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Análise do perfil socioeconômico das mulheres artesãs da associação de pescadores ART's pesca do município de Sumé-PB

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INCUBADORA UNIVERSITARIA DE EMPREENDIMENTOS ECON6MICOS SOLIDARIOS CAMPUS VII - SUME - PB

ANALISE DO PERFIL SOCIOECONOMIC) DAS MULHERES

ARTESAS DA ASSOCIAgAO DE PESCADORES ART'S PESCA DO

MUNICIPIO DE SUME - PB

Rute Batista dos Santos

Sume - PB

2013

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ANALISE DO PERFIL SOCIOECONOMICS DAS MULHERES

ARIES AS DA ASSOCEACAO DE PESCADORES ART'S PESCA DO

MUNICIPIO DE SUME - PB

Monografia apresentada ao Curso de

Especializacao em Educacao de Jovens e

Adultos com Enfase em Economia Solidaria

no Semiarido Paraibano, como pre-requisito

para a obtencao do tftulo de Especialista.

Orientadora: Profa. Dra. Lenilde Mergia Ribeiro Lima

Sume - PB

2013

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da Associacao de Pescadores ART's Pesca do municipio de

Sume - PB. / Rute Batista dos Santos. - Sume - PB: [s.n],

2013.

47 f; il. gr.

Orientadora: Profa. Dra. Lenilde Mergia Ribeiro Lima.

Monografia (Especializacao) - Universidade Federal de

Campina Grande; Centra de Desenvolvimento Sustentavel do

Semiarido; Curso de Especializacao em Educa9ao de Jovens

e Adultos com enfase em Economia Solidaria do Semiarido

Paraibano.

1. Economia Solidaria. 2. Associacao de Pescadores. 3.

Desenvolvimento sustentavel. 4. Escamas. 5. Artesanato. I.

Titulo.

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ANALISE DO PERFIL SOCIOECONOMICS DAS MULHERES

A R T E S A S DA ASSOCIAQAO DE P E S C A D O R E S ART'S P E S C A DO

MUNIClPIO DE SUME - PB

Aprovado e m : £ ? / OP 12013 B A N C A E X A M I N A D O R A : P r o f a . D r a . L E N I L D E M E R G I A R I B E I R O L I M A ( O r i e n t a d o r a ) D r a . N O R M A M A R I A DE O L I V E I R A L I M A ( C D S A - U F C G ) ( E x a m i n a d o r a ) P r o f a . Dra. L f G I A M A R I A R I B E I R O L I M A ( D E S A - U E P B ) ( E x a m i n a d o r a ) S u m e - P B 2013

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A Deus, que me deu m e u maior tesouro, que e a minha famflia.

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A Profa. Dra. Lenilde Mergia Ribeiro Lima, pela orientagao carinhosa, pela presenca amiga, pelo exemplo e viagens, que nos ajudaram na troca de experiencias.

A Coordenacao Geral d o Curso de P6s-Graduacao e m Educacao de Jovens e Adultos c o m Enfase e m Economia Soiidaria no Semiarido Paraibano, na pessoa da

Profa. Dra. Crislene Rodrigues da Silva Morais.

A Universidade Federal de Campina Grande - UFCG, Campus de Sume, por proporcionar este Curso d e Especializacao, d o qual tenho orgulho de participar.

A o s d e m a i s professores d o Curso d e Especializacao e m Educacao de Jovens e Adultos c o m Enfase e m Economia Soiidaria no Semiarido Paraibano.

A o s colegas, pela amizade e licoes de vida.

A Associacao "Art's Pesca", que permitiu a nossa presenca em sua sede. A o m e u Joao Victor. A minha familia, pelo incentivo diario, pela luta compartilhada, pela confianca que depositaram e m m i m . Esta vitoria e urn sucesso coletivo, construido pelo sonho de muitos.

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S A N T O S , Rute Batista dos. A n a l i s e d o P e r f i l S o c i o e c o n o m i c © d a s M u l h e r e s A r t e s a s da A s s o c i a c a o d e P e s c a d o r e s A r t ' s P e s c a d o m u n i c i p i o d e S u m e - P B . Monografia apresentada a o Curso de Pos-Graduagao e m Educagao d e Jovens e Adultos c o m Enfase e m Economia Soiidaria no Semiarido Paraibano, como

pre-requisite para a obtencao do titulo de Especialista. ( U F C G / C D S A ) , S u m e , 2013.

A economia soiidaria e uma forma mais justa de trabalho dentro d o capitalismo, e m que o ser h u m a n o e valorizado e incentivado a crescer dentro do s e u conhecimento, seja ele formal ou informal, e que t a m b e m ajuda na inclusao social. Os individuos envolvidos c o m economia soiidaria s a o os proprios d o n o s d o m o d o de producao e, assim, t a m b e m responsaveis pelo sucesso o u insucesso do produto ou servigo oferecido, sendo o lucro e os prejufzos compartilhados por todos. Nao se pode afirmar que existe uma competicao justa no mercado, mas sabe-se que neste m o d o de economia ha a valorizagao do trabalho humano, b e m c o m o de seus conhecimentos e suas opinioes dentro do empreendimento. O b s e r v a n d o a economia local e as grandes dificuldades de se manter uma tradigao milenar que e a pesca artesanal, os Pescadores do cariri paraibano se reuniram para formar associagoes e m suas cidades, as quais contribuissem para melhorar a vida destas pessoas simples que se encontravam as m a r g e n s da sociedade capitalista. Estes grupos geralmente aplicam a autogestao, cada urn g a n h a n d o por produgao, o que pode ser caracterizado c o m urn e m p r e e n d i m e n t o de Economia Soiidaria. Este trabalho foi realizado na associacao de Pescadores do municipio de S u m e - PB, que criou urn subgrupo informal feminino d e n o m i n a d o "ART'S PESCA", no qual as mulheres e m p r e g a m uma tecnologia social, q u e agrega valores a traira, urn peixe de dificil aceitagao no mercado por ter muitas espinhas. A l e m deste produto, estas mulheres procuraram manter o desenvolvimento sustentavel, contribuindo, dessa forma, para a preservagao do Meio A m b i e n t e e utilizando as e s c a m a s para confecgao de artesanatos.

P a l a v r a s - C h a v e : Associagao de Pescadores, desenvolvimento sustentavel, economia soiidaria.

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1.1.1 O b j e t i v o G e r a l 10 1.1.2 O b j e t i v o s E s p e c i f l c o s 10 2 F U N D A M E N T A C A O T E O R I C A 11 2.1 E D U C A C A O DE J O V E N S E A D U L T O S E E D U C A C A O P O P U L A R D E N T R O D O S E M P R E E N D I M E N T O S S O L I D A R I O S 11 2.2 O S I S T E M A E C O N O M I C O E O M E R C A D O DE T R A B A L H O I N F O R M A L 12 2.3 A S S O C I A C A O , C O O P E R A T I V A E G R U P O I N F O R M A L 15 2.4 T R A B A L H O DA M U L H E R N A S A S S O C i A C O E S 18 2.5 D E S E N V O L V I M E N T O S U S T E N T A V E L N O S E M P R E E N D I M E N T O S S O L I D A R I O S 20 3 M E T O D O L O G I A 22 3.1 E S T U D O D E C A S O 23 3.1.1 P e i x e T r a i r a 23 3.1.2 O r g a n i z a c a o E s t r u t u r a l d o T r a b a l h o d a A s s o c i a g a o 23 3.1.3 P r e p a r a c a o da E s c a m a d e P e i x e para o A r t e s a n a t o 24 4 R E S U L T A D O S E D I S C U S S A O 25 5 C O N C L U S O E S • 32 R E F E R E N C E S 33 A P E N D I C E S 35 A P E N D I C E A - Questionario socioeconomico aplicado as mulheres m e m b r o s

da Associacao Art's Pesca do municipio de S u m e - PB 36 A P E N D I C E B - T e r m o de livre consentimento apresentado as entrevistadas ... 45

A P E N D I C E C - Fotografias do trabalho das mulheres m e m b r o s da

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1 I N T R O D U C A O

A pesca artesanal e uma heranca e tradieao de muitas familias no cariri Paraibano, o n d e os homens e mulheres u n e m - s e e m busca da sobrevivencia da familia. N e m todo tipo d e pesca e vendavel, e x e m p l o disso e a trafra, especie de peixe c o m muitas espinhas, encontrada c o m u m e n t e nos corpos aquaticos brasileiros.

