conversão dessas matas, consideradaspobres,
em
povoamentos de
valor comercial garantido,TAYLOR
(1962)apresenta
como
objetivodo
plantiode
enriquecimento, conseguir maiornúmero
de
espécies ,comerciáveis e facilitar a exploração. Esta altemativa tem sidoevidenciada
em
muitos paises tropicais, incluindo os antigos territóriosda
Grã-Bretanha, França
e
Bélgica, na Africa, conforme citaTROUP
(1952).HOLDRIDG
(1967)recomenda
o usodo metodo de
enriquecimentoem
áreas cortadas,
onde
ocorre baixa percentagemde
espécies florestaisde
valorcomercial,
devendo
portanto, reintroduzí-las artificialmente para contornar opovoamento ao
estado normal. Estemétodo tem
sidousado
na Malásia,como
meio
de
enriquecer ospovoamentos
florestais pobres,que surgem
após oscultivos agrícolas.
COZZO
(1969)comenta
os resultadosde
um
plantiode
enriquecimento no Arboretum Garhuape, Mision,onde
aconselha fazer,após
a limpezado
sub-bosque,
um
raleamentodo povoamento
afim
de
se aumentar a intensidadede
luz.
VALE,
BARROS
eBRANDI
(1974) na instalaçãode
um
trabalhode
enriquecimento desenvolvido pela Universidade Federal
de
Viçosa - MinasGerais, fizeram
após
a limpeza,um
desbaste seletivo e qualitativo das árvores,de
modo
a permitirum
sombreamento de aproximadamente 40%.
Sobre este assunto,TAYLOR
(1962)menciona
que
no trabalhode
aberturado
sub-bosque,as
mudas
das espécies florestais desejáveisdevem
ser mantidas.As
florestasem
crescimento e regeneração naturaltendem
a formarcomunidades
diferentesda
estrutura original, devido a dominânciade
espéciesagressivas
que
apareceem
funçãoda
mudança
do
“habitat”,da
quebra daestrutura da floresta primária, enfim da
mudança
do
ecossistema. Haverá consequentementeum
repovoamento naturalde
espéciesnão
desejáveisde
baixo valor.
O
povoamento
e repovoamentomanejado pode
promover o equilíbrio entre as espécies, aproximando aomáximo de
suacomunidade
original, efavorecendo o estabelecimento de espécies nativas
de
interesse econômico-científico. _
Objetivos
O
presente trabalho de avaliaçãode métodos de
interferência davegetação secundária da
Mata
Atlântica (capoirinha, capoeira e capoeirão) tempor objetivo, o seguinte:
- Estabelecer sistemas
de
povoamento
e repovoamentode
áreas devegetação secundária (capoeirinha, capoeira e capoeirão).
- Determinar espécies mais indicadas para
povoamento de
vegetaçãosecundária
em
formade
associações,comunidades
ou grupos.- Determinar o melhor estágio sucessional da vegetação secundária para
os trabalhos
de
adensamento
florestal.- Avaliar o grau
de
recuperação da capacidade produtiva dos solos.em
áreas
de
vegetação regenerativa.Hipóteses
-
A
formade
enriquecimentode
uma
vegetação afeta o crescimento dasespécies implantadas.
-
O
enriquecimentoda mata
secundária vai aproximá-laao máximo
damata
original.'
_
-
O
enriquecimento damata
secundária produzirá essências florestaiscom
maior valor comercial.
-
O
enriquecimento deuma
vegetação induz rapidamente a regeneraçãopara
uma
floresta clímax. *-
O
entiquecimentoda
vegetação secundária éuma
alternativaeconômica
das
pequenas
propriedades rurais catarinenses.\
Avaliação de espécies arbóreas para enriquecimento da veqetaoäo secundária
de
cagoeirinha.Capoeirinha:
É
o estágio de transição das ervas para os arbustosonde
surgem
os “vassourais” após 5 ou maisanos de abandono
dos terrenos. É. oestágio
de
regeneração naturalonde
os primeiros arbustos, representantes dafamília das Compostas.
