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Academic year: 2021

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TÍTULO: CINETOSE EM IDOSOS COM VESTIBULOPATIA TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: FONOAUDIOLOGIA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): SUZANNE RECHTENWALD FRANÇA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): FÁTIMA CRISTINA ALVES BRANCO-BARREIRO ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): FLÁVIA DONÁ, RENATA COELHO SCHARLACH COLABORADOR(ES):

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SUSCEPTIBILIDADE À CINETOSE EM IDOSOS COM VESTÍBULOPATIA

INTRODUÇÃO: A cinetose é um fenômeno orgânico correspondente à sensação de náusea, que ocorre como resposta labiríntica a uma alteração postural em decorrência de um movimento rotacional ou pendular. Desde meados de 1970, causa da cinetose tem sido explicada pela existência de uma percepção de um conflito visuo-vestibular. Segundo esta teoria, a cinetose surge quando o movimento assinalado pela visão é de alguma forma discrepante com o padrão de sinais esperados pelo sistema vestibular, tendo como base a experiência prévia de movimento (REASON; BRAND, 1975).

Existem alguns fatores associados à probabilidade de ocorrência deste sintoma. É mais frequente em crianças de dois a 12 anos. Além disso, a boa acuidade visual é um fator protetor da cinetose (TURNER; GRIFFIN, 1999), e os homens parecem ser menos afetados (GRIFFIN, 1997). A gravidez e a menstruação agravam os sintomas (KOLASINSKI, 1995). Três fatores principais afetam o desenvolvimento de doença: sensibilidade à estimulação, a taxa de adaptação para estimulação (constante de adaptação), e a constante de tempo de deterioração dos sintomas desencadeados (LACKNER, 2014).

A susceptibilidade à cinetose pode ser determinada por meio da aplicação de questionário. O Motion Sickness Questionnaire Short-Form (GOLDING, 2006) é um questionário que investiga quais movimentos são responsáveis por iniciar os sintomas de náusea e tontura, considerando nove tipos diferentes de transportes e entretenimentos geradores dos sintomas descritos em duas fases da vida: infância e fase atual (adulto ou idoso).

A cinetose é entendida como um sintoma resultante de imaturidade do sistema vestíbulo-visual, que acomete tanto crianças como adultos, com prevalência no sexo feminino, atingindo mulheres entre 2 a 50 anos, e é menos observada em idosos. A hiperatividade vestibular e vestíbulo-visual constituem o substrato fisiopatológico da cinetose. Historicamente a hipótese do conflito neurossensorial da cinetose foi postulada em 1800, porém, somente em 1970 que a teoria vestibular sensório-visual ganhou aceitação entre os cientistas e investigadores no campo do movimento e espaço da tontura. A cinetose pode ser subdividida em dois grupos: provocada por deslocamento e por estímulo visual. E apresenta o fenômeno da adaptação, o que

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implica em diminuição ou extinção deste sintoma com a idade. O sistema vestibular como sistema neurossensorial modifica seu comportamento por meio da habituação, que é compreendida pela supressão aprendida a estímulos repetitivos. Outro mecanismo responsável pela compensação vestibular é a compensação central, que se define pelo resultado final das mudanças que ocorreram no Sistema Nervoso Central através da plasticidade neuronal (MANTELLO,205).

Visto que a cinetose é causada por hiperatividade vestibular e visuo-vestibular, e que os idosos tendem a apresentar disfunção vestibular com frequência, a hipótese desse estudo é de que os idosos com disfunção vestibular apresentem maior susceptibilidade à cinetose.

OBJETIVOS: O objetivo do estudo foi aplicar o questionário Motion Sickness Questionaire Short-form (MSQS) adaptado para o português, em idosos com vestibulopatia.

MÉTODO: Foi realizado um estudo do tipo transversal, descritivo, no Laboratório do Programa de Mestrado Profissional em Reabilitação do Equilíbrio Corporal e Inclusão Social da Universidade Anhanguera de São Paulo, Campus Maria Cândida. O projeto de pesquisa foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o protocolo de número 93001. Os critérios de inclusão para o estudo foram: idade acima de 60 anos, relatar queixa atual ou prévia de cinetose. Antes de iniciar a coleta de dados, os participantes leram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados complementares foram obtidos dos prontuários dos participantes, uma vez que todos passaram por avaliações no Laboratório de Pesquisa, a saber: avaliação otorrinolaringológica, avaliação audiológica, avaliação vestibular e avaliação do equilíbrio corporal. O questionário MMSQ foi aplicado no formato de entrevista direta e individual com o paciente. Para cada meio de transporte ou entretenimento o paciente respondia: “nunca utilizei”, “nunca ficava enjoado”, “às vezes ficava enjoado” ou “sempre ficava enjoado”, sendo atribuídas respectivamente as seguintes pontuações: 0, 0, 1, 2 e 3. Para as questões relacionadas à presença da cinetose na infância (Motion Sickness A - MSA), o escore total é multiplicado por 9, este resultado é dividido pelo valor de 9 subtraído