C o m a formacao da associacao dos Pescadores e c o m a uniao destas familias, foram criadas condicoes para o desenvolvimento d e tecnicas aplicadas na retirada das espinhas dos peixes, fornecendo ao produto urn valor comercial. Outros exemplos de beneffcios para estas comunidades foi o "preco justo" e a "garantia de venda" do produto. Este trabalho associado possibilitou t a m b e m a inclusao social de muitas pessoas e ofereceu aos integrantes uma forma diferente de empresa onde todos sao donos e suas opinioes sao discutidas, sendo seu trabalho e suas familias valorizados criando, assim, uma associacao c o m caracteristicas da economia soiidaria.

A economia soiidaria nao tern o intuito de acabar c o m os lucros tao cobicados do capitalismo, m a s surge c o m o alternativa para amenizar a exploracao do trabalho h u m a n o , ou seja, e uma nova relacao econdmica q u e visa contribuir c o m o capital social (ILHA, 2008).

Neste projeto a c o m p a n h o u - s e o trabalho da A s s o c i a c a o "Art's Pesca" no municipio de S u m e - PB. Trata-se de urn grupo informal, novo, que conta c o m pouco mais de tres anos, cujos integrantes sao a p e n a s mulheres, sendo (12) doze associadas, todas m e m b r o s da associacao de Pescadores. Esta ultima e mista e boa parte destas mulheres s e m p r e trabalharam c o m o peixe, muitas delas pescando e outras sobrevivendo da sua renda pelo fato de s e r e m netas, filhas ou esposas de Pescadores, u m povo humilde que pouco teve contato c o m o mundo do sabem e da logistica de mercado artesanal.

Os Pescadores, depois de f u n d a r e m a associacao e m S u m e e se unirem a cooperativa de Monteiro, estao usufruindo de uma vida mais digna. A cooperativa compra a producao do peixe para vender aos programas de alimentacao do governo como, por exemplo, a merenda escolar, por u m preco justo.

Na associacao, os h o m e n s e as mulheres p e s c a m e v e n d e m os peixes limpos "in natura" ou em forma de file. Porem, a traira, que e um peixe muito comum

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nestas aguas paraibanas, e pouco aceita para fins comerciais e q u a n d o pescada era devolvida a o corpo aquatico ou consumida pelo proprio pescador, visto q u e possui muitas espinhas e ha mitos populares ao seu respeito que, por ser u m peixe carnfvoro, dizem que " c o m e m sapos". Na verdade, estes peixes se alimentam d e girinos ou ate m e s m o alevinos, da m e s m a especie (canibal) e de outras.

A l g u m a s mulheres c o m e c a r a m a se reunir e desenvolver e aplicar a tecnica de desfiar nestes peixes, o que garantiu a venda desta especie. O b s e r v a n d o a grande quantidade de e s c a m a s retiradas do peixe, resolveram t a m b e m investir na tecnica de transformar os rejeitos do peixe e m arte, criando e confeccionando pecas bonitas e ecologicamente corretas, o q u e e u m diferencial nos produtos oferecidos pelas associacoes e cooperativas da economia soiidaria no pais.

Partindo desta tematica, procurou-se entender os beneficios deste trabalho para o meio ambiente, bem como se este produto desenvolvido a u m e n t o u a renda destas mulheres na associacao, tendo e m vista que existem condicoes climaticas, tais c o m o a estiagem, que d i m i n u e m a oferta deste tipo de peixe no meio aquatico.

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1.1 O B J E T I V O S

1.1.1 O b j e t i v o G e r a l

investigar e c o m p r e e n d e r os beneficios sociais e e c o n o m i c o s do artesanato para as mulheres da Associagao "Art's Pesca", e m S u m e - PB, analisando o perfil socioeconomics das mulheres associadas.

1.1.2 O b j e t i v o s E s p e c i f i c o s

• Ressaltar informagoes relativas ao desenvolvimento d o trabalho de artesanato c o m a escama do peixe na associagao "Art's Pesca" de S u m e - PB.

• Identificar fatores do trabalho artesanal que poderao contribuir para aumentar a renda d a s associadas no t e m p o de estiagem.

• Especificar a importancia de utilizar os rejeitos do peixe para manutengao do meio ambiente.

• Verificar possivel trabalho de educacao popular ou EJA, no que se diz respeito a sustentabilidade do meio ambiente.

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2 F U N D A M E N T A C A O T E O R I C A

2.1 E D U C A C A O DE J O V E N S E A D U L T O S E E D U C A C A O P O P U L A R D E N T R O D O S E M P R E E N D I M E N T O S S O L I D A R I O S

O subemprego e o d e s e m p r e g o sao responsaveis pela volta de muitas pessoas a sala de aula e a modalidade EJA (Educagao de Jovens e Adultos) foi criada dentro da LDB (Lei de Diretrizes de Base), e m d e z e m b r o de 1996, para atender a Jovens e Adultos que precisavam de escolaridade para ingressar ou permanecer no mercado d e trabalho. S a b e - s e q u e o conhecimento agrega oportunidades e que "o trabalho dignifica o h o m e m " , entao "construimos o desejo de nos tornar uma mercadoria; e s t a r e m p r e g a d o ou e s t a r d e s e m p r e g a d o passou a ser uma r e f e r e n d a importante na constituigao de nossa identidade" (TIRIBA, 2004).

Este fato torna-se motivacao suficiente para c o m e c a r ou recomecar o aprendizado. Educar o aluno da EJA nao se limita ao letrado, mas t a m b e m para a cidadania. E necessario pensar e m u m currfculo diferenciado e significativo para manter o interesse dos educando, tendo e m vista, q u e este traz historia de vida, familia e de participacao da sociedade a qual ele esta inserido. Trazer esta vivencia para ser trabalhado no ambito escolar representa um desafio que deve ser encarado pelos educadores para transformar a realidade de seus e d u c a n d o , c o m o se refere o texto de Macedo (2008). Este aluno nao deve receber uma educacao bancaria, m a s incorporar uma educagao democratica e critica q u e , segundo Freire (1996), nao deve estar vinculada ao poder, m a s sim, agregada a situagao que promova u m saber critico e questionador.

S e g u n d o Vieira (2008), a EJA contribui na promocao da igualdade de generos, d e trabalho, na preservagao ambiental e da s a u d e , estimulo a participagao criativa e consciente dos cidadaos. Entao, pode-se dizer que e uma forma d e investir no capital h u m a n o dentro das associagoes, por isso, deve ser sempre estimulada.

A busca do aprender abre horizontes e pode acontecer informaimente. Freire e Nogueira (2011) conceituam: "Educagao popular e o esforgo de mobilizagao, organizacao e capacidade de classes populares; capacidade cientifica e tecnica".

De acordo c o m Novares e Castro (2012), c o m o trabalho associado como principio educativo, ha a necessidade de uma educagao sistematica para aiem do

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capita!, ou seja, educar nao esta vincuiado apenas as instituicoes, m a s a o s atos de cidadania e o trabalho, podendo gerar a necessidade de criar empreendimentos aos quais os associados se sintam donos e participem ativamente.

A d a n s (2010) reflete no conceito d e trabalho dizendo q u e este nao se restringe a produzir mercadorias o u prestar servicos, m a s t a m b e m a relacao d e u m a pessoa ou u m grupo social, ou seja, e u m principio educativo q u e constitui o sujeito. Concluindo assim, q u e e u m conjunto de atividades h u m a n a s q u e asseguram a sobrevivencia d a especie, no espaco coletivo e individual, para a manutencao da vida privada, social e cultural.

Atualmente percebe-se q u e o "trabalho assalariado", formal e c o m direitos trabalhistas, nao e o unico caminho para obtencao d e u m retorno financeiro capaz de trazer a sustentabilidade da familia. Afinal, as associacoes e cooperativas estao ganhando credibilidade no mercado, tanto c o m produtos quanto c o m prestacao de servicos.

2.2 0 S I S T E M A E C O N O M I C O E O M E R C A D O D E T R A B A L H O I N F O R M A L

Duas teorias economicas surgiram na historia da humanidade, discutida ate os nossos dias: o capitalismo e o socialismo. De acordo com Eisler (2008), nenhuma das teorias resulta e m melhores condicoes de desenvolvimento h u m a n o , ou seja, ambas n a o garantem as aptidoes e as necessidades h u m a n a s q u e sao: solidariedade, consciencia e criatividade, alem d e nao conservar o nosso Meio Ambiente. Entao, estes sistemas garantem os problemas sociais e ambientais, resultados d e regras, praticas e politicas q u e a c o m e t e m por falta de solidariedade.