Grandes
são os agrupamentos de Baccharis elaeagnoides (vassourão-branco), B. calvacens (vassoura-brava) e B. dracuncu/ífo/ia (vassoura),
quase
puros, conhecidos por “vassourais”. 'Tratamentos
(espécies): (D\J0)U1-b0J|\J--\ - Canela sassafrás - Peroba - Canela fogo - Aguaí -Babaçú
- Licurana -Cangerana
- Cedro-vermelho 9 - Sucurujuva 10 - Bicuiba 11 -Camboatá
12 - Canela-garuva 13 - Canela-branca 14 - Angico-vermelho 15 - Angico-pardo 16 - Canela-amarela Ocotea pretiosa Aspidosperma olivaceum C/yptocaria aschersoniana Chrysophyl/um vin'deTa/auma
ovata iHieronyma
alchorneoides Cabra/ea glaberrima Cedrela fissi/is Colubrina glandulosa Virola oleiferaMatayba
guianensis Nectandra rígida Nectandra Ieucothyrsus Parapiptadenia n'gida Cordia trichotoma Nectandra lanceo/ataTratamento
Adicionais (espécies):17 - Canela-preta 18 -
Mutiambu
19 - Pau-óleo20
-Cabreuna
21 - Carvalho brasileiro22
- Araribá-amarelo23
- Canela-garuva mirim29
- Canela-sabão Ocotea catharinensis Aspidosperma ramiflorum Copaifera trapezifolia Myrocarpus frondosus Euplassa cantareirae Centrolobium robustum Nectandra rígida Ocotea rubiginosa 15 O LauraceaeApocynaceae
Lauraceae Sapotaceae Magnoliaceae Euphorbiaceae Meliaceae MeliaceaeRhammaceae
Myristicaceae Sapindaceae Lauraceae LauraceaeMimosaceae
Boraginaceae Lauraceae LauraceaeApocynaceae
CaesalpiniaceaeFabaceae
ProteaceaeFabaceae
Lauraceae LauraceaeAvaliaoão
de
esApécies arbóreas para enriquecimento da veqetacäo secundáriade cagoeira.
Capoeira: Estágio sucessional da vegetação secundária,
onde
os“vassourais”
que
vegetara duranteum
períodode
5 a 10 anos,começam
a ser substituídos, no locais enxutos, pelaPapanea
ferruginea (copororoca), arvoretade 5 - 6 metros
de
altura.A
medidaque
oRaganietum
for se instalando eenvelhecendo, vai desaparecendo todos os arbustos
de
vassouras (Braccharisspp.) e
com
elas os últimos remanescestes exeplaresde
erva pioneiras (Mellinisminutiflora, Pterídíum aquilínum e
Andropogom
bicornis.As
capoeirasrepresentam a vegetação secundária dos solos
abandonados
pelo agricultorno
período aproximado de 10 - 15 anos (KLEIN, Sellowia, 1980).
Tratamentos
Adicionais (espécies\¿ - Canela sassafrás - Peroba - Canela fogo - Aguaí -Baguaçú
- Licurana -Cangerana
- Cedro-vermelho 9 - Sucurujuva 10 - Bicuíba 11 -Camboatá
12 - Canela-garuva 13 - Canela-branca 14 - Angico-vermelho 15 - Louro-pardo 16 - Canela-amarela 17 - Canela-preta 18 -Matiambú
19 - Pau-óleo20
-Cabreuna
21 - Carvalho brasileiro22
- Araribá-amarelo23
- Canela-garuva mirim24
- Canela-sabão25
- Embiraçú26
- Jacarandá27
-Tarumã
O3\IO)U'I-Í>~0OI\J-* Ocotea pretiosa Aspidosperma olivaceum Cryptocarya aschersoniana Chrysophy//um vindeTalauma
ovata Hieronyma a/chorneoides Cabralea glaberrima Cedrella fissi/is Co/ubrina glandulosa Virola oleíferaMatayba
guianensis Nectandra rígida P Nectandra Ieucothyrsus Parapiptadenia ngida Cordia trichotoma Nectandra lanceolata Ocotea catharinensís Aspidospermaramiflorum
Copaifera trapezifo/ia Myrocarpus frondosus Euplassa cantareira Centrolobium robustum Nectandra rígida Ocotea rubiginosa _Pseudobombax
glandiflorum P/atimísciumfioribumdum
Vitexmegapotamica
LauraceaeApocynaceae
Lauraceae Sapotaceae Magnoliaceae Euphorbiaceae Meliaceae MeliaceaeRhammaceae
Myristicaceae Sapindaceae Lauraceae LauraceaeMimosaceae
Boraginaceae Lauraceae LauraceaeApocynaceae
CaesalpinaceaeFabaceae
ProteaceaeFabaceae
Lauraceae LauraceaeBombacaceae
Fabaceae
»Verbenaceae
Avaliação de espécies para enriquecimento da vaqetação secundária
de
cagoeirão.
