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ATI VI DADES RELATORIO. ATIVIDADES E CONTAS 2015 CAMARA DE COMÉRCIO DE BARLAVENTO

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DADES

ATIVIDADES E CONTAS 2015 CAMARA DE COMÉRCIO DE BARLAVENTO www.becv.org

ATI

VI

DADES

S

201

5

RELATORIO

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Relatório de atividades e contas 2

BeCV

A NOSSA MISSÃO É O SEU NEGÓCIO

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Relatório de atividades e contas 3

SEDE

Rua Boa Vista 45 Esquerdo Mindelo, São Vicente, Cabo Verde

CP : 728

Telefone: +238 2328495 Email: adriano.cruz@becv.org Adriano Cruz, Secretário-geral

DELEGAÇÃO SANTO ANTÃO

Santo Antão, Porto Novo Telefone: +238 2228013 Email: ana.fortes@becv.org Ana Fortes, Delegada

DELEGAÇÃO BOA VISTA

Boa Vista, Sal Rei Telefone: +238 2512279 Email: liliane.brito@becv.org Liliane Brito, Delegada

DELEGAÇÃO SAL

Sal, Espargos

Telefone: +238 2413711 Email: celio.evora@becv.org Célio Évora, Delegado

Nota do Presidente 4

Câmara de Comércio de Barlavento 5

Modelo de Governance 6

Reforço institucional 7

Atendimento e Balcão Único 8

Cooperar para Competir 8

Intermediação – Diálogo Institucional 15

Mais Empresas – Visitas Técnicas 2015 16

Capacitação Empresarial 17

Formação Intra e Interempresas 17

Eventos Públicos Empresariais 18

Financiamento a Iniciativas Privadas 22

Missões ao Exterior e Inversas 27

Associados e Movimento Associativo 28

Comércio Exterior - Licenciamento 29

Legislação - Analise e Legislação 31

Relatório Financeiro 35

Análise e Realização do Orçamento 35

Análise Financeira 2015 – 2014 37

Realização de Orçamento de Investimentos 37

Anexos 38

(4)

Relatório de atividades e contas 4

Caro Associado,

O ano de 2015 correspondeu ao fim de um ciclo: o fim do mandato da atual Direcção da CCB/AE, iniciado em 2012. Mandato, durante o qual, a Direcção procurou cumprir, na medida do possível e das circunstâncias do país e do Mundo, os eixos estratégicos da plataforma programática que submeteu aos associados em 2012.

Temos a percepção de que, passados quatro anos, a CCB/AE está mais forte, mais credível, mais interventiva, com uma implantação mais sólida no terreno e no seio do tecido empresarial de Barlavento. Pelo menos, todos os esforços da equipa da Direcção e do staff da CCB/AE foram nesse sentido, trabalhando, muitas vezes, em circunstâncias muito difíceis e sujeitas, com frequência, à incompreensão e críticas, nem sempre, justas e ponderadas.

No entanto, temos a perfeita noção de que muito faltou (e falta) ainda fazer e longo é o caminho que tem de ser percorrido até termos a CCB/AE que almejamos e o sector privado de que o país precisa, que seja o verdadeiro motor do seu desenvolvimento.

Essa é uma tarefa de todos e deve ser assumida por todos os associados, dos quais se espera um muito maior envolvimento com a CCB/AE e as suas atividades e uma atitude muito mais participativa e proactiva na discussão e intervenção em todas as questões de interesse da classe.

Nesse sentido, a tarefa da próxima Direcção, a ser eleita em 2016 e das que se lhe seguirão, é ciclópica, traduzindo-se numa constante e estrénua corrida de obstáculos da mais diversa índole e proveniência. Mas o objetivo é nobre e inelutável, as perspectivas são boas e, como diz o povo, “para a frente é que é o caminho”!

De outro ponto de vista, o ano de 2015 também coincidiu com o fim de um outro ciclo: o ciclo da governação política em Cabo Verde, que culminou, já em 2016, com a substituição da força política responsável pela governação do país. Esse fim de ciclo político teve, necessariamente, grandes implicações na vida do país, em particular no domínio económico e empresarial, com grandes perturbações no funcionamento das instituições públicas durante o ano de 2015, acabando o desempenho da economia nacional por ressentir-se desse facto.

Muitas foram, entretanto, as propostas apresentadas pelos diversos atores políticos no sentido da melhoria das condições de exercício da atividade económica privada no país. Cabo Verde encontra-se numa encruzilhada crucial do seu percurso em direção ao desenvolvimento. A opção que se fizer, agora, sobre o caminho a percorrer daqui em frente irá condicionar todo o nosso futuro em termos de desenvolvimento.

A CCB/AE e as demais agremiações empresariais terão um papel importante no condicionamento dessa opção, no que respeita ao sector privado, esperando que possam ter uma voz ativa e interventiva em todo o processo de tomada de decisões e que o diálogo com o Governo possa ser uma realidade constante e perene.

Cabe-nos a responsabilidade de tudo fazer para que assim aconteça, o que só será possível se houver um efetivo apoio dos associados às respectivas agremiações empresariais e, em concreto, à CCB/AE.

Belarmino Lucas,

Presidente da Direção

NOTA

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Relatório de atividades e contas 5

Quem somos

Somos uma das maiores agremiações empresariais do país. Percorremos um longo caminho desde a fundação até à presente data, buscando consolidação institucional, afirmação enquanto entidade representativa do empresariado regional. As nossas raízes remontam a 1918, ano da fundação da ACIAB.

Integram a nossa rede empresarial centenas de membros associados, entre os quais profissionais liberais, micro, pequenas, médias e grandes empresas, e associações de classe.

Somos o parceiro credível e indispensável de qualquer investidor que procura a região Norte de Cabo Verde.

Estratégia de Intervenção

A nossa estratégia é de transformar as condições em que os empresários da região desenvolvem a sua atividade, reduzindo ao mínimo os constrangimentos que dificultam esse desenvolvimento.

Criamos as condições para que o empreendedorismo qualitativo se imponha e frutifique na região, visando uma densificação do tecido empresarial privado e, por essa via, a criação de postos de trabalho suficientes para combater o desemprego. Promovemos e assessoramos a exploração de todas as potencialidades económicas da região, particularmente as novas áreas de negócio geradoras de rendimentos elevados e indutoras de crescimento económico.

Estrutura Organizacional

Sendo a primeira organização certificada (ISO 9001:2008) em Cabo Verde, a melhoria contínua dos processos é a nossa prioridade-chave.

A empresa está no centro das nossas atenções, e por isso, cerca de 75% dos recursos da instituição são canalizados para a capacitação empresarial.

Cobrimos a totalidade das ilhas da região Norte do país, através de Delegações estabelecidas nas ilhas de Santo Antão, Sal e Boa Vista e uma Antena na de São Nicolau.

Equipa Técnica

A capacidade técnica da instituição reside numa equipa dinâmica, atuando muito de perto das empresas, e apoiada por uma rede de consultores nacionais e internacionais com competências para intervir em várias áreas de atividade empresarial.

As necessidades das empresas associadas, distribuídas pelas quatro ilhas do Norte de Cabo Verde, são avaliadas semanalmente, através de visitas regulares, durante as quais se questionam os aspetos genéricos e específicos relacionados com o desempenho da instituição, ambiente de negócio, gestão empresarial, direito laboral, finanças e fiscalidade, marketing, engenharia de processos, comércio exterior, etc.