"Uma teoria economica participativa reconhece que o discurso da evolucao tanto dos homens quanto das mulheres desenvolveu uma enorme capacidade para a solidariedade, a criatividade e a consciencia - e que regra a pratica que estimulem essa capacidade em vez de inibi-la sao fundamentals para um sistema economico que funcione para todos" (EISLER, 2008, p. 159).

Faz-se necessaria a mudanca d a s atitudes egocentricas e a construcao de novos valores comunitarios, nos quais o lucro, q u e acumula riquezas, nao seja o alvo principal do trabalho, amenizando o s abusos e exploracao do trabalho humano e preservando o ambiente. Deve-se investir mais na educacao de qualidade e no

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capital h u m a n o concretizando uma sociedade justa com m e n o s violencia e que valorize os recursos naturais, nao e necessario que a c a b e m c o m nenhum dos sistemas economicos existentes tratando entao, de adapta-los ( R U T K E W E S K I E LIANZA, 2004).

Entende-se que algumas das adaptagoes cabiveis seriam os investimentos e m empreendimentos solidarios el ou populares como tambem e m cooperativas que ja trabalham nesta linha de valorizacao do social.

Para entender melhor a Economia Soiidaria, Arroyo e Schuch (2006) definem economia como "um conjunto de atividades h u m a n a sistematica que envolve: produgao, transformacao, comercializagao, distribuicao, comunicagao e c o n s u m o de produtos primarios", e solidariedade c o m o "agoes h u m a n a s que tern como base a teoria que uma ou alguma agao, so e boa, se for sustentavel e boa para um como e para o outro".

Entao nao basta ser uma economia o n d e todos sao d o n o s do investimento, m a s o ideal e que todos t a m b e m p o s s a m desenvolver-se coletivamente financeiramente, como u m amadurecimento interno e externo de mercado, c o m a convivencia e humantzacao d o trabalho, c a p a z e s d e gerenciar o investimento coletivo atraves de autogestao, na qual cada integrante do grupo possa dar sua opiniao e ou sugestao, encontrar e desenvolver seus talentos e repasse de seus conhecimentos previos e adquiridos c o m o trabalho desenvolvido no empreendimento para os demais cooperados, afinal o conhecimento deve ser disseminado para nao comprometer a produgao envolvida, seja esta de bens ou servigos ( A R R O Y O e S C H U C H , 2 0 0 6 ) .

Precisa-se ter muito cuidado q u a n d o se faia d e economia popular, pois esta-se referindo a um publico que abrange desde d e s e m p r e g a d o s , s u b e m p r e g a d o s , sendo ou nao qualificados a d e q u a d a m e n t e para o trabalho, ate aqueles totalmente exclufdos dos processos de desenvolvimento de tecnologias e dos programas sociais, que e n c o n t r a m - se fora da distribuicao de renda e do sistema economico do Pais (CORREIA,2013).

Economia popular e soiidaria e aquela que acrescenta o desafio de, t a m b e m como fator de desenvolvimento, m a s c o m identidade propria, estabelecer um dialogo e m que o eixo e o equilfbrio, a distribuigao, a justiga. E m outras palavras, e uma forma de produzir, comercializar e consumir, colocando as necessidades h u m a n a s acima das necessidades do capital ( A R R O Y O e S C H U C H , 2006).

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Q u a n d o se menciona solidariedade, o conceito remete aos lagos de ajuda mutua e pode ser confundido c o m caridade, m a s e uma forma que precisa ser pensada dentro dos e m p r e e n d i m e n t o s c o m o uma alternativa que garanta a consolidacao das cooperativas, assim c o m o uma procura por uma estabilidade de atividade economica que proporcione a sustentacao financeira da e m p r e s a e dos integrantes. Pode-se afirmar que na e c o n o m i a soiidaria torna-se necessario falar e agir c o m o empresa, tendo foco no mercado, c o m um diferencial a valorizacao do trabalho humano necessitando do comprometimento do trabalho coletivo (CUNHA, 2003).

Nesta economia nao so o socio, m a s t a m b e m filhos e e s p o s a s d e v e m estar presentes nas reunioes e assembleias para entender e participar das decisoes coletivas. Este contexto faz c o m que o socio sinta sua famflia mais valorizada ganhando mais confianca e admiracao pelo seu papel na associagao. Na verdade ninguem e dono. Caso o e m p r e e n d i m e n t o seja mal sucedido, todos sofrem as consequencias e, por isso, os dirigentes d e v e m s e m p r e cumprir c o m a decisao tomada nas assembleias e comunicar todas as agoes e pianos d e emergencias (SINGER, 2002).

Nao foi dito e m n e n h u m a das literaturas que a autogestao e facil de ser implantada ou que e impossivel o que se relata sao as dificuldades desta implantagao. Se o sistema e capitalista e visa o lucro, entende-se que quern esta gerenciando e responsavel por esta fungao, entao e c o m u m os dirigentes se apossarem do poder de decisao, e s q u e c e n d o que a decisao e de u m grupo e que a autogestao e transparencia na administragao sao essenciais para manter u m empreendimento deste tipo.

A Economia Soiidaria tenta criar condicoes de assegurar sobrevivencia e qualidade de vida a populagao envolvida. Meio Neto (2013) diz e m s e u texto que os principios desta economia sao:

" ... A valorizacao social do trabalho humano... A satisfacao plena das necessidades de todos como eixo da criatividade tecnologica e da atividade economica...O reconhecimento do lugar fundamental da mulher e do feminino numa economia fundada na solidariedade...A busca de uma relacao de intercambio respeitoso com a natureza...E os valores da cooperacao e da solidariedade" (MELO NETO, 2013, p. 4).

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Isto nao deve remeter a ideia de que esta economia e perfeita, pois pode-se perceber que e um caminho alternativo que pode trazer realmente meihorias para muitas pessoas que tern uma pratica democratica e s a i b a m trabalhar coletivamente aicancando uma dimensao maior do que o da economia. E d u c a n d o - s e para atuar nas relagoes de colaboragao entre as pessoas, respeitando e repassando os vaiores cufturais (CUNHA, 2003).

Cunha (2003) concorda dizendo que a economia soiidaria e u m dos caminhos, m a s nao e o unico e menciona a e c o n o m i a popular. Explica que a economia soiidaria e vista por muitos autores c o m o uma resposta as crises e exclusoes no m u n d o do trabalho, outros v e e m c o m o uma forma d e transformagao social ou ate uma escolha ideologica.

Na visao de Singer (2002), e outro m o d o de produgao o n d e os principios basicos que sao os da propriedade coletiva ou a s s o c i a t e s do capital e o direito a liberdade individual. O autor enfatiza q u e neste sistema o ser h u m a n o e o capital e por isso seu trabalho e valorizado, esclarecendo q u e a economia soiidaria tende a ser u m a forma de transformar os bens e servigos de maneira sustentavel, respeitando o Meio A m b i e n t e , considerando as condigoes de trabalho e d e vida cultual, social e economica para todos os envolvidos.

2.3. A S S O C I A C A O , C O O P E R A T I V A E G R U P O I N F O R M A L

Associagoes sao definidas por Abrantes (2004), c o m o sendo sociedades sem fins lucrativos, regidas por u m codigo civil que nao deveria conferir ganhos ou vantagens patrimoniais aos associados. Porem, nao impede q u e elas reaiizem atividades economicas, contanto que seus restos (lucros) p o s s a m ser transformados e m atuagoes que p r o m o v a m a melhoria tecnica, profissional e cultural dos associados.

Abrantes (2004) menciona que a associagao tern ainda outras vantagens e m relagao ao empreendedor individual, c o m o a facilitagao de emprestimos, troca de informagoes, compartilham responsabilidades, autogestao, facilita escoamento de mercadorias.

Quanto a negociacao do valor de materia prima, o b t e m melhores vantagens pelo aumento do volume de compra, reduzindo o prego final do produto. C o m isto, as associagoes e cooperativas g a n h a m formas e encontram pessoas dispostas a se

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aliarem. Estes empreendimentos sofrem c o m o impasse da troca de postura dos associados que se acostumaram a serem "trabalhadores passivos", aqueie cuja obrigagao e de seguir ordens e horarios s e m pensar ou questionar o trabalho realizado, para "trabalhadores ativos", aqueles que aiem de cumprirem o trabalho combinado e horario precisam desenvolver e/ou aperfeicoar tecnicas, dar sugestoes, pensar no ganho coletivo e, sobretudo construir sua nova historia de participacao social e poiitica( A R R O Y O e S C H U C H , 2006).