Capoeirão: Estágio sucessional da vegetação secundária
onde
aagressividade
do
Raganitumcomeça
a diminuirde dinamismo
a ponto denão
mais se regenerar. Nesta fase outro grupo de árvores
começa
se instalar.E
aMiconia cinnamomifolia (jacatirâo-açú)
que
formará o estágiodo
Miconietum,característico
do
capoeirão. Esta árvore jácom
10 - 15 metrosde
altura formagrupos densos, provocando sombreamento, originando
um
microclimasombreado
e úmido,
onde
favorece a instalação deum
número
bastante grandede
pplantasarbustivas, e arbóreas.
E
neste estágioque surgem
as árvores pioneiras, taiscomo:
Lmcmaäg
(pixiricão), Digimopanax angustissimum ( mandioqueiro),Alchornea tn'plinervea (tanheiro) juntamente
com
o jatirão-açú.E
nesta fasetambém
que
se esncontraum
número
bastante grandede
plantas jovensde
várias espécies, tais como: Tapirira guianensis (cupiúva),
Hieronyma
alcherneoides (Iicurana), Ocotea aciphylla (canela amarela), Sloanea guianensis
(laranjeira do mato), Copaifera trapezifolia pau-Óleo), Nectandra /eucothyrsus
(canela-branca), Cabralea glaberrima (canjerana) e outras.
No
capoeirão já seforma
um
estratomédio
coma
presençado
palmiteiro (Euterpe edulis),que
vegeta de forma intensiva..(KLElN Sellowia, 1980). -
4.5. 1 Tratamentos (espécies)¿ 1- Cabela sassafrás 2 - Peroba 3 - Canela-fogo 4 -_ Aguaí 5 -
Baguaçú
6 - Licurana 7 -Cangerana
8 - Cedro-vermelho 9 - Sucurujuva 10 - Bicuíba 11 -Camboatá
12 - Canela-garuva 13 - Canela-branca 14 - Angico-vermelho 15 - Louro-pardo 16 - Canela-amarela Ocotea pretiosa Aspidosperma olivaceaum Cryptocarya aschersoniana Chrysophyllum virideTa/auma
ovata H Hieronyma achorneoides Cabra/ea glaberflma Cedrela fissilís Co/ubn'na g/andulosa Virola oleiferaMatayba
guianensis Nectandra rígida Nectandra /eucothyrsus Parapiptadenia rígida Cordia trichotoma Nectandra /anceolata 17 LauraceaeApocynaceae
Lauraceae Sapotaceae Magnoliaceae Euphorbiaceae Meliaceae MeliaceaeRhammaceae
Myristicaceae . Sapindaceae Lauraceae LauraceaeMimosaceae
Boraginaceae LauraceaeTratamentos
Adicionais (espécies)¿ 17 - Canela-preta 18 -Matiambú
19 - Pau-Óleo20
-Cabreuna
21 - Carvalho brasileiro 22 - Araribá-amarelo23
- Canela-garuva mirim24
- Canela-sabão25
- Embiruçú 26 - Jacarandá _27
-Tarumã
\ Ocotea catharinensis Aspidosperma ramiflorum Copaifera trapezifo/ia Myricarpus. frondosus Euplassa cantareirae Centrolobium robustum Nestandra rígida Ocotea rubigiriosaPseudobombax
glandiflorum Platimisciumflonbundum
Vitexmegapotamica
LauraceaeApocynaceae
CaesalpiniaceaeFabaceae
ProteaceaeFabaceae
Lauraceae LauraceaeBombacaceae
Fabaceae
Verbenaceae
3.2-Grupos Ecológicos
de
espécies Florestais Nativasde
Santa Catarina.( Cidineicordini, 1991). A
Acompanhamos também
alguns trabalhosde
identificaçãode
espécies nativas, descritasem
apostilas de apoio a cursosde
Reflorestamento consen/acionista ede
recuperação e recomposiçaode mata
ciliar.Apostila Florestal
de
apoio a cursos/treinamentos, desenvolvidaslpela equipede
pesquisas
de
Itajaí,que passamos
à descrever:A
estrutura e a composição dos agrupamentos vegetais nativos sao resultantesde
uma
sériede
condições edafoclimáticas e ecológicas variáveis notempo e no
espaço. Para formar a estrutura e a composição
de
cada agrupamento,houve
evolução das características genéticas das espécies predispondo à sobrevivência