CÂMARA

DE COMÉRCIO

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Relatório de atividades e contas 6

A Direção da CCB mantém o mesmo Modelo de Governance baseado nos compromissos empresariais assumidos no âmbito do plano mandato, e que se sustenta na seguinte estrutura organizacional e funcional:

M e sa da A sse mb le ia Presidente:

João Gomes, Representante da Sossir, Lda Vice-presidente:

Armindo Cruz, Representante da Armindo Cruz, Lda, Secretária:

Maria Teresa Graça, Representante da Fly Viagens e Turismo, Lda

C o n se lh o F isc a l Presidente:

Adelino Fonseca, Representante da PCA, Lda, Vogais efetivos:

Ronise Évora, Representante da CASA AGUINALDO VERA-CRUZ, LDA, Afonso Zego, Representante da LOGICAB, S.A.R.L

D

ir

e

ção

Presidente:

Belarmino Lucas, Representante de Belarmino Lucas Vice- Presidente:

Jorge Mauricio, Representante da ENAPOR, S.A Vogais:

João Santos, Representante da PET SHOP, LDA Luis Gonzaga, Representante da TRANSCOR-SV, S.A.

Alexandre Novais, Representante da BATI BUILT CONSTRUÇÕES, LDA Alícia Wahnon, Representante da URGIMED, LDA

Helena Rebelo Rodrigues, Representante de Helena Rebelo Rodrigues José Moreno, Representante da ACONSULT, LDA

José Cesar Alves, Representante de CASA ALVES, LDA Emiliano Hernandes, Representante da EMICELA, S.A Fernanda Vieira, Representante da TECNICIL, LDA

Mesa Assembleia Secretario-geral Gab. Adm. Financeiro Delegação Boa Vista Gab. Promoção Empresarial Delegação Sal Gab. RH e SGQ Delegação S. Antão Gab. Comunicação e Marketing Antena S. Nicolau Direção Conselho Fiscal

MODELO

GOVERNANCE

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Relatório de atividades e contas 7

Reforço

Institucional

BUSINESS Centers | S. Antão e Sal

Sal e S. Antão foram as ilhas escolhidas pela CCB

para a instalação das primeiras Delegações em 2002 e 2003 respetivamente, numa altura em que a instituição iniciava o processo de cobertura territorial nas ilhas de barlavento para estar mais perto dos associados.

Depois de S. Vicente, essas 2 ilhas estão de novo na vanguarda, desta vez para albergar os Centros de Negócio locais, facto que se explica pelas facilidades conseguidas junto das Câmaras Municipais das cidades do Porto Novo e Espargos.

As Ilhas do Norte de Cabo Verde carecem de instalações capazes de acolher o dinamismo

empresarial que já se faz sentir, para além de perspetivar multiplicidade de negócios, com necessidades cada vez mais latentes em termos de espaços de alojamento de empresas serviços. A semelhança de S. Vicente, a CCB optou pela promoção de Centros de Negócio, posicionados nos centros das cidades, com o objetivo de albergar os serviços de suporte a atividade empresarial, constantes no portfólio da instituição, mas igualmente para colaborar no processo de dinamização do setor privado e da economia local. Em 2015 foi preparado todo o dossier técnico, nomeadamente, projeto arquitetónico e estudos de viabilidade.

Balcão Único de Atendimento ao Empresário | Sala de Conferências Escritórios da Delegação | Escritórios Virtuais

Salas de reunião | Salas de Formação Clube de empresários

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Relatório de atividades e contas 8

Atendimento | BALCÃO ÚNICO

O processo de facilitação do comércio em Cabo Verde registou um marco histórico em 1999, com a decisão do Governo de terceirizar, ao abrigo do Decreto-lei n.º 5/99, de 1 de Fevereiro, a competência do licenciamento do comércio a grosso e retalho, respetivamente nas Câmaras de Comércio e Câmaras Municipais. O acordo então celebrado com a Direção Geral do Comércio e Indústria, embora limitasse e vinculasse o exercício dessa competência aos procedimentos administrativos e operacionais, permitiu uma simplificação extraordinária do processo de licenciamento a grosso, e a consequente redução do tempo de espera dos operadores, de meses para horas.

Confirmou-se, ao longo desses anos, que o progresso verificado no processo de licenciamento não foi acompanhado de esforços qualitativos ao nível de coordenação e integração do sistema comercial nacional, da sua gestão, avaliação e monitorização global, não obstante as tentativas empreendidas na última década, no quadro do programa de criação e desenvolvimento da plataforma digital designada de

Integrated Government Ressource Planning (IGRP) pelo Nosi.

Registou-se assim, nessa década, uma certa estagnação do processo de capacitação institucional das estruturas de governação nacionais, facto que retardou o diálogo entre os setores público e privado, a formulação de políticas de reforma do ambiente de negócios, de promoção de investimentos, assim como a capacidade para garantir uma melhor qualidade, implementação e monitorização de melhorias na produtividade, na modernização das empresas e na eficiência coletiva. O país demorou com a aposta numa política industrial formal, apesar de destacá-la nos documentos estratégicos de desenvolvimento como um dos elementos fundamentais para a diversificação da economia, a oferta para o sector turístico, substituição de importações (indústria alimentar e ligeira) e, consequentemente, a criação de emprego e redução da pobreza.

O novo Pacto Social proposto pelas Câmaras de Comércio a Direção Geral do Comércio e Indústria deverá contribuir para solucionar os problemas acima referenciados. Neste quadro, a CCB iniciou, em 2015, a preparação dos projetos técnicos, com o objetivo de proceder a instalação dos Balcões Únicos de Atendimento ao Empresário, nas ilhas sob a sua jurisdição.

Cooperar | Competir

CCB | DGCI - Pacto Social à vista

O programa Cooperar para Competir proposto pela CCB ao Governo, incorpora, na decorrência do Fórum Nacional do Comércio, intitulado de FONAC, o espirito prático de uma colaboração e coordenação Publica-Privada entre as Câmaras de Comércio e a Direção Geral do Comércio e Indústria, com o objetivo de implementar um conjunto de atividades de capacitação técnica e institucional, as quais, em última instancia, contribuam para a melhoria do ambiente de negócio, racionalização das estruturas de atendimento ao empresário e integração da indústria na política do desenvolvimento.

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Relatório de atividades e contas 9

O contrato-programa proposto pela CCB à DGIC visa assim responder aos desafios e necessidades identificados no quadro do FONAC, nomeadamente:

 Revisão do regime legal da atividade industrial, incluindo o processo de emissão do certificado de origem

 Conclusão da plataforma digital IRGP de forma a responder as necessidades específicas da gestão integrada dos processos de licenciamento comercial e industrial

 Capacitação técnica interna, em número e em competência

 Instalação do Balcão Único de Atendimento ao Operador Económico no seio das CC

 Informação/Sensibilização da classe empresarial quanto as valências e oportunidades do novo Sistema de Atendimento,

 Desenvolvimento de programas estruturantes de promoção e capacitação do setor privado, especificamente para apoiar a Integração da indústria na política do desenvolvimento nacional

CCB | CCISS - Juntos, mais Fortes

O posicionamento estratégico das duas Câmaras de Comércio de Cabo Verde, nos últimos anos, resulta de preferências também estratégicas das Direções, por certas linhas de intervenção conjunta. A necessidade de reforçar a sua condição de agremiações de excelência, com poder de mobilização e envolvimento das empresas e instituições, impulsionadoras das condições de competitividade nacional, de afirmar a capacidade de intervenção institucional e política, contribuindo para o desenvolvimento sustentado da economia das duas regiões, e de dinamizar o movimento associativo pelo reforço da sua representatividade e pela oferta de serviços às empresas, de desenvolver ações que complementem a dinamização da atividade económica e que, ao mesmo tempo, favoreçam a sustentabilidade das Câmaras, estiveram na base do estreitamento da cooperação entre a CCB e a CCISS, traduzida num conjunto de projetos estruturantes, desenhados em 2015, todos eles estratégicos e orientados para mais e melhor associativismo, e com a perspetiva de: i) Unir as empresas, dando força às suas reivindicações e visibilidade aos seus legítimos interesses; ii) Defender as empresas, os empresários e as suas expectativas, criando condições para um ambiente que valorize a competitividade e o desenvolvimento; iii) Pressionar os órgãos de poder político e administrativo, libertando os estrangulamentos e constrangimentos à atividade e ao desenvolvimento das empresas; iv) Prestar serviços úteis e personalizados, informando, aconselhando e orientando decisões; v) Garantir o futuro, afirmando-se como Agremiações em permanente mudança e atualização, acompanhando e estimulando uma dinâmica empresarial moderna. São exemplos de projetos que subscrevem essa nova fase de cooperação entre as duas maiores agremiações nacionais:

 Promoção do Dia do Empresário Cabo-verdiano

A instituição ou a consagração de um dia especialmente dedicado às empresas e aos empresários constitui uma medida de acerto indiscutível na promoção do país, da economia, das empresas e dos empresários. Esta iniciativa significa, igualmente, a assunção firme por parte das autoridades que tutelam a economia no país de um pacto de confiança com o sector privado nacional quanto ao essencial do que deve ser o destino comum em matéria de desenvolvimento económico e social. Trata-se, de igual modo, da emissão de um sinal claro aos empresários da aposta do Governo em atribuir a maior das prioridades ao objetivo estratégico de criar as condições indispensáveis para o desenvolvimento sustentado, para o investimento e para o emprego no país.

Retomando, em 2015, o projeto de promoção do dia do empresário cabo-verdiano, as Câmaras de Comércio propõem, através de um diploma que deverá ser apreciado e aprovado pela Assembleia Nacional, a instituição de um conjunto de prémios anuais destinados a galardoar os melhores trabalhos de investigação sobre temática empresarial bem como os melhores empresários do ano, em condições a definir em regulamento próprio. Como se impõe, consagrou-se, nesse diploma, o princípio da total autonomia organizatória por parte das Câmaras de Comércio na promoção e organização do evento,

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Relatório de atividades e contas 10

devendo o Governo, apenas, prestar os apoios necessários ao engrandecimento da data e ao sucesso das comemorações.

 De Cartão do Associado à Cartão de Débito Corporativo

O Cartão do Associado é uma iniciativa da CCB, lançada em 2002, com o objetivo de desenvolver mais um instrumento de estreitamento das relações de parceria entre os empresários que integram a sua rede associativa e os demais atores económicos nacionais. Com efeito, o Cartão do Associado veio reforçar o espírito de adesão e sentimento de pertença dos associados a maior rede empresarial nacional, contribuindo desta forma para a consolidação da sua posição enquanto entidade representativa do setor privado nacional.

O Cartão do Associado permitiu aos associados, durante esses anos, um conjunto de benefícios inerentes ao seu estatuto de membros, na base de fortes parcerias estabelecidas com empresas bem posicionadas no país, e decididas em participar no esforço de construção de um empresariado nacional forte e interventivo.

Os planos de reposicionamento estratégico das duas Câmaras de Comércio indicaram fortes oportunidades que podem e devem ser potenciadas através do desenvolvimento conjunto de mecanismos e programas inscritos nos portefólios dessas agremiações, como forma de reforçar a sua notoriedade institucional, e incrementar os benefícios aos membros.

A conversão do cartão do associado em Cartão do Empresário assume assim um significado vital no alargamento da sua amplitude, tanto ao nível nacional como além fronteira, mas sobretudo pela requalificação que se pretende, com características e vantagens próprias de um Cartão de Débito Corporativo.

O dossier técnico desenvolvido em 2015 constitui a base para a seleção, entre os associados das Câmaras de Comércio, de uma instituição financeira que sirva de parceiro estratégico no processo de requalificação do cartão.

 Desenvolvimento da Revista de Negócio de Cabo Verde

Os sucessivos planos estratégicos das Câmaras de Comércio apontam a necessidade imperiosa de uma plataforma de comunicação, onde as entidades, organizações públicas e privadas e comunidades em que estas se inserem, interagem diretamente para aceder a informações de interesse económico e empresarial na senda nacional e internacional. Um instrumento de suporte, promoção e divulgação de todo o tecido empresarial cabo-verdiano, revelando anseios, desafios, oportunidades, projetos, fraquezas e sucessos, relacionados com a atividade económica e o ambiente de negócio, e que, ao elevar a notoriedade das Câmaras de Comércio, colabore com os vários parceiros na consolidação da imagem de Cabo Verde junto da diáspora, dos mercados emissores de IDE e dos países parceiros de cooperação. Neste quadro, as Câmaras de Comércio acordaram e iniciaram a preparação de um projeto ambicioso de criação da primeira revista de negócio de Cabo Verde, a qual deverá possibilitar um enquadramento harmonioso com a diversidade de informação e serviços que satisfaçam as necessidades dos diversos perfis de leitores, relacionar as diversas áreas de interesse, ainda que distintas, mediante uma visão única, clara e objetiva, e que sensibilize o turista, o investidor e o cabo-verdiano da diáspora para a interação das diferentes zonas do país.

 Acordo sobre o princípio de benefícios partilhados

Há muito reclamado um princípio que permitisse aos membros da Câmara de Comércio o usufruto das benesses inscritas no portefólio da sua congénere, sempre que desenvolva temporariamente atividades económicas na região sob jurisdição desta, e que demonstrasse não possuir sucursal ou outra forma de representação oficial permanente.

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Relatório de atividades e contas 11

O princípio celebrado em reunião das Direções das duas Câmaras de Comércio deverá ser regulamentado e colocado ao dispor dos associados durante o ano de 2016.

CCB| ADEI - Novo Ciclo de Cooperação

A definição clara das fronteiras de atuação entre as agências públicas e as iniciativas das instituições de origem privada continua sendo um importante desafio para a CCB. A necessidade de uma atuação articulada entre os níveis público e privado, de forma a clarificar o “papel” de cada um é, sem dúvida, um fator crítico de sucesso, considerando a estratégia de potenciar o que de melhor há em cada uma, e a lógica de complementaridade de serviços.

Neste quadro, a CCB apresentou, e a ADEI aceitou, um plano de intervenção conjunto para o período 2015 – 2016, o qual incluiu as seguintes atividades:

 Dinamização de uma Unidade de Mobilização de Recursos Financeiros para apoiar projetos regionais de interesse económico e empresarial

 Implementação do Plano Estratégico do Carnaval de S. Vicente, tendo como principal resultado a instalação de uma “Entidade de Governação do Carnaval”

 Recuperação do acordo de cooperação técnica e institucional com o SEBRAE

 Disseminação do REMPE e instalação de Células de Suporte Técnico ao empresariado

 Dinamização e operacionalização dos serviços de apoio às MPE´s da ADEI

CCB | PUM e EXCHANGE

Os dois programas de consultoria integram milhares de profissionais voluntários, especialistas seniores holandeses e belgas, unidos pela missão de partilhar com empresários dos países em desenvolvimento e nos mercados emergentes, um manancial de conhecimento técnico e experiência profissional em diversas áreas económicas e empresariais.

O acordo de colaboração celebrado permitiu uma nova dinâmica desses programas na região de barlavento, facto que se explica pela aposta no alargamento do âmbito de intervenção às micro e pequenas empresas, através de iniciativas orientadas para grupo de empresas, e pelo reforço da assistência técnica local, a montante e jusante dos projetos.

Vários workshops de informação foram realizados no decorrer de 2015, com resultados palpáveis em termos de qualidade de projetos assistidos por especialistas internacionais.

A CCB beneficiou-se igualmente de uma missão de assistência técnica do EXCHANGE, orientada por uma especialista da Câmara de Comércio do Leste de Flanders (Belgica), com o objetivo de enriquecer o portefólio dos produtos da instituição, enquanto estratégia de sustentabilidade económica e financeira de curto e medio prazos.