Desta forma, todos se esforcam mais d o que se f o s s e m e m p r e g a d o s , o que a principio, quando se fala e m "ser dono" da u m a falsa impressao de que se trabalha menos, ao contrario, para o e m p r e e n d i m e n t o prosperar precisa de planejamento, gerenciamento, mais dedicacao do q u e se espera de u m e m p r e g a d o convencionai ( A B R A N T E S , 2004)

A s associagoes e os g r u p o s informais p o d e m se aliar e/ou formar cooperativas para que facilitem sua entrada no comercio, s e n d o c h a m a d a s de cooperativas de trabalho, podendo ser divididas e m dois tipos: a de produgao ou d e prestagao de trabaiho ( C R U Z - M O R E I R A , 2003).

Os socios sao geralmente trabalhadores q u e , por nao terem oportunidade de u m e m p r e g o regular, enxergaram uma alternativa para tirar seu sustento e ou ainda trabalhadores mais qualificados, potencializados e conscientes, que b u s c a m para si e para a sociedade uma alternativa a qual Ihe oferte condigoes de exito na vida social e uma inclusao de trabalho mais justa que as atuais.

A s cooperativas s e g u e m oito principios para o funcionamento, os quais dizem q u e precisa cada socio ter direito de voto nas assembleias, democracia, d e v e m ser abertas para quern quiser participar, qualquer dinheiro que seja investido, d e qualquer socio no empreendimento tera de ser devolvido c o m u m a taxa de juros, mas nunca ser incorporado mais poder de decisao. A s sobras terao divisao e m proporcao as compras que fizerem na cooperativa, c o m venda sempre a vista e produtos de qualidade para serem vendidos. Deve promover educacao aos socios e, por fim, deve ser neutra e m termos de religiao e politica (SOUZA, 2003).

C o m a globalizagao, tudo acontece muito rapido e muitos dos empreendimentos populares e solidarios trabalham c o m atividades ou produtos secundarios das empresas, as quais gastariam mais se fabricassem certos produtos na propria empresa, ou contratassem certos servigos, neste sentido estas representam uma solucao e gera renda (LAVILLE, 2013).

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"As cooperativas se inseriram na economia de mercado, ocupando setores de atividade nos quais a intensidade capitalista permanecia fraca. Eias permitiram a diferentes atores de mobilizar, eles mesmos, fundos para atividades que Ihes eram necessarias e que eram deixadas de lado pelos investidores" (LAVILLE, 2013, p. 65)

Por outro lado, Wellen (2012) acredita que as cooperativas representam uma a m e a c a pois, segundo ele, e u m retrocesso aos direitos trabalhistas, afinal nao existe um acordo de emprego, no qual cada socio so recebe pelo que se produz e assim, s e m pagar os devidos direitos os empreendimentos crescem junto c o m a exploracao, principalmente as de prestagoes d e servicos que oferta a mao-de-obra mais barata. Ele cita: "... a v a n t a g e m das cooperativas e a reducao dos custos, visto que a empresa nao precisa pagar encargos soctais aos cooperados.", indicando que e mais uma forma de exploracao do h o m e m pelo capitalismo tornando-se legitima as praticas de terceirizacoes.

Wellen (2012) entra numa questao muito deiicada, pois uma e m p r e s a de porte capitalista a exploracao do trabalhador e aceita e intermediada pela lei e sindicatos. A s associagoes, formais ou informais, sao c o m p o s t a s por pessoas muitas vezes excluidas pelo mercado trabalhista e q u e se unem para tentar mudar este quadro, tendo e m vista que nao e justa a competigao dos produtos dentro do mercado atual, estes sao limitados e nao c o n s e g u e m crescer ao ponto de oferecer as garantias do trabalho formal. Caso as empresas da economia soiidaria conquistassem dentro de suas localidades junto a populagao a valorizagao de seus produtos, poderiam pagar de forma justa e dividir os lucros e, assim, acabariam c o m a exploragao e os direitos trabalhistas n e m seriam uma discussao.

Quando se fala de atividade economica formal e informal, Arroyo e Schuch (2006) informam que toda atividade comercial ou de prestagao de servigos gera riquezas e deve ser registrada na junta comercial CNPJ (Cadastro Nacional na Junta Comercial) local onde se encontra e, assim, pagar tributos. Caso nao seja formalizada c o m C N P J , trata-se de uma atividade informal, o que nao indica que a economia soiidaria ou popular nao possa ser informal, de qualquer forma gera trabalho e crescimento no c o n s u m o , afinal quern paga os impostos sao os consumidores, porem a legalidade fornece condigoes para ampliar as oportunidades de venda dos produtos ofertados.

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2.4. T R A B A L H O DA M U L H E R N A S A S S O C I A G O E S

A s empresas de economia soiidaria tern conquistado a s mulheres c o m o aiiadas, principalmente as mais empobrecidas ou c o m pouca instrucao para o Setramento. Estas associadas contribuem e m relacao a convivencia e m grupo, que e um potencial neste ramo. Outra caracteristica feminina e a sensibilidade que contribui para a pratica da autogestao e m alguns empreendimentos solidarios ( G U E R I N , 2005).

Este acontecimento tern explicacao historica. Guerin (2005) menciona o comportamento imposto pela sociedade, no qual a mulher s e m p r e foi ou deveria ser obediente, primeiro ao pai depois ao marido, ser responsavel pela familia e afazeres domesticos, alem de seguir os "moldes virtuosos", e m outras palavras deveria casar, respeitar e esperar que o marido fosse o "chefe da casa", aquele que sustenta, adquire bens para a familia e decide tudo sozinho, e criando, a s s i m , uma visao distorcida do casamento que estaria ligado ao "comportamento afetivo", casar por amor, e "comportamento interessado", casar para ter ou manter um padrao socioeconomic©

O papel da mulher na sociedade s e m p r e esteve vinculado a familia (ser esposa e mae), para isso, era preciso "ser prendada", ou seja, cozinhar, iimpar, costurar, bordar e fazer artesanato, atividades ate hoje referidas c o m o sendo "femininas". 0 estudo era deixado no segundo piano. E o q u e antes era sinonimo de domesticacao e submissao, hoje e capacidade de constituir espacos de geracao de trabalho e renda para sua familia ou comunidade (PROBST, 2013).

A luta da classe feminina tern varios m o m e n t o s . Observando-se o papel e a vida da mulher dentro da historia encontra-se u m a serie de descriminacao e preconceitos, principalmente na questao de trabalho.

Durante as guerras, muitas mulheres precisaram assumir o trabalho do marido para sustentar a familia e muitos destes h o m e n s nao voltaram e os que voltaram alguns estavam mutilados e poucos e r a m os q u e podiam voltar ao trabalho. M e s m o assim, o d e s e m p e n h o profissional da mulher nao era reconhecido ( P R O B S T , 2013).

C o m a revolucao industrial, as mulheres c o m e c a r a m a migrar para as industrias, o trabalho era de maneira precaria, c o m jornadas absurdas e c o m saiarios inferiores aos dos homens que desenvolviam a s m e s m a s atividades, pois

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naquela epoca, o h o m e m era visto c o m o provedor da familia e, portanto, precisava ganhar mais. M a s cada batalha ao longo d o s t e m p o s , fez c o m que as mulheres conquistassem seu espaco nos diversos setores da sociedade. Atualmente, trabalhar "fora de casa" signifies muitas vezes a sua propria sobrevivencia ou ate

m e s m o a da familia ( P R O B S T , 2013).

A estrutura da familia moderna g a n h o u nova r o u p a g e m . Muitas sao as mulheres "chefe de familias", que p o d e m ser solteiras, m a e s solteiras, divorciadas, viuvas, homossexuais, nao importa. Sabe-se q u e a s mulheres sao as primeiras atrizes das praticas da economia solidarias e bataiham pelo reconhecimento do seu "justo valor", vendo nesta forma d e organizacao d e trabalho uma oportunidade de lutar contra a desigualdade de sexo ( G U E R I N , 2005).