e/ou reprodução dentro
de
uma
sucessãode
ambientes.Os
agrupamentosvegetais, assim formados, são
chamados
de
Florestas Primáriasquando não
tocadas pela
mão
dohomem. Nessa
condição existemapenas
pequenos
fragmentos
em
Santa Catarina, geralmente nas áreasde
preservação ouem
encostas ingremes
de
difícil acesso.As
florestas primárias sãocompostas
porespécies arbóreas altas, médias e baixas, vegetação rasteira, cipós, trepadeiras
e epifitas (plantas
que
se desenvolvem sobre as árvorese
outros vegetais).Nessa
condiçãohá
intensa atividade biológica, interagindo plantas, animais e meio ambientenum
equilíbrio ditado pelasnormas
evolutivas reinantesna
terrano
momento
presentes(1,4).Quando
há interferência dohomem
sobre as florestas, ocorre,em
geral,perda
do
equilíbrio natural,sendo
tanto mais grave quanto maior for amodificação feita na-condição original.
As
florestas assim modificadas sãochamadas
sucundáriase
tendem
constantemente para a regeneração.São
espécies florestaisque não
sobrevivem fora das clareira, pois,necessitam
de
luz (heliófitas) para germinação das sementes, crescimento edesenvolvimento. Por isso
aparecem
nas fasesde
capoeirinha e capoeira baixa,tendo
em
geral, altura médiade
5 a 8 metros, ocorrendosempre
poucas espécies(menos de
5)com
muitos indivíduos.São
plantasque
tem ciclode
vidacurto(menos
de
10 anos) apresentando florescimento precoce, frutos esementes
pequenos
e viabilidade longa, dispersos por pássaros,morcego
e vento.Apresentam
crescimento rápido, folhas verdese
capacidade radicalde
absorção,feito através
de
raízes graminóides(finas, ramificadas e compridas).O
tronco e amadeira são leves (mais celulose
e
menos
lignina).Algumas
espécies pioneiras entre outrasem
Santa Catarina sao listadas a seguir - unha-de-gato - vassourinha - pata-de-vaca - sarandi - quebra-foice - urtiga - esporäo-de-galo -rabo~de-bugiu -cambará
- silva, maricá - araçá-do-campo - salseiro , - laranjeira-do-mato - fumo-brabo - Caroba-amarela - sarandi, amarelinho - grandiúva - vasourão - pau-toucinho - vassouräo-preto - timbó - bracatinga - jacatirão-de-flor - Orelha-de-onça - quaresmeira - pixiricas - jacatirão-açú -embaúba
- butiá - vassoura-vermelha -caúna
Acacia bonanensisBacchans
dracunculifolia Bauhinia candicans Calliandra se//oi Calliandra tweedieiBohemeria
candata Acnistus breviflorus Da/bergia variabilis Gognatia po/ymorpha Minosa bimicrunata Psidium catleianum Salix humboldtiana Scutia buxufoliaSo/anum
erianthumTecoma
stans Termina/ia australisTrema
micrantha Piptocarpha angustífolia Piptocarpa organensis Vernonia disco/or Ate/eia glaziovianaMimosa
scabrella Tibouchina pu/ch/a fibouchina pilosa Tibouchina catharinensis Miconia spp Miconia cinnamomifolia Cecropia glazíovii Butia capitataDodonea
viscosa I/ex theezansEspécies
Secundárias
IniciaisSão também
enpecies intolerantes à sombra. Implantam-se, crescem e desenvolvem-seem
coberturas vegetaiscom
luz difusa.Apresentam de
12 a20
metros
de
altura e ocorrem nacomunidade
com
poucas
espécies (menos)de
10)mas com
muitos indivíduos.Também
tem distribuição natural muitoampla
e apresentam crescimento rápidocom
ciclode
vida curto (10 a25
anos).Os
frutose sementes são pequenos, disseminados por pássaros,
morcegos
e vento.A
viabilidade dassementes é
muito longa,permanecendo
viáveisno
solode
formalatente.