CCB | PT 2020

Em consonância com o plano de intervenção nos mercados alvo, a CCB procura cada vez mais assumir-se como parceiro credível e indispensável de qualquer investidor que procura Cabo Verde, especialmente com o objetivo estratégico de internacionalização. Esse tipo de iniciativa tem sido característico no seio das associações empresariais portuguesas, particularmente nos últimos anos, na busca de oportunidades além fronteira, enquanto condição essencial de competitividade para o empresariado português. Em 2015, as oportunidades de internacionalização para Cabo Verde e demais PALOP´s tornou-se uma realidade tanto mais possível com a aprovação do programa PT 2020.

Assim se explica a missão institucional realizada pela CCB à Portugal, com o objetivo de posicionar a instituição ao alcance das principais entidades promotoras da atividade associativa e empresarial

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Relatório de atividades e contas 12

portuguesa, assumindo-se enquanto parceiro estratégico para qualquer um dos três grandes segmentos referenciados no PT 2020, a saber: Investimentos Internacionais, Exportação e Networking.

Portugal é um dos mercados prioritários, pelos investimentos ou intenções de investimentos para Cabo Verde, e os resultados conseguidos dessa missão assim o demonstraram, visto o conjunto de iniciativas potenciadas e realizadas em 2015, em termos de exploração do mercado regional, de pesquisa de parcerias especiais para joint-ventures e de exportação.

A origem do projeto de desenvolvimento de um complexo industrial na ZIL, para albergar iniciativas internacionais no setor da indústria, explica-se pela necessidade de poder dar respostas as iniciativas especifica identificadas nessa missão.

CCB| Acordo Especial com FPEF

Uma das medidas estratégicas desenhadas pelo Governo para garantir a formação profissional de qualidade e maiores oportunidades de integração no mercado de trabalho prende-se com a criação do Fundo de Promoção do Emprego e da Formação (FPEF), enquanto instrumento determinante para materialização de objetivos delineados para esse setor, nomeadamente o aumento da empregabilidade dos cabo-verdianos em geral, e dos jovens, em especial.

A análise das atividades anuais do fundo, e particularmente do impacto esperado na articulação entre os sistemas de educação, formação e emprego em Cabo Verde, para além do desejado aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado para a capacitação empresarial, inovação e empreendedorismo, justificaram a insistência da CCB junto do FPEF, traduzidos na proposta de acordo estratégico com um conjunto de iniciativas conducentes, colocando à disposição do fundo os recursos humanos, materiais e técnicos de que a CCB dispõe para i) Reforçar a promoção e divulgação do fundo, ii) Partilhar dados e informações necessários à atividade do FPEF, iii) Adotar medidas e mecanismos capazes de reforçar o aproveitamento adequado do FPEF, especialmente nas ilhas e concelhos de maior carência, iv) Delegar nas Câmaras de Comércio, mediante acordos especiais, a execução de programas específicos que visem a capacitação profissional sobre matérias de relevância do fundo e de interesse para a classe empresarial.

CCB | CCS

A CCB participou na única reunião do Concelho de Concertação Social (CCS) convocada durante o ano de 2015, que teve lugar no dia 25 de Fevereiro.

Essa reunião teve como pontos essenciais da Ordem do Dia a discussão das propostas de revisão do Código Laboral e de implementação do Subsídio de Desemprego.

Esse debate foi o culminar de um longo processo negocial, que durou mais de um ano, entre os parceiros sociais, visando a obtenção de um consenso alargado à volta do projeto de flexibilização da legislação laboral e da introdução desse mecanismo de proteção e apoio aos trabalhadores em caso de perda do emprego por razões de ordem não disciplinar, que é o subsídio de emprego.

A CCB participou ativamente no processo, quer a nível da Comissão Paritária criada para discutir e trabalhar as propostas em debate, quer a nível da coordenação dos representantes dos empregadores, quer dos debates em plenário no CCS.

Foi possível obter o consenso à volta da maior parte dos pontos das propostas em discussão, tendo a deliberação do Conselho, aprovando os respetivos projetos, sido assinada por todos os parceiros sociais. Os diplomas legislativos que corporizam esses consensos foram já aprovados, tendo sido publicados no B.O. no início de 2016, devendo entrar em vigor no decurso do corrente ano.

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Relatório de atividades e contas 13

CCB |MCA

Durante o ano de 2015 foram realizadas várias reuniões ordinárias do Conselho Coordenador do

Millenium Challenge Account (MCA-CV II) e dos Conselhos Consultivos dos Projetos WASH (Água,

Saneamento e Higiene) e LAND (Cadastro Predial), que controlam e aconselham a gestão e execução desses projetos pilares do 2º pacote do MCA.

A CCB tem assento em todos esses Conselhos e participou ou fez-se representar em todas as respectivas reuniões.

CCB | CNDE

Durante o ano de 2015 foram realizadas, na Cidade da Praia, duas reuniões do Concelho Nacional de Desenvolvimento Empresarial (CNDE), nas quais a CCB esteve presente.

A primeira reunião, que teve lugar no dia 13 de Abril de 2015, teve como principal objetivo fazer a monitorização e apreciação do estado de implementação das recomendações da primeira reunião desse órgão, que teve lugar no ano de 2014.

Ficou patente a escassa concretização dessas recomendações, visando facilitar e promover o desenvolvimento da atividade empresarial privada e a necessidade de imprimir maior dinâmica às iniciativas nesse sentido.

Para além dessa análise, resultaram da reunião, no essencial, as seguintes recomendações:

a) Aprovação imediata do regulamento para o regime especial das pequenas e micro empresas (REMPE); b) Criação da Comissão instaladora do Centro Internacional de Negócios (serviços, comércio e indústria); c) Internacionalização do FONARTES;

d) Realização de estudo sobre acesso ao financiamento (Estado, Banca, Sector privado e ONG’s); e) Realização de estudo sobre a competitividade fiscal nacional (empresas e do país);

f) Adopção de um programa integrado de desenvolvimento do empreendedorismo; g) Mobilizar mais fundos para o fundo de contragarantia do Fundo de Garantia Mútua; h) Criação do Conselho Nacional de Comércio (incluindo a dimensão indústria).

i) No âmbito do regimento do CNDE considerar a criação de uma comissão permanente de seguimento das recomendações do Conselho, integrando MTIDE, ADEI, CI e representante do Conselho Superior das Câmaras de Comércio.

A segunda reunião teve lugar no dia 21 de Dezembro de 2015 e versou, sobretudo, a análise das recentes alterações introduzidas à legislação fiscal, particularmente o Código de Benefícios Fiscais e a discussão de propostas de solução imediata para um conjunto de constrangimentos à atividade empresarial.

A proximidade do ciclo eleitoral de 2016 acabou por afetar o interesse e utilidade dessa reunião e respectivas recomendações.

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Relatório de atividades e contas 14

CCB| CV Móvel – Comunicação e Interatividade

Crescem de ano para ano os investimentos da CCB na modernização da sua infraestrutura de comunicação, na busca de mais eficiência e produtividade, ao permitir reduzir os custos de operacionalização das atividades promovidas e aumentar a rapidez na tomada de decisão para a gestão integrada de dossiês com parceiros nacionais e internacionais.

A CCB desafiou a CV MOVEL, e foi bem sucedida, com o projeto de instalação de uma Sala de Formação Multimédia, financiado integralmente pelo Fundo CSI, mediante aprovação da Agência Nacional de Comunicação – ANAC, dispondo de equipamentos ultramodernos para formação interativa, incluindo Servidor SuperMicro, Smart Board, 16 Bundle Terminais, Projetor.