Embora sendo as primeiras a se mobilizarem e se organizarem na formacao dos empreendimentos, encontram obstaculos para obtencao de propriedades e creditos que resolvem parte d o s problemas, ainda enfrentando outros tres obstaculos: o carater multidimensional da pobreza, a inadequacao das instituigoes e as desigualdades das divisoes d a s obrigagoes familiares, nas quais a mulher continua c o m os afazeres domesticos e c o m os cuidados familiares ( G U E R I N , 2005).

S e g u n d o Oliveira (2013), no I Encontro Nacional de Empreendimentos de Economia Soiidaria que ocorreu e m Brasilia, e m agosto d e 2 0 0 4 , estiveram presentes 2.349 pessoas de todo o pais, sendo q u e 1.344 mulheres, ou seja, 5 7 % dos participantes, demonstrando a participagao das mulheres neste tipo de trabalho.

De acordo c o m Gohn (2008), as mulheres avangam lentamente e m todos os c a m p o s da sociedade, mas ainda nao obtiveram a liberdade tao almejada. A s mulheres tern se beneficiado das politicas publicas do tipo bolsa familia, tratada a partir de uma cidadania outorgada e nao c o m o sujeito capaz de protagonizar processo d e transformagao social emancipadora. Enfim, m e s m o que o governo tente melhorar as condicoes destas mulheres empobrecidas, esta atitude nao e cabivel, o que precisa melhorar sao as condigoes para que as mulheres se insiram no mercado de trabalho, exercendo seu papel de cidadas, para que sejam independentes, participem de uma relacao social e politica trabalhista mais justa. S e m ter que ser mao de obra de processos informais de trabalho para geragao de renda, m a s que possam optar por permanecer ou nao nestes processos. E o governo p o d e e deve contribuir a este favor, tanto c o m a educagao, profissionaiizagao quanto no espago politico e social.

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2.5. D E S E N V O L V I M E N T O S U S T E N T A V E L N O S E M P R E E N D I M E N T O S S O L I D A R I O S

C o n f o r m e Vieira (2008), o desenvolvimento sustentavel deve ser incentivado na educagao da EJA, c o m a sensibilizagao dos alunos quanto aos problemas da preservacao ambiental, que sao de carater economico, politico e cultural, tratando-se de u m processo que precisa tratando-ser continuo e ampliado nas associagoes, afinal tratando-se o produto ou servigos tiverem este diferencial, de valorizar a natureza, tera a confianga dos consumidores.

S e g u n d o Arroyo e Schuch (2006), Desenvolvimento Sustentavel e uma forma de poupar os recursos naturais, e um novo padrao de desenvolvimento dentro das empresas, e m que o meio ambiente vira u m bem economico.

Este desenvolvimento sustentavel d e p e n d e principalmente de uma mudanga ideologica, d e vaiores, de atitudes e principalmente de acoes por todos os q u e c o m p o e m a sociedade. E para isso, e preciso "reorganizar" o estilo de vida (MAIA, 2013).

Sao muitas as abordagens que ainda pressupoem o desenvolvimento c o m o o crescimento economico, a eficiencia na logica do mercado e a ideia central de que a riqueza dos paises e determinada pelo aumento da produtividade do trabalho, pressupostos que remontam a A d a m Smith e sua teoria sobre A Riqueza d a s Nagoes, da m e s m a forma q u e as teorias neoliberais defendidas por seus mentores tais c o m o Hayek, mais c o n t e m p o r a n e a m e n t e (LIMA, 2013).

Rutkerki e Lianza (2004) d e b a t e m a questao dos e m p r e e n d i m e n t o s solidarios que desenvolvem a economia regional tendo c o m o base a produgao sustentavel de bens e servigos, o que o torna u m desenvolvimento economico nao predatorio, ou seja, atende as necessidades de produgao do presente s e m comprometer os recursos naturais para o futuro, e que tende a melhorar a qualidade de vida dos consumidores e habitantes locais e c o m a globalizagao podera criar u m mercado para produtos essencialmente regionais.

Dentro da economia soiidaria e popular, o desenvolvimento e c o n o m i c o deve estar vinculado c o m o desenvolvimento sustentavel e para isso acontecer pode se aplicar a tecnologia social, definida c o m o os conhecimentos e tecnicas (formats e informais) aplicados na produgao de bens e servigos de forma competitiva e que valorize o trabalho humano.

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C o m relacao aos problemas enfrentados pelos trabalhadores, a Economia Soiidaria aponta para a constituigao de alternativas de geragao d e trabalho e renda a partir do labor solidario e auto gestionario e m condicoes adversas para o desenvolvimento sustentavel. S a o conceitos ainda e m construgao e que se expressam nas praticas dos trabalhadores atingidos pelas recorrentes crises e processos de reestruturagao capitalista (LIMA, 2013).

T a n t o a ideia de desenvolvimento sustentavel quanto a de Economia Soiidaria suscitam novos principios e valores, u m contra-discurso, uma contrahegemonia na perspectiva gramsciana, a construgao de outros paradigmas que v e n h a m a nortear agoes e praticas coletivas para uma nova sociabilidade. Neste sentido, sao muitos os significados do desenvolvimento sustentavel e da economia soiidaria q u e se deseja e m face da manifesta crise social e ambiental de dimensao planetaria. Verifica-se a formuiacao d e diferentes propostas e concepgoes de modelos de desenvolvimento sustentavel f u n d a m e n t a d a s e m diversas matrizes teoricas c o m distintos projetos politicos, segundo os interesses e m confronto e que se refletem nas agoes e praticas coletivas.

C o n f o r m e Dagnino (2013), a tecnologia social deve ser capaz de viabilizar e c o n o m i c a m e n t e os empreendimentos autogestionarios, ou seja, deve fornecer ao empreendimento uma tecnologia mais barata que tenha capacidade de competir c o m os de grande capital e possibilitar a inclusao social atraves de geragao de trabalho e renda.

Nesse sentido, pode ser entendida c o m o u m processo que contribui para disseminar os conhecimentos cientificos e e m p r e g a - l o s nos empreendimentos solidarios e m busca de desenvolvimento local e diminuigao d a exclusao social (DASILVA e BILICHI, 2013).

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3 M E T O D O L O G I A

Prevaleceu o metodo descritivo, partindo da realidade d a Associacao A R T ' S P E S C A do municipio de S u m e - PB, q u e trabalha c o m a tecnica de desfiar o peixe traira, preocupando-se c o m os rejeitos do produto, cujo a c u m u l o prejudica o meio ambiente.

A s associadas desenvolveram uma solucao c o m o intuito de contribuir t a m b e m para o aumento de renda nos t e m p o s d e e s t i a g e m , que consiste na confecgao de pecas artesanais aproveitando as e s c a m a s do peixe.

Foi utilizada, segundo Figueiredo (2011), a observagao e informacoes dedutivas das interaeoes interpessoais, sendo o metodo classificado como quaiitativo. Empregou-se um questionario, que e u m instrumento d e coleta de dados, obtendo informacoes de forma estatistica, o q u e o caracteriza c o m o u m metodo quantitative. Sendo assim, pode-se concluir q u e a pesquisa apresenta cunhos quaiitativo e quantitative, havendo a integragao de ambos.

O procedimento utilizado foi o estudo de caso, no qual examinou-se o conjunto de atividades do grupo. Este procedimento caracteriza-se pela construgao da historia do individuo, bem como o trabalho do grupo ( F I G U E R E D O , 2011).

O questionario e relevante, pois, s e g u n d o Cardoni (2009), consegue atingir u m numero consideravel (dez por cento do todo) de pessoas para a m o s t r a g e m ; estas respondem a um conjunto de questoes, podendo preencher no proprio local de pesquisa, alem de serem perguntas Claras e direcionadas.

A pesquisa foi realizada atraves de varias visitas ao local c o m a observaeao do trabalho e aplicacao de questionarios ( A P E N D I C E A ) as p a r t i c i p a t e s , c o m o intuito de tragar u m perfil sociocultural das m e s m a s . Junto ao questionario foi entregue u m termo de consentimento livre e esclarecido ( A P E N D I C E B).

O Grupo A R T S P E S C A e c o m p o s t o por 12 mulheres, apos a coleta dos dados referentes aos questionamentos, foram construidos graficos a partir dos resultados obtidos.

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3 . 1 . E S T U D O D E C A S O

3.1.1 P e i x e T r a i r a

O peixe Hoplias malabaricus e popularmente conhecido como "traira" (FISHER, 2 0 1 3 ) e seu local d e origem sao a s Bacias A m a z o n i c a , A r a g u a i a -Tocantins, S a o Francisco, do Prata, Sul, Sudeste e Nordeste d o Brasil.