As
espécies desse grupo na sua grande maioria apresentam madeiraleve e tronco
com
epífitas e diâmetromenor que 0,6m a
1,3mdo
solo.Ocorrem
no estágiode
capoeira, raras vezesem
capoeirinhae
em
soloscom
fertilidade mediana.
Em
Santa Catarina as principais espécies desse grupo saoSfltfe OLIÍFBSI - Iicurana - tanheiro - grápia - guabiroba - louro-pardo - timbaúba - corticeira - pitanga - ingá-feijão - ingá-macaco - ingá-banana - ingá-4 quinas - açoita-cavalo - pau-jacaré - canela-sabão - jacarandá - canela-Iagerana - angico-vermelho - guajuvira - copororoca - copororocão - aroeira-piriquita - cortição - aroeira-vermelha - ipê-roxo - ipê-amarelo - guarapuvu - farinha-seca - araribá-amarelo - canela-branca - paineira - embiriçu
Espécies Secundárias
TardiasAs
espécies desse grupo apresentam a característica marcantede serem
caducifólias (perdem as folhas),
mesmo
em
condiçõesde
intensa precipitaçãopluvial,
onde
essefenômeno
é incomum.As
essências secundárias tardias ocorremquando
jovens nas capoeiras eHíeronima alchorneoides Alchornea triplinen/ia Apuleia Ieiocarpa
Campomanesia
xanthocarpa Cordia tnchotoma Enterolobium contortitisiliquum Erytrinacristagalli Eugenia uniflora Inga marginata Inga sessilis Inga uruguensis Inga affinisLuhea
divancata Piptadenia gonoacantha Ocotea puberula P/atimiscium floribundum Ocotea pu/chela Parapiptadenia n`gida Pantagonula americanaRapanea
ferrugineaRapanea
umbellata Schinus molleAnnona
cacans
Schinus terebentifolius Tabebuia ave//anedae Tabebuia pu/cherrima Schizolobium parahybeMachaenum
stipitatum Centro/obium robustum Nectandra /eucothyrsus Chonsia speciosaPseudobombax
grandiflorumcapoirões, apresentando altura média,
quando
adultas, entre20
a 30m.21
As
familias Meliáceas,Bombacaceas
e Tiliáceasaparecem
com
altafrequência neste grupo,
com
alguma
diversidadede
espécies( 30 a60 no
total).Algumas
tem crescimento rápido, outras lento, atingiindoum
ciclode
vida entre40
a 100 anos de idade.São
tolerantes àsombra
na fase jovemmas
àmedida
que
crescem tornam-se intolerantes, preferindo a luz difusa para crescer edesenvolver-se.
Apresentam
frutospequenos
e médios,com
viabilidade curta emédia, disseminados
quase
sempre
pelo vento.O
tronco e a madeira são leves emédios
com
alguns troncos grossos, geralmente contendo muitas epífitas, porém,de
poucas espécies.As
essências principais deste grupo, algunsem
testes para utilizaçãoem
adensamentos
florestaisem
Santa Catarina, são entre outras:- canela-garuva - cedro - canjerana - tajuba - tucaneira - corticeira - canela-amarela - figueira-miúda - figueira-mata-pau -
camboatá
-camboatá
- pindaíba - pindabuna - cortiça-de-comer - guabijú - araucária - caroba - cerejeira - canela-imbuia - canela - tarumã - araçazeiro - uvaia-do-campo - batinga-vermelhaEspécies Clímax
L Nectandra rígida Cedrala fissi/is Cabra/ea glaberrima Ch/orophora tinctoria Cytharexy/ummynanthum
Eritn`na falcata Nectandra lanceolata Ficus enormis Ficus organensis Cupania vernalisMatayba
guianensisX
ylopia brasiliensis Duguetia lanceolata Ro/linea rugu/osa Myrcianthespungens
Araucaria angustifo/ia Jacaranda micrantha Eugenia involucrata Nectandramegaponica
Nectandra sa/igna Vitexmegapomica
Eugenia sp Eugenia reitziana Eugenia restrifoliaSão
espéciesque
se apresentam nos estágios de sucessão florestal maisadiantados, surgindo
em
condiçõesde
solosbem
elaborados ecom
micro-climabem
evidenciado, caracteristicas dos capoeirões e florestas secundárias. Estãopresentes nas
comunidades
em
equilíbriocom
grande heterogeneidadede
Apresentam-se
como
árvores imponentes,de
30 a45
metrosde
alturadominando
a floresta.A
sua ocorrência é de forma heterogénea nacomunidade
(mais
de
100 espécies),com
distribuiçâi natural usualmente restrita,frequentemente de forma endêmica(característica
de
cada local), formando 4 a 5 extratos na estrutura da floresta.As
espécies clímax são de crescimento lento emuito lento,
com
ciclo de vida muito grande ( de 100 a 1000 anosou
mais).Apresentam
tolerância àsombra
na fase jovem,quando
estão sob a proteção dascopoeiras, e exigência
em
luz na fase adulta (reprodutiva).São
espéciesque
seregeneram abundantemente
e a disseminação dasementes
(grandes) da-se porgravidade ou zoocoria (mamíferos, roedores e pássaros grandes\0.