CCB | FIC, SA

A integração das Câmaras de Comércio na estrutura de gestão da FIC, ainda que na condição de administradores não executivos, produziu melhorias substanciais à sociedade, ao nível da sua organização administrativa e financeira, através da introdução de procedimentos conformes com o novo normativo contabilístico, da adoção de novos princípios e práticas de gestão, entre os quais o recurso às auditorias anuais independentes, do reforço da capacidade técnica e institucional nas áreas de marketing e atendimento, do sistema de gestão dos RH, da gestão da qualidade, entre outros.

A problemática da sustentabilidade económica e financeira da FIC e bem assim a sua situação patrimonial foram determinantes nesse primeiro ciclo de gestão partilhada: o desafio de romper-se com a prática de acumulação de dívidas de longo prazo com promotores públicos de feiras, através de contratos comerciais compromissórios, como forma de garantir a sociedade uma gestão orçamental com certa previsibilidade; o esforço infindável no sentido de minimizar ou eliminar definitivamente as dívidas fiscais da FIC, seja pela via de perdão (aceite e promulgada pelo Estado), seja pelo aumento do capital social do Estado, enquanto socio único da sociedade; as negociações levadas a cabo com o objetivo de incorporar no património da FIC as infraestruturas de que dispõe nas cidades do Mindelo e da Praia; a necessidade de investir para renovar o conjunto de equipamentos necessários a realização das feiras, desvolarizados há anos pelo seu estado obsoleto; e, não menos importante, o desafio de recuperar o valor imobilizado em 2014 em equipamentos pesados para a realização de feiras nas localidades onde a empresa não dispõe de instalações próprias.

CCB | SGZ - ZIL

Um dos objetivos estratégicos da CCB, conforme plano mandato da atual Direção, prende-se com a promoção do IDE nas ilhas sob a sua jurisdição, como forma de potenciar o desenvolvimento económico da região, especialmente quando se trata de projetos estruturantes suscetíveis de gerar oportunidades de negócio para as empresas associadas, através da formação de joint-ventures, de agrupamento de interesses empresariais, incremento de importação/exportação, ou de representação de serviços.

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Relatório de atividades e contas 15

Porém, são notáveis as insuficiências em termos de infraestruturas locais habilitadas para acolher investimentos privados em setores chaves da economia, facto que vem contribuindo para o desencorajamento e desvio dos empreendedores bem-intencionados, muitos dos quais optam pelo arrendamento de equipamentos industriais já existentes, evitando assim hipotecar avultados recursos em imobilizados, especialmente nos primeiros anos de atividade.

Estas são as principais razões que motivaram o desenvolvimento de um projeto para a edificação de um complexo empresarial na Zona Industrial do Lazareto, constituído por 4 unidades de 745 m2 cada, com capacidade para albergar projetos específicos de IDE já em fase de formulação para a ilha de S. Vicente. O início das obras espera-se para o primeiro semestre de 2016.

Intermediação | Dialogo institucional

A intermediação institucional da CCB mantem a posição de charneira no ranking dos serviços mais demandados pelos associados e empresários da região no geral. Continua notável a permanente pressão do aparelho do Estado sobre os atores da economia, seja pela espontaneidade com que os instrumentos legais são muitas vezes impostos ao setor sem devida preparação, seja pelo desalinhamento entre as medidas enunciadas no âmbito dos programas do doing business e o efetivo peso da burocracia administrativa.

Entre as principais ações de intervenção institucional levadas a cabo pela CCB em 2015, destaca-se a luta travada em torno do Regime Fiscal publicado nesse mesmo ano. Para esse efeito a CCB promoveu a deslocação a Mindelo do Primeiro-Ministro de Cabo Verde e, de seguida, a equipa da Direção Nacional de Receitas do Estado, procurando entendimentos e alternativas para minimizar os impactos nefastos identificados pelos empresários, técnicos da área financeira e pelos próprios responsáveis ligados aos serviços desconcentrados do Ministério das Finanças.

Nesse Diálogo-Aberto com o Primeiro-Ministro, a problemática do financiamento à atividade empresarial foi sucessivamente referenciada pelo Presidente da Direção da CCB e pelos operadores económicos presentes, mas também justificada por José Maria Neves como sendo uma condição natural de qualquer mercado exíguo, sendo por isso imperativo a busca de soluções inteligentes para o elevado custo do dinheiro, no turismo de massa, nas exportações e nas soluções da CV GARANTE.

A notícia de que o Governo continuaria trabalhando na instalação dos Centros de Investimento Norte, Centro e Sul, e que esses seriam dotados de autonomia administrativa e financeira, foi bastante bem recebida pelos operadores presentes e pela CCB, admitindo possibilidades de desbloqueio e dinamização dos vários projetos de investimento na região norte.

Nesse mesmo encontro foram ainda anunciadas profundas medidas então em preparação para o setor dos transportes marítimos interilhas, particularmente em relação a sua regulação, com o objetivo de

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Relatório de atividades e contas 16

mudar a lógica dos investimentos privados, salvaguardando a sustentabilidade das rotas, a eficiência do serviço público às populações e à atividade empresarial, e sobretudo a segurança dos passageiros. A Ministra das Infraestruturas e Economia Marítima, Sara Lopes, confirmou a decisão do Governo em motivar, pela via do novo pacote regulamentar, o surgimento de uma empresa de transporte marítima forte, a ser integrada pelos diferentes armadores nacionais.

Leonesa Fortes, Ministra do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial, anunciou por sua vez um evento de lançamento do destino turístico norte, intitulado de Mindelo Meeting Point, previsto para Maio de 2015, tendo nessa data confirmado o engajamento de vários grupos importantes de investidores, operadores turísticos e agências de desenvolvimento internacionais.

Mais Empresas | Visitas Técnicas 2015

Total de empresas visitadas por ilha

Os resultados conseguidos no primeiro ano de experimentação das visitas técnicas semanais às empresas, asseguram a importância desse método de auscultação e avaliação da satisfação dos operadores económicos quanto a qualidade do ambiente de negócio e ao desempenho da CCB.

Peso relativo dos indicadores no ambiente de negócio

Como se depreende do gráfico, o Transporte interilhas, o Credito ao negócio, a Eletricidade, a Burocracia e a Administração Fiscal são os indicadores com maior impacto negativo no ambiente de negócio, na região de barlavento. 0 50 100 150 200 250 SA SV SL BV SN 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Legislação laboral Incentivos Fiscais Passividade dos bancos comerciais Funcionamento da Administração Pública Administração Fiscal Impostos Burocracia Eletricidade Credito para a atividade empresarial Transporte interilhas Serviços Alfandegas Serviços Portuários

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Relatório de atividades e contas 17

Capacitação

Empresarial

Formação | Intra e Interempresas

O fim do Fundo de Crescimento e Competitividade, ocorrido oficialmente em Janeiro de 2015, foi igualmente determinante em termos de capacidade da instituição na promoção da formação profissional, considerando a sua contribuição outrora na viabilização dessas ações, através da componente de capacitação técnica as instituições de gestão do FCC.

Os esforços da instituição na mobilização dos recursos públicos, colocados pelo Governo a disposição do setor privado, através dos diferentes fundos, (do Turismo, da Promoção do Emprego e Formação Profissional, etc.), nunca chegam a ser bem-sucedidos, facto que poderá ser explicado pelo facto desses processos em curso de restruturação a que esses fundos foram sujeitos.

O modelo de formação de curta duração e baixo custo, e a medida temporariamente assumida pela instituição de reduzir ao mínimo os custos internos inerentes a estrutura, continua sendo a alternativa chave para mobilizar os associados e público no geral para as ações de formação profissional.