Trata-se de u m peixe osseo, carnivoro e voraz, c o m movimentos lentos, q u e apresentam porte medio, sendo u m predador q u e devora o s peixes menores e ate m e s m o os de sua especie. Atinge 3 kg e 60 c m de comprimento. A traira e u m a especie arisco, completamente territorial, presenta u m a nadadeira entre a s nadadeiras caudal e dorsal, a nadadeira adiposa e possui dentes afiadissimos devendo-se ter cuidados c o m o manuseio, pois c o s t u m a m dar mordidas muito dolorosas e q u e s a n g r a m abundantemente, e e x t r e m a m e n t e lisa e escorregadia ( P I S C I C U L T U R A S A O J E R O N I M O , 2013).

3.1.2 O r g a n i z a c a o E s t r u t u r a i d o T r a b a l h o d a A s s o c i a g a o

A associagao de Pescadores d e S u m e esta ligada diretamente a cooperativa de Monteiro - PB, a qual tern trazido para os Pescadores uma vida mais digna, pois os associados participam d e cursos para aprimorar a tecnica herdada de familia.

Na associacao o s h o m e n s e a s mulheres p e s c a m e vendem os peixes limpos "In Natura" ou em forma de "file", apesar deste peixe nao ser muito aceito para fins comerciais. C o m isso, a s mulheres resolveram deixar de pescar e dedicar-se a tecnica d e retirar as espinhas da traira.

Estas criaram u m grupo dentro da associagao de Pescadores e o d e n o m i n a r a m d e A R T S P E S C A , alugaram u m a casa no bairro d o Carro Quebrado, no municipio de Sume - PB. Desenvotvem seus trabaihos neste local e, juntamente c o m o s Pescadores, dividem a s despesas.

Observando a grande quantidade de e s c a m a s d e peixe, resolveram investir na tecnica d e transformar estes rejeitos d o peixe e m arte, c o m a confecgao de pegas artesanais.

No m o m e n t o , elas trabalham apenas c o m a s e s c a m a s desperdigadas, proporcionando uma oportunidade a todas a s associadas que trabalham desfiando o

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peixe traira, gerando ganhos extras, principalmente q u a n d o a c o n t e c e m as mudangas climaticas como a e s t i a g e m . A s associadas pretendem futuramente procurar novas parcerias para a p r e n d e r e m a curtir o couro do peixe, para que este nao seja mais u m dos agentes degradantes do meio ambiente.

S e g u n d o S O U Z A (2013), tern sido crescente o aproveitamento dos rejeitos dos peixes (escamas, couro, ossos, nadadeiras, visceras). Muitos peixes apresentam 6 6 % de seu peso total apos fazer o processo de filetagem (obtencao do file ou desfiamento).

A confecgao de bijuterias artesanais de flores, pulseiras, colares, brincos, tiaras e customizacao de sandalias, roupas e biquinis, aproveitando e s c a m a s do pescado, e a atividade destas associadas. A s pecas artesanais, alem da brilhante madreperola, que e a tonalidade natural da maioria das e s c a m a s , p o d e m ganhar cores diversas.

O produto nao e muito conhecido, consequentemente pouco valorizado, n e m todas as associadas se preocupam e m confeccionar o artesanato desenvolvido na associagao, alegando que as pegas d e m o r a m a serem vendidas e, a s s i m , o dinheiro d e m o r a a ser recebido. Tal situacao difere do texto de Cotrim, Kollet e Dietz (2007), que d e s c r e v e m uma realidade no Rio Grande do Sul bem diferente, onde esta tecnica t a m b e m e utilizada nas associagoes de mulheres que p e s c a m , fazendo parte da cultura e da renda das associagoes femininas da c o m u n i d a d e que a e m p r e g a m .

3.1.3 P r e p a r a g a o da E s c a m a d o P e i x e p a r a o A r t e s a n a t o

Segundo as associadas, as e s c a m a s sao higienizadas da seguinte forma: sao retiradas do peixe, colocadas e m uma vasilha c o m uma mistura de a g u a , sabao e m po e agua sanitaria, e passam de u m dia para o outro. A p o s este periodo, sao lavadas e m agua corrente, e colocadas e m tecido rendado (tipo filo) que possibilite a s e c a g e m , a qual e feita e m u m local s e m sol.

Para o tingimento, usa-se o cha de cascas de arvores e de folhas de piantas. Depois do cha feito, c o a d o e frio, mergulham-se as e s c a m a s que sao deixadas dor cinco dias dentro de uma vasilha fechada. A p o s o tempo previsto, sao retiradas e novamente colocadas para secar. Depois de secas, as e s c a m a s ficam coloridas e prontas para serem usadas.

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4 R E S U L T A D O S E D I S C U S S A O

A pesquisa foi realizada atraves de visitas ao local c o m observaeao do trabalho e aplicacao de questionarios, os quais foram aplicados a 08 das 12 participantes, ou seja, 6 7 % , conforme Figura 1, c o m o intuito de tracar um o perfil sociocultural das participantes do Grupo "ART'S PESCA" na cidade de S u m e - PB.

Figura 1 - A m o s t r a do numero d e associadas q u e participaram da pesquisa

A s associadas constituem mulheres c o m idade entre 22 (vinte e dois) e 49 (quarenta e nove) anos, conforme mostrado na Figura 2, estando e m idade ideal para este trabalho, podendo estar perfeitamente inseridas no mercado formal de trabalho.

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Figura 3 - Naturalidade das associadas.

• S3o Paulo

• Sume

• Serra Branca • Prata

Quanto a naturalidade, 6 3 % sao s u m e e n s e s e 3 7 % sao naturais de outros municipios: Serra Branca, Prata e Sao Paulo (Figura 3).

Na Figura 4 estao apresentados os dados referentes a etnia das associadas, de acordo c o m as respostas das proprias mulheres.

Figura 4 - Etnia das associadas.

Ibranca

i parda

C o m relacao a cor ou etnia, 7 5 % se identificaram c o m o brancas e 2 5 % c o m o sendo pardas.

A Figura 5 ilustra os resultados referentes a o estado civil das associadas. Figura 5 - Dados referentes ao estado civil das mulheres associadas.

Icasadas

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A respeito da composicao da familia foram obtidos os seguintes dados: 7 5 % delas tern u m companheiro, sendo que 2 5 % sao casadas oficialmente; 1 2 % sao divorciadas e 1 3 % sao viuvas.

Neste grupo, todas apresentam esclarecimento e m relacao a direitos trabalhistas e a cidadania. Verificou-se q u e todas apresentam seus documentos pessoais completes e que, das oito mulheres, apenas duas nunca receberam PIS e elas esclareceram que e por causa d o tempo de contribuicao. Porem, estao todas associadas ao Ministerio da Pesca, contribuindo para o INSS.

O nivel de escolaridade das mulheres associadas e apresentado na Figura 6.

Figura 6 - Escolaridade das mulheres participantes da Associacao.

• fundamental incompleto

• fundamental completo • medio

• superior incompleto

Pode-se observar, a partir da Figura 6, que a maioria das associadas apresenta curso fundamental incompleto (50%) e estao cursando e Educacao de Jovens e Adultos (EJA). Duas associadas (25%) estao fazendo o curso superior na Universidade Federal de Campina Grande, e m Sume. Duas das associadas pararam de estudar (uma no ensino fundamental e a outra no medio), justificando o abandono devido aos cuidados c o m filhos pequenos, apesar d e demonstrarem vontade de futuramente voltarem a estudar.

Quanto a o s cursos na area de pesca, 8 7 , 5 % declararam ja terem cursado. Q u a n d o foi perguntado se tinham vontade d e fazer novos cursos, 3 7 , 5 % afirmaram que gostariam de aprender a costurar para trabalhar c o m o couro do peixe fazendo bolsas e cintos, 5 0 % desejariam se aperfeicoar no artesanato, nao so de e s c a m a , m a s t a m b e m do couro do peixe, e 1 2 , 5 % apresentaram interesse na area de vendas, alegando poder ajudar mais na associacao, conforme mostrado na Figura 7.