A
madeira eo tronco dessas espécies são duros e
pesados
com
grandes diâmetros.A
viabilidadeda semente
é muito curta. Asárvoresmantém-se
com
folhaspermanentemente
verdes.As
espécies clímax permitemum
grande epifitismo,com
alta variabilidade de espécies.As
principais espéciesde
Santa Catarina são:- peroba-rosa
Aspidosperma
olivaceum-
matiambú
Aspidosperma
ramiflorum- erva-mate /lex paraguaiensis
- canela-fogo Cryptocaria archersoniana
- canela-preta Ocotea cathannensis
- imbuia Ocotea porosa
- pau-óleo Copaifera trapezifolia
- aguaí Chfysophyllum viride
- palmiteiro Euterpe edulis '
- bicuí ba Virola oleifera -
baguaçú
Talauma
ovata- cabreúna - Myrocarpus frondosus
- guamirim-ferro Calyptranthes lucida
- sassafrás Ocotea pretiosa
- morotoró
Didymopanax
morototoni- bacopari Rheedia gardneriana
- guaramirim Vantania compacta*
- carvalho-brasileiro Roupala brasiliensis
- macuqueiro , Bath ysa merediona/is
- pimenteiras Mo//inedia spp
e outras
_ __ _. ~v:1'§¿:›' 51-
`
=i`;‹.~-bi!.9‹'fD '¿ í:!|,- *zfš fíiií-1 Q I,.ÉÇ}1` "z;~(¿~¿;¡¿qf¿,fƒ;,;'_s 5 }¿_ _1;_;,:;;¿§1;¬›¿J;z;- 1 \ 4;! :¡'.1›'q_-;;z.*{;_i›
f _ ,__ _._ ?.._. '_ ¿r____:_ A , _ _,_,_ .. 2...; _. ‹'z.r-f.'_-_-~‹'|-;f,‹fzz_¢.:e3 ~.›Y_ '..à«~‹-‹‹f--:M .f ;‹~3›r:‹;'‹;'1!›:f1\. ' 9!: !~:'›`..'.f} -r~;'.'‹â:¬,:~.'.~ :.¬.z:~-~_.'.,'.°'.=.'Í-vz' _ . _- . _ z __ z z›.' -..._ .V |"'
Ocofea
'~-ca.fl%1a.r_íne11síS,_,_ “ 'S1oa.11ea_ güíái¿_‹3i1S.íS " ° fã' z =-Eulcerpe--edulis -A ~ ‹Psychoiría.
suferella
Í _ _ ¡í s1m¿%.-__1í§Í¿:¿z£@f,zeY ¡ _ A L f lNec{'â.11dra-Híeronyma
|Tahebuíaí
IAlchornea.
Arezazfzum
` T |Psyc'hoh»ía_ -Miconíâl
\Rapaueal
IÚfhâregyluml
5
É
7 7 \ S1 111.`Baccharís
-Eupaforíuml \Mimosa'
T T
[AuJ1~oFogon
-Ba.ccha.rís\\Cyperus`
\T*¡}úha||
SUBSERIE
NA
HIDROSSÉRIE
I`
Direções sucessíonais
na
vegefaçáio
'I
URÁ-1
. _ . ~ 1(F G )secunda.z~1a. no
Banco Vale do
Ifa._]a_1/
Realizamos durante o estágio
de
conclusãode
cursoem
Itajai, 2 cursosprofissiionalizantes destinados a técnicos( curso zero) e agricultores- curso de
viveirista e silvicultura.