Guia do Empresário na Tributação do IRPC

O período vivido no país de profunda reforma fiscal, exigiu das empresas e dos profissionais do setor esforços extraordinários para rapidamente se adequarem aos requisitos do novo regime, sendo expectáveis fortes impactos em termos da estrutura e competitividade das empresas, mas igualmente na configuração do próprio tecido empresarial.

Os workshops realizados pela CCB nas ilhas do Norte do país, com a parceria técnica de vários consultores, entre os quais a PwC, foram importantes sobretudo por alertar a classe empresarial e os profissionais para com os elementos críticos relacionados com a reforma, os impactos expectáveis nas empresas, e a urgente necessidade de capacitação e adequação técnica. Porém, pela demanda dos associados e respetivos assessores técnicos, confirmou-se a imperiosa necessidade de um instrumento que os pudesse instruir e orientar na aplicação dos normativos legais na tributação das empresas, facto que justificou a encomenda, pela CCB, de uma consultoria internacional para a elaboração do “Guia do Empresário na Tributação em IRPC”.

Para a socialização desse instrumento, antes da publicação da versão final, a CCB promoveu realizou dois

workshops nas ilhas de S. Vicente e Sal, com a participação de empresários, auditores e contabilistas

regionais e quadros técnicos das organizações locais, tendo como resultado final a distribuição, mediante contribuição simbólica desses, de cerca de uma centena de exemplares

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Relatório de atividades e contas 18 Formações realizadas por ilha

Designação da formação Carga Horária Total participantes

Técnica de Montagem Sistemas Solares 60H 26

Reforma Fiscal em Cabo Verde 6H 32

Gestão Financeira para não Financeiros 60H 20

Workshop sobre o REMPE 27H 73

Workshop sobre a conversão do ISO de 9001:2008 à 9001:2015 8H 20

Reforma Fiscal em Cabo Verde 12H 64

Microinformática 30H 10

Excel Básico 60H 14

Total 263H 279

Distribuição das formações por ilhas

Eventos | Públicos Empresariais

Mindelo| Meeting Point

A CCB apoiou a realização da primeira edição do Mindelo Meeting Point, um evento organizado pelo Ministério do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial, com o objetivo de relançar a região norte do país na esteira do desenvolvimento económico, assumindo o turismo enquanto locomotiva desse processo. O evento foi merecedor de forte engajamento e participação de promotores turísticos e demais agentes económicos nacionais e internacionais.

Na sessão de abertura, o presidente da CCB, Belarmino Lucas, destacou a i) potencialidade económica e paisagística das ilhas nórdicas do país para um turismo de montanhas e praias, ii) a necessidade urgente de investimentos sérios em Resorts e hotéis para aumentar a capacidade competitiva da região, iii) os obstáculos, a crise e as dificuldades orçamentais que vêm retardando a desejada dinâmica turística da região, iv) a o dever de liderança da politica do investimento no turismo pelo Ministério do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial, v) a importância do aeroporto internacional apesar das suas limitações para o turismo.

0 50 100 150 200 250 300 São Vicente Santo Antão Sal Boavista Total Geral

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Relatório de atividades e contas 19

A “Declaração de Mindelo”, celebrada pelas entidades públicas e privadas envolvidas no projeto, ressaltou, no final do evento, os aspetos de maior importância e que deverão orientar o Mindelo Meeting

Point enquanto o Futuro de uma região que se quer próspera e competitiva. Entre esses, merecem

destaque:

 A assumpção do turismo como uma locomotiva do desenvolvimento, onde cada Cabo-verdiano deve considerar-se um operador/agente de turismo;

 Deve-se assumir o Mindelo Meeting Point como um ponto de viragem; um espaço privilegiado para criar uma rede de interesses para alavancar o turismo nas ilhas do Norte, um momento para a recuperação e promoção de projetos turísticos que a crise financeira adiou;

 Assumir o desafio e reforçar as condições de atração do investimento externo, de financiamento para o sector imobiliário, de operadores turísticos, visando a concretização de projetos turísticos para a região;

 Reafirmação do esforço de Cabo Verde em relação ao programa de investimento público para melhorar a competitividade do país a nível externo;

 Novos instrumentos financeiros deverão ser articulados com os Bancos Comerciais, Bolsa de Valores e o Governo como moderador do sistema.

Principais anotações e recomendações do Mindelo Meeting Pint:

 O turismo enquanto sector de maior potencial de crescimento em Cabo Verde deve ser promovido como tal;

 Existe um grande potencial de crescimento em Santo Antão, São Vicente e São Nicolau. Contudo, constatam-se limitações em termos da oferta turística com destaque para o número de camas;

 Entre os produtos turísticos potenciais das ilhas do Norte destacam-se Sol e Mar, Golfe, Desportos Náuticos, Cultura, Paisagem, Gastronomia, Grogue, Eventos, Resorts Residenciais, História;

 A inquestionável necessidade de uma aposta forte no projeto do terminal de cruzeiros do Mindelo e criação de condições para a implementação da Náutica do Recreio, reforçando a qualidade do serviço e a criação de marinas, com o suporte de parcerias público privadas;

 A necessidade de um maior equilíbrio entre o sector privado e o público;

 O turismo enquanto produto da cultura, deve ser assumido como tal nas suas mais variadas vertentes;

 A região possui boas condições para promover o turismo de bem-estar, graças às condições naturais, segurança e infraestruturas disponíveis. Deve haver um reforço das parcerias público-privadas para que a região seja efetivamente um destino de turismo de saúde;

 A constituição do Fundo AFROVERDE I visando investimentos em hotéis e outros projetos turísticos da região norte, perfilando enquanto parceiros do fundo empresas locais, nomeadamente a FSST, as EDFI´s e as IFI’s.

 Será criada uma empresa financeira para captação de investimento cujo nome proposto é Cabo Verde

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Relatório de atividades e contas 20

Leiria | Atração de IDE para Norte de CV

CCB e NERLEI promoveram, em Maio de 2015, uma mesa redonda em Leiria, com a participação da Ministra do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial, Leonesa Fortes, com o objetivo de promover a região do Norte de Cabo Verde e suas potencialidades económicas junto dos investidores portugueses.

Vários empresários dessa região industrializada de Portugal auscultaram, nessa sessão, as notas de enquadramento socioeconómico de Cabo Verde, proferidas pela titular da pasta do turismo, com enfase na visão estratégica do Governo de transformar Cabo Verde numa plataforma de serviços no atlântico Sul, as referencias sobre a longa tradição da cooperação entre os dois países e, por conseguinte, a infinita disponibilidade em tudo fazer para facilitar e aumentar o Investimento Direto Português na região Norte de Cabo Verde.

À CCB coube a responsabilidade de apresentar aos investidores presentes, os setores de maior apetência empresarial nessas ilhas, um outlook sobre os benefícios fiscais e aduaneiros lincados ao IDE e as vantagens competitivas do Centro Internacional de Negócios. Uma atenção especial foi atribuída às possibilidades para o setor industrial de Leiria, considerando os regimes preferenciais de que Cabo Verde goza em relação ao CEDEAO e EUA, e as oportunidades de extensão das unidades produtivas para as zonas industriais de Cabo Verde, e particularmente para a ZIL.

IV EDIÇÃO EXPOMAR

Mindelo, 29 – 31 de Novembro

A IV edição da Expomar realizou-se em Mindelo, de 29 a 31 de Outubro, desta feita, sob total coordenação do NOCMAR, contrariando o modelo de terceirização utilizado em 2014 e que permitiu, nessa altura, uma maior envolvência da CCB na organização das diferentes componentes desse certame internacional A Expomar tem-se afirmado enquanto plataforma de promoção de negócios no setor da economia marítima e permitindo evidenciar as potencialidades da região nos domínios da Pesca, Transbordo,

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Relatório de atividades e contas 21

acentuado acréscimo de expositores nacionais e internacionais, na ordem dos 25%, e notável afluência de visitantes profissionais, comparado com 2014.