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Figura 7 - Cursos que gostariam de fazer

icostureira

l artesanato com couro lvendas

Estas informacoes mostram q u e este grupo gosta d e trabalhar c o m peixe, e sinalizam que os cursos ajudariam a melhorar o trabalho realizado. Tal comportamento foi corroborado pelo fato de que q u a n d o abordadas a respeito d o trabalho, elas demonstraram sentir orgulho de fazerem parte da associacao, apenas lamentam nao ter condicoes de sobreviver deste trabalho, visto que duas associadas precisam trabalhar e m outras areas, sendo uma domestica e outra vendedora de lanches na feira.

A Figura 8 exibe os resultados do quantitative d e mulheres que se dedicam ao artesanato.

Figura 8 - Percentual de mulheres que se dedicam ao trabalho artesanal

UJ \-~

Q

Z 3

1

i 1 *.

ZD

I I trabalham com artesanato

I nao trabalham com artesanato

De acordo c o m a Figura 8, apenas 3 3 % se dedicam ao artesanato, alegando que nao v e n d e m seus produtos c o m muita facilidade visto q u e o comercio local nao o valoriza. A p e s a r de terem aprendido a fazer o artesanato, dizem q u e nao compensa a dedicacao e m termos financeiros.

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Figura 9 - Valores recebidos por m e s c o m o desfiar o peixe.

R$ 20,00

R$: 40,00 R$: 80,00 R$: 120,00 R$: 250,00

O s rendimentos apresentados na Figura 9 nao sao suficientes para sustentar a s familias, mas servem c o m o u m complemento financeiro. Pelo fato das associadas nao receberem gratificacoes natalinas, ferias, nem t a m p o u c o descanso semanal, elas regridem no que tange as leis trabalhistas, conforme Wellen (2012). C o m isso, todas precisam recorrer a o programa Bolsa Familia do Governo Federal para complementar sua renda.

C o m relacao ao artesanato, nao ha c o m o contabiliza-lo ainda, por se tratar d e u m produto e m teste dentro da associacao.

A s mulheres associadas apresentam familia relativamente pequena, residindo de quatro a sete pessoas por casa. U m a das associadas tern uma filha c o m disturbios mentais que nao recebe auxilio de nenhuma entidade. A renda destas mulheres, juntamente c o m seus familiares, mais a ajuda do programa bolsa familia totaliza, e m media, um salario minimo.

A Figura 10 apresenta a media de filhos das associadas. Figura 10- Quantidade de filhos por associadas.

• dois filhos

• umfilho

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T o d a s tern d e um a quatro filhos (Figura 10), sendo que a associada que tern quatro filhos u m ja e casado (tambem trabalha c o m peixe na associacao de Pescadores) e so moram tres filhos c o m ela.

C o m relacao a moradia, a Figura 11 apresenta o s resultados. Figura 11 - Relacao associadas e moradia.

• propria

• alugada

• cedida

C o m relacao a moradia, todas as associadas residem e m casas, sendo que 5 0 % possuem casa propria, 2 5 % sao alugadas e 2 5 % sao cedidas pelo governo, sendo uma na zona rural. A associada que mora na zona rural nao dispoe de sistema de saneamento nem de coleta de lixo, o que a leva a incinera-lo. A s outras possuem saneamento basico e coleta d e lixo duas vezes na semana.

Quanto a saude apenas uma associada apresenta Lupus.

T o d a s tern como lazer as reunioes que participam e ainda 5 0 % responderam que participam t a m b e m dos movimentos religiosos e m sua comunidade.

Observou-se que sao mulheres que q u e r e m continuar c o m sua atividade de trabalho e lutam para melhorar suas condicoes de trabalho e, quern sabe, seus "padroes de vida" junto a familia e comunidade, lutando para garantir um trabalho reconhecido para si e para os outros.

Sao realizadas reunioes mensais das associagoes (associagoes dos Pescadores que inclui o grupo "Art's pescas", colonias de Pescadores e cooperativas). P6de-se observar certo c o m o d i s m o das associadas nas questoes de gerenciamento de grupo. Sendo assim, a atual presidente da associacao revelou que e necessario escalar uma associada por semana para fazer as contas do periodo. A p e s a r disso, quanto as decisoes, todas estao s e m p r e atentas a tudo.

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A atividade d o e m p r e e n d i m e n t o e a pesca artesanal e servigos relacionados (tecnica de desfiar a traira e artesanato c o m e s c a m a s d e peixe). Entao elas r e u n e m -se para este fim todos os dias que tern peixe, que e u m produto totalmente organico, c o m preco acessivel, pouco divulgado no comercio e tern venda direta para escolas municipais e estaduais locais. Ja o artesanato e feito e m suas residencias ou ainda, quando sao realizadas feiras e exposicoes, elas se reunem para fazer na sede.

Os produtos sao de excelente qualidade e o que faita e a divulgacao, C o m o diz Abrantes (2004 p. 21) "todo empreendimento precisa dos AP: Produto, Prego, Praga e Propaganda." e esta ultima ainda e feita "boca a boca". Este empreendimento nunca teve investimento de instituigoes financeiras, n e m t a m p o u c o solicitou emprestimos, e isto se d e v e ao fato de faltar apoio para elaboragao de projetos.

Q u a n d o se falou e m parcerias e apoio tecnico, as associadas mencionaram que ja tiveram treinamentos e assessorias, mas q u e necessitam procurar outras parcerias para desenvolver a tecnica de curtir o couro d o peixe.

A gestao do e m p r e e n d i m e n t o tern eleigao da diretoria a cada dois anos e as assembleias sao realizadas uma v e z por mes. Quanto ao dinheiro, sao pagos o peixe para a associacao, a mao d e obra de cada associada, o aluguel (dividido c o m a associagao dos Pescadores), agua, luz e material de expediente. Devido a tantas despesas, dificilmente ha sobras e, quando isto acontece, o montante e reinvestido e m algo para a sede.

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5 C O N C L U S O E S

T o d a s as mulheres m e m b r o s da Associagao Art's Pesca d o municipio de S u m e - PB estao na faixa etaria considerada a d e q u a d a para o trabalho, p o s s u e m sua familia c o m marido e filhos. A maioria mora e m casa propria, sabe ler e escrever, sendo metade das entrevistadas c o m o Ensino Fundamental incompleto, as quais voltaram a estudar na EJA c o m o intuito d e completarem seus estudos, visando u m maior desenvolvimento dentro da associagao. Duas das associadas estao cursando a Universidade Federal de Campina G r a n d e no proprio municipio de Sume, e m cursos relacionados a agricultura. Sao pessoas que procuram cursos, apoios e melhoria dentro da sua area para d e s e n v o l v e r e m junto a associagao. A s associadas lutam pelo direito d e tirar seu sustento do seu trabalho e, enquanto isso nao e possivel, recorrem ao programa Bolsa Familia. Sao mulheres que a p r e n d e r a m a buscar o direito de cidadania e encontraram forgas no trabalho associado para realizar seu sonho de independencia financeira.

Observou-se a falta de apoio do governo para a legalizagao da associacao e dos produtos, fazendo-se necessaria a aprovagao d o Ministerio da Agricultura para que p o s s a m comercializar legalmente os produtos. Faltam projetos, cursos de apoio e e fundamental que sejam elaboradas c a m p a n h a s publicitarias para incentivar o c o n s u m o do produto.

Entende-se que o empreendimento e de carater solidario, tentando haver autogestao, pois ha reunioes mensais para planejamento de execugao de trabalho e prestagao de contas. A s associadas sentem-se valorizadas no que f a z e m e incentivam seus filhos a seguirem c o m a profissao. A s s u m e m a responsabilidade pelos sucessos ou fracassos do grupo e s o n h a m e m trabalhar apenas c o m o peixe e o artesanato e tirar destes empreendimentos o sustento da familia.

Quanto ao alvo desta investigagao, que seria o reaproveitamento d e escamas, percebeu-se que a consciencia de preservar o meio ambiente passa o t e m p o todo pelo projeto, sendo observada a preocupagao nao so c o m as escamas, mas c o m o couro e espinhas t a m b e m .

A s quatro associadas que acreditam no projeto de artesanato tern procurado assessoria junto as instituigoes, alguma orientagao c o m relacao a comercializagao e divulgagao de s u a s pegas e, enquanto este sonho nao acontece, p r o d u z e m para as exposigoes nas feiras que participam.

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R E F E R E N C E S

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A P E N D I C E A - Questionario socioeconomic*) aplicado a s mulheres membros d a Associagao Art's Pesca do municipio de S u m e - PB.