No
cursode
silvicultura, nosegmento de
florestas nativas tivemosoportunidade
de acompanhar
detalhadamente estudosde
: _3.3-Florestas Primárias. Florestas Secundárias e o Reflorestamento
Conservacionistag Cidinei Cordini,1991) .
Que
passamos
à descrever na forma original:Florestas Primárias
Conceito - a floresta primária apresenta nas várias regiões
em
que
ocorre, todasas espécies de forma espontânea, natural, istoé, espécies
que
ocorrem de formaselvagem,
sem
interferência pelohomem.
Existe hoje no estadoem
algumasreservas nativas
e
em
pequenos
fragmentos florestais, geralmente nas áreasíngremes
da
Serrado
Mar
e Serra Geral,de
difícil acesso.Composição
- as florestas primárias são compostas por espécies arbóres altas,médias e baixas, vegetação rasteira, lianas, bromélias, epífitas, trepadeiras,
taquaras, constrictoras, xaxins, etc. Geralmente apresentam diferenças
marcantes quanto à composição, diversidade
de espéciese
inter-espécies.Estrutura - as florestas primárias diferenciam-se muito entre -si,
em
funçãode
suaaltura, dos substratos
de
árvoresda
sua forma,da
quantidadede
cipós,bromélias, xaxins e taquaras
que
apresentam.A
altitude, topografia eprofundidade dos solos
também
influenciam na estrutura das florestas primárias.Em
funçãoda
composição, a cobertura vegetal primitivade
Santa Catarinaapresenta-se
da
seguinte maneira:-Vegetação
litorânea -ao
longo do litoral Atlânticocom
formações noambientes vasosos, rochosos, arenosos e lacunares.
-Floresta tropical atlântica (Mata Atlântica) -
ocupa
1/3do
territóriocatarinense
ao
longodo
litoral, penetrando 150Km
para o interior doVale
do
Itajaí até700-800m da
altitude. t-Floresta nebular -
ao
longo dos “aparatos”da
Serrado
Mar
e geral.-Floresta
de
Araucáriaou
Pinhais (Mata Preta) - ocorrendoem
grandeparte noplanalto catarinense
e
sul brasileiro.25
-Campos
do
planalto grandes áreasdo
planaltoem
forma dacampos
limpos e
campos
sujos, ocorrendo algumas vezesem
formade
vegetaçãode transição. _
-Floresta sub-tropical (Mata Branca) -
que
ocorre ao longo do RioUruguai e seus afluentes até altitudes
de
600
a800
metros.Benefícios - entre os principais produtos
de
uma
floresta, destaca-se a madeirapara os mais diferentes propósitos.
Em
muitos casos, esta exploraçãonão
épermitida,
mas
outros benefícios resultamda
presença das florestasem
uma
determinada área.
-Renovação
do
ar - as florestasem
crescimentopossuem
atividadefotossitética alta `e por isso são responsáveis pela renovação do- ar
com
aabsorção
de
COz
e eliminaçãode
Oz.Cada
án/ore representa50%
de
seu pesoem
Carbono
(C).Um
hectarede
floresta tropicalem
pleno crescimentoe responsável por
um
ganho de
biomassade 20
ton/ano,ou
10 tonlanode
carbono. Para neutralizar a fixação
de
COz
na atmosferaque
éde
aproximadamente 3 bilhões
de
toneladas/ano, necessitamosde
300.000.000 de hectares de floresta
em
plena atividadede
crescimento,cessando hoje toda a
queima de
combustíveis.- abrigo para fauna -
manutensão
do equilíbrio fauna flora;- cobertura
do
solo - éuma
formade
proteção principalmente contra aschuvas torrenciais, insolações e estiagens/
Em
um
solocom
cobertura vegetal, o impacto das gotasde
água,de
uma
chuva forte, é amortecidosobre as folhas e a
água
atinge o solo escorrendo lentamente por troncos eramos
das árvores.Chegando
ao
solo aágua
encontrauma
camada
grossade
folhas, tocos, madeira podre, etc,que
age
como
uma
esponja, retendo aágua
e liberando-a lentamente para o solo (infiltração),não chegando
acorrer sobre a superfície.