As jornadas técnicas organizadas pela CCB versaram sobre temas de elevado valor técnico tanto para os profissionais como operadores económicos que atuam no setor da economia marítima, com destaque para o “Plano de Contingência Ambiental e de Poluição para a Indústria do Bunkering”, “Regulação Marítima e Portuária – Visão para Futuro”, “Plano Estratégico do Cluster Mar” e “Perspetiva para o Desenvolvimento da Aquacultura”.

A IV Edição da Expomar serviu ainda de palco para outros acontecimentos paralelos, entre os quais se assinalam a inauguração do novo complexo de pesca da Cova de Inglesa e o ato oficial de entrada em funcionamento do Entreposto de Frio de Mindelo, duas infraestruturas com relevante importância para a pesca e economia da região norte de Cabo Verde.

A CCB assumiu igualmente a coordenação e gestão dos encontros de negócio no quadro desta edição, mobilizando expositores e visitantes profissionais em torno do business lounge, o espaço nobre estabelecido numa área de 56 m2, serviços de informação, coffee break e degustação de diversos produtos nacionais, colocados a disposição pelas empresas patrocinadores, a saber: EMICELA, PURAGUA, TECNICIL INDÚSTRIA, MARIA CHAVES

Mais uma vez a CCB brindou os seus associados com o cofinanciamento das despesas de transporte e estadia na ilha de S. Vicente, durante a Expomar.

Mindelo | Feira Internacional de CV

A Feira Internacional de Cabo Verde constitui um instrumento inquestionável de facilitação à internacionalização de vários segmentos da economia nacional. A par do Centro Internacional de Negócios, objeto de recentes atualizações para a sua adequação às práticas mais coerentes e modernas de incentivo à internacionalização da economia, a estratégia de intervenção da FIC assente em iniciativas políticas que, por um lado, motivam e orientam o Investimento Direto Estrangeiro para as áreas de maior interesse económico nacional, por outro lado, potenciam essencialmente atividades geradoras de bens e serviços de exportação, igualmente com efeitos indutores na constituição de um tecido empresarial mais robusto, com presença expressiva de Empresas de Médio Porte, capazes de integrar cadeias internacionais de negócio. Na sua edição de 2015, a Feira Internacional de Cabo Verde pretendeu consubstanciar as medidas estruturantes da internacionalização da economia cabo-verdiana, posicionando-se, enquanto um dos principais facilitadores de uma plataforma fiscal, de logística e de serviços, transversalmente a projetos estratégicos de dinamização económica, tais como o bunkering, o transhipment, a construção e reparação naval, o turismo e o desporto náutico, entre outros.

A XIX FIC teve lugar na cidade do Mindelo, de 18 à 22 de Novembro, tendo como lema, “Cabo Verde, a Plataforma dos Negócios com o Mundo”, uma escolha para responder ao propósito dos empresários e Governo de aumentar a venda internacional de bens e serviços, para além de traduzir a parceria emergente da participação das Câmaras de Comércio na gestão da empresa responsável pelos certames. Cerca de 152

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Relatório de atividades e contas 22

expositores, entre os quais organizações privadas e públicas representantes do Brasil, Cabo Verde, Portugal, Espanha, EUA, entre outros, brindaram os visitantes com um espetro bastante alargado de produtos, serviços e tecnologias, na busca de oportunidades de negócio.

FONAC | Fórum Nacional do Comércio

A XIX edição da FIC foi estrategicamente escolhida para albergar o 1º Fórum Nacional do Comércio, o FONAC, uma iniciativa da Direção Geral da Industria e Comércio, destinada a criação de uma plataforma de diálogo e busca de consensos estratégicos para o alinhamento da agenda de desenvolvimento entre o sector público e o sector privado.

O fórum foi assistido por 248 participantes entre os quais representantes de empresas expositoras e visitantes profissionais da FIC, de entidades públicas, de associações e agremiações empresariais, todos interessados em sedimentar entendimentos práticos em matéria de competitividade, investimento, comércio externo, capacitação e reforço institucional.

De forma específica pretendeu-se através deste fórum:

 Promover um intenso diálogo estratégico com o sector privado, a administração e os parceiros internacionais acerca das prioridades da política comercial em curso.

 Refletir sobre o regime dos investimentos e comércio em vigor no país;

 Debater a política comercial por sector com vista a busca de consensos estratégicos;

 Socializar a visão e políticas sobre a integração do comércio na estratégia nacional de crescimento e redução da pobreza;

 Identificar ações que melhorem as perspetivas de competitividade, de crescimento das indústrias, e desenvolvimento das cadeias de valor que fomentam o comércio;

 Debater medidas de reforma necessárias para facilitar o comércio e atrair o investimento;

 Debater a estratégia do país no sistema de comércio regional, multilateral

Oradores de alto nível nacionais e estrangeiros e participantes que trabalham com a matéria do comércio foram envolvidos nos debates dos 4 dias, incidindo sobre as políticas que afetam o desenvolvimento empresarial e tiveram a oportunidade de desenvolver posições que deverão ser consideradas no âmbito da agenda de prioridades do governo e do sector privado.

Financiamento | Iniciativas Privadas

CV GARANTE | Alternativa às PME´s

O Estado de Cabo Verde, em parceria com os bancos comerciais nacionais, decidiu pela implementação de um sistema de garantia mútua, o qual é composto por uma Sociedade de Garantia Mútua, a CVGARANTE e um fundo de contragarantia público.

A CVGARANTE – Sociedade de Garantia Mútua, SA tem as características de uma instituição de crédito, de cariz mutualista, supervisionada pelo Banco de Cabo Verde e poderá prestar garantias autónomas, para a

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Relatório de atividades e contas 23

obtenção de crédito em condições de preço e prazo mais favoráveis. Tratando-se de um produto novo, algumas dessas características não são ainda do inteiro domínio dos empresários.

Cumpridas aquelas que são as formalidades legais, e entendendo a CV GARANTE estarem reconhecidas à sociedade todas as condições e instrumentos necessários para o funcionamento pleno do Sistema, esta solicitou e a CCB promoveu uma sessão de trabalho com os operadores económicos da região, com o objetivo de dissecar os aspetos essenciais relacionados com o produto, as operações relacionadas, o início da sua operacionalização, entre outras

O evento contou com cerca de quatro dezenas e meia de participantes, na sua maioria empresários, gestores e quadros técnicos de organizações públicas e privadas e representantes da banca local.

O evento foi presidido pelo Presidente da CCB, Belarmino Lucas, a quem coube a responsabilidade de fazer o enquadramento ao tema, qualificando-o como sendo o principal handicap ao desenvolvimento e a alavancagem do setor privado, e recordando que ao longo dos vários anos afrente do setor privado regional, consistentemente e invariavelmente a problemática do acesso ao financiamento tem estado no topo das preocupações.

Na fase de encerramento do encontro o Presidente da CCB considerou e traduziu a explanação da CV GARANTE como sendo o sinal de “portas abertas” para atuação no mercado e para responder aos pequenos projetos candidatos a garantia mutua, e sublinhou intencionalmente a declaração feita nessa sessão pelos representantes da banca local, da sua boa vontade e disponibilidade em envolver-se com os “bons operadores” em projetos empresariais, sublinhando a pertinência em poder aproveitar e conjugar a fome de dinheiro dos operadores com a vontade da banca de “comer” os resultados dos investimentos privados.