U F C G

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE INCUBADORA UNIVERSITARIA DE EMPREENDIMENTOS

ECONOMICOS SOLIDARIOS - IUEES/UFCG

CURSO DE ESPECIALIZACAO EM EDUCAQAO DE JOVENS E ADULTOS COM ENFASE EM ECONOMIA SOLIDARIA NO SEMIARIDO PARAIBANO

Perfil S6cioecon6mico e Cultural

1. IDENTIFICACAO 1.1 Nome: 1.2 Endereco: N° r „ Bairro: Cidade: < £ ; Telefone(s): ^ |

I

J 1.3 Data de Nascimento: / / O t 1.4 Naturalidade: CO

on \

1.5 Cor ou etnia:

-( ) branca -( ) preta -( ) parda -( ) amarela -( ) indigena 1.6 Estado Civil

( ) solteiro(a) ( ) casado(a) ( ) vive maritalmente ( ) divorciado(a) ( ) viuvo(a) ( ) separado ( )outro

1.7 Que documentos voce possui?

( ) Certidao de Nascimento ( ) Certidao de Casamento ( ) RG ( ) CPF ( ) Carteira de Trabalho ( ) PIS/PASEP ( ) Reservista ( ) Titulo de Eleitor

r.-2. ESCOLARIDADE/PROFISSIONALIZACAO 2.1 Escolaridade:

( ) Nao estudou ( ) Assina apenas o nome ( ) Fundamental Incompleto ( ) Fundamental Completo ( ) Medio Incompleto ( ) Medio Completo ( )Superior Incompleto ( ) Superior Completo

2.2. Voce estuda? ( ) sim ( ) nao

2.3 Em caso negative gostaria de estudar ou voltar a estudar? ( ) sim ( ) nao Se sim, por qual o motivo nao estuda?

2.4 Ja participou de algum curso de capacitacao na area de pesca? ( ) nao ( ) sim. Qual?

(38)

E seu(s) familiar(s)?

( ) nao ( ) sim. Qual?

2.5 Gostaria de participar de um/outro curso de capacitacao? ( ) sim ( ) nao

Em caso afirmativo, qual(is)? Por que?

3 -TRABALHO ERENDA 3.1 Jatrabalhou?

( ) sim ( ) nao Se sim, quando iniciou?

E qual(is) o(s) tipo(s) de ocupacao ou funcao(oes) que desenvolveu?

Quais as facilidades encontradas no trabalho?

Quais as dificuldades encontradas no trabalho?

3.2 Desenvolve o artesanato na associagao? ( ) sim ( ) nao

Por que?

3.3 J£ contribuiu com o INSS (direta ou indiretamente)? ( ) sim ( ) nao Se sim, por quanto tempo?

3.4 Renda Individual mensal: 3.5 Qual e a origem da renda?

( ) aposentadoria ( ) pensao ( ) BPC ( ) auxilio doenca ( ) bolsa familia ( ) outros

(39)

4. FAMlLIA:

4.1 Quantas pessoas residem com voce?

NOME IDADE ESCOLARIDADE TRABALHA RENDA

GRAU DE PARENTESCO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

Na residencia ha (especificar quantidades): 4.2 Gestante(s)?

4.3 Nutriz(es)?

4.4 Pessoa(s) com deficiencia? 4.5 Alguem de sua familia recebe:

( ) pensao/ aposentadoria/auxilio doenca ( ) BPC ( ) bolsa familia ( ) cesta basica ( ) medica?§o ( ) vale transporte ( ) nao recebe ( ) outros

Em caso afirmativo, quern faz a(s) doacao(oes)?

( ) Governo Municipal ( ) Governo Estadual ( ) Governo Federal ( ) outros

4.9 Qual a renda mensal da familia?

5. HABITACAO 5.1 Tipo de moradia:

( } casa ( ) comodo ( ) albergue ( ) barraco ( ) rua ( ) outro

5.2 Sua casa e:

( ) propria ( ) alugada () invasao ( ) cedida ( ) outro 5.3 A construcao e de:

( ) alvenaria ( ) madeira ( ) taipa ( ) outro _ 5.4 Numero de Comodos:

5.5 Possui banheiro? ( ) nao ( ) sim. Quantos?

5.6 Estado de conservacao: ( ) bom ( ) regular ( ) pessimo 5.7 Possui rede eletrica? ( ) sim ( ) nao

5.8 Possui agua encanada? ( ) sim ( ) nao 5.9 Tipo de esgoto:

(40)

6. SAUDE

6.1. Voce tern algum problema cronico de saude?

( ) cardiaco ( ) diabetes ( ) reumatismo ( ) pressao alta ( ) respiratorio ( ) HIV ( ) dependencia quimica ( ) nao tem ( ) outros

8 ATIVIDADES SOCIAIS:

8.1 Voce participa de alguma atividade de iazer? ( ) sim ( ) nao

Em caso afirmativo, qual(is)?

8.2 Voce frequenta ou ja frequentou algum grupo comunitario (grupo de jovens da igreja, grupo de jovens da escola, grupos de danga ou outros)?

( ) sim ( ) nao Em caso afirmativo, qual(is)?

Perfil do Empreendimento

1. Como o empreendimento encontra-se organizado? ( ) Associacao

( ) Grupo informal

( ) Sociedade mercantil por cotas de responsabilidade limitada ( ) Cooperativa

( ) Sociedade mercantil de capital e industria ( ) Sociedade mercantil em nome coletivo ( )Outras

2. 0 que motivou a criagao do empreendimento? ( ) Uma alternativa ao desemprego

( ) Obtengao de maiores ganhos em um empreendimento associative ( ) Uma fonte complementar de renda para os(as) associados(as) ( ) Desenvolver uma atividade onde todos sao donos

( ) Condigao exigida para ter acesso a financiamentos e outros apoios ( ) Recuperacao por trabalhadores de empresa privada que faliu ( ) Motivacao social, filantropica ou religiosa

( ) Desenvolvimento comunitario de capacidades potencialidades ( ) Alternativa organizativa e de qualificacao

( ) Outros

3. Qual e a atividade coletiva realizada pelo empreendimento? ( ) Producao

( ) Comercializacao

( ) Uso de infraestrutura (predios, armazens, sedes, lojas) ( ) Uso de equipamentos (maquinas, ferramentas)

( ) Aquisicao (compra ou coleta) de materia prima e insumos ( ) Poupanca ou credito

( ) Prestagao do servigo ou trabalho

(41)

4. Qual o tipo de atividade economica desenvolvida pelo empreendimento? ( ) Atividade de servigos relacionados com a agricultura

( ) Cultivo de cereais para graos

( ) Cultivo de outros produtos de lavoura temporaria ( ) Outras atividades de concessao de credito

( ) Fabricagao de artefatos texteis a partir de tecidos - exceto vestuario ( ) Sociedade de credito, financiamento e investimento

( ) Criagao de bovinos

( ) Fabricagao de outros artefatos texteis, incluindo tecelagem ( ) Comercio atacadista de leite e produtos do leite

( ) Criagao de outros animais

( ) Reciclagem de sucata nao metalicas

( ) Fabricagao de artigos de tecidos de uso domestico, incluindo tecelagem ( ) Criagao de aves

( ) Pesca e servigos relacionados

( ) Cultivo de hortaligas, legumes e outros produtos da horticultura ( ) Cultivo de frutas citricas

( ) Confecgoes de pegas do vestuario - exceto roupas intimas, blusas, camisas e semelhantes ( ) Fabricagao de artefatos diversos de madeira, palha, cortiga e material trangado - exceto moveis ( ) Fabricagao de outros produtos alimenticios

( ) Cultivo de outros produtos de lavoura permanente

5. Qual o principal produto produzido? ( )Alimentos

( ) Artigos de cama, mesa e banho ( ) Confecgoes

( ) Gado (cabeca) ( ) Peixe

( ) Operagao de credito

( ) Linhas de credito e microcredito ( ) Artesanato

( ) Bonecas

6. Qual o faturamento medio mensal do empreendimento? 7. Quais os destinos dos produtos ou servigos?

( ) Sao vendidos

( ) Parte e vendida ou trocada e parte e destinada ao autoconsumo de socios (as) ( ) Os produtos e servigos sao exclusivamente destinados ao autoconsumo de socios(as) ( ) Sao trocados

8. Como e feita a comercializagao dos produtos ou servigos? ( ) Venda direta ao consumidor

( ) Venda a revendedores ou atacadistas ( ) Venda a orgao governamental

( ) Troca com outros empreendimentos solidarios ( ) Venda a outros empreendimentos de ES ( ) Outras

Referências

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