Em
períodosde
estiagem estacamada
de
húmus
mantém
a umidade.-
água no
solo - o maior benefício da floresta ocorre sobre o sistemahídrico.
Como
vimos, acamada
de
húmus
atuandocomo
uma
esponja,armazena
aágua
deuma
chuva durante muitos dias dentroda
floresta.Lentamente esta
água
vai penetrando no solo e escorrendo até os riachos.As
florestas ajudam a manter o nível dos rios e riachos,mesmo em
períodosde
estiagem.A
ausênciada
cobertura vegetal (floresta) fazcom
que
toda aágua
escorra rapidamente para os rios e riachos,podendo
provocarenchurradas e enxentes. Muitas vezes, grandes cidades ficam
com
oabastecimento
de água
prejudicadoem
função da faltade
proteção dascabeceiras e nascentes.
Pesquisas recentes
comprovam
que
nas florestas entre80
e100%
daágua
da chuva é retida.Em
áreasde
agricultura este índice cai para40
a- outros beneficios - muitas espécies são apículas, outras
produzem
florese frutos silvestres.
Em
reservas florestais e parques botânicos consegue-se manterum
banco de
germoplasma,As
florestas existem a milhões de anose desenvolveram certos
mecanismos de
sobrevivência, pois vivemexclusivamente da energia solar,
usam
recursos renováveiscomo
o dióxidode carbono e água, reciclam todos os recursos limitados
como
o cálcio,magnésio, fósforo, etc.
vivem dos recursos do local
onde
crescem,mas
participando do ciclomundial
de
COz
e da água.Recuperam
emelhoram
o solo e o localonde
vivem, pela
acumulação
dohúmus
e formação de micro-climas.Não
intoxicam os arredorescom
substânciasvenenosas
ou radioativas.Floresta
Secundária
É
a florestaque de alguma
forma já foi explorada eque
se encontra hojeem
fasede
regeneração.Na
floresta secundária, as associações vegetaissurgem
naturalmente,após a derrubada da mata.
Densas
aglomeraçõesde
esrvas e arbustos, pioneirosinvadem os terrenos
de
cultivo, apósum
período maisou
menos
prolongado deabandono.
As
florestas secundárias encontram-se mais oumenos
desenvolvidos,em
função dotempo
em
que
se encontramem
regeneração natural, isto' é,dependem
do estágiode
regeneraçãoem
que
se encontram.A
regeneraçãonatural secundária ocorre
de
maneiras distintas.A
revegetaçãoem
solosondulados e secos,
abandonados
pela agricultura é diferenteda
regeneraçãoem
solos planos e úmidos.
Em
solos desgastados pelo períodode
agricultura seregeneram diferentemente das áreas
recém
derrubadas (coivara).A
regeneração naturaldepende
das condições edafo-climáticas,do banco
de sementes no solo,da proximidade
da
árvore matriz, da fauna,do
tipode
floresta,da
interferênciabenéfica do
homem,
do tempo de abandono do
terreno pela agricultura, etc.E
necessário
conhecermos
os diferentes estágiosde
regeneração natural, porquesão neles
que
podemos
interferir no sentidode
melhorarmos a qualidade ediminuirmos o
tempo de
regeneração.A
designação floresta secundária abrange os estágiosda
sucessãodesde
a floresta incipinte
que
se instalaem
superfícies escalvadas naturais ouantropicais, até o estágio
de
florestaem
clímax.No
Estadode
Santa Catarina, grande parteda
cobertura florestal atual é constituída por florestas secundáriasem
difernetes estágios,que
se estabelecem sucessivamente nas áreas cujos solos tiveram suas características físicas equímicas naturais alteradas.
A
regeneração inicia após oabandono da
áreacom
o aparecimentode
grupos
de
plantas herbáceas adaptadas às condiçõesda
área.São
samambaias
e gramíneas dos gêneros Melinis e Andropogon.
Aparecem
os primeiros arbustos,espécies da família das compostas, género Baccharis.
O
adensamento
destasacarreta o gradual desaparecimento as espécies
do
estrato herbáceo, enquantoinicia-se o .acúmulo
de
matéria orgânica,pela deposição dos resíduos vegetais.27