CCB integra Fundo AFROVERDE I

A “Declaração de Mindelo”, celebrada pelas entidades públicas e privadas envolvidas no Mindelo Meeting

Point, ressaltou, no final do evento, os aspetos de maior importância que deverão orientar o futuro de uma

região que se quer próspera e competitiva. Entre esses, mereceu especial destaque a desde há muito reclamada criação de um mecanismo de financiamento alternativo aos projetos em carteira para o turismo da região norte do país.

O “AFROVERDE I é um fundo de capital de risco que pretende mobilizar cerca de 100 milhões de euros, vocacionado para investimentos no turismo e na imobiliária em Cabo Verde, mas particularmente para alavancar projetos turísticos e hoteleiros estruturantes na região norte do País, em particular, nas ilhas de S. Vicente, S. Antão e S. Nicolau.

O fundo está domiciliado na praça financeira de Luxemburgo e tem o apoio da Luxemburgo For Finance e do Governo do Luxemburgo.

A Direção da Câmara de Comércio de Barlavento, na busca permanente de fontes alternativas para apoiar o investimento do setor privado da região norte do país, e desta forma cumprir com um dos objetivos estratégicos do seu plano mandato, assumiu a posição de um dos promotores e dinamizadores do Fundo, tendo participado ativamente no processo de estruturação e constituição da sociedade que deu origem à entidade gestora do Fundo, a AFROVERDE CAPITAL PARTNERS.

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Relatório de atividades e contas 24

Banco Mundial | Fim do FCC

A origem do Fundo de Crescimento e Competitividade (FCC) data-se de 2003, altura em que se celebrava entre o Banco Mundial, o Governo e as Câmaras de Comércio de Cabo Verde, o entendimento-chave para a terceirização da gestão desse importante instrumento de apoio a iniciativa privada nacional.

De 2003 a 2014, o FCC foi sistematicamente reconhecido pelo setor privado nacional pela sua clareza, objetividade e previsibilidade em relação aos critérios de elegibilidade e condições de acesso, estes devidamente transcritos nos instrumentos de gestão do fundo, e particularmente no Manual de Procedimentos do Matching Grant Fund.

O último relatório global do FCC registou um volume de financiamentos, atá Janeiro de 2015, de 88.894.244,00 (oitenta e oito milhões, novecentos e noventa e quatro mil, duzentos e vinte e quatro centavos) a favor de 128 projetos de iniciativa privada, distribuídos entre associados da CCB e terceiros, na proporcionalidade de 55/45 %, conforme quadro seguinte.

Promotores Financiamentos do FCC

2003 – 2009 2012 – 2014

Associados 58,21% 51,47%

Não Associados 41,79% 48,53%

O fim do FCC ocorre numa altura menos esperado por parte do setor privado nacional, considerando o seu extraordinário impacto na atividade das empresas, por um lado, e sobretudo as várias sessões de trabalho realizadas no decorrer de 2015, com o propósito de modificar e melhorar a estrutura do FCC.

Embora fossem escassas as consultas e auscultação das Câmaras de Comércio, os consultores do Banco Mundial confirmaram, no início do processo de moldagem do novo fundo, terem acatado duas das principais reivindicações das Câmaras de Comércio, relacionadas com a necessidade de aumentar o valor máximo de financiamento dos projetos, de 1.000 para 5.000 contos, e de alargar o âmbito das atividades elegíveis, com tónica especial na inovação e renovação tecnológica das PME´s nacionais.

O formato do novo FCC a que as Câmaras de Comércio tiveram acesso traduz uma versão substancialmente modificada em relação ao inicial, posicionando a ADEI no centro das decisões estratégicas, e remetendo as Câmaras de Comércio para a condição de meras entidades de consulta.

As últimas informações recolhidas em finais de 2015 do Ministério do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial, enquanto tutela do fundo, dão conta de um novo FCC com características de um programa temático, com recursos financeiros limitados e destinados a financiar exclusivamente iniciativas de capacitação técnica das pequenas unidades de hospedagem nacionais.

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Relatório de atividades e contas 25

Empreendedores | Casos de Sucesso

Ao concluir o último ciclo do FCC, em Janeiro de 2015, a CCB tomou a decisão de evidenciar alguns dos projetos de iniciativa privada da região de barlavento, levando ao conhecimento do grande público empresarial, os aspetos diferenciadores que caracterizaram esses projetos, em termos da sua capacidade inovadora, empreendedora, e efeito positivo na economia regional, facto que seria publicar para o conhecimento publico

Caso de Sucesso 1 – SICOR SA

Antes

A SICOR é uma sociedade de importação e distribuição de produtos destinados ao setor de construção civil, carpintaria, marcenaria e metalomecânica, com larga tradição na região de Barlavento.

Graças a intervenção do FCC que financiou a consultoria levada a cabo pela MundiServiços, a empresa está em vias de materializar o projeto inovar na sua história, e que certamente irá transforma-la em toa a sua dimensão.

A SICOR decidiu realizar um importante investimento na construção de instalações próprias na ilha de S. Vicente, capaz de suportar as orientações estratégicas definidas no estudo de mercado e de viabilidade económica e financeira, entre as quais:

A urgente e necessária contribuição para o desenvolvimento do setor, enquanto locomotiva da nova dinâmica que já se faz sentir na rede de profissionais, na sua maioria informais, e de micro e pequenas empresas ligadas a carpintaria, marcenaria e metalomecânica

A aposta no desenvolvimento associativo da classe – esta intervenção de iniciativa privada reforça sobremaneira a lógica do associativismo empresarial, e estimula o envolvimento das MPE´s nas redes de cooperação, apoiadas e defendidas pela CCB

A inadiável decisão de reforçar a aposta em modalidades alternativas de financiamento direto as micro e pequenas empresas – este projeto reforçará a capacidade da SICOR em continuar a filosofia de financiamento das MPE´s com mercadorias e matérias-primas, para além de garantir sustentabilidade à estratégia já iniciada pela SICOR de agrupar as necessidades dessas micro e pequenas empresas e convertê-las em projetos bancáveis junto das entidades de microcrédito

Potenciar maior competitividade no seio das MPE´s - a previsão de acoplar ao investimento uma unidade com equipamentos multifuncionais de uso coletivo dos clientes, constitui a materialização de uma iniciativa há muito projetada pelas autoridades locais

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Relatório de atividades e contas 26

Caso de Sucesso 2 – UNIVERSAL RETIFICAÇÕES

Antes

Depois

Universal Retificações é uma sociedade cabo-verdiana que tem como atividade principal a reparação de todo o tipo de motores, com especialidade em motores náuticos.

Durante muitos anos a sociedade desenvolveu as suas atividades em instalações improvisadas e exíguas, nas periferias da cidade do Mindelo, com sérias limitações diante do atual volume de trabalho, mas sobretudo face a potencialidade de crescimento num futuro próximo, considerando as perspetivas de crescimento no setor marítimo portuário.

Naturalmente se prefigurou o objetivo estratégico de restruturação, reorganização e relocalização das instalações para uma zona industrial digna e apropriada, facto que requeria estudos técnicos para a indicação das opções de viabilidade financeira do projeto e, nessa base, candidatar-se a financiamentos bancários.

Ao mesmo tempo, a empresa pretendia dotar a sua equipa de colaboradores de nomas e maiores competências ao nível de gestão, organização e qualidade, para poder responder às inquestionáveis demandas.

A assistência técnica financiada pela CCB, com recurso ao FCC, foi orientada pela consultora MundiServiços, e faz deste projeto um caso de sucesso, na medida em que permitiu a empresa:

Estar à frente da concorrência ao nível da qualidade e da personalização dos serviços prestados;

Apostar em novos serviços, nomeadamente trabalhos em série e moldes;

Maior agressividade ao nível da divulgação da empresa com a criação de uma website multilingue e publicitação a nível regional e nacional;

Investir na formação dos colaboradores da empresa;

Melhorar a informação de gestão da empresa;

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