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pelo número de geradores não utilizados pelo paciente {(nº do escore total x 9) / (9 – nº transportes não utilizados)}. Para as questões relacionadas à fase adulta (Motion Sickness B - MSB), é utilizada a mesma equação. Para o total bruto realiza-se a soma dos escores MSA + MSB.

DESENVOLVIMENTO: para a elaboração deste estudo foi realizada uma revisão bibliográfica, com assuntos pertinentes à cinetose. Em seguida foi realizada a aplicação do questionário MSSQ (short form), em idosos com idade de 61 a 84 anos, para a coleta de dados. Posteriormente foi realizada a análise dos mesmos e a elaboração da conclusão com base nos resultados obtidos.

RESULTADOS: Participaram deste estudo 14 pacientes com vestíbulopatia, com idade entre 60 e 91 anos, com média de 75,5 anos, sendo 13 do sexo feminino e 1 do sexo masculino. A susceptibilidade à cinetose na infância (MASA) nos idosos com vestíbulopatia variou de 0 a 40,5, com média de 16,66; mínimo 0; máximo 40,5. A suscetibilidade à cinetose atual (MSB), nos mesmos sujeitos variou de 0 a 22,5 com

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1- Aluna do Programa de IC 2013/2014. Graduanda do 8º semestre do Curso de Psicologia do Campus Maria Cândida (2014). E-mail:suzyrf@yahoo.com.br 2- Professora Doutora do Programa de Mestrado Profissional em Reabilitação

do Equilíbrio

Corporal e Inclusão Social – Orientadora. E-mail: fatima@branco.fnd.br

média de 12,72. A suscetibilidade à cinetose segundo o MSSQ bruto variou de 7,5 a 94,5, com média de 30,74. Quando comparados os valores do MSA aos do MSB, foi observado melhora da cinetose na fase adulta em 10 (71,4) indivíduos, e piora em 4 (28,6). O questionário MSSQ-Short apresentou-se como um instrumento eficaz, na detecção de presença de cinetose em duas fases da vida, por apresentar uma linguagem acessível e de fácil compreensão, e por apresentar uma adaptação de

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vocabulário compatível com a realidade cultural brasileira. O que facilitou o entendimento por parte do público idoso de entrevistados.

CONCLUSÃO: Todos os idosos com vestíbulopatia estudados apresentavam susceptibilidade à cinetose na infância e/ou na fase atual. A maioria apresentou diminuição desta susceptibilidade na vida adulta.

REFERÊNCIAS:

1- GOLDING JF. PREDICTING INDIVIDUAL DIFFERENCES IN MOTION SICKNESS SUSCEPTIBILITY BY QUESTIONNAIRE. Personality and Individual differences, 41: 237-248. 2006.

2- GRIFFIN, D. (ed.). GESTÃO DE COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE REDES DE BANDA LARGA. Creta University Press , Heraklion. Grécia. 1997.

3- KOLASINSKI, E. SIMULATOR SICKNESS IN VIRTUAL ENVIRONMENTS. Department of the ARMY. Virginia. 1995.

4- LACKNER, J. R.; MOTION SICKNESS: MORE THAN NAUSEA AND VOMITING. Exp Brain Res. Pg 2093-2510. Waltham. 2014.

5- MANTELLO, E. REABILITAÇÃO VESTIBULAR NO TRATAMENTO DA CINETOSE. Revista de otorrinolaringologia, vol 9, nº 2. 2005.

5- TURNER, M.; GRIFFIN, M. J.; MOTION SICKNESS IN PUBLIC ROAD TRANSPORT: THE EFFECT OF DRIVER, ROUTE AND VEHICLE. Ergonomics. Vol. 42. Nº 12. Pg 1646-1664. 1999.

6- REASON, J.T. e BRAND, J.J. . MOTION SICKNESS. London: Academic Press. 1975